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eBook - Econômicas - semana 7-----

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não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.
Aprofundamento
Econômicas
Semana 7
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Blocos Econômicos 
 
Resumo 
 
Os blocos econômicos correspondem a associações regionais com objetivo de facilitar e incentivar o livre 
comércio entre os países, derrubando ou reduzindo as barreiras econômicas. A partir de diferentes medidas, 
como a redução de tarifas, impostos ou exigências alfandegárias, é possível aumentar a fluidez de capitais, 
bens e pessoas entre os países membros. São uma resposta dos países ao processo de globalização, mas 
nem todos os blocos são iguais. Existem diferentes níveis de integração e, portanto, diferenças significativas 
em seus objetivos. Do mais simples ao mais complexo, sempre incorporando a característica do anterior, é 
possível classificá-los como: 
• Zona de Livre Comércio: busca facilitar a livre circulação de mercadorias e capitais dentro dos limites 
do bloco, estabelecendo uma tarifa interna comum (TIC). O Nafta, atualmente denominado UMSCA, 
é um grande exemplo. 
• União Aduaneira: Além da existência da TIC, é definida uma tarifa externa comum (TEC). Além de 
facilitar a livre circulação de mercadorias entre os países membros, busca definir tarifas únicas para 
negociar com outros países. O que possibilita esse tipo de bloco negociar com outros países ou 
outros blocos, buscando vantagens econômicas. O Mercosul é um exemplo. 
• Mercado Comum: possui todas as características dos blocos anteriores, porém apresenta uma 
integração mais ambiciosa, buscando-se uma padronização da legislação econômica, fiscal e 
trabalhista. O objetivo é a livre circulação de capitais, serviços e pessoas. 
• União Monetária e Política: é o maior nível de integração dos blocos. Além de possuir uma moeda 
única e consequentemente a criação de um Banco Central, busca também uma unificação legislativa 
profunda, superando os limites dos Estados. O único exemplo é a União Europeia e o tão famoso 
Banco Central Europeu, bem como o Parlamento Europeu. 
 
 
Esquema representativo dos níveis de integração dos blocos econômicos. 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
União Europeia (UE) 
União Monetária e Política formalmente criado em 1992, a partir do Tratado de Maastricht para estabelecer 
uma cooperação econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais 
avançados apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de 
pessoas e funcionamento de um parlamento único. Recentemente, com a crise de migração enfrentada pelo 
velho continente, observou-se a criação de uma polícia de fronteiras. O bloco é composto por 28 países 
membros. Em junho de 2016, através de um plebiscito, o Reino Unido decretou a saída do bloco econômico, 
que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2020. 
O embrião do bloco surgiu em meados de 1957, com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE). 
Era formada apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização 
também era chamada de “Europa dos 6”. O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que 
o mundo vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. O maior objetivo era formar uma aliança 
para fortalecer as comunidades europeias, recuperar suas economias e enfrentar o avanço da influência 
norte-americana. Nesse mesmo contexto, a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra 
Mundial e, bem como, garantir a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma força militar e de 
segurança. Na década de 1980 outros países integraram a CEE como a: Reino Unido, Grécia, Espanha, 
Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa 
dos 12”. 
Tratado de Maastricht (1992) propôs uma integração e cooperação econômica, buscando harmonizar os 
preços e as taxas de importação. Em 1999 foi projetada a união monetária, a qual consistia na criação de um 
Banco central e da moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário 
geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia. Nem todos os países membros são permitidos 
adotar o Euro ou eles mesmos não desejam, como o caso do Reino Unido que manteve a libra esterlina como 
moeda principal. Outro acordo interno é o Espaço Schengen, no qual estabelece a livre circulação de pessoas, 
novamente, nem todos os países que pertencem a União Europeia fazem parte desse acordo. 
 
 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Mercado Comum do Sul (Mercosul) 
União Aduaneira criada a partir do Tratado de Assunção, em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. 
Seu objetivo é futuramente formar um Mercado Comum, com livre circulação de pessoas, porém as 
disparidades econômicas entre os membros, a baixa cooperação regional do Brasil e Argentina, além do 
caráter primário da maioria das exportações dos países membros, dificultam o desenvolvimento do bloco. 
A Venezuela foi efetivada ao posto de quinto membro 
efetivo do bloco, em 2012, após uma verdadeira crise 
política no governo de Dom Fernando Lugo, no Paraguai. 
Esse país se posicionava contra a entrada da Venezuela, 
porém devido à suspensão do Paraguai em meio à crise 
política, a entrada da Venezuela foi aprovada. Hoje, a 
Venezuela se encontra suspensa desde 2017 por ruptura 
da ordem democrática. A Bolívia é outro país que possui 
interesse em fazer parte do Mercosul, manifestando seu 
interesse formalmente desde 2015. Sua entrada já está 
aprovada por todos os países, todavia falta a efetivação 
pelo Congresso brasileiro. 
 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Comum_do_Sul 
North American Free Trade (NAFTA) 
Zona de Livre Comércio, criada em 1992, por Canadá, Estados Unidos e México. Denominado Tratado de Livre 
Comércio das Américas esse bloco busca reduzir as tarifas alfandegárias entre os países membros. Desde 
sua criação a troca entre os países cresceu vertiginosamente, criando uma grande dependência do Canadá e 
do México para com os Estados Unidos. Desde a Crise de 2008 que afetou a economia americana e o mundo, 
o acordo é questionado, uma vez que as duas menores economias do bloco tiveram que procurar maior 
diversificação dos seus mercados. Mais recentemente, Donald Trump, pressionando ambas as economias, 
buscou a renegociação desse acordo, agora denominado USCAM, simplesmente a junção das siglas dos 
respectivos países. Todavia, para o acordo entrar em vigor, em 2020, falta apenas a assinatura do congresso 
americano, que impõem certas dificuldades aos projetos do republicano. 
 
 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Norte-Americano_de_Livre_Com%C3%A9rcio 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Norte-Americano_de_Livre_Com%C3%A9rcio
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) 
É uma organização intergovenamental criada em 1967, a partir do Tratado de Amizade e Cooperação. A partir 
de 1992, foi implantada uma zona de livre comércio entre os países membros. É composto por Tailândia, 
Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja. Seus principais objetivos 
são estimular o comércio entre os países membros, além de garantir uma estabilidade política e econômica 
na região. 
 
 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_de_Na%C3%A7%C3%B5es_do_Sudeste_Asi%C3%A1tico 
 
Aprofundando nos blocos econômicos atuais 
Acordo Mercosul – União Europeia 
É um acordo que propõem a redução ou anulamento de tarifas no comércio entre os países membros. 
Sabemos que, de modo geral, a União Europeia é possui maior poder econômico do que os países que 
compõem o Mercosul. Isso implica dizer queos produtos do Mercosul estão associados sobretudo aos 
commodities, produtos que funcionam como matéria prima, enquanto os produtos europeus possuem maior 
valor agregado. Juntos, esses países representam 25% da produção de bens e serviços do mundo, e um 
mercado de 780 milhões de pessoas. Com a redução de tarifas, os produtos europeus entrarão no mercado 
brasileiro a preço mais competitivo. O produto brasileiro, sobretudo no que tange o setor agrícola, chegará 
com vantagens de preço no mercado europeu, o que estimula nossa produção nesse setor. Com isso, alguns 
especialistas temem que haja redução do nosso potencial industrial, uma vez que temos muito o que 
desenvolver para produzir a nível competitivo com o produto europeu, que estará mais acessível em território 
nacional. Nesse sentido, será nosso setor primário que será muito estimulado, recebendo vantagens. Das 
contradições desse processo, pode-se citar a exigência por qualidade como o padrão para redução dos 
agrotóxicos e proteção de terras indígenas, por exemplo. Digo contradição porque o mercado europeu, por 
meio da compra, estimulará o crescimento do agronegócio no Brasil, e também porque são empresas muitas 
das vezes europeias que fornecem os pesticidas utilizados no Brasil, mas proibidos no território europeu. 
 
