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FRANCASTEL, Pierre Problemas da Sociologia da Arte

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li 
r n l aàu Ao d 
Ao de J<* 
35] 
a~ 
8~ 
367 
3 
vam. Pelo oontrl\rlo, a maior parte das ditu obraa de sociologia da 
arte ll~nita.rt\Jll St' a npll<'ar groeselnunffite as regras de Um& mterpre-
tnçio cronológt<'ll n. uma. mat~~'a. n.rtistica. abordada seom preparação 
sufirlontt', <'ltqun.nto outrns, n.mda. mais numerosas, recornam apenae a 
excmpl08 ràpldn.m(.'nt<' escolhid~ po.ra llustrar e justiftcar teses elabora-
dna a partir de oub"Rs fontrs de mformação. 
d Art.o 
• \13. obra Socaal mtd 
cun da história 
c m pl x!.dl.de d:l 
da. c1villzaçao; 
p r: senta uma. 
d d di>ntro de 
tnti tloo pÕE', 
1- tuatS6n of 
., m por aplicar 
n und1r du .s cat go-
mestna , ou p r outra., a 
•••• que util121am umàrlamente 
4\Ja c6loeb~ e subtil obra sobre 
~dade e a mobilldaõe 
a.u DAo estabeleceu, com 
• 86nea que ~m nenhwn 
qu tt4o tJcll m 0111 fornu\ft c os cor 6 df'.soonorrt.•mw o.o p o qn outr08, 
ulto., t~m dnlll.ll \11114 vtsdo ju.ortu. 
ftll lvtlJznç~ ocldontat.s nit..rlhul mm banta ltnporUlrl.Cia u.o: e em too 
prlmf'm pt'Jo. pnlavrn. -c, fl<>hrotudo, dl.'pols da unpn•r n, i)f•la 1 crlt L qt 
ttwl~Ao IH bn.rnm a O{>t1na fn.culd l.!l oo fundmnt.'nt(tl<t uo pír1to que, no 
a.IIR~ como .no pr enlt•, fK'rv••m, no tOntsmt.o, d1• v<'Jculo c ulgurnos das fonros 
l'nMa a ltas e mals ,,rtclt>rl!l('s do p«.msamento. 
Seria. pouco ll8onjnlro pura. M. F. Antn.l comparar a sua obrn oom '3.9 quo 
acabMn d~ ertttcar l, A que -consagrou à attr· 1taha nu. ele Qualroc~m.to.s é rlca 
da ert&ncM.. do oonheclmentos, de 00:1.<; intenções. R eprcs nt.n, no ~nta..nto, a 
~a categoria dos t-Malos d e Aociologla de nrt.e, a.o.c; qual::~ d'CVcrno.'i opOr as 
mata árl&s 6!'VM, QUt'rendo NJtudar a nelaçáo ~st~>nlr- nos começos do séc. xv, 
em JJ'JoNIUQ&. entl'e as profundllft 'tra.n..sformações Boc.l:ais e o tiio ex~!)cion:ll 
...._volVJinento das arte8, o autor optou por nos apr ntnr, }lrimEHro, um quadro 
~6&ioo da .evoluçllo eoonómtca e socta.l da ~arte no Interior da ddad.!. Em ..,.da tndagou até Q'Uie ponto Oi.c; obrns de o rlc conflrmav m, <bpt.ando-se aos 
llnpent.ttvoa Ido momento, a curva da evolução Q."io.! 1m troç:ula, oonalul.nrto que a 
arte projeotava em obraa especifica.~ oo dh·~rso d ~ d àe. o Sr. Antnl 
-.-a M obne de &rtle como factos que • 6 m função de nooes-
..,._ e aàllbulçaes de v&llor prêvlwncnt.c co <m ~rtos grupo." prev.l-
fM'edJ• ela eoaiedacle. 
A arte eerY'lrfll, sn suma, a~ pod • 
~ os eeus dogmas e lmortaliznr 
_,... NISfpftJoa da.t artes eobr.e a IJOClcda<k 
_. a aGtlvldlule vAlida de um certo t tpo 
te I&Ji dl&er, mm\&1 • .Aa81m conslder d , n t 
da 80C1eltaA:le, enq\&llto grupo dt 
.... & tiiCOJlOmJa. A arte 6 O.Ul, nA.o t 1 
id a d•• uma 
a.rte t conceb ... dn 
t 1 ncUv :ui' é, 
qu o nbm 
ru. po 11 uca. 
dum gru,oo social 
~ por tomv OODIC18Dcia d e sl m n 
~-~~·lf~dadoa de Al\tal prolOIDprn 08 'lrnb :llh 
fliD,pOltiDte no deaenvolvunento dum 
Mlllfllllflllll~-- •ootad&d••· A •\a& acçlo opôs 
Borock, Munlqut, 1888; Dic kkl~­
Grvndbegrtlfe, Munique, 1915, 
HaJma LtVY, H l'nri Wolff lin. Sa 
do Jastltuto de ·wn.rburg fip.'lre-
dea Bt.bliothek W arlmrg, 
.J,. .... .a, oi Warm.rg cuad Gour-
IIMIIIM e ele Stvdirs que cont~ 
NOentemcmt.e publicada 
.. LGtinmt le Magniftque. 
wmtfUil. prapapndlata do. noçlo de uma h'llltórla nut6noma da nrte, em que as ()braa 
aparecem c:omo elo• duma aotlvldndc prlvllcglnda, mw; pura.m nt .speculaUnl. 
do .-plrtto. m de Walffttn que prav~m loda6 014 toorlals sobre a ,u1.e moeda do 
ablolu~ e.trlbulndo-lhe w.11or lntemporu.l n-hl6tórlco, aubtra.ida. 0()6 caprJch<>S 00 
blat61ta. Por opoàçlo deve-ee pi'Olltar juKtlQa OA:f vJcncn.<;es Rregl, Wickhoft' ~ 
.U a Dvomk, que, admitindo tm1bora. qu~ a arte é uma parte da hlstórla das 
l4tlU • mesmo da hUttórla. do e&plrlto, nAo del.Xarn de afirmnr o seu valor pooiUvo 
Da IICOI& 61 Viena deriva..NII1\ corronbM que po.~u.em J.ncontestável vnlor .ooclológtco. 
