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TCE-RO
Tribunal de Contas do Estado de Rondônia
Pós-edital
ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – 
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do 
Brasil) em 1998.
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – 
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do 
Brasil) em 1998.
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ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e execução Orçamentária e Financeira
Prof. Manuel Piñon 
Planejamento e programação orçamentária e financeira ...................................5
1.1 - Planejamento .....................................................................................5
1.2 - Sistema de planejamento e de orçamento federal ...................................6
1.3 – Programação orçamentária e financeira .................................................9
2. Execução orçamentária e financeira .........................................................17
3. Sistema de informações .........................................................................29
3.1 - SIAFI ..............................................................................................30
3.2 - CPR - Contas a Pagar e a Receber .......................................................37
3.3 - SIOP ...............................................................................................40
Resumo ...................................................................................................43
Mapa Mental ............................................................................................51
Questões de Concurso ...............................................................................52
Gabarito ..................................................................................................63
Gabarito Comentado .................................................................................64
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ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e execução Orçamentária e Financeira
Prof. Manuel Piñon 
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é conhecer um pouco mais acerca do Pla-
nejamento e da Programação e Execução Orçamentária e Financeira do 
Orçamento Público, passando pelo conhecimento dos principais Sistemas de In-
formações relacionados a eles.
Contábil
Prestação de 
Contas do TCE
Programação 
Financeira
Arrecadação
Reserva de 
Dotação
Empenhamento
RH e Folha de 
pagamento
Receitas 
Municipais
PatrimônioCompras e 
Licitações
Controle 
de Frotas
Administração 
de Material
Integração
Cronograma de 
Desembolso
Ordens de 
Pagamento
Liquidação
Execução Orçamentária
PPA
Orçamento
LDO
P
la
n
ej
am
en
to
Eventos
Geração
Como diria Thomas Edison:“Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”. Então, 
vamos TRANSPIRAR e resolver juntos muitas questões!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e execução Orçamentária e Financeira
Prof. Manuel Piñon 
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
1.1 - Planejamento
A etapa do Planejamento, que ocorre antes da Execução Orçamentária, 
compreende a
fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a pro-
gramação orçamentária e financeira, e o processo de licitação [e contratação].
Hoje vamos conhecer a Programação Orçamentária e Financeira e a des-
centralização/movimentação de créditos e recursos.
É importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o Ci-
clo Orçamentário em sentido amplo, que, por sua vez, abrange as etapas do 
planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da Lei 
Orçamentária Anual.
Em verdade, o Ciclo Orçamentário, também chamado de Processo Orçamen-
tário, pode ser definido como:
um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, aprovam, execu-
tam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e financeiro. É o 
período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Graficamente, o Ciclo Orçamentário tem a seguinte forma:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
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Programação e execução Orçamentária e Financeira
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Em apertada síntese, o planejamento reflete
a tentativa do administrador público de receber e compreender corretamente as deman-
das da sociedade, estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar 
os recursos limitados às ações prioritárias. Numa última etapa, o Poder Público fiscali-
zaria e controlaria os gastos efetuados, a fim de verificar a acuidade da programação.
A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da 
integração entre o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao 
estabelecer, no artigo 5º, que
o projeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano 
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias [e com a própria LRF],
e deverá conter, em anexo próprio,
demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e 
metas constantes [do Anexo de Metas Fiscais].
1.2 - Sistema de planejamento e de orçamento federal
O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, assim como os sistemas de 
Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno 
do Poder Executivo Federal são regulados e organizados pela Lei n. 10.180/2001.
Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria
a tentativa do administrador público de receber e compreender corretamenteas deman-
das da sociedade, estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar 
os recursos limitados às ações prioritárias.
É importante registrar que o Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, 
que tem o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão como órgão central,
compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, pro-
gramas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas.
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Além do órgão central, integram o sistema os órgãos setoriais, que são
as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, 
da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República,
e os órgãos específicos vinculados ao órgão central do sistema.
Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão – MP
Órgão Vinculados ou 
Subordinados ao MP
Sistema de Planejamento e Orçamentário Federal
ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO
Órgão Central
Órgão Setorial Órgãos Específicos
Unidades 
Orçamentárias
Unidades de Planejamento e 
Orçamentário nos Min., AGU, 
VPR e CCPR
Unidades com conjunto de 
serviços atribuídos ao Órgão 
que tenha dotação própria
No artigo 5º da Lei n. 10.180/2001 são dispostas as finalidades do Sistema 
de Planejamento e de Orçamento Federal:
I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando 
a compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, 
estadual, distrital e municipal.
No âmbito do artigo 5º da Lei n. 10.180/2001 ganha força a autonomia admi-
nistrativa e financeira presente no artigo 99 da CF/88, mas essa autonomia não é 
ilimitada. Confira:
Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as 
unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do 
órgão central do Sistema.
