Buscar

História_da_Arte_I_Pré_História_e_Antiguidade_Clássica_20183_ART_SEC (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
O ser humano evolui com o passar dos tempos e, junto com sua percepção visual, 
consequentemente, muda sua forma de fazer arte. Baseados nessas mudanças é que 
vamos apresentar informações básicas de maneira mais simples possível, na tentativa de 
dar-lhe formação para um julgamento estético independente. 
 
Existe muita diferença entre ver e ter um olhar sobre a obra-de-arte, embora cada 
observador possa apreciar ou não o que vê. É muito natural, em nossas vidas, 
apreciarmos coisas ligadas as nossas lembranças da realidade, pois todos gostamos do 
“belo” exibido pela natureza e, evidentemente, gostamos das obras que exibem essa 
beleza. 
 
Além de associarmos ao natural, outro fator que nos leva a gostar da obra de arte é o 
fato de entendermos com facilidade o que o artista representou. O não entendimento 
ali expresso, muitas vezes, leva-nos a detestá-la. O artista, às vezes, é levado a deformar 
a aparência daquilo que viu, e nós temos o mau hábito de pensar que as imagens devem 
ser como aquelas que nos acostumamos a ver. Todos nós somos inclinados a aceitar 
formas ou cores convencionais como as únicas corretas. 
 
Parece-me, então, que há uma discrepância entre “BELEZA” e “EXPRESSÃO”. O artista é 
capaz de ver o que dificilmente notaríamos e cabe a ele equilibrar e distribuir, até tudo 
parecer “certo” independente do nosso gosto. Portanto, devemos procurar assumir 
atitudes menos preconceituosas ao observarmos obras; aprender, a cada instante, saber 
olhar. 
 
Rita de Cássia Bolzan Pion 
Juliana Maria Pavan 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
EMENTA – Panorama analítico da evolução do conceito de arte em um contexto histórico 
e cultural. Origens da Arte. Primeiros registros de manifestações artísticas. Arte Egípcia, 
Grécia. Arte etrusca e romana. 
 
OBJETIVOS: Reconhecer a arte como área do conhecimento autêntico e autônomo, 
respeitando o contexto sócio-cultural em que está inserida; Apreciar a arte nas suas 
diversas formas de manifestação, considerando-a elemento fundamental da estrutura da 
sociedade. Respeitar as diversas manifestações artísticas em suas múltiplas funções, 
identificando, relacionando e compreendendo a arte como fato histórico contextualizado 
nas diversas culturas.; Proporcionar vivências significativas em arte, para que o aluno 
possa realizar produções individuais e coletivas. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Povos Pré-históricos e Primitivos; Povos Germânicos; 
Arte Mesopotâmica; Arte Egípcia; Arte Grega; Arte Etrusca; Arte Romana; Arte 
Paleocristã; Arte Bizantina; Arte Islâmica; Arte Pré-Colombiana 
 
METODOLOGIA: Dado o fato de essa disciplina ser oferecida na modalidade a distância 
(EAD), incentiva-se o estudo autônomo, orientado pelo professor de maneira assíncrona, 
privilegiando-se a aplicação prática dos pressupostos teóricos desenvolvidos, com vistas 
à formação de um leitor de arte crítico e reflexivo. 
 
AVALIAÇÃO: No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, 
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na avaliação 
presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e espaço pré-
determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o aluno realize as 
 
atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a necessidade de 
estabelecimento de prazos. 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Trabalhos individuais avaliativos realizados no AVA; 
2) Provas individuais semestrais realizadas presencialmente; 
 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nos módulos, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1993. 
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de janeiro: Campus, 1987. 
PROENÇA, GRACA. História da Arte. São Paulo, Ática, 1997. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
CAROL STRECKLAND, PH.D. Arte Comentada. Rio de Janeiro: Sindicato Nacional dos 
Editores de Livros, 1999. 
VENEZIA, MIKE. Coleção Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1997. 
COHN, SÉRGIO. (ORG.). Ensaios Fundamentais: Artes Plásticas. São Paulo, Azague, 
2010. 
FARTHIG, STEPHEN, CORK, RICHARD. Tudo sobre Arte – Os Movimentos e as Obras 
Mais Importantes de todos os tempos. Rio de Janeiro, Sextant, 2011. 
GRAHM-DIXON, ANDREW. Arte O Guia Visual Definitivo da Arte –– Da Pré-História ao 
século XXI – São Paulo, Publifolha, 2011. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 01 - POVOS PRÉ-HISTÓRICOS E PRIMITIVOS ................................................................ 5 
UNIDADE 02 – ARTE DOS POVOS GERMÂNICOS .......................................................................... 9 
UNIDADE 03 - A ARTE MESOPOTÂMICA E A ARTE EGÍPCIA ...................................................... 13 
UNIDADE 04 - A ARTE GREGA ....................................................................................................... 19 
UNIDADE 05 – A ARTE ETRUSCA ................................................................................................... 27 
UNIDADE 06 - A ARTE ROMANA ................................................................................................... 32 
UNIDADE 07 – A ARTE PALEOCRISTÃ ........................................................................................... 37 
UNIDADE 08 - A ARTE BIZANTINA ................................................................................................ 42 
UNIDADE 09 – A ARTE ISLÂMICA .................................................................................................. 47 
UNIDADE 10 – ARTE PRÉ-COLOMBIANA ...................................................................................... 52 
 
 
 
 
5 
 
UNIDADE 1 - POVOS PRÉ-HISTÓRICOS E PRIMITIVOS 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer o conceito de Pré-História e sua diferenciação de História; 
Compreender a diversidade dos grupos Pré-Históricos; Explicar as formas de arte no 
Paleolítico e Neolítico 
 
Prezado aluno, iniciamos nosso estudo, afirmando que uma das marcas do ser humano 
no planeta é a necessidade que tem de registrar os fatos. Por esse motivo, podemos 
associar, genericamente, as várias faces da Pré-história com alguns tipos característicos 
de arte. 
 
A HISTÓRIA apoia-se, basicamente, em documentos escritos. Mas, já existia o homem 
na face da terra anteriormente à escrita. Todo esse período anterior à invenção da escrita 
chama-se PRÉ-HISTÓRIA. 
 
Obviamente, encontramos nesse período sem escrita muitas dificuldades ao estudo, 
sendo reconhecido apenas através de restos humanos, utensílios de pedra, ossos, 
cerâmicas e metais. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
VENUS DE WILLENDORF 
6 
 
No período Paleolítico Superior (30.000 a 18.0000 a.C.), tudo que encontramos até agora 
está longe de serem belas. São as chamadas Vênus, com seios enormes, ancas largas e 
pouca preocupação com o rosto, pernas e braços, o que nos leva a acreditar em formas 
ligadas ao culto da fertilidade. Elas eram feitas em pedra ou marfim, em tamanhos 
pequenos, podendo ser transportadas com facilidade. 
 
PINTURA RUPESTRE – Gruta de Lascaux / França 
 
Nesse período também encontramos esse tipo de pintura em paredes de rochas a céu 
aberto ou cavernas. Podemos imaginar que não foram feitas apenas para apreciação, 
mas faziam parte de um ritual mágico, para obter uma boa caça. São lugares repletos 
de símbolos e desenhos estilizados de cavalos, bisões, veados e mamutes, nas mais 
variadas atitudes. 
 
As obras mais importantes encontram-se nas grutas de Altamira (norte da Espanha) e 
nas de Lascaux (região franco-cantábrica de Dordogne), onde o artista pôde soltar todo 
seu potencial artístico e deixar registrado os testemunhos mais antigos da humanidadee que permitem deduzir o estilo de vida deste homem, seus hábitos de caça e de 
agricultura. 
7 
 
Há pouco conhecimento da cerâmica nesse período, uma vez que o material utilizado 
era muito frágil e se perdeu. O único conhecimento que obtivemos é uma forte 
preocupação com motivos geométricos e com a simetria. 
 
O que se destaca, no período Neolítico, são os monumentos “MEGALÍTICOS”, que são 
blocos de pedra com enormes dimensões; raramente inferiores a 4 metros de altura, 
com peso de, no mínimo, 10 toneladas. 
 
Dolmens e Menires de Stonehenge, na Inglaterra 
 
Podemos perguntar o que levaria o homem a carregar por quilômetros blocos de pedra, 
organizá-los em fileiras, círculos ou erguê-los na forma de gigantescas mesas? 
Acreditamos que, provavelmente, ele deve ter sido motivado pela religião. 
 