ProSul- Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul 
O Prosul é um fórum regional de diálogo que teve sua formação no dia 22 de março de 2019 com a assinatura 
da "Declaração Presidencial sobre a Renovação e o Fortalecimento da Integração na América do Sul" ou 
Declaração de Santiago, e que se propõem a ser implementado e organizado gradualmente. A proposta para 
formação do bloco veio do Chile, onde foi assinado o tratado, e da Colômbia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_de_Na%C3%A7%C3%B5es_do_Sudeste_Asi%C3%A1tico
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
Esse bloco surge no momento de enfraquecimento do Unasul, que surgiu quando a américa do sul tinha 
predominancia de governos de esquerda. O Prosul, no sentido oposto, surge no momento da ascenção da 
direita na América Latina. Assinaram a Declaração de Santiago os países: Argentina (Mauricio Macri), Brasil 
(Jair Bolsonaro), Chile (Sebastián Piñera), Colômbia (Iván Duque), Equador (Lenín Moreno), Guiana 
(embaixador George Talbot), Paraguai (Mario Abdo Benítez) e Peru (Martín Vizcarra). Bolívia, Uruguai e 
Suriname não assinaram a declaração, mas se mostraram abertos ao diálogo uma vez que estiveram 
presentes na reunião. A Venezuela, por conta de sua grave crise político economica, ficou de fora do acordo. 
O vice-chanceler Uruguaio deu uma declaração explicando porque não assinou. Ele disse que não acredita 
que esse bloco será responsável por resolver os problemas de integração que a América do Sul passa, uma 
vez que o bloco, assim como a Unasul, também parece ter orientação ideológica. Apesar disso, os dois 
idealizadoras do Prosul negam o caratér ideológico e ressaltam a importância democrática e da união dos 
países membros. Como propósitos estão citados: 
1. Cooperação e coordenação: “Construir e consolidar espaço regional de coordenação e cooperação, 
sem exclusões, para avançar em direção a uma integração mais efetiva que permita contribuir para o 
crescimento, o progresso e o desenvolvimento dos países da América do Sul.” 
2. Diálogo: “Criar um espaço de diálogo e colaboração sul-americano.” 
3. Implementação gradual e flexibilidade na estrutura: ”Que este espaço deverá ser implementado 
gradualmente, ter estrutura fléxivel, leve, que não seja custosa, com regras de funcionamento claras 
e com mecanismo ágil de tomada de decisões.” 
4. Integração infraestrutural: “Que este espaço abordará de maneira flexível e com caráter prioritário 
temas de integração em matéria de infraestrutura, energia, saúde, defesa, segurança e combate ao 
crime, prevenção de e resposta a desastres naturais.” 
5. Requisitos de participação: “Que os requisitos essenciais para participar deste espaõ serão a plena 
vigência da democracia e das respectivas ordens constitucionais, o respeito ao princípio de 
separação dos poderes do estado, e a promoção, proteção e respeito e garantia dos direitos humanos 
e das liberdades fundamentais, assim como a soberania e a integridade territorial dos estados, em 
respeito ao direito internacional.” 
Disponível em: https://www.politize.com.br/prosul/ 
 
USMCA – O Novo Nafta 
O USMCA corresponde a uma modernização do tratado de livre comércio entre EUA, Canadá e México. A 
renovação desse acordo aconteceu em 2018 e aconteceu por um pedido do Donald Trump, que alegou estar 
passando por um déficit no comércio na relação com o México, sobretudo pelas transferências industriais 
que ocorreram anteriormente ao seu mandato. Esse acordo reflete uma postura do protecionismo econômico 
presente na política do presidente Donald Trump. 
O Nafta foi um acordo que durou vinte e quatro anos facilitando o comércio entre os três países. Ele não prevê 
a livre circulação de pessoas, mas de bens e produtos, com redução ou finalização das barreiras comerciais. 
Das críticas que o acordo sofria, a forte dependência mexicana da econômia americana era ressaltada com 
o acordo. 
O México, já vinha demonstrando insatisfação quanto as vantagens que os EUA teriam sobre o preço dos 
produtos agrícolas, enquanto os EUA acreditam que sua economia estava sofrendo com o deslocamento 
industrial para Canadá e México, devido as vantagens locacionais e atrativos econômicos como mão de obra 
mais barata e redução de impostos. Das diferenças na renovação do acordo devemos citar: 
 
https://www.politize.com.br/prosul/
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
 
 
 
SOUSA, Rafaela. "USMCA"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/usmca.htm. Acesso em 14 de 
fevereiro de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. (FGV 2015) É grande a preocupação com o bloco tanto pelo imobilismo de suas regras quanto pelo 
isolamento em relação aos acordos comerciais. A paralisia do grupo regional e as crescentes medidas 
protecionistas da Argentina preocupam o setor privado brasileiro, o maior prejudicado por essa 
situação. É previsível a continuada oposição da Argentina e da Venezuela à flexibilização das regras do 
bloco. É do interesse brasileiro ignorar essa oposição e assumir a liderança nas tratativas para retomar 
os entendimentos com a UE e aceitar a ampliação na negociação externa com países mais 
desenvolvidos, como o Canadá e a Coreia do Sul. A Espanha defendeu abertamente uma opção 
pragmática para que as conversações entre a União Europeia e o bloco possam avançar. 
(O Estado de S.Paulo, 9 jun. 2015. Adaptado) 
O texto refere-se ao bloco 
a) MERCOSUL 
b) ALADI 
c) UNASUL. 
d) BRICS. 
e) FMI. 
 
2. (UNESPAR 2016) O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo Estado. 
Em um primeiro momento, a ideia dos blocos econômicos era de diminuir a influência do Estado na 
economia e comércio mundiais. Mas, a formação destas organizações supranacionais fez com que o 
estado passasse a garantir a paz e o crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a 
iniciativa de maior sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus. 
Disponível em:< http://educacao.globo.com/artigo/globalizacao-comercio-mundial-formacao-de-blocos-
economicos.html> Acesso em: 22 out. 2015. 
 
Sobre o tema central em destaque, é correto afirmar: 
a) Os BRICs figuram como o mais novo bloco econômico mundial, formado por países emergentes, 
direcionando-se para uma unificação monetária; 
b) A evolução e prosperidade do Mercosul pode ser vista pelo desenvolvimento socioeconômico dos 
países emergentes que formam o bloco, assim como pela ampliação do número de países 
membros; 
c) A União Europeia é o mais antigo dos blocos econômicos mundiais, atualmente vem sofrendovários impactos relacionados a crises que assolam alguns países membros; 
d) Por ser o mais consolidado dos blocos econômicos, a União Europeia efetivou a unificação 
monetária em todos os países membros, e se direciona para criar um cidadão único, tanto na 
Europa ocidental como na oriental; 
e) O Nafta, Associação de Livre Comércio da América do Norte, é formada por três países com alto 
poder de produção, consumo e grande população absoluta dentro do mundo. 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
3. (UFRGS 2019) O BRICS (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que 
realiza cúpulas anuais desde 2009, prevê 
a) a atuação na esfera da governança econômico-financeira e também da governança política. 
b) a diminuição das tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países 
associados, mas não a livre circulação de pessoas e investimentos. 
c) a formação da Cúpula da América Latina, Ásia e União Europeia e visa à integração regional, à 
redemocratização e à reaproximação dos países. 
d) a livre circulação de pessoas e investimentos. 
e) a resolução da crise na Síria e das tensões geopolíticas na Crimeia. 
 
4. (UNESP 2017) Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode ser assim resumida: 
Os países ________ não têm poder político sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas 
para tentar reconduzir a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do Tratado de 
Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicação da cláusula democrática do 
bloco sobre a ___________, em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e 
econômica que atravessa o país. 
As lacunas do excerto devem ser preenchidas por 
a) do Nafta – Argentina. 
b) do Mercosul – Bolívia. 
c) da ALADI – Venezuela. 
d) da ALADI – Bolívia. 
e) do Mercosul – Venezuela. 
 
5. (UDESC 2018) Sobre o G20, analise as proposições. 
I. É formado pela União Europeia e mais 19 países, com economias mundialmente importantes. 
II. Da América do Sul, apenas Argentina e Brasil participam do G20. 
III. Neste ano, a cúpula do G20 será na Argentina. É a primeira vez que um país da América do Sul 
preside o bloco. 
IV. No G20 os eixos temáticos discutidos são: o futuro do trabalho, a infraestrutura para 
desenvolvimento e o futuro alimentar sustentável. 
V. Apesar de a Espanha não fazer parte do G20, é uma convidada permanente para os encontros da 
cúpula. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras 
b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. A 
O texto cita que fazem parte do bloco Argentina e suas tensões com Venezuela. Além disso, posiciona a 
relação do Brasil no comércio internacional. Além disso, a União Europeia tem tentando estabelecer uma 
relação de proximidade com o bloco do Mercosul, a fim de estabelecer a livre circulação de mercadorias. 
 
2. C 
A União Europeia tem passado por vários conflitos dos chamados “eurocéticos”. Sua definião pol´tiica e 
não apenas econômica contraria muitas das vezes a vontade dos líderes nacionais. Essa contraposição 
tem gerado atritos no que tange por exemplo a questão dos refugiados, e se intensificou com a saída do 
Reino Unido do bloco. 
 
3. A 
O BRICS é um bloco sobretudo político, por prever em sua criação uma contra hegemonia aos países 
dominantes. Ele representa os países em ascenção econômica, que muitas das vezes não se veem 
representados de fato pelas principais instituições financeiras do mundo capitalista globalizado como o 
FMI, o Banco Mundial e a própria ONU. 
 
4. E 
A questão fala sobre a saída da Venezuela do Mercosul. Desde a crise político economica que assombra 
o país, muitos líderes regionais da América do Sul tem imposto restrições a participação, por conta da 
perda do caráter democrático. 
 
5. E 
O G20 é um grupo que abrange as principais econômias do mundo, entre as desenvolvidas e os 
emergentes. É um importante bloco de cooperação comercial e política, e busca realizar discussões 
pertinentes sobre a realidade financeira atual. 
 
