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Conceito de cuidado e história da enfermagem

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M104 – PROBLEMA 1: A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
OBJETIVO 1: EXPLICAR O CUIDADO
Cuidado é a ação de cuidar (preservar, guardar, conservar, apoiar, tomar conta). O cuidado implica ajudar os outros, tentar promover o seu bem-estar e evitar que sofram de algum mal. Também é possível cuidar de objetos (como uma casa) para impedir que ocorram danos.
Segundo o minidicionário Aurélio da língua portuguesa, cuidar é um verbo transitivo e significa “[...] imaginar, meditar, cogitar; julgar, supor; aplicar a atenção, o pensamento, a imaginação; ter cuidado; fazer os preparativos; prevenir-se; ter cuidado consigo mesmo.” (FERREIRA, 2004).
Segundo Erikson (1998), o cuidado, corresponderia a “[...] um compromisso amplo de cuidar das pessoas, dos produtos e das ideias com os quais aprendemos a nos importar [...]”, mas também dependente das forças que surgiriam nas fases de desenvolvimentos anteriores: esperança e vontade, propósito e habilidade, fidelidade e amor.
Sena et al. (1999), relatam cinco categorias sobre o cuidar, desde o cuidar como uma característica humana, cuidar como um imperativo moral ou ideal, cuidar como forma de afeto e de carinho, cuidar como um aspecto das inter-relações pessoais e cuidar como intervenção profissional, referindo-se ao cuidar no caso dos profissionais de enfermagem.
A dimensão do cuidado assumiria características próprias e diferiria dependendo do ciclo de vida do paciente e do ciclo de vida do cuidador, assim como pela história de vida nas relações entre os dois.
Boff (1999), refletindo sobre o cuidado, nos relata que este “[...] serve de crítica à nossa civilização agonizante e também de princípio inspirador de um novo paradigma de convivialidade.” Cuidar seria a base do ser humano, desde seu nascimento até sua morte. Sem o cuidado, a pessoa definharia e perderia o sentido de sua existência e como consequência morreria. Cuidar seria a afirmação da capacidade do ser humano para com seu semelhante, presente até no gesto mais simples. Afirmando que “cuidar é mais que um ato; é uma atitude representa uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.” (BOFF, 1999).
Para Brotchie e Hills (1991), o cuidar, além de uma atitude de amor e interesse por outra pessoa, é: geralmente considerado um atributo positivo – um sinal de comportamento maduro e civilizado. A capacidade de uma sociedade cuidar de seus membros menos afortunados é a marca do seu desenvolvimento.
Como o cuidado pode ser interno ou externo, quando o relacionamos com o início da ação, ou seja, cuidar-se ou ser cuidado por alguém, indicaria que este não é uma ação unilateral, porque ora cuidamos ou somos cuidados, e o resultado final seria único para a garantia do viver ou do sobreviver. Experenciamos assim, no transcorrer de nossa existência, diversas situações de cuidar e ser cuidado, que implica em conceitos como reciprocidade e solidariedade, e a troca não geraria sentimentos de dependência (DUARTE; BARROS, 2000).
Santos et al. (2002), relatam que a história do cuidado se encontra no espaço privado da família, relacionado com o cuidar materno, cuidar da família e a transmissão de experiências para as gerações posteriores. Mas que a ação de cuidar se apoia em bases científicas, com dimensões histórico-existenciais (o aprendido), dimensões estrutural-profissionais e dimensões psicoafetivas.
A autora dá ênfase ao cuidado na vida humana e considera que este é essencial para o nascimento, crescimento, desenvolvimento e sobrevivência humana e para uma morte tranqüila. Atos da cuidar são vitais pora os relacionamentos humanos, proteção de saúde, recuperação da doença e para a manutenção de modos saudáveis de vida. Leininger ainda focaliza que o cuidar de si e de outros tem sido ao longo da história um fator decisivo para a sobrevivência do homem.