Vamos conhecer alguns monumentos: 
 MENIRES são grandes blocos fincados verticalmente no chão; 
 DOLMENS - dois Menires sobre os quais repousa horizontalmente uma terceira 
pedra; e 
 CROMLECHS - são Menires dispostos em círculo, normalmente em torno de um 
ou mais Dolmens. 
 
8 
 
Encontramos esses monumentos Megalíticos espalhadas por toda a Europa Ocidental, 
principalmente na Grã-Bretanha, na França e Espanha e o mais importante é o famoso 
Cromlech de Stonehenge (Grã-Bretanha), levantada em honra ao Sol. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Desde a Pré-história, o homem já fazia arte. Apenas a compreensão e a finalidade do 
fazer artístico é que eram diferentes dos dias de hoje. Ele tinha sempre um objetivo, um 
fim qualquer, uma utilidade, além do próprio produto artístico, que poderia ser místico-
religiosa, decorativo, como forma de lazer/entretenimento, educação, mas sempre com 
alguma finalidade, como um utensílio. 
 
Portanto, as pinturas e esculturas, do passado, tinham sempre uma função definida. Para 
entendermos a arte desse período, é necessário conhecermos os propósitos a que 
tinham de servir. 
 
É evidente que ninguém iria até as mais inacessíveis cavernas apenas para decorá-las, 
mas, sim, acreditando em imagens como algo poderoso; pintando um animal ou cena 
de caçada, o homem poderia obter um poder mágico que facilitaria a caça, embora isso 
seja apenas uma hipótese. 
 
O certo é que, desde os tempos mais remotos, o homem apresenta um senso estético, 
um sentido do belo, mesmo quando não possuía plena consciência disso, ao lado da 
capacidade de representação simbólica da realidade. 
 
Portanto, a arte da pré-história, retrata a sociedade e seu modo de vida, com suas 
características estéticas e seus códigos de representação da realidade. 
 
 
9 
 
UNIDADE 2 – ARTE DOS POVOS GERMÂNICOS 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer a arte e cultura dos povos do norte da Europa 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Arte dos povos germânicos ou arte bárbara refere-se à arte dos povos também 
conhecidos como bárbaros (mongóis, vândalos, alanos, francos, germânicos, suecos e 
outros), que após a queda do Império Romano, dominaram a Europa. Esses povos 
nômades com seus próprios traços culturais, rapidamente assimilaram a cultura e a 
religião dos povos conquistados, originando através dessa mistura, uma arte diferente, 
que será a origem da arte européia dos séculos VIII e IX: o estilo românico. 
 
 
Par de broches em forma de águia - Visigodos 
 
A arte germânica teve grande influência da civilização celta, adquirindo um estilo 
animalista (figuras de animais), entrelaçadas com figuras abstratas e orgânicas. Os 
artesãos bárbaros tinham grandes habilidades manuais para a ourivesaria, fundição e 
moldagem de metais, onde fabricavam armas, joias e objetos de decoração. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
Arquitetura 
Os povos germânicos não possuíam uma identidade arquitetônica e por isso se 
apropriaram das formas da Antiguidade tardia e da Bizantina, às quais acrescentaram 
alguns elementos próprios. Na França, adotaram em suas construções, salas retangulares 
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbaros
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mong%C3%B3is
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A2ndalos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alanos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Germ%C3%A2nicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suecos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Visigothic_-_Pair_of_Eagle_Fibula_-_Walters_54421,_54422_-_Group.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Visigothic_-_Pair_of_Eagle_Fibula_-_Walters_54421,_54422_-_Group.jpg
10 
 
de três naves e abside semicircular, com caixilhos de madeira para as igrejas e cúpula 
para os batistérios. 
 
Algumas plantas enriqueceram a distribuição espacial com o acréscimo de uma galeria. 
Na Itália, levantaram edifícios mais representativos e ricamente decorados com mosaicos, 
nos quais combinaram as formas bizantinas com as romanas. Na Espanha, recuperaram 
os edifícios romanos, incorporando a planta em forma de cruz latina, com naves de 
alturas diferentes e decoradas com relevos e frisos. 
 
As construções do norte são verdadeiras fortalezas de pedra, pois estavam inseridas em 
um período de constantes brigas territoriais. Os castelos medievais, muito presentes na 
caracterização cinematográfica, são muito comum nesse período. As igrejas também 
apresentam características próximas às dos castelos. 
 
Igreja de San Pedro de la Nave. Zamora, Espanha. 
 
http://fotos.sapo.pt/phHDSYyfwwr0C058RGdh
11 
 
Escultura 
A escultura é um dos maiores destaques dos povos germânicos. O trabalho com metais 
nobres e pedras preciosas, conhecido como ourivesaria, é onde encontramos os maiores 
exemplos. 
 
Os pequenos e ricos trabalhos de ourivesaria são explicados pelo fato de serem um povo 
nômade e não conseguirem carregar muito peso e volume. Sendo assim, produziam 
pequenas esculturas, fáceis de carregar. 
Os bárbaros, no geral, também eram muito bons em fundição de metal, atividade que 
era importante, pois estavam constantemente em guerra. Somente quando esses povos 
fixaram residência, é que suas esculturas concentraram na decoração de igrejas. 
 
A escultura em pedra foi destinada à decoração de igrejas, na forma de relevos planos, 
capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do Império Romano. Na Península Ibérica, a 
fusão de culturas (fenícios, celtas, visigodos, ibéricos, gregos e romanos), deixou 
importantes amostras de escultura, como os Touros de Guisando. 
 
Touro de Guisando. Ávila, Espanha. 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwio9vy8uercAhWGk5AKHcGMDeoQjRx6BAgBEAU&url=https://pixabay.com/pt/touros-guisando-avila-escultura-681251/&psig=AOvVaw0uqab2aOQ1o5KUmMrfSVIa&ust=1534264099945948
12 
 
Pintura 
Os povos germânicos não apresentaram grande expressividade na pintura. No interior 
das igrejas não era comum a utilização das pinturas, mas sim de mosaicos e esculturas 
em relevo. 
 
Porém, foi através deles que surgiu uma técnica de pintura que é utilizada até os dias de 
hoje, a Iluminura. 
 
Iluminura é a arte de ilustração dos livros antigos, manuscritos, preparada a mão, em 
geral destinada a ornamentar as primeiras letras de uma página, que ocupavam boa 
parte do espaço destinado ao texto. Os motivos das pinturas eram folhas, cipós, ramos, 
florais. Por vezes, a pintura margeava toda a página. 
 
Na figura abaixo, podemos ver uma página do Livro de Kells - também conhecido como 
“Grande Evangelho de São Columbano”, que é um manuscrito ilustrado com motivos 
ornamentais, feito por monges celtas, por volta do ano 800 d.C., no estilo conhecido por 
Arte Insular ou Arte hiberno-saxónica (estilo de arte produzido após o Império Romano, 
nas Ilhas Britânicas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página do Livro de Kells 
13 
 
UNIDADE 3 - A ARTE MESOPOTÂMICAE A ARTE EGÍPCIA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Explicar as diferenças entre os povos da antiguidade; relacionar a arte e a 
guerra; relacionar a arte egípcia e a religiosidade 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Vamos estudar a cidade considerada o “berço da arte e da arquitetura antigas”, bem 
como o local dos Jardins suspensos e da Torre de Babel. 
 
A magnífica Torre de Babel foi considerada por autores bíblicos como uma forma 
arrogante de o homem tentar chegar ao céu, pois a mesma possuía 90 metros de altura. 
 
Encontramos lá, também, “Os Jardins Suspensos”, considerados uma das sete maravilhas 
do mundo e o Jardim do Éden. 
 
Os sumérios, que foram os primeiros habitantes dessa região, aprenderam a dominar as 
técnicas de irrigação, criando, assim, um oásis fértil em meio do deserto e que hoje 
constitui o Iraque. Criaram a cidade-estado, a religião formal, a escrita, a matemática, as 
leis e muito da arquitetura. 
 
É muito importante sabermos sobre a região geográfica ocupada pela Mesopotâmia, 
para entendermos melhor suas manifestações artísticas. Localiza-se entre os rios Tigre e 
Eufrates, que atualmente corresponde ao Iraque. Os elementos naturais disponíveis 
nessa região foram muito bem aproveitadas pelos habitantes, embora muitos 
desapareceram, devido à facilidade das invasões e aos frágeis materiais utilizados. 
A figura abaixo refere-se a um “zigurate”, arquitetura característica da região desses 
povos. As construções eram de tijolos e não em pedras como as pirâmides do Egito; 
compostas de terraços em vários níveis, cujo acesso se dava por escadarias. 
14 
 
 
Possuíam a forma piramidal, porém em degraus; os zigurates serviam de palácio real, 
além de serem espaços religiosos, tendo em vista o caráter divino do rei. Nesses locais, 
funcionava, ainda, um tipo de banco, pois neles ficavam armazenados os grãos a serem 
emprestados aos camponeses. 
 