 
 
 
 
1 
História 
 
América Portuguesa nos séculos XVI e XVII 
 
Resumo 
 
As primeiras expedições portuguesas 
A chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500, não despertou um planejamento imediato de 
colonização do novo território encontrado pelos portugueses. A conquista da rota para as Índias por Vasco 
da Gama, em 1498, atraiu muito mais o interesse lusitano, visto que os altos 
lucros obtidos com as especiarias do oriente e com o comércio na África 
deixavam de lado maiores investimentos na América.Apesar dessa negligência 
inicial, que marca o período conhecido popularmente como “Pré-Colonial”, 
expedições exploradoras não deixaram de acontecer durante o século XVI. Já 
em 1501, uma expedição chefiada por Gaspar de Lemos confirmou a existência 
e o valor do pau-brasil, pelo qual era possível a extração de tinta vermelha, muito 
preciosa na Europa. Inicialmente, a exploração da madeira foi realizada através 
do uso de mão de obra indígena, que cortavam e carregavam o pau-brasil em 
troca de objetos europeus (escambo), mas, logo essa mão de obra nativa passou 
a ser escravizada e o chamado “negro da terra” (nativo-americano) também se 
tornou uma moeda de troca entre tribos e portugueses. 
Essa escravidão indígena foi utilizada no Brasil durante décadas, no entanto, comparada à colonização 
espanhola, a lusitana dependeu muito mais do negro africano do que do nativo-americano. Afinal, os 
indígenas que ocupavam a colônia portuguesa viviam muito mais dispersos e, muitas vezes, em lugares de 
difícil acesso, resistindo à escravidão. Outro fator importante também foi o genocídio das tribos que viviam 
no litoral, o trabalho dos jesuítas, que impediam a captura de nativos nos aldeamentos indígenas e, enfim, o 
lucro obtido com o tráfico de africanos escravizados era tão exorbitante que essa mão de obra passou a ser 
mais valorizada. 
 Tendo em vista essa exploração do pau-brasil, já em 1503, uma expedição comandada por Gonçalo Coelho 
estabeleceu as primeiras feitorias no litoral, com o objetivo de armazenar alimentos, equipamentos e 
conservar a madeira para exportação que, a partir do estabelecimento do estanco, passou a ter a exploração 
monopolizada por Portugal. Essa medida visava proteger o produto das investidas “estrangeiras”, ou seja, 
europeus que não pertenciam ao Império Português e que já realizavam assaltos e contrabandos no litoral. 
Essas investidas de franceses, holandeses e espanhóis no território português, naturalmente, despertaram a 
preocupação da Coroa portuguesa quanto a manutenção e proteção do território brasileiro, afinal, apesar do 
Tratado de Tordesilhas, contrabandistas e colonos de países rivais poderiam facilmente ocupar e colonizar o 
vasto território que os portugueses reivindicavam. 
Tendo em vista essa preocupação, apenas em 1531 que Martim Afonso de Souza foi enviado para realizar a 
primeira expedição colonizadora oficial de Portugal no Brasil. O colono deveria ocupar e povoar a terra, 
descobrir riquezas e combater estrangeiros, sendo essa administração realizada através da doação de terras 
chamadas de sesmarias (lotes de terra). Assim, Martim Afonso de Souza, no Brasil, fundou os primeiros 
núcleos de colonização, as vilas de São Vicente e Santo André da Borda do Campo, onde hoje conhecemos 
como o território de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
2 
História 
 
A administração colonial portuguesa 
Durante a expansão portuguesa pelo Oceano Atlântico, algumas ilhas conquistadas receberam um modelo 
administrativo baseado na divisão do território e na doação de faixas de terras para donatários, modelo que 
ficou conhecido comocapitanias hereditárias. As capitanias eram doadas aos capitães-donatários por meio 
de forais e cartas de doação e o donatário que recebesse a faixa de terra deveria proteger o território e seus 
colonos, fundar vilas, estimular a exploração do pau-brasil e descobrir novas riquezas. 
Entre 1534 e 1536, 15 capitanias foram criadas e doadas para seus administradores, no entanto, apenas duas 
prosperaram, Pernambuco e São Vicente, graças ao rico cultivo da cana-de-açúcar, que se tornaria o produto 
mais importante da colonização portuguesa no Brasil e base da civilização colonial. O fracasso das outras 
capitanias, no entanto, deve-se às dificuldades encontradas pelos donatários na colonização e pelo 
desinteresse de muitos outros que nem chegaram a sair de Portugal. Assim, tendo em vista os problemas 
que se desencadearam por conta da descentralização provocada pelas capitanias, em 1548, o governo 
português decidiu fortalecer sua autoridade sobre a colônia centralizando a administração nas mãos de um 
governador-geral. 
O primeiro encarregado dessa função foi Tomé de Souza, que se estabeleceu em Salvador, em 1549, com a 
missão de garantir as condições necessárias para uma boa colonização portuguesa das novas terras, a 
proteção contra os ataques de nativos e estrangeiros, a construção de feitorias e 
fortalezas e o estímulo da economia açucareira. Para realizar essa missão, Tomé de 
Souza trouxe para o Brasil africanos escravizados, mulheres e um grupo de jesuítas que 
estabeleceu os primeiros colégios da colônia. 
Em 1554, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio de São 
Paulo, que se tornou um embrião da atual cidade brasileira. A permanência dos jesuítas 
no Brasil gerou uma série de conflitos entre os colonos, que desejavam expandir seus 
negócios e escravizar indígenas, e os próprios jesuítas, que acreditavam na possibilidade 
da catequização dos nativos. 
 
 
A civilização do açúcar e a escravidão na colônia 
Se a colonização espanhola na América se concentrou nas riquezas minerais e na exploração da mão de obra 
indígena, na colônia portuguesa, como visto, a escravidão de africanos e o projeto agrícola foram as bases da 
colonização lusitana. O historiador Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar as diferenças entre as duas 
colonizações compara a aventura portuguesa ao trabalho dos semeadores e a ocupação espanhola ao 
esforço dos ladrilhadores. 
Para o autor, os lusitanos com seu espírito aventureiro encaravam a colonização na América como uma fonte 
de exploração rápida dos seus bens, ou seja, como um semeador, os portugueses apostaram na agricultura 
e realizaram a ocupação de forma dispersa, sem um planejamento e visando lucros rápidos. Os espanhóis, 
por sua vez, como os ladrilhadores, investiram na colonização urbana e racionalizada que, apesar de mais 
lenta, levou a uma ocupação muito mais sólida e menos voltada para a agricultura. 
Essa forma de colonização portuguesa, além de justificada pelo espírito aventureiro português, que buscava 
muito mais a exploração do que o sedentarismo, também pode ser explicado pelas condições demográficas 
e pela qualidade da terra. A baixa quantidade de portugueses dispostos a colonizar diversas partes isoladas 
do território brasileiro dificultava esse sedentarismo, assim como emperrou o próprio desenvolvimento das 
capitanias hereditárias e “atrasou” as descobertas de metais preciosos. Além do mais, a fertilidade da terra 
no litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste, permitiu a criação de uma sociedade agrária que obteve um rápido 
sucesso em diversos pontos, principalmente com o cultivo da cana-de-açúcar. 
 
 
 
 
3 
História 
 
O cultivo da cana já era realizado por Portugal a décadas em outras colônias no Atlântico, como nos engenhos 
da Ilha da Madeira. Graças a essas experiências, os portugueses que aqui chegaram com as primeiras mudas 
já sabiam as melhores formas de investir nesse cultivo. Já em 1610, cerca de 400 engenhos estavam 
espalhados pela costa brasileira e movimentando a produção e exportação do açúcar para a Europa, grande 
apreciador e comprador do produto. O açúcar, assim, logo se tornou o principal produto da colônia e os 
engenhos verdadeiros núcleos de colonização, comandados pela figura do senhor de engenho, que detinha 
um grande poder local, um membro quase nobre da “açucarocracia” e que deu origem, no Brasil, ao modelo 
de sociedade patriarcal. Nesse modelo de sociedade, a figura do homem era central na tomada de decisões, 
deslocando as mulheres para afazeres domésticos e religiosos. No Brasil, esses homens ainda estabeleciam 
relacionamentos baseados no apadrinhamento, que ligava famílias mais ricas às mais pobres, ou senhores 
de engenho a homens que os dedicavam fidelidade, respeito e trocas de favores. 
O senhor de engenho, portanto, era uma figura central nessa lógica açucareira e, vivendo na chamada Casa 
Grande, submetia aos seus mandos diversos homens livres, como padres, capatazes, feitores, comerciantes 
e até mesmo políticos. Nas câmaras municipais, onde eram resolvidos os problemas jurídicos, 
administrativos e fiscais das regiões colonizadas, os senhores de engenho exerciam forte influência para que 
seus interesses sempre fossem respeitados. Muitas vezes, os próprios senhores ou proprietários de terras 
menores realizavam os trabalhos administrativos diretamente na vila, sendo chamados de homens bons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GÂNDAVO, Pêro de Magalhães. Tratado da terra do Brasil (1571). In: VIANNA, Hélio. História do 
Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.125 apud VICENTINO, Cláudio. História para o Ensino Médio: 
história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005, p. 157. 
 