W. Wtltlbaah moatroU•DIOB a hllstórtn. da a.rte como inStrumento c intérpr-ete d~ 
uma t...,_-a da Cont.ra-aetorma. O Imstltuto Wa.rbourg formou u.:.piritos da 
•fti'llllur& de um SaXl ou do um P.a.nofsky, marcou tortem: nte n relação da art~ 
._ 011 lll.Ovlmlllltol do peoeamento especulativo, lél&'>OCiou ao conhec.lmento objectivo 
~ b'DIIIl ela. cli&Çilo a. coiWClênclo. oo o.lca.nce inteJ.ectual ds. art~ e do 
:RIMl .,... ~ Ga materlOJUzaçl1o dum estilo de vida.. Infelizmente deixou--se 
'~·j~J;J~aelltii!IU!IIlte clomlDar por uma ooncepçl1o onda vez mais filc\Sofante da estétioo.. 
•>;~~, • .,..,.., du obl'M de arte não p ode tter conhecido como umn. pum ~tóna 
••·~---. tamb6m alo pocle ser corutldcra.d.l <:J.e,pend ntJe d:1. hlstór; n das idd~. 
O Mldo das razões que, por assim dizer, socavaran1 ao primeiro 
.... 1L maior parte das tentativas anteriores, encontra-se sempre 
IQIIilbalaJ:O da. arte constituida. como forma de cth :dade autónoma. 
-6 certo, relações oom a sociedade, mas relações por assm1 
••• e de pura dependência. ~'altou el b 
dae acti'VIidades art.ísti " ~ 
!W~Jdj·. • mentais da sociedarle. Pt e 
R ll_l_ a. enoara.r L sociolog1a. dn. artt: j~ n conw mna. 
'*•··.;118 bdatóri& ou da. filosofu.1. mn..." cOJn tml d .::. instru-
10 noaso 81lc&nce para. estud obiccti\"o, 
~--do corpo social a.prt"endldo na sua tot~ida.de . 
..,Nrldlmmtal deternuna.r no seu junto o que 
de objeatos e facto mental e1a.borador 
conhecer dos laç<)$ mais ou menos 
•r.m1ees elementos do ('Ortx> so~ial em 
--. perpetuidade. 
)tresentará então con1o uma ju.sti-
aceiltes sem discussão, mas como 
DO concreto, tanto os problen1as 
---suporte indispensável do 
W&rburg. Pu'& Werrner WEISBACll 
a.llftf'e/orma.ttoft, Berlim, 1921. 
Ccatre IWfonne et Jr,a, arts e.n 
BOtMt4 fi'*'"'- ItaUenn&, 1\Htl. 
om o n o"'l''man4iemo r ultante d Nov 11 
btr&Da.montle ne domLnlo do pon mento, ncentu 
IIRJilO ele um& olvll.'tllaÇAo t onlc L o d Uno, f' não da 
~diOII:l .. pelo meoo1, auwa .t.nterpretações teórkRB qu corr 
l.~I'ICI& 4ol toauet6el, aJoda no agarramos à.s ooncepçô d 
tiJiplra uma apécl de reflpelto rellgt~o a. homm que at 
4e co~tul~ um lsbema de sinal" indept>ndent qu pa 
que, por uma que! tão de tradlçao, x1 t m no 
da. arte que defond m, oencarntçaõa:m.ente, uma con· 
.. formaa de vtd& do pn do do que à arte. O que nos 
•~••• etutlf.ldos de tod QS cren pu-ituall.stas e de 
aeeltem aomo uma verdn.d de faoto esta concepção 
12 curtoso vertfl r o ex1guo ug r ocupado já pela 
1 Utleratura, ar d c tudo un 
de form h 
da 
:Art (dd. J Fré· 
tDbltaiOI .,._ .Uiaaa 
IMifJtllaln•be toda a relatAo 
lrJiíii!IOltirad& ...-. ~ .-.-1& apld.a:l e fi~ 
.... aat.t9'1dlde do boJDma 
*lllo de ..a. 4o mundo 
aec.ou llllbar a ane 
..... hllt6l'4a da arte ou, 
..... art.lltal. OpoD-
~--IIIOU que a GDie& vsa 
...... ldltOitco da crSaçlo 
OOD8Idelada eomo 
~ ........ - pnalllo IDitaD 
lr'NdUUvel a 
_... ... ~ pua 
~~--.. o .... de 
., .... ela 
'ba8c& elo 
por 
-ldol'. Oom 
a _.. um & eapealllctdade da. arte nem o seu 
1111• Nu a arte , ao meamo tenJpo, um modo de com. 
~~---lO de aaglo qu tntormam a totalidade da expen6ncta; 
tDtvial e almb6llca que nio se hmt ta. à elaboração 
•• ae aaaocia b n1ats diversas modalidades 
lltll!lii'A'•r redulda nem ao pers nalismo nem ao simbohsmo. 
~de aina.is, possut mats g~ncrahdade e inde. 
~111*>. q pensamento rcl1g1oso. ~. ao mesmo tempo, 
.,..mtaç&ea. de instituições. 
entre as noções 
ftgura vo. esta 
da obra de arte 
•••do por uma Jd tot.erp .,.,., 
.. diAoulda4e 1. A. plotas, • -
.... ~ ....... da --
....... ido. ,_ oatft) tido, .. ,. ••• 
polllv• de ~ et 
• ,...... *'*alo .ao ......... .................. ........ 
• ao ~ a IDt.op'&1ll.. a ~ 
e. I ·-te. pdml.rlo8 I"8DDObtb 
• 116, ~ .... polira 
REli e ..... de toda a ..... 
....... ....... .....,. ....... :ldl ... t••·- ... 11----Mqtaawl 
---- 16P-W'M"te. iiiD .. cs. • ................... 
........ a~stz, a~ • 
8'F li ,.,. - .... -................ 
ou fllm<' , lt'V U mpo • f'XIgc' c forçll. Nun< 1. • pode <11 c' hJlr d un ~ • 6 ~<'2 
n t()lulldnd~ ~ nNI •ctn ele• umu o ht1éL algo dt>piii•Hlt, Clll 1JUC o autor pO <X 
~ouro~e ncumulud~ dn. f:ltlll ''XP''rli'nda, fllnt• t 11'Atdtt nulll Bl t1 mn {jlll' nun 1 1 prn 
dus 
0 
movhnc nto du. observ \.ÇfLO do rc}(l,l. Bnsl.{t lf'Tllbrar qu~Lntll..l 1nt Jl>r '-'• 
<Ht rt~n:t '-l4, nt~ opostns, 6 ~n.llJCt'ptlv;•l de• prnvocnr CJUfLlqu -r ohra d ' r te d() p cl 
nu do pll'~Nlt('. Nn vcrdadl', ttnu>.q c.lJ • concluir r1tt<' não cxl l.('tn lro lB int.erp%1ct 1~õ 
da lmapm, inM unicamente lalt('rprdaçiWB, O ({IIC [JÕI' O problrnn.a dn <.J1~,_tfnçú.o 
n~Arin. .cntr.o a Imagem c · o ohje-ct.o figurativo. 
