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Seminário IV

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SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
Seminário IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E 
EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) 
validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) 
eficácia social. 
Resposta: Ao afirmar que uma norma é válida, significa dizer que esta 
respeitou todo o processo legislativo para a sua elaboração, seguindo os 
procedimentos exigidos. E também que seu conteúdo, está de acordo com a 
Constituição. 
Resumidamente, podemos mencionar que a norma é constitucionalmente 
válida, tanto formalmente (processo legislativo) como materialmente (conteúdo 
compatível com a Constituição). 
(i) Validade: Análise a compatibilidade com Constituição, tanto 
formalmente como materialmente, conforme apreciado 
anteriormente. 
(ii) Vigência: Trata-se do tempo em que a lei de fato ingressa no nosso 
ordenamento jurídico, após concluído todo seu processo de 
elaboração, tendo sido publicada e tem aptidão para surtir seus 
efeitos dentro da sociedade. 
 
Cabe destacar, a Lei Complementar Nº 95/1998, em seu artigo 8º trata da 
vigência da lei, conforme abaixo transcrito: 
 
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a 
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, 
reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as 
leis de pequena repercussão. 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da 
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subsequente à sua consumação integral. 
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a 
cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de 
sua publicação oficial. 
(iii) Eficácia Jurídica: Quando a Lei encontra-se completamente apta, 
para gerar seus efeitos jurídicos. Importante também que está não 
tenha sido declarada inconstitucional ou esteja suspensa também por 
inconstitucionalidade. 
(iv) Eficácia Técnica: Trata-se dos acontecimentos previstos na norma, 
os quais uma vez ocorridos na sociedade, pode a lei surtir seus 
efeitos jurídicos. Porém cabe destacar, que há casos em que a 
norma precise de outra que regulamente para que assim surta suas 
respectivas finalidades. 
(v) Eficácia Social: Tal terminologia, refere-se ao modo como a 
sociedade acolhe o ordenamento jurídico posto e assim segue o que 
foi previsto e estabelecido por esta. 
 
2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando 
os planos: (i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); (ii) 
dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das 
significações normativas (S3); (iv) das relações entre normas (S4). 
 
Resposta: A legislação posta em nosso sistema jurídico, é estática, ou seja, 
não é capaz de surtir seus efeitos, sem que tenha a interpretação pelo 
operador do Direito. 
 
Desta forma, temos os seguintes planos a serem seguidos, a interpretação: 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
(i) Dos enunciados tomados no plano da expressão (S1): trata-se do 
texto escrito formando enunciados, por seus artigos, parágrafos, alíneas 
e itens. Podemos dizer que é o resultado de um conjunto físico de 
expressões linguísticas do qual será extraído os respectivos 
significados, para a sua aplicação. 
(ii) Dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2): 
Neste momento, encontramos a subjetividade, visto que o interprete 
começará a designar significados aos textos escritos dos enunciados 
normativos explorados. 
(iii) Das significações normativas (S3): Pode ser entendido como a 
normas jurídicas em sentido estrito, aqui nesta etapa, o interprete 
formula juízos prescritivos e aplicar a deontologia pelo dever-ser, ou 
seja, o texto legal aplica-se ao caso concreto. 
(iv) Das relações entre normas (S4): Verificação se a norma jurídica está 
compatível ou não com o sistema posto na sociedade. 
 
3. Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma crítica aos 
métodos hermenêuticos tradicionais. É possível falar em interpretação 
teleológica e literal no direito tributário? E em interpretação econômica? 
Justifique. (Vide anexos I e II). 
 
