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CASO CONCRETO 3 - DCA

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D CONST AVANÇADO 
CASO CONCRETO 3 
A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de 
jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse 
ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, 
ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais 
especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente 
da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso 
sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha 
afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-constitucional 
brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. 
a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução 
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato 
normativo inconstitucional. 
b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a 
inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo 
juízo a quo. 
c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar 
para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. 
d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não 
tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. 
 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a 
autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos 
constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições 
públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 
130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a 
defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação 
da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos 
normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? 
Resposta: O ministério Público Federal tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em 
defesa de direitos individuais homogêneos, desde que seja configurado interesse social 
relevante. A Constituição Federal, em seu art. 5º, X XXIV, b, garante ao segurado a obtenção 
de certidões perante as repartições públicas, com a finalidade precípua de defesa de seus 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Não é lícito ao INSS a restrição 
ao cidadão de obtenção de certidão parcial de tempo de serviço, baseada em norma 
regulamentas que importa óbice ao exercício de um direito constitucionalmente assegurado. 
Ademais, não existe no ordenamento pátrio lei em sentido estrito que impeça o segurado de 
obter mencionada certidão.

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