Em momento algum, nenhuma. obra de arte foi conforme a uma 
n!presentaçio mental precisa -que Hcria imagem no sentido psicoló~ 
gieo e nio figura.tivo do termo. O artista teve por vezes - mas não 
neceaa&damente-. num clarão, a visão de uzn fim a atingir; nunca 
~ iDatantlneamente, essa intuição, decerto fundamental, mas 
Zlio se tivesse tomado o centro dun1a reflexão durá-
1;1Wtllll11é. por conseguinte, sugerir a out.rem são somente o 
mas o processo do pensamento no termo 
figurativa. --ou melhor todo o objecto figura-
uma. experiência, e, ao m smo t m , o ponto de 
wperiênci& que a reint.I odu no pinto do seu 
~Jiíllld;o fbro em torno do qu taliz:un depois 
de pensamento e n.c .. to. 'f b1 de arte se 
~ ... ~ cnatal1zada, ponto d p 
OaltNut&m·se os n1últ1I l el m n da ex.pe-
uttat& com a. própna eX} r1êncm.; julgam-se 
Um pe~tuo \ni-e-v m entre a. tela, 
-~~----~ V8l-SC stabl c 
ontinua. reflE.'xão. 
~·-~:JIU!atella.nte tanto em relação ao 
ao do espe<.' tador. 
certa de «ver fosse identi-
com a. interpretação neces-
wn contexto lhe deu. Na 
lmaginllrlo nn nlwt <llt nrtivldrul~ <'st-'•tic•a (· JX>A~ivcl , c quP 
11
no J)( rrtn 
{ l lwl '<'t'r lW n.pl!~·n.uclo JHU'a. «.' HimplPSIUPnte ao movim luto ..: ·t, .. t t o .L." 
rt\lr th llnguiHt h·n. 
nnllhH(' dní4 ('Oil(llções <'Speetífiras de estudo do uma nbr,l d, 
art h~R.n<)8, J>011anto, n. t'stabc}()Ccr uma distinGão fundament 1 ·ntn 
ltnA(c.'m <' nbj~,·tn. A exp<'riênda do filme permite-nos compr-ctndt'r 
flclln1 nt a natun'zn desta distinGão. Constituída por 'imagens ~u Ps-
aivu, a. vialo fflmit'll permite-nos apreender configurações que não ~fio 
ld ntl a a. n nhum dos elementos que as compõernJ mas integra.ndo-a~. 
todavl • uc Bl!lio das figun4" móveis que passam no éoran sem 
d o conatitui wn tipo inédito de tran~.missão dn. coisa. vi~ta .. 
CDmJp d r que os elementos materiais da projecção nunc 1 
com o que o cineasta viu no real ou no seu es1,írito, tkm 
~~~~a um doa espectadores vê ao reportar-se à sua própri.l 
Dtl~W'Iuz.ae, assim, a noção do sinal retransmi~sor c do 
lto todaa as representações figura. ·vas - ni~ mesm0 a~ , ' -Ntfat1caa- possuem e te aráctcr de rctrnnsmis~ot's . 
.... ~.-.-G.Ilpo. flxoa ou móveis qu ~~ intcrt- ~nt~·c..a con i~nt~:l 
a d um espectad r 1 ~m, n ~ar1an1 rnte. c'~.l 
n1o IW sobreponivel a qunlqu r -..tado d ons i~ndn. 
••r~lU almacem transmiss rn. bj to flgurathro, .::-eJn "m 
por uma su~rssão dl: .. in i-.. rã i~ ~ ? 1 l r m~1 \ 
lementoa diferen< ind ltuaçao nao :s • nitt 1. 
qu 0 obje<.'to fi .... urati\·o 11ão ~.e. 1fundt' 
com a coisa percepdonad n~) e pu·lttl. 
fia~-·- -.., o dos objt>et01 , on.'t !ui m t ~ri JegHlma 
ía11l•• talo OOD.fundir. O qu • ' 't ··n nt mcili 
poa. 411awn!r, l primt•ir.:\ ' ... t 1, qu 1 " ohj' tos 
···~~ uzn. forma do...-: qui.! LO 'P n obj~<.'t( • 
tc>nnas. E'Dtrt> o morldQ ' a ~rtt'. ~ 
todos os outro..... N,\o :x' tr,rtn d \lll\ t 
apena., l'~tx>mam Rin:l.k> antt rl(lrmt'lltt· 
eaquemas jA elabor.ldo~. M:\..<:: 1,;'\.l."t' 
Pertence a.o donunlo do o )j~c t,, 
._at611a. quer Sl' tr \h' d,' mu:t t'h • 
ftrurado utilizado ant\•riotnwnte: 
uma nova ordenn dt• <'Onjun.to 
ma•riais utilizn.do.'l (', !'1\lg\'lir, 
JIIC..-rlamenbe por uma ~l­
mocloe de conduta ou dt• 
Oomo 88 ar\~ (',Qnstttut'nt 
um modo 4e acUvldade c~leta~ ~ natural qu~. ao serem tudet.dM, .,.noont:r rn 
8ft dl.IU ea~ci(IW ele n oçõee 1. 
Fundada na aet1vld~ p rh1.leg1ad& dft. vi•ttl, atJ.mtu. h. ""xpJ(,ror;A.o, urna 
ma.n.Mra dinlmtca. do can1po da perccpc;;t'Lo, a artf• (• um tipo •116 ocmhoc:lmftltti 
ln'bfrlecttallsado que pc8fUf oe eeus ~ract.er. pr6pr1Qit e oft 90f.ut lw;trur~ntr.JS ­
lmha. cor, lus, volume, rel~o. etc. NAo 6 objecoo de urn r, gl8bo lfVJCAnl.ó; dos 
fanóm-eokli!J; ~ ~teua recol"t::M nAo do o.! do reall no ltOI'J t lrJ() .,.,.n que o nYill u.,parcr,. 
no proloogarnento <1e um outro tipo dP re1lexoo ou ncçllo. A OOr'V'Cllmcta humana 
~ ~mpre m:ai,., coerente que a percepção porgut> ~P manif>(srttt w.mlprc no tmnpo 
Hé. tanta radooallda.de no procearo do pensam('nto plf.vitiCIJ crymo no p~_.aao 
do ~eoto verbal, diacurelvo ou rn.a.temátJco. A pJá.c/U~o. P.<julvalc à r. t6r1ca. 
