Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE LABORATÓRIO FÍSICA EXPERIMENTAL PRÁTICA 9: CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO Nome: Francisco Hyago Ferreira Marques Matrícula: 378504 Turma: A Data da prática: 05/10/2015 Russas-CE Outubro/2015 SUMÁRIO 1- OBJETIVOS.........................................................................................................................03 2- MATERIAIS.........................................................................................................................03 3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................04 4- PROCEDIMENTO...............................................................................................................07 5- QUESTIONÁRIO.................................................................................................................10 6- CONCLUSÃO......................................................................................................................12 7- BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................13 1. OBJETIVOS Determinar a capacidade térmica de um calorímetro; Determinar o calor específico de vários sólidos. 2. MATERIAL Calorímetro; Água; Amostras de ferro, alumínio e latão; Balança digital; Termômetros (um analógico e um digital); Béquer de vidro de 250 ml; Proveta graduada de 100 ml; Transformador 220V/110V; Aquecedor elétrico 110V (mergulhão); Fogareiro elétrico. 03 3. FUNDMENTAÇÃO TEÓRICA CALOR: Antes de abordamos conceitos como calor específico e capacidade térmica e como funciona um calorímetro é importante conhecermos o conceito chave para esse assunto que é o conceito de calor. Definimos calor como a energia trocada entre dois corpos, essa energia é a energia térmica. O calor é transmitido do corpo de maior temperatura fazendo com que o mesmo ceda calor, para o corpo de menor temperatura fazendo com que ele absorva o calor cedido pelo corpo de maior temperatura até que o sistema esteja em equilíbrio térmico. No SI a unidade de calor é o Joule, porém a unidade mais usada é a de caloria. CALOR ESPECÍFICO: O calor específico é definido como a quantidade de energia térmica que é preciso fornecer á um grama de uma substância até que a temperatura da mesma seja elevada em 1°C. A unidade de medida do Calor específico no SI é a calorias por quilograma e por grau (cal/kg°C). Em outras palavras o calor específico pode ser definido pela razão constante entre a capacidade térmica e a massa de uma substância, ficando matematicamente expresso pela equação: c = C m Sendo: c: Calor específico; C: Capacidade térmica da substância; m: Massa da substância. 04 CAPACIDADE TÉRMICA: A capacidade térmica é definida como a quantidade de calor que um corpo precisa absorver ou ceder até que sua temperatura sofra variação de 1ºC. Cada corpo ou substância apresenta capacidade térmica diferente, isso explica o fato das substâncias apresentarem variações diferentes na temperatura quando são aquecidos ou resfriados. Assim, a capacidade térmica é uma grandeza que depende da quantidade de calor que o corpo recebe e da variação de temperatura do mesmo. Matematicamente essa expressão pode ser representada da seguinte maneira: C = Q ΔT Onde: C: Capacidade térmica; Q: Quantidade de calor recebido; ΔT: Variação de temperatura. A unidade de medida da capacidade térmica no sistema internacional é calorias por graus celsius (Cal/°C). CALORÍMETRO: O calorímetro é um aparelho isolado termicamente usado bastante em laboratórios para fazer estudos sobre a quantidade de calor trocado entre dois corpos de temperaturas diferentes, suas capacidades térmicas e calor específico. Afim de estudar as trocas de calor entre dois ou mais corpos, principalmente quando um deles está no estado líquido, é conveniente ter um recipiente adequado, que permita obter, de forma direta ou indireta, o valor das quantidades de calor trocadas entre os corpos. (podemos observar na Figura 1 um calorímetro.). Figura 1. Calorímetro usual. 