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Roteiro Laboratorio 3 DET ATTERBERG

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LABORATÓRIO DE GEOLOGIA E INTRODUÇÃO À SOLOS 
 
 
 
Engenharia Civil: 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES: DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE 
ATTERBERG 
 
 
 
Professoras: 
Cristiano Quaresma 
Adriana Ribeiro Francisco 
Waldercy do Carmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
 Abril, 2020 
 
 
 
4 - DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE ATTERBERG 
1.1 4.1 OBJETIVOS 
 
Utilizar os métodos de Atterberg na avaliação dos limites de Liquidez e 
Plasticidade e do Índice de Plasticidade. 
1.2 4.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA 
 
Um solo argiloso, dependendo de seu teor de umidade, pode apresentar 
características iguais às de um líquido ou de um sólido. Entre esses dois estados 
limites, o solo passa por um estado plástico e por um estado semi-sólido. São os 
estados de consistência do solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado líquido - o solo apresenta as propriedades e a aparência de uma suspensão. 
Não possui forma própria e não apresenta nenhuma resistência ao cisalhamento. 
 
Estado plástico - o solo apresenta a propriedade de plasticidade. Pode sofrer 
deformações rápidas, sem que ocorra variação volumétrica apreciável, ruptura ou 
fissuramento. 
 
Estado semi-sólido - o solo tem a aparência de um sólido, entretanto ainda passa 
por variações de volume ao ser secado (o solo ainda encontra-se saturado). 
 
Estado sólido - o solo não sofre mais variações volumétricas por secagem. 
 
 
 
1.2.1 4.2.1 Limites de consistência ou limites de Atterberg 
 
Foram definidos pelo Eng. Atterberg, em 1908, para caracterizar as mudanças entre 
os estados de consistência. Posteriormente Casagrande apresentou uma 
padronização da forma de se proceder nos ensaio para a determinação desses 
limites. 
 
Limite de Liquidez (LL) - é o teor de umidade que indica a passagem do estado 
plástico para o estado líquido. 
 
– Está relacionado com a capacidade do solo em absorver água. 
 
– É realizado no aparelho de Casagrande. 
 
 
– Procedimento: cuba do aparelho é preenchida como solo úmido, procurando-se 
obter uma espessura constante de 1cm, aproximadamente. Com um cinzel é feita 
uma ranhura no centro. Gira-se então a manivela do aparelho, com uma rotação 
constante de 2 golpes por segundo, até que a ranhura se feche numa extensão de 
1,0 cm, aproximadamente. Anota-se o número de golpes até esse ponto e retira-se 
uma amostra do local onde o solo se uniu, para determinação do teor de umidade. 
 
Limite de Plasticidade (LP) - é o teor de umidade que indica a passagem do estado 
semissólido para o estado plástico. 
 
– Equipamento: placa de vidro com uma face esmerilhada e cilindro padrão com 3 
mm de diâmetro. – Ensaio: faz-se uma pasta com o solo passado na peneira 0,42 
mm, com um teor de umidade inicial próximo ao limite de liquidez. Em seguida rola-se 
esta pasta até que duas condições sejam simultaneamente alcançadas: 
 
- O rolinho tenha um diâmetro igual ao do cilindro padrão e


- Aparecimento de fissuras.



– O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade 
do solo (LP). 
 
– Quando não é possível se obter o LP de um solo, ele é denominado não plástico 
(NP) 
 
Limite de Contração (LC) - é definido como a fronteira entre os estados de 
consistência sólido e semi-sólido. Corresponde ao teor de umidade do solo no 
momento em que este deixa de apresentar redução de volume, quando submetido à 
secagem (lenta e à sombra). 
 
Índice de Plasticidade (IP) - É calculado pela diferença entre LL e LP 
 
IP = LL – LP 
 
 
– Mede a plasticidade dos solos e fisicamente representa a quantidade de água 
necessária para que um solo passe do estado plástico ao líquido. 
 