O àolnbUo da. arbe nAo é f!llJ o dM imaginaç~ gratuita..-. e dua P,rti(J(;r,eü tncxprinúveis; 
altua"'t!!e ~ t.ooos Q\t nivets da activldade soctal O~ 5ell! (•lPmrmt<Y.i ma.terta.t.s São 
an&llsé.vets; a imagem declfd\"~l medta.Dte re-gras pnrt1cl11".lr s que consagram a 
capec:tt1cidade de um modo de apreensA.o muito pouC() mtudit.do do mundo 001 
factos e dos vai~ Segundo cada caso, e. obra dP. arte nparf}(;c ou omno l.l:llla 
eetrutu.m_ Dlo debenrWlivel em termos ~ oa.u:galldad,., ou, pelo contrâr.io, como 
um objecbo material ou tlguNü~, a que é apllcável a lcl dos grcin.rY.B números c 
a eatatfBtk:L 
JJnoantftm~DQs em preaença de um vaato rlomblJo 
m~ ll& aua aompla:ldade, a ~nt. d8.5 80cledad q u 
r... de tmdlotnrwl""mo e pertodoe ~doe em qup N!tl 
d6rida q,_ uma lllllhor api'Oll:laaçAo doe mec.an1Bn1 lnt 
molde a ..,,.,.,.._1108 -m. o comportame1to objec.U o 
da b111t6ria e do prnaate, focDeC~~eDdo·cu>t~ eltm n 1 
ampla da VIda ele 'ftllaçlo. 
qun l\Cproduz, de algum 
p u rn nh:e.Js, grupos, 
mv nç to. • ~tio re ta 
tu ar.t serâ de 
d1f socledadee 
t:IJ..çúoma.ls 
IV. O OBJECTO FIG RA TIVO, 
OBJ'I'..CrO DE CIVILIZAÇÃO 
Ob] "to ÍlgUI"d.· 
or d objecto, 
•bJeato f1gurativo 
••lo D& piMWpeetJva dcsto. rápi da 
1•111• fot nbjecto de eet.udo sólid o. 
t~(',rue8.,~ ~ O 1\.rth~tn.~, t'XC ''WJ\ 
11 
~ lgun g~n1o , arHrt :n~tf nl\ pr<wlnha, é c- 1to, uma d lmu11tl , o ct 1 1 
~\lll 8 °CI Ul• Mutlo J)•lo IC()Jltt, rlo, t'xigln:-f!C·Ul~ t \lv~ mnls como \.'l nc ut< d, t'('l 
"' t 1 l\ lt U:1çr1o p er I do n rll t \ 6 qu.,• rli 1t tH 1, t' 11 o n fun<:nn ' o \'lli)l' •- t \ 
' 1.! '"'' u c . .1 H lH. Ct'nçu. t r<>ux·· p,trt\ prlnH•irn plnn< \ qUt Ido d 
1 
funç, 0 <' r ln<lor" <I> H'l tu. ~OI nu mon nto em que ., nrtl>tn 
lndlvMual gnt1hn11 o 'll'\1 lugnr n 1 < ctoü d r• cntr o.' lntel<ctuat•, que Dlderot l.rtcr-
' lo pn r <' n I ta r o d u Pl<> o,, r à< t or t ~om,,., e O<" h 1 dn., nrt•·s piá <I! eM '· p 1ra •I c. 
• BolW!I- rt.., nbrom o <-anünho fi glúri' mtcloctu <1, ma.•, •obr • tudo, permlt.<-m opor 
a o rUfieló da 8<lCll"d \dt• f t•Hd!l l, lmhmdn d,1 cr nç.a do lnuli~mo, uma ord>m de 
rnac:A.o «-qimulti\nt'mn<'nt<' ~ n ,\t um l ,, rae10na1 . A urtf' encontra-se numa ,c;Jtuaçào 
privllegtadn. m>s lhnlt<'IS da mturt'Z,\ ,, cl \ a.ntin llurez , xplicltancto, melhor qu 
qualquer outra actlvidnde, a l'f•l lçflo dlnl~ctlca do r n.l ,, do imagináriO, que é o 
processo d acçlo prlvUegLada do homl'm obr' a naturozn.. Embora, como Le.ssing, 
tNlha de do lmbUlr p <-la CN'DÇit duma po ição entre o. p!nlura qu~ f1xa. o 
JA.st8Dte a poeala que pernut t' o df'::emolnr d momentos ct~ um CJ>'i.: ódio, jn.. 
atrtbul ~ a ftauratlva um tPOder ltlH•ttador porque fomec• a possibilidlde d •• •• a- ..._ forma ldemtt- a li~.t.o moi 1 ,J .xp rlêncl-1. vLs.u ti. Diderot lntro-
pDalglo marxbta do prohl ~mn, qu t mbém v · ru arte um m.."-trumc.n~o m•••• VS.ID:do mala a reforma dn o 1 d (30 qu o pen. nme.."lto e COD~l-
p b um Allculo ainda mu to m llOl <rllldor do que 
clenrilllll tJ.l ob) e<:tl\"O d • formas o p~~~. Para Ma rx. ta n:te plo~~ d ~emiautónonus ._., 
MMJiel '8Jn Con8 ruc;v "' 
robl mn d~ r '.1 o;:õ~ entre a 
p t• "d d' d O qundro d \ nc lYl ~l " fvrntn (\ • 
,lo m t t t \ P f'pol , ele' li~'!. n dlftlOJZ'<' jfl niín 'PP. trnvn t-nt rc IC> O.t1 1.Btu c um \U\l\ n: 
1 tt'lno, nu1a c nlP• o .n·t1st 1 ... os modot-~ d ' rxl ll'!nciu c1o seu tornpo. Por l o, fó Jlt'x:J 
,,h pudewm d,..., m.:olV<'J 1 todn ~ ~s 'L on 1~ fundonallt>tn em nrqullcctutu .c to<J.,19 
lf'l tl'nt.nll\:H Ul' nlut· tmm Upologl' dlftT<'IlOitl d l..<i .1.rte.s ll IUVI'ls inlinito.m~tc 
\ ,u·ti\Vt'l ~ dns dift>t't' lllc>., .sor.l.edn<l<>s. 