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Já o artigo 7º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Siste-
ma de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do PLANEJAMENTO:
I – elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de 
desenvolvimento econômico e social;
II – coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item metas e 
prioridades da Administração Pública Federal, integrante do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos 
os Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal com os 
objetivos governamentais e os recursos disponíveis;
II – acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos itens 
acima, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o 
processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das 
ações do Governo;
III – assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos pro-
gramas, projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de 
acompanhamento e avaliação da sua programação;
IV – manter sistema de informações relacionado a indicadores econômicos e sociais, 
assim como mecanismos para desenvolver previsões e informação estratégica sobre 
tendências e mudanças no âmbito nacional e internacional;
VI – analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de finan-
ciamento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio 
gerencial e institucional à sua implementação;
VII – realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e análises de políticas públicas;
VII – estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as 
quais são consideradas, para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Por seu turno, o artigo 8º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências 
do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO:
I – coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimento das empresas estatais;
II – estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação 
dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual;
III – realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoa-
mento do processo orçamentário federal;
IV – acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da com-
petência atribuída a outros órgãos;
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V – estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua 
harmonização com o planejamento e o controle;
VI – propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das 
diversas esferas de governo.
Assim, a Execução Orçamentária deve estar atrelada a “um processo eficaz de 
planejamento” e não deixa de ser “um instrumento de políticas públicas”.
Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas 
ilimitadas, ou seja, em ambiente de restrições, é fundamental otimizar o uso dos 
recursos por meio de boas práticas de planejamento integradas ao acompanha-
mento e controle da execução financeiro-fiscal.
Assim, a integração do Planejamento à Execução Orçamentário-finan-
ceira, em especial por meio da Programação Financeira de gastos e arrecadações, 
ganha enorme importância, de modo a atender a necessidade de se controlar a 
Execução Financeira por meio de sistema de informações, como forma de incre-
mentar a transparência pública.
As informações obtidas pela fiscalização e pelo controle dos gastos públicos, 
nas quais estarão destacados as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão 
orientar o planejamento para o exercício subsequente.
1.3 – Programação orçamentária e financeira
Tenha em mente que a Programação Orçamentária e Financeira nada mais 
é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de modo 
que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.
Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a ve-
locidadede execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de 
modo a garantir a execução dos programas anuais de trabalho, realizados por meio 
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do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), 
com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação vigente.
Lembre-se de que as diretrizes gerais da Programação Financeira da des-
pesa autorizada na Lei Orçamentária Anual (LOA) são fixadas em Decreto.
O SIAFI nada mais é do que o “principal instrumento de registro, acompanha-
mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo 
Federal”.
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em 
nossa gestão pública. Abaixo podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP 
no âmbito orçamentário e financeiro:
COMPRA
CONTRATO
ORÇAMENTO
SIAFI
SIOP
SIASG
PAGAMENTO
LIQUIDAÇÃO
EMPENHO
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 
(SIAFI) é um sistema de informações usado para fins de “registro, acompanha-
mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo 
Federal”, sendo o Tesouro Nacional o seu órgão responsável.
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Lembre-se de que:
o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais ins-
talados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial 
e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta Federal, das autarquias, funda-
ções e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem 
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais 
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de 
água, energia elétrica, telefone, etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de 
caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No 
entanto, essa utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de 
cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do SIAFI.
Muitos [sic] são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que 
dele faz uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para regis-
trar as informações pertinentes tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos 
arrecadados legalmente da sociedade que são a Execução Orçamentária, a Execução 
Financeira, a Programação Financeira e o Balanço Geral da União.
Já o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Fede-
ral (SIOP) surgiu com a integração dos sistemas SIDOR e SIGPLAN, já existentes 
no Planejamento e Orçamento Federais. O sistema tem como ideais a otimização de 
procedimentos, a redução de custos, e a integração de informações fundamentais 
para a gestão pública e está sob responsabilidade da Secretaria de Orçamento 
Federal (SOF), órgão integrante do Ministério do Planejamento, Orçamento 
e Gestão (MPOG).
Destaque-se que o SIOP integrou em um só sistema as funções do Sistema 
de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN), responsável pelo 
Plano Plurianual (PPA), e do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SI-
DOR), que gerenciava o Orçamento (LOA). Ou seja, por meio do SIOP, os órgãos 
centrais, setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passaram a ter 
um único sistema para alimentar e atualizar o cadastro de programas e ações, es-
tando sob a responsabilidade da SOF – MPOG.
