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Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Aprofundamento Econômicas Semana 7 1 Geografia Blocos Econômicos Resumo Os blocos econômicos correspondem a associações regionais com objetivo de facilitar e incentivar o livre comércio entre os países, derrubando ou reduzindo as barreiras econômicas. A partir de diferentes medidas, como a redução de tarifas, impostos ou exigências alfandegárias, é possível aumentar a fluidez de capitais, bens e pessoas entre os países membros. São uma resposta dos países ao processo de globalização, mas nem todos os blocos são iguais. Existem diferentes níveis de integração e, portanto, diferenças significativas em seus objetivos. Do mais simples ao mais complexo, sempre incorporando a característica do anterior, é possível classificá-los como: • Zona de Livre Comércio: busca facilitar a livre circulação de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco, estabelecendo uma tarifa interna comum (TIC). O Nafta, atualmente denominado UMSCA, é um grande exemplo. • União Aduaneira: Além da existência da TIC, é definida uma tarifa externa comum (TEC). Além de facilitar a livre circulação de mercadorias entre os países membros, busca definir tarifas únicas para negociar com outros países. O que possibilita esse tipo de bloco negociar com outros países ou outros blocos, buscando vantagens econômicas. O Mercosul é um exemplo. • Mercado Comum: possui todas as características dos blocos anteriores, porém apresenta uma integração mais ambiciosa, buscando-se uma padronização da legislação econômica, fiscal e trabalhista. O objetivo é a livre circulação de capitais, serviços e pessoas. • União Monetária e Política: é o maior nível de integração dos blocos. Além de possuir uma moeda única e consequentemente a criação de um Banco Central, busca também uma unificação legislativa profunda, superando os limites dos Estados. O único exemplo é a União Europeia e o tão famoso Banco Central Europeu, bem como o Parlamento Europeu. Esquema representativo dos níveis de integração dos blocos econômicos. 2 Geografia União Europeia (UE) União Monetária e Política formalmente criado em 1992, a partir do Tratado de Maastricht para estabelecer uma cooperação econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais avançados apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de pessoas e funcionamento de um parlamento único. Recentemente, com a crise de migração enfrentada pelo velho continente, observou-se a criação de uma polícia de fronteiras. O bloco é composto por 28 países membros. Em junho de 2016, através de um plebiscito, o Reino Unido decretou a saída do bloco econômico, que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2020. O embrião do bloco surgiu em meados de 1957, com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE). Era formada apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também era chamada de “Europa dos 6”. O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. O maior objetivo era formar uma aliança para fortalecer as comunidades europeias, recuperar suas economias e enfrentar o avanço da influência norte-americana. Nesse mesmo contexto, a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e, bem como, garantir a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma força militar e de segurança. Na década de 1980 outros países integraram a CEE como a: Reino Unido, Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa dos 12”. Tratado de Maastricht (1992) propôs uma integração e cooperação econômica, buscando harmonizar os preços e as taxas de importação. Em 1999 foi projetada a união monetária, a qual consistia na criação de um Banco central e da moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia. Nem todos os países membros são permitidos adotar o Euro ou eles mesmos não desejam, como o caso do Reino Unido que manteve a libra esterlina como moeda principal. Outro acordo interno é o Espaço Schengen, no qual estabelece a livre circulação de pessoas, novamente, nem todos os países que pertencem a União Europeia fazem parte desse acordo. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia 3 Geografia Mercado Comum do Sul (Mercosul) União Aduaneira criada a partir do Tratado de Assunção, em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seu objetivo é futuramente formar um Mercado Comum, com livre circulação de pessoas, porém as disparidades econômicas entre os membros, a baixa cooperação regional do Brasil e Argentina, além do caráter primário da maioria das exportações dos países membros, dificultam o desenvolvimento do bloco. A Venezuela foi efetivada ao posto de quinto membro efetivo do bloco, em 2012, após uma verdadeira crise política no governo de Dom Fernando Lugo, no Paraguai. Esse país se posicionava contra a entrada da Venezuela, porém devido à suspensão do Paraguai em meio à crise política, a entrada da Venezuela foi aprovada. Hoje, a Venezuela se encontra suspensa desde 2017 por ruptura da ordem democrática. A Bolívia é outro país que possui interesse em fazer parte do Mercosul, manifestando seu interesse formalmente desde 2015. Sua entrada já está aprovada por todos os países, todavia falta a efetivação pelo Congresso brasileiro. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Comum_do_Sul North American Free Trade (NAFTA) Zona de Livre Comércio, criada em 1992, por Canadá, Estados Unidos e México. Denominado Tratado de Livre Comércio das Américas esse bloco busca reduzir as tarifas alfandegárias entre os países membros. Desde sua criação a troca entre os países cresceu vertiginosamente, criando uma grande dependência do Canadá e do México para com os Estados Unidos. Desde a Crise de 2008 que afetou a economia americana e o mundo, o acordo é questionado, uma vez que as duas menores economias do bloco tiveram que procurar maior diversificação dos seus mercados. Mais recentemente, Donald Trump, pressionando ambas as economias, buscou a renegociação desse acordo, agora denominado USCAM, simplesmente a junção das siglas dos respectivos países. Todavia, para o acordo entrar em vigor, em 2020, falta apenas a assinatura do congresso americano, que impõem certas dificuldades aos projetos do republicano. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Norte-Americano_de_Livre_Com%C3%A9rcio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Norte-Americano_de_Livre_Com%C3%A9rcio 4 Geografia Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) É uma organização intergovenamental criada em 1967, a partir do Tratado de Amizade e Cooperação. A partir de 1992, foi implantada uma zona de livre comércio entre os países membros. É composto por Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja. Seus principais objetivos são estimular o comércio entre os países membros, além de garantir uma estabilidade política e econômica na região. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_de_Na%C3%A7%C3%B5es_do_Sudeste_Asi%C3%A1tico Aprofundando nos blocos econômicos atuais Acordo Mercosul – União Europeia É um acordo que propõem a redução ou anulamento de tarifas no comércio entre os países membros. Sabemos que, de modo geral, a União Europeia é possui maior poder econômico do que os países que compõem o Mercosul. Isso implica dizer queos produtos do Mercosul estão associados sobretudo aos commodities, produtos que funcionam como matéria prima, enquanto os produtos europeus possuem maior valor agregado. Juntos, esses países representam 25% da produção de bens e serviços do mundo, e um mercado de 780 milhões de pessoas. Com a redução de tarifas, os produtos europeus entrarão no mercado brasileiro a preço mais competitivo. O produto brasileiro, sobretudo no que tange o setor agrícola, chegará com vantagens de preço no mercado europeu, o que estimula nossa produção nesse setor. Com isso, alguns especialistas temem que haja redução do nosso potencial industrial, uma vez que temos muito o que desenvolver para produzir a nível competitivo com o produto europeu, que estará mais acessível em território nacional. Nesse sentido, será nosso setor primário que será muito estimulado, recebendo vantagens. Das contradições desse processo, pode-se citar a exigência por qualidade como o padrão para redução dos agrotóxicos e proteção de terras indígenas, por exemplo. Digo contradição porque o mercado europeu, por meio da compra, estimulará o crescimento do agronegócio no Brasil, e também porque são empresas muitas das vezes europeias que fornecem os pesticidas utilizados no Brasil, mas proibidos no território europeu. ProSul- Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul O Prosul é um fórum regional de diálogo que teve sua formação no dia 22 de março de 2019 com a assinatura da "Declaração Presidencial sobre a Renovação e o Fortalecimento da Integração na América do Sul" ou Declaração de Santiago, e