Entret.ru1to, fot nccrssário t odo o decurso de wn século para que 
a dimcnsáo da. história cond11zissc a uma apreciação verdadeiramente 
nova das relações da arte rom a ordem trmporal de uma época. Ê neccs-
~ário um considerável esforço ele e 11Hlição para encontrar o significado 
que puderam ter, para o seu construtor, um zigurate ou uma pirâmide. 
E impossivel definir com rigor o sentido de uma obra mais recente 
como A Primat,C1"a de Botticelli. Também não conseguimos apre(lnder 
com fa.dlidade a imensa contri buiGão das artes do Extremo Oriente, 
c as artes primitivas são o objecto quotidiano de uma exegese não raro 
contraditória. Mesmo quando restítuimos com u1n~ quase certeza o sen-
tido que se deu & uma obra estrangeira no nosso enquadramento cultural, 
o nosso contacto com ela torna-se muito diferente da dos contemporâ-
neos: erudito e não imediato. 
lBncontramo-nos aqui em prcst~alça de utna Sltunção fàcllmente admi-
tida. pan. outros sectores do pensamento. Podem hoje recon~tituir, 
por exemplo, o sistema. de cálculo dOs ttnt tg ::) g-Íl 10 , emas tnmb · m 
en~ &lgtB.as altas representa<;L'l(?~ s.imb6h a 1n terinhzadns em 
mornune!~ mu a. admiração cspont 1l1Nl mo h\ que nos infunde 
a Vi40 dls Pir&midea não implica n l mp1 .1 ío os --eus n1cxlos de 
~ e daa suas concepções da v1 ln. O quê I 1e ndcmos é a 
~••• io empreendimento, a qunlidnc..lt:.. ds t~ 1ue mprcgada na 
*•Ql-O úlUi!no grau de ('()('t't\nl ia qut' ~ ncionn. a fot~ de 
IIIMi~aom.tna.dor da JlUlJ~ria. At rt nd('m trunbém 0 arrojo 
~~••-.ctlo de um Euclides vrrift ca11do inb·ins,eoamente a 
8U&S matemáticas e obS('lYRlldo que, Pm certa 
posslvel o dcs('nvoh-imt'nto da.. gr~mdes 
~Ias conc('bemos. igualmente, 
sentimo-nos ra.pazt)s de assimilar, 
esplrito, wna outra dinl(-c·tica do 
•nti.Cio do sucesso. Só achamos 
._.,..., afastada da nossa quando 
l f"lllt.}R fn Ycf' t' unm a_1,1, , ·i .-
t ' . • l UÇ }lO g'P l'tll l nwn o, Jltttt 1 t l<'a tntll a snn .. ·, ' < os vai ore.~ qur. 
• ( 11 ·~ao (\ • num dado 
,,, mpt"l'<\n<h•u n m t <\s lH\gi·n . o seu sucesso A mo-
• R P Prtmit' · noss.a. gcraç-
ptlf t. m ctlll~a o~ }H'<'RHnpo~toa U . tva..q n a tnl>cl ida l'"ln q • ao . . • )gtcc)..q d n. Rcn ue p:r()(·m·ou 
t"tll t,~Jns n~ f nt•mns de P<'ns·l. l ascença, não só em art. 
l
. t l . • mcn o c a.cção N e, mn.q 
do t h <)I..Y() 1solado d \ unt h()ru c • unca se trata norta t 
t ) • ~m com um ob . · l' n o. 
runb1t'llt<'. ( dtálogo de ahna p ~ccto desligado do 
1 t 
ara alma com seu 
abso u o, t u m. logro. ~ó 3 preenden , 0 o do homem com 0 
t l Os o pensament d ront o, c (\Rl <' sns<.'it n. f'In nós r~acç- _ , 0 e outrem num dado 
1 tu · F.~· oes nao somente t' 1nte ec a.ts . ""lR 11 razào profunda p 1 . sen unentais mas 
à . t < c a qual o ob]ecto f' ti necess r1a.n1 n t', tun obje·cto d e civilização 1 . Igura vo é, 
V ARTE E L INGtJA 
lDnquaDto. o homem ~ria os objectos usuais no sentido das suas 
al!ll!l'4ndede& 80Cla.liza.das, cna objeetoo figurativos no duplo sentido, quer 
~ das estruturas qu .. snportam a. sociedade, quer, pelo 
OCIIWo. de uma antecipação sobr' outra~ c tr~~ttura..C\ que integram as 
i91dades de um grupo na exJ~t·iênaia pe 1 do indhiduo. Conforme ,..._, a arte é um elemento de c1 sio ~ocin! ou antes, de dissociação. 
JNIII• em 0011ta a sua dupla funçâo ~ :nte u desestruturante do 
. .OOID~ aooial, a arte surge, 1wee · ·itrirun nte. c mo realizando. de modo 
.:fltlíílll:l•!M), quer no concreto, objt'l't<. n:pl"(' t.:nt r;'" : d~ cren<;-a.s mais 
Clluel grupo, quer, pelo contrário. no !l.bstrn to. e~quemas imagi· 
te representação. Confonnc o t'R~o. n. n.rtC' é ~a. um ~po 
Ml pzojecto. Possui o duplo aspc{ to d~ ... uma. ach~1d:ule tecmc:'l. 
~.~ilUDI eapecJtlco de operaç6c.'s intt' lt'<'hlatS. C~m <:'fctt.o. E?'stes d01s 
nio são contraditórios. mas expnmrm. slmplcs.mente, 
wt:,ono:rn.la. entre as activi.dadrs comuns da soctedade . 
.601 
Dtstas dua.s forrnas (la nd ividadc> :u1 í.1 t H 11 tL I ,,.,r"''ll n. 1 t r • w•u, 
{! a. que nH:\lhm· :;;(• <'onlwf'(l. JGntrPt nnt o, 1 on H1 f. 1 VJ f, ·nu, ,, 1 tiiJt• Ju !'· 
a quí' p"rnll h' d(' filt i-la n ~t Hll H c>HHPll<"Ía ~', < om' q 11•·nt rr' u1t, c1r·tA t'l ll t 
nar o pu.twl <la :u·t<' na ~m<'i<'dndP. 