Resposta: Hermenêutica trata-se de um conjunto de teorias, direcionadas para 
interpretação da norma imposta na sociedade. É um mecanismo para ampliar o 
alcance de um texto legal, expandido a finalidade da lei. 
Neste sentido, podemos citar, o entendimento do doutrinador Carlos 
Maximiliano, a respeito do objeto da hermenêutica: 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
“O estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o 
sentido e o alcance das expressões do direito.”1 
E em outro trecho continua: 
“A hermenêutica se aproveita das conclusões da filosofia jurídica, 
criando novos processos de interpretação e organizando-os de forma 
sistemática. A interpretação é a aplicação da hermenêutica. A 
hermenêutica descobre e fixa os princípios que regem a interpretação”. 
Já em relação a interpretação, cabe destacar, que trata-se de uma forma de 
melhor entender a norma e assim aplica-la ao caso concreto. 
Nesse sentido entende Norberto Bobbio2: 
“Baseia-se na relação entre dois termos, o signo e o significado do 
próprio signo, e assim, assume sombreamentos diversos, segundo os 
quais tende a gravitar para um ou para outro desses dois polos: a 
interpretação pode ser ligada principalmente ao signo enquanto tal e 
tender a fazê-lo prevalecer sobre a coisa significada; ou ainda pode ser 
mais sensível á coisa significada e tender a fazê-la prevalecer sobre o 
signo puro; fala-se, neste sentido respectivamente de interpretação 
segundo a letra e de interpretação segundo o espírito.” 
Desta forma, encontramos, 06 (seis) formas de interpretação, as quais sejam: 
literal, teleológica, lógica, histórica, sistemática e sociológica. 
De uma forma breve, trataremos um pouco de cada uma delas: 
(i) Literal - Essa forma de interpretação, busca-se dar sentido a norma, 
através da leitura preliminar de seu enunciado e atribuir os respectivos 
 
1 MAXIMILIANO, Carlos - Hermenêutica e aplicação do direito - 19° edição, Editora 
Forense, Rio de Janeiro 2003. 
2 BOBBIO, Norberto - O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do Direito, 
Compiladas por Nello Morra; tradução e notas por Márcio Pugliesi, Edson Bini e 
Carlos E. Rodrigues. Coleção elementos de Direito. Editora Cone, 1996. Pág. 213. 
https://jus.com.br/tudo/positivismo
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
significado das palavras ali presente, é tido como algo preliminar, um 
primeiro contato do leitor com a lei sem utilizar de outros mecanismos 
para seu entendimento. 
(ii) Teleológica – Esta, preocupa-se com a aceitação social, ao aplicar 
alguma norma. Ou seja, se o fim pelo o qual a lei foi criada, está sendo 
atingido e se esta possui eficácia social. 
(iii) Lógica – Ela busca aclarar a norma, através do sentido intrínseco do 
próprio texto legal. 
(iv) Histórica – Aqui leva-se em consideração os acontecimentos históricos 
de uma determinada sociedade, os quais justificam a implantação da 
norma. Por outro lado, também busca apreciar se a lei está condizente 
com o meio social ao qual ela está sendo aplicada, demonstrando que o 
Direito deve sempre acompanhar as mudanças que venham ocorrer, 
considerando que o homem é um ser mutável. 
(v) Sistemática – Uma norma, não pode servista isoladamente, uma vez 
que faz parte de um sistema jurídico, assim deve ser apreciada como 
um todo. 
(vi) Sociológica – Aqui verifica-se a aplicação da norma em seu meio 
social e a possibilidade de expandir seu alcance, como uma maneira de 
atender as necessidades atuais da sociedade. 
Feitas tais considerações, podemos falar que no ramo do Direito Tributário, 
pode-se utilizar o método interpretativo literal bem como o teleológico, para 
melhor aproveitamento da lei em vigência. 
Assim, podemos mencionar o entendimento de Eduardo Marcial Ferreira 
Jardim3: 
“No universo da tributação, despontam à evidencia incontáveis 
exemplos do elemento teleológico, como a utilização dos tributos com o 
desígnio de aquecer a economia, de preservar o emprego ou de 
 