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/programacao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/balanco-geral-da-uniao
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É importante deixar registrado que, de acordo com o Manual Técnico do Or-
çamento (MTO), que orienta elaboração da proposta orçamentária, “o sistema de 
informação a ser utilizado é o SIOP”.
Nessa pegada, “com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais deta-
lham [a proposta orçamentária] no SIOP [com] a abertura dos limites de despesa 
no âmbito da estrutura programática da despesa”, com exceção do “detalhamen-
to da proposta orçamentária para as despesas com sentenças/precatórios e com 
a parcela da dívida contratual, que não diz espeito aos encargos financeiros da 
União”, que é realizada diretamente pela SOF de forma centralizada.
Do ponto de vista quantitativo, a programação orçamentária realizada 
no SIOP tem a dimensão física e a dimensão financeira, sendo que “a física 
define a quantidade de bens e serviços a serem entregues”, e a financeira “estima 
o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária”.
Lembre-se ainda de que as diretrizes gerais da programação financeira da 
despesa autorizada na LOA são fixadas em Decreto.
Nesse contexto, merece destaque a previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964, 
que estabelece que, logo depois de promulgada a LOA e com base nos limites nela 
fixados, o Poder Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da 
despesa que cada unidade orçamentária poderá usar. Essas cotas trimestrais 
podem ser modificadas durante o ano em função, por exemplo, das oscilações na 
receita pública.
A LRF melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a ela-
boração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram 
no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º com grifos nossos:
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Programação e execução Orçamentária e Financeira
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Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dis-
puser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso 
I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o crono-
grama de execução mensal de desembolso.
Nessa pegada,
após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa 
(QDD) será definido comosendo um instrumento que detalha, em nível operacional, 
os subprojetos e subatividades constantes da Lei Orçamentária Anual, especificando as 
Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria 
econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para 
a Execução Orçamentária.
É importante lembrar-se de que “Executar o Orçamento” é, em verdade, “reali-
zar as despesas públicas nele previstas”, seguindo aqueles três estágios da execu-
ção das despesas previstos na Lei n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Go-
verno Federal, o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que 
nada mais é do que o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira 
juntamente com a Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados 
para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
É importante destacar ainda que, além daqueles créditos orçamentários pre-
vistos na LOA, a programação da Despesa Orçamentária precisa levar em conta 
também os créditos adicionais e as operações extra orçamentárias.
Programação Financeira
Para que seja bem elaborada, a Programação Financeira exige profundo conhe-
cimento técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tributos que 
compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado.
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Programação e execução Orçamentária e Financeira
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É importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas 
dos contribuintes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de 
realização de despesas públicas, existe um conjunto de atividades que têm o 
objetivo de ajustar o ritmo da execução do orçamento ao fluxo provável de 
entrada de recursos financeiros que vão assegurar a realização dos pro-
gramas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insu-
ficiências de tesouraria.
A esse conjunto de atividades damos o nome de Programação Financeira.
Abaixo um resumo sistematizado da Programação Financeira:
Programação Financeira
MF
STN
Órgão central
Disposição dos recursos $ 
aos órgãos setoriais em suas 
contas-correntes do BB (S\A)
Órgão setorial
Sec. De Administração Geral 
dos Ministérios Civis e órgãos 
equivalentes da PR e dos 
Comandos Militares
*Transferência de recursos 
$ entre órgão de estruturas 
administrativas diferentes
UG: UC ou UA
Movimentação interna 
de recursos $ realizado 
pela OSPF
MIN. “A”
Órgão
Setorial
MIN. “A”
UG
MIN. “B”
Órgão
Setorial
MIN. “B”
UG
COTA(OB)COTA(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
REPASSE (OB)
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É importante destacar que a Programação Financeira se realiza em três níveis 
distintos, existindo uma hierarquia entre eles:
1 - Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o órgão central;
2 - Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOAs) (ou 
equivalentes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF); e
3 - Unidades Gestoras Executoras (UG).
Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do 
órgão central é o órgão setorial. Este último pode descentralizar -se ainda para a 
UG. Ou seja: quem realiza as descentralizações SÃO o órgão central e o órgão se-
torial.
Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e no maior controle sobre os gastos 
públicos, tanto para equilibrar os orçamentos como para indicar transparência dos 
compromissos governamentais com a Dívida Pública, de modo a fomentar e a man-
ter expectativas claras e objetivas, a administração pública buscou melhor 
programar financeiramente a execução das suas despesas:
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e corre-
ção das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cum-
primento das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando 
ainda seu comportamento para os dois subsequentes.
Infelizmente, a Programação Financeira é usualmente submetida à “vontade po-
lítica do governo”, já que o Orçamento “é uma lei autorizativa (não obriga, apenas 
autoriza a execução dos programas de trabalho nela contidos)”.