Setn JH'gar o carúd er Rimbóli<'o da fi rl<·, ll:H J b't i la pt n rHtJ' rtw · • lu. 
se linrit n n. inf0rn1ar ntravés de um lipo part i< lllar <J•• nin ~11 ''3 vrtlOJ •·H 
t" (.1..~ sistPnHts que ('aract eriT..a.m outrtas artivtd:Jtl(•n f{tmt.lJJWwt 11nin( 1• 
tt'm~nh.' verbais. São ínúmrros os que, e>nlret an tA',, f u h, rn da <Jporillni-
dndc de elaborar uma filologia da arte, mé>tr1<'lo quf·, mui (J J)do < <mtrft -
rio, conduziria a uma compreensão ruclim0-ntar, t • a:ti· P J r ~~ la, d(, f• ·nf•rn(•n<1 
que se pretende analisar. 
As analogias ~ntrc pal.wra..'l o ~lnaLi figt Jr u l lvo IIJ• rflcltl~ 
<'. ('m última anãllse, tudo o QU<" :-te cons<'gu~ f- um't ('( 'llf'r ~'n ;m v t,· I d 1 f .LCUl-
dades do :homem. Com dema..~iada ~ <'viandadr ,.;,. Ih· trHml o fJO< r tJ, fon n 1r 
sistemas slmb6Uoos de carActer ci<'ntífiro ~ pr>cl1lm nt.P :rn l "IIl lc(l-, mns 
ignora-se que outras famfllas de sLnais, <>ntr,• out r'O r i f'l U o ou <mor<m, 
semram d!t m6dJo a uma lm~Il83. categor ia d, . J' rn lmllf1•:,.ts 1. 
do ~ d.1acnmllvo, mBB também r f lcníwR (' por v~ 
dae cepactdà.,. de um corpo soclOII. ~ v <'r datl" qu • t 
lat~••o _.oerbado ao admltlr-s l' qu • a llngu 
08 DJ.....,_ - peat&meDto mcon.sclcnt<'. ~~ ~ t 
bH~ W. ~ valores de que n o.rt<" lmpl 
trJbulr ~ • formar e os marcar com o . f•u 
.A. ~ llllet. o C)&l'4cter dlrectnmt"llt,, 
aat8llll.ei • • ..._ pe oae. mas, como pri , t 1m r 
alta • ........ a.,_ eaperl&ncla não pod , _.;: l·r p I Ih 
...._ fAI1".mN 4e expreBI!IIo con\ 'n<'l n t 
~-- ··--· Ole formu pclflcn.." dl' 1m ·u 
íMfiU,~g FUPOI nlo ktlclo.d« . lMn s 
O estudo dos ('<'md\çc 
ao tneiJno tempo, nutorh. lll 
ate exemplar . N t\o t" p 
•Já;1D~kl!ke de qualquer tlpo d l' 
-~~-•r.~t~• para tomar num <.1 
ollereoe a urna ·oc 
MirA a poaaibWdade de 
sohr 
p t-
ou d 1::1tui l ou 
muni caçli.C'. N a i) 
nudith·o. oomo 
todo à !IX rte e 
t lclp Çi\.o d \ (\X~"ri~ncl.t ~)Jl't'fltt6rJu rJn c• em e~ pt li tllzuçl\o '1\lf' fll0p!)rc\I(Jn \. à Uh' 
um lugnr t'nlt\' n..... Jln~un~r·n 1 nlf'W.l(t mO< ltmtll qw· o pc•n 1:tnH nto rnnt ln t1co, 
nh 1~ llJX'r,\tórlo qul• (l 1wus·mwnto t~cni<:<J, Jn h tdrllf>t..l<lil <jtH' o p~"n lnt1 n.to ,-.·ri 1. 
romp:n.\endc-Rc assin1 que a sociologia e a psicologia da artP 
t•.·ijrun orn 1~squisas que digam rcspcit<> à g(:nleSC da obra, ora. estudos 
qut ~e de-brucem sobre a coesão d o sistema - daí resulta a duração 
tna.ior ou menor da sua c~pansão. 
Um sinal plástico é sempre uma reconstituição e nunca uma 
1 :-.stituição. ~ possível a dupla pesquisa co11ducente ao inventário dos 
temas figurativos que nele se combinam, bem corno a reconstituição 
do processo mental que suscitou a actividade combinatória do artista 
criador. ~' pdis, importante desenvolver uma. ~rie de estudos destina-
dos a estudar, com mais precisão, um t ipo de actívida.de ainda tão mal 
conhecida, me.s que, ma.is do que qualquer outra, nos aproxima dos 
segredos do imaginário. Fica sempre próxima. da acção operatória; 
sugere gestos e posições, integra. no espaço, lemcn e parsos nos mais 
diversos tempos; utiliza. a. ambiguidade, a recip id e, a polaridade 
dos sinais e das representaç.ões. Em. nenhum s~tua no plano 
do inconsciente; comega. onde aca.ba o virtual. ·n uma e olha 
entre o número illfiDito dos pouiv ia. A fomn:L c n-oé reflexo 
das aparêDcias; naace a.o nivel doe problent de ordena r 
elementos espal"888 com m&ior ou menor d t enho ne-m de se 
abastecer IWilD l'8pett6rio de existentes ; a form 1. ~n "'inami.:-,n1o que 
não está no objeeto, mas na. impuialo qu lhe dt.:~ou origen1~ l ~lna.l €'ter-
. dt...c- 'll .. ....:--mma-se,_.., ~--. 'DO momento em qu se de b ~, 111 f unção da 
obra em Gm10. ~- em ~o. Assint, a ri ào de uma 
fonna 'as'fn:ítlivel t; deiJcoberta de um teorema. A \ '0< êncb. da obra 
estA 110 Dlo DO inicio; 1x"tlo n 1enos de cada 
IIMDplea reprodu~ à o de um tipo 
os sempre renova-
QQ de instituições. 
