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Unidade 4

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LEGISLAÇÃO DO AGRONEGÓCIO
UNIDADE 4 – LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
APLICADA AO AGRONEGÓCIO
Geraldo Miranda Pinto Neto
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Introdução
Estima-se que, aproximadamente, 20 milhões de brasileiros trabalham na cadeia produtiva do agronegócio. Isto
demonstra que o setor é um dos que mais empregam pessoas no país. No entanto, as relações trabalhistas
também podem gerar conflitos que deverão ser resolvidos e abarcados dentro do campo jurídico. Você saberia
dizer, por exemplo, quais são os documentos necessários para se proceder a admissão de empregados? Depois,
quando feita a admissão, como deve ser feito o registro?
Ao longo desta unidade, tais problematizações serão melhor analisadas. Aqui, traçaremos uma abordagem sobre
as normas que regulam as relações de emprego no âmbito do campo do agronegócio. Afinal, será que as pessoas
que trabalham para o setor em atividades diretas de agricultura e pecuária se submetem à legislação trabalhista
vigente? Pela especificidade da
Discutiremos, também, uma figura muito emblemática no país: o papel dos sindicatos. Você sabe o que são?
Sabia que os empregadores também se reúnem em entidades sindicais? No entanto, quais são os sindicatos, as
federações e as confederações que representam os produtores do agronegócio? Assim, ainda estudaremos o
papel dos sindicatos no âmbito estatal e em relação aos seus associados.
Por fim, veremos a respeito do regime das cooperativas, que se tratam de um instrumento muito utilizado na
comercialização e industrialização da produção agropecuária. Contudo, como ela se organiza? Quais são as suas
características?
Vamos entender melhor sobre esses pontos a partir de agora. Acompanhe!
4.1 Sistema de seleção e admissão de empregados
O setor do agronegócio é um mecanismo que precisa de pessoas para desempenhar inúmeras atribuições,
variando conforme o grau de escolaridade, a adaptação física, a disponibilidade de ficar longe da família, entre
outros fatores. Isto porque estamos nos referindo a um setor que possui empregados com alta capacitação e
conhecimento tecnológico, dependendo, portanto, de trabalhadores braçais que desempenhem as atividades
cotidianas da produção agropecuária.
Não existem regras sobre a seleção dos empregados, ou seja, há uma ampla discricionariedade do empregador,
desde que não utilize mecanismos discriminatórios em relação a origem, classe social, gênero, raça, entre outros
aspectos.
Figura 1 - No setor agropecuário, não existem regras de seleção de empregados
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Figura 1 - No setor agropecuário, não existem regras de seleção de empregados
Fonte: lenetstan, Shutterstock, 2019.
O primeiro conselho ressalta a necessidade de existir uma equipe qualificada no âmbito da empresa responsável
exclusivamente pela seleção dos empregados para trabalhar no agronegócio. A equipe de Recursos Humanos irá
aliar os melhores empregados, conforme o perfil da empresa agrária e da atividade a ser desenvolvida. Além
disso, deverá ser realizada uma dupla análise do candidato: análise técnica e análise do perfil do profissional.
Imagine, por exemplo, que a empresa que está contratando deseja uma pessoa para monitorar sua produção de
soja. Neste caso, é essencial que o indivíduo a ser escolhido seja formado em Agronomia e tenha experiência com
o cultivo do produto.
Além disso, é necessário que a empresa sempre busque currículos e analise as indicações de pessoas conhecidas,
com o objetivo de contratar o melhor profissional. É importante, também, realizar uma ambientação do
candidato na empresa, apresentando o plano de carreira, a produção agropecuária e os funcionários, a fim de
analisar se o emprego está em conformidade com as expectativas da pessoa. Seguindo essas indicações, diminui-
se o risco de contratar um profissional que não seja adequado para o perfil proposto.
Contudo, após a seleção do profissional, duas etapas são necessárias. Vamos conhecê-las com o item na
sequência.
4.1.1 Admissão e registro de empregados
Ao término da seleção de candidatos para o cargo, o empregador realizará a admissão daqueles que são mais
adequados. No artigo 13, §1°, da CLT, aponta-se que as exigências para a admissão previstas na legislação
também abrangem os empregados rurais, ou seja, seguem o regramento para as empresas do agronegócio
(BRASIL, 1943).
Os documentos necessários para a admissão dos empregados incluem a carteira de trabalho, uma foto 3 por 4, o
exame médico admissional — que deverá ser pago pelo empregador e é o documento responsável por
comprovar que o empregado possui aptidão física e mental para desempenhar a atividade —, uma cópia de
documentos pessoais (RG, CPF, título de eleitor, comprovante de residência, inscrição no PIS aos homens
reservista, comprovante de escolaridade, comprovação de estado civil etc.) e, se houver, certidão de nascimento
dos filhos. Caso estes tenham menos de sete anos, a carteira de vacina e o comprovante de frequência escolar
também deverão ser entregues. Ademias, uma proposta de emprego com a devida data e assinatura do
empregado precisa ser considerada (BRASIL, 1943).