– Mede a tendência à expansão do solo. 
 
1.3 4.3 PROCEDIMENTOS 
1.3.1 4.3.1 Limite de Liquidez (LL) 
 
a) Na amostra de solo argiloso, devidamente destorroado e peneirado na malha 
0,42 mm (#40), acrescentar em pequenos incrementos gradativos a quantidade 
de água para uma constância (massa de modelar) 
 
b) Espalhar a amostra na cuba (base de ebonite) do aparelho, preenchendo de sua 
capacidade com uma espessura de 10 mm. 
 
 
c) Dividir a massa central do solo, na cuba, em duas partes perpendicularmente à 
superfície da concha, com o auxílio do cinzel. 
 
d) Golpear a concha do aparelho contra a base, girando a manivela à razão de 2 
golpes por segundo. 
 
e) Anotar o número de golpes necessários para que as bordas inferiores da ranhura 
se unam (no primeiro ponto deverá estar próximo de 35 golpes). 
 
f) Retirar do local próximo à junção das bordas, uma amostra de 15 g 
(aproximadamente) para a determinação da umidade. 
 
g) Acrescentar água destilada à matéria prima e homogeneizar durante 
aproximadamente três minutos com auxílio da espátula. 
 
h) Repetir os procedimentos (b) a (f), obtendo o segundo ponto de ensaio. 
 
 
i) Repetir os procedimentos acima até obter pelo menos mais três pontos do ensaio, 
cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes de forma bem distribuída. 
 
j) Preencher a tabela a seguir e construir um gráfico no qual as abscissas (em escala 
log) são os números de golpes e as ordenadas (em escala aritmética) são os teores 
de umidade correspondentes e ajustar uma reta pelos pontos assim obtidos. 
 
k) Obter na reta o teor de umidade correspondente a 25 golpes, que é o limite de 
liquidez do solo. 
 
 
1.3.2 4.3.2 Limite de plasticidade (LP) 
 
a) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada com 
pequenos incrementos, de forma a obter uma pasta homogênea, de consistência 
plástica. 
 
b) Tomar cerca de 10 g da amostra assim preparada e formar uma pequena bola, a 
qual deve ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da mão 
para lhe dar forma de cilindro (com diâmetro e comprimento padronizados). 
 
c) Se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 0,3 cm, retorná-la a 
cápsula de porcelana, adicionar mais água destilada, homogeneizar durante pelo 
menos 3 minutos e repetir o procedimento descrito em 2. 
 
d) Quando a conformação (ou moldagem) do cilindro com as dimensões 
mencionadas for conseguida, a matéria prima se encontra no estado plástico. Refazer 
a esfera e repetir a rolagem sobre placa de vidro até que haja fragmentação do 
cilindro com dimensões próximas as do gabarito de comparação. 
 
e) Transferir imediatamente as partes fragmentadas para um recipiente adequado, 
para determinação da umidade em estufa. 
 
f) Repetir as operações (b) a (e)5 para obter pelo menos três valores de umidade 
com precisão de mais ou menos 5%, fazendo a média dos mesmos. 
 
1.4 4.4 RESULTADOS 
 
Os dados obtidos no ensaio devem ser utilizados no preenchimento das 
tabelas a seguir. 
 
1.4.1 4.4.1 Limite de Liquidez 
 
 
Cápsula Massa da Massa da Massa da Massa de Massa de Porcentagem Número de 
nº cápsula e solo cápsula e solo cápsula (g) água (g) solo seco de água golpes 
 molhado (g) seco (g) (g) 
 
 
 
 
 
 
1.4.2 4.4.2 Limite de Plasticidade 
 
Cápsula Massa da Massa da Massa da Massa de Massa de Porcentagem Limite de 
nº cápsula e solo cápsula e solo cápsula (g) água (g) solo seco de água plasticidade 
 molhado (g) seco (g) (g)

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