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MEDIAÇÃO TRABALHO PROCESSO-I

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ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR
CRISTO FACULDADE DO PIAUÍ - CHRISFAPI
DIREÇÃO DE ENSINO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
MILENA PEREIRA DE SOUSA
A IMPORTANCIA DA MEDIAÇAO NA INTERVENÇÃO DO ASSITENTE SOCIAL
PIRIPIRI - PI
2020
MILENA PEREIIRA DE SOUSA
A IMPORTANCIA DA MEDIAÇAO NA INTERVENÇÃO DO ASSITENTE SOCIAL
Artigo cientifico apresentada ao curso de Bacharelado em Serviço Social, da Cristo Faculdade do Piauí- CHRISFAPI, como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina de Processo de trabalho- I
Professora: MÁRCIA GALVÃO 
PIRIPIRI - PI
			2020
A IMPORTANCIA DA MEDIAÇAO NA INTERVENÇÃO DO ASSITENTE SOCIAL
A mediação é um processo que retrata a intervenção profissional do assistente social na prática, e que teve início com o movimento de reconceituação do Serviço Social, contribuindo para o resgate do debate das reflexões das mediações ontológicas, e que culminou com a consolidação do Projeto Ético-Político da profissão. A reflexão em torno da categoria de mediação traz à tona as principais determinações dialéticas da mediação, cuja concepção se caracteriza por meio da perspectiva da totalidade da realidade, ou seja, das estruturas e conjunturas pertinentes às demandas. A discussão metodológica da mediação introduzida pelo viés da análise das políticas sociais tem em seus elementos histórico-sociais e políticos as características que peculiarizam o Serviço Social, contribuindo dessa forma para a articulação do profissional nos diversos espaços da totalidade social e suas particularidades. Apresentadas aos profissionais a mediação tem como objeto o ser social.
O Assistente Social através de um posicionamento ético – político, intervém numa realidade social onde há múltiplas questões sociais, questões essas tão diversas quantas as áreas de intervenção. O ser humano está em constante interação com o seu semelhante e dessa interação resultam naturalmente conflitos de vária ordem causados pela escassez de recursos, diferentes valores, interesses, objetivos entre os demais. O Assistente Social constrói respostas de trabalho na relação sujeito-problema no seu campo de atuação. Da mesma forma que existem vários tipos de resposta por parte do Serviço Social, também a sociedade moderna lançou várias formas de resolver extrajudicialmente os vários tipos de conflito que podem acontecer no nosso dia-a-dia.
A mediação é uma das categorias centrais da dialética, inscrita no contexto da ontologia do ser social e que possui uma dupla dimensão: ontológica - que pertence ao real, está presente em qualquer realidade independente do conhecimento do sujeito e reflexiva - elaborada pela razão, para ultrapassar o plano da imediatíssima de (aparência) em busca da essência, necessita construir intelectualmente mediações para reconstruir o próprio movimento do objeto. “Ou seja, a sua construção se consolida tanto por operações intelectuais, como valorativas apoiadas no conhecimento crítico do real, possibilidade fundamentalmente pela intervenção da consciência”. (Martinelli, 1993, p. 137). 
Na mediação, o assistente social tenta conscientizar as partes, esclarecendo que, sem compromisso na execução do acordo feito, não haverá a transformação do conflito.Para ratificar esse compromisso, ao final do atendimento, é assinado um acordo social ou procedimento social entre as famílias que vivenciam conflitos, formalizando o acordo na presença do assistente social. Este acordo pontua situações que não devem ocorrer mais no âmbito familiar, como as seguintes: ameaças, calúnias/difamações e agressões físicas, visto que esteé um acordo amigável entre as partes envolvidas, com caráter preventivo ao crime. Os usuários que buscam atendimentos são pessoas carentes de informações, ou pouco esclarecidas do ponto de vista da educação formal e, por necessidade material, privilegiaram o trabalho ao invés dos estudos. A Polícia para eles é um órgão de acesso mais rápido que outros órgãos para solucionar os problemas. Por esse motivo, ocorre grande demanda para o setor.A atuação do assistente social na Polícia Civil é de fundamental importância, pois este profissional realiza um trabalho de prevenção, evitando que conflitos se tornem crimes. Este trabalho está promovendo uma queda dos números de Boletins de Ocorrência Policial (BOPs) e, provavelmente, também ocorrerá uma redução dos processos judiciais. Nesse sentido, a atuação do assistente social está contribuindo de forma eficaz na mediação dos conflitos
Entender essa categoria pressupõe a compreensão dos determinantes fundamentais da ontologia do ser social. De acordo com Pontes (2000), a mediação é constitutiva da ontologia do ser social por que seus enunciados sempre se colocam diante de certo tipo de um ser e se apoiam no próprio movimento das categorias da realidade e, não em conceitos ideais lógicos, ou seja, a mediação é própria da ontologia do ser social, ela está presente na sociabilidade do ser social. Portanto sustenta-se na perspectiva da relação homem (ser social) e natureza (ser natural), (primado econômico do ser social), ou seja, o trabalho assume o primado de condicionador da existência humana. É um processo no qual se propõe reconstruir, histórica e ontologicamente a forma de existência do ser social e, portanto retoma o cerne do processo constitutivo do ser social, a produção e reprodução da vida humana. Assim, o conhecimento do ser social só se torna possível impulsiona “Mediação não é uma questão de opção, ela está intrínseca ao movimento da realidade”. 