Após a admissão do empregado rural, o empregador deverá proceder o registro. O registro dos empregados
envolve duas questões essenciais: registro na carteira de trabalho e registro no livro dos empregados.
Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema. 
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VOCÊ QUER LER?
O livro “Medicina do trabalho: planejamento e gestão do Programa de Controle Médico da
Saúde Operacional”, de Jorge Ramos Teixeira, é uma importante obra para se compreender o
papel do exame médico no ambiente laboral. Aponta-se, ainda, a necessidade de uma medicina
atenta para discutir sobre a relação de saúde do trabalhador.
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• Carteira de trabalho
Na do empregado, é preciso constar os dados do estabelecimento de trabalho:carteira de trabalho
empregador, CPF ou CNPJ e endereço que desempenha a função. Também é preciso se atentar aos
documentos sobre a atividade desempenhada, apresentando o cargo, o código da profissão (CBO) e o
registro da relação do trabalho firmada, analisando a data de admissão e a remuneração do empregado.
• Livro de registro
O empregador ainda deverá registrar os dados do empregado no , emlivro de registro de empregados
que se apresenta os dados sobre o empregado (características físicas, fotografia 3 por 4 e documentos
pessoais), como grau de instrução, endereço, nacionalidade e CNH. No livro também haverá o registro
sobre as afirmações feitas, como o horário de trabalho e a filiação sindical. Esses dados são fundamentais
para a organização das relações trabalhistas e para evitar danos futuros tanto para a organização quanto
para o funcionário. 
Agora que entendemos a respeito dessa temática, podemos passar para outro assunto de extrema importância
em nossa disciplina: os contratos do trabalho rural. Vejamos!
4.2 Execução de contratos e formas de extinção do contrato
O Brasil é um país rico em biodiversidade e com grande extensão territorial, o que favorece a produção
agropecuária. Neste contexto, emerge o agronegócio.
Os setores do agronegócio, para executarem suas atribuições, constantemente devem contratar trabalhadores
rurais. Por isso, neste tópico, iremos compreender quanto às regras jurídicas que envolvem a legislação sobre os
trabalhadores rurais. Afinal, será que as regras existentes são as mesmas para a contratação de empregados
urbanos? A legislação trabalhista pautada na CLT estabelece diretrizes para os trabalhadores rurais? Quais são
as hipóteses e situações necessárias para a extinção ou rescisão do contrato trabalhista?
Estudaremos esses e outros questionamentos mais a fundo ao longo deste tópico.
4.2.1 Trabalho rural no Brasil
O trabalho rural está imbricado na própria história brasileira. Desde a chegada dos portugueses no país, houve
um intenso processo de produção e comercialização de produtos agropecuários, como a extração do pau-brasil e
o plantio da cana-de-açúcar. O trabalho rural, então, foi feito por pessoas escravizadas, configurando o período
da escravatura. Neste, os negros eramtidos como propriedades dos senhores de engenho, inexistindo qualquer
proteção trabalhista. No entanto, após lutas e revoltas por parte desse grupo, houve a abolição da escravatura
em 1888 (MARQUES, 2015).
Assim, entre a abolição da escravatura e a promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943,
os trabalhadores rurais não possuíam qualquer tipo de vínculo de emprego. Conforme nos explica Marques
(2015), as relações passaram a ser mediadas, na maioria das vezes, a partir de contratos agrários, a exemplo do
arrendamento e das parcerias.
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Com a CLT, um grande avanço nos direitos dos trabalhadores veio à tona, mas se restringiu em legislar
empregados urbanos, situação que perdura até os dias atuais (MARQUES, 2015). O artigo 7°, alínea ‘b’, pontua
que a CLT não se aplica — salvo disposição expressa em contrário — aos trabalhadores rurais, considerando
aqueles que estão diretamente ligados à agricultura e pecuária (BRASIL, 1943). Apesar dessa discriminação, a
consolidação reconheceu diversos direitos aos trabalhadores do campo, como salário mínimo e aviso prévio.
Nesse sentido, qual legislação os produtores rurais devem analisar para contratar trabalhadores para atuarem
na pecuária e agricultura? É aqui que entra a Lei n. 5.889, que traz as normas reguladoras sobre o trabalho rural.
4.2.2 Lei n. 5.889/1973: normas reguladoras sobre o trabalho rural
A legislação responsável por regular as relações de trabalho no âmbito rural é a Lei n. 5.889/1973. No entanto,
antes de nos aprofundarmos nas normas, precisamos dar resposta para algumas inquietações: quem são os
empregados rurais? 