Na prática, a Execução do Orçamento deve “estar atrelada ao real in-
gresso de recursos”, ou seja,
à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são 
liberados para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira 
destes, para a execução dos seus programas de trabalho.
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Nessa pegada, “acaba ficando a critério do Governo executar este ou aquele 
projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária”.
É importante informar ainda que, “como cada secretaria ou órgão tem um pra-
zo determinado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos”, 
que reflete “as saídas de recursos financeiros”, “a Secretaria de Tesouro” − ou 
correspondente Estadual, Distrital ou Municipal − “deve consolidar e aprovar toda 
a programação financeira de desembolso para o governo, procurando ajustar as 
necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro” (despesas e 
receitas), “a fim de obter um fluxo de caixa” mais de acordo com “a política fiscal 
e monetária do governo”.
Na prática, “todo esse processo ocorre dentro de sistema informatizado”, sendo
tarefa de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la 
ao seu órgão setorial de programação. O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e sub-
metê-la ao órgão central de programação financeira. Dessa forma o sistema permite 
um acompanhamento preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros 
de cada UG e sua execução.
O Cronograma de Desembolso é “parte da Programação Financeira de 
Desembolso”, já que:
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e ativi-
dades a cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos 
financeiros para pagamento dessas despesas.
Assim, podemos dizer que
a programação financeira é mais abrangente do que [o cronograma de desembolso], 
pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas no caixa do 
Tesouro.
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2. Execução orçamentária e financeira
A “Execução Orçamentária completa-se com a Execução Financeira”. 
Esta passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o aten-
dimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Pública 
direta e indireta.
A correta gestão pública, pautada em uma Execução Orçamentária e Financeira 
eficiente, advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será real-
mente realizado. Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter 
o entendimento dos conceitos de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias 
e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de Recursos Orçamentários que pode-
riam ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arreca-
dação da receita, o Presidente da República publica, anualmente, um Decreto de 
Contingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para 
empenho até segunda ordem.
Na prática, “a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, 
concomitantemente, por estarem atreladas uma a outra”. Se existir orça-
mento e não houver o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. De outra parte, 
pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não exista dispo-
nibilidade orçamentária.
Visando “estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a
Execução Orçamentária e a Execução Financeira, existe forte integração entre 
as etapas que compõem os fluxos e processos pertinentes”.
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Desc.
Externa
RepasseDesc. Externa
Desc. interna
Desc. interna
Sub-repasse
Repasse Sub-repasse
Cota
STNSOF
UG UGUG UGUG UG
Ministério A Ministério AMinistério B Ministério B Ministério C
Entidade 
Supervisionada
Entidade 
Supervisionada
 Ministério C
ORÇAMENTÁRIO
Descentralização de Crédito
FINANCEIRO
Movimentação de Recurso
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a 
movimentação de recursos.
Dessa forma, em nível federal,
o Ministério do Planejamento, via Secretaria de Orçamento Federal (SOF), é o órgão 
central responsável pelo orçamento, enquanto que o Ministério da Fazenda, via Secre-
taria do tesouro Nacional (STN) é o órgão central responsável pelo financeiro.
Registre-se que “tanto os créditos orçamentários quanto os recursos financeiros 
podem ser movimentados entre unidade gestoras”.
Vale destacar que:
a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os órgãos se-
toriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão central 
de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.
Amovimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa 
ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.
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A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como 
entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimen-
tação de recursos é chamada de sub-repasse.
Registre-se ainda que “essas movimentações ocorrem em tempo real 
no âmbito do SIAFI”.
Lembre-se, portanto, de que a Execução Orçamentária pode ser definida sim-
plesmente como “a utilização dos créditos consignados” na Lei Orçamentária Anual 
– LOA, ou seja, “a execução orçamentária é a utilização dos CRÉDITOS con-
signados no orçamento”.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a 
“utilização de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos 
e/ou atividades atribuídas às Unidades” Orçamentárias pelo Orçamento.
Lembre-se que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabele-
cido no artigo 165 da CF/88 que determina “a necessidade do planejamento das 
ações de governo por meio do Plano Plurianual de Investimentos - PPA, daLei de 
Diretrizes Orçamentárias - LDO e daLei Orçamentária Anual - LOA”
As etapas seguintes à publicação da LOA, a nível federal, devem estar em con-
sonância com as normas de Execução Orçamentária e de Programação Financeira 
da União.
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this
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Volto a destacar que
após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa 
(QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, 
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as 
Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria 
econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação.
É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG n. 42/1999, projeto é um
instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre 
para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
A mesma portaria define atividade como um
instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais re-
sulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as infor-
mações orçamentárias − fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal lançadas 
no SIAFI. Isso ocorre “por intermédio da geração automática do documento Nota 
de Dotação (ND)”, criando-se assim o “crédito orçamentário e, a partir daí, 
tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita”.