que se propõem a ser implementado e organizado gradualmente. A proposta para formação do bloco veio do Chile, onde foi assinado o tratado, e da Colômbia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_de_Na%C3%A7%C3%B5es_do_Sudeste_Asi%C3%A1tico 5 Geografia Esse bloco surge no momento de enfraquecimento do Unasul, que surgiu quando a américa do sul tinha predominancia de governos de esquerda. O Prosul, no sentido oposto, surge no momento da ascenção da direita na América Latina. Assinaram a Declaração de Santiago os países: Argentina (Mauricio Macri), Brasil (Jair Bolsonaro), Chile (Sebastián Piñera), Colômbia (Iván Duque), Equador (Lenín Moreno), Guiana (embaixador George Talbot), Paraguai (Mario Abdo Benítez) e Peru (Martín Vizcarra). Bolívia, Uruguai e Suriname não assinaram a declaração, mas se mostraram abertos ao diálogo uma vez que estiveram presentes na reunião. A Venezuela, por conta de sua grave crise político economica, ficou de fora do acordo. O vice-chanceler Uruguaio deu uma declaração explicando porque não assinou. Ele disse que não acredita que esse bloco será responsável por resolver os problemas de integração que a América do Sul passa, uma vez que o bloco, assim como a Unasul, também parece ter orientação ideológica. Apesar disso, os dois idealizadoras do Prosul negam o caratér ideológico e ressaltam a importância democrática e da união dos países membros. Como propósitos estão citados: 1. Cooperação e coordenação: “Construir e consolidar espaço regional de coordenação e cooperação, sem exclusões, para avançar em direção a uma integração mais efetiva que permita contribuir para o crescimento, o progresso e o desenvolvimento dos países da América do Sul.” 2. Diálogo: “Criar um espaço de diálogo e colaboração sul-americano.” 3. Implementação gradual e flexibilidade na estrutura: ”Que este espaço deverá ser implementado gradualmente, ter estrutura fléxivel, leve, que não seja custosa, com regras de funcionamento claras e com mecanismo ágil de tomada de decisões.” 4. Integração infraestrutural: “Que este espaço abordará de maneira flexível e com caráter prioritário temas de integração em matéria de infraestrutura, energia, saúde, defesa, segurança e combate ao crime, prevenção de e resposta a desastres naturais.” 5. Requisitos de participação: “Que os requisitos essenciais para participar deste espaõ serão a plena vigência da democracia e das respectivas ordens constitucionais, o respeito ao princípio de separação dos poderes do estado, e a promoção, proteção e respeito e garantia dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, assim como a soberania e a integridade territorial dos estados, em respeito ao direito internacional.” Disponível em: https://www.politize.com.br/prosul/ USMCA – O Novo Nafta O USMCA corresponde a uma modernização do tratado de livre comércio entre EUA, Canadá e México. A renovação desse acordo aconteceu em 2018 e aconteceu por um pedido do Donald Trump, que alegou estar passando por um déficit no comércio na relação com o México, sobretudo pelas transferências industriais que ocorreram anteriormente ao seu mandato. Esse acordo reflete uma postura do protecionismo econômico presente na política do presidente Donald Trump. O Nafta foi um acordo que durou vinte e quatro anos facilitando o comércio entre os três países. Ele não prevê a livre circulação de pessoas, mas de bens e produtos, com redução ou finalização das barreiras comerciais. Das críticas que o acordo sofria, a forte dependência mexicana da econômia americana era ressaltada com o acordo. O México, já vinha demonstrando insatisfação quanto as vantagens que os EUA teriam sobre o preço dos produtos agrícolas, enquanto os EUA acreditam que sua economia estava sofrendo com o deslocamento industrial para Canadá e México, devido as vantagens locacionais e atrativos econômicos como mão de obra mais barata e redução de impostos. Das diferenças na renovação do acordo devemos citar: https://www.politize.com.br/prosul/ 6 Geografia SOUSA, Rafaela. "USMCA"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/usmca.htm. Acesso em 14 de fevereiro de 2020. 7 Geografia Exercícios 1. (FGV 2015) É grande a preocupação com o bloco tanto pelo imobilismo de suas regras quanto pelo isolamento em relação aos acordos comerciais. A paralisia do grupo regional e as crescentes medidas protecionistas da Argentina preocupam o setor privado brasileiro, o maior prejudicado por essa situação. É previsível a continuada oposição da Argentina e da Venezuela à flexibilização das regras do bloco. É do interesse brasileiro ignorar essa oposição e assumir a liderança nas tratativas para retomar os entendimentos com a UE e aceitar a ampliação na negociação externa com países mais desenvolvidos, como o Canadá e a Coreia do Sul. A Espanha defendeu abertamente uma opção pragmática para que as conversações entre a União Europeia e o bloco possam avançar. (O Estado de S.Paulo, 9 jun. 2015. Adaptado) O texto refere-se ao bloco a) MERCOSUL b) ALADI c) UNASUL. d) BRICS. e) FMI. 2. (UNESPAR 2016) O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo Estado. Em um primeiro momento, a ideia dos blocos econômicos era de diminuir a influência do Estado na economia e comércio mundiais. Mas, a formação destas organizações supranacionais fez com que o estado passasse a garantir a paz e o crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a iniciativa de maior sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus. Disponível em:< http://educacao.globo.com/artigo/globalizacao-comercio-mundial-formacao-de-blocos- economicos.html> Acesso em: 22 out. 2015. Sobre o tema central em destaque, é correto afirmar: a) Os BRICs figuram como o mais novo bloco econômico mundial, formado por países emergentes, direcionando-se para uma unificação monetária; b) A evolução e prosperidade do Mercosul pode ser vista pelo desenvolvimento socioeconômico dos países emergentes que formam o bloco, assim como pela ampliação do número de países membros; c) A União Europeia é o mais antigo dos blocos econômicos mundiais, atualmente vem sofrendovários impactos relacionados a crises que assolam alguns países membros; d) Por ser o mais consolidado dos blocos econômicos, a União Europeia efetivou a unificação monetária em todos os países membros, e se direciona para criar um cidadão único, tanto na Europa ocidental como na oriental; e) O Nafta, Associação de Livre Comércio da América do Norte, é formada por três países com alto poder de produção, consumo e grande população absoluta dentro do mundo. 8 Geografia 3. (UFRGS 2019) O BRICS (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que realiza cúpulas anuais desde 2009, prevê a) a atuação na esfera da governança econômico-financeira e também da governança política. b) a diminuição das tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados, mas não a livre circulação de pessoas e investimentos. c) a formação da Cúpula da América Latina, Ásia e União Europeia e visa à integração regional, à redemocratização e à reaproximação dos países. d) a livre circulação de pessoas e investimentos. e) a resolução da crise na Síria e das tensões geopolíticas na Crimeia. 4. (UNESP 2017) Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode ser assim resumida: Os países ________ não têm poder político sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do Tratado de Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicação da cláusula democrática do bloco sobre a ___________, em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e econômica que atravessa o país. As lacunas do excerto devem ser preenchidas por a) do Nafta – Argentina. b) do Mercosul – Bolívia. c) da ALADI – Venezuela. d) da ALADI – Bolívia. e) do Mercosul – Venezuela. 5. (UDESC 2018) Sobre o G20, analise as proposições. I. É formado pela União Europeia e mais 19 países, com economias mundialmente importantes. II. Da América do Sul, apenas Argentina e Brasil participam do G20. III. Neste ano, a cúpula do G20 será na Argentina. É a primeira vez que um país da América do Sul preside o bloco. IV. No G20 os eixos temáticos discutidos são: o futuro do trabalho, a infraestrutura para desenvolvimento e o futuro alimentar sustentável. V. Apesar de a Espanha não fazer parte do G20, é uma convidada permanente para os encontros da cúpula. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. d) Somente a afirmativa I é verdadeira. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 9 Geografia Gabarito 1. A O texto cita que fazem parte do bloco Argentina e suas tensões com Venezuela. Além disso, posiciona a relação do Brasil no comércio internacional. Além disso, a União Europeia tem tentando estabelecer uma relação de proximidade com o bloco do Mercosul, a fim de estabelecer a livre circulação de mercadorias. 