Figura 2 - Trabalhadores na agricultura
Fonte: szefei, Shutterstock, 2019.
Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema.
O artigo 2° da Lei n. 5.889/1973 conceitua o empregado rural como “[…] toda pessoa física
VOCÊ O CONHECE?
Luís da Gama (1930-1882) nasceu em Salvador e desembarcou como escravo no Rio de
Janeiro, aos 10 anos de idade. Ele foi escravo doméstico, mas aprendeu a ler e reivindicou sua
liberdade. Tornou-se advogado e acionava o judiciário para libertar escravos. Estima-se que
Gama conseguiu a liberdade de cerca de 500 pessoas (ROSSI; COSTA, 2018).
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Artigo 2° da
Lei n. 5.889
/1973
O artigo 2° da Lei n. 5.889/1973 conceitua o empregado rural como “[…] toda pessoa física
que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a
empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário” (BRASIL, 1973). Contudo,
de acordo com Marques (2015), há uma crítica doutrinária que afirma que esse conceito
deveria abarcar a categoria de atividade agrária. 
O
empregado
rural
Diante do conceito, percebemos que será empregado rural e, portanto, terá os direitos
definidos pela legislação, aquele que prestar serviços de maneira continuada e
subordinada em troca de um salário. Assim, existem trabalhadores rurais que não são
empregados rurais? Na verdade, sim, principalmente aqueles que não possuem vínculo de
subordinação, como empreiteiros, arrendatários e parceiros. Estes últimos, por sua vez, só
terão os direitos previstos na normativa no que couber.
Aartigo 3°
da Lei n.
5.889/1973
Já o empregador rural, segundo o artigo 3° da Lei n. 5.889/1973, trata-se de “[…] pessoa
física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com o auxílio de
empregados” (BRASIL, 1973). Percebe-se, então, que o empregador é aquele que utiliza o
auxílio de empregados, independentemente de ser dono do imóvel rural ou não. 
Direitos
Feitas tais definições, podemos apresentar alguns direitos que a legislação assegura aos
empregados rurais e que, portanto, os empregados do agronegócio devem cumprir. A
maioria desses direitos são análogos aos previstos na CLT para os trabalhadores urbanos,
tais como: piso salarial, irredutibilidade salarial, seguro desemprego, proteção contra
demissão arbitrária, salário mínimo, 13° salário, salário-família, FGTS, repouso semanal
remunerado, liberdade sindical, direito de greve e jornada de, no máximo, oito horas
diárias e 44 horas semanais (BRASIL, 1973).
No entanto, existem situações que diferem os trabalhadores rurais dos urbanos, sendo que uma delas envolve o
trabalho noturno. Considera-se trabalho noturno aquele compreendido, na lavoura, entre 21 horas e cinco horas
e, na pecuária, entre 20 horas e quatro horas. O trabalhador que desempenhar atividade laboral nesse período
deverá receber o adicional de 25%, conforme determinado no artigo 7° (BRASIL, 1973).
Outra diferenciação envolve a possibilidade legal de descontos dos rendimentos do empregado. Segundo o artigo
9º da lei, é possível o desconto de até 20% para a moradia e até 25% para a alimentação. Além disso, é possível o
adiantamento em dinheiro (BRASIL, 1973).
Com atenção à situação específica do campo e da dificuldade dos filhos dos trabalhadores rurais de acessarem a
educação, a normativa determina que o empregador deverá manter a escola primária gratuita quando tiver, ao
menos, 50 famílias a seu serviço. Tal disposição encontra-se no artigo 16 da legislação (BRASIL, 1973).
VOCÊ QUER VER?
O documentário “Aprisionados por Promessas”, produzido pela Comissão Pastoral da Terra e
Centro pela Justiça, demonstra a realidade da escravidão contemporânea no âmbito rural
brasileiro. Trata-se de um documentário fundamental para refletir sobre a importância do
cumprimento da legislação atual. Você pode assistir ao documentário completo por meio do 
: .link https://www.youtube.com/watch?v=bjgMzAUbEn8
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Podemos perceber, dessa forma, a necessidade de os produtores do agronegócio cumprirem com os direitos
resguardados aos trabalhadores rurais, a fim de se evitar situações de injustiça e desumanidades. Afinal, os
direitos dos trabalhadores são fundamentais para que o Estado atue na redução das desigualdades sociais
(BERCOVICI, 2003).
No item na sequência, iremos entender a respeito da extinção ou rescisão do contrato de trabalho. Acompanhe
com atenção!