O profissional imprimir uma direção alienante tende a mistificar e homogeneizar as relações caracterizando-as deforma fetichizada e aparente, ou seja, sua ação profissional desapropria o real crítico da prática. [...] Dessa forma, tende a ocultar as diferentes formas de poder levadas a efeito pelas relações sociais de dominação. Portanto, a mediação enquanto instância possibilitadora de passagem, efetiva a relação contraditória entre um processo de afloração de consciência e manutenção de alienação, quanto uma forma de reprodução e transformação da ideologia dominante. [...] O profissional necessita desnudar as relação alienantes e fetichizadas, romper com a alienação da prática. (destaque nosso) do pelo trabalho.
A demanda institucional aparece ao intelecto do profissionaldespida de mediações, parametrada por objetivostécnoperativos, metas e uma dada forma de inserção espacial(bairro, município etc); programática (divisão por projetos,programas ou áreas de ação) ou populacional (criança, idoso,migrante etc). Numa palavra, a demanda institucional aparecena imediaticidade como um fim em si mesma, despida de mediações que lhe deem um sentido mais totalizante. As demandas são aparências que precisam ser dissolvidas para que surjam asmediações ontológicas. Para ultrapassar a facticidade da demanda posta aoprofissional se faz necessário compreendê-la, controlá-la, para isso é indispensávelfazer aproximações com o plano das determinações universais da realidade, ou seja, àlegalidade social. 
Apreender que as grandes determinações sociais tais como:relações sociais de produção, relação capital-trabalho, leis de mercado, relação entre Estado e sociedade, lei da mais-valia, entre outras, devem ser particularizadas. E assim, apreender que as grandes leis e/ou categorias históricas do ser social podem estar interferindo nesse ou naquele problema/fenômeno que o profissional está enfrentando. Tais leis tendenciais serão capturadas pela razão na esfera da universalidade como que tomassem vida, se objetivassem e se tornassem presentes na realidade da vida singular das relações cotidianas, serão processadas no nível do concreto pensado, de singularizando-as e tornando aquilo que era universal em particular, sem perder seu caráter de universalidade nem tampouco sua dimensão de singularidade.O objeto da intervenção profissional a partir dessaintervenção será um complexo relativamente total e rico em determinações histórico-sociais particularizadas, permitindo ao profissional vislumbrar novos horizontes para aação profissional que, logicamente não se esgota na reconstrução do objeto, mascertamente encontra sua definição teleológica fundamental nesse procedimentológico-ontológico. Momento em que ocorre uma aproximação mais intensa com aquestão da instrumentalidade, posto que a intervenção requer outros elementos taiscomo: instrumentos, técnicas e estratégias.(ibidem)Retomo aqui os princípios fundamentais dentro da perspectiva materialista para aconstrução de mediações, explicitados por Martinelli (1993, p. 138-140).Princípio do reconhecimento do ser social. O homem é um ser contraditório ecomplexo, é parte de uma totalidade social. Ele nunca é produto, e simprocesso, nunca é dado, mas um dar-se é essencialmente um ser histórico.Conhecê-lo, portanto, implica em conhecer suas histórias, sua vida material. Aforma como o homem produz sua vida material expressa sua inserção na redede relações sociais, bem como o nível de sua consciência social. Princípio da atividade, diz respeito à prática social do homem, pois retrata seumundo interior, expressa a unidade de sua consciência.
 O profissional precisaestar atento para a atividade vital do homem, como princípio explicativo da suaprópria vivência. Princípio da sistematização. O fenômeno deve ser encarado como um dadoreal, existente e concreto, devendo ser revelado em sua condicionalidadematerial. É preciso definir com clareza a natureza do fenômeno, a sua relaçãocom os outros fenômenos da vida social e as bases do seu surgimento. Princípio da totalidade. Visto que todo fenômeno é multidimensional e se estrutura em uma realidade complexa é preciso conhecer essa realidade e apreendê-la em sua concretude e em seu movimento. Faz-se essencial penetrar neste complexo que expressa a realidade para apreendê-la enquantototalidade composta por determinantes políticos, sociais, econômicos, culturaise históricos. 
AMARO, F. (2011). Mediação e Serviço Social. Newsletter. GRAL, nº 8(Agosto 2011) Disponível em: >http://www.dgpj.mj.pt/userfiles/MEDIACAO_E_SERVICO_SOCIAL.pdf< em 25 de março de 2020
AQUINO, N. K. N.; CORREA, R. S. S.O serviço social na mediação de conflitos: a atuação do assistente social nos casos de conflitos familiares mediados na Seccional Urbana do bairro da Sacramenta em Belém–PA.Revista Políticas Públicas & Cidades, v.2, n.1, p. 154–171, Jan./abr. 2015.

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