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Exercício Avaliativo 3

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Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
/ Módulo 3 - Fiscalização de Contrato / Exercício Avaliativo 3
Iniciado em terça, 26 mai 2020, 17:26
Estado Finalizada
Concluída em terça, 26 mai 2020, 20:45
Tempo
empregado 3 horas 18 minutos
Notas 10,00/10,00
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Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
No intuito de se certificar que o contrato fosse executado exatamente
da forma consignada na proposta da empresa vencedora da licitação, a
Administração fez constar no edital da licitação a obrigatoriedade de
contratação de um fiscal, às custas da empresa contratada. Como o
contrato se referia a serviços de informática com especificidades e nível
de detalhamento aprofundado, exigia-se que a empresa comprovasse a
qualificação técnica da pessoa indicada, caso contrário a Administração
poderia determinar a substituição do fiscal.
Acerca do procedimento acima, indique a opção certa, de acordo com
as disposições da Lei 8.666/1993.
 
a. O procedimento está correto, pois a Lei 8.666/1993 obriga que
todo contrato administrativo deve ser acompanhado e fiscalizado,
podendo inclusive ser contrato terceiro estranho à Administração.
b. O procedimento está errado, pois a competência para fiscalizar
a execução de um contrato administrativo é da própria
administração, não sendo admitida a presença de terceiros nessa
função.
c. O procedimento está errado, pois como o fiscal foi contratado
pela empresa, cabe a ela a escolha do fiscal e a definição das
exigências de qualificação dele.
d. O procedimento está correto caso a Administração declare
formalmente que não possui em seus quadros pessoal
especializado no objeto da contratação capaz de fiscalizar o fiel
cumprimento das obrigações por envolver conhecimento
especializado.
e. O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal
para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da
Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro
o que tenha melhores condições para executar a tarefa.  Essa é
a resposta correta. A obrigação da Administração de fiscalizar os
contratos firmados é irrenunciável e indelegável, podendo, quando
o objeto assim o exigir, contratar terceiros para auxiliá-la.
O fiscal do contrato é figura importante para que a Administração seja
capaz de cobrar do contratado a correta execução da avença nos
termos que foram acordados. Deste fato decorre de a fiscalização dos
contratos ser irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto
assim o exigir, haver a contratação de terceiros para auxiliar a
Administração em tal função.
Em algumas ocasiões, o objeto do contrato possui tal especificidade e
complexidade que o órgão contratante poderá não ter pessoal
suficiente ou qualificado para a tarefa, razão pela qual a Lei autoriza a
contratação de terceiros. A publicação "Licitações e Contratos:
orientações e jurisprudência do TCU", indica que a "contratação de
profissional ou empresa para auxiliar a fiscalização do contrato é
procedimento admitido e recomendável, especialmente em contratos
complexos ou de valor elevado". Essa mesma publicação recomenda
que "deve ser mantida pela Administração, desde o início até o final da
execução do contrato, equipe de fiscalização ou profissional
habilitados, com experiência".
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/view.php?id=113825
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Ainda assim, a responsabilidade pela fiscalização continua sendo do
servidor designado, cabendo a ele a responsabilidade pela
comunicação à autoridade superior de qualquer irregularidade na
execução do contrato.
Daí a importância de a Administração designar para a atividade um
servidor que tenha condições técnicas e com perfil adequado para
fiscalização. No caso de não haver, ou de o objeto da contratação ser
muito específico, pode-se contratar terceiros para auxiliá-lo na
fiscalização.
Em todo caso, a responsabilidade por erros e omissões da fiscalização
pode ser atribuída ao fiscal e à autoridade que o designou. Em sendo
designado para a atividade e constatado que não tem condições
técnicas para o exercício da atividade, deve o servidor incumbido da
fiscalizar informar à autoridade que o designou de suas limitações.
Por fim, cabe diferenciar o fiscal do contrato da figura do preposto da
empresa, designado para representar a empresa na execução do
contrato. A função do preposto é servir como o contato da empresa
com a Administração, nunca a de fiscalizar a execução do contrato.