4.2.3 Extinção ou rescisão do contrato de trabalho
Optiz e Optiz (2015) nos explicam que o contrato de trabalho rural será extinto quando houver consentimento
entre as partes, ao término do contrato ou serviço, pela morte do empregado rural, por força maior, por decisão
judicial, devido à aposentadoria ou rescisão unilateral, que poderá ser com justa causa ou sem justa causa.
Os autores, ao analisarem o artigo 483 da CLT, apontam, ainda, situações em que o empregado rural pode
considerar o contrato rescindido e exigir indenizações:
• quando forem exigidos serviços superiores aos de suas forças;
• quando houver perigo concreto ao empregado;
• quando o empregador não cumprir com as obrigações assumidas no contrato de trabalho;
• quando o empregador ou prepostos praticarem atos lesivos contra questões físicas, honra e boa fama do 
empregado;
• quando o empregador reduzir o trabalho e isso afetar drasticamente sua remuneração.
E quanto às situações em que o empregador poderá rescindir o contrato de trabalho rural alegando justa causa?
O artigo 482 da CLT determina as seguintes situações:
• quando o empregado realizar ato de improbidade, ou seja, quando for desonesto;
• quando houver incontinência e mau procedimento, ou seja, condutas incompatíveis com a função que 
exerce;
• condenação criminal;
• abandono do emprego, caracterizado quando há falta injustificada por mais de 30 dias ou 60 dias 
intercalados;
• embriaguez habitual ou em serviço;
• prática constante de jogos de azar;
• violação de segredo da empresa rural;
• indisciplina ou insubordinação;
• ato lesivo ao empregador, seja fisicamente, seja à honra;
• perda da habilitação ou dos requisitos da contratação.
Vale lembrar que a demissão com justa causa é aquela em que o empregador não precisará cumprir com o aviso
prévio (BRASIL, 1943).
Dessa maneira, pudemos entender a legislação responsável por introduzir os direitos dos trabalhadores rurais,
analisando suas especificidadesem relação aos trabalhadores urbanos. Ressaltamos a necessidade do fiel
cumprimento da legislação trabalhista por parte dos produtores do agronegócio para evitar a existência de
situações degradantes e desumanas. Além disso, compreendemos as hipóteses de extinção e rescisão do contrato
de trabalho.
No tópico a seguir, estudaremos sobre a legislação sindical do agronegócio. Observe!
4.3 Legislação sindical do agronegócio
O Brasil é um país marcado pelos pressupostos da democracia. Para além da votação e dos processos de escolha
dos representantes, o país propicia a articulação de pessoas e grupos com o intuito de defesa de interesses em
comum e reivindicações nas instâncias estatais.
Nesse processo de articulação, surgem os sindicatos. Possuímos sindicatos patronais e de trabalhadores. No
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comum e reivindicações nas instâncias estatais.
Nesse processo de articulação, surgem os sindicatos. Possuímos sindicatos patronais e de trabalhadores. No
contexto agrário, merece destaque a figura dos sindicatos rurais, um tipo de sindicato patronal voltado para os
produtores rurais e que se aglutinam, na maioria das vezes, em torno da Confederação da Agricultura e Pecuária
no Brasil (CNA), a fim de promoverem ações para o agronegócio. Em paralelo, existem os Sindicatos dos
Trabalhadores Rurais (STR), que se aglutinam em torno da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (CONTAG), na defesa da valorização da agricultura familiar.
No entanto, o que são os sindicatos e as confederações de que estamos no referindo? Compreender a estrutura
organizativa dos sindicatos, suas atribuições e características será nosso intuito ao longo dos próximos itens.
4.3.1 Organizações sindicais
A legislação determina a existência de três tipos de sindicatos, conforme o artigo 511 da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT): sindicatos patronais, sindicatos de trabalhadores e sindicato de categoria diferenciada
(BRASIL, 1943).
Clique nos itens e aprenda mais sobre o tema.
Os sindicatos patronais ou econômicos são aqueles que desempenham atividades econômicas semelhantes. Trata-
se dos sindicatos dos empregadores.
Os sindicatos de trabalhadores ou de categoria profissional são aqueles que desempenham atividades
semelhantes ou possuem atuação profissional na mesma atividade econômica.
Já os sindicatos de categorias diferenciadas são profissionais que atuam na mesma profissão, mas que, pelo
estatuto profissional, possuem tratamento diferenciado, a exemplo dos motoristas.
Assim, os sindicatos funcionam para defender interesses dos grupos ao qual se vinculam, seja no campo dos
empregadores (patronais), seja no campo dos empregados (trabalhadores).
No início, apresentamos o exemplo da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) e da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), mas você saberia responder como se forma
a estrutura sindical? Como formam as confederações?
De acordo com a CLT, os atuam na base, ou seja, possuem atividade imediata com seussindicatos de base
associados (BRASIL, 1943).