3 JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira – Curso de Direito Tributário – Editora Noeses – 
São Paulo, 2013. 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
proteger a indústria nacional, enfim, essas hipóteses de 
extrafiscalidade revelam com cores tintas o aspecto teleológico de 
normas dessa têmpera. O mesmo sucede em relação à imunidade em 
prol do produto cultural, em que o componente finalístico sobrepõe-se à 
literalidade, donde essa norma negativa de competência haveria de 
compreender também os produtos eletrônicos da mesma natureza, 
ainda que não estejam literalizados e explicitados no comando 
constitucional”. 
4. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no dia 30 de junho 
desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 10/06/12, 
tendo sido publicada no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de 
antinomia entre os dois diplomas normativos, qual deles deve 
prevalecer? Justificar. 
 
Resposta: Primeiramente, antes de adentar ao mérito trazido pela presente 
questão, importante se faz esclarecer, que antinomia é o conflito entre normas 
ocorridos durante a sua interpretação. 
Assim, para solucionar tal fato, pode-se utilizar 03 (três) critérios, os quais 
sejam: 
(i) Cronológico – Para aplicação de tal critério, faremos remissão a LINDB 
(lei de introdução ao Direito Brasileiro) Art 2° §1°, onde a lei posterior 
revoga a anterior: 
Art. 2° Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
§ 1° A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
Porém aqui, é valido destacarmos, quando é tida de fato o ingresso da norma 
em nosso meio social. 
Já exploramos tal matéria em questão anterior, sendo esclarecido que a lei 
entra em vigor na data em que estiver expressa no próprio texto legal, ou na 
sua ausência 45 dias depois de publicada, conforme artigo 1° da LINDB. 
Art. 1° Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
(ii) Hierárquico – Verificar se entre as normas existe alguma espécie de 
hierarquia, pois não há possibilidade de uma lei inferior atacar conteúdo 
trazido em outra que seja superior. Aqui para melhor entendermos, 
podemos utilizaremos da famosa pirâmide de Hans Kelsen: 
 
Desta forma, não pode uma lei ordinária, contrariar a Constituição Federal por 
exemplo. 
(iii) Especialidade – Aqui a norma especial terá preferência em relação a 
geral. 
Feitos tais esclarecimentos, podemos entender pelo critério temporal que a lei 
“A” terá preferência em caso de antinomia, salvo se a lei “B” tiver previsto 
expressamente em seu texto legal que esta entraria em vigor em data posterior 
a publicação da norma “A”. 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? Existe lei 
puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao 
dispor que a lei tributária interpretativa se aplica ao fato pretérito? Como 
confrontar este dispositivo do CTN com o princípio da irretroatividade? 
(Vide anexos III e IV). 
 
Resposta: Para sanar tal questão, importante esclarecermos que dentro da 
nossa federação vigora os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, 
onde cada um deles, tem suas funções a serem cumpridas. 
Assim em suma, o legislativo tem como função principal elaborar leis, o 
executivo administrar o estado enquanto o judiciário deve dizer o direito 
aplicando as normas vigentes no caso concreto. 
Podemos concluir que inexiste lei puramente interpretativa, considerando que 
cada um tem a sua maneira de interpretar um texto legal, utilizando das 
ferramentas e etapas de interpretação, aqui explorados em questões anteriores. 
 
Concluindo tal raciocínio, podemos citar o entendimento do Doutrinador Paulo 
de Barros Carvalho: 
“É o ser humano que, em contato com as manifestações expressa do 
direito positivo, vai produzindo as respectivas significações. Daí a 
asserção peremptória segundo a qual é a interpretação que faz surgir o 
sentido, inserido na profundidade do contexto, mas sempre impulsionada 
pelas fórmulas literais do direito documentalmente objetivado. Sim, 
porque já foi dito e redito que não há texto sem contexto ou, de outro 
modo, não há plano de expressão sem plano de conteúdo e vice-versa”. 
Em relação ao artigo 106, I do Código Tributário Nacional, podemos concluir que 
este tem aplicabilidade de aplicação a fatos passados, apenas no caso de 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
beneficiar o contribuinte, é o chamado princípio da “Irretroatividade Benéfica”, 
onde fica resguardada a segurança jurídica. 
 
6. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que seguem: 
Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2016 (DO de 
01/11/2016) 
Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como 
fato gerador a propriedade de veículo automotor com 
registro de domicílio no território nacional. 
Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do 
veículo. 
Parágrafo único. A alíquota é de 1%. 
Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo. 
Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do 
quarto mês de cada exercício, devendo o contribuinte que 
se encontrar na situação descrita pelo art. 1º dessa lei, 
desde logo, informar até o décimo dia deste mesmo mês, em 
formulário próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a 
marca, o ano e a cilindrada do respectivo veículo. 
Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser 
recolhida até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de 
multa de 10% sobre o valor do tributo devido. 
Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) 
na data aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente 
lavrar Auto de Infração e Imposição de Multa, em 
decorrência da não observância dessa obrigação, impondo 
multa de 50% sobre o valor do tributo devido. 
(...) 
a) Em 01/06/2016, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com 
efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. Identificar 
nas datas abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a situação 
jurídica da regra que instituiu o tributo, justificando cada uma das 
situações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
Critérios\ datas 11/10/2016 01/11/2016 01/02/2017 01/04/2017 01/07/2017 
É válida Sim Sim Não Não Não 
É vigente Não Sim Não Não Não 
Incide Não Sim Não Não Não 
Apresenta 
eficácia jurídica 
Sim Sim Não Não Não 
 
Resposta: Considerando toda a temática abordada no presente seminário, 
podemos considerar: 
 Validade: Presente em 11/10/2016 e 01/11/2016, considerandoque em 
01/02, 04 e 07/2017, a lei já havia sido considerada inconstitucional. 
 Vigência: Presente apenas em 01/11/2016, data em que houve a sua 
publicação em diário oficial. Nas demais datas, são posteriores a 
declaração de inconstitucionalidade. 
 Incidência: Também presente apenas em 01/11/2016, a data em que a 
lei estava apta para surtir seus efeitos jurídicos. 
 Eficácia jurídica: Encontra-se a eficácia em 11/10 e 01/11/2016. 
 
7. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a 
Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de 
constitucionalidade) é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser 
sanado por emenda constitucional posterior? (Vide anexo V). 
 
Resposta: A presente norma, não é válida, uma vez que contraria o texto 
constitucional, assim encontramos incompatibilidade material. 
Ainda que não tenha sido submetida ao controle de constitucionalidade, a lei já 
nasceu com esse vício antes mesmo de sua vigência. 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
Tal vício em tese não poderá ser sanado por Emenda Constitucional, pois se 
assim haveria contrariedade desta com o próprio texto da Constituição. 
BIBLIOGRAFIA 
 
CARVALHO, Paulo de Barros – Curso de Direito Tributário – 19ª Edição – 
Editora Saraiva – São Paulo, 2007. 
 
CARVALHO, Paulo de Barros – Direito Tributário: Linguagem e Método – 4ª 
Edição – Editora Noeses, São Paulo, 2011. 
 
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira – Curso de Direito Tributário – Editora 
Noeses – São Paulo, 2013. 
 
ALEXANDRE, Ricardo – Direito Tributário Esquematizado – 7° edição – Editora 
Método – São Paulo, 2013. 
 
MAXIMILIANO, Carlos - Hermenêutica e aplicação do direito - 19° edição, 
Editora Forense, Rio de Janeiro 2003. 
 
BOBBIO, Norberto - O Positivismo jurídico: Lições de filosofia do Direito. 
Compiladas por Nello Morra; tradução e notas por Márcio Pugliesi, Edson Bini 
e Carlos E. Rodrigues. Coleção elementos de Direito - Editora Cone, 1996. 
 
 
 
 
 
 
https://jus.com.br/tudo/positivismo

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