Qualquer questão envolvendo a execução do contrato deverá ser
encaminhada ao preposto da empresa para as providências devidas,
nunca diretamente aos empregados terceirizados.
Gabarito: O procedimento está errado, pois a designação de um
fiscal para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da
Administração, que deverá escolher dentre os servidores do
quadro o que tenha melhores condições para executar a tarefa.
Essa é a resposta correta. A obrigação da Administração de
fiscalizar os contratos firmados é irrenunciável e indelegável,
podendo, quando o objeto assim o exigir, contratar terceiros para
auxiliá-la.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Durante a execução de um contrato de obras firmado com
determinada administração municipal, que previa o pagamento no
prazo de 30 dias após a apresentação das faturas, mesmo
regularmente cumprindo suas obrigações, executando os serviços e
apresentando os boletins de medição e faturas relativas a esses
serviços, a empresa não recebe há 2 meses, o que motivou um pedido
de rescisão do contrato, alegando descumprimento da obrigação da
prefeitura quanto ao pagamento.
Acerca dos motivos para rescisão de um contrato administrativo,
assinale a alternativa correta.
 
a. A empresa deverá suspender a execução do serviço, rescindir o
contrato e cobrar judicialmente as faturas atrasadas, com juros e
correção monetária, sempre que a Administração descumprir a
cláusula de pagamento no prazo acordado.
b. A empresa não poderá suspender a execução dos serviços
apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa
ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes,
próprias dos contratos administrativos.  Essa é a alternativa
correta. Somente o atraso superior a 90 dias autoriza ao particular a
rescisão do contrato firmado com a Administração. A prevalência
do interesse público sobre o particular, configurando como cláusula
exorbitante própria dos contratos administrativos, está no
"afastamento da incidência da exceção do contrato não cumprido"
contra a Administração, ou seja, apesar de a Administração não
cumprir a cláusula do pagamento na forma do termo de contrato,
ainda assim o particular não pode invocá-la para rescindi-lo.
c. A administração municipal não poderá ser apontada como
causadora da rescisão de um contrato administrativo, pois deve
sempre prevalecer o interesse público sobre o privado.
d. A empresa poderá invocar razões de interesse público e
rescindir o contrato administrativo, alegando que a execução
compromete a sua viabilidade econômica.
e. Caso a administração municipal suspenda a execução do
contrato por prazo superior a 120 dias, em face, por exemplo, de
não ter recursos orçamentários, o contrato será automaticamente
rescindido, cabendo à empresa a indenização correspondente aos
prejuízos a ele causados.
Os motivos para rescisão de um contrato administrativo estão
enumerados no art. 78 da Lei 8.666/1993. Para compreender bem as
responsabilidades e consequências devemos conjugá-lo (ou seja,
analisá-lo conjuntamente) com os arts. 79 e 80, pois neles estão
definidas as hipóteses de incidência de penalidades, indenizações e
prerrogativas dos partícipes do contrato.
É importante notar que, havendo rescisão justificada por uma das
partes, a outra parteterá direito a indenização decorrente dos prejuízos
causados por tal rescisão.
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Gabarito: A empresa não poderá suspender a execução dos
serviços apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois
essa ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes,
próprias dos contratos administrativos.
Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias
autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a
Administração. A prevalência do interesse público sobre o
particular, configurando como cláusula exorbitante própria dos
contratos administrativos, está no "afastamento da incidência da
exceção do contrato não cumprido" contra a Administração, ou
seja, apesar de a Administração não cumprir a cláusula do
pagamento na forma do termo de contrato, ainda assim o
particular não pode invocá-la para rescindi-lo.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O fiscal de um contrato de fornecimento de alimentos para as escolas
municipais observou que a empresa contratada tem cometido as
seguintes falhas: atraso na data da entrega, quantitativos divergentes
entre o que é entregue e o que consta das notas fiscais e entrega de
alimentos com prazos de validade vencidos. Essas ocorrências têm sido
anotadas em um arquivo eletrônico mantido no computador utilizado
pelo fiscal da seguinte forma:
Atraso na entrega: em 15/02/X1, as mercadorias da nota fiscal nº 145
foram entregues com de atraso.