BEVIS (1981) aborda o cuidado entre as pessoas de uma forma geral, não se restringindo somente à enfermagem. A autora considera o cuidado como um processo, uma forma de arte e um dos elementos essenciais à vida de qualquer indivíduo. Entende o mesmo como um sentimento de dedicação ao outro, a ponto de influenciar de forma positiva tanto a vida daquele que recebe o cuidado quanto daquele que o ministra. Portanto o objetivo maior do cuidado é a auto realização mútua. Além disso, Bevis apresenta outros objetivos do cuidado: ajudar a evitar doença, recuperar a saúde, educar a população, tomar as relações humanas entre enfermeira/cliente, relações de segurança, confiança, positiva e construtiva. Bevis refere ainda, que tanto a pessoa que ministra como aquela que recebe os cuidados são influenciadas por diversos fatores como: — A cultura que irá influenciar nas necessidades, modos, crenças e valores do cuidado. — Os custos relacionados à energia e sentimentos envolvidos com o cuidado. — Estresse, a que estão submetidas as pessoas que cuidam daquelas que são cuidadas. O aumento do estresse pode estar ligado a uma necessidade maior ou menor de cuidado. — O tempo disponível para o cuidado pode influenciar na qualidade do cuidado. O cuidado segundo Bevis é um conceito que está associado aos conceitos de amor, preocupação, dever, intimidade e sexo. Amor está associado ao cuidar porém não no sentido altruístico ou de auto sacrifício, pois o cuidado deve sempre ter saldo positivo para as partes envolvidas. Preocupação é um conceito que se aproxima muito do cuidar pois se antecipa ao cuidado, uma vez que existe o sentimento de preocupação sobre o qual a pessoa deve agir. Intimidade é considerada por BEVIS (1981), como duas pessoas compartilhando seus pensamentos e sentimentos íntimos e sentindo-se confortáveis na presença uma da outra. Dever é no sentido de que o cuidado não é realizado somente por amor, intimidade e preocupação mas também por dever. O dever que brota da responsabilidade do profissional ou familiar, da cultura ou mesmo da culpa. Sexo é uma expressão do cuidar, mas ainda assim é um conceito separado cuja expressão está em conformidade com os valores, expectativas e costumes culturais. Assim sendo, o toque por exemplo, pode ou não fazer parte do cuidar.
Para compreender a si e a própria existência o homem se descobre um ser de cuidado. Se este não receber cuidado desde o nascimento até a morte, ele desestrutura-se, definha, perde o sentido e morre. Se durante toda a vida não fizer com cuidado tudo o que cultivar, acabará por depreciar a si mesmo e por aniquilar o que estiver ao seu redor. Por isso o cuidado deve ser compreendido como essência humana.
OBJETIVO 2: EXPLICAR O CUIDADO PARA A ENFERMAGEM, IDENTIFICANDO COMO CENTRO DOS SABERES E DA PRÁTICA DA PROFISSÃO
O cuidado de enfermagem inclui ênfase no cuidar personalizado, sob um ponto de vista holístico de saúde e doença, ao indivíduo, família e grupos comunitários. Este cuidado é científico, humanístico e cognitivamente aprendido. "Científico referindo-se a julgamentos e atos de auxiliar a outros com base em conhecimentos verificados e testados. Humanístico referindo-se ao processo de auxílio, criativo, intuitivo e cognitivo, baseado em sentimentos e experiências objetivas, subjetivas e filosóficas". (LEININGER, 1984b). Esses cuidados possuem dimensões biofísicas, culturais, psicológicas, sociais e ambientais.
O cuidar é essencial à cura e permeia todos os esforços para ajudar um indivíduo a recuperar-se após uma doença. Além disso, a autora reforça que pode haver cuidado sem haver cura, porém o cuidar e o curar se apoiam e são difíceis de serem separados. Mas apesar da importância do cuidado na vida humana, e da íntima ligação entre o cuidar e curar, a autora refere que, atualmente nas várias sociedades, há uma valorização econômica muito mais para a cura médica voltada às tecnologias sofisticadas. LEININGER (1984a, 1985) enfatiza que o cuidado é a essência da enfermagem, mas que ainda assim não é reconhecido pela grande maioria dos profissionais da área.