Nesse sentido,
existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária existente no QDD 
com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela des-
centralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
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Lembre-se de que o Sistema Integrado de Administração Financeira para Es-
tados e Municípios (SIAFEM) é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de 
Processamento de Dados (SERPRO), que se baseia no Sistema Integrado de Ad-
ministração Financeira do Governo Federal (Siafi), customizado para atender os 
estados e municípios.
Esse sistema é
utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e 
contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparên-
cia, eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando assim a apreciação 
de contas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Con-
trole Externo representados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo, a próxima etapa é a do Detalhamento do Crédito Orçamentário. 
Esse procedimento “normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável 
pela supervisão funcional dos atos de execução orçamentária. Existem “quatro ti-
pos de detalhamento de crédito no SIAFI: de fonte de recursos – FR, de natureza 
da despesa – ND, de Unidade Gestora responsável – UGR e de plano interno – PI”, 
que formam, em seguida, a chamada “célula orçamentária”.
É importante lembrar-se de que “Executar o Orçamento” é, em verdade, “reali-
zar as despesas públicas nele previstas”, seguindo aqueles três estágios da execu-
ção das despesas previstos na Lei n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de 
forma a explicitar o montante de recursos empregados nas principais atividades do 
Estado sob várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de 
dotações existentes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é 
sempre do Presidente da República, ainda que para os créditos que visem 
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a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Ministério Pú-
blico da União.
As Emendas aos Orçamentos Anuais ou aos créditos adicionais − que deverão 
ser compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o Plano Plurianual − 
podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo 
Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução ou supressão 
de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, 
necessidade de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos 
em que o parlamentar deseje aumentar os recursos destinados a determinada 
despesa, ou criar despesa nova, a Constituição Federal, observando o princípio 
do equilíbrio, determina que devem ser indicados os recursos necessários para o 
atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de anulação de outra 
despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, 
serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.
Ainda de acordo com a CF/88, em seu artigo 168,
os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, 
do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, 
até o dia 20 de cada mês.
A fim de se evitar o comprometimento de Recursos Orçamentários que pode-
riam ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arreca-
dação da receita, o Presidente da República publica, anualmente, um Decreto de 
Contingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para 
empenho até segunda ordem.
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Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de 
“EC do orçamento impositivo”, que “tornou obrigatória a execução da pro-
gramação orçamentária relativas às emendas individuais” à LOA por 
parte dos congressistas, tais emendas “serão aprovadas no limite de 1,2% 
da Receita Corrente Líquida (RCL) prevista no projeto” de LOA encaminhado 
ao Congresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas 
uma pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim 
do conceito doutrinário de “orçamento impositivo”, aquele em que a aprovação da 
Lei obriga o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.
Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que 
estabelecer o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do Ato das Disposi-
ções Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/88:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do 
Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da 
Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer-
cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à 
baila foi que, a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e exe-
cução das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor 
do Exercício anterior acrescido do IPCA de 12 meses.
O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “res-
tos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas 
empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinham previsão em 
legislação infraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser con-
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siderados, até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento 
da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
Execução financeira
A FASE INICIAL da Execução Financeira ocorre por meio da Programação Finan-
ceira, comentada adiante.
Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos fi-
nanceiros necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para 
a realização dos programas de trabalho definidos, ou seja, “a execução financeira 
representa a utilização dos RECURSOS financeiros” para “atender à realização dos 
projetos e atividades” atribuídos a cada unidade.
É importante destacar que, em termos de Execução Financeira, quando falamos em 
RECURSO, falamos de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque daExecução Financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que, por 
sua vez, é dotação ou autorização de gasto ou sua descentralização (enfoque da 
execução orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/64, o Exercício Financeiro é o tem-
po compreendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a 
Administração promove a Execução Orçamentária e demais fatos relacionados com 
as Variações Qualitativas e Quantitativas que tocam os elementos patrimoniais da 
entidade ou órgão público.
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A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e 
sub-repasse.
1) Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de 
programação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, 
da perspectiva orçamentária.
2) Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de progra-
mação financeira para entidades da administração indireta e de entidades da adminis-
tração indireta para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques 
de crédito (movimentação externa), da perspectiva orçamentária.
3) Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras 
pertencentes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito 
(movimentação interna), da perspectiva orçamentária.
Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerra-
-se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será 
efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento 
Geral da União, é importante frisar que isso “se faz exclusivamente por meio de 
uma Ordem Bancária (OB)”, via Conta Única do Governo Federal, e
se destina ao pagamento de compromissos, bem como à transferência de recursos en-
tre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para fins de adiantamento, 
suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.