Quantitativos divergentes: os itens da nota fiscal nº 145, entregue em
15/02/X1, apresentaram as divergências a seguir - achocolatado (10
unidades na nota fiscal e 8 unidades entregues), óleo de soja (12
unidades na nota fiscal e 10 unidades entregues).
Prazos de validade vencidos: os seguintes itens da nota fiscal nº 145,
entregue em 15/02/X1, apresentaram prazos de validade vencidos -
macarrão e farinha de trigo.
Analisando a qualidade dos registros acima, escolha a alternativa
correta.
 
a. Os registros sobre o atraso na entrega, os quantitativos
divergentes e os prazos de validade vencidos são adequados.
b. Os registros sobre o atraso na entrega e os prazos de validade
vencidos são adequados.
c. Os registros sobre o atraso na entrega e os quantitativos
divergentes são adequados.
d. Os registros sobre os quantitativos divergentes e os prazos de
validade vencidos são adequados.
e. O registro sobre os quantitativos divergentes é adequado. 
A alternativa está correta. O registro indica quais as mercadorias
que apresentaram os quantitativos divergentes e também quais as
quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente
entregues.
Para serem adequados os registros deveriam indicar:
Atraso na entrega: a data em que as mercadorias foram entregues e a
data prevista de entrega.
Quantitativos divergentes: as mercadorias que apresentaram os
quantitativos divergentes e também quais as quantidades registradas
na nota fiscal e quais foram realmente entregues.
Prazos de validade vencidos: as mercadorias com data de validade
vencida e quais suas respectivas datas de validade.
Gabarito: O registro sobre os quantitativos divergentes é
adequado.
A alternativa está correta. O registro indica quais as mercadorias
que apresentaram os quantitativos divergentes e também quais as
quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente
entregues.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Apesar de o § 1º art. 71 da Lei 8.666/1993 dispor que a inadimplência
do contratado com suas obrigações trabalhistas não transfere para a
Administração contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, a
Justiça do Trabalho, em reiterados julgamentos, desconsidera a norma
expressa na Lei de Licitações e atribui a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços quanto aos encargos trabalhistas não adimplidos,
amparada na Súmula TST 331.
Acerca da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, indique a
alternativa correta.
 
a. Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é
contratada por um órgão da Administração Pública e não paga as
verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato, esse
órgão público que firmou contrato com a empresa será
responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde
que tenha participado da relação processual e não tenha exercido
corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme
previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993.  Essa é a resposta
correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331, há duas
condições para que órgãos da Administração Pública sejam
responsabilizados subsidiariamente por inadimplência trabalhista
resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída
no polo passivo da relação processual trabalhista e não tenha
fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a evitar a
referida inadimplência.
b. Os empregados que prestam serviços de limpeza e
conservação, por meio de empresa terceirizada, não formam
vínculo trabalhista com o tomador dos serviços, ainda que haja
pessoalidade e subordinação desses empregados com o tomador
dos serviços.
c. A contratação de empregados por meio de empresa interposta
gera vínculo empregatício qualquer que seja o empregador
contratante, desde que não seja para atividade-meio, a exemplo de
serviços de vigilância e conservação.
d. Se a empresa de terceirização de mão de obra (de vigilância,
por exemplo) não pagar as obrigações trabalhistas de seus
funcionários alocados em um contrato de vigilância patrimonial
firmado com um terceiro, esse terceiro que contratou a empresa
pode ser compelido a pagar tais obrigações, independentemente de
cobraça anterior ao empregador, em face do instituto da
solidariedade de ambos pelas obrigações trabalhistas.
e. Para a caracterização da responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por débitos trabalhistas decorrentes de
obrigações do empregador não adimplidas em relação aos seus
empregados, postos para a execução de serviços terceirizados
contratados pela Administração, basta a simples ocorrência do
inadimplemento, ou seja, do não pagamento.
Como vimos, o art. 71 da Lei 8.666/1993 estabelece as
responsabilidades por diversos encargos decorrentes da execução de
um contrato administrativo.