Em realidade, o cuidado é um somatório de decisões quanto ao uso de tecnologias, de articulação de profissionais e ambientesem um determinado tempo e espaço, que tenta ser o mais adequado possível às necessidades de cada paciente.
Para outros autores, a definição do cuidado é indissociável de sua integralidade. “É o tratar, o respeitar, o acolher, o atender o ser humano em seu sofrimento, em grande medida fruto de sua fragilidade social” (LUZ apud PINHEIRO; GUIZARDI, 2004).
Cuidar é descrito como a “essência da enfermagem e característica central, dominante e unificadora” (Leininger, 1988, p. 152).
Sabemos que o cuidar pode ser visto numa perspectiva pessoal, psicológica ou cultural (Morse, Bottorff, Neander, & Solberg, 1991; Meleis, 2012), e “do ponto de vista disciplinar, o cuidado é o objeto de conhecimento da enfermagem e critério fundamental para distingui-la de outras disciplinas do campo da saúde” (Medina, 1999, p. 35).
Leininger (1978) refere que a essência da enfermagem é o cuidar e propõe uma distinção entre várias tipologias de cuidados: cuidados genéricos, cuidados profissionais, e cuidados profissionais de enfermagem. Os cuidados profissionais de enfermagem são “todos aqueles modos humanísticos e científicos, aprendidos cognitivamente, de ajudar a capacitar os indivíduos, famílias e comunidades para receber serviços personalizados através de modalidades, culturalmente determinadas, técnicas e processos de cuidado orientado à manutenção e desenvolvimento de condições favoráveis de vida e de morte” (Leininger, 1978, p. 9). Para esta autora o cuidado genérico é o cuidado inerente à condição humana, todos cuidamos e necessitamos de ser cuidados e o cuidar profissional é a atenção dirigida e intencional sobre coisas e/ou pessoas, organizado e praticado de forma profissional e não restritivamente de enfermagem. Neste mesmo sentido, podemos entender “o cuidado, no contexto de enfermagem, é a profissionalização e a cientifização da tendência instintiva e culturalmente mediada dos seres humanos como espécie para a protecção dos seus membros” (Medina, 1999, p. 42).
Margaret Jean Watson desenvolveu a Teoria do Cuidado Humano, que considera o cuidado efetivo por meio do relacionamento transpessoal, ou seja, o cuidado que transcende tempo, espaço e matéria de paciente e profissional para que formem um único elemento em sintonia, além do momento pontual da interação, de maneira a favorecer a restauração (healing)1,4. Por mais que o atendimento de enfermagem privilegie, muitas vezes, a dimensão física, com a execução de procedimentos técnicos, em um nível mais avançado do cuidado, a enfermagem é capaz de acessar os aspectos emocionais e subjetivos, de forma a objetivar a transpessoalidade, por meio da comunicação e da empatia, que podem desenvolver e manter a harmonia e a confiança necessárias para este processo1,4.