Portanto, lembre-se de que “a Ordem Bancária é o único documento de 
transferência de recursos financeiros”.
Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acon-
tece, normalmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por 
meio de DARF OU DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos 
recursos arrecadados, ao BACEN, no prazo de um dia.
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Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usu-
ários do sistema podem efetuar o recolhimento dos Tributos Federais e contribui-
ções previdenciárias diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída 
desses recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras 
“ocorre mediante a transferência de limite de saque”, que é a disponibilidade finan-
ceira da UG on-line, existente na Conta Única.
Ainda no âmbito da Execução Financeira, merece destaque o fato de que a 
Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, acolhe to-
das as disponibilidades financeiras da União, inclusive fundos, de suas autarquias 
e fundações. Essa conta
constitui importante instrumento de controle das finanças públicas, uma vez que per-
mite a racionalização da administração dos recursos financeiros, reduzindo a pressão 
sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os processos de transferência e descentrali-
zação financeira e os pagamentos a terceiros.
O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização 
da Administração Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, 
determinou ao Ministério da Fazenda que implementasse:
a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro Nacional, através de sua Caixa 
junto ao agente financeiro da União,
de forma a garantir:
maior economia operacional e a racionalização dos procedimentos relativos a execução 
da programação financeira de desembolso.
Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da 
Constituição de 1988, quando:
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todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diversos agen-
tes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta 
Única centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro 
do Tesouro, sendo operacionalizada no SIAFI.
SIAFI
CONTA ÚNICA
RECOLHIMENTOS
RECEBIMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS EXTERNOS
GOVERNO
BANCO
EMPRESA
ENTIDADES 
EXTERNAS
Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro 
Nacional em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/86.
Ainda no âmbito da Execução Orçamentária e Financeira, merece destaque a 
figura do Ordenador de Despesas, que, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 
do Decreto-Lei n. 200/1967, é aquela autoridade
responsável pela emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições “movimen-
tar créditos orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos”.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capa-
citação em áreas como Administração Financeira e Orçamentária, Licitações e Con-
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tratos, Obras, Recursos Humanos, Contabilidade Pública, Transparência, Controle 
Patrimoniais, etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por “centralizar as 
decisões finais sobre diversas áreas administrativas”, exercendo um papel de lide-
rança na gestão de uma entidade pública.
É interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, e que 
esse papel é exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Execu-
tivo ou até mesmo por um Presidente de órgão ou entidade.
Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Des-
pesa é registrado com “esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos”que 
gerem o sistema financeiro da entidade “e também junto aos Tribunais de Contas”. 
Com entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a impor-
tância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesa necessariamente preci-
sa ser um servidor público, seja “ocupante de cargo público, titular de cargo de 
confiança com ou sem vínculo efetivo, ou mesmo empregado público”, sendo, em 
regra, o
responsável pelo recebimento, verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e 
outros bens públicos,
respondendo, assim, 
pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
É importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima 
relação com o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser 
gasto com a verificação da existência ou não de norma que o autorize a proceder 
dessa ou daquela forma, de modo que todas as despesas tenham respaldo na lei.
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A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, 
tornou obrigatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador 
de Despesa”, documento em que o ordenador de despesa declara que a despesa 
tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com a Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase 
do empenho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existên-
cia de dotação orçamentária, necessária e suficiente. Há situações em que existe 
a dotação orçamentária, mas ainda não estão disponíveis os recursos financeiros 
para cumprir a obrigação. Nesses casos, esse servidor precisa fazer a adequação 
financeira, verificando a sua compatibilidade com a Programação Financeira.
3. Sistema de informações
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em 
nossa Gestão Pública. Abaixo podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP 
no âmbito orçamentário e financeiro:
COMPRA
CONTRATO
ORÇAMENTO
SIAFI
SIOP
SIASG
PAGAMENTO
LIQUIDAÇÃO
EMPENHO
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3.1 - SIAFI
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 
(SIAFI) é o sistema de informações usado para fins de registro, acompanhamento 
e controle da Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial do Governo Fede-
ral, sendo o Tesouro Nacional o órgão responsável por ele.
Nos primórdios, o SIAFI era usado apenas pelo Poder Executivo, mas, hoje em 
dia, ele é um
sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em 
todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil 
dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empre-
sas estatais dependentes.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e 
o Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.