2. C A União Europeia tem passado por vários conflitos dos chamados “eurocéticos”. Sua definião pol´tiica e não apenas econômica contraria muitas das vezes a vontade dos líderes nacionais. Essa contraposição tem gerado atritos no que tange por exemplo a questão dos refugiados, e se intensificou com a saída do Reino Unido do bloco. 3. A O BRICS é um bloco sobretudo político, por prever em sua criação uma contra hegemonia aos países dominantes. Ele representa os países em ascenção econômica, que muitas das vezes não se veem representados de fato pelas principais instituições financeiras do mundo capitalista globalizado como o FMI, o Banco Mundial e a própria ONU. 4. E A questão fala sobre a saída da Venezuela do Mercosul. Desde a crise político economica que assombra o país, muitos líderes regionais da América do Sul tem imposto restrições a participação, por conta da perda do caráter democrático. 5. E O G20 é um grupo que abrange as principais econômias do mundo, entre as desenvolvidas e os emergentes. É um importante bloco de cooperação comercial e política, e busca realizar discussões pertinentes sobre a realidade financeira atual. 1 História América Portuguesa nos séculos XVI e XVII Resumo As primeiras expedições portuguesas A chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500, não despertou um planejamento imediato de colonização do novo território encontrado pelos portugueses. A conquista da rota para as Índias por Vasco da Gama, em 1498, atraiu muito mais o interesse lusitano, visto que os altos lucros obtidos com as especiarias do oriente e com o comércio na África deixavam de lado maiores investimentos na América.Apesar dessa negligência inicial, que marca o período conhecido popularmente como “Pré-Colonial”, expedições exploradoras não deixaram de acontecer durante o século XVI. Já em 1501, uma expedição chefiada por Gaspar de Lemos confirmou a existência e o valor do pau-brasil, pelo qual era possível a extração de tinta vermelha, muito preciosa na Europa. Inicialmente, a exploração da madeira foi realizada através do uso de mão de obra indígena, que cortavam e carregavam o pau-brasil em troca de objetos europeus (escambo), mas, logo essa mão de obra nativa passou a ser escravizada e o chamado “negro da terra” (nativo-americano) também se tornou uma moeda de troca entre tribos e portugueses. Essa escravidão indígena foi utilizada no Brasil durante décadas, no entanto, comparada à colonização espanhola, a lusitana dependeu muito mais do negro africano do que do nativo-americano. Afinal, os indígenas que ocupavam a colônia portuguesa viviam muito mais dispersos e, muitas vezes, em lugares de difícil acesso, resistindo à escravidão. Outro fator importante também foi o genocídio das tribos que viviam no litoral, o trabalho dos jesuítas, que impediam a captura de nativos nos aldeamentos indígenas e, enfim, o lucro obtido com o tráfico de africanos escravizados era tão exorbitante que essa mão de obra passou a ser mais valorizada. Tendo em vista essa exploração do pau-brasil, já em 1503, uma expedição comandada por Gonçalo Coelho estabeleceu as primeiras feitorias no litoral, com o objetivo de armazenar alimentos, equipamentos e conservar a madeira para exportação que, a partir do estabelecimento do estanco, passou a ter a exploração monopolizada por Portugal. Essa medida visava proteger o produto das investidas “estrangeiras”, ou seja, europeus que não pertenciam ao Império Português e que já realizavam assaltos e contrabandos no litoral. Essas investidas de franceses, holandeses e espanhóis no território português, naturalmente, despertaram a preocupação da Coroa portuguesa quanto a manutenção e proteção do território brasileiro, afinal, apesar do Tratado de Tordesilhas, contrabandistas e colonos de países rivais poderiam facilmente ocupar e colonizar o vasto território que os portugueses reivindicavam. Tendo em vista essa preocupação, apenas em 1531 que Martim Afonso de Souza foi enviado para realizar a primeira expedição colonizadora oficial de Portugal no Brasil. O colono deveria ocupar e povoar a terra, descobrir riquezas e combater estrangeiros, sendo essa administração realizada através da doação de terras chamadas de sesmarias (lotes de terra). Assim, Martim Afonso de Souza, no Brasil, fundou os primeiros núcleos de colonização, as vilas de São Vicente e Santo André da Borda do Campo, onde hoje conhecemos como o território de São Paulo. 2 História A administração colonial portuguesa Durante a expansão portuguesa pelo Oceano Atlântico, algumas ilhas conquistadas receberam um modelo administrativo baseado na divisão do território e na doação de faixas de terras para donatários, modelo que ficou conhecido comocapitanias hereditárias. As capitanias eram doadas aos capitães-donatários por meio de forais e cartas de doação e o donatário que recebesse a faixa de terra deveria proteger o território e seus colonos, fundar vilas, estimular a exploração do pau-brasil e descobrir novas riquezas. Entre 1534 e 1536, 15 capitanias foram criadas e doadas para seus administradores, no entanto, apenas duas prosperaram, Pernambuco e São Vicente, graças ao rico cultivo da cana-de-açúcar, que se tornaria o produto mais importante da colonização portuguesa no Brasil e base da civilização colonial. O fracasso das outras capitanias, no entanto, deve-se às dificuldades encontradas pelos donatários na colonização e pelo desinteresse de muitos outros que nem chegaram a sair de Portugal. Assim, tendo em vista os problemas que se desencadearam por conta da descentralização provocada pelas capitanias, em 1548, o governo português decidiu fortalecer sua autoridade sobre a colônia centralizando a administração nas mãos de um governador-geral. O primeiro encarregado dessa função foi Tomé de Souza, que se estabeleceu em Salvador, em 1549, com a missão de garantir as condições necessárias para uma boa colonização portuguesa das novas terras, a proteção contra os ataques de nativos e estrangeiros, a construção de feitorias e fortalezas e o estímulo da economia açucareira. Para realizar essa missão, Tomé de Souza trouxe para o Brasil africanos escravizados, mulheres e um grupo de jesuítas que estabeleceu os primeiros colégios da colônia. Em 1554, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio de São Paulo, que se tornou um embrião da atual cidade brasileira. A permanência dos jesuítas no Brasil gerou uma série de conflitos entre os colonos, que desejavam expandir seus negócios e escravizar indígenas, e os próprios jesuítas, que acreditavam na possibilidade da catequização dos nativos. A civilização do açúcar e a escravidão na colônia Se a colonização espanhola na América se concentrou nas riquezas minerais e na exploração da mão de obra indígena, na colônia portuguesa, como visto, a escravidão de africanos e o projeto agrícola foram as bases da colonização lusitana. O historiador Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar as diferenças entre as duas colonizações compara a aventura portuguesa ao trabalho dos semeadores e a ocupação espanhola ao esforço dos ladrilhadores. Para o autor, os lusitanos com seu espírito aventureiro encaravam a colonização na América como uma fonte de exploração rápida dos seus bens, ou seja, como um semeador, os portugueses apostaram na agricultura e realizaram a ocupação de forma dispersa, sem um planejamento e visando lucros rápidos. Os espanhóis, por sua vez, como os ladrilhadores, investiram na colonização urbana e racionalizada que, apesar de mais lenta, levou a uma ocupação muito mais sólida e menos voltada para a agricultura. Essa forma de colonização portuguesa, além de justificada pelo espírito aventureiro português, que buscava muito mais a exploração do que o sedentarismo, também pode ser explicado pelas condições demográficas e pela qualidade da terra. A baixa quantidade de portugueses dispostos a colonizar diversas partes isoladas do território brasileiro dificultava esse sedentarismo, assim como emperrou o próprio desenvolvimento das capitanias hereditárias e “atrasou” as descobertas de metais preciosos. Além do mais, a fertilidade da terra no litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste, permitiu a criação de uma sociedade agrária que obteve um rápido sucesso em diversos pontos, principalmente com o cultivo da cana-de-açúcar. 