Toda essa estrutura era garantida pelo chamado pacto colonial, que firmava o domínio português sobre os 
colonos em uma relação de exclusividade entre a metrópole e a colônia. Logo, apesar da autonomia e do 
poder dessas figuras, ao fim, ainda precisavam respeitar os mandos da Coroa e da metrópole. Também vale 
destacar que, para o completo funcionamento dessa lógica agrícola e para render os altos lucros que o gráfico 
acima revela, os engenhos de açúcar, portanto, funcionavam em um modelo agrícola conhecido como 
plantation, que era um padrão de exploração voltado para a monocultura, a exportação dos produtos e o uso 
da mão de obra escravizada em grandes latifúndios (doação de sesmarias por donatários). 
Assim, no latifúndio, enquanto os senhores de engenho viviam na chamada Casa Grande, de onde partia o 
controle econômico da produção, às margens se localizavam as senzalas, local destinado aos negros 
escravizados e onde ficavam os braços do trabalho agrícola. A escravidão africana se tornou o motor dessa 
estrutura de exploração açucareira e, graças aos escravizados, os portugueses conseguiram superar o 
problema demográfico e produzir e exportar em grandes quantidades. 
0
10
20
30
40
50
60
70
1570 1580 1600 1610 1630 1640 1650 1670 1710 1760
M
il
h
ar
es
 d
e 
to
n
el
ad
as
Ano
Exportação de açúcar (1570 - 1760)
Açúcar
 
 
 
 
4 
História 
 
Visto isso, a riqueza da colônia brasileira desde o início da ocupação portuguesa, tanto pelo pau-brasil, quanto 
pelo tráfico de africanos escravizados e pela agricultura, logo despertou os interesses “estrangeiros”. Já no 
século XVI a necessidade de colonizar para defender o território se mostrou importante, visto que piratas e 
corsários atuavam constantemente no litoral. 
 
França Antártica 
Os franceses, mesmo antes de Cabral, já conheciam o litoral brasileiro e comercializavam com 
os índios alguns gêneros tropicais, no entanto, em 1555, a primeira empreitada patrocinada 
pela coroa francesa teve como destino a baía de Guanabara. Liderados por Durand de 
Villegnon, 600 colonos franceses católicos e protestantes começaram uma colônia no 
atlântico sul. 
A colônia tinha o objetivo de participar do comércio deespeciarias com os nativos que era exclusivo dos 
portugueses, os colonos passaram por diversas dificuldades como doenças e fomes, o que gerou inúmeras 
deserções dos franceses para as tribos indígenas. Villegnon chegou a proibir o contato e a união entre 
franceses e indígenas. Dois anos depois chegaram mais colonos, mas, desta vez, somente protestantes, que 
acabaram refletindo no Novo Mundo os conflitos religiosos do continente. Assim, a empreitada fracassou e, 
em 1565, os portugueses liderados por Estácio de Sá, em companhia de José de Anchieta, retomaram a região 
e fundaram a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 
 
União Ibérica 
A crise que gerou a união das duas coroas começou em 1578, quando o jovem rei D. Sebastião se aventurou 
em uma batalha na região de Alcácer-Quibir no Marrocos, contra os árabes. Além de seu entusiasmo 
cruzadístico, o rei tinha interesses em reabrir rotas comerciais no norte da África, porém, durante as 
expedições, D. Sebastião desapareceu em combate, deixando o trono vago, já que não tinha herdeiros. A figura 
de Dom Sebastião virou um símbolo de esperança, pois muitos súditos ainda acreditavam na volta do rei para 
enfim governar novamente. Há relatos de pessoas entrevistadas pela inquisição que diziam ter sonhado com 
o monarca e, o próprio Antônio Conselheiro, líder do Arraial de Canudos, era um adepto do Sebastianismo, 
tendo profetizado o retorno do rei. 
Assim, o Cardeal D. Henrique, tio avô de D. Sebastião, assumiu o trono lusitano, no entanto a dinastia de Avis 
estava com os dias contados, já que o novo rei não poderia deixar herdeiros. Henrique I veio a falecer em 
1580, deixando novamente o trono em Lisboa vazio e, desta vez, abrindo caminho para um grande temor dos 
portugueses, a ascensão de Filipe II, rei da Espanha, que, por fim, assumiu o trono sob a ameaça de uma 
invasão militar espanhola. Filipe era neto de D. Manoel I e o mais próximo na linha sucessória. 
O monarca espanhol viu em Portugal a possibilidade de recuperação dos cofres do 
Estado, acessando o mercado de escravos que era controlado pelos portugueses, já que 
estes tinham possessões na costa atlântica da África, e podendo ampliar o domínio 
colonial na América, já que agora as coroas se uniriam. O rei, mesmo que impopular, foi 
aceito pelos nobres e burgueses de Portugal, já que o monarca não tardou em assinar o 
Tratado de Tomar em 1581, dando exclusividade para navios portugueses no comércio com as colônias e 
mantendo as autoridades metropolitanas e coloniais do Estado português. 
Em 1640 os portugueses retomaram o seu domínio político sobre Portugal com o período conhecido como a 
Restauração. Nesta fase, sobe ao poder a dinastia dos Bragança, que expulsaram a presença espanhola da 
metrópole e da colônia. A restauração surgiu depois de Portugal se aliar à República das Províncias Unidas 
(Países Baixos) para terminar com a União. Assim, os portugueses retomaram o poder com o rei D. João IV. 
 
 
 
 
 
5 
História 
 
Brasil Holandês 
Com a União Ibérica, Portugal, assim como suas colônias, também viraram alvos dos inimigos da Espanha. O 
Brasil no período da união vivia o auge da economia açucareira, com o principal polo econômico no Nordeste. 
Logo, os Países Baixos lançaram os olhos sobre essa região da colônia a fim de reaver o comércio açucareiro 
entre Holanda e Portugal. O que fora proibido por Felipe II. 
Assim, em 1624, os holandeses mandaram uma expedição que ocupou Salvador por um ano, mas Jacob 
Willekens e seus 1500 homens foram expulsos pelos espanhóis no ano seguinte. Mesmo derrotados, o ímpeto 
dos holandeses não cessou e estes invadiram, em 1630, a cidade de Olinda. Os invasores seguiram em 
direção ao interior e dominaram a capitania de Pernambuco, retomando o comércio açucareiro depois de uma 
forte resistência lusitana. 
Depois de estabelecidos, os holandeses instalaram um governo no local, liderado pelo Conde Maurício de 
Nassau, que reestruturou a colônia após a guerra, remontando engenhos destruídos e liberando crédito a 
senhores luso-brasileiros, principalmente de Olinda. Além disso, Nassau inovou a fabricação do açúcar, 
modernizou a cidade com diversas construções (inclusive um observatório astronômico e um zoológico) e 
também incentivou a vinda de diversos botânicos e artistas para a colônia. 
O fim da dominação holandesa veio logo após o desgaste das relações entre Portugal e Holanda se 
aprofundar. Os dois países, que acabaram juntos com a dominação espanhola, agora disputavam as terras 
em Pernambuco. Em 1654 os portugueses conseguiram reaver a região com a ajuda dos ingleses, no entanto 
o açúcar começa a perder a importância na Europa gerando uma crise nesse ramo da economia colonial. 
 
 
 
 
 
6 
História 
 
Exercícios 
 
1. (UNIOESTE PR/2014) Leia o fragmento do poema abaixo: 
O branco açúcar que adoçará meu café 
nesta manhã de Ipanema 
não foi produzido por mim 
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. 
[...] 
Este açúcar veio 
da mercearia da esquina e 
tampouco o fez o Oliveira, 
dono da mercearia. 
Este açúcar veio 
de uma usina de açúcar em Pernambuco 
ou no Estado do Rio 
e tampouco o fez o dono da usina. 
 
Este açúcar era cana 
e veio dos canaviais extensos 
que não nascem por acaso 
no regaço do vale. 
[...] 
Em usinas escuras, 
homens de vida amarga 
e dura 
produziram este açúcar 
branco e puro 
com que adoço meu café esta manhã 
em Ipanema. 
GULLAR, Ferreira. O açúcar. In: _____. Dentro da Noite Veloz. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. 
A presença de canaviais no Brasil é tema de importantes debates sobre as relações comerciais e as 
condições de trabalho que, historicamente, vincularam-se a essa prática e à sua expansão pelo meio 
rural brasileiro. Diante disso, é INCORRETO afirmar que: 
a) a produção sucroalcooleira ganhou incentivo estatal nas últimas décadas e ocupou 
extensivamente a paisagem rural no País. A indicação, fortemente positivada, do etanol como 
biocombustível procura amenizar aspectos questionáveis que envolvem seu processo produtivo. 
b) a produção açucareira no "Brasil Colonial" sugeria um universo rentável e um mercado 
internacional em expansão, utilizando como principal mão de obra o trabalho escravo. A alta 
exploração do trabalho nessa atividade promovia tensões que envolviam o controle dos escravos. 
c) a movimentação de trabalhadores em direção às regiões do País com maior empregabilidade em 
canaviais e usinas, na atualidade, aponta a força desse setor na economia e, também, as 
desigualdades e pressões sociais que motivam a decisão por esse trabalho. 
d) a produção nos engenhos no "Brasil Colonial" enfrentou certas instabilidades, relacionadas à 
fragilidade de acordos financeiros e comerciais, bem como à concorrência com os holandeses. 
e) o debate recente sobre a atuação da agroindústria canavieira, no que diz respeito ao 
estabelecimento de colheita mecanizada e fiscalização das condições de trabalho, indica que 
houve superação dos problemas ambientais e da negligência relacionada aos direitos trabalhistas 
no setor. 
 
