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TCE-RO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Pós-edital ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA Livro Eletrônico MANUEL PIÑON Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos. Foi aprovado nos seguintes concursos públicos: 1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010; 2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con- troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé- rio da Transparência) em 2008; e 3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998. MANUEL PIÑON Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos. Foi aprovado nos seguintes concursos públicos: 1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010; 2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con- troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé- rio da Transparência) em 2008; e 3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br 3 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Planejamento e programação orçamentária e financeira ...................................5 1.1 - Planejamento .....................................................................................5 1.2 - Sistema de planejamento e de orçamento federal ...................................6 1.3 – Programação orçamentária e financeira .................................................9 2. Execução orçamentária e financeira .........................................................17 3. Sistema de informações .........................................................................29 3.1 - SIAFI ..............................................................................................30 3.2 - CPR - Contas a Pagar e a Receber .......................................................37 3.3 - SIOP ...............................................................................................40 Resumo ...................................................................................................43 Mapa Mental ............................................................................................51 Questões de Concurso ...............................................................................52 Gabarito ..................................................................................................63 Gabarito Comentado .................................................................................64 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Olá, amigo(a) concurseiro(a)! O nosso objetivo hoje, nesta aula, é conhecer um pouco mais acerca do Pla- nejamento e da Programação e Execução Orçamentária e Financeira do Orçamento Público, passando pelo conhecimento dos principais Sistemas de In- formações relacionados a eles. Contábil Prestação de Contas do TCE Programação Financeira Arrecadação Reserva de Dotação Empenhamento RH e Folha de pagamento Receitas Municipais PatrimônioCompras e Licitações Controle de Frotas Administração de Material Integração Cronograma de Desembolso Ordens de Pagamento Liquidação Execução Orçamentária PPA Orçamento LDO P la n ej am en to Eventos Geração Como diria Thomas Edison:“Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”. Então, vamos TRANSPIRAR e resolver juntos muitas questões! Boa aula! Prof. Manuel Piñon O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 1.1 - Planejamento A etapa do Planejamento, que ocorre antes da Execução Orçamentária, compreende a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a pro- gramação orçamentária e financeira, e o processo de licitação [e contratação]. Hoje vamos conhecer a Programação Orçamentária e Financeira e a des- centralização/movimentação de créditos e recursos. É importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o Ci- clo Orçamentário em sentido amplo, que, por sua vez, abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da Lei Orçamentária Anual. Em verdade, o Ciclo Orçamentário, também chamado de Processo Orçamen- tário, pode ser definido como: um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, aprovam, execu- tam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e financeiro. É o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Graficamente, o Ciclo Orçamentário tem a seguinte forma: Planejamento Execução Controle Elaboração O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Em apertada síntese, o planejamento reflete a tentativa do administrador público de receber e compreender corretamente as deman- das da sociedade, estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações prioritárias. Numa última etapa, o Poder Público fiscali- zaria e controlaria os gastos efetuados, a fim de verificar a acuidade da programação. A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da integração entre o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao estabelecer, no artigo 5º, que o projeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias [e com a própria LRF], e deverá conter, em anexo próprio, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes [do Anexo de Metas Fiscais]. 1.2 - Sistema de planejamento e de orçamento federal O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, assim como os sistemas de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal são regulados e organizados pela Lei n. 10.180/2001. Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do administrador público de receber e compreender corretamenteas deman- das da sociedade, estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações prioritárias. É importante registrar que o Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, que tem o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão como órgão central, compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, pro- gramas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Além do órgão central, integram o sistema os órgãos setoriais, que são as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República, e os órgãos específicos vinculados ao órgão central do sistema. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP Órgão Vinculados ou Subordinados ao MP Sistema de Planejamento e Orçamentário Federal ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO Órgão Central Órgão Setorial Órgãos Específicos Unidades Orçamentárias Unidades de Planejamento e Orçamentário nos Min., AGU, VPR e CCPR Unidades com conjunto de serviços atribuídos ao Órgão que tenha dotação própria No artigo 5º da Lei n. 10.180/2001 são dispostas as finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal: I – formular o planejamento estratégico nacional; II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social; III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais; IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal; V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal. No âmbito do artigo 5º da Lei n. 10.180/2001 ganha força a autonomia admi- nistrativa e financeira presente no artigo 99 da CF/88, mas essa autonomia não é ilimitada. Confira: Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Já o artigo 7º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Siste- ma de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do PLANEJAMENTO: I – elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de desenvolvimento econômico e social; II – coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item metas e prioridades da Administração Pública Federal, integrante do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos os Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponíveis; II – acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos itens acima, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações do Governo; III – assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos pro- gramas, projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da sua programação; IV – manter sistema de informações relacionado a indicadores econômicos e sociais, assim como mecanismos para desenvolver previsões e informação estratégica sobre tendências e mudanças no âmbito nacional e internacional; VI – analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de finan- ciamento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio gerencial e institucional à sua implementação; VII – realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e análises de políticas públicas; VII – estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as quais são consideradas, para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Por seu turno, o artigo 8º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO: I – coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais; II – estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual; III – realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoa- mento do processo orçamentário federal; IV – acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da com- petência atribuída a outros órgãos; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon V – estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua harmonização com o planejamento e o controle; VI – propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das diversas esferas de governo. Assim, a Execução Orçamentária deve estar atrelada a “um processo eficaz de planejamento” e não deixa de ser “um instrumento de políticas públicas”. Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas ilimitadas, ou seja, em ambiente de restrições, é fundamental otimizar o uso dos recursos por meio de boas práticas de planejamento integradas ao acompanha- mento e controle da execução financeiro-fiscal. Assim, a integração do Planejamento à Execução Orçamentário-finan- ceira, em especial por meio da Programação Financeira de gastos e arrecadações, ganha enorme importância, de modo a atender a necessidade de se controlar a Execução Financeira por meio de sistema de informações, como forma de incre- mentar a transparência pública. As informações obtidas pela fiscalização e pelo controle dos gastos públicos, nas quais estarão destacados as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão orientar o planejamento para o exercício subsequente. 1.3 – Programação orçamentária e financeira Tenha em mente que a Programação Orçamentária e Financeira nada mais é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente. Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a ve- locidadede execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos programas anuais de trabalho, realizados por meio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação vigente. Lembre-se de que as diretrizes gerais da Programação Financeira da des- pesa autorizada na Lei Orçamentária Anual (LOA) são fixadas em Decreto. O SIAFI nada mais é do que o “principal instrumento de registro, acompanha- mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal”. No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa gestão pública. Abaixo podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP no âmbito orçamentário e financeiro: COMPRA CONTRATO ORÇAMENTO SIAFI SIOP SIASG PAGAMENTO LIQUIDAÇÃO EMPENHO O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) é um sistema de informações usado para fins de “registro, acompanha- mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal”, sendo o Tesouro Nacional o seu órgão responsável. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Lembre-se de que: o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais ins- talados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta Federal, das autarquias, funda- ções e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União. O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do SIAFI. Muitos [sic] são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para regis- trar as informações pertinentes tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Programação Financeira e o Balanço Geral da União. Já o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Fede- ral (SIOP) surgiu com a integração dos sistemas SIDOR e SIGPLAN, já existentes no Planejamento e Orçamento Federais. O sistema tem como ideais a otimização de procedimentos, a redução de custos, e a integração de informações fundamentais para a gestão pública e está sob responsabilidade da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão integrante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Destaque-se que o SIOP integrou em um só sistema as funções do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN), responsável pelo Plano Plurianual (PPA), e do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SI- DOR), que gerenciava o Orçamento (LOA). Ou seja, por meio do SIOP, os órgãos centrais, setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passaram a ter um único sistema para alimentar e atualizar o cadastro de programas e ações, es- tando sob a responsabilidade da SOF – MPOG. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/programacao-financeira http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/balanco-geral-da-uniao 12 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon É importante deixar registrado que, de acordo com o Manual Técnico do Or- çamento (MTO), que orienta elaboração da proposta orçamentária, “o sistema de informação a ser utilizado é o SIOP”. Nessa pegada, “com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais deta- lham [a proposta orçamentária] no SIOP [com] a abertura dos limites de despesa no âmbito da estrutura programática da despesa”, com exceção do “detalhamen- to da proposta orçamentária para as despesas com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz espeito aos encargos financeiros da União”, que é realizada diretamente pela SOF de forma centralizada. Do ponto de vista quantitativo, a programação orçamentária realizada no SIOP tem a dimensão física e a dimensão financeira, sendo que “a física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues”, e a financeira “estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária”. Lembre-se ainda de que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA são fixadas em Decreto. Nesse contexto, merece destaque a previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964, que estabelece que, logo depois de promulgada a LOA e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária poderá usar. Essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em função, por exemplo, das oscilações na receita pública. A LRF melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a ela- boração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º com grifos nossos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dis- puser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o crono- grama de execução mensal de desembolso. Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD) será definido comosendo um instrumento que detalha, em nível operacional, os subprojetos e subatividades constantes da Lei Orçamentária Anual, especificando as Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a Execução Orçamentária. É importante lembrar-se de que “Executar o Orçamento” é, em verdade, “reali- zar as despesas públicas nele previstas”, seguindo aqueles três estágios da execu- ção das despesas previstos na Lei n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento. Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Go- verno Federal, o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que nada mais é do que o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício. É importante destacar ainda que, além daqueles créditos orçamentários pre- vistos na LOA, a programação da Despesa Orçamentária precisa levar em conta também os créditos adicionais e as operações extra orçamentárias. Programação Financeira Para que seja bem elaborada, a Programação Financeira exige profundo conhe- cimento técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tributos que compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado. 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A esse conjunto de atividades damos o nome de Programação Financeira. Abaixo um resumo sistematizado da Programação Financeira: Programação Financeira MF STN Órgão central Disposição dos recursos $ aos órgãos setoriais em suas contas-correntes do BB (S\A) Órgão setorial Sec. De Administração Geral dos Ministérios Civis e órgãos equivalentes da PR e dos Comandos Militares *Transferência de recursos $ entre órgão de estruturas administrativas diferentes UG: UC ou UA Movimentação interna de recursos $ realizado pela OSPF MIN. “A” Órgão Setorial MIN. “A” UG MIN. “B” Órgão Setorial MIN. “B” UG COTA(OB)COTA(OB) SUB-REPASSE (OB) SUB-REPASSE (OB) REPASSE (OB) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon É importante destacar que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, existindo uma hierarquia entre eles: 1 - Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o órgão central; 2 - Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOAs) (ou equivalentes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF); e 3 - Unidades Gestoras Executoras (UG). Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão central é o órgão setorial. Este último pode descentralizar -se ainda para a UG. Ou seja: quem realiza as descentralizações SÃO o órgão central e o órgão se- torial. Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e no maior controle sobre os gastos públicos, tanto para equilibrar os orçamentos como para indicar transparência dos compromissos governamentais com a Dívida Pública, de modo a fomentar e a man- ter expectativas claras e objetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das suas despesas: Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e corre- ção das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cum- primento das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu comportamento para os dois subsequentes. Infelizmente, a Programação Financeira é usualmente submetida à “vontade po- lítica do governo”, já que o Orçamento “é uma lei autorizativa (não obriga, apenas autoriza a execução dos programas de trabalho nela contidos)”. Na prática, a Execução do Orçamento deve “estar atrelada ao real in- gresso de recursos”, ou seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são liberados para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira destes, para a execução dos seus programas de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Nessa pegada, “acaba ficando a critério do Governo executar este ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária”. É importante informar ainda que, “como cada secretaria ou órgão tem um pra- zo determinado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos”, que reflete “as saídas de recursos financeiros”, “a Secretaria de Tesouro” − ou correspondente Estadual, Distrital ou Municipal − “deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo, procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro” (despesas e receitas), “a fim de obter um fluxo de caixa” mais de acordo com “a política fiscal e monetária do governo”. Na prática, “todo esse processo ocorre dentro de sistema informatizado”, sendo tarefa de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu órgão setorial de programação. O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e sub- metê-la ao órgão central de programação financeira. Dessa forma o sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução. O Cronograma de Desembolso é “parte da Programação Financeira de Desembolso”, já que: representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e ativi- dades a cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para pagamento dessas despesas. Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que [o cronograma de desembolso], pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas no caixa do Tesouro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 17 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon 2. Execução orçamentária e financeira A “Execução Orçamentária completa-se com a Execução Financeira”. Esta passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o aten- dimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta. A correta gestão pública, pautada em uma Execução Orçamentária e Financeira eficiente, advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será real- mente realizado. Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos conceitos de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. A fim de se evitar o comprometimento de Recursos Orçamentários que pode- riam ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arreca- dação da receita, o Presidente da República publica, anualmente, um Decreto de Contingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem. Na prática, “a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemente, por estarem atreladas uma a outra”. Se existir orça- mento e não houver o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não exista dispo- nibilidade orçamentária. Visando “estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a Execução Orçamentária e a Execução Financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos e processos pertinentes”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Desc. Externa RepasseDesc. Externa Desc. interna Desc. interna Sub-repasse Repasse Sub-repasse Cota STNSOF UG UGUG UGUG UG Ministério A Ministério AMinistério B Ministério B Ministério C Entidade Supervisionada Entidade Supervisionada Ministério C ORÇAMENTÁRIO Descentralização de Crédito FINANCEIRO Movimentação de Recurso Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de recursos. Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento, via Secretaria de Orçamento Federal (SOF), é o órgão central responsável pelo orçamento, enquanto que o Ministério da Fazenda, via Secre- taria do tesouro Nacional (STN) é o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que “tanto os créditos orçamentários quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre unidade gestoras”. Vale destacar que: a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os órgãos se- toriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão central de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota. Amovimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimen- tação de recursos é chamada de sub-repasse. Registre-se ainda que “essas movimentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI”. Lembre-se, portanto, de que a Execução Orçamentária pode ser definida sim- plesmente como “a utilização dos créditos consignados” na Lei Orçamentária Anual – LOA, ou seja, “a execução orçamentária é a utilização dos CRÉDITOS con- signados no orçamento”. Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a “utilização de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades” Orçamentárias pelo Orçamento. Lembre-se que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabele- cido no artigo 165 da CF/88 que determina “a necessidade do planejamento das ações de governo por meio do Plano Plurianual de Investimentos - PPA, daLei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e daLei Orçamentária Anual - LOA” As etapas seguintes à publicação da LOA, a nível federal, devem estar em con- sonância com as normas de Execução Orçamentária e de Programação Financeira da União. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this 20 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Volto a destacar que após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária. De acordo com a Portaria MPOG n. 42/1999, projeto é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. A mesma portaria define atividade como um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais re- sulta um produto necessário à manutenção da ação de governo. Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as infor- mações orçamentárias − fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal lançadas no SIAFI. Isso ocorre “por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação (ND)”, criando-se assim o “crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita”. Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária existente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela des- centralização e/ou pela execução desses créditos recebidos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 21 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Lembre-se de que o Sistema Integrado de Administração Financeira para Es- tados e Municípios (SIAFEM) é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), que se baseia no Sistema Integrado de Ad- ministração Financeira do Governo Federal (Siafi), customizado para atender os estados e municípios. Esse sistema é utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparên- cia, eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando assim a apreciação de contas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Con- trole Externo representados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas. Seguindo, a próxima etapa é a do Detalhamento do Crédito Orçamentário. Esse procedimento “normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão funcional dos atos de execução orçamentária. Existem “quatro ti- pos de detalhamento de crédito no SIAFI: de fonte de recursos – FR, de natureza da despesa – ND, de Unidade Gestora responsável – UGR e de plano interno – PI”, que formam, em seguida, a chamada “célula orçamentária”. É importante lembrar-se de que “Executar o Orçamento” é, em verdade, “reali- zar as despesas públicas nele previstas”, seguindo aqueles três estágios da execu- ção das despesas previstos na Lei n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento. Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas. Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existentes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República, ainda que para os créditos que visem O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Ministério Pú- blico da União. As Emendas aos Orçamentos Anuais ou aos créditos adicionais − que deverão ser compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o Plano Plurianual − podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta. Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessidade de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamentar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova, a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indicados os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais. Ainda de acordo com a CF/88, em seu artigo 168, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. A fim de se evitar o comprometimento de Recursos Orçamentários que pode- riam ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arreca- dação da receita, o Presidente da República publica, anualmente, um Decreto de Contingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento impositivo”, que “tornou obrigatória a execução da pro- gramação orçamentária relativas às emendas individuais” à LOA por parte dos congressistas, tais emendas “serão aprovadas no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) prevista no projeto” de LOA encaminhado ao Congresso Nacional. Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito doutrinário de “orçamento impositivo”, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada. Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que estabelecer o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do Ato das Disposi- ções Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/88: Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer- cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que, a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e exe- cução das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor do Exercício anterior acrescido do IPCA de 12 meses. O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “res- tos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinham previsão em legislação infraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser con- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon siderados, até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais. Execução financeira A FASE INICIAL da Execução Financeira ocorre por meio da Programação Finan- ceira, comentada adiante. Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos fi- nanceiros necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos programas de trabalho definidos, ou seja, “a execução financeira representa a utilização dos RECURSOS financeiros” para “atender à realização dos projetos e atividades” atribuídos a cada unidade. É importante destacar que, em termos de Execução Financeira, quando falamos em RECURSO, falamos de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque daExecução Financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que, por sua vez, é dotação ou autorização de gasto ou sua descentralização (enfoque da execução orçamentária). Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/64, o Exercício Financeiro é o tem- po compreendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a Administração promove a Execução Orçamentária e demais fatos relacionados com as Variações Qualitativas e Quantitativas que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse. 1) Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de programação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, da perspectiva orçamentária. 2) Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de progra- mação financeira para entidades da administração indireta e de entidades da adminis- tração indireta para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de crédito (movimentação externa), da perspectiva orçamentária. 3) Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras pertencentes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito (movimentação interna), da perspectiva orçamentária. Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerra- -se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da União, é importante frisar que isso “se faz exclusivamente por meio de uma Ordem Bancária (OB)”, via Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como à transferência de recursos en- tre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins. Portanto, lembre-se de que “a Ordem Bancária é o único documento de transferência de recursos financeiros”. Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acon- tece, normalmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao BACEN, no prazo de um dia. 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O pagamento entre Unidades Gestoras “ocorre mediante a transferência de limite de saque”, que é a disponibilidade finan- ceira da UG on-line, existente na Conta Única. Ainda no âmbito da Execução Financeira, merece destaque o fato de que a Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, acolhe to- das as disponibilidades financeiras da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Essa conta constitui importante instrumento de controle das finanças públicas, uma vez que per- mite a racionalização da administração dos recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os processos de transferência e descentrali- zação financeira e os pagamentos a terceiros. O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Administração Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, determinou ao Ministério da Fazenda que implementasse: a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro Nacional, através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União, de forma a garantir: maior economia operacional e a racionalização dos procedimentos relativos a execução da programação financeira de desembolso. Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constituição de 1988, quando: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diversos agen- tes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo operacionalizada no SIAFI. SIAFI CONTA ÚNICA RECOLHIMENTOS RECEBIMENTOS PAGAMENTOS PAGAMENTOS PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS EXTERNOS GOVERNO BANCO EMPRESA ENTIDADES EXTERNAS Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacional em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/86. Ainda no âmbito da Execução Orçamentária e Financeira, merece destaque a figura do Ordenador de Despesas, que, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do Decreto-Lei n. 200/1967, é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições “movimen- tar créditos orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos”. Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capa- citação em áreas como Administração Financeira e Orçamentária, Licitações e Con- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon tratos, Obras, Recursos Humanos, Contabilidade Pública, Transparência, Controle Patrimoniais, etc. Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por “centralizar as decisões finais sobre diversas áreas administrativas”, exercendo um papel de lide- rança na gestão de uma entidade pública. É interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, e que esse papel é exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Execu- tivo ou até mesmo por um Presidente de órgão ou entidade. Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Des- pesa é registrado com “esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos”que gerem o sistema financeiro da entidade “e também junto aos Tribunais de Contas”. Com entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a impor- tância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais. Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesa necessariamente preci- sa ser um servidor público, seja “ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vínculo efetivo, ou mesmo empregado público”, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento, verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo, assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública. É importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima relação com o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser gasto com a verificação da existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela forma, de modo que todas as despesas tenham respaldo na lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obrigatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesa”, documento em que o ordenador de despesa declara que a despesa tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com o PPA. Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase do empenho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existên- cia de dotação orçamentária, necessária e suficiente. Há situações em que existe a dotação orçamentária, mas ainda não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação. Nesses casos, esse servidor precisa fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a Programação Financeira. 3. Sistema de informações No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa Gestão Pública. Abaixo podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP no âmbito orçamentário e financeiro: COMPRA CONTRATO ORÇAMENTO SIAFI SIOP SIASG PAGAMENTO LIQUIDAÇÃO EMPENHO O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon 3.1 - SIAFI O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) é o sistema de informações usado para fins de registro, acompanhamento e controle da Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial do Governo Fede- ral, sendo o Tesouro Nacional o órgão responsável por ele. Nos primórdios, o SIAFI era usado apenas pelo Poder Executivo, mas, hoje em dia, ele é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empre- sas estatais dependentes. Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI. 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Ainda segundo o site da STN, o SIAFI trouxe as seguintes vantagens para a Administração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública: Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu trabalho; Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na Conta Única no Banco Central; Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira; Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são mais de 4.000 gestores cadastrados, que executam seus gastos através do sistema de forma “on-line”; Desconto na fonte de impostos : no momento do pagamento, já é recolhido o im- posto devido; Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público; Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em relatórios publicados no site. Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 contas bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon implantação do SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos pagamen- tos são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasa- gem de, no máximo, cinco dias. Além disso, segundo a STN, o SIAFI apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem de outros sistemas em uso no âmbito do Governo Federal: - Sistema disponível 100% do tempo e on-line; - Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho; - Interligação em todo o território nacional; - Utilizaçãopor todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo e Judiciário); - Utilização por grande parte da Administração Indireta; e - Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o SIAFI, para efeito de consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Federal - à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a participação acionária do Governo - e para proporcionar transparência sobre o total dos recursos movimentados. Vamos conhecer agora os principais documentos do SIAFI. A entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contábil é efe- tuada através dos seguintes documentos: 1) DARF ou DF -Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF Eletrô- nico: é o documento que permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas pelos Órgãos e Entidades, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. 2) GPS ou GP - Guia da Previdência Social - GPS Eletrônica: é o documento que permite registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. 3) NC - Nota de Movimentação de Crédito: é o documento que permite registrar a movimentação de créditos interna e externa e suas anulações. 4) ND - Nota de Dotação: é o documento que permite registrar as informações orça- mentárias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos previstos na LOA. Também permite a inclusão de créditos no orçamento não previstos inicialmente e o registro do desdobramento do plano interno e do detalhamento da fonte de recursos. O plano interno é um instrumento de planejamento e de acompanhamento da ação planejada, usado como forma de detalhamento do projeto/atividade, de uso exclusivo de cada ministério/órgão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon 5) NE - Nota de Empenho: é o documento que permite registrar as operações que en- volvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria. Emitida a NE, torna-se o crédito empenhado e indisponível para nova aplicação. É, portanto, a forma de comprometimento de recursos orçamen- tários diretamente dotados no orçamento ou recebidos por meio de descentralização externa ou interna. 6) NL - Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar even- tos contábeis não vinculados a documentos específicos. 7) NS - Nota de Lançamento de Sistema: é o documento que permite registrar eventos contábeis de forma automática, como: acertos contábeis; extinção, incorpora- ção, transferência e integração de saldos. 8) OB - Ordem Bancária: é o documento que permite registrar o pagamento de com- promissos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de recursos para fins de adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências financeiras por meio de cota, repasse, sub-repasse e afins. Qualquer que seja a sua modalidade, a OB deverá conter no campo conta corrente da UG emitente a expressão”UNICA” ou a conta bancá- ria do agente financeiro que a acatará. 9) PE - Pré-Empenho: é o documento que permite registrar créditos orçamentários pré-compromissados, para atender objetivos específicos, nos casos em que a despesa a ser realizada, por suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde a decisão administrativa até a efetivação da emissão da Nota de Empenho. Lembre-se de que: o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais ins- talados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, funda- ções e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União. O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do SIAFI. Muitos [sic] são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para regis- trar as informações pertinentes tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade, [que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Programação Financeira e o Balanço Geral da União]. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/balanco-geral-da-uniao 34 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessa- mento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema às quase 17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI. Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar[: SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002, etc]. Existe uma forte preocupação com a segurança do sistema. Assim, para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente, por meio do cadastramento de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de acesso de cada usuário. Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada Operador, para aten- der às necessidades de execução e consulta ao Sistema. O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consul- tas feitas pelo usuário no sistema SIAFI. O usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se às consequências das sanções penais ou administrativas cabí- veis em decorrência do mau uso. Assim, quando um usuário qualquer acessa o SIAFI, automaticamente são registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Essa medida tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou fraudu- lentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificaçãode dados no sistema também são registradas com a identificação do CPF, a hora e o nome do autor da operação. A Conformidade de Registros de Gestão consiste na certificação [diária] dos registros dos atos e fatos de execução orçamen- tária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações, de modo a verificar se os registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial efetuados pela Unidade Gestora Executora foram realiza- dos em observância às normas vigentes e também a existência de documentação que suporte as operações registradas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon A Conformidade Contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial consiste na certificação dos demonstrativos contábeis gerados pelo SIA- FI, [tendo] como base os Princípios e Normas Contábeis aplicáveis ao setor público, o Plano de Contas da União, a Conformidade dos Registros de Gestão, o Manual SIAFI, e outros instrumentos que subsidiem o processo de análise realizada pelo responsável pelo seu registro. Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes, por módulos. Dentro de cada módulo “estão agregadas inúmeras transa- ções, que guardam entre si características em comum”. Nesse nível de transação “é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Plano de Contas O SIAFI promove, de forma automática, os lançamentos contábeis correspondentes aos registros dos atos e fatos praticados pelos gestores públicos quando do exercício de suas atividades. Assim, foi possível utilizar a contabilidade como fonte de informações confiáveis e instantâneas, pois os registros são lançados no mesmo momento em que os fatos ocorrem e não é necessária a existência de um contador em cada Unidade Gestora para efetuar a classificação contábil de cada ato ou fato realizado. A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, orçamentária e pa- trimonial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e mantido de acordo com os padrões estabelecidos, tendo como partes integrantes a relação das contas agrupadas segundo suas funções, a tabela de eventos (conjunto de todos os eventos existentes) e a indicação do mecanismo de débito e crédito de cada conta. Trata-se, portanto, de um conjunto das contas utilizáveis em toda a Administração Pública federal, organizadas e codificadas com o propósito de sistematizar e uniformizar o registro contábil dos atos e fatos de gestão, e permitir a qualquer momento, com precisão e clareza, a obtenção dos dados relativos ao patrimônio da União. A estrutura básica do Plano de Contas da União, no que se refere ao nível de, consiste na seguinte disposição: Extraorçamentário Extraorçamentário O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon Como são numerosas as contas do Plano de Contas e muitos gestores públicos não têm conhecimentos aprofundados sobre contabilidade pública, foi essencial que se criasse um outro mecanismo dentro do SIAFI que pudesse facilitar o trabalho de registro dos atos e fatos de gestão. Assim surgiu o EVENTO, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, mes- mo que absolutamente nada saibam sobre contabilidade. Por fim, registre-se que, em termos de União, em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orçamentárias − fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal − lançadas no SIAFI. Isso ocorre “por inter- médio da geração automática do documento Nota de Dotação (ND)”, criando-se assim o “crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita”. Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária existente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será res- ponsável pela descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos. 3.2 - CPR - Contas a Pagar e a Receber O CPR é um subsistema do SIAFI que faz parte do grupo Recursos Com- plementares com Aplicação Específica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 96www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Programação e execução Orçamentária e Financeira Prof. Manuel Piñon A seguir, apresento alguns conceitos básicos presentes no manual do SIA- FI acerca do CPR: O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o gerenciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro dos documentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e suprimentos de fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens ban- cárias e dos documentos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos. O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documen- tos origem, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema após o efetivo regis- tro dos documentos hábeis. Estes documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que montarão o fluxo financeiro. As consultas, tanto ao fluxo de caixa como ao demonstrativo consolidado dos compro- missos, podem ser direcionadas por diversas chaves de seleção e classificação (fonte/ categoria de gasto, credor/devedor, UGR, Recurso, Natureza da Despesa, PTRES, Vin- culação, etc.) por meio das transações DEMCOMP – Demonstrativo de Compromissos; e GERCOMP – Gerenciar Compromissos. A partir da consulta ao demonstrativo dos compromissos, o usuário poderá comandar os pagamentos e recebimentos, em modo “batch”(programado) ou on-line, gerando automaticamente os documentos OB, NS, GPS ou DARF. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIVALDO SANTOS ALMEIDA - 79534422568, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br
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