 
Escadaria do Zigurate-Sumeriano da cidade de Ur, cuja base é um quadrado de 90 metros 
 
Já a escultura dessa região foi esculpida em “baixo-relevo”, ou seja, as figuras 
sobrelevavam muito pouco o plano que lhes servia de fundo. 
 
 
 
A Arte Egípcia 
15 
 
Agora, você vai conhecer o Egito, um povo da antiguidade, de civilização já bastante 
complexa, riquíssima em suas realizações culturais e com uma escrita bem estruturada, 
facilitando assim todo o nosso conhecimento. 
 
O aspecto mais significativo desse povo foi a religião, pois acreditavam na sobrevivência 
depois da morte. 
 
As construções de pirâmides é a 
representatividade mais monumental na 
arte egípcia, que serviam para abrigar os corpos dos faraós. Inicialmente, eles eram 
colocados em Mastabas, mas devido aos constantes roubos, trocaram por escavações 
subterrâneas, denominadas hipogeus. 
 
A arquitetura egípcia é muito rica, incluindo, desde esfinges até os templos como os de 
Luxor e Carnac. 
 
”Os mistérios das esfinges” 
Mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, 
com a forma de um tronco de pirâmide (paredes 
inclinadas em direcção a um topo plano de 
menores dimensões que a base), cujo 
comprimento era aproximadamente quatro vezes 
a sua largura. (Wikepedia) 
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%BAmulo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Egipto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide
16 
 
 
Templo de Amon, Carnac 
 
Pensando agora na estatuária e na pintura egípcia, deparamos com a “lei da 
frontalidade”, onde todas as imagens apareciam com postura rígida, com o corpo 
sempre de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés vistos de perfil. 
 
Observamos uma preocupação muito mais decorativa nessas imagens, onde a liberdade 
artística foi incentivada e financiada pelos faraós. 
 
Citamos como exemplo mais belo, o busto da rainha 
Nefertiti, cujo nome significa “chegou a bela”. Até 
hoje, é considerada uma das mulheres mais belas que 
a arte humana conseguiu perpetuar. 
 
 
 
 
Busto da rainha Nefertiti, esposa do faraó 
Amenófis IV 
 
17 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Notamos que a arte da Mesopotâmia apresentava um caráter mais disciplinado, menos 
evolutivo e menos dinâmico do que a arte do Egito, embora este país se encontrasse 
muito mais ligado à agricultura e à economia natural. 
 
A arte egípcia era realizada com motivos geométricos, sendo os chefes políticos e os 
sacerdotes os únicos que podiam exercer qualquer influência sobre a arte. 
 
De todos os princípios formais e racionalistas da arte do Oriente Antigo, e, 
especialmente, da arte egípcia, o mais saliente e o mais característico é o da 
“frontalidade”, que consiste em representar toda a superfície da caixa torácica do homem 
voltada para o observador. Além da “frontalidade”, na arte egípcia, destaca-se a regra 
de que as pernas e o rosto da figura devem ser desenhadas de perfil. Esta regra era 
observada com o maior rigor. 
 
 
O Egito tornou-se não só um país florescente do ponto de vista material e cultural, mas 
adquiriu uma visão mais ampla. A arte egípcia não se limitou a arrastar os países 
marginais do Mediterrâneo e de todo o Oriente Próximo para a sua esfera de influência; 
18 
 
adotou também sugestões de todas as partes e descobriu que existia todo um mundo 
para lá das suas fronteiras e das suas convenções tradicionais. 
 
Cabe aqui, outra sugestão de trabalho prático sobre a civilização egípcia: 
 Utilizando-se da técnica de colagem, fazer uma montagem, com figuras 
humanas de revistas, seguindo as normas da Lei da “Frontalidade”. Os 
alunos aqui conseguem fazer trabalhos cômicos, o que desperta o 
interesse e prontidão desses alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
UNIDADE 4 - A ARTE GREGA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Perceber a importância da cultura grega para a formação do mundo 
,contemporâneo; Detalhar as características da arte grega; destacar as diversas 
manifestações artísticas grega. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Vamos estudar uma civilização totalmente antropocêntrica, ou seja, uma civilização que 
considerava o homem como o centro do universo sendo-lhe, por isso, destinadas todas 
as coisas. Ela é diferente do povo do Egito, pois sua arte não vai além-túmulo, mas 
procura exaltar a beleza e o calor da vida humana, através do equilíbrio, harmonia, 
ordem, proporção e medida sempre transparente em suas obras. 
 
Os artistas dessa região não se limitavam às imposições dos sacerdotes e reis e suas 
ideias surgiam dos ideais da filosofia racionalista e humanista dominante. Os racionalistas 
eram indivíduos que pensavam e agiam baseando-se exclusivamente na razão; 
enquanto que os humanistas assumiam uma atitude antropocêntrica. 
 
A arte Grega não estava voltada somente para a estética, mas expressava a vida política 
dos cidadãos, outra característica marcante é que dificilmente os gregos mostravam 
rostos e corpos com defeitos, distorcidos ou pouco proporcionais. Ao contrário, a 
preocupação era atingir a perfeição e o equilíbrio, sendo uma arte totalmente idealista. 
 
Conheça agora, os tópicos centrais, de cada uma das modalidades artísticas presente na 
Grécia. 
 
 
 
20 
 
ARQUITETURA 
Os Templos são as representações mais marcantes na arquitetura grega, destacando-se 
dentre eles o Parthenon e o Erectheion. 
 
Parthenon, o mais célebre dos templos 
 
 
Erectheion, que possuía o Pórtico das Cariátides 
(o arquiteto substitui as colunas por seis figuras femininas) 
 
As construções gregas, apesar de serem enormes, não recebiam multidões, pois os 
cultos eram sempre realizados na parte externa, limitando-se o acesso apenas aos 
sacerdotes e onde era colocada a estátua do deus protetor da cidade. 
21 
 
Os Gregos construíam sobre uma plataforma de dois ou três degraus, que junto às 
colunas formavam a parte sustentadora, determinando a ordem arquitetônica. A ordem 
“Dórica”era o tipo de coluna mais popular e mais pesada; a ordem “Jônica” possuía 
colunas mais delgadas, com ligeiro estriado; e a “Coríntio” mais ornamentado, na procura 
de enriquecer a ordem jônica, como veremos a seguir: 
 
 
ESCULTURA 
A pedra e o mármore foram os materiais mais utilizados na escultura grega. Partindo de 
uma atitude puramente não representativa, desenvolveram-se formas geométricas para 
representação de homem e animais, sendo estas com proporções matematicamente 
regulares. 
 
Nas esculturas figurativas, predominam os esquemas ideais do homem nu e da figura 
feminina vestida, onde o artista, para atingir maior expressão aos movimentos, 
empregou a técnica do molde oco nas estátuas de bronze. 
22 
 
 
Discóbulo de Miron 
 
PINURA E CERÂMICA 
Encontramos a pintura dos Gregos em peças de cerâmicas, utilizando-se de motivos 
lineares ou de figuras geometrizadas, notando-se ausência de paisagem. 
 
Segundo H. W. Janson e Antony F. Janson (1971), a cerâmica apresentava motivos 
abstratos, triângulos, formas em xadrez, círculos concêntricos, mas, a partir de 800 a. C. 
figuras humanas e de animais começaram a aparecer, obedecendo formas geométricas, 
como se pode observar na imagem ao lado. 
Cemitério de Dipylon- situado em Atenas apresenta 
muitos vasos, usados como monumentos dos túmulos. 
Seu fundo possui orifícios, por meio da qual as oferendas 
líquidas podiam filtar-se até o morto. Na parte principal, 
observa-se o morto, ladeado por figuras com braços 
erguidos em getso de lamentação e um cortjo fúnebre 
de carruagens e guerreiros a pé. Janson e Janson (1971) 
 
 
Vaso de Dipylon 
23 
 
Os temas eram os feitos dos deuses e semideuses e amores olímpicos. Temos também 
cenas de jogos atléticos, de funerais e de carros de corrida. 
 
Observemos a ânfora da direita abaixo. 
 
 
Hércules estrangulando o Leão de Neméia 
 
A imagem acima afasta-se das figuras geométricas, são 
em preto e datam do século VI a.C. Observe em detalhe a 
luta retratada. Os dois corpos parecem fundidos e 
evidenciam a luta ferrenha. Há poucos detalhes em cor. 
Vale dizer que a introdução de heróis era para evidenciar 
sua grandiosidade. 
 