 
 
 
7 
História 
 
2. (UEM PR/2015) No período colonial predominava no Nordeste brasileiro uma sociedade patriarcal. 
Sobre essa sociedade é correto afirmar que: 
(01) Na sociedade patriarcal prevalecia a democracia familiar, onde os problemas econômico-sociais 
eram resolvidos pelos pais e pelos filhos com idade acima de 18 anos. 
(02) Cabiam à mulher os trabalhos domésticos e a educação dos filhos nos preceitos cristãos. 
(04) A sociedade patriarcal se organizava em torno da figura do Senhor de Engenho e o engenho, ou a 
grande fazenda, era mais que uma unidade produtiva, polarizando a vida social. 
(08) Na sociedade patriarcal predominava o trabalho assalariado; contudo, os trabalhos domésticos 
eram realizados por escravos. 
(16) Por meio do compadrio se estabelecia uma rede de parentesco que promovia dependênciase 
privilégios entre os grandes proprietários de terras. 
Soma: ( ) 
 
3. (UEL PR/2014) Leia o texto a seguir. Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as terras 
que hoje são brasileiras foram desde então oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam 
sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem alguns historiadores 
portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada e 
recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Descoberto 
oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que 
existisse, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência. 
(Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: . 
Acesso em: 7 jun. 2013.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir. 
a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pioneirismo do Estado português nas Grandes 
Navegações. 
b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a 
seguinte passagem: “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
 
4. (UEPA/2014) A assim chamada "Diáspora Africana", em direção a vários pontos do continente 
americano, ocorreu a partir do século XV, com o estabelecimento de entrepostos comerciais europeus, 
inicialmente ao longo da costa ocidental africana. As trocas comerciais ocorriam, nestes entrepostos, 
entre europeus, chefes tribais e representantes de reinos do interior do continente. Entre os “produtos” 
comercializados, como ouro, tecidos, armas de fogo, dentre outros, estavam homens e mulheres 
escravizados em guerras tribais ou em conquistas militares de reinos africanos. A motivação 
econômica europeia pelo comércio de seres humanos reduzidos à escravidão, se baseava 
principalmente no(a): 
a) dinamização econômica das colônias americanas, condição básica para o desenvolvimento 
industrial das metrópoles. 
b) abastecimento de mão de obra aos proprietários de grandes propriedades rurais monocultoras 
nas colônias americanas. 
c) necessidade de produzir a acumulação primitiva de capital que alimentasse a engrenagem 
econômica mercantilista. 
d) crença da supremacia racial europeia frente aos povos de outros continentes, que poderiam ser 
reduzidos à mera condição de mão de obra. 
e) inserção da população escravizada, trazida para o Novo Mundo, no mercado consumidor colonial, 
abastecido pelos manufaturados metropolitanos. 
 
 
5. TEXTO I 
E pois que em outra coisa nesta parte não me posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de 
Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe 
foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos 
do pau-brasil que dela. 
Barros,J.In: Sousa,L.M.Inferno atlântico: demonologia e colonização:séculos XVI-XVIII, São Paulo:Cia das Letras,1993. 
 
TEXTO II 
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos 
que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberem falar, 
também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam 
é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá. 
Salvador.F.V.In:Sousa, L.M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São 
Paulo:Cia das Letras,1997. 
As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas 
à: 
a) Utilização do trabalho escravo. 
b) implantação de polos urbanos. 
c) devastação de áreas naturais. 
d) ocupação de terras indígenas. 
e) expropriação de riquezas locais. 
 
 
 
 
 
9 
História 
 
Gabarito 
 
1. E 
A letra E está incorreta, pois até hoje os problemas ambientais causados pela exploração da cana-de-
açúcar através de canaviais em latifúndios não foram resolvidos, assim como, mesmo com a abolição da 
escravidão, muitos trabalhadores desse setor ainda são submetidos a jornadas e condições análogas à 
escravidão. Assim, essa opção está incorreta. 
 
2. 02 + 04 + 16 = 22 
A afirmativa 01 está incorreta pois não havia democracia neste período, sobretudo no modelo patriarcal, 
onde as ordens do senhor eram as palavras finais, visto isso, podemos afirmar que a 02 está correta, pois 
a mulher era limitada aos mandos do senhor e marginalizada nas tarefas domésticas e religiosas. Como 
visto, a sociedade colonial girava em torno do engenho e da figura do senhor, logo, a afirmativa 04 também 
está correta, enquanto a 08 podemos considerar incorreta, pois não predominava o trabalho assalariado 
e sim o escravizado, principalmente na agricultura. Enfim, a 16 está correta, pois o compadrio, ou o 
apadrinhamento, de fato, era uma forma de relação estabelecida neste período. 
 
3. 
a) O aluno pode citar, dentre os motivos: o pioneirismo português na centralização política, que permitiu 
a formação de um Estado Moderno forte o bastante para planejar e incentivar as expedições 
marítimas; a formação de uma classe burguesa sólida e interessada na busca de rotas comerciais 
alternativas ao mediterrâneo; a posição geográfica portuguesa, que facilitava a aventura atlântica; o 
desenvolvimento de uma cultura naval, herdada dos árabes e centralizada na figura do Infante D. 
Henrique e da escola de Sagres. 
 
b) A autora quer dizer que associar o Brasil de hoje ao que existia em 1500 é anacrônico, pois os povos 
indígenas que viviam nessa região não apresentavam uma unidade cultural e nem se identificavam 
com portugueses e africanos que aqui chegavam. A formação de uma nação só foi possível no século 
XIX, como um projeto político pós-independência, logo, não existia ainda brasil ou brasileiros em um 
contexto de colonização, visto que não havia uma identidade nacional. 
 
4. B 
Com a adoção do modelo de plantation nas colônias americanas, a demanda por mão de obra escravizada 
fez crescer de forma exorbitante os lucros dos traficantes no atlântico. Era justamente para preencher 
essa demanda que esse tráfico era realizado. 
 
5. E 
Conforme expresso no texto, os cronistas portugueses criticavam a expropriação das riquezas locais. 
Isso pode ser percebido em trechos como “mais devotos do pau-brasil do que dela” e “porque tudo querem 
para lá”. Questão duvidosa uma vez que a “expropriação de riquezas” não era uma preocupação da época. 
O primeiro texto, inclusive, faz uma crítica de caráter religioso, não material. 
 
 
 
 
 
1 
Matemática 
 
Exercícios sobre triângulos 
 
Exercícios 
 
1. No triângulo ABC exibido na figura a seguir, AD é a bissetriz do ângulo interno em A, e AD = DB. O 
ângulo interno em A é igual a: 
 
a) 60°. 
b) 70°. 
c) 80°. 
d) 90°. 
 
 
2. Em 2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou duas faixas para pedestres na 
diagonal de um cruzamento de ruas perpendiculares do centro de São Paulo. Juntas, as faixas formam 
um ‘X’, como indicado na imagem. Segundo a CET, o objetivo das faixas foi o de encurtar o tempo e a 
distância da travessia. 
 
 
 
 
 
2 
Matemática 
 
Antes da implantação das novas faixas, o tempo necessário para o pedestre ir do ponto A até o ponto 
C era de 90 segundos e distribuía-se do seguinte modo: 40 segundos para atravessar , com 
velocidade média v; 20 segundos esperando o sinal verde de pedestres para iniciar a travessia ; e 
30 segundos para atravessar também com velocidade média v. Na nova configuração das faixas, 
com a mesma velocidade média v, a economia de tempo para ir de A até C, por meio da faixa em 
segundos, será igual a 
a) 20 
b) 30 
c) 50 
d) 10e) 40 
 
 
3. Uma circunferência de raio 3 cm está inscrita no triângulo isósceles ABC, no qual AB = AC. A altura 
relativa ao lado BC mede 8 cm. O comprimento de BC é, portanto, igual a 
a) 24 cm 
b) 13 cm 
c) 12 cm 
d) 9 cm 
e) 7 cm 
 
 
 
4. Um aluno precisa localizar o centro de uma moeda circular e, para tanto, dispõe apenas de um lápis, 
de uma folha de papel, de uma régua não graduada, de um compasso e da moeda. 
 
Nessas condições, o número mínimo de pontos distintos necessários de serem marcados na 
circunferência descrita pela moeda para localizar seu centro é 
a) 3. 
b) 2. 
c) 4. 
d) 1. 
e) 5. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Matemática 
 
5. Para que alguém, com o olho normal, possa distinguir um ponto separado de outro, é necessário que 
as imagens desses pontos, que são projetadas em sua retina, estejam separadas uma da outra a uma 
distância de 0,005 mm. 
 
Adotando-se um modelo muito simplificado do olho humano no qual ele possa ser considerado uma 
esfera cujo diâmetro médio é igual a 15 mm, a maior distância x, em metros, que dois pontos 
luminosos, distantes 1 mm um do outro, podem estar do observador, para que este os perceba 
separados, é 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
 
 
6. Uma bola de tênis é sacada de uma altura de 21 dm, com alta velocidade inicial e passa rente à rede, 
a uma altura de 9 dm. Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com o ar e do seu movimento 
parabólico, considere a trajetória descrita pela bola como sendo retilínea e contida num plano 
ortogonal à rede. Se a bola foi sacada a uma distância de 120 dm da rede, a que distância da mesma, 
em metros, ela atingirá o outro lado da quadra? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Matemática 
 
7. Um teleférico transporta turistas entre os picos A e B de dois morros. A altitude do pico A é de 500 m, 
a altitude do pico B é de 800 m e a distância entre as retas verticais que passam por A e B é de 900 m. 
Na figura, T representa o teleférico em um momento de sua ascensão e x e y representam, 
respectivamente, os deslocamentos horizontal e vertical do teleférico, em metros, até este momento. 
 
a) Qual é o deslocamento horizontal do teleférico quando o seu deslocamento vertical é igual a 20 
m? 
b) Se o teleférico se desloca com velocidade constante de 1,5 m/s, quanto tempo o teleférico gasta 
para ir do pico A ao pico B? 
 