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Destaco, por mais relevantes, e que demandam maiores considerações,
os débitos trabalhistas e previdenciários.
Vamos observar que o teor da Lei traz a responsabilidade solidária da
Administração contratante em relação a débitos previdenciários, mas
em relação aos débitos trabalhistas sequer atribui responsabilidade
do tomador dos serviços, igualando-o aos débitos fiscais e comerciais
decorrentes do contrato.
No entanto, a Justiça do Trabalho, considerando o princípio da
hiposuficiência do empregado nas relações de trabalho, deu
interpretação diversa de modo que passou a condenar a
Administração, de forma subsidiária, quando da ocorrência de débitos
trabalhistas decorrentes da execução de contratos administrativos,
enunciando esse entendimento na Súmula 331. Posterior, modificou o
teor da súmula condicionando essa responsabilidade a ocorrência de
inação da Administração quanto à sua obrigação de fiscalizar o contrato
de terceirização de mão de obra.
Nesse sentido, a atividade de fiscalização de contratos assume, ainda
mais, uma importância capital, de modo a prevenir que eventuais
demandas trabalhistas decorrentes da relação de emprego entre o
empregado e a empresa de terceirização de mão de obra venham a
alcançar órgãos da Administração Pública tomadores desses serviços.
Com vistas a minimizar ocorrências que levem à responsabilidade
subsidiária, diversos órgãos da Administração têm editado normas
disciplinando as atividades de fiscalização de contratos,
especificamente os contratos de terceirização de mão de obra, a
exemplo daIN SLTI/MPOG 02/2008 (alterada pela IN SLTI/MPOG
6/2013) e da Portaria TCU 297/2012.
Gabarito: Se uma empresa de terceirização de mão de obra de
vigilante é contratada por um órgão da Administração Pública e
não paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse
contrato, esse órgão público que firmou contrato com a empresa
será responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas,
desde que tenha participado da relação processual e não tenha
exercido corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato,
conforme previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993.
Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331,
há duas condições para que órgãos da Administração Pública
sejam responsabilizados subsidiariamente por inadimplência
trabalhista resultante de contratos de natureza continuada: tenha
sido incluída no polo passivo da relação processual trabalhista e
não tenha fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a
evitar a referida inadimplência.
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu interpretação
diversa da adotada até então, acerca da responsabilidade do tomador
dos serviços nos contratos chamados de terceirização, nos quais a
entidade contrata mão de obra para determinadas atividades que não
fazem parte de sua atividade fim.
Assinale a alternativa que expressa o entendimento do TST
materializados na Súmula 331.
 
a. Para que haja a responsabilização da Administração tomadora
dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com
suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da
relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações
relativas à fiscalização.  Essa é a resposta correta. As
condicionantes para a responsabilização da Administração estão
presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do
empregador; participação na relação processual; e conduta culposa
na fiscalização.
b. A administração é responsável solidária pelos débitos
trabalhistas havidos em relação aos empregados que lhe prestaram
serviço, no âmbito do contrato de terceirização de mão de obra,
desde que não tenha fiscalizado corretamente o cumprimento das
obrigações trabalhistas pelo empregador.
c. Para caracterização da responsabilidade subsidiária da
Administração tomadora dos serviços de mão de obra, é preciso
que haja pessoalidade e subordinação direta dos empregados com
a tomadora dos serviços.
d. Se a empresa terceirizada não cumprir com as obrigações
trabalhistas dos empregados, a Administração Pública tomadora
dos serviços responde subsidiariamente em relação aos débitos
trabalhistas daqueles empregados.
e. Os encargos trabalhistas não adimplidos pela empresa
contratada pela Administração não torna esta última responsável
solidária, mas autoriza o pagamento direto aos empregados dessas
verbas não pagas pelo empregador.