As proporções de um objeto de cerâmica eram calculadas com o mesmo requinte que 
as do Parthenon, não sendo sua qualidade artística a técnica, mas sim, a forma, o perfil 
puro e elegante dado a um material. 
 
TEATRO 
As apresentações teatrais eram ao ar livre e a sua origem é grega. Somente homens 
podiam ser atores e, assim mesmo, utilizando máscaras. 
24 
 
Surgiram em Atenas grandes poetas trágicos, como Ésquilo (525 a 456 a.C.), Sófocles 
(496 a 405 a.C.) e Eurípedes (485 a 406 a.C.). Já os autores cômicos foram bem recebidos 
em Atenas, destacando-se Aristófanes. 
 
Teatro do Santuário de Delfos 
 
POESIA 
O maior representante desse gênero foi Píndaro (518 a 448 a.C.), que celebrou os 
grandes vencedores dos jogos gregos. 
 
FILOSOFIA 
Classificamos como SOFISTAS os pensadores Gregos, que procuravam os mais variados 
argumentos para solucionar os problemas práticos que estavam mais intimamente 
relacionados ao próprio homem. Davam ênfase aos seus argumentos, mesmo que seus 
resultados fossem falsos. 
 
Sócrates, considerado um dos maiores filósofos gregos, buscando, sobretudo, um 
método de reflexão, contrariou os sofistas. Seu discípulo foi Platão, que considerava 
como essenciais a sabedoria, a bravura e a justiça. Aristóteles, com base nas ideias de 
25 
 
Sócrates e Platão, sistematizou os princípios da lógica, que visava a determinar os 
processos intelectuais que são a condição geral do conhecimento verdadeiro. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Falaremos aqui a respeito das grandes realizações artísticas, que ficaram conhecidas 
como as “SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO”. São assim consideradas, não só 
pelo seu custo, mas também pelo tempo que se demorou na construção. 
 
A PRIMEIRA MARAVILHA é formada pelas 
Muralhas da Babilônia, que inclui a célebre 
torre de que fala a Bíblia e os belos Jardins 
suspensos. 
 
 
A SEGUNDA MARAVILHA é o Farol de Alexandria, contendo a 
forma de pirâmide, embora muito alta, a ponto de não se 
distinguirem imagens, se as olhassem de cima. 
 
 
 
A TERCEIRA MARAVILHA é a Estátua sentada de Júpiter, esculpida 
por Fídias. O artista foi fortemente criticado por fazer uma estátua 
tão grande. 
 
A QUARTA MARAVILHA é o famoso Colosso de Rodes, uma estátua 
de metal colocada à entrada do porto. Em seu tamanho gigantesco, 
passava por baixo um navio e um homem mal conseguia abraçar 
um dos dedos da mão. 
26 
 
A QUINTA MARAVILHA é o enorme Templo 
de Diana, na cidade de Éfeso, erguido sobre 
um lago, por causa dos terremotos 
 
 
 
A SEXTA MARAVILHA é o Mausoléu de Ártemis, Cária, na 
Asia. Conhecido pela grandiosidade e monumentalidade 
de sua arquitetura. 
 
 
 
 
A SÉTIMA MARAVILHA é as Pirâmides do 
Egito, admiradas por se verem pedras tão 
altas, de uma só peça, trazidas das 
montanhas e trabalhadas por homens sem 
muitos recursos. 
 
 
Como sugestão para atividade, propomos aos alunos sentirem-se arquitetos e, tais quais, 
projetarem fachadas de casas, prédios, shoppings, etc., tomando por base os princípios 
dos ensinamentos Gregos. 
 
 
 
 
 
27 
 
UNIDADE 5 – A ARTE ETRUSCA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer a arte etrusca; compreender a influência desse povo na cultura 
romana. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A civilização etrusca surgiu na região da Etrúria, parte central da Itália, atualmente 
conhecida como Toscana. Nessa região, a Idade do Bronze só chegou ao fim no século 
VII a.C., quando os gregos primitivos começaram a se estabelecer na costa sul da Itália. 
Os séculos VII e VIII a.C. foram o auge do poder dos etruscos, que se estendeu por 
grande parte da Itália Central. 
 
Encontramos, nessa unidade, algumas dificuldades para conhecer melhor a arte etrusca, 
devido a sua escrita não ser decifrada e a maioria dos vestígios serem apenas túmulos, 
pois as casas e templos eram feitos de madeira e tijolos e não resistiram ao tempo. 
 
Os túmulos eram imitação da casa dos vivos, embora construídos em pedra, com o nome 
de “Hipogeus”. Eles eram totalmente mobiliados e suas paredes decoradas com afrescos 
representando bailarinos, músicos e outras cenas comuns e alegres da vida humana. 
 
Os etruscos também realizavam, realisticamente, estátuas funerárias de bustos de seres 
humanos em ferro e bronze. 
 
Notamos ainda, nas construções desse povo, um conhecimento do arco e da abóbada, 
os quais não foram utilizados pelos gregos. Esse tipo de construção propiciava espaços 
internos mais amplos e bem mais estruturados. 
 
28 
 
Como já foi dito no início de texto, pouco conhecemos sobre a arquitetura doméstica 
etrusca, porém temos muitas informações sobre a sua arquitetura urbana, a qual foi 
orientada para construções em lugares altos e protegidos e os centros do povoamento 
eram sempre orientados para os quatro pontos cardeais e cercado por muralhas. 
 
Os etruscos nunca constituíram uma nação unificada e por isso, posteriormente 
perderam sua independência para os romanos. Os romanos adotaram diversos 
costumes dos etruscos como: roupas, arte, arquitetura, rituais, padrões sociais, etc. 
 
Arquitetura 
Para a construção dos templos os etruscos utilizavam pedra, enquanto que para as 
moradias utilizavam o adobe, estrutura de madeira e revestimento de argila. Os etruscos 
desenvolveram importantes técnicas construtivas, como o arco de meio ponto, a 
abóbada e a cúpula, elementos que também eram utilizados para a construção de 
pontes. Também construíram canais para drenar as zonas baixas, levantaram muralhas 
de pedra, mas, sobretudo, se destacaram com a arquitetura dos túmulos. 
 
Vale aqui uma explicação mais detalhada do que vem a ser um arco e uma abóbada, 
sendo o primeiro um elemento 
estrutural, geralmente, semicircular,usado para servir de suporte a uma 
abertura. Exige o suporte de paredes, 
pilares ou colunas nas laterais; 
enquanto que a abóbada é o telhado 
ou cobertura em forma de arco, feito 
geralmente com pedras e tijolos. 
O arco e a abóbada de tijolo 
 
29 
 
Os etruscos eram bons construtores, mas pouco restou de suas edificações, pois a 
maioria era em madeira. Entre as que resistiram, por serem de pedra, destacam-se as 
fundações de muralhas, casas, túmulos e ruas pavimentadas. Réplicas do interior das 
casas, esses túmulos têm molduras, arcos e abóbadas - estas importadas do Oriente 
pelos etruscos, que as transmitiram a Roma, depois de aperfeiçoá-las. 
 
As construções dos templos religiosos eram feitas com base de pedra, estrutura de 
madeira e revestimento em barro na arquitrave e beirais, que em grande parte se 
assemelham simplificadamente às técnicas gregas. Construíram também palácios, 
edifícios públicos, aquedutos, pontes, esgotos, muralhas e desenvolveram projetos de 
urbanismo onde a cidade se articulava a partir de um centro, resultado da intersecção 
das duas vias principais (cardo, sentido norte-sul e decumanos, sentido leste-oeste). 
 
Cidade de Bagnoregio. Lácio, Itália. 
 
Pintura 
As pinturas dos túmulos etruscos retratam cenas do cotidiano, mitológicas e ritualísticas, 
produzidas com elementos semelhantes a pintura grega. A pintura etrusca preserva 
elementos da pintura grega que pouco conhecemos, comparados às grandes 
quantidades de pinturas gregas em cerâmicas preservadas até os dias atuais. 
 
30 
 
Algumas pinturas funerárias também apresentam cenas de banquetes, jogos, danças, 
batalhas, deuses, demônios e gênios, com influências do estilo egípcio, porém, sempre 
com a presença do estilo grego. 
 
Pinturas nos túmulos sustentam a tese de que os jogos de gladiadores, ícones da Roma 
antiga, nasceram na Etrúria. Encontram-se também imagens de Jogos Olímpicos, 
algumas com traços de grande violência, como a de um cão que ataca um homem com 
a cabeça coberta por um saco, o que poderia relacionar a origem dos jogos gladiatórios. 
 