 
8. Uma semicircunferência de centro O e raio r está inscrita em um setor circular de centro C e raio R, 
conforme a figura. 
 
 
O ponto D é de tangência de BC com a semicircunferência. Se AB = s demonstre que: 
R · s = R · r + r · s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Matemática 
 
9. Na figura, o triângulo ABC é retângulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso, o ponto D pertence ao 
cateto AB, o ponto E pertence ao cateto BC e o ponto F pertence à hipotenusa AC, de tal forma que 
DECF seja um paralelogramo. Se DE = 3/2, então a área do paralelogramo DECF vale: 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
 
 
10. Na figura adiante, as distâncias dos pontos A e B à reta r valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e 
B sobre essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que distância de C deverá estar o 
ponto E, do segmento CD , para que CÊA=DÊB? 
 
a) 3 
b) 4 
c) 5 
d) 6 
e) 7 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Matemática 
 
Gabarito 
 
1. C 
 
Seja medida do ângulo do vértice A, cuja bissetriz é o segmento AD. 
No triângulo isósceles ABD, temos: 
 
Logo, o ângulo do vértice A é igual a 
 
2. E 
 
 
 
 
 
7 
Matemática 
 
3. C
 
 
4. A 
Considerando 3 pontos distintos da circunferência, tracemos o triângulo ABC como mostra a figura: 
 
O centro da moeda é o circuncentro do triângulo obtido. 
 
5. C 
Por semelhança de triângulos, temos a seguinte relação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Matemática 
 
6. 9m 
 
 
7. Observando o desenho, temos: 
 
 
8. Considere a figura: 
 
c.q.d. = como queríamos demonstrar. 
 
 
 
 
9 
Matemática 
 
9. A 
 
 
10. A 
 
 
 
 
 
 
1 
Português 
 
Elementos coesivos: pronome e conjunção 
 
Resumo 
 
Os elementos coesivos 
Pronome 
O pronome é uma palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o nome (ou 
substantivo), indicando a relação entre os seres e as pessoas do discurso. 
As pessoas do discurso são as que estão participando da situação comunicativa, em outras palavras, estão 
envolvidas ao ato de comunicação: quem fala (eu), a pessoa com quem se fala (tu) e a pessoa/objeto de 
quem se fala (ele). 
1ª PESSOA – quem fala (emissor) 
2ª PESSOA – com quem se fala (receptor) 
3ª PESSOA – de quem/que se fala (referente) 
 
É importante ressaltar, nesse caso, que o termo “pessoa” não se refere, necessariamente, a um ser humano. 
Trata-se de um conceito da gramática, que indica as funções que as coisas e seres humanos desempenham 
em uma situação de relação comunicativa. Quando o pronome substitui o substantivo, é chamado de 
pronome substantivo; já quando acompanha o adjetivo, é chamado de pronome adjetivo. 
 
 
Classificação dos pronomes 
Há, de acordo com a gramática, seis tipos de pronome, são eles: pessoal, possessivo, demonstrativo, 
indefinidos, interrogativos, relativos e de tratamentos. 
 
a) Pronome pessoal: É aquele que substitui o substantiv; apresentam-se como pronomes pessoais do caso 
reto e do caso oblíquo. 
 
Pessoas do discurso Pronomes retos Pronomes 
átonos 
Oblíquos 
tônicos 
1ª pessoa do sing. eu me mim, comigo 
2ª pessoa do sing. tu te ti, contigo 
3ª pessoa do sing. ele o, a, se, lhe ele, ela, si, consigo 
1ª pessoa do plural nós nos nós, conosco 
2ª pessoa do plural vós vos vós, convosco 
3ª pessoa do plural eles os, as, se, lhes eles, elas, si, consigo 
 
Obs: é importante destacar que, embora o pronome você seja de tratamento, destinado a pessoa com quem 
se fala, na gramática normativa ele é classificado como a terceira pessoa do discurso. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Português 
 
Átonos x Tônicos 
Os pronomes oblíquos podem ser átonos ou tônicos. O primeiro caso deve ser utilizado quando não há o 
auxílio da preposição e pronunciado com menor intensidade, enquanto o segundo deve ser empregado com 
o auxílio de preposição e pronunciado com maior intensidade. 
Ele me emprestou os livros – caso átono (sem auxílio da preposição) 
Ele empresou os livros para mim – caso tônico (com o auxílio da preposição “para”) 
 
 
Pronome pessoal – observações mais importantes 
• O pronome pessoal do caso reto, apesar de ser utilizado como sujeito nas orações, pode ser omitido em 
determinadas situações, uma vez que a desinência verbal consegue indicar a pessoa do discurso. 
 
Comi uma maçã estraga na última sexta-feira. (“eu” comi – 1ª pessoa do singular) 
 
• Os pronomes eu e tu não podem vir precedidos de preposição e são substituídos por seus 
correspondentes mim e ti (caso oblíquo). 
Guardei o último pedaço de pizza para ti. 
 
• Se o pronome exercer a função de sujeito na oração, deverá ser obrigatório o uso das formas eu e tu. 
As tarefas domésticas são para eu fazer. 
 
• Os pronomes pessoais retos de 3ª pessoa podem contrair-se com as preposições de ou em. 
De + ele(a) = dele/dela 
em + ele(a) = nele/nela 
 
• Os pronomes oblíquos o, a, os, as, precedidos das formas verbais terminadas em ditongos nasais am, 
õe e ão são substituídos por no, na , nos e nas. 
Compraram o bolo na manhã de ontem. 
Compraram-no. 
 
• Quando substituindo o complemento verbal, os pronomes o, a, os, as exercem a função de objeto direto. 
Vi as mudas de planta morrerem lentamente. 
Vi-as morrerem lentamente. 
 
• Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer a função de sujeito. 
Obriguei que ele comesse. 
Obriguei-o a comer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Português 
 
b) Pronome possessivo: o pronome possessivo atribui a ideia de posse a cada uma das três pessoas do 
discurso. Indicaa posse de algo que pertence ao possuidor. 
 
Pessoa do discurso Pronome possessivo 
1ª pessoa do sing. Meu, minha, meus, minhas 
2ª pessoa do sing. Teu, tua, teus, tuas 
3ª pessoa do sing. Seu, sua, seus, suas 
1ª pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas 
2ª pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas 
3ª pessoa do plural Seu, sua, seus, suas 
 
Obs: o pronome possessivo da terceira pessoa pode causar ambiguidade na leitura quando não empregado 
corretamente. Veja o exemplo abaixo: 
 
A mãe pediu ao filho que comesse seu bolo. 
 
A dúvida está estabelecida ao não saber de quem é a comida, de fato. Nesse sentido, é importante e possível 
dubstituir o “seu” por “dele”, ou também –caso o pronome possessivo seja destinado a outra pessoa – “dela”, 
evitando desentendimentos. 
 
A mãe pediu ao filho que comesse o bolo dele. 
A mãe pediu ao filho que comesse o bolo dela. 
 
 
Para complementar a fixação do conteúdo, veja abaixo o mapa mental da equipe Descomplica com as 
principais conjunções e definições mais importantes sobre o tema. 
 
c) Pronome de tratamento: Representam a forma de tratamento que se aplica a alguns grupos de pessoas de 
modo formalizado, de acordo com seus cargos, funções, etc. 
 
São pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a senhorita, Vossa Alteza (para príncipes, princesas, 
duques), Vossa Eminência (para cardeais), Vossa Excelência (altas altoridades, como gorvernadores, 
presidentes,etc), Vossa Majestade (reis e rainhas), Vossa Meritíssima (juízes), Vossa Senhoria (cargos 
importantes, como coronel, cônsul, etc), Vossa Santidade (papa). 
 
 
d) Pronome demonstrativo: Informa a posição do ser no espaço e no tempo em relação às pessoas do 
discurso. 
pessoa variáveis invariáveis 
1ª pessoa este, esta, estes, estas isto 
2ª pessoa esse, essa, esses, essas isso 
3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo 
 
 
 
 
 
4 
Português 
 
Por haver variabilidade nos pronomes demonstrativos, eles podem também ser utilizados como pronomes 
substantivos e como pronomes adjetivos; já as formas invariáveis só podem ser utilizadas como pronomes 
substantivos. 
Este livro pertence a você. 
este – pronome adjetivo – acompanhado do subs. livro 
 
O meu livro não é este. 
este – pronome substantivo – substitui o subs. livro 
 
Isto é inadmissível. 
isto – pronome substantivo 
 
Como os artigos, os pronomes demonstrativos também combinam ou contraem juntamente com as 
preposições a, de, em: 
 
preposição demonstrativo combinação 
a + aquele(s), aquela(s), aquilo àquele(s), àquela(s), àquilo 
de + este(s), esta(s), esse(s), essa(s), 
aquele(s), aquela(s), isto, isso, 
aquilo 
deste(s), desta(s), desse(s), 
dessa(s), daquele(s), daquela(s), 
disto, disso, daquilo 
em + este(s), esta(s), esse(s), essa(s), 
aquele(s), aquela(s), isto, isso, 
aquilo 
neste(s), nesta(s), nesse(s), 
nessa(s), naquele(s), naquela(s), 
nisto, nisso, naquilo 
 
e) Pronomes indefinidos: fazem referência à terceira pessoa do discurso, atribuindo-lhes sentidos vagos, 
expressando indeterminação. Embora sejam capazes de indicar seres, não necessariamente conseguem 
defini-los. Classificam-se em: 
 
• Substantivos: Fazem o papel do ser ou da quantidade aproximada de seres na oração. São eles: algo, 
alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, etc. 
Alguém me mandou mensagem na noite passada. 
 