anos para cá, o 
ccrresponde, 
de fornla cst anto~n. as tNumr 
. .\ • ' ornttl(•o 'fi dtt nrtl l' ti 
origu1ul''UU1h nt • os pinton\s t'\ pu , lt . Wllm va. Não por 
·~( 11 01" t t "' (r.Jn (•( ta . prctt')lHlido in~pirnr-~l· cn1 novoH t • • , . ' m ' ·t· mgcnwdade, 
ort lflcl8, l' ltJt, HCiltld(J em g ral inter 
1 t"\~t:a.r~un tna 1, UHlS porqw .. \ naun I ~la 11 1 • , ' . . ' • • , 0 < 1'( ns,1nHJJl:t(, tnl.oJNLrrl<mtc 
dlfet"l"nt t'. o tllOV1n1ento gl'~al <h. (•voJ 11n:-1( ) r · 1 1 ~ c ; •·u 01 fJHJ a e o 1• 
~no se pre-tende conl istn fazer a. apologí~t. glc,hal do ahstracto, 
nu\... nao se pode negn.r que a. <'Olllple1 a. ovolu6i.o <i:t.q arU:·~ dá relevo a 
esta pretensão dos artistas em. p~u U( i pnn·rn numa rc nov~ão do uni-
~ l I 
v~rso sens1ve que lln. hora ruc-tual a.bala. a. humanida.df·. Qualquer que seja 
o valor efé1ner o, ou durável, dos rcsultdos adrtuiridos, temos, em todo 
ú caso, a prova do desenvolvin1cnto p;1ralclo da6 formas do ~nsamento 
plástico, matemático e biológico con1 cnlr)(n·ft.ncoa. Vivemos numa época 
que sublinha todas as formas do JWnsam 1to operatório; em outras 
épocas -na. Renascença - deu-se relevo a. :fonnas de pensamento sim-
bólico que vieram sobrepor .. se ao uso dn umn. hab11idarle manual, con-
tribuindo para a descrição de utn \lnive.r , bru nente an1pliado. que 
já não aparecia nem como fac to duma. m matéria., ne.n mesn1o 
como simples reflexo de un1 1)(1nSl\m n• di, ·no hí rarquizarlo. Outras 
civiliza.çõee acredit&ra.m, outrorn., q\11 o h materializando apa-
l -o oroenndora da rências ou sistemas interprda.ti v u un1 
equilítwio. O unl-
crdem. do universo, contr:ibuín. paru. n. .. u 
ll..".a.'.:.(.LU.~..- ·lento dt: forças a 
verso ectusl aparece-mos já. nao enm wn n nàear. ~ normal que. 
e~lorar, mas como um ca.tnpo dl' f t at~s , d )>,.-nlora.rn ,., meios de 
6s •1PiA.m geNa~'ÔCS d t:"\ uti ..., lS qu .,.l. . tru peawad:e D ' ... -.,-- &~ • i qUt.')r no.s lllS -. figurnln•{) conven Ionn , -
JD.tegrar, quer nwn campo · t , ~ 1:~.ln 1onnis que um.a. percepçao 
d& modero& certos s1s t:m.t~ 1 .. · · ~ induz a mell.toll d& vi ' .., :.s v tsunis ou aud1t1vas o.s 
-
tiiD'"11d& de.s sens~Ot ~.. t "\s _,11 •18 revcladores que ue- . · intporWln t. • ~.~. .. 
~ como mais re&ls, nuus 
todne - outros. 
n('P<>js dt• ,,.,. dr•rJigJindo t ' lll CJIH\ H~'llti lo uma refk ·ao sobt 
prõprHl nnhu'('z:• da a<'l ivid:u_fl' :1t' l Í81 i c• a uos in forma.,· a t ~ullo b1 0 
l ( IWl d:t !H'tt' no Ac>ci c•d:Jdc l <'Olllo Hol>r·ra a pn•ssflo CXL'l~oida p ·lu so te ~ 
da h .. ' ~ol>l"\' a a1 t<', go~t~tJ ín1noH d,., j ndlC':U , d · forma breve, <' 1 arn ter-
lninn r, alt-."'1lll1HH viaq nl<'1 oclolúgic•:JH de ac'<'Y'>O. 
Como JÚ. fot cllto, t od(J. n tnvc•sliga(:a() t endente a valori?~ar tal 
nu tal a~petto pal'tH~ul:n· do d()rnínin da s a.ct.Jividadcs n1entais ou sociais 
po~ui u1n cn,rietc1· arbitrfu io. Nc•nhum:1 parlc é, por dcf1nição .. t..'~IJ.Ui\'a­
lent\? ao todo. Por outro l:tcJo, IlPtllnun NHltacto lógico com a substincia 
e possível se1n a. subslituiç:~o do N{c;mtmento indiferenciado dos fenó-
lnCJlos dutna ordetn fragment úria c on espondente a uma divisão tt.~nica, 
difctcncial e provisória da. r ealida.dc•. Alt,runs supõem que existe uma 
possibilidade de apreensão ilncd1ata do todo sob forma de intuiç.ão. 
Não é aqui o lugar para diseutir possibilidades da. fé revelador!l, sen1 
dúvida, do todo, mas indJfcrenciado; hasta v riftcar que nos colocamOs 
aqui ao nível da sociologia, que é llllHL rt~n< ia. ra.cton e que. no donúnio 
da razão, não existe nenhuma influ~ncia d ·~m d re peito polas leis 
do pensamento consciente. O desonvolvun n o d Clvi.H~ ções fez-SP, 
quer queiramos ou não, através tlas .. ondu vol\Ul ri 
humanos Ligados a funções jnsllt uctüllUI~ A 
prova-nos, fàcilmente, que não xi te nenhunt tu "nunar u1na 
acção a não ser escolhendo. O própdo pa1 ·1 d Sl •e cn1 for-
necer às sociedades um meio <1 \ fabr1c·u· >bj t vili~n ão Inate-
rializando uma ordem simultân a.Jnentc t"t p 'll.t tiY.. c 01 rn.tória a 
partir de uma fraocion~ão ousadnmcntc dubotada d ::s d >:> da yista 
e do ouvido. Só pode haver sociologia da. n.t1f:t'\ ape11as da. U''te, a part1r 
d& intenciooalidade. 
l.o Sociologia doa grupoa c tipoloyia da""\ l'it·1li~açõe$.- A pri-
meira deligência de uma sociologia da arte será portnnto analisar as 
relaoõe8 da a.rte com 08 grupos criadores e utentes d~1s obras. Tenlo 
em ooata que tOOu u IOcledadee lio globais, cada. socieàa.de l~ fornu1..da. 
por grupoe ~ cuja aoeaio e euja pennanência sflL) d1fe1X'ntes. 