É importante lembrar que a Constituição Federal assegura dois princípios importantes sobre o tema: unicidade
sindical, em que só é possível a existência de um sindicato por categoria na mesma base territorial; e liberdade
de associação, em que ninguém é obrigado a se filiar ou se manter filiado a um sindicato (BRASIL, 1988).
O sindicato de base é formado por assembleia geral, diretoria e um conselho fiscal. Como exemplo, podemos
mencionar o Sindicato Rural de Ribeirão Preto. Clique nas abas e confira!
Federações
As , por sua vez, tratam-se de entidades sindicais de grau superior, organizadas a partir dos Estados efederações
do Distrito Federal. Elas visam representar a atividade em nível estadual e, para serem formadas, exigem, no
mínimo, cinco sindicatos. Como exemplo de federação, podemos mencionar quem representa os produtores
rurais (empregadores) no âmbito da agricultura e pecuária em Goiás, que é a Federação da Agricultura e
Pecuária de Goiás (FAEG), que reúne inúmeros sindicatos rurais dos municípios goianos.
Confederações
Já as tem grau superior e representam o setor em nível federal. Para a formação de umaconfederações
confederação, é necessária a existência de, ao menos, três federações. Elas visam representar o ramo ou a
atividade. Como exemplo, podemos citar a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da
Agricultura e Pecuária (CNA), formandas por inúmeras federações da agricultura.
Conhecendo um pouco mais sobre a estrutura organizativa dos sindicatos, fica a seguinte inquietação: para que
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Conhecendo um pouco mais sobre a estrutura organizativa dos sindicatos, fica a seguinte inquietação: para que
servem os sindicatos? Vamos conhecer mais sobre eles com o próximo item. Acompanhe!
4.3.2 Papel do sindicato patronal rural
Mendes (2017) nos explica que podemos identificar algumas funções dos sindicatos: representativa, negocial e
assistencial.
Na função , os sindicatos devem representar os interesses dos seus associados, no âmbito dasrepresentativa
esferas administrativa, legislativa e no judiciário. Os sindicatos devem representar o interesse da categoria no
âmbito do Estado e na defesa dos interesses individuais de seus associados (MENDES, 2017).
Considerando os sindicatos em nível nacional, mediante as confederações, estas possuem ampla participação no
âmbito estatal. Como exemplo, temos a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), que dialoga e
reivindica direitos no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dentro do governo federal.
A CNA tem legitimidade para participar das audiências públicas sobre temáticas do seu interesse no âmbito do
Congresso Nacional e para acionar o judiciário na defesa dos litígios, incluindo a possibilidade de questionar a
constitucionalidade das normas.
Na função , os sindicatos podem realizar acordos e convenções coletivas de trabalho, conformenegocial
determinado pelo artigo 8°, VI da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Por exemplo, diante de um conflito
coletivo na esfera trabalhista, pode-se realizar acordos e convenções entre o sindicato patronal e o dos
trabalhadores.
Figura 3 - Atribuição negocial dos sindicatos
Fonte: Andrey Burmakin, Shutterstock, 2019.
Já na função , os sindicatos devem prestar assistência aos seus associados, como assistência jurídica,assistencial
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Já na função , os sindicatos devem prestar assistência aos seus associados, como assistência jurídica,assistencial
médica, técnica, educacional, entre outras (MENDES, 2017). Ressalta-se, ainda, que os sindicatos não podem
desempenhar atividade econômica, nem atividade político-partidária.
Vejamos, na sequência, o objetivo da principal confederação sindical patronal que visa representar os
empregadores do agronegócio brasileiro.
4.3.3 Organizações sindicais patronais: questões pertinentes
Os sindicatos exigem registro em órgão público competente. Assim, para terem validade no ordenamento
jurídico, precisam realizar o registro em Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas e no Ministério do Trabalho.
Para registrar a associação sindical, é preciso, mediante o requerimento, ter a cópia autenticada do estatuto, a
declaração do número de membros e de patrimônio, bem como afirmar quais são os serviços sociais organizados
(BRASIL, 2017). Clique nas setas abaixo e conheça mais sobre o assunto.
No que tange às contribuições sindicais, estas, anteriormente, eram tidas como de natureza tributária, por isso,
era uma contribuição obrigatória. Contudo, com o advento da Reforma Trabalhista em 2017, as contribuições
passaram a ser voluntárias, exigindo autorização do associado, conforme os artigos 578 e 579. A contribuição
sindical do produtor rural, ou seja, do empregador vinculado aos sindicatos rurais, é proporcional ao capital
social da firma ou empresa (BRASIL, 2017).
Já o direito de greve é uma conquista dos trabalhadores, que podem suspender a prestação pessoal dos serviçosao empregador. Tal direito é regulado pelo artigo 9° da Constituição Federal e pela Lei n. 7.783/1989.