É importante observar que, enquanto a responsabilidade subsidiária
impõe que primeiro se busque o cumprimento da obrigação do
devedor principal, para, em não logrando êxito, cobrar do responsável
subsidiário, na responsabilidade solidária, ambos são devedores
conjuntos. Ou seja, nesta não há benefício de ordem nem
proporcionalidade, qualquer um (ou todos) pode ser cobrado pelo
todo. Naquela (subsidiária), há o benefício de ordem: primeiro se
cobra de quem não cumpriu para depois cobrar daquele que, por
alguma disposição, esteja na situação de responsável subsidiário.
Importante também destacarmos a responsabilidade da Administração
em duas situações, que receberam tratamento distinto da Lei
8.666/1993 acerca dos débitos trabalhistas e previdenciários,
decorrente da execução do contrato de terceirização: o débito
trabalhista, expresso no art. 71, § 1º, da Lei, e o Previdenciário, aposto
no § 2º do mesmo artigo.
Se formos ver o texto da Lei, observaremos que, para os débitos
previdenciários, não tem jeito, se a empresa contratada pela
Administração não pagar, quem vai ter de pagar é o órgão contratante.
Já para os débitos trabalhistas, a lei prevê expressamente que os
débitos decorrentes de uma relação de emprego com a empresa
terceirizada, por exemplo, não transferem tal obrigação para a
Administração.
No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio do Enunciado
331, firmou entendimento de que haveria responsabilidade do
contratante em caso da inadimplência do empregador, em clara
oposição à expressa disposição da Lei.
No final de 2011, o STF julgou constitucional o § 1º do art. 71 da Lei
8.666/1993, fazendo com que a aplicação do enunciado 331 fosse
limitada à análise de cada caso e não mais automaticamente como
vinha sendo aplicado pela justiça trabalhista, o que levou à retificação
da súmula nos termos atuais, em que ainda considera a Administração
subsidiária quanto a débitos trabalhistas, mas condicionada à
comprovação de que houve "conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço
como empregadora" e que ela (Administração) tenha participado da
relação processual.
Essa duas condicionantes são fundamentais para a responsabilização
da Administração Pública nos termos da Súmula mencionada, pois se
não houve conduta culposa, ou seja, se a Administração tomadora do
serviço terceirizado adotou todas as providências quanto ao
acompanhamento e fiscalização do contrato, mas ainda assim, ao final
da execução do contrato, e em sede de processo trabalhista, foi
constatado que a empresa estava inadimplente com as obrigações
trabalhistas relativas aos seus empregados, a Administração não pode
ser responsabilizada.
Além disso, e esse aspecto é muito importante, para que a
Administração seja responsabilizada é preciso que ela tenha integrado
a relação processual, ou seja, ela tenha sido arrolada no processo
trabalhista que busca o pagamentos das verbas trabalhistas sonegadas
dos empregados. Nada mais justo que esses condicionantes, pois
atentaria contra o princípio do processo legal se a Administração fosse
compelida a fazer algo (no caso pagar os direitos trabalhistas dos
empregados do contrato) sem que tivesse a oportunidade do
contraditório e da ampla defesa.
Gabarito: Para que haja a responsabilização da Administração
tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha
inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço
tenha participado da relação processual que apurou a
irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização.
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a
responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam:
inadimplência das obrigações do empregador; participação na
relação processual; e conduta culposa na fiscalização.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Os procedimentos para uma boa fiscalização de contratos
administrativos são normatizados por diversas instâncias da
Administração, algumas mais abrangentes, que envolvem vários órgãos
e entidades subordinadas, outras mais restritas, limitadas ao próprio
órgão que os elaborou.
Assinale a alternativa contém procedimentos fundamentais para o bom
exercício da fiscalização de contratos.
 
a. Conhecer previamente os detalhes do contrato, acompanhar a
execução dos serviços, solicitando a reparação ou que sejam
refeitos os serviços, quando pertinente.  Essa é a resposta
correta. Independentemente de normatização, esses
procedimentos são básicos para uma boa fiscalização de
contratos.
b. Elaborar com o contratado o cronograma de execução do
contrato, determinar a realização das medições dos serviços,
anotando em livro próprio todas as ocorrências.
c. Comunicar ao gerente da empresa quando do descumprimento
de prazos do contrato, aplicando penalidades à contratada, quando
da reincidência.
d. Solicitar da contratada a descrição detalhada do material a ser
empregado na execução do serviço, determinando a suasubstituição quando não forem de qualidade satisfatória.
e. Verificar a efetiva execução dos serviços contratados, por meio
da conferência de quantitativos do boletim de medição com a
planilha de preços do contrato.