• Adjetivos: Qualificam, de modo inexato, um ser inserido na oração. São eles: cada, certo(s), certa(s). 
Certas empresas deveriam analisar melhor seus funcionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Português 
 
Os pronomes indefinidos também podem ser classificados em variáveis e invariáveis. Analise a tabela abaixo: 
 
Variáveis 
Invariáveis Singular Plural 
Masculino Feminino Masculino Feminino 
algum 
nenhum 
todo 
muito 
pouco 
vário 
tanto 
outro 
quanto 
alguma 
nenhuma 
toda 
muita 
pouca 
vária 
tanta 
outra 
quanta 
alguns 
nenhuns 
todos 
muitos 
poucos 
vários 
tantos 
outros 
quantos 
algumas 
nenhumas 
todas 
muitas 
poucas 
várias 
tantas 
outras 
quantas 
alguém 
ninguém 
outrem 
tudo 
nada 
algo 
cada 
qualquer quaisquer 
 
Ademais, é válido ressaltar que essa classificação pronominal também possui locuções, são algumas delas: 
cada qual, cada um, qualquer um, quem quer, seja quem for, seja qual for, todo tal qual, uma ou outra, etc. 
 
f) Pronomes interrogativos: são utilizados para a formulação de perguntas ou questionamentos, referindo-se 
à terceira pessoa do discurso. Podem ser: que, quem, qual, quanto. 
 
Quantas roupas você possui em seu armário? 
Que papel fará na nova novela das 20h? 
 
g) Pronomes relativos: refere-se a um substantivo já expresso e inicia uma oração dependente da anterior 
(subordinativas). Podem ser: 
 
variáveis invariáveis 
o qual, a qual, os quais, as quais que 
cujo, cuja, cujos, cujas quem 
quanto, quanta, quantos, quantas onde 
 
Pronome relativo – observações 
• Os pronomes relativos podem ser precedidos de preposição, de acordo com a regência do verbo. 
• Os pronomes relativos o qual, a qual, os quais, as quais podem ser substituídos pelo pronome relativo 
que quando se referirem a pessoas ou coisas. 
O corpo que eu beijei partiu. (= o qual) 
A casa que construí fora demolida ontem. (= a qual) 
Os casos que você representou terminaram em sucesso. (= os quais) 
As mulheres que vocês beijaram não estão mais aqui. (= as quais) 
 
 
 
 
 
6 
Português 
 
• Os pronomes cujo, cuja, cujos, cujas são empregados como pronomes adjetivos, garantindo-lhes sentido 
de posse, não permitindo artigo para anteceder. 
Os pais cujos filhos são desobedientes já chegaram na sala. 
 
• O pronome relativo onde informa um lugar fixo, possuindo o mesmo significado de em que e no qual. 
 
Onde você morava em 2006? (lugar fixo, não fictício e estático) 
 
Para saber mais, separamos um mapa mental para contribuir na associação de conteúdo, de modo claro e 
objetivo. Veja abaixo: 
 
Quer assistir ao vídeo desse mapa mental? Basta acessar aqui: https://youtu.be/C7bRtQ7m__M 
 
 
 
 
https://youtu.be/C7bRtQ7m__M
 
 
 
 
7 
Português 
 
Conjunção 
Também sendo uma palavra invariável, a conjunção possui como objetivo ligar termos ou orações de mesma 
função sintática. Elas podem ser classificadas como coordenativas ou subordinativas, dependendo da 
relação que elas estabeleçam entre as orações. Possuem fundamental importância na coesão textual, 
podendo ser também chamadas de “conectivos”, termos essenciais para elaborar um texto coerente de 
palavras e ideias. Além disso, há a locução conjuntiva, que é a união de duas ou mais palavras estabelecidas 
para ligar orações. Veja o exemplo abaixo: 
Ele chegou em casa e foi para a cozinha quando viu a pia com louças a lavar. 
 
No exemplo acima, são vistas três orações “Ele chegou em casa”, “foi para a cozinha” e “viu a pia com louças 
a lavar”. Embora representem ações diferentes, demonstram certa sequencialidade, atribuição garantida 
pelas conjunções “e” e “quando”. 
As conjunções devem ser analisadas nas perspectivas sintática, morfológica e semântica. 
a) Perspectiva sintática: devemos analisar se a conjunção está conectando duas orações independentes 
sintaticamente (coordenativa) ou introduzindo uma oração que exerce função sintática em relação à 
outra (subordinativa). 
b) Perspectiva morfológica: devemos entender que as conjunções são uma classe de palavras invariáveis, 
ou seja, não sofrem flexão. Podem ser representadas por uma ou mais palavras (locução). 
c) Perspectiva semântica: essa á a principal análise que devemos fazer sobre essa classe gramatical e é a 
mais cobrada nos vestibulares. As conjunções ajudam a estabelecer diferentes relações semânticas entre 
os termos ou orações ligados por elas. Essas relações podem ser de adição, adversidade, alternância, 
conclusão,explicação, causa, consequência, comparação, condição, concessão, conformidade, 
finalidade, proporção e temporalidade. 
 
Valores das coordenativas 
As conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas são: 
• Aditiva (relação de soma ou adição): e, nem, não só...mas também 
• Adversativa (relação de oposição): mas, porém, contudo, entretanto, etc. 
• Alternativa (ou alternância, escolha): ou, ou...ou, ora...ora, etc. 
• Conclusiva (expressando conclusão): logo, portanto, pois (após o verbo), etc. 
• Explicativa (relação de explicação, motivo): porque, que, pois, etc. 
 
Valores das subordinativas 
As conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas são: 
• As conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas são: 
• Causal (exprime causa): porque, que, como, pois que, etc. 
• Comparativa (comparação referente à oração principal): como, que, qual, como se, tanto como, etc. 
• Concessiva (expressam uma ideia que se admite, mesmo oposta à oração principal): embora, conquanto, 
mesmo que, ainda que, etc. 
• Condicional (relação de conformidade): como, conforme, consoante, etc. 
• Consecutiva (expressam consequência relacionada à oração principal): tão, tanto, tal, etc. 
• Final (exprimem uma finalidade; objetivo): a fim de que, para que, etc. 
 
 
 
 
8 
Português 
 
• Proporcional (demonstram uma relação de proporcionalidade): à medida que, ao passo que, etc. 
• Temporal (expressam noção de tempo): quando, enquanto, desde que, depois que, logo que, etc. 
 
Obs: Existem as conjunções integrantes (“que” e “se”), que são conjunções subordinativas e introduzem as 
orações substantivas, atuando como um substantivo na frase e podendo, também, exercer o papel de: 
funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Português 
 
Exercícios 
 
1. (ITA) Filme bom é filme antigo? Lógico que não, mas ‘‘A Múmia’’, de 1932, põe a frase em xeque. Sua 
refilmagem, com Brendan Fraser no elenco, ainda corre nos cinemas brasileiros, repleta de humor e 
efeitos visuais. Na de Karl Freund, há a vantagem de Boris Karloff no papel-título, compondo uma 
múmia aterrorizadora, fiel ao terror dos anos 30. Apesar de alguma precariedade, lança um clima de 
mistério que a versão 1999 não conseguiu, tal a ênfase dada à embalagem. Daí ‘‘nem sempre cinema 
bom são efeitos especiais’’ deveria ser a tal frase. 
(A precária e misteriosa múmia de 32, Folha de S. Paulo, Caderno Ilustrada, 4/8/1999.) 
 
 Em: ‘‘tal a ênfase dada à embalagem’’ e ‘‘deveria ser a tal frase’’, os termos em destaque nas duas 
frases podem ser substituídos, respectivamente, por: 
a) semelhante; aquela. 
b) tamanha; essa. 
c) tamanha; aquela. 
d) semelhante; essa. 
e) essa; aquela. 
 
 
2. Miss Universo: “As pessoas racistas devem procurar ajuda” 
SÃO PAULO – Leila Lopes, de 25 anos, não é a primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. A 
primazia coube a Janelle “Penny” Commissiong, de Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. 
Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados Unidos, em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de Trindad 
e Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que 
foi a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. Ainda assim a 
estupidez humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações preconceituosas como a de um 
site brasileiro que, às vésperas da competição, e se valendo do anonimato de quem o criou, emitiu 
opiniões do tipo “Como alguém consegue achar uma preta bonita?” Após receber o título, a mulher mais 
linda do mundo – que tem o português como língua materna e também fala fluentemente o inglês – 
disse o que pensa de atitudes como essa e também sobre como sua conquista pode ajudar os 
necessitados de Angola e de outros países. 
COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set 2011 (adaptado) 
 
O uso da expressão “ainda assim” presente nesse texto tem como finalidade 
a) criticar o teor das informações fatuais até ali veiculadas. 
b) questionar a validade das ideias apresentadas anteriormente. 
c) comprovar a veracidade das informações expressas anteriormente. 
d) introduzir argumentos que reforçam o que foi dito anteriormente. 
e) enfatizar o contrassenso entre o que é dito antes e o que vem em seguida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Português 
 
3. (ENEM) Da timidez 
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. 
Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que 
atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os 
outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É 
como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar 
um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença. 
[...] 
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para 
o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, 
o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada 
indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta 
pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido 
pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, 
e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó. 
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
 
Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse trecho, identifica-se o emprego de 
elementos conectores. Os elementos que evidenciam noções semelhantes estão destacados em: 
a) “Se ficou notório por ser tímido "e "[...] então tem que se explicar". 
b) “[...] então tem que se explicar" e "[...] quando as estrelas virarem pó". 
c) "[...] ficou notório apesar de ser tímido[...]" e "[...] mas isto não é vantagem [...]". 
d) “[...] um estratagema para ser notado [...]" e "Tão secreto que nem ele sabe". 
e) “[...] como no paradoxo psicanalítico [...]" e "[...] porque só ele acha [...]" 
 