No sistema de saúde atual o enfermeiro é vislumbrado como um praticante, diante da tríade: tecnologia, enfermeiro e paciente. 9 Os enfermeiros precisam depreender que o cuidado e a tecnologia estão interligados, pois a enfermagem está comprometida com princípios, leis e teorias. Portanto, a tecnologia é representada pela expressão do conhecimento científico e em sua transformação como ciência, enquanto a filosofia possibilita ao profissional a reflexão de forma crítica e participava sobre o seu fazer.10
Nesse sentido, destaca-se aqui que a enfermagem, apesar das múltiplas atividades laborais, deve caminhar nesse novo paradigma, vencer desafios e progredir, cada vez mais, em sua missão maior - o cuidado humano. Cuidado esse, que se diferencia de outras formas de cuidar, pois na enfermagem essa ação tem um sentido e representa um ato com intenção terapêutica, que exige competência técnica, habilidade, compromisso e ética dos seus atores.11
A história da enfermagem mostra que tudo começou com a técnica, avançou para os princípios científicos, chegou à teorização do seu saber e enfrenta no momento atual o desafio de operacionalizar a sua prática, incluindo exatamente técnicas, métodos, teorias e instrumentos que auxiliem a tomada de decisão e organização do trabalho.11,12
Para tanto, é necessário que o profissional esteja empenhado com a sua prática, buscando renovar constantemente seus conhecimentos. 10 Deve também buscar sempre aproximação com o principal sentido da sua profissão, o cuidado, que se traduz por "proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a encontrar significados na doença, no sofrimento, na dor e na própria existência".13
Nessa direção, o cuidado é mais do que um ato particular ou uma virtude. É um modo de ser. É a forma como o ser humano se estrutura e se realiza no mundo com os outros, produzindo relações que se estabelecem com todas as coisas.14
Assim, compreende-se que o cuidado em enfermagem, na perspectiva ontológica heideggeriana, implica em atividades desenvolvidas pelos profissionais para e com o ser, tendo por base o conhecimento, a habilidade, a intuição, o pensamento crítico e a criatividade, que contribuirão para a promoção, manutenção e recuperação da dignidade e totalidade do ser.
É esse envolvimento voluntário, sem imposição ou tendências que precisa ser praticado pelo enfermeiro. Esse não deve cuidar ou se utilizar desse termo de forma obrigatória, mas procurando perpetrar um modo de ser autêntico capaz de manifestar sua existência.
Por fim, o cuidado na enfermagem tem base legal, competências, habilidades, técnicas, pensamento crítico, além de conhecimento e intuição.17 Entretanto, deve-se "estar consciente" e pensar sobre as formas de agir para que o cuidado em enfermagem alcance a perspectiva do cuidado apresentado por Heidegger.
OBJETIVO 3: DISCUTIR A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM NO BRASIL E NO MUNDO
· Período Pré-Cristão
Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplicar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas.
Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma ideia do tratamento dos doentes.
· Egito
Os egípcios deixaram alguns documentos sobre medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos, acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxilio aos desamparados.
· China
Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias: que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.
· ÍNDIA 
Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribuiu para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaramse conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hopitais eram usados músicos e narradoresde histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.
· GRÉCIA
 As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade, contribuindo para o progresso da Medicina e da Enfermagem. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono de doentes graves. A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças, tais como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxilia-la a reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.
Desenvolvimento das práticas de saúde durante os períodos históricos Subdivisão dos períodos relacionados com a mudança das práticas de saúde: 
• As práticas de saúde instintivas - caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que os conhecimentos dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas. 
• As práticas de saúde mágico-sacerdotais - aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde. Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes. 
• As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã. A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época. 
• As práticas de saúde monástico-medievais - Focaliza a influência dos fatores sócioeconômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem: abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. 
• As práticas de saúde pós monásticas - evidencia a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. 
• As práticas de saúde no mundo moderno - analisa as práticas de saúde e, em especial, a de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX. Enfermagem Moderna O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo disciplinarização e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas condições de salubridade. Diz-se mesmo que foi a época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente à predominância de doençasinfecto-contagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia. Período Florence Nightingale Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano além do grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Russia: é a Guerra da Criméia. Os soldados ingleses acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas das enfermeiras foram despedidas por incapacidade de Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br adaptação e principalmente por indisciplina. Florence é incomparável: estende sua atuação desde a organização do trabalho, até os mais simples serviços como a limpeza do chão. Aos poucos, os soldados e oficiais um a um começam a curvar-se e a enaltecer esta incomum Miss Nightingale. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida. Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1859. Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteiormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos. Nas primeiras escolas de Enfermagem o médico foi, de fato, a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderia colocar nas mãos das enfermeiras Florence morre a 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica
Primeiras Escolas de Enfermagem Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a domicílio em New York. As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola de Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave: 1. O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro público. ter 2. As escolas de treinamento deveriam uma estreita associação com os hospitais, mas manter sua independência financeira e administrativa. 3. Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem. Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br 4. As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável, próximo ao hospital.