A arte 6 Utlai'&r ele eaecatro eDtre U1d1vlduos que pertence In, aliás a clas-
aea • ' um elo entre lncUvfduos separados no texnpo 
no ~ m.tramcto excepcionahnente preciso 
para de factos dist iu tos dos que 
atlDifmol PIW ..._fia& o D&pel dos artistas oon1o 
~n~pO na ROCl lad~ " COllht ~l'f\ Hl . , I 
o lHl.s tt ' (JUlro • · 
n.s cncorn ndc . NPs l , l":t..·0 'lll'''<'tll • gt upofl qup lhe~ fn.zem 
• r-, t otuo llldl\ Hluo 
ora. lU .. hfl<'lll1l t'stu ( lo~, dt• l\1tnihbt t , .. 
1 
, qut ora. <Hl~~u\iz.·un 
o ·•Ol lU . ( U<.'hliL' ... • dt'~lg\Wis que pcxlPHl des<'rt'Vl'l ~l' l' <'Oll ·t .l . . · .') e pornuu1erw1as 
• . X l llll lllHU. Üpologl r,- l U' furtnns f\ tnnçol'S gt'l'H.lR da tu·t0 ua sor·ieda<l<' p , ., '· a _gcr a dS 
. l "" . l } J • et gun~tr-sc-a t m qtl!' llll~hua a sn 10 ogta <,n, ~u·t ' confamu ou n·
10 
OH b 
1 d . t. , . . , ' · pus t c agruparncnto sugt'rl O$ po1 ou r a..~ Sllr1cs <lt' 1 tHllll'l'i lo~ ·t f'i
1
n dt• ch . -
. , ( ~ cgar a uma VtAao 
mais pem'tr.l;" t~ das red<' s dt' r 'ln~Ü<'s q ut• f o r mam a sociedade global. 
A art<' conshtu~ um ~1stema. ntat<'ri:tl lUCJt•ntc em função do qual pode 
elaborar-se utn 1nquénto n1u1to aprofundado ou sobre as formas de acti-
vidade intelectual ou téenica Uc LO<Ias aH Hocicdades. o lugar quase 
exclusivo que até a qui se ten1 atribuído ao~ testemunhos escritos mas-
carou tanto a iinportância da arte <'Olno drformou a nossa compreensão 
dos fenômenos sociais t otais. E po~~í vd utna surpreendente renovação 
tanto da história oomo da ~ociologia a. p.u ti r duma exploração metó-
dica das fontes não escritas da hh;túrin las civ1:1zações. A sociologia 
da arte é um dos mais adequados instrum nto · para tal empreend!mento. 
obra. os que oraentara.m a 8\.l& daspos1çio. Desta forma à procura d 
verdadeiros grupos defm1dos pela arte sucederá a procura doe v rda 
deuos elementos de cooniena.çao que fazem o carácter orgArueo laa ob 
Eat s caracter sao neccssària.rnente organizados e hacrarqu1zudoe Um 
objecto ftgurabvo nao é constituído por uma HOma de tra.ç08 vmd d 
todos os pontos do horizonte. Só existe na medida em que 1>089\Hr um 
t'l mento de coerência interna que determine a coordenaçao daa SUa8 
diferentes partes. Empreguei mais acima o termo constelação; pod , 
ta.m.bém, fallar-se de configuração. Segundo a natureza de cada cate. 
pia de obras de arte: arquitectura, pinJtura, escultura, música, etc., 
os modos de lipção ddlferem tanto como os tipos exter10tres e como 
o uso social do objecto. A obra ora se situa pnncipalmcnte no espaço, 
OI'& se deseuvoive no tempo em. função do médio esoolhtdo e do sentido 
que estiver particulannente interessado. O único cntério que pernute 
eatllbe!leew~!lll~a, ~-•- geral de método é a observação simultânea dos 
modo de ligaçao. ~ p r 1 
r•lltUta à SOCl log AI 
fun 
d 
.... ~-:1a raio pela 
lapr. ~ dum se#.o 
aoc1edade industrie .... •·••re uma. d1stingio Jll\lltto 
......... ~. o valor e a relaçao de tOdas 
18 
t . 
~ t c ou ras u•m~ns-perman em aparen emente imutávtis. A no ão ues~ mesmo quando 
AAftl trequênaia na deseoberrta do elernent ç da novidade procura-s 
,_.. o Inovador Na I d elemento, ou a.ntes, este germe de desequilíbrio, ~ · rea 1 ade, estr 8 
não formal, ma.s causal. Não h ' a ma•or parte das 
' se ICCon ecc enumel'and .AAIMoi'W\nentes da obt·a. Entretanto, é ele que traz . . ~-se ~ 
,,.""•ar-· l cons1go a c:r1açao Nao l·ntervm como e emento de enriquecimento mas . . , : 
• 
1 
' corno prmc1p10 <1<.· complexuiade sup ementar. A sua prcs<mça modifica todas as relações 
Jntemas e externas -tanto ao nível da génesc como llQ nível da com-
preensão- prêvia.m~n~e. existentes, e é_ ele que confere à obra que 
0 JIGIIIUi 0 va.lor de eftcacta, de modelo. E assim que podemos justificar 
._ 4istinção necessária dos métodos, em função da análise, tanto no 
___ dos caracteres e da análise como no das estruturas ou das cau-
BIBLIOCii~A I<' I A SELECCIONADA 
As ref~rênclo.s ~Sift'noWú~ ~nconlram-~ apontadas ao longo destl! ca.ptlul0 
J unta remos, naturallll.(>nte, as obr~-. fund.arnPnta.tli, indiJ p ável a qualquer cultura 
simultAneamente histórl-oo. e .soc1ológ1ca.: Mrrm:u;r, B I<CKHARDT, TAI!'JE, por um 
lado, PROUDHON, MARX, M . GUYAU, por outro. O aspecto e•nológico do problPmfl sertl 
t rata.do num oapltulo que deve apa.reo~>r brf'Vl>men no volume consagrado a 
«L'Etlmologte:., em L'Hiatoire UniveNel le da Plé ... ule; rem ~no.s o leitor, a titulo 
ele iDdica.çlo. para os trabalhos d e BoAs e L~.v1-STRAU • No tocante a outra..~ obro.s, 
nafertmos, apenas, alguns t rabalhos susoeptiv dA 1ntroduZU" o eitor numa famt-
ll&l'tdada maior com os problem&B da sociologia da art . q o nec rlamente 
pmblemaa de cultura. 
BoAs -(1'.)... ~ ~rt, 08lo, 1927. 
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