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Segundo o próprio site da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), os objetivos do 
SIAFI são os seguintes:
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, finan-
ceira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização 
dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do 
Governo Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações 
gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, 
sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total 
controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas super-
visionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências 
negociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
Ainda segundo o site da STN, o SIAFI trouxe as seguintes vantagens para a 
Administração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública:
Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu 
trabalho;
Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos 
do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal 
na Conta Única no Banco Central;
Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com 
transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira;
Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são 
mais de 4.000 gestores cadastrados, que executam seus gastos através do sistema de 
forma “on-line”;
Desconto na fonte de impostos : no momento do pagamento, já é recolhido o im-
posto devido;
Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em 
relatórios publicados no site.
Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 
contas bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a 
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implantação do SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias 
e se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos pagamen-
tos são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasa-
gem de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN,
o SIAFI apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem de outros sistemas em 
uso no âmbito do Governo Federal:
- Sistema disponível 100% do tempo e on-line;
- Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;
- Interligação em todo o território nacional;
- Utilizaçãopor todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo 
e Judiciário);
- Utilização por grande parte da Administração Indireta; e
- Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o 
SIAFI, para efeito de consolidação das informações econômico-financeiras do Governo 
Federal - à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a 
participação acionária do Governo - e para proporcionar transparência sobre o total dos 
recursos movimentados.
Vamos conhecer agora os principais documentos do SIAFI.
A entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contábil é efe-
tuada através dos seguintes documentos:
1) DARF ou DF -Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF Eletrô-
nico: é o documento que permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas 
pelos Órgãos e Entidades, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG 
recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.
2) GPS ou GP - Guia da Previdência Social - GPS Eletrônica: é o documento que 
permite registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio 
de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do 
Tesouro Nacional.
3) NC - Nota de Movimentação de Crédito: é o documento que permite registrar a 
movimentação de créditos interna e externa e suas anulações.
4) ND - Nota de Dotação: é o documento que permite registrar as informações orça-
mentárias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos
previstos na LOA. Também permite a inclusão de créditos no orçamento não previstos 
inicialmente e o registro do desdobramento do plano interno e do detalhamento da fonte 
de recursos. O plano interno é um instrumento de planejamento e de acompanhamento 
da ação planejada, usado como forma de detalhamento do projeto/atividade, de uso 
exclusivo de cada ministério/órgão.
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5) NE - Nota de Empenho: é o documento que permite registrar as operações que en-
volvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Federal, ou seja, 
o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, 
a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor
do saldo da dotação própria. Emitida a NE, torna-se o crédito empenhado e indisponível 
para nova aplicação. É, portanto, a forma de comprometimento de recursos orçamen-
tários diretamente dotados
no orçamento ou recebidos por meio de descentralização externa ou interna.
6) NL - Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar even-
tos contábeis não vinculados a documentos específicos.
7) NS - Nota de Lançamento de Sistema: é o documento que permite registrar 
eventos contábeis de forma automática, como: acertos contábeis; extinção, incorpora-
ção, transferência e integração de saldos.
8) OB - Ordem Bancária: é o documento que permite registrar o pagamento de com-
promissos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de recursos para 
fins de adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências financeiras por meio 
de cota, repasse, sub-repasse e afins. Qualquer que seja a sua modalidade, a OB deverá 
conter no campo conta corrente da UG emitente a expressão”UNICA” ou a conta bancá-
ria do agente financeiro que a acatará.
9) PE - Pré-Empenho: é o documento que permite registrar créditos orçamentários 
pré-compromissados, para atender objetivos específicos, nos casos em que a despesa a 
ser realizada, por suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde a 
decisão administrativa até a efetivação da emissão da Nota de Empenho.
Lembre-se de que:
o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais ins-
talados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial 
e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, funda-
ções e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem 
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais 
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de 
água, energia elétrica, telefone, etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de 
caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No 
entanto, essa utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de 
cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do SIAFI.
Muitos [sic] são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que 
dele faz uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para regis-
trar as informações pertinentes tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos 
arrecadados legalmente da sociedade, [que são a Execução Orçamentária, a Execução 
Financeira, a Programação Financeira e o Balanço Geral da União].
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/balanco-geral-da-uniao
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O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessa-
mento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, 
que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a outras 
inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema às quase 17.874 Unidades 
Gestoras ativas no SIAFI.
Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se 
estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de 
formação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao 
ano do sistema que se deseja acessar[: SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002, etc].
Existe uma forte preocupação com a segurança do sistema. Assim,
para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente, por meio do cadastramento 
de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de acesso de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada Operador, para aten-
der às necessidades de execução e consulta ao Sistema.
O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consul-
tas feitas pelo usuário no sistema SIAFI. O usuário responde integralmente pelo uso do 
sistema sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos 
pela STN, sujeitando-se às consequências das sanções penais ou administrativas cabí-
veis em decorrência do mau uso.