3 História O cultivo da cana já era realizado por Portugal a décadas em outras colônias no Atlântico, como nos engenhos da Ilha da Madeira. Graças a essas experiências, os portugueses que aqui chegaram com as primeiras mudas já sabiam as melhores formas de investir nesse cultivo. Já em 1610, cerca de 400 engenhos estavam espalhados pela costa brasileira e movimentando a produção e exportação do açúcar para a Europa, grande apreciador e comprador do produto. O açúcar, assim, logo se tornou o principal produto da colônia e os engenhos verdadeiros núcleos de colonização, comandados pela figura do senhor de engenho, que detinha um grande poder local, um membro quase nobre da “açucarocracia” e que deu origem, no Brasil, ao modelo de sociedade patriarcal. Nesse modelo de sociedade, a figura do homem era central na tomada de decisões, deslocando as mulheres para afazeres domésticos e religiosos. No Brasil, esses homens ainda estabeleciam relacionamentos baseados no apadrinhamento, que ligava famílias mais ricas às mais pobres, ou senhores de engenho a homens que os dedicavam fidelidade, respeito e trocas de favores. O senhor de engenho, portanto, era uma figura central nessa lógica açucareira e, vivendo na chamada Casa Grande, submetia aos seus mandos diversos homens livres, como padres, capatazes, feitores, comerciantes e até mesmo políticos. Nas câmaras municipais, onde eram resolvidos os problemas jurídicos, administrativos e fiscais das regiões colonizadas, os senhores de engenho exerciam forte influência para que seus interesses sempre fossem respeitados. Muitas vezes, os próprios senhores ou proprietários de terras menores realizavam os trabalhos administrativos diretamente na vila, sendo chamados de homens bons. Fonte: GÂNDAVO, Pêro de Magalhães. Tratado da terra do Brasil (1571). In: VIANNA, Hélio. História do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.125 apud VICENTINO, Cláudio. História para o Ensino Médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005, p. 157. Toda essa estrutura era garantida pelo chamado pacto colonial, que firmava o domínio português sobre os colonos em uma relação de exclusividade entre a metrópole e a colônia. Logo, apesar da autonomia e do poder dessas figuras, ao fim, ainda precisavam respeitar os mandos da Coroa e da metrópole. Também vale destacar que, para o completo funcionamento dessa lógica agrícola e para render os altos lucros que o gráfico acima revela, os engenhos de açúcar, portanto, funcionavam em um modelo agrícola conhecido como plantation, que era um padrão de exploração voltado para a monocultura, a exportação dos produtos e o uso da mão de obra escravizada em grandes latifúndios (doação de sesmarias por donatários). Assim, no latifúndio, enquanto os senhores de engenho viviam na chamada Casa Grande, de onde partia o controle econômico da produção, às margens se localizavam as senzalas, local destinado aos negros escravizados e onde ficavam os braços do trabalho agrícola. A escravidão africana se tornou o motor dessa estrutura de exploração açucareira e, graças aos escravizados, os portugueses conseguiram superar o problema demográfico e produzir e exportar em grandes quantidades. 0 10 20 30 40 50 60 70 1570 1580 1600 1610 1630 1640 1650 1670 1710 1760 M il h ar es d e to n el ad as Ano Exportação de açúcar (1570 - 1760) Açúcar 4 História Visto isso, a riqueza da colônia brasileira desde o início da ocupação portuguesa, tanto pelo pau-brasil, quanto pelo tráfico de africanos escravizados e pela agricultura, logo despertou os interesses “estrangeiros”. Já no século XVI a necessidade de colonizar para defender o território se mostrou importante, visto que piratas e corsários atuavam constantemente no litoral. França Antártica Os franceses, mesmo antes de Cabral, já conheciam o litoral brasileiro e comercializavam com os índios alguns gêneros tropicais, no entanto, em 1555, a primeira empreitada patrocinada pela coroa francesa teve como destino a baía de Guanabara. Liderados por Durand de Villegnon, 600 colonos franceses católicos e protestantes começaram uma colônia no atlântico sul. A colônia tinha o objetivo de participar do comércio deespeciarias com os nativos que era exclusivo dos portugueses, os colonos passaram por diversas dificuldades como doenças e fomes, o que gerou inúmeras deserções dos franceses para as tribos indígenas. Villegnon chegou a proibir o contato e a união entre franceses e indígenas. Dois anos depois chegaram mais colonos, mas, desta vez, somente protestantes, que acabaram refletindo no Novo Mundo os conflitos religiosos do continente. Assim, a empreitada fracassou e, em 1565, os portugueses liderados por Estácio de Sá, em companhia de José de Anchieta, retomaram a região e fundaram a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. União Ibérica A crise que gerou a união das duas coroas começou em 1578, quando o jovem rei D. Sebastião se aventurou em uma batalha na região de Alcácer-Quibir no Marrocos, contra os árabes. Além de seu entusiasmo cruzadístico, o rei tinha interesses em reabrir rotas comerciais no norte da África, porém, durante as expedições, D. Sebastião desapareceu em combate, deixando o trono vago, já que não tinha herdeiros. A figura de Dom Sebastião virou um símbolo de esperança, pois muitos súditos ainda acreditavam na volta do rei para enfim governar novamente. Há relatos de pessoas entrevistadas pela inquisição que diziam ter sonhado com o monarca e, o próprio Antônio Conselheiro, líder do Arraial de Canudos, era um adepto do Sebastianismo, tendo profetizado o retorno do rei. Assim, o Cardeal D. Henrique, tio avô de D. Sebastião, assumiu o trono lusitano, no entanto a dinastia de Avis estava com os dias contados, já que o novo rei não poderia deixar herdeiros. Henrique I veio a falecer em 1580, deixando novamente o trono em Lisboa vazio e, desta vez, abrindo caminho para um grande temor dos portugueses, a ascensão de Filipe II, rei da Espanha, que, por fim, assumiu o trono sob a ameaça de uma invasão militar espanhola. Filipe era neto de D. Manoel I e o mais próximo na linha sucessória. O monarca espanhol viu em Portugal a possibilidade de recuperação dos cofres do Estado, acessando o mercado de escravos que era controlado pelos portugueses, já que estes tinham possessões na costa atlântica da África, e podendo ampliar o domínio colonial na América, já que agora as coroas se uniriam. O rei, mesmo que impopular, foi aceito pelos nobres e burgueses de Portugal, já que o monarca não tardou em assinar o Tratado de Tomar em 1581, dando exclusividade para navios portugueses no comércio com as colônias e mantendo as autoridades metropolitanas e coloniais do Estado português. Em 1640 os portugueses retomaram o seu domínio político sobre Portugal com o período conhecido como a Restauração. Nesta fase, sobe ao poder a dinastia dos Bragança, que expulsaram a presença espanhola da metrópole e da colônia. A restauração surgiu depois de Portugal se aliar à República das Províncias Unidas (Países Baixos) para terminar com a União. Assim, os portugueses retomaram o poder com o rei D. João IV. 5 História Brasil Holandês Com a União Ibérica, Portugal, assim como suas colônias, também viraram alvos dos inimigos da Espanha. O Brasil no período da união vivia o auge da economia açucareira, com o principal polo econômico no Nordeste. Logo, os Países Baixos lançaram os olhos sobre essa região da colônia a fim de reaver o comércio açucareiro entre Holanda e Portugal. O que fora proibido por Felipe II. Assim, em 1624, os holandeses mandaram uma expedição que ocupou Salvador por um ano, mas Jacob Willekens e seus 1500 homens foram expulsos pelos espanhóis no ano seguinte. Mesmo derrotados, o ímpeto dos holandeses não cessou e estes invadiram, em 1630, a cidade de Olinda. Os invasores seguiram em direção ao interior e dominaram a capitania de Pernambuco, retomando o comércio açucareiro depois de uma forte resistência lusitana. Depois de estabelecidos, os holandeses instalaram um governo no local, liderado pelo Conde Maurício de Nassau, que reestruturou a colônia após a guerra, remontando engenhos destruídos e liberando crédito a senhores luso-brasileiros, principalmente de Olinda. Além disso, Nassau inovou a fabricação do açúcar, modernizou a cidade com diversas construções (inclusive um observatório astronômico e um zoológico) e também incentivou a vinda de diversos botânicos e artistas para a colônia. O fim da dominação holandesa veio logo após o desgaste das relações entre Portugal e Holanda se aprofundar. Os dois países, que acabaram juntos com a dominação espanhola, agora disputavam as terras em Pernambuco. Em 1654 os portugueses conseguiram reaver a região com a ajuda dos ingleses, no entanto o açúcar começa a perder a importância na Europa gerando uma crise nesse ramo da economia colonial. 6 História Exercícios 1. (UNIOESTE PR/2014) Leia o fragmento do poema abaixo: O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. [...] Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. [...] Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. GULLAR, Ferreira. O açúcar. In: _____. Dentro da Noite Veloz. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. A presença de canaviais no Brasil é tema de importantes debates sobre as relações comerciais e as condições de trabalho que, historicamente, vincularam-se a essa prática e à sua expansão pelo meio rural brasileiro. Diante disso, é INCORRETO afirmar que: a) a produção sucroalcooleira ganhou incentivo estatal nas últimas décadas e ocupou extensivamente a paisagem rural no País. A indicação, fortemente positivada, do etanol como biocombustível procura amenizar aspectos questionáveis que envolvem seu processo produtivo. b) a produção açucareira no "Brasil Colonial" sugeria um universo rentável e um mercado internacional em expansão, utilizando como principal mão de obra o trabalho escravo. A alta exploração do trabalho nessa atividade promovia tensões que envolviam o controle dos escravos. c) a movimentação de trabalhadores em direção às regiões do País com maior empregabilidade em canaviais e usinas, na atualidade, aponta a força desse setor na economia e, também, as desigualdades e pressões sociais que motivam a decisão por esse trabalho. d) a produção nos engenhos no "Brasil Colonial" enfrentou certas instabilidades, relacionadas à fragilidade de acordos financeiros e comerciais, bem como à concorrência com os holandeses. e) o debate recente sobre a atuação da agroindústria canavieira, no que diz respeito ao estabelecimento de colheita mecanizada e fiscalização das condições de trabalho, indica que houve superação dos problemas ambientais e da negligência relacionada aos direitos trabalhistas no setor. 7 História 2. (UEM PR/2015) No período colonial predominava no Nordeste brasileiro uma sociedade patriarcal. Sobre essa sociedade é correto afirmar que: (01) Na sociedade patriarcal prevalecia a democracia familiar, onde os problemas econômico-sociais eram resolvidos pelos pais e pelos filhos com idade acima de 18 anos. (02) Cabiam à mulher os trabalhos domésticos e a educação dos filhos nos preceitos cristãos. (04) A sociedade patriarcal se organizava em torno da figura do Senhor de Engenho e o engenho, ou a grande fazenda, era mais que uma unidade produtiva, polarizando a vida social. (08) Na sociedade patriarcal predominava o trabalho assalariado; contudo, os trabalhos domésticos eram realizados por escravos. (16) Por meio do compadrio se estabelecia uma rede de parentesco que promovia dependênciase privilégios entre os grandes proprietários de terras. Soma: ( ) 3. (UEL PR/2014) Leia o texto a seguir. Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde então oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem alguns historiadores portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Descoberto oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência. (Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: . Acesso em: 7 jun. 2013.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir. a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pioneirismo do Estado português nas Grandes Navegações. b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem: “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”. 8 História 4. (UEPA/2014) A assim chamada "Diáspora Africana", em direção a vários pontos do continente americano, ocorreu a partir do século XV, com o estabelecimento de entrepostos comerciais europeus, inicialmente ao longo da costa ocidental africana. As trocas comerciais ocorriam, nestes entrepostos, entre europeus, chefes tribais e representantes de reinos do interior do continente. Entre os “produtos” comercializados, como ouro, tecidos, armas de fogo, dentre outros, estavam homens e mulheres escravizados em guerras tribais ou em conquistas militares de reinos africanos. A motivação econômica europeia pelo comércio de seres humanos reduzidos à escravidão, se baseava principalmente no(a): a) dinamização econômica das colônias americanas, condição básica para o desenvolvimento industrial das metrópoles. b) abastecimento de mão de obra aos proprietários de grandes propriedades rurais monocultoras nas colônias americanas. c) necessidade de produzir a acumulação primitiva de capital que alimentasse a engrenagem econômica mercantilista. d) crença da supremacia racial europeia frente aos povos de outros continentes, que poderiam ser reduzidos à mera condição de mão de obra. e) inserção da população escravizada, trazida para o Novo Mundo, no mercado consumidor colonial, abastecido pelos manufaturados metropolitanos. 5. TEXTO I E pois que em outra coisa nesta parte não me posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela. Barros,J.In: Sousa,L.M.Inferno atlântico: demonologia e colonização:séculos XVI-XVIII, São Paulo:Cia das Letras,1993. TEXTO II E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberem falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá. Salvador.F.V.In:Sousa, L.M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo:Cia das Letras,1997. As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à: a) Utilização do trabalho escravo. b) implantação de polos urbanos. c) devastação de áreas naturais. d) ocupação de terras indígenas. e) expropriação de riquezas locais. 9 História Gabarito 1. E A letra E está incorreta, pois até hoje os problemas ambientais causados pela exploração da cana-de- açúcar através de canaviais em latifúndios não foram resolvidos, assim como, mesmo com a abolição da escravidão, muitos trabalhadores desse setor ainda são submetidos a jornadas e condições análogas à escravidão. Assim, essa opção está incorreta. 2. 02 + 04 + 16 = 22 A afirmativa 01 está incorreta pois não havia democracia neste período, sobretudo no modelo patriarcal, onde as ordens do senhor eram as palavras finais, visto isso, podemos afirmar que a 02 está correta, pois a mulher era limitada aos mandos do senhor e marginalizada nas tarefas domésticas e religiosas. Como visto, a sociedade colonial girava em torno do engenho e da figura do senhor, logo, a afirmativa 04 também está correta, enquanto a 08 podemos considerar incorreta, pois não predominava o trabalho assalariado e sim o escravizado, principalmente na agricultura. Enfim, a 16 está correta, pois o compadrio, ou o apadrinhamento, de fato, era uma forma de relação estabelecida neste período. 3. a) O aluno pode citar, dentre os motivos: o pioneirismo português na centralização política, que permitiu a formação de um Estado Moderno forte o bastante para planejar e incentivar as expedições marítimas; a formação de uma classe burguesa sólida e interessada na busca de rotas comerciais alternativas ao mediterrâneo; a posição geográfica portuguesa, que facilitava a aventura atlântica; o desenvolvimento de uma cultura naval, herdada dos árabes e centralizada na figura do Infante D. Henrique e da escola de Sagres. b) A autora quer dizer que associar o Brasil de hoje ao que existia em 1500 é anacrônico, pois os povos indígenas que viviam nessa região não apresentavam uma unidade cultural e nem se identificavam com portugueses e africanos que aqui chegavam. A formação de uma nação só foi possível no século XIX, como um projeto político pós-independência, logo, não existia ainda brasil ou brasileiros em um contexto de colonização, visto que não havia uma identidade nacional. 4. B Com a adoção do modelo de plantation nas colônias americanas, a demanda por mão de obra escravizada fez crescer de forma exorbitante os lucros dos traficantes no atlântico. Era justamente para preencher essa demanda que esse tráfico era realizado. 5. E Conforme expresso no texto, os cronistas portugueses criticavam a expropriação das riquezas locais. Isso pode ser percebido em trechos como “mais devotos do pau-brasil do que dela” e “porque tudo querem para lá”. Questão duvidosa uma vez que a “expropriação de riquezas” não era uma preocupação da época. O primeiro texto, inclusive, faz uma crítica de caráter religioso, não material. 1 Matemática Exercícios sobre triângulos Exercícios 1. No triângulo ABC exibido na figura a seguir, AD é a bissetriz do ângulo interno em A, e AD = DB. O ângulo interno em A é igual a: a) 60°. b) 70°. c) 80°. d) 90°. 2. Em 2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou duas faixas para pedestres na diagonal de um cruzamento de ruas perpendiculares do centro de São Paulo. Juntas, as faixas formam um ‘X’, como indicado na imagem. Segundo a CET, o objetivo das faixas foi o de encurtar o tempo e a distância da travessia. 2 Matemática Antes da implantação das novas faixas, o tempo necessário para o pedestre ir do ponto A até o ponto C era de 90 segundos e distribuía-se do seguinte modo: 40 segundos para atravessar , com velocidade média v; 20 segundos esperando o sinal verde de pedestres para iniciar a travessia ; e 30 segundos para atravessar também com velocidade média v. Na nova configuração das faixas, com a mesma velocidade média v, a economia de tempo para ir de A até C, por meio da faixa em segundos, será igual a a) 20 b) 30 c) 50 d) 10e) 40 3. Uma circunferência de raio 3 cm está inscrita no triângulo isósceles ABC, no qual AB = AC. A altura relativa ao lado BC mede 8 cm. O comprimento de BC é, portanto, igual a a) 24 cm b) 13 cm c) 12 cm d) 9 cm e) 7 cm 4. Um aluno precisa localizar o centro de uma moeda circular e, para tanto, dispõe apenas de um lápis, de uma folha de papel, de uma régua não graduada, de um compasso e da moeda. Nessas condições, o número mínimo de pontos distintos necessários de serem marcados na circunferência descrita pela moeda para localizar seu centro é a) 3. b) 2. c) 4. d) 1. e) 5. 