A atividade de fiscalização de contratos administrativos decorre de um
mandamento legal, expresso na Lei de Licitações e Contratos,
especificamente no inciso III, do art. 58, e caput do art. 67, da Lei
8.666/1993. Além disso, no âmbito do executivo federal, o Ministério do
Planejamento Orçamento e Gestão, por meio de sua Secretaria de
Logística e Tecnologia da Informação, editou a Instrução Normativa
2/2008, que traça diretrizes para a contratação de serviços por órgãos
integrantes Sistema de Serviços Gerais (Sisg). Essa IN foi alterada pela
IN MPOG/SLTI 6/2013, e trouxe importantes mudanças, de modo que é
importante conheça-la.
Não obstantes os normativos existentes, que são fundamentais no
atendimento ao princípio da legalidade e na formalização dos
procedimentos adotados e suas decorrências, é muito importante o
aspecto comportamental do servidor designado pela Administração
como fiscal de contratos. Isso porque além prezar pelo cumprimento
das normas, aspectos como iniciativa, resolutibilidade,
responsabilidade e comportamento ético e voltado para o interesse
público fazem com a fiscalização atinja seus objetivos.
Gabarito: Conhecer previamente os detalhes do contrato,
acompanhar a execução dos serviços, solicitando a reparação ou
que sejam refeitos os serviços, quando pertinente.
Essa é a resposta correta. Independentemente de normatização,
esses procedimentos são básicos para uma boa fiscalização de
contratos.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
A atividade de fiscalização depende da interação com vários setores do
órgão contratante, de modo que o fiscal deve conhecer quais os
procedimentos e providências devem ser adotados para a correta
execução do contrato.
Indique a alternativa que contém um item que não é essencial para a
atividade de fiscalização de contratos.
 
a. Publicação do extrato do contrato.
b. Publicação da Portaria de nomeação de fiscal do contrato.
c. Emissão da nota de empenho.
d. Relação dos contratos vigentes no órgão.  Essa é a
resposta correta. Outros contratos que não o fiscalizado não
interferem diretamente na atividade do fiscal de contrato, exceto,
por exemplo, se comprometesse a capacidade de pagamento do
próprio órgão, hipótese minimizada pela adoção de providências
prévias impostas pela legislação, a exemplo da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Assim, o documento não é essencial para
atividade de fiscalização do contrato.
e. Relação dos equipamentos que serão utilizados na execução
do contrato.
A partir do conhecimento dos documentos necessários para a boa
fiscalização dos contratos, e, principalmente, do teor desses
documentos, o fiscal de contratos pode, por meio de técnicas de
fiscalização, comparar o que fora contratado com o que está sendo
executado.
Veja que sem o domínio dos termos do contrato, ele não tem como
aferir, por comparação, se as condições de execução do contrato estão
em conformidade com o que foi ofertado na licitação e ajustado no
contrato.
A portaria (ou equivalente) de designação não está diretamente
vinculada à operacionalização da fiscalização. No entanto, é de extrema
relevância para que o fiscal possa ter legitimidade de atuação e
competência para agir.
Gabarito: Relação dos contratos vigentes no órgão.
Essa é a resposta correta. Outros contratos que não o fiscalizado
não interferem diretamente na atividade do fiscal de contrato,
exceto, por exemplo, se comprometesse a capacidade de
pagamento do próprio órgão, hipótese minimizada pela adoção de
providências prévias impostas pela legislação, a exemplo da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Assim, o documento não é essencial para
atividade de fiscalização do contrato.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Qual dos documentos a seguir não é essencial para o exercício da
fiscalização de contratos?
 
a. Proposta da contratada e planilha de preços do contrato.
b. Edital de licitação.
c. Mapa comparativo das propostas de preços da licitação. 