 
Tumba dos Leopardos. Tarquinia, Lácio. Itália. 
 
Os túmulos etruscos 
Os etruscos construíam suas cidades para os vivos, mas principalmente para os mortos. 
As regiões italianas mais expressivas da arte e arquitetura dos túmulos etruscos estão em 
Cerveteri, Tarquinia, Veios, Vetulonia e Vulci. Essas cidades possuíam vários cemitérios, 
cada um vinculado ao seu próprio uso. 
31 
 
Esses túmulos, ou tumbas, foram construídos com pedra ou esculpidas diretamente na 
rocha, materiais resistentes ao tempo. Os túmulos serviam para enterrar os corpos em 
urnas, após as cremações, cercadas por círculos de pedras, que viriam a se transformar 
em abóbadas. O culto aos mortos contava com uma escultura em tamanho natural, ou 
próximo do natural, do morto ou do casal que ali estivesse enterrado. Os túmulos 
abobadados e escavados nas rochas apresentam as mais belas obras artísticas 
preservadas dos etruscos. Elas representam a sobrevivência da alma e a necessidade de 
preservar para o morto os seus bens e as lembranças dos vivos. Esses princípios religiosos 
se assemelham às tradições egípcias, orientais e helênicas. 
 
No interior, aos mortos era garantido um ambiente familiar com os objetos possuídos 
na vida, ou uma réplica artística dos mesmos. Os túmulos mais suntuosos são réplicas 
de residências que existiam, proporcionando aos estudiosos uma rica projeção da 
arquitetura e interiores etruscos. Podemos observar colunas, pilares, capitéis, vigas, 
mobiliários e instrumentos de pedra e de diversas texturas e materiais. Os cemitérios 
eram geralmente situados fora dos muros da cidade, ao longo das vias de acesso, outra 
influência à civilização romana. O tamanho dos túmulos e suas divisões em câmaras era 
proporcional à riqueza da família. 
 
Tumba dos Relevos, Cerveteri. Lácio, Itália. 
 
32 
 
UNIDADE 6 - A ARTE ROMANA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Conhecer como os romanos eram grandes construtores; Perceber a 
importância da arquitetura, escultura, pintura, literatura, filosofia e teatro romanos. 
 
A arte romana se destacou no período que foi do século VIII a.C. ao século IV d.C. A arte 
da Roma Antiga foi fortemente influenciada pela cultura e pelas crenças gregas. Um 
exemplo disso é a própria mitologia romana, muito parecida com a mitologia grega. 
 
A maior expressão da arte romana foi a arquitetura, através de edificações grandiosas. 
Os romanos preocupavam-se intensamente com aspectos voltados para a utilidade, a 
funcionalidade e a praticidade de suas obras artísticas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
ARQUITETURA ROMANA 
Os romanos aprenderam a utilizar o arco e a abóbada, por influência dos etruscos. 
Aquele tipo de construção grega, que já estudamos anteriormente, não se tornou 
suficiente aos romanos, uma vez que não foram feitos para acomodar multidões sob seu 
teto. 
 
Também não utilizaram boa parte das colunas da Grécia, usando o arco para ampliar os 
espaços internos, tornarem os edifícios mais utilitários. Esse método, portanto, foi criado 
com materiais mais baratos. 
 
Os maiores exemplos da arquitetura romana encontram-se em edifícios públicos, 
anfiteatros, banhos públicos, estádios para corrida e casas particulares. A característica 
mais marcante da arquitetura romana é a imponência e a grandiosidade, destacando-se 
o Coliseu, um enorme anfiteatro que podia abrigar quase 60 mil espectadores e o 
33 
 
Panteão, um templo circular, dedicado a todos os deuses, cuja cúpula tinha um diâmetro 
de quase 45 metros. 
 
Vista superior do Coliseu 
 
 
Interior do Panteão 
 
A ESCULTURA E A PINTURA ROMANA 
Observamos, no povo romano, um espírito prático guiado para o real. Dessa forma, sua 
arquitetura foi racional e o objetivo principal da escultura foi fixar os traços dos que 
governavam o Império, num retrato fiel muito expressivo (herança da tradição etrusca). 
 
34 
 
A técnica utilizada pelos romanos era fazer muitos corpos de estátuas e, quando 
recebiam uma encomenda, bastava-lhes fazer a cabeça à semelhança do comprador e 
colocá-la no corpo já preparado. 
 
A expressão da verdade, dos detalhes e da perfeição, eram as qualidades tanto da 
escultura quanto da pintura romana. 
 
A pintura de murais era um dos elementos predominantes nesse povo, retratando suas 
vitórias nas guerras e nas conquistas. Segundo o historiador da arte E. H. Gombrich 
(2000), os romanos “eram um povo prosaico, de um grande sentido prático, e pouco se 
importavam com deuses fantasiosos”. 
 
“O Suplício de Penteo”, na qual foi utilizada a técnica do afresco. 
 
FILOSOFIA E HISTÓRIA 
Os gregos superaram os romanos em termos de filosofia. Sua principal orientação 
voltou-se apenas para a moral, não seguindo nenhuma corrente de pensamento 
original. Destacam-se entre eles os filósofos Sêneca, Epiteto e Marco Aurélio. 
 
Quanto à história, muitos são os pensadores, deixando relatos que retratavam guerras, 
vidas célebres e tradições romanas. Podemos citar Júlio César, Tito Lívio, Plutarco e 
Suetônio. 
35 
 
LITERATURA 
Destacamos três gêneros de literatura romana: a poesia épica, a lírica e satírica. 
 
Épico: São os textos que narram mitos, aventuras, heróis. 
Satírico: São os textos críticos. 
Líricos: São os textos que privilegiam o "eu" (eu-lírico), geralmente romances ou textos 
introspectivos. 
 
Virgílio, autor de Eneida, foi o poeta romano mais conhecido. Apresenta um resumo das 
tradições do passado romano, de sua origem lendária. Outros nomes podem ser citados 
como: Horácio Ovídio, Lucrécio, Lívio Andrônico, Catulo, Propércio, Marcial e Juvenal. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
A EXPRESSIVA E IMPONENTE ARTE ROMANA 
É bom salientar que das manifestações artísticas existentes foi a arquitetura que mais se 
destacou entre os romanos. 
 
A reconstrução de Roma foi iniciada porJúlio César e continuada pelo seu sucessor 
Augusto, que se gabaram de ter encontrado uma cidade construída de tijolos e tê-la 
deixado feita em mármores lisos e coloridos. Foram feitos foros, basílicas, arcos triunfais, 
teatros e anfiteatros, templos e santuários. 
 
Essas construções tiveram enorme impacto, pois foram feitas em escalas grandiosas e 
com técnica de construção diferente, utilizando concreto recoberto de tijolos. 
 
O monumento mais famoso é o Coliseu de Roma, o maior e mais belo anfiteatro da 
época. Aqui, encontramos a típica mistura romana de detalhes gregos e construção 
romana. Esse edifício monumental possui quatro andares de arcos decorados. No térreo 
36 
 
fica o auditório ovalado sustentado por compactas abóbadas de concreto e calcula-se 
que teria capacidade para 45 mil pessoas. 
 
Já o Panteão, outra construção romana e que hoje é uma igreja cristã, tem uma história 
que vem desde a Antiguidade Clássica. O grande recinto circular do templo tem uma 
área de 47 m². As paredes eram minuciosamente elaboradas com nichos e revestimentos 
de mármores coloridos. 
 
As técnicas de construção em concreto foram aperfeiçoadas pelos romanos, os quais 
eram capazes de cobrir áreas enormes com abóbadas e cúpulas de concreto. 
 
Criaram-se também arcos triunfais, que são símbolos, originalmente construídos em 
madeira, de vitórias alcançadas em batalhas e remetem-se sempre a um imperador 
específico, onde sua memória era celebrada através desta construção. 
 
 
 
 
37 
 
UNIDADE 7 – A ARTE PALEOCRISTÃ 
Foi através do Cristianismo que surgiram as primeiras expressões da arte cristã primitiva, 
a que podemos chamar também de arte paleocristã. Esta arte não representará a 
dissolução da arte romana, mas o início de novos elementos que estruturará um novo 
período histórico artístico. 
 
A arte paleocristã buscou na arte romana, ocidental e oriental, vários elementos para 
criar uma nova linguagem para se adaptar e corresponder aos princípios da crença cristã. 
 