3 Matemática 5. Para que alguém, com o olho normal, possa distinguir um ponto separado de outro, é necessário que as imagens desses pontos, que são projetadas em sua retina, estejam separadas uma da outra a uma distância de 0,005 mm. Adotando-se um modelo muito simplificado do olho humano no qual ele possa ser considerado uma esfera cujo diâmetro médio é igual a 15 mm, a maior distância x, em metros, que dois pontos luminosos, distantes 1 mm um do outro, podem estar do observador, para que este os perceba separados, é a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. 6. Uma bola de tênis é sacada de uma altura de 21 dm, com alta velocidade inicial e passa rente à rede, a uma altura de 9 dm. Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com o ar e do seu movimento parabólico, considere a trajetória descrita pela bola como sendo retilínea e contida num plano ortogonal à rede. Se a bola foi sacada a uma distância de 120 dm da rede, a que distância da mesma, em metros, ela atingirá o outro lado da quadra? 4 Matemática 7. Um teleférico transporta turistas entre os picos A e B de dois morros. A altitude do pico A é de 500 m, a altitude do pico B é de 800 m e a distância entre as retas verticais que passam por A e B é de 900 m. Na figura, T representa o teleférico em um momento de sua ascensão e x e y representam, respectivamente, os deslocamentos horizontal e vertical do teleférico, em metros, até este momento. a) Qual é o deslocamento horizontal do teleférico quando o seu deslocamento vertical é igual a 20 m? b) Se o teleférico se desloca com velocidade constante de 1,5 m/s, quanto tempo o teleférico gasta para ir do pico A ao pico B? 8. Uma semicircunferência de centro O e raio r está inscrita em um setor circular de centro C e raio R, conforme a figura. O ponto D é de tangência de BC com a semicircunferência. Se AB = s demonstre que: R · s = R · r + r · s. 5 Matemática 9. Na figura, o triângulo ABC é retângulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso, o ponto D pertence ao cateto AB, o ponto E pertence ao cateto BC e o ponto F pertence à hipotenusa AC, de tal forma que DECF seja um paralelogramo. Se DE = 3/2, então a área do paralelogramo DECF vale: a) b) c) d) e) 10. Na figura adiante, as distâncias dos pontos A e B à reta r valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD , para que CÊA=DÊB? a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) 7 6 Matemática Gabarito 1. C Seja medida do ângulo do vértice A, cuja bissetriz é o segmento AD. No triângulo isósceles ABD, temos: Logo, o ângulo do vértice A é igual a 2. E 7 Matemática 3. C 4. A Considerando 3 pontos distintos da circunferência, tracemos o triângulo ABC como mostra a figura: O centro da moeda é o circuncentro do triângulo obtido. 5. C Por semelhança de triângulos, temos a seguinte relação 8 Matemática 6. 9m 7. Observando o desenho, temos: 8. Considere a figura: c.q.d. = como queríamos demonstrar. 9 Matemática 9. A 10. A 1 Português Elementos coesivos: pronome e conjunção Resumo Os elementos coesivos Pronome O pronome é uma palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o nome (ou substantivo), indicando a relação entre os seres e as pessoas do discurso. As pessoas do discurso são as que estão participando da situação comunicativa, em outras palavras, estão envolvidas ao ato de comunicação: quem fala (eu), a pessoa com quem se fala (tu) e a pessoa/objeto de quem se fala (ele). 1ª PESSOA – quem fala (emissor) 2ª PESSOA – com quem se fala (receptor) 3ª PESSOA – de quem/que se fala (referente) É importante ressaltar, nesse caso, que o termo “pessoa” não se refere, necessariamente, a um ser humano. Trata-se de um conceito da gramática, que indica as funções que as coisas e seres humanos desempenham em uma situação de relação comunicativa. Quando o pronome substitui o substantivo, é chamado de pronome substantivo; já quando acompanha o adjetivo, é chamado de pronome adjetivo. Classificação dos pronomes Há, de acordo com a gramática, seis tipos de pronome, são eles: pessoal, possessivo, demonstrativo, indefinidos, interrogativos, relativos e de tratamentos. a) Pronome pessoal: É aquele que substitui o substantiv; apresentam-se como pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo. Pessoas do discurso Pronomes retos Pronomes átonos Oblíquos tônicos 1ª pessoa do sing. eu me mim, comigo 2ª pessoa do sing. tu te ti, contigo 3ª pessoa do sing. ele o, a, se, lhe ele, ela, si, consigo 1ª pessoa do plural nós nos nós, conosco 2ª pessoa do plural vós vos vós, convosco 3ª pessoa do plural eles os, as, se, lhes eles, elas, si, consigo Obs: é importante destacar que, embora o pronome você seja de tratamento, destinado a pessoa com quem se fala, na gramática normativa ele é classificado como a terceira pessoa do discurso. 2 Português Átonos x Tônicos Os pronomes oblíquos podem ser átonos ou tônicos. O primeiro caso deve ser utilizado quando não há o auxílio da preposição e pronunciado com menor intensidade, enquanto o segundo deve ser empregado com o auxílio de preposição e pronunciado com maior intensidade. Ele me emprestou os livros – caso átono (sem auxílio da preposição) Ele empresou os livros para mim – caso tônico (com o auxílio da preposição “para”) Pronome pessoal – observações mais importantes • O pronome pessoal do caso reto, apesar de ser utilizado como sujeito nas orações, pode ser omitido em determinadas situações, uma vez que a desinência verbal consegue indicar a pessoa do discurso. Comi uma maçã estraga na última sexta-feira. (“eu” comi – 1ª pessoa do singular) • Os pronomes eu e tu não podem vir precedidos de preposição e são substituídos por seus correspondentes mim e ti (caso oblíquo). Guardei o último pedaço de pizza para ti. • Se o pronome exercer a função de sujeito na oração, deverá ser obrigatório o uso das formas eu e tu. As tarefas domésticas são para eu fazer. • Os pronomes pessoais retos de 3ª pessoa podem contrair-se com as preposições de ou em. De + ele(a) = dele/dela em + ele(a) = nele/nela • Os pronomes oblíquos o, a, os, as, precedidos das formas verbais terminadas em ditongos nasais am, õe e ão são substituídos por no, na , nos e nas. Compraram o bolo na manhã de ontem. Compraram-no. • Quando substituindo o complemento verbal, os pronomes o, a, os, as exercem a função de objeto direto. Vi as mudas de planta morrerem lentamente. Vi-as morrerem lentamente. • Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer a função de sujeito. Obriguei que ele comesse. Obriguei-o a comer. 3 Português b) Pronome possessivo: o pronome possessivo atribui a ideia de posse a cada uma das três pessoas do discurso. Indicaa posse de algo que pertence ao possuidor. Pessoa do discurso Pronome possessivo 1ª pessoa do sing. Meu, minha, meus, minhas 2ª pessoa do sing. Teu, tua, teus, tuas 3ª pessoa do sing. Seu, sua, seus, suas 1ª pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas 2ª pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas 3ª pessoa do plural Seu, sua, seus, suas Obs: o pronome possessivo da terceira pessoa pode causar ambiguidade na leitura quando não empregado corretamente. Veja o exemplo abaixo: A mãe pediu ao filho que comesse seu bolo. A dúvida está estabelecida ao não saber de quem é a comida, de fato. Nesse sentido, é importante e possível dubstituir o “seu” por “dele”, ou também –caso o pronome possessivo seja destinado a outra pessoa – “dela”, evitando desentendimentos. A mãe pediu ao filho que comesse o bolo dele. A mãe pediu ao filho que comesse o bolo dela. Para complementar a fixação do conteúdo, veja abaixo o mapa mental da equipe Descomplica com as principais conjunções e definições mais importantes sobre o tema. c) Pronome de tratamento: Representam a forma de tratamento que se aplica a alguns grupos de pessoas de modo formalizado, de acordo com seus cargos, funções, etc. São pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a senhorita, Vossa Alteza (para príncipes, princesas, duques), Vossa Eminência (para cardeais), Vossa Excelência (altas altoridades, como gorvernadores, presidentes,etc), Vossa Majestade (reis e rainhas), Vossa Meritíssima (juízes), Vossa Senhoria (cargos importantes, como coronel, cônsul, etc), Vossa Santidade (papa). d) Pronome demonstrativo: Informa a posição do ser no espaço e no tempo em relação às pessoas do discurso. pessoa variáveis invariáveis 1ª pessoa este, esta, estes, estas isto 2ª pessoa esse, essa, esses, essas isso 3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo 4 Português Por haver variabilidade nos pronomes demonstrativos, eles podem também ser utilizados como pronomes substantivos e como pronomes adjetivos; já as formas invariáveis só podem ser utilizadas como pronomes substantivos. Este livro pertence a você. este – pronome adjetivo – acompanhado do subs. livro O meu livro não é este. este – pronome substantivo – substitui o subs. livro Isto é inadmissível. isto – pronome substantivo Como os artigos, os pronomes demonstrativos também combinam ou contraem juntamente com as preposições a, de, em: preposição demonstrativo combinação a + aquele(s), aquela(s), aquilo àquele(s), àquela(s), àquilo de + este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo deste(s), desta(s), desse(s), dessa(s), daquele(s), daquela(s), disto, disso, daquilo em + este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo neste(s), nesta(s), nesse(s), nessa(s), naquele(s), naquela(s), nisto, nisso, naquilo e) Pronomes indefinidos: fazem referência à terceira pessoa do discurso, atribuindo-lhes sentidos vagos, expressando indeterminação. Embora sejam capazes de indicar seres, não necessariamente conseguem defini-los. Classificam-se em: • Substantivos: Fazem o papel do ser ou da quantidade aproximada de seres na oração. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, etc. Alguém me mandou mensagem na noite passada. • Adjetivos: Qualificam, de modo inexato, um ser inserido na oração. São eles: cada, certo(s), certa(s). Certas empresas deveriam analisar melhor seus funcionários. 5 Português Os pronomes indefinidos também podem ser classificados em variáveis e invariáveis. Analise a tabela abaixo: Variáveis Invariáveis Singular Plural Masculino Feminino Masculino Feminino algum nenhum todo muito pouco vário tanto outro quanto alguma nenhuma toda muita pouca vária tanta outra quanta alguns nenhuns todos muitos poucos vários tantos outros quantos algumas nenhumas todas muitas poucas várias tantas outras quantas alguém ninguém outrem tudo nada algo cada qualquer quaisquer Ademais, é válido ressaltar que essa classificação pronominal também possui locuções, são algumas delas: cada qual, cada um, qualquer um, quem quer, seja quem for, seja qual for, todo tal qual, uma ou outra, etc. f) Pronomes interrogativos: são utilizados para a formulação de perguntas ou questionamentos, referindo-se à terceira pessoa do discurso. Podem ser: que, quem, qual, quanto. Quantas roupas você possui em seu armário? Que papel fará na nova novela das 20h? g) Pronomes relativos: refere-se a um substantivo já expresso e inicia uma oração dependente da anterior (subordinativas). Podem ser: variáveis invariáveis o qual, a qual, os quais, as quais que cujo, cuja, cujos, cujas quem quanto, quanta, quantos, quantas onde Pronome relativo – observações • Os pronomes relativos podem ser precedidos de preposição, de acordo com a regência do verbo. • Os pronomes relativos o qual, a qual, os quais, as quais podem ser substituídos pelo pronome relativo que quando se referirem a pessoas ou coisas. O corpo que eu beijei partiu. (= o qual) A casa que construí fora demolida ontem. (= a qual) Os casos que você representou terminaram em sucesso. (= os quais) As mulheres que vocês beijaram não estão mais aqui. (= as quais) 6 Português • Os pronomes cujo, cuja, cujos, cujas são empregados como pronomes adjetivos, garantindo-lhes sentido de posse, não permitindo artigo para anteceder. Os pais cujos filhos são desobedientes já chegaram na sala. • O pronome relativo onde informa um lugar fixo, possuindo o mesmo significado de em que e no qual. Onde você morava em 2006? (lugar fixo, não fictício e estático) Para saber mais, separamos um mapa mental para contribuir na associação de conteúdo, de modo claro e objetivo. Veja abaixo: Quer assistir ao vídeo desse mapa mental? Basta acessar aqui: https://youtu.be/C7bRtQ7m__M https://youtu.be/C7bRtQ7m__M 7 Português Conjunção Também sendo uma palavra invariável, a conjunção possui como objetivo ligar termos ou orações de mesma função sintática. Elas podem ser classificadas como coordenativas ou subordinativas, dependendo da relação que elas estabeleçam entre as orações. Possuem fundamental importância na coesão textual, podendo ser também chamadas de “conectivos”, termos essenciais para elaborar um texto coerente de palavras e ideias. Além disso, há a locução conjuntiva, que é a união de duas ou mais palavras estabelecidas para ligar orações. Veja o exemplo abaixo: Ele chegou em casa e foi para a cozinha quando viu a pia com louças a lavar. No exemplo acima, são vistas três orações “Ele chegou em casa”, “foi para a cozinha” e “viu a pia com louças a lavar”. Embora representem ações diferentes, demonstram certa sequencialidade, atribuição garantida pelas conjunções “e” e “quando”. As conjunções devem ser analisadas nas perspectivas sintática, morfológica e semântica. a) Perspectiva sintática: devemos analisar se a conjunção está conectando duas orações independentes sintaticamente (coordenativa) ou introduzindo uma oração que exerce função sintática em relação à outra (subordinativa). b) Perspectiva morfológica: devemos entender que as conjunções são uma classe de palavras invariáveis, ou seja, não sofrem flexão. Podem ser representadas por uma ou mais palavras (locução). c) Perspectiva semântica: essa á a principal análise que devemos fazer sobre essa classe gramatical e é a mais cobrada nos vestibulares. As conjunções ajudam a estabelecer diferentes relações semânticas entre os termos ou orações ligados por elas. Essas relações podem ser de adição, adversidade, alternância, conclusão,explicação, causa, consequência, comparação, condição, concessão, conformidade, finalidade, proporção e temporalidade. Valores das coordenativas As conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas são: • Aditiva (relação de soma ou adição): e, nem, não só...mas também • Adversativa (relação de oposição): mas, porém, contudo, entretanto, etc. • Alternativa (ou alternância, escolha): ou, ou...ou, ora...ora, etc. • Conclusiva (expressando conclusão): logo, portanto, pois (após o verbo), etc. • Explicativa (relação de explicação, motivo): porque, que, pois, etc. Valores das subordinativas As conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas são: • As conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas são: • Causal (exprime causa): porque, que, como, pois que, etc. • Comparativa (comparação referente à oração principal): como, que, qual, como se, tanto como, etc. • Concessiva (expressam uma ideia que se admite, mesmo oposta à oração principal): embora, conquanto, mesmo que, ainda que, etc. • Condicional (relação de conformidade): como, conforme, consoante, etc. • Consecutiva (expressam consequência relacionada à oração principal): tão, tanto, tal, etc. • Final (exprimem uma finalidade; objetivo): a fim de que, para que, etc. 8 Português • Proporcional (demonstram uma relação de proporcionalidade): à medida que, ao passo que, etc. • Temporal (expressam noção de tempo): quando, enquanto, desde que, depois que, logo que, etc. Obs: Existem as conjunções integrantes (“que” e “se”), que são conjunções subordinativas e introduzem as orações substantivas, atuando como um substantivo na frase e podendo, também, exercer o papel de: funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto. 9 Português Exercícios 1. (ITA) Filme bom é filme antigo? Lógico que não, mas ‘‘A Múmia’’, de 1932, põe a frase em xeque. Sua refilmagem, com Brendan Fraser no elenco, ainda corre nos cinemas brasileiros, repleta de humor e efeitos visuais. Na de Karl Freund, há a vantagem de Boris Karloff no papel-título, compondo uma múmia aterrorizadora, fiel ao terror dos anos 30. Apesar de alguma precariedade, lança um clima de mistério que a versão 1999 não conseguiu, tal a ênfase dada à embalagem. Daí ‘‘nem sempre cinema bom são efeitos especiais’’ deveria ser a tal frase. (A precária e misteriosa múmia de 32, Folha de S. Paulo, Caderno Ilustrada, 4/8/1999.) Em: ‘‘tal a ênfase dada à embalagem’’ e ‘‘deveria ser a tal frase’’, os termos em destaque nas duas frases podem ser substituídos, respectivamente, por: a) semelhante; aquela. b) tamanha; essa. c) tamanha; aquela. d) semelhante; essa. e) essa; aquela. 2. Miss Universo: “As pessoas racistas devem procurar ajuda” SÃO PAULO – Leila Lopes, de 25 anos, não é a primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. A primazia coube a Janelle “Penny” Commissiong, de Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados Unidos, em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de Trindad e Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. Ainda assim a estupidez humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações preconceituosas como a de um site brasileiro que, às vésperas da competição, e se valendo do anonimato de quem o criou, emitiu opiniões do tipo “Como alguém consegue achar uma preta bonita?” Após receber o título, a mulher mais linda do mundo – que tem o português como língua materna e também fala fluentemente o inglês – disse o que pensa de atitudes como essa e também sobre como sua conquista pode ajudar os necessitados de Angola e de outros países. COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set 2011 (adaptado) O uso da expressão “ainda assim” presente nesse texto tem como finalidade a) criticar o teor das informações fatuais até ali veiculadas. b) questionar a validade das ideias apresentadas anteriormente. c) comprovar a veracidade das informações expressas anteriormente. d) introduzir argumentos que reforçam o que foi dito anteriormente. e) enfatizar o contrassenso entre o que é dito antes e o que vem em seguida. 