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos
procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente
que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na
fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da
fiscalização de contratos.
d. Termo de contrato e seus aditivos.
e. Projeto básico ou termo de referência.
Documentos essenciais para a fiscalização são aqueles que dão ao fiscal
de contratos as informações de que ele necessita para acompanhar,
comparar, conferir, medir o objeto, notificar o contratado, comunicar
ao ordenador de despesa, enfim, exercer sua atividade segundo as
exigências da atividade.
Logo, não interessa para o fiscal a verificação de informações sem
relação de pertinência com a execução do objeto, a exemplo das
propostas dos demais licitantes preteridos no processo de escolha do
fornecedor. Diversamente, documentos como contratos e seus aditivos,
planilha de preços, termo de referência, projetos e orçamentos são
fundamentais para a correta fiscalização do contrato.
Gabarito: Mapa comparativo das propostas de preços da licitação.
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos
procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente
que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo
na fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício
da fiscalização de contratos.
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
A Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 orienta em vários de seus
dispositivos a forma como se deve proceder quando do
acompanhamento e da fiscalização da execução dos contratos, em
especial quando nele está envolvida a prestação de serviços com
dedicação exclusiva de mão-de-obra.
Quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais, cabe ao
fiscal realizar as seguintes verificações, EXCETO:
 
a. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando
cabível.
b. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em
relação aos empregados vinculados ao contrato.
c. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para
o empregador e de seus empregados, conforme dispõe o artigo
195, § 3o da Constituição federal, sob pena de rescisão contratual.
d. Cumprimento das obrigações contidas na convenção coletiva,
no acordo coletivo ou na sentença normativa em dissídio coletivo
de trabalho.
e. Recolhimento do FGTS referente ao mês atual.  Na
verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês
anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
Para que o fiscal tenha condições de efetuar seu trabalho de modo a
resguardar todos os interesses da Administração Pública, é muito
importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de praxe,
procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura
dos manuais disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da
Lei, da doutrina e da jurisprudência, lembrando sempre de observar as
especificidades de cada contrato nos casos concretos.
Gabarito: Recolhimento do FGTS referente ao mês atual.
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao
mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Em determinado município, o transporte escolar de alunos residentes
na área rural é realizado por meio de uma empresa que disponibiliza
ônibus para atender as rotas estabelecidas pela secretaria de educação.
Essa empresa é remunerada mensalmente pelo total de quilômetros
rodados pelos ônibus.
Você, como fiscal desse contrato, ao verificar o cumprimento das
cláusulas contratuais, observou que em certo mês, em mais da metade
daquelas rotas, as quantidades de quilômetros rodados superaram em
20% os quantitativos previstos inicialmente no contrato.
Qual das providências a seguir contribui mais para o esclarecimento do
ocorrido?
 
a. Aguardar mais um mês paraver se a situação se repete.
b. Solicitar a seu superior hierárquico que encaminhe ao
secretário de educação ofício descrevendo a situação.
c. Solicitar ao superior hierárquico que encaminhe ao secretário
de controle interno ofício descrevendo a situação.
d. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada
solicitando justificativas para a situação.
e. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada
solicitando justificativas para a situação e obter informações sobre
o assunto junto à secretaria municipal de educação.  A
alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a
mais indicada, pois possibilitará uma justificativa da contratada e o
confronto com as informações disponíveis na secretaria municipal
de educação.
O fiscal do contrato deve conhecer detalhadamente o contrato e as
cláusulas nele estabelecidas. Também deverá acompanhar a execução
dos serviços, neste caso, verificando atentamente as distâncias
percorridas pelos ônibus.
Na situação descrita no enunciado desta questão, a melhor providência
é verificar tanto junto à contratada quanto à secretaria de educação os
motivos que levaram ao acréscimo de 20% nas distâncias percorridas
em mais da metade das rotas.
Gabarito: Encaminhar expediente ao preposto da empresa
contratada solicitando justificativas para a situação e obter
informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de
educação.
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a
mais indicada, pois possibilitará uma justificativa da contratada e
o confronto com as informações disponíveis na secretaria
municipal de educação.

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