Entretanto, vale destacar que os empregadores não podem realizar a greve. Conforme o artigo 17 da Lei n. 7.783,
é vedada a paralisação das atividades quando há iniciativa do empregador ( A CLT tambémBRASIL, 1989). 
proíbe a prática e pontua que, caso seja feita, deverá incidir em multa, perda de cargo de representação ou
suspensão de representação política, conforme determinado pelo artigo 772 (BRASIL, 1943). A prática é
denominada de e, caso fosse permitida, poderia ser utilizada para frustrar ou dificultar negociações.lockout
Dessa forma, as entidades sindicais patronais não possuem o direito de greve.
Temos, ainda, que os sindicatos possuem importância ímpar diante das negociações coletivas: convenção
coletiva e acordo coletivo.
O artigo 611 da CLT apresenta sobre a de trabalho, pontuando que é a produção de umconvenção coletiva
acordo que tem caráter normativo quando é feito por dois ou mais sindicatos de empregadores e empregados,
voltado para estipular as condições de trabalho nas atividades desempenhadas por tais grupos. Já o acordo
 é quando o sindicato profissional de empregados realiza o acordo com determinada empresa da mesmacoletivo
categoria profissional, conforme o §°1 do artigo 611 (BRASIL, 1943).
Portanto, podemos entender que a convenção é um acordo feito entre sindicatos (patronal e de trabalhadores),
enquanto o acordo é feito por sindicatos de trabalhadores diretamente com empresas, sendo estas sem
mediação de sindicato patronal.
Ressalte-se que a Reforma Trabalhista de 2017 possibilitou que o acordo e a convenção trabalhista tenham
prevalência sobre a legislação quando envolver, por exemplo, jornada de trabalho, banco de horas, intervalo
intrajornada, planos de cargos, salários, teletrabalho, entre outras situações elencadas no artigo 611-A da CLT
(BRASIL, 2017).
Findado o estudo sobre as organizações sindicais, no próximo tópico acompanharemos a relação jurídica das
cooperativas. Vejamos! 
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4.4 Cooperativas
Você possivelmente já ouviu falar de alguma cooperativa na sua região, não é? Já parou para pensar o que é essa
cooperativa? Por que as pessoas se agruparem e realizam uma cooperativa? Aliás, você sabia que as cooperativas
tem um amplo estímulo constitucional? Quase metade dos produtos agropecuários do nosso país passam por
cooperativas.
Frente a tais questionamentos, neste tópico, estudaremos as características e os conceitos relacionados às
cooperativas. Acompanhe!
4.4.1 Importância das cooperativas no âmbito do Direito Constitucional
Uma das principais formas de organização dos produtores rurais é por meio da cooperativa. É muito comum, no
ambiente agrícola, a junção de produtores com o objetivo de facilitar a produção e comercialização de produtos,
mas como isso funciona?
Por exemplo, em vez de cada produtor de leite produzir e comercializar de modo isolado — o que inclui
pagamento de assistência técnica, fornecimento de materiais essenciais para a produção, transporte e venda do
item —, não seria mais fácil desempenhar um processo conjunto com outros produtores rurais e que amenizaria
as dificuldades do processo? É assim que surge a figura das cooperativas no bojo da produção agropecuária.
No Direito Agrário, temos o princípio do estímulo ao cooperativismo e ao associativismo. Tal estímulo decorre,
principalmente, da Constituição Federal de 1988, com o objetivo de garantir o bem-estar dos produtores rurais.
Esse apoio aparece nos princípios da ordem econômica, mais especificamente no artigo 174, §2°, determinando
que a lei deverá estimular as formas de cooperativas. As cooperativas também aprecem na orientação da política
agrícola, afinal, o artigo 187 da constituição determina que a política agrícola deve se efetivar, envolvendo
produtores e trabalhadores rurais, levando em conta o cooperativismo e os setores de transportes,
comercialização e armazenamento (BRASIL, 1988).
O tratamento constitucional ofertado para as cooperativas ganha destaque também no campo dos direitos e
garantias individuais. Conforme a constituição, em seu artigo 5°, XVIII, as cooperativas podem ser criadas
independentemente de autorização, salvo se houver disposição legal em contrário, sendo vedada a interferência
do poder público em seu funcionamento (BRASIL, 1988).
Percebemos, portanto, que a lei máxima do ordenamento jurídico brasileiro dá ampla importância para as
cooperativas no âmbito da produção agrícola, compreendendo-a enquanto fundamental para gerar o
desenvolvimento agrícola e melhorar a condição de vida dos trabalhadores e produtores rurais. Precisamos,
VOCÊ SABIA?