10 Português 3. (ENEM) Da timidez Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença. [...] O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó. VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse trecho, identifica-se o emprego de elementos conectores. Os elementos que evidenciam noções semelhantes estão destacados em: a) “Se ficou notório por ser tímido "e "[...] então tem que se explicar". b) “[...] então tem que se explicar" e "[...] quando as estrelas virarem pó". c) "[...] ficou notório apesar de ser tímido[...]" e "[...] mas isto não é vantagem [...]". d) “[...] um estratagema para ser notado [...]" e "Tão secreto que nem ele sabe". e) “[...] como no paradoxo psicanalítico [...]" e "[...] porque só ele acha [...]" 4. (FUVEST) Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I. Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções", refere-se a a) “desmedida ambição”. b) “Casa de Avis”. c) “esta burguesia”. d) “ameaça castelhana”. e) “Rainha Leonor Teles”. 11 Português 5. (COMVEST) Atrás dos olhos das meninas sérias Mas poderei dizer-vos que elas ousam? Ou vão, por injunções muito mais sérias, lustrar pecados que jamais repousam? O texto acima encontra-se no livro A teus pés, de Ana Cristina Cesar. Leia-o atentamente e responda às questões. a) Indique a quem se referem,no texto, a segunda pessoa do plural (“vos”) e a terceira pessoa do plural (“elas”). b) Por meio da partícula “Ou”, o poema estabelece uma alternativa entre duas situações: a ousadia e a ação de “lustrar pecados”. Explique de que maneira a primeira situação é diferente da segunda, levando em consideração o título do poema 12 Português Gabarito 1. C Em "tal a ênfase...", "tal" é um adjetivo que faz referência a ser tão grande. Em "deveria ser a tal frase", "tal" é um pronome demonstrativo que se refere a esse(a), aquele(a), aquilo. Assim, o contexto faz referência a uma frase dita anteriormente, "Filme bom é filme antigo? Lógico que não". Por se tratar de uma frase distante do momento de seu discurso, deve ser substituída por “aquela”. 2. E No contexto em questão, a expressão “ainda assim” possui valor adversativo, enfatizando o contrassenso entre o que é dito anteriormente e o que será enunciado em seguida. 3. C A alternativa C responde o enunciado, porque é a única que apresenta conectivos que indicam semanticamente a ideia de oposição, contraste, contrariedade. 4. C Ao mencionar uma primeira vez o termo “burguesia”, em “trouxe esta burguesia para um primeiro plano.”, o autor dá continidade a sua reflexão sobre o substantivo, de modo a realizar a substituição para efeitos coesivos. 5. a) O pronome de terceira pessoa do plural (“elas”) refere-se às “meninas sérias” do título. O pronome de segunda pessoa do plural (“vos”) refere-se aos interlocutores do eu lírico, os leitores pluralizados. A opção pela segunda pessoa do plural sugere uma crítica irônica ao tom religioso. b) O título “Atrás dos olhos das meninas sérias“ pode evidenciar que a postura de aparente seriedade seja apenas uma máscara social. Ao iniciar o poema com a conjunção “Mas”, a poeta nega essa seriedade e apresenta aos leitores, em forma de perguntas, duas alternativas separadas pela conjunção “ou”. A poeta parece discordar de que “elas” não são sérias por ousadia. A outra possibilidade é mais plausível: devido às fortes imposições sociais, “elas” sucumbem instintivamente aos naturais pecados humanos, disfarçados “atrás dos olhos das meninas sérias” Enem Semana 7 Agora vai! Enem 2020 Biologia 1 Vitaminas Resumo São compostos orgânicos essenciais ao funcionamento pleno do organismo, em quantidades apropriadas (baixa quantidade por dia). O organismo é incapaz de sintetizar estes nutrientes, e, portanto, devem ser obtidos a partir da alimentação. São substâncias que não sofrem digestão, e, ao serem absorvidas, podem atuar associado a enzima (coenzimas) e como antioxidantes, reduzindo a concentração de radicais livres na célula. Podem ser classificados de acordo com a solubilidade, entre hidrossolúveis e lipossolúveis. • As lipossolúveis, por se dissolverem na gordura, são mais facilmente armazenadas pelo corpo, havendo então riscos de hipervitaminoses. Entre elas, podemos destacar as vitaminas A, D, E e K. • As hidrossolúveis, por se dissolverem na água, são mais facilmente eliminadas pelo corpo, havendo então riscos de hipovitaminoses. Entre elas, podemos destacar a vitamina C e as do Complexo B. O excesso a longo prazo pode causar danos aos rins. Abaixo, uma tabela mostrando algumas vitaminas, suas fontes, as consequências da falta delas no organismo (hipovitaminoses ou avitaminose) e suas funções no organismo: Vitaminas Fontes Doenças provocadas pela carência (avitaminoses) Funções no organismo A Fígado de aves, animais e cenoura Problemas de visão, secura da pele, diminuição de glóbulos vermelhos, formação de cálculos renais Combate radicais livres, formação dos ossos, pele; funções da retina D Óleo de peixe, fígado, geme de ovos Raquitismo e osteoporose Regulação do cálcilo do sangue e dos ossos E Verduras, azeite e vegetais Dificuldades visuais e alterações neurológicas Atua como agente antioxidante K Fígado e verduras de folhas verdes, abacate Deficiência na coagulação do sangue, hemorragias Atua na coagulação do sangue, previne osteoporose, ativa a osteocalcina (importante proteína dos ossos) B1 Cereais, carnes, verduras, levedo de cerveja Beribéri Atua no metabolismo energético dos açúcares B2 Leites, carnes, verduras Inflamações na língua, anemias seborreia Atua no metabolismo de enzimas, proteção no sistema nervoso B5 Fígado, cogumelos, milho, abacate, ovos, leite, vegetais Fadigas, cãibras musculares, insônia Metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares B6 Carnes, frutas, verduras e cereais Seborreia, anemia, disturbios de crescimento Crescimento, proteção celular, metabolismo de gorduras e proteínas, produção dos hormônios B12 Fígado, carnes Anemia perniciosa Formação de hemácias e multiplicação celular 1 Biologia Curiosidades • Super alimentos: fígado, ovo, nozes, sardinha • Os nomes que as vitaminas recebem é devido a ordem de descoberta de cada uma. • As vitaminas A, C e E são antioxidantes e combatem os radicais livres • Os alimentos fornecem a pró-vitamina D, que são convertidas em calciferol no homem através da incidência de luz solar (raios UV) na pele. 2 Biologia Exercícios 1. A obesidade, que nos países desenvolvidos já é tratada como epidemia, começa a preocupar especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira estão acima do peso, ou seja, 38,8 milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias são as dietas e os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta algumas contra- indicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, pois a) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios para sua absorção. b) a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas desnecessária. c) essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras vitaminas. d) as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas. e) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles. 2. De acordo com o Ministério de Saúde, a cegueira noturna ou nictalopia é uma doença caracterizada pela dificuldade de se enxergar em ambientes com baixa luminosidade. Sua ocorrência pode estar relacionada a uma alteração ocular congênita ou a problemas nutricionais. Com esses sintomas, uma senhora dirigiu-se ao serviço de saúde e seu médico sugeriu a ingestão de vegetais ricos em carotenoides, como a cenoura. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado). Essa indicação médica deve-se ao fato de que os carotenoides são precursores de a) hormônios, estimulantes da regeneração celular da retina. b) enzimas, utilizadas na geração de ATP pela respiração celular. c) vitamina A, necessária para a formação de estruturas fotorreceptoras. d) tocoferol, uma vitamina com função na propagação dos impulsos nervosos. e) vitamina C, substância antioxidante que diminui a degeneração dos cones e bastonetes. 3 Biologia 3. A avitaminose (ou hipovitaminose) é causada pela falta ou deficiência de importantes
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