 
4. (FUVEST) Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da 
antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento 
de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta 
de lucros, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A 
ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro 
plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela 
Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia 
merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas 
dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis 
companheiros de D. João I. 
Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado 
O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas 
atenções", refere-se a 
a) “desmedida ambição”. 
b) “Casa de Avis”. 
c) “esta burguesia”. 
d) “ameaça castelhana”. 
e) “Rainha Leonor Teles”. 
 
 
 
 
11 
Português 
 
5. (COMVEST) Atrás dos olhos das meninas sérias Mas poderei dizer-vos que elas ousam? Ou vão, por 
injunções muito mais sérias, lustrar pecados que jamais repousam? 
O texto acima encontra-se no livro A teus pés, de Ana Cristina Cesar. Leia-o atentamente e responda às 
questões. 
a) Indique a quem se referem,no texto, a segunda pessoa do plural (“vos”) e a terceira pessoa do 
plural (“elas”). 
b) Por meio da partícula “Ou”, o poema estabelece uma alternativa entre duas situações: a ousadia e 
a ação de “lustrar pecados”. Explique de que maneira a primeira situação é diferente da segunda, 
levando em consideração o título do poema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Português 
 
Gabarito 
 
1. C 
Em "tal a ênfase...", "tal" é um adjetivo que faz referência a ser tão grande. Em "deveria ser a tal frase", "tal" 
é um pronome demonstrativo que se refere a esse(a), aquele(a), aquilo. Assim, o contexto faz referência 
a uma frase dita anteriormente, "Filme bom é filme antigo? Lógico que não". Por se tratar de uma frase 
distante do momento de seu discurso, deve ser substituída por “aquela”. 
 
2. E 
No contexto em questão, a expressão “ainda assim” possui valor adversativo, enfatizando o contrassenso 
entre o que é dito anteriormente e o que será enunciado em seguida. 
 
3. C 
A alternativa C responde o enunciado, porque é a única que apresenta conectivos que indicam 
semanticamente a ideia de oposição, contraste, contrariedade. 
 
4. C 
Ao mencionar uma primeira vez o termo “burguesia”, em “trouxe esta burguesia para um primeiro plano.”, 
o autor dá continidade a sua reflexão sobre o substantivo, de modo a realizar a substituição para efeitos 
coesivos. 
 
5. 
a) O pronome de terceira pessoa do plural (“elas”) refere-se às “meninas sérias” do título. O pronome de 
segunda pessoa do plural (“vos”) refere-se aos interlocutores do eu lírico, os leitores pluralizados. A 
opção pela segunda pessoa do plural sugere uma crítica irônica ao tom religioso. 
 
b) O título “Atrás dos olhos das meninas sérias“ pode evidenciar que a postura de aparente seriedade 
seja apenas uma máscara social. Ao iniciar o poema com a conjunção “Mas”, a poeta nega essa 
seriedade e apresenta aos leitores, em forma de perguntas, duas alternativas separadas pela 
conjunção “ou”. A poeta parece discordar de que “elas” não são sérias por ousadia. A outra 
possibilidade é mais plausível: devido às fortes imposições sociais, “elas” sucumbem instintivamente 
aos naturais pecados humanos, disfarçados “atrás dos olhos das meninas sérias” 
Enem
Semana 7
Agora vai!
Enem 2020
Biologia 
1 
 
 
Vitaminas 
 
Resumo 
 
São compostos orgânicos essenciais ao funcionamento pleno do organismo, em quantidades apropriadas (baixa 
quantidade por dia). O organismo é incapaz de sintetizar estes nutrientes, e, portanto, devem ser obtidos a partir 
da alimentação. São substâncias que não sofrem digestão, e, ao serem absorvidas, podem atuar associado a 
enzima (coenzimas) e como antioxidantes, reduzindo a concentração de radicais livres na célula. Podem ser 
classificados de acordo com a solubilidade, entre hidrossolúveis e lipossolúveis. 
• As lipossolúveis, por se dissolverem na gordura, são mais facilmente armazenadas pelo corpo, havendo 
então riscos de hipervitaminoses. Entre elas, podemos destacar as vitaminas A, D, E e K. 
• As hidrossolúveis, por se dissolverem na água, são mais facilmente eliminadas pelo corpo, havendo então 
riscos de hipovitaminoses. Entre elas, podemos destacar a vitamina C e as do Complexo B. O excesso a longo 
prazo pode causar danos aos rins. 
Abaixo, uma tabela mostrando algumas vitaminas, suas fontes, as consequências da falta delas no organismo 
(hipovitaminoses ou avitaminose) e suas funções no organismo: 
Vitaminas Fontes 
Doenças provocadas pela carência 
(avitaminoses) 
Funções no organismo 
A 
Fígado de aves, 
animais e cenoura 
Problemas de visão, secura da pele, 
diminuição de glóbulos vermelhos, 
formação de cálculos renais 
Combate radicais livres, 
formação dos ossos, pele; 
funções da retina 
D 
Óleo de peixe, fígado, 
geme de ovos 
Raquitismo e osteoporose Regulação do cálcilo do 
sangue e dos ossos 
E 
Verduras, azeite e 
vegetais 
Dificuldades visuais e alterações 
neurológicas 
Atua como agente 
antioxidante 
K 
Fígado e verduras de 
folhas verdes, abacate 
Deficiência na coagulação do 
sangue, hemorragias 
Atua na coagulação do 
sangue, previne osteoporose, 
ativa a osteocalcina 
(importante proteína dos 
ossos) 
B1 
Cereais, carnes, 
verduras, levedo de 
cerveja 
Beribéri Atua no metabolismo 
energético dos açúcares 
B2 
Leites, carnes, 
verduras 
Inflamações na língua, anemias 
seborreia 
Atua no metabolismo de 
enzimas, proteção no 
sistema nervoso 
B5 
Fígado, cogumelos, 
milho, abacate, ovos, 
leite, vegetais 
Fadigas, cãibras musculares, 
insônia 
Metabolismo de proteínas, 
gorduras e açúcares 
B6 
Carnes, frutas, 
verduras e cereais 
Seborreia, anemia, disturbios de 
crescimento 
Crescimento, proteção 
celular, metabolismo de 
gorduras e proteínas, 
produção dos hormônios 
B12 
Fígado, carnes Anemia perniciosa Formação de hemácias e 
multiplicação celular 
 
 
 
 
1 
Biologia 
 
Curiosidades 
• Super alimentos: fígado, ovo, nozes, sardinha 
• Os nomes que as vitaminas recebem é devido a ordem de descoberta de cada uma. 
• As vitaminas A, C e E são antioxidantes e combatem os radicais livres 
• Os alimentos fornecem a pró-vitamina D, que são convertidas em calciferol no homem através da 
incidência de luz solar (raios UV) na pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Biologia 
 
Exercícios 
 
1. A obesidade, que nos países desenvolvidos já é tratada como epidemia, começa a preocupar 
especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada entre 2002 
e 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira estão acima do peso, ou seja, 38,8 
milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias são as dietas e os 
remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos foi lançado no 
mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas 
que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo 
intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente 
energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta algumas contra-
indicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além 
do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, pois 
a) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios para sua 
absorção. 
b) a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas desnecessária. 
c) essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras vitaminas. 
d) as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas. 
e) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles. 
 
2. De acordo com o Ministério de Saúde, a cegueira noturna ou nictalopia é uma doença caracterizada 
pela dificuldade de se enxergar em ambientes com baixa luminosidade. Sua ocorrência pode estar 
relacionada a uma alteração ocular congênita ou a problemas nutricionais. Com esses sintomas, uma 
senhora dirigiu-se ao serviço de saúde e seu médico sugeriu a ingestão de vegetais ricos em 
carotenoides, como a cenoura. 
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado). 
Essa indicação médica deve-se ao fato de que os carotenoides são precursores de 
a) hormônios, estimulantes da regeneração celular da retina. 
b) enzimas, utilizadas na geração de ATP pela respiração celular. 
c) vitamina A, necessária para a formação de estruturas fotorreceptoras. 
d) tocoferol, uma vitamina com função na propagação dos impulsos nervosos. 
e) vitamina C, substância antioxidante que diminui a degeneração dos cones e bastonetes. 
 
 
 
 
 
3 
Biologia 
 
3. A avitaminose (ou hipovitaminose) é causada pela falta ou deficiência de importantes

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