As cooperativas que desempenham atividades agropecuárias são fundamentais para a
economia do Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) menciona que 48%
de toda a produção agrícola passa por uma cooperativa, o que envolve mais de um milhão de
pessoas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por sua vez, afirma que as
cooperativas são importantes para manter os agricultores no campo brasileiro, por meio do
incentivo na comercialização da produção e no fornecimento de serviços aos cooperados. Para
saber mais sobre o assunto, acesse o : link http://www.agricultura.gov.br/assuntos
./cooperativismo-associativismo/cooperativismo-brasil
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/cooperativismo-associativismo/cooperativismo-brasil
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/cooperativismo-associativismo/cooperativismo-brasil
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desenvolvimento agrícola e melhorar a condição de vida dos trabalhadores e produtores rurais. Precisamos,
então, entender os conceitos por trás das cooperativas. Vejamos os próximos itens!
4.4.2 Cooperativas e conceitos
As cooperativas devem ser compreendidas enquanto pessoas jurídicas. Gonçalves (2012) nos explica que as
pessoas jurídicas dizem respeito ao reconhecimento do direito de organização de pessoas ou bens que se unem
para realizarem objetivos comuns, transcendendo a individualidade e construindo uma personalidade própria
do grupo.
O Código Civil de 2002, em seu artigo 44, reconhece a existência do formato das seguintes pessoas jurídicas de
direito privado: associações, sociedades, fundações, organizações religiosas, partidos políticos e empresas
individuais de responsabilidade limitada (BRASIL, 2002). No bojo do texto que versa sobre questões
empresariais, o código ainda trata sobre as cooperativas nos artigos 1.093 e 1.096.
Nesse contexto, é importante frisarmos algumas características das cooperativas:
• elas possuem variabilidade no capital social, podendo, inclusive, existir dispensa de capital social;
• há concurso de sócios mínimos;
• há limitação do valor da soma de quotas;
• o cooperado não pode transferir quotas do seu capital para terceiros que são estranhos à sociedade;
• o cooperado tem direito de voto nas deliberações da assembleia da cooperativa, bem como de integrar 
as instâncias de deliberação.
Figura 4 - Cooperativas correspondem ao agrupamento de pessoas com objetivos comuns
Fonte: STILLFX, Shutterstock, 2019.
Para além das questões debatidas no âmbito do Direito Empresarial, a Lei n. 5.764/1971 versa sobre a política
nacional do cooperativismo. O artigo 3° traz o seguinte conceito de sociedade cooperativa: “[…] as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de
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reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de
proveito comum, sem objetivo de lucro” (BRASIL, 1971).
A Lei n. 5.764/1971 também apresenta algumas características importantes sobre as cooperativas, sendo elas:
• a adesão em uma sociedade cooperativa deve ser voluntária e deverá contar com, pelo menos, 20 
cooperados;
• o capital social da cooperativa será composto por quotas-partes variáveis;
• deverá existir limitação no número de quotas-partes do capital a partir de cada associado;
• as quotas-partesdo capital não são acessíveis para terceiros não cooperados;
• os votos são singulares;
• o número de integrantes para iniciar e deliberar em assembleia geral decorre do número de associados, 
e não em relação ao capital presente;
• o retorno das sobras do exercício da cooperativa será retornado proporcionalmente em relação às 
operações que foram realizadas pelo associado;
• não pode existir divisão nos fundos destinados à reserva da Assistência Técnica, Educacional e Social;
• as cooperativas não possuem vínculo político partidário e é vedada qualquer discriminação em face de 
questões religiosa, racial e social;
• as cooperativas devem prestar assistência aos seus associados;
• a admissão dos associados deve se atentar para a possibilidade de reunião, operações, controle e 
prestação dos serviços.
Como síntese, podemos entender, portanto, que as cooperativas correspondem ao agrupamento de pessoas com
objetivos em comum e que visam criar uma sociedade com personalidade jurídica própria.
Feita a discussão sobre o conceito e as características das cooperativas, ficam as inquietações: os cooperados
possuem vínculo trabalhista? Devem contribuir com a previdência? Como funciona a responsabilidade dos
cooperados? Quais são as classificações existentes sobre as cooperativas? Como é feito o registro de uma
cooperativa agropecuária? Iremos entender sobre tais pontos a seguir.
4.4.3 Aspectos do cooperativismo agropecuário
Marques (2015), ao analisar a Lei n. 5.764/1971, identifica determinados aspectos. Clique nos itens e confira!
As cooperativas agropecuárias podem adquirir produtos de não associados, ou seja, produtos de pessoas que não
tenham vínculo com o grupo para suprir a capacidade de instalação industrial (artigo 85).
