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Nome: Curso: MBA em Contabilidade Pública e do Terceiro Setor Disciplina: Contabilidade Pública Contabilidade Pública A Contabilidade Pública tem como finalidade a prestação de contas, fornecendo informações aos seus diversos usuários, aos gestores públicos, mais especificamente, para a tomada de decisões, além de ser instrumento de controle da demanda social e do Patrimônio Público é um meio de gerir com maios controle e transparência formas mais eficiente de aplicações de recursos e arrecadações, que proporcione aos gestores obter informações relevantes e em tempo hábil. É um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem como objetivo principal coletar, registrar e interpretar os atos e fatos de natureza patrimonial, orçamentária e financeira do patrimônio público, nas entidades da Administração Direta e Indireta, seja da União, Estados, Municípios ou do Distrito Federal. Assim como nos demais ramos da Contabilidade, a Contabilidade Pública também tem como objetivo fornecer informações úteis e atualizadas em suas demonstrações, e também buscar estar sempre em acordo com o estabelecido na legislação vigente, e de apresentar a situação econômica e financeira da entidade periodicamente. Tem como finalidade fornecer informações referentes à execução orçamentária, financeira e sobre o patrimônio público e suas variações aos seus diversos usuários, sejam os gestores públicos, cidadãos, fornecedores etc. O regime contábil para setor público é misto, sendo usado o regime de competência paras as despesas e o regime de caixa para as receitas. O exercício financeiro se apresenta de acordo com o calendário do ano civil e o sistema de contas se distribui em sistema orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. A receita pública se caracteriza por todo recolhimento de bens aos cofres públicos, e se classifica quanto à natureza (orçamentária e extra-orçamentária); quanto ao poder de tributar (federal, estadual e municipal); quanto à coercitividade (derivada e originária); quanto às categorias econômicas (receitas correntes e de capital); e quanto à afetação patrimonial (receitas efetivas e receitas por mutação patrimonial). A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar 101/2000), após sua criação promoveu uma modificação no modo como é conduzida a gestão financeira em todos os níveis do governo, determinando o planejamento do que deve ser executado, controle dos custos envolvidos, e cumprimento do programado dentro do que foi previsto, permitindo assim, que a contabilidade pública se tornasse mais gerencial. A implantação das regras abrangidas na LRF proporcionou um melhor aproveitamento do controle, que verifica e avalia o desempenho da execução orçamentária em relatórios apresentados a cada bimestre, semestre e no encerramento do ano. Aliado a isso as mudanças na forma de apresentação da informação permitiu que os usuários às compreendesse melhor e com mais facilidade. Na Lei 4.320/64 de normas gerais de Direito Financeiro, a lei das finanças públicas, define normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e demonstrações da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Essa lei não é aplicada às empresas estatais que não recebem recursos advindos da União para suas operações ou para investimentos, se aplica tão somente aos entes públicos e seus órgãos. Visto que estes não possuem fins lucrativos, mas sim o bem-estar coletivo, por essa razão para tais entes não se apura lucro ou prejuízo, mas sim, superávit ou déficit financeiro. Tais particularidades são abordadas na Lei 4.320/64. Nessa lei são abordadas as normas gerais de direito financeiro para elaboração, divulgação e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Nela são apresentados alguns artigos que normatizam a Contabilidade Pública, com destaque para os artigos do Exercício Financeiro, do Superávit Financeiro, Contabilidade, Contabilidade Orçamentária e Financeira, Contabilidade Patrimonial e Balanços. Já o Decreto-Lei 200/67 em seu texto aborda sobre a organização da Administração Federal, e determina que esta tenha como princípios fundamentais o planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle, e também estabelece diretrizes para conduzir a reforma administrativa entre outras providências. Enquanto que o Decreto 93.872/86 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do tesouro nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências, e suas respectivas alterações. A Instrução Normativa Nº 08/1996 da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda foi instituída com base na necessidade de consolidação das informações referentes ao Plano de Contas da União. Tal instrução visa à reordenação dos procedimentos pertinentes ao Plano de Contas da União, bem como estabelece as regras que deverão ser adotadas por todas as unidades gestoras integrantes do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) ou que venham a integrá-lo, sob a modalidade de uso total. A normatização mais recente em relação à Contabilidade Pública se deu da necessidade de equiparar os demonstrativos com as normas internacionais. Entre outros aspectos foram considerados o acelerado processo de globalização, as transformações no cenário econômico mundial, a necessidade de promover a convergência das práticas contábeis nacionais com as normas internacionais de contabilidade. E, mais importante, que os entes públicos pudessem oferecer informações contábeis transparentes e comparáveis, que permitisse sua compreensão pelos seus diversos usuários, seja um analista financeiro, investidores, auditores, contabilistas ou mesmo os demais cidadãos, sejam eles em âmbito nacional ou internacional. Para isso a Portaria Nº 184/2008 foi criada e dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no setor público quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das informações contábeis em suas demonstrações, de modo que as tornassem convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. É de competência da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) acompanhar continuamente as normas aplicadas ao setor editadas pela IFAC (International Federation of Accountants) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), para garantir que sejam respeitados os Princípios Fundamentais de Contabilidade no âmbito do setor público. A partir dessa Portaria o CFC em suas atribuições legais e regimentais, considerando o Comitê Gestor de Convergência no Brasil, aprovou as normas técnicas, as NBC T 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, que somam um total de 11 normas que abordam desde a NBC T 16.1 - Conceituação, objeto e campo de aplicação; NBC T 16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis; NBC T 16.3 – Planejamento e seus Instrumentos sob o enfoque Contábil; NBC T 16.4 – Transações no Setor Público; NBC T 16.5 – Registro Contábil; NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis; NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis; NBC T 16.8 – Controle Interno; NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão; NBC T 16.10 – Avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do Setor Público; e a NBC T 16.11 – Sistema de informação de custos do Setor Público. É notório que no cenário atual percebemos que a Contabilidade Pública está buscando cada vez mais se adaptar e se enquadrar aos padrões internacionais de contabilidade, juntamente com a legislação vigente no país, essa normatização de convergência permite que a administração pública se adapte ao que é exigido no âmbito internacional. Cabe aos gestores e contadores se adequarem as regras vigentes para que possam apresentar informações casa vez mais relevantes, em tempo hábil e que possam ser comparadas entresi e com outras demonstrações e informações.
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