05 06 4. PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO 1: Determinação do equivalente em água do Calorímetro. 1.1 - Colocou-se uma massa m’ = 80 gramas de água no calorímetro à temperatura ambiente. Para isso, foi medido numa proveta de 80 ml de água e colocado no calorímetro. Anotou-se na tabela 9.1 a temperatura da água fria, neste caso a temperatura ambiente, t0. 1.2 - Colocou-se um pouco mais de 200 ml de água no béquer de vidro. Foi colocado o aquecedor no béquer antes de ligar para aquecer até aproximadamente 60 °C. Desligou-se o aquecedor elétrico e em seguida foi retirado do béquer. 1.3 - Mediu-se 100 ml da água aquecida num béquer de plástico. Anotou-se a temperatura da água aquecida, T, depois de ter sido colocada no béquer de plástico. Foi anotado também as massas de água quente e de água fria na Tabela 9.1. 1.4 - Colocou-se os 100 ml de água aquecida no calorímetro contendo 80 g de água à temperatura ambiente. 1.5 - Agitou-se a água do calorímetro utilizando o termômetro digital. 1.6 - Depois do equilíbrio térmico (cerca de dois minutos) anotou-se na Tabela 9.1 a temperatura do equilíbrio, te. Tabela 9.1. Resultados experimentais para a determinação do equivalente em água do calorímetro. m = massa de água quente 100,0 g m’= massa de água fria 80,0 g c0= calor específico da água 1cal/g °C T = temperatura da água quente 56,2 °C t0 = temperatura da água fria 28 ° C te = temperatura de equilíbrio 41,2 ° C C = capacidade calorífica do calorímetro 33,6 cal/°C 07 1.7 - Calculamos a capacidade calorífica (equivalente em água) do calorímetro através da fórmula abaixo e consultamos nosso professor para saber se obtivemos um valor aceitável. 𝐶 = 𝑚. 𝑐0. (𝑇 − 𝑡𝑒) − 𝑚’. 𝑐0. (𝑡𝑒 − 𝑡0) 𝑡𝑒 − 𝑡0 Daí temos, 𝐶 = 100.1. (56,2 − 41,2) − 80.1. (41,2 − 28) 41,2 − 28 𝐶 = 444 13,2 Q 𝐶 = 33,6 cal/°C PROCEDIMENTO 2: Determinação do calor específico de várias substâncias. 2.1 - Colocou-se no calorímetro uma massa m’ = 200 g de água, à temperatura ambiente t0. Anotou-se na tabela 9.2. 2.2 – O professor aqueceu a uma temperatura T (temperatura de ebulição da água) a substância cujo calor específico e se queira determinar. Para isso, deixou a amostra imersa em água fervente por alguns minutos a fim de que entre em equilíbrio térmico. Foi anotada a temperatura T na Tabela 9.2. 2.3 - Colocou-se no calorímetro, com rapidez, a substância em teste, para não haver perda de calor. 2.4 - Agitou-se sempre, esperando uniformizar a temperatura da “mistura” (de três a quatro minutos) e anotou-se na tabela 9.2 a temperatura de equilíbrio, te. 2.5 - Levou-se a amostra a uma balança digital e foi determinado sua massa M, anotou-se na tabela 9.2. 2.6 – Repetiu-se o procedimento para as outras amostras. Tabela 2: Resultados experimentais para a determinação do calor específico. Material M (g) m’ (g) m0 (g) T (°C) t0 (°C) te (°C) c (cal/g°C) Ferro 115,45 200,0 33,6 98,4 28,5 32,7 0,1293 Alumínio 53 200,0 33,6 98,4 28,9 32,2 0,2197 Latão 106,25 200,0 33,6 98,4 28,8 31,7 0,0975 08 Da fórmula: 𝑐 = ((𝑚’ + 𝑚0). 𝑐𝑜. (𝑡𝑒 − 𝑡𝑜)) 𝑀⁄ (𝑡𝑒 − 𝑡𝑜)temos: 𝑐𝑓 = ((200 + 33,6). (32,7 − 28,5)) 115,45.⁄ (98,4 − 32,7). 𝑐𝑓 = (233,6 ∗ 4,2)7585,065⁄ = 0,1293 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 𝑐𝑎𝑙 = ((200 + 33,6). (32,2 − 28,9)) 53.⁄ (98,4 − 32.2) 𝑐𝑎𝑙 = (233,6 ∗ 3,3) 3508,600⁄ = 0,2197 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 𝑐𝑙 = ((200 + 33,6). (31,7 − 28,8)) 106,25.