Nesse período os romanos se sentiram ameaçados com surgimento de uma nova 
religião e passaram à perseguir todos aqueles que acreditavam nos princípios desta. Este 
fato, marca a primeira fase da arte paleocristã, a fase catacumbária. Recebe este nome 
devido às catacumbas e cemitérios subterrâneos em Roma, onde os cristãos 
secretamente realizavam seus cultos. Essa arte era simples e simbólica, produzidas por 
pessoas que não eram grandes artistas. 
 
Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C., o imperador 
Constantino legalizará o Cristianismo, dando início à segunda fase da arte paleocristã, a 
fase basilical. 
 
No ano de 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre seus dois 
filhos: Honório e Arcádio. Honório ficou com a parte ocidental, sendo Roma a capital. 
Arcádio ficou com a parte oriental, sendo Constantinopla a capital, atual Istambul. O 
Império Romano do Ocidente, sofrerá várias invasões, até que em 476 d.C. será 
dominado, marcando o início da Idade Média. Já o Império Romano do Oriente, onde 
se desenvolverá a arte bizantina, consiguirá se manter até 1453 até o domínio dos 
mulçumanos, marcando o início da Idade Moderna. 
 
38 
 
ARQUITETURA 
Os princípios cristãos sobre como o morto deveria ser enterrado, onde a terra sob a 
sepultura deveria ser sagrada para abençoar e receber um corpo destinado à 
ressurreição, fizeram surgir os primeiros cemitérios cristãos. 
 
A partir do século II, a catacumba ou cemitério subterrâneo apresenta a seguinte 
disposição: uma série de galerias subterrâneas ou corredores, extremamente estreitos 
para aproveitar o terreno ao máximo, cujas paredes se destinam a abrir várias filas de 
nichos em sentido longitudinal. Estes corredores alargam-se de vez em quando 
formando uma pequena câmara, onde ficavam algumas sepulturas. Nas galerias 
superiores haviam aberturas para o exterior, proporcionando luz e ventilação para as 
áreas inferiores. 
 
Quando o imperador Constantino torna o Cristianismo a religião oficial do Império 
Romano, os romanos passaram a construir um modelo de edifício chamado de basílica 
(basileu= juiz), lugar destinado ao comércio e assuntos jurídicos. 
 
Eram edifícios com grandes dimensões, de 4000 a 5000 m2, planta retangular, com três 
naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. As primeiras 
basílicas tiveram influências das casas romanas e dos templos do Oriente. A construção 
se dividia em três partes: parte pública, semi-pública e privada. 
 
A parte privada da basílica é a mais complexa, sugerindo em suas formas uma arquitetura 
funerária, pois tudo se relacionava com a câmara subterrânea onde se encontrava a 
relíquia, corpo ou lugar venerado que justificava a construção da basílica nesse local. 
 
Após este período representado por Constantino, as comunidades cristãs do Oriente e 
do Ocidente, empenharam-se paralelamente, na busca e desenvolvimento de um 
39 
 
modelo de templo cristão. Este período que vai de 350 a 550 d.C., irá concretizar dois 
tipos diferentes de igreja: a de planta de cruz latina, derivado do tradicional tipo basilical, 
e a de planta de cruz grega ou de plano central. 
 
Basílica de Santo Apolinário em Classe. Ravena, Itália. 
 
PINTURA 
As primeiras pinturas cristãs não se diferenciam estilisticamente das pinturas romanas. 
Somente a partir do século V se poderá falar de um código formal próprio e plenamente 
adaptado à sua própria religiosidade. 
 
Além do estilo representativo semelhante das pinturas romanas dos séculos III e IV, os 
primeiros cristãos utilizaram temas comuns da arte pagã. Recriaram uma nova 
simbologia, como o tema das estações, que passou a ser considerado símbolo da 
renovação da vida. Nessa representação Orfeu aparece com os animais refletindo a 
imagem de Cristo como pastor de almas. 
 
 
 
 
Afresco em catacumba paleocristã 
https://concretoemcurva.com/2016/03/09/arquitetura-paleocrista/ravenna3/#main
https://concretoemcurva.com/2016/03/09/arquitetura-paleocrista/attachment/24711946/#main
40 
 
Entre os séculos II e III, o universo das formas cristãs, não só com imagens simbólicas, 
mas também com cenas narrativas sobre a salvação, algumas extraídas da Bíblia, 
tornaram-se formas padronizadas de arte. 
 
No final do século IV, o imperador Teodósio fortaleceu a Igreja e com isso, as decorações 
dos templos passaram a ter representações formais bem definidas. A figura de santos e 
mártires tornam-se o tema preferido das representações. Com a valorização da igreja, a 
pintura mural será substituída pelo mosaico, para imprimir ao espaço elementos de 
riqueza. 
 
MOSAICO 
O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o 
revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do antigo e do novo testamento. 
Essa técnica artística também foi utilizada nos mausoléus e sarcófagos feitos para os fiéis 
mais ricos e eram decorados com relevos de imagens de passagens bíblicas. 
 
A partir do século V, a cidade italiana de Ravena, se tornará a capital da artística do 
mosaico, devido ao grande número de obras destinadas a família imperial. O mármore, 
material antes utilizado para os mosaicos, será substituído por vidros coloridos, tornando 
as imagens cheias de cores intensas e vibrantes. 
 
O vidro colorido não possuía uma paleta complexa de matizes, por isso as 
representações humanas fugiam do real, apresentando-se como seres transcendentais, 
imateriais, de um reino de luz e ouro. 
 
Pouco desses mosaicos foram conservados, mas sabe-se que cobriam as grandes 
superfícies da cúpula, do arco triunfal e da nave das igrejas, com representações bíblicas. 
Muito do estilo formal dos mosaicos foi herdado da arte romana, adaptando-a aos novos 
41 
 
conteúdos religiosos e isso conseguimos observar na Basílica de Santa Maria Maggiore, 
pela forte geometrização e ilusionismoespacial. 
 
 
Basílica de Santa Maria Maior. Roma, Itália. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjuvY67pvDcAhWHhpAKHWLPBzMQjRx6BAgBEAU&url=https://www.estilosarquitetonicos.com.br/arquitetura-paleocrista/&psig=AOvVaw0sQZ42U5TOdrT9MdmGE-NX&ust=1534465199015859
42 
 
UNIDADE 8 - A ARTE BIZANTINA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Relacionar a religião e a arte bizantina; Destacar as técnicas bizantinas de 
construção. 
 
A civilização bizantina floresceu na Idade Média, deixando, em muitas regiões da Ásia e 
da Europa, testemunhos de sua irradiação cultural. Acredita-se que o Imperador romano, 
Constantino, o Grande, nunca conseguiu imaginar as consequências que sobreviveriam 
dali, depois de fundada a cidade de Constantinopla. 
 
Seu aparente estilo oriental é devido à posição geográfica ocupada por ela, apesar de 
sua herança ser Greco-romana. 
 
O Imperador não era considerado uma divindade, mas colocou-se à frente da igreja, 
submetendo-se à autoridade do Estado. 
 
O espírito bizantino de arte surgiu no século VI, alcançando uma grande expansão com 
as tentativas do imperador Justiniano, em reunificar o Império Romano do Ocidente com 
o Oriente. A arte tinha como finalidade representar a grandiosidade imperial e, ao 
mesmo tempo, expressar seu poder sagrado. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A Majestosa Arquitetura Bizantina 
O marco da arquitetura desse período está centralizado nas igrejas, cuja parte superior 
de edifícios tinha o formato côncavo, quando visto de uma perspectiva interna, dando 
às construções aspecto grandioso e espaçoso. 
43 
 
Os arcos foram também frequentemente usados e o arremate superior das colunas era 
decorado com desenhos entrelaçados, figuras de animais ou entrelaçamento das letras 
iniciais do nome de pessoas ou entidades. 
 
O material empregado nas construções variava de acordo com a região, segundo a 
variedade de matéria-prima existente. A mais grandiosa obra bizantina é a Igreja de 
Santa Sofia, construída pelo arquiteto Antêmio de Tales e Isidoro de Mileto. Ela conserva 
a simplicidade exterior das primitivas igrejas cristãs. 
 
 
Igreja de Santa Sofia 
 
A planta dessa igreja é quase quadrada e possui uma única grande cúpula que assegura 
a unidade do conjunto. A igreja estende-se para leste e oeste, sob duas semi-cúpulas 
com o mesmo diâmetro do central, embora mais baixas. 
44 
 
Seu interior é ricamente decorado com mosaicos dourados, iluminados por 40 janelas 
dispostas ao redor da base da cúpula central, dando a sensação de leveza e de notável 
grandeza monumental. 
 
A construção de Santa Sofia custou muito pela quantidade de ouro empregada, em 
mármore e mosaicos que foram aplicados com muito bom gosto. 
 