História da Enfermagem no Brasil 
• Período colonial A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira - compreende desde o período colonial até o final do século XIX e analisa a organização da Enfermagem no contexto da sociedade brasileira em formação. Desde o princípio da colonização foi incluida a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal. A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaurgurada em 1880, com a presença de D.Pedro II e Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br Dona Tereza Cristina. No que diz respeito à saúde do nosso povo, merece destaque o Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses; foi além: atendia aos necessitados do povo, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais comuns. A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuciosamente descritas. Supõe-se que os Jesuitas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles. Não há registro a respeito. Outra figura de destaque é Frei Fabiano de Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antonio do Rio de Janeiro, (Séc. XVIII). Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio Andrada e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil. No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes a novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata sobre a Enfermagem. Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Imperio, raros nomes de destacarm e, entre eles, merece especial menção o de Ana Neri. Ana Neri Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Neri, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros. Ana Neri não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos.Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no Edifício do Paço Municipal. O governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Ana Neri como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar. Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil (Século XIX) Ao final do século XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso território com um contigente populacional pouco elevado e disperso, um processo de urbanização lento e progressivo já se fazia sentir nas cidades que possuíam áreas de mercado mais intensas, como São Paulo e Rio de Janeiro. As doença infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-se rápida e progressivamente. A questão saúde passa a constituir um problema econômico-social. Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões externas, assume a assistência à saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena Revitaliza, através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Saúde Pública, incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br Soroterápico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz. Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil. A formação de pessoal de Enfermagem - para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e posteriormente, às atividades de saúde pública - principiou com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO. Cruz Vermelha Brasileira A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, tendo como primeiro presidente Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918). Fundaram-se filiais nos Estados. Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), colaborou na organização de postos de socorro, hospitalizando doentes e enviando socorristas a diversas instituições hospitalares e a domicílio. Atuou também socorrendo vítimas das inundações, nos Estados de Sergipe e Bahia, e as das secas do Nordeste. Muitas das socorristas dedicaram-se ativamente à formação de voluntárias, continuando suas atividades após o término do conflito. Saúde Pública No desenvolvimento das organizações sanitárias no Brasil, aparecem dois grandes médicos: Oswaldo Cruz, responsável pela criação da medicina preventiva entre nós e Carlos Chagas, pela sua contribuição à enfermagem em Saúde Pública. Em 2 de janeiro de 1920, pelo Decreto 3.987, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública. No setor de Profilaxia da Tuberculose, iniciou-se o serviço de visitadores. No ano seguinte, pensou-se em estender essa assistência ao setor de doenças venéreas e outras doenças Retirado do site da ABEN/PE www.abenpe.com.br transmissíveis. Por iniciativa de Carlos Chagas, então diretor do Departamento, e com a cooperação da Fundação Rockfeller, chegou ao Rio, em 1921, um grupo de enfermeiras visitadoras que iniciou um curso intensivo. Fundada a Escola Ana Néri, as primeiras alunas foram logo contratadas pelo Departamento Nacional de Saúde Pública. Teve início então um trabalho de educação sanitária nos setores de profilaxia da tuberculose e higiene infantil, estendendo-se depois, à higiene pré-natal e visitação aos portadores de doenças transmissíveis.