Assim, quando um usuário qualquer
acessa o SIAFI, automaticamente são registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal 
foi feito o acesso. Essa medida tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou fraudu-
lentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificaçãode dados no sistema também são registradas com a identificação do CPF, a hora e o 
nome do autor da operação.
A Conformidade de Registros de Gestão
consiste na certificação [diária] dos registros dos atos e fatos de execução orçamen-
tária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis 
que comprovem as operações,
de modo a verificar se os registros dos atos e fatos de execução orçamentária, 
financeira e patrimonial efetuados pela Unidade Gestora Executora foram realiza-
dos em observância às normas vigentes e também a existência de documentação 
que suporte as operações registradas.
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A Conformidade Contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial consiste na certificação dos demonstrativos contábeis gerados pelo SIA-
FI, [tendo] como base os Princípios e Normas Contábeis aplicáveis ao setor público, 
o Plano de Contas da União, a Conformidade dos Registros de Gestão, o Manual 
SIAFI, e outros instrumentos que subsidiem o processo de análise realizada pelo 
responsável pelo seu registro.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 
- e estes, por módulos. Dentro de cada módulo “estão agregadas inúmeras transa-
ções, que guardam entre si características em comum”. Nesse nível de transação 
“é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada 
de dados até consultas”.
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Plano de Contas
O SIAFI promove, de forma automática, os lançamentos contábeis correspondentes aos 
registros dos atos e fatos praticados pelos gestores públicos quando do exercício de 
suas atividades. Assim, foi possível utilizar a contabilidade como fonte de informações 
confiáveis e instantâneas, pois os registros são lançados no mesmo momento em que os 
fatos ocorrem e não é necessária a existência de um contador em cada Unidade Gestora 
para efetuar a classificação contábil de cada ato ou fato realizado.
A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, orçamentária e pa-
trimonial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e mantido de acordo com os 
padrões estabelecidos, tendo como partes integrantes a relação das contas agrupadas 
segundo suas funções, a tabela de eventos (conjunto de todos os eventos existentes) e 
a indicação do mecanismo de débito e crédito de cada conta. Trata-se, portanto, de um 
conjunto das contas utilizáveis em toda a Administração Pública federal, organizadas e 
codificadas com o propósito de sistematizar e uniformizar o registro contábil dos atos e 
fatos de gestão, e permitir a qualquer momento, com precisão e clareza, a obtenção dos 
dados relativos ao patrimônio da União.
A estrutura básica do Plano de Contas da União, no que se refere ao nível de, 
consiste na seguinte disposição:
Extraorçamentário Extraorçamentário
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Como são numerosas as contas do Plano de Contas e muitos gestores públicos não têm 
conhecimentos aprofundados sobre contabilidade pública, foi essencial que se criasse 
um outro mecanismo dentro do SIAFI que pudesse facilitar o trabalho de registro dos 
atos e fatos de gestão.
Assim surgiu o EVENTO, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva 
ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro 
contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de 
forma a que todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, mes-
mo que absolutamente nada saibam sobre contabilidade.
Por fim, registre-se que, em termos de União, em termos de União, os valores 
previstos no Orçamento Público têm as informações orçamentárias − fornecidas 
pela Secretaria de Orçamento Federal − lançadas no SIAFI. Isso ocorre “por inter-
médio da geração automática do documento Nota de Dotação (ND)”, criando-se 
assim o “crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução 
orçamentária propriamente dita”.
Nesse sentido,
existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária existente 
no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será res-
ponsável pela descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
3.2 - CPR - Contas a Pagar e a Receber
O CPR é um subsistema do SIAFI que faz parte do grupo Recursos Com-
plementares com Aplicação Específica.
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A seguir, apresento alguns conceitos básicos presentes no manual do SIA-
FI acerca do CPR:
O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o 
gerenciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro dos 
documentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e 
suprimentos de fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens ban-
cárias e dos documentos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes 
aos compromissos.
O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documen-
tos origem, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema após o efetivo regis-
tro dos documentos hábeis. Estes documentos geram compromissos de pagamento e de 
recebimento que montarão o fluxo financeiro.
As consultas, tanto ao fluxo de caixa como ao demonstrativo consolidado dos compro-
missos, podem ser direcionadas por diversas chaves de seleção e classificação (fonte/
categoria de gasto, credor/devedor, UGR, Recurso, Natureza da Despesa, PTRES, Vin-
culação, etc.) por meio das transações DEMCOMP – Demonstrativo de Compromissos; 
e GERCOMP – Gerenciar Compromissos. A partir da consulta ao demonstrativo dos 
compromissos, o usuário poderá comandar os pagamentos e recebimentos, em modo 
“batch”(programado) ou on-line, gerando automaticamente os documentos OB, NS, 
GPS ou DARF.
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