Convém lembrar que, mosaicos, são desenhos formados pelo encaixe de pequenos 
pedaços de pedra ou vidro coloridos sobre cimento que comumente encontramos na 
arte bizantina. 
 
Portanto, poderíamos sintetizar a arquitetura desse período, pela existência de uma 
cúpula central sustentada por pilares e colunas, abrangendo também a extraordinária 
arte dos mosaicos. 
 
ESCULTURA E PINTURA 
Pouco sabemos sobre a escultura e pintura bizantinas, devido à pressão sofrida pelo 
movimento iconoclasta, onde se quebravam imagens de santos, num combate a não 
idolatria. 
 
Pelo pouco que sobrou dessas esculturas, verifica-se que eram realizadas em marfim e 
acredita-se que seus autores foram influenciados pelas técnicas Greco-romanas, não 
existindo, porém, grandes obras, mas numerosos baixos-relevos. De modo geral, 
portanto, evitaram a produção de estátuas monumentais, e o assunto favorito era Cristo, 
a Virgem e o Menino, e os apóstolos. 
 
Todas as nações que entraram em contato com a arte bizantina, acabaram sendo 
fortemente influenciadas por ela 
45 
 
Infelizmente, após o século XIII, Constantinopla foi devastada, caindo sob dominação 
latina, o que ocasionou o declínio de sua produção artística. Os imperadores ocupados 
com as guerras, não mais patrocinavam a arte, fazendo com que não se adquirisse mais 
ricos materiais para serem empregados em suas obras. Os mosaicos tornaram-se caros 
demais e foram substituídos pelos afrescos na decoração mural. Os grandes mestres 
bizantinos dispersaram-se e o trabalho de suas escolas interrompido. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
O estilo bizantino só apareceu onde existiu a arte cristã, por isso, “as catedrais góticas” 
são o que observamos de mais marcante no desenvolvimento artístico da Idade Média. 
Sua ousadia tecnológica chega a superar toda a arquitetura clássica, com suas estruturas 
elaboradíssimas. 
 
Graças ao desenvolvimento da engenharia, foi possível a construção dos arcos e das 
abóbadas nas catedrais. Outra diferença evidente foram as paredes grossas com janelas 
estreitas e paredes estreitas com enormes janelas no formato de vitrais, induzindo os 
fiéis à meditação, pois contavam histórias religiosas. 
 
Também é característica dessas catedrais a verticalidade; possível, graças ao 
aparecimento do arco pontudo para aumentar a ilusão da altura. Os arquitetos 
competiam entre si, para saber quem conseguia atingir o desafio de construir as naves 
mais altas. Muitas vezes, isso não acabava bem, pois elas acabavam desabando, por falta 
de tecnologia apropriada. Mesmo assim, os fiéis não desistiam e novamente a 
reconstruíam, não poupando esforços. 
 
Podemos perceber com isso que essas catedrais eram, portanto, um orgulho cívico para 
a cidade. A devoção coletiva por esses prédios era tão intensa, que todos os segmentos 
46 
 
da população participavam da construção, mesmo que para isso fossem necessários, 
literalmente, séculos. 
 
Com relação às paredes externas, elas eram feitas de esculturas que contavam histórias 
bíblicas, destacando-se do fundo arquitetônico e sobressaindo em colunas e pedestais. 
O corpo, nesse momento, era visto como templo da alma e os artistas voltaram a 
representar a carne com naturalidade. 
 
Os vitrais dessas catedrais podem ser considerados como a alma visível da Idade Média 
pelos gigantescos manuscritos iluminados. Ilustravam passagens da bíblia e a vida dos 
santos. 
 
O trabalho prático é sempre bem vindo aos alunos, uma vez que, ajuda a fixar os 
conteúdos teóricos abordados. Para confeccionar mosaicos, não é necessário que se 
utilizem apenas peças de cerâmica (azulejos ou pisos). Uma infinidade de materiais 
poderá ser usada em substituição, tais como E.V.A. picados, papel cartão ou cartolina, 
figuras de revistas, papel espelho ou dobradura, dentre outros. O importante é que ele 
tente montar o seu, segundo orientações de seu professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
UNIDADE 9 – A ARTE ISLÂMICA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Relacionar a religião e a arte islâmica 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
O desenvolvimento da arte islâmica iniciou-se no século VIII da nossa era. A religião do 
Oriente Médio e dos muçulmanos da Pérsia, Mesopotâmia, Egito, África do Norte e 
Espanha, foram muito mais rigorosas que o cristianismo no Ocidente. 
 
As representações com imagens eram proibidas, sendo somente permitido expressar a 
arte nas construções e objetos religiosos. Mesmo não possuindo adornos figurativos, as 
construções receberam uma decoração ornamental extremamente rica. Essas 
ornamentações eram rendilhadas, inspiradas na caligrafia, conhecidas como arabescos. 
 
Através dos séculos surgiram vários impérios islâmicos, da Espanha até a Índia, criando 
assim, novas formas de arquitetura e artes aplicadas. 
 
PINTURA E ARTES GRÁFICAS 
A pintura islâmica era representada por afrescos, utilizados para decorar paredes de 
palácios, mesquitas e edifícios públicos. As representações geralmente eram sobre cenas 
de caça e da vida cotidiana da corte. 
 
O estilo dessas pinturas se assemelhavam a pinturahelênica, mas com grande influência 
indiana, chinesa e bizantina. A arte em miniatura nos livros também foi muito utilizado 
pelos islâmicos. Era usada para publicações de estudo científico e obras literárias. O estilo 
era esquematizado, parecido com o estilo bizantino, com fundo dourado e sem 
perspectiva. O Corão era decorado com figuras geométricas pontuais para organização 
do texto, como a divisão de um capítulo para outro. 
48 
 
O mosaico também foi uma técnica artística muito 
apreciada e utilizada em suas construções. Originário 
da arte bizantina, no início as representações eram 
somente figurativas, mas com o tempo foram se 
abstraindo em figuras de folhas e flores entrelaçadas 
com uma caligrafia artística, o arabesco. 
 
 
 
 
 
Miniatura islâmica 
 
ARQUITETURA 
As maiores expressões da arquitetura islâmica são mesquitas, locais de retiro espiritual e 
mausoléus. As técnicas utilizadas nas construções são variadas, de acordo com a região 
e fase histórica. As construções e seus ornamentos procuravam traduzir as fórmulas 
numéricas da língua árabe e seu misticismo. 
 
As mesquitas do mundo árabe possuem sempre o mesmo padrão de construção: um 
átrio e uma sala para orações, com ornamentações diversificadas. Em suas construções 
buscavam preservar específicas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O 
geômetra era tão importante quanto o arquiteto no desenvolvimento do projeto. 
 
Os palácios eram construídos de forma semelhante às mesquitas, com um universo 
próprio e privativo para seu soberano. O exemplo mais conhecido de palácio é 
Alhambra, em Granada, Espanha. Com planta quadrangular, cercado de muralhas 
sólidas, o palácio parece uma fortaleza, mas com uma ornamentação extremamente rica 
em seu interior. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiX-_zZqe_cAhUHGZAKHW_iAl0QjRx6BAgBEAU&url=http://brasilartesenciclopedias.com.br/internacional/miniatura01.html&psig=AOvVaw3JrrYpponaFvJ_mQivhyrY&ust=1534431590738435
49 
 
 
Alhambra, Granada. Espanha. 
 
Outra construção original e representativa do Islã é o minarete, espécie de torre cilíndrica 
que ficava no exterior da mesquita. Sua posição era sempre privilegiada, para que a voz 
do almuadem1 fosse percebida por todos os fiéis, convidando-os à oração. 
 
Marinete da grande mesquita de Samara, Iraque. 
 
1Almuadem, almoadem, almuédão ou muezim é, no Islão, o encarregado de anunciar 
em voz alta, do alto das almádenas (ou minaretes), o momento das cinco preces diárias. 
50 
 
Os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas em suan forma, 
mas com a função de abrigar os restos mortais de santos, mártires e até mesmo um 
grande amor, como é o caso do Taj Mahal, na Índia. Construído pelo imperador Shah 
Jahan em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de 
Mumtaz Mahal (A joia do palácio). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, sendo o Taj 
Mahal construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. 
 
Taj Mahal. Agra, Índia. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
“Os famosos tapetes persas” 
O mundo conheceu a arte islâmica, principalmente, através de seus tapetes. Por serem 
uma civilização nômade, os tecidos e tapetes, eram os únicos elementos decorativos 
para suas tendas. Como tempo, os tapetes passaram a decorar também os palácios e 
mesquitas. Para os mulçumanos, o tapete tem uma função religiosa, usados sob o chão 
para orar, pois não é permitido o contato com a terra. 
51 
 
Os tapetes mais valiosos são de origem persa, devido sua confecção ser feita com uma 
trama de 40.000 nós por decímetro quadrado. As representações gráficas clássicas 
destes tapetes são figuras florais, de caça, animais, plantas e geométricas. 
 