É possível o ingresso de pessoas jurídicas na cooperativa, desde que desempenhem as mesmas atividades
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CASO
Imagine que um grupo de 25 produtores rurais atuantes na criação de gado em uma região
próxima realizavam a produção leiteira. Em vez de cada um deles contratarem o caminhão de
transporte do leite para estabelecimento de industrialização, venderem o produto para
determinada agroindústria, acessarem a assistência técnica e pagarem pela prestação de
serviços, eles resolvem se juntar e criar uma cooperativa.
Com a criação da cooperativa, eles poderão contratar uma única assistência técnica, utilizar os
mesmos equipamentos, socializar o caminhão para o transporte, comprar conjuntamente os
mecanismos que facilitem a industrialização e comercialização, entre outras situações. Isto é,
trata-se de uma forma de produção coletiva que visa contribuir com a vida do produtor rural.
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É possível o ingresso de pessoas jurídicas na cooperativa, desde que desempenhem as mesmas atividades
econômicas dos cooperados (artigo 29, §2°).
O trabalho dos cooperados não é caracterizado como vínculo trabalhista, por isso, o produtor rural que optar
pela cooperativa não terá vínculo celetista, incluindo 13° salário, férias, FGT, seguro desemprego, entre outros.
Apesar da não caracterização da relação de emprego, a cooperativa pode destinar recursos no Fundo de
Benefícios Sociais criado pela própria cooperativa, a fim de garantir a existência desses direitos.
Sobre a previdência social, no âmbito da previdência social, o exercício como cooperado em cooperativa não
descaracteriza o segurado especial, conforme artigo 11, VII, da Lei n. 8.213/1991; no entanto, o segurado deverá
recolher a contribuição no exercício das atividades, mediante documento fiscal que envolve a transação das
mercadorias.
Além disso, as cooperativas podem ser de responsabilidade limitada ou ilimitada, conforme o artigo 1.095 do
Código Civil de 2002. Será de responsabilidade quando cada cooperado responder somente pelo valorlimitada
da sua quota-parte e pelo prejuízo decorrente de operações especiais. Já na responsabilidade , cadailimitada
sócio responderá de forma solidária, ou seja, por toda a dívida contraída pela cooperativa nas obrigações sociais
(BRASIL, 2002).
Também podemos dizer que as cooperativas são classificadas em , quando compostas por, pelosingulares
menos, 20 associados e prestando de forma direta os serviços aos cooperados; , quando compostas por,centrais
ao menos, três cooperativas singulares; e , quando compostas por, ao menos,confederação de cooperativas
três cooperativas centrais, independentemente da modalidade desempenhada.
Para além dessa divisão, Marques (2015), menciona que as cooperativas se organizam a partir do objeto e da
natureza da atividade a ser desempenhada.
As cooperativas de produtores agrícolas ainda se instituem a partir assembleia geral dos fundadores,
independentemente de autorização do poder público. O ato constitutivo deverá ser registrado na Junta
Comercial do Estado em que tiver sede. As pessoas jurídicas não são sujeitas às regras da falência, por isso, em
caso de dissolução, devem seguir os procedimentos da lei de cooperativas (MARQUES, 2015).
Síntese
Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos, assim como ao final do nosso aprendizado a respeito da
Legislação do Agronegócio. Aqui, aprendemos sobre tópicos importantes do agronegócio e sua relação com a
legislação trabalhista. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender os documentos necessários para proceder a admissão dos empregados rurais, 
principalmente no que tange ao exame admissional;
• analisar que os empregados rurais possuem direitos trabalhistas previstos em legislação específica, 
assim como os trabalhadores urbanos, com algumas ressalvas;
• entender a estrutura organizativa dos sindicatos patronais e de trabalhadores, analisando sua 
importância na negociação coletiva do trabalho;
• observar sobre o instituto das cooperativas, verificando que elas não configuram vínculo trabalhista 
entre os cooperados.
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Bibliografia
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	Introdução
	4.1 Sistema de seleção e admissão de empregados
	4.1.1 Admissão e registro de empregados
	Carteira de trabalho
	Livro de registro
	4.2 Execução de contratos e formas de extinção do contrato
	4.2.1 Trabalho rural no Brasil
	4.2.2 Lei n. 5.889/1973: normas reguladoras sobre o trabalho rural
	4.2.3 Extinção ou rescisão do contrato de trabalho
	4.3 Legislação sindical do agronegócio
	4.3.1 Organizações sindicais
	4.3.2 Papel do sindicato patronal rural
	4.3.3 Organizações sindicais patronais: questões pertinentes
	4.4 Cooperativas
	4.4.1 Importância das cooperativas no âmbito do Direito Constitucional
	4.4.2 Cooperativas e conceitos
	4.4.3 Aspectos do cooperativismo agropecuário
	Síntese
	Bibliografia

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