OBJETIVO 4: DISCUTIR A TEORIA DE FLORENCE NIGHTINGALE (FUNDAMENTOS, PRESSUPOSTOS, CONCEITOS E APLICABILIDADE)
· AMBIENTE É IMPORTANTE
· VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO
· RUÍDO
· LUZ
· VARIAÇÃO
· CAMA E ROUPAS DE CAMA
· LIMPEZA PESSOAL
· NUTRIÇÃO E INGESTA DE ALIMENTOS
· CONVERSANDO SOBRE ESPERANÇAS E CONSELHOS
· PROCESSO DE ENFERMAGEM:
· PERGUNTAR AO CLIENTE O QUE É NECESSÁRIO OU DESEJADO
· OBSERVAÇÃO – ELA USAVA OBSERVAÇÕES PRECISAS RELATIVAS A TODOS OS ASPECTOS DA SAÚDE FÍSICA DO CLIENTE E DO AMBIENTE
· DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: SÃO BASEADOS NA ANALISE DAS CONCLUSÕES OBTIDAS DA INFORMAÇÃO INVESTIGATIVA. OS DADOS DEVERIAM SER USADOS COMO BASE PARA A FORMAÇÃO DE QUALQUER CONCLUSÃO
· PLANEJAMENTO: IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE ENFERMAGEM NECESSÁRIAS PARA MANTER OS CLIENTES CONFORTÁVEIS, SECOS E NO MELHOR ESTADO PARA A ANATUREZA AGIR. O PLANEJAMENTO É ENFOCADO NA MODIFICAÇÃO DO AMBIENTE PARA FAVORECER A CAPACIDADE DO CLIENTE DE RESPONDER AO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
· Implementção tem lugar no ambiente que afeta o cliente e envolve a realização de ações que modifiquem esse ambiente
· Avaliação: está baseada no efeito das modificações do ambiente sobre a capacidade do cliente para recuperar a saúde com menor gasto de energia.
COMPONENTES ESTRUTURAIS DA TEORIA AMBIENTALISTA 
Realizando a descrição da teoria, os primeiros componentes a serem verificados são os estruturais, os quais são divididos em três itens: o primeiro, averigua as pressuposições da teoria ambiental. Pressupostos ou pressuposições advém de dados, anteriormente determinados, baseados em fatos reais que foram provados, são verdadeiros, ou que podem ser testados para serem provados. As pressuposições podem ser divididas como forma de origem, em duas modalidades; a explícita, que é descritiva pela autora, e a implícita, que surge dos questionamentos e dúvidas dela13. De acordo com estudos realizados, Florence partiu de pressupostos para realização de seu trabalho. Por exemplo, 80 Enferm. Foco 2018; 9 (2): 79-83 ARTIGO 15 ANÁLISE DESCRITIVA DA TEORIA AMBIENTALISTA DE ENFERMAGEM Clarissa Maria Bandeira Bezerra, Bárbara Coeli Oliveira da Silva,Richardson Augusto Rosendo da Silva, Milva Maria Figueiredo de Martino, Akemi Iwata Monteiro, Bertha Cruz Enders ela propôs que para uma casa ter seres saudáveis deveria possuir cinco itens; ar puro, água pura, drenagem eficiente, limpeza e luz. Ela citou que os edifícios deveriam ser construídos com base nessas necessidades. Dessa forma, as residências onde continha os enfermos e a relação com os familiares, todos essas alíneas deveriam estar presentes5 . Ao refletir sobre essas ideias, chega-se a pensar que nelas se insere o pressuposto de que a saúde do ser humano e o ambiente saudável são elementos essenciais da vida. Quanto aos conceitos, devem ser analisadas a compreensão e apresentação, quais suas abrangências e limitações. Atenta-se para a consideração de conceitos se são primitivos, originais, formulados para uma determinada teoria ou se derivam de alguma outra, previamente lançada, mas com uma abordagem diferenciada13. Como teoria, a proposta de Florence envolve quatro conceitos que o profissional de enfermagem deve levar em consideração no cuidar. O primeiro conceito define o homem indivíduo, como capaz de interferir em sua doença; o segundo, indica que é a enfermagem que proporciona a circunstância da ação da natureza; o terceiro, tem como base teórica a saúde/doença em que deve haver a melhora; por fim o quarto, refere a sociedade/ ambiente como condições externas que interferem na vida e na pessoa, sendo que o cerne deste conceito encontra-se na aeração, quentura, cheiro, ruídos e luminosidade4 . O último item dos componentes estruturaissão as proposições. Na verificação destas, deve-se levar em consideração que a proposição é uma explicação, que expõe as características e a grandeza de uma concepção. As proposições juntam duas ou mais concepções para elucidálas e justificá-las. Proposições podem ser divididas em dois tipos, de acordo com a utilidade: existencial, que elucida o acontecimento