 
 
52 
 
UNIDADE 10 – ARTE PRÉ-COLOMBIANA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Conhecer e compreender a cultura dos povos das Americas antes da chegada 
dos europeus. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A arte pré-colombiana foi uma manifestação artística dos povos nativos da América 
espanhola antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492. Estas manifestações 
artísticas foram encontradas na América Central (maias), no México (astecas) e no norte 
da América do Sul, mais precisamente no Peru (incas). 
 
Através das descobertas arqueológicas dessa civilização, podemos reconhecê-los como 
notáveis arquitetos, urbanistas, escultores e ceramistas. 
O universo artístico da arte pré-colombiana se refere a templos, casas, esculturas, 
relevos, pinturas, utensílios domésticos, objetos ornamentais, amuletos e tecidos. 
 
As obras eram realizadas por artífices, que procuravam transferir para os materiais 
(pedra, barro, metal), representações determinadas pelas crenças e ciências de cada 
povo. 
 
É através da identificação, interpretação e comparação dessas representações que 
podemos classificar essas civilizações. Estudaremos aqui a cultura artística das três 
civilizações mais expressivas deste período: Maias, Astecas e Incas. 
 
 
 
 
 
53 
 
OS MAIAS 
Na parte sul da América Central, região da Península do Iucatã, surgiu a civilização maia. 
Sua formação histórica teve início por volta do ano 1000 a.C., mas o período clássico da 
sua cultura somente ocorrerá entre os anos 300 e 900 d.C. 
 
Os maias possuíam um avançado conhecimento dos sistemas numéricos e astronômicos, 
da escrita hieroglífica e um complexo calendário. Itzama é o principal deus dos maias, 
considerado o criador do calendário, da escrita e do sistema numérico. 
 
Pintura 
As pinturas apresentavam padrões geométricos e animais estilizados quanto figuras 
humanas. Eram feitas em murais e objetos de cerâmica, com técnicas de perspectiva e 
das superposições. Os pigmentos eram variados e as cores tinham significados próprios, 
como o preto que era a cor da guerra e o amarelo a cor da fecundidade. 
 
 
Mural encontrado na cidade de Bonampak, sul do México. As imagens representam 
cenas de batalhas durante a guerra de 792 d.C. 
54 
 
Escultura 
Podemos encontrar as esculturas maias tanto como elementos de decoração de templos 
e palácios, quanto em forma de monólitos isolados. A maior parte das representações 
são de animais, deuses e figuras humanas. Nestas figuras humanas buscavam o 
naturalismo. O material utilizado para essas esculturas era a pedra calcária e a argila. 
 
 
Esta escultura, Rainha de Uxmal, representada através de uma figura humana saindo da 
boca de uma serpente, fazia parte da decoração de um templo maia. 
 
Arquitetura 
Os maias foram construtores de várias cidades, onde desenvolveram uma arquitetura 
monumental. A maior parte das construções são pirâmides, templos e palácios 
escalonados. As pirâmides foram construídas sob patamares retangulares e no alto, 
seguindo o mesmo formato, ficavam os templos. Os palácios também seguiam um 
formato retangular, mas em um único andar. 
 
55 
 
Os maias são responsáveis pela criação das "falsas abóbadas", utilizadas para cobrir 
corredores, quartos e jazigos. Todos os monumentos, templos e palácios são 
extremamente decorados: ornamentos e hieróglifos envolvem personagens 
representados e compostos com um elevado sentido de simetria. O Palácio do 
Governador, em Uxmal (México), os templos, edifícios e esculturas monumentais das 
cidades de Copán (Honduras) e Tikal (Guatemala) estão entre as principais ruínas maias. 
 
 
O Templo das Inscrições, pirâmide localizada na praça central de Palenque, é a 
construção mais estudada do mundo maia, por ser um monumento funerário do rei 
Pacal I e conter importantes inscrições sobre esta civilização. 
 
OS ASTECAS 
Os astecas fundaram a cidade de Tenochtitlán (México), às margens do Lago Texcoco, 
criando um centro urbano organizado e próspero. 
 
A cultura maia teve grande influência no desenvolvimento artístico dos astecas, como os 
templos edificados em plataformas sobre pirâmides. A construçãoimponente desses 
56 
 
templos e palácios era reflexo de um império absolutista e de rígida organização social 
de senhores e escravos. Por serem um povo guerreiro, o militarismo dominava a 
sociedade asteca. 
 
Pintura 
Destacam-se os afrescos que decoravam as paredes internas dos palácios cuja temática 
girava em torno da religião e da mitologia com representação de divindades e 
guerreiros. Algumas pinturas apresentavam uma simbologia semelhante à dos 
hieróglifos egípcios. 
 
 
Muitas destas pinturas estavam em livros encontrados no interior das ruínas. Esses 
livros servem como registros históricos dos astecas. 
 
Escultura 
As expressões plásticas dos astecas são inspiradas nas guerras e nas suas crenças. Muitas 
das esculturas astecas apresentam um ar macabro. É comum encontrar máscaras de 
crânios humanos decorados com argila. 
 
Os artesãos astecas possuíam grande habilidade manual, utilizando metais, pedras 
preciosas e fragmentos de corais em suas esculturas. 
57 
 
A mais conhecida escultura asteca é a “Pedra do Sol”, hoje exposta no Museu Nacional 
de Antropologia da Cidade do México. É uma exaltação ao Sol: ao centro tem esculpido 
o rosto de Tonatiuh cercado pelo símbolo para Nahui Ollin (movimento do sol). 
Hieróglifos trazem os vinte dias que formavam o mês indígena e elementos relacionados 
aos cultos solares. 
 
 
.Pedra do Sol 
 
Arquitetura 
Os astecas foram notáveis arquitetos, construindo grandes palácios, templos e 
pirâmides. Desenvolveram técnicas avançadas, como a utilização de palanques e 
rampas para transportar blocos de pedra. 
 
58 
 
As pirâmides eram construídas em bases quadradas , com pedras escalonadas e 
sobrepostas. Essas pirâmides náo tinham um significado próprio, buscavam elevar os 
templos o mais alto possível para se aproximar dos deuses. Ali eram realizados cultos 
religiosos e sacrifícios humanos. 
 
A pirâmide mais importante é a de Tenochtitlán, também chamada de “Templo Maior”. 
Com 60 metros de altura e uma área equivalente a 250 Km2, este templo era parte de 
um complexo de mais sete construções e o centro dos cultos religiosos. 
 
Templo Maior 
 
OS INCAS 
Os incas se desenvolveram em torno do lago Titicaca, na região dos Andes, no Peru. 
Iniciaram seu processo de expansão e hegemonia em 1438 na capital Cuzco, sul do Peru, 
dando origem ao império inca. Eram uma sociedade voltada para a agricultura, 
inventaram o quipu, sistema contábil baseado em cordas de cores e tamanhos diversos, 
mas não desenvolveram uma linguagem escrita. 
 
59 
 
As pinturas dos incas era voltada para a cerâmica, com motivos geométricos e mistura 
de cores. Como os tecidos, ricos no colorido e decorados com desenhos estilizados. 
Possuíam grande habilidade para trabalhar com ouro e prata, que utilizam na decoração 
de portas e muros ou como artefatos de adorno e em objetos religiosos. 
 
 
Ourivesaria Inca 
 
Arquitetura 
A arquitetura inca era simples e funcional, com poucos elementos decorativos. Os incas 
destacam-se pela organização e edificação das suas cidades, com plantas regulares em 
xadrez ou em formato oval. 
 
Por estarem localizados em uma região sujeita à terremotos, desenvolveram uma técnica 
construtiva de encaixe de pedras (amarração) que permitia a movimentação da terra. Os 
incas também demonstraram um grande conhecimento das técnicas topográficas. A 
cidade de Machu Picchu é o maior exemplo desse conhecimento inca. 
60 
 
 
Localizada no topo de uma montanha andina, a 2450 metros de altitude, Machu Picchu 
é uma cidade urbanisticamente organizada e setorizada por classes sociais. A verdade, 
é que a cidade perdida dos Andes peruanos, nos encanta até hoje pelos mistérios da 
sua localização. 
	Capa História da Arte I
	Material História da Arte I - Pré-História e Antiguidade
	Capa História da Arte I

Continue navegando