⁄ (98,4 − 31,7) 𝑐𝑙 = (233,6 ∗ 2,9) 7086,875⁄ = 0,0975 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 09 5. QUESTIONÁRIO 1 - Lembrando que o calor específico da água é maior que o da areia, explique por que as brisas marítimas sopram, durante o dia, do mar para a terra, e, à noite, em sentido contrário. Discuta a influência destes fatos sobre o clima das regiões beira-mar. R- Durante o dia, a areia esquenta mais rápido que a água, pois o maior calor específico da água determina uma menor velocidade na variação de temperatura, então o ar quente da areia sobe por ser mais leve e o ar mais frio do mar “é soprado” para a praia, dando origem a brisa marítima. À noite ocorre o inverso a brisa corre em direção ao mar, pois a areia que esfria mais rapidamente e, portanto detém o ar mais frio e denso é empurrado para o mar onde a água ainda está resfriando. 2 - O calor pode ser absorvido por uma substância sem que esta mude sua temperatura? R- Sim, o calor recebido em que o corpo muda de estado físico sem mudança de temperatura é denominado calor latente. Já a situação inversa é chamada de calor sensível. 3 - Quando um objeto quente esquenta um frio, suas mudanças de temperatura são iguais em magnitude? Dê exemplo extraído desta prática. R- Não, o ferro, por exemplo, estava a 98,5 °C e a água estava a 27,6 °C e a temperatura final foi de 31,7° C, o que dá uma diferença de temperatura para o ferro muito maior que a água. 4 - Dois sólidos de massas diferentes, a uma mesma temperatura, recebem iguais quantidades de calor e sofrem a mesma variação de temperatura. Que relação há entre seus calores específicos? R- Dada a fórmula do calor específico c=Q⁄m.ΔT, temos: Como as quantidades de calor, e a variação de temperatura são iguais, escrevemos: c=Q⁄m.ΔTe c’=Q⁄m’.ΔT, dividindo as equações teremos: 10 c⁄c’=((Q⁄m.ΔT))⁄((Q⁄m’.ΔT)), eliminando Q e ΔT: c⁄c’=m ’⁄m. 5 - Um calorímetro contém 30 mL de água a temperatura ambiente, 25 ºC. Adiciona-se 50 mL de água a 35 ºC ao calorímetro. Após alguns minutos a temperatura estabiliza-se em 29 ºC. Determine: a) A capacidade térmica do calorímetro. R- Temos que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC, assim: 30 mL * 1cal/g ºC * (29ºC – 25ºC) + 50mL * 1cal/g ºC * (29ºC - 35ºC) + CT * (29ºC – 25ºC) = 0 120 – 300 + CT * 4 = 0 CT = 45 cal/ºC b) A quantidade de calor absorvida pelo calorímetro. R- 30 mL * (29ºC – 25ºC) + 50mL * (29ºC – 35ºC) = 120 – 300 = -180 cal. 180 calorias foram cedidas. c) A quantidade de calor absorvida pela água existente previamente no calorímetro. R- 30 mL * (29ºC – 25ºC) = 120 cal. 120 calorias foram absorvidas. d) A quantidade de calor cedida pela água quente (35ºC) adicionada ao calorímetro. R- 50mL * (29ºC – 35ºC) = -300 cal. 300 calorias foram cedidas. 11 6. CONCLUSÃO De acordo com os experimentos realizados na aula prática foi possivel determinar de maneira muito simples a capacidade térmica de um calorímetro analisando as trocas de calor realizadas entre água em temperatura ambiente e água um pouco mais quente, para observar essas trocas de calor foi utilizado o auxilio de um termômetro. Durante a prática também foi possível determinar de maneira simples o calor específico de três substâncias, sendo elas, o ferro, o alumínio e o latão. Conclui-se portantanto que a prática foi realizada com sucesso pois a mesma mostrou resultados satisfatórios e de acordo com o esperado. 12 7. BIBLIOGRAFIA http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor2.php (Acesso em: 12/10/2015). https://www.infopedia.pt/login?ru=apoio/artigos/$calor-especifico (Acesso em: 12/10/2015). http://www.brasilescola.com/fisica/capacidade-termica.htm (Acesso em: 12/10/2015). http://www.brasilescola.com/fisica/calorimetro.htm (Acesso em: 12/10/2015). 13 http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor2.php https://www.infopedia.pt/login?ru=apoio/artigos/$calor-especifico http://www.brasilescola.com/fisica/capacidade-termica.htm http://www.brasilescola.com/fisica/calorimetro.htm
Compartilhar