e a comprovação deste; e a relacional, que envolve a conexão dos vários tipos de proposições13. A seguir, alguns exemplos das proposições relacionados aos conceitos abordados nos escritos de Florence: dos conceitos de ventilação e aquecimento, surge a proposição de manter temperatura moderada; do conceito de condições sanitárias das casas, propõe manter o ar e a água puros. A partir do conceito de gestão básica de atividades, propõe que se um quarto está abandonado, pode contaminar toda a habitação; do conceito de ruído, sugere que os ruídos são desnecessários; do conceito de variedades, propôs a cor e a forma como instrumentos de recuperação. Embasada no conceito de alimentação, propôs que em casos de doença crônica, muitas vezes, os doentes morrem desnutridos; sobre o conceito de que tipos de alimentos propõe que a observação e não a química deve decidir a dieta do doente. Dos conceitos das camas e roupas de cama, surge a proposição de que a cama não deve ser muito alta; com relação ao conceito de iluminação, propõe que a iluminação é essencial à saúde e à recuperação do doente. O conceito de limpeza de quarto e paredes é exemplificado pela sujidade dos tapetes; do conceito de higiene pessoal, propôs que o arejamento e a limpeza da pele são igualmente essenciais. A concepção de observar dos doentes como conceito inserido na utilidade da pergunta: está melhor?5 . COMPONENTES FUNCIONAIS DA TEORIA AMBIENTALISTA Quanto à primeira questão proposta por Meleis ao descrever a função de uma teria, é: que se refere ao foco? Ou seja, a quem a referida proposta está dirigida. No caso da teoria de Florence, pode-se afirmar que ela está direcionada para o cuidado de enfermagem ao ser humano e sua interrelação com o meio ambiente5 . No tocante às definições que a teoria apresenta, há quatro conceitos principais (humano, ambiente, saúde e enfermagem) que combinam em uma ampla visão de mundo, na qual deve ser contextualizada ao profissional de enfermagem. O controle do ambiente é o conceito principal nos escritos de Nightingale, mediante as condições e influências externas que comprometem a vida e o desenvolvimento do organismo, capazes de preceder, eliminar ou colaborar para a saúde(5,14). A definição deixa evidente que tudo que se encontra ao redor do sujeito vai influenciar e determinar as condições de saúde e sua recuperação2 . No que concerne a indicação de intervenção, a teoria traz que o cuidado de enfermagem deve ser focado na importância da higiene ambiental. Para Florence, limpeza, ar fresco, aspectos sanitários, conforto e socialização são necessários para cura. Sendo necessário um controle deste ambiente por meio de observação e supervisão rigorosa5,2. O enfermeiro deve adequar o ambiente do paciente para regulação do nível apropriado de ruídos, nutrição, higiene, iluminação, conforto, socialização. O foco para a intervenção está em consonância com a teoria. Nota-se a inexistência de um plano para tratar as possíveis consequências, caso a meta prevista não seja alcançada e não é claro quais seriam os resultados da ação de enfermagem
OBJETIVO 5: DISCUTIR A LEI 7.498, ABORDANDO AS DIFERENTES CATEGORIAS DA PROFISSÃO
OBJETIVO 6: EXPLICAR A INFLUÊNCIA DO CAMPO SOCIAL E POLÍTICO NAVALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENFATIZANDO AS PRINCIPAIS ENTIDADES
1. Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn 
Sociedade civil sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". É uma entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial Em 1929, no Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N). Por um espaço de tempo a associação ficou inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Seções Estaduais, Coordenadorias de Comissões. Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52 Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn. Atualmente a ABEn, com sede em Brasília, funciona através de Seções formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades Federativas da União. Finalidades da ABEn:
• Congregar os enfermeiros e técnicos em Enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes; 
• Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do País. 
• Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão. 
2. Sistema COFEN/COREN'S 
Histórico Criação - Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de Enfermeiros , e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem Em cada estado existe um Conselho Regional os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com escritório Federal em Brasília. Direção - Os Conselhos Regionais de Enfermagem, são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições. O mandato dos membros do COFEN/COREN's é honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos CORENs. 
Receita - A manutenção dos Sistema COFEN/CORENs é feita através da arrecadação de taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações , legados e outros, dos profissionais inscritos nos CORENs. 
Finalidade - São entidades públicas de direito privado vinculadas ao Poder Executivo, na esfera da fiscalização do exercício profissional. O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra. Competências - Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) órgão normativo e de decisão superior: 
• normatizar e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais; 
• esclarecer dúvidas apresentadas pelos COREN's; · apreciar decisões dos COREN's, homologando, suprindo ou anulando atos praticados por este; 
• aprovar contas e propostas orçamentária de autarquia, remetendo-as aos órgãos competentes; 
• promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional; 
• exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei. - Conselho Regional de Enfermagem (COREN) - órgão de execução, decisão e normatização suplementar: 
• deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento; • disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes gerais do COFEN; 
• executar as instruções e resoluções do COFEN;
 • expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao exercício da profissão, a qual tem validadeem todo território nacional; 
• fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo as penalidades cabíveis;
 • elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;
 • zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem;
 • propor ao COFEN medidas visando a melhoria do Exercício Profissional; 
• eleger sua diretoria e seus delegados eleitores a nível central e regional; 
• exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN. Sistema de Disciplina e Fiscalização O Sistema de Disciplina e Fiscalização do Exercício Profissional da Enfermagem, instituído por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resoluções do COFEN. O Sistema é constituído dos seguintes objetivos:
 - área disciplinar normativa - estabelecendo critérios de orientação e aconselhamento, para o exercício de Enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como atividade na área de Enfermagem nas empresas, consultórios de Enfermagem, observando as peculiaridades atinentes à classe e a conjuntura de saúde do país. 
- área disciplinar corretiva - instaurando processo em casos de infrações ao Código de Ética do Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de empresa, processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplicações das penalidades cabíveis; encaminhando às repartições competentes os casos de alçada destas. 
- área fiscalizatória - realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorência de infrações à legislação que regulamenta o exercício da Enfermagem; inspecionando e examinando os locais públicos e privados, onde a Enfermagem é exercida, anotando as irregularidades e infrações verificadas, orientando para sua correção e colhendo dados para a instauração dos processos de competência do COREN e encaminhando às repartições competentes, representações.
REFERÊNCIAS
Boehs, Astrid Eggert, and Zuleica Maria PATRíCIO. "O QUE É ESTE" CUIDAR/CUIDADO"?—UMA ABORDAGEM INICIAL." Revista da Escola de Enfermagem da USP 24.1 (1990): 111-116.
Savieto, Roberta Maria, and Eliseth Ribeiro Leão. "Assistência em Enfermagem e Jean Watson: Uma reflexão sobre a empatia." Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 20.1 (2016).
dos Santos, Ariane Gomes, et al. "O cuidado em enfermagem analisado segundo a essência do cuidado de Martin Heidegger." Revista Cubana de Enfermería 33.3 (2017).
AS PRÁTICAS DE SAÚDE AO LONGO DA HISTÓRIA E O DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM. ABEN
George, Julia B. "Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional." Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional. Artes Médicas, 1993.]
Bezerra, Clarissa Maria Bandeira, et al. "Análise descritiva da teoria ambientalista de enfermagem." Enfermagem em Foco 9.2 (2018).

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