Buscar

Propostas redação 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 
 
Sumário 
 
Repertório sociocultural .......................................................................................................................................5 
 
PROPOSTAS DE REDAÇÃO - MODELO ENEM 
Proposta 11 ................................................................................................................................................... 11 
Proposta 12 ................................................................................................................................................... 13 
Proposta 13 ................................................................................................................................................... 16 
Proposta 14 ................................................................................................................................................... 18 
Proposta 15 ................................................................................................................................................... 20 
Proposta 16 ................................................................................................................................................... 23 
Proposta 17 ................................................................................................................................................... 25 
Proposta 18 ................................................................................................................................................... 27 
Proposta 19 ................................................................................................................................................... 29 
Proposta 20 ................................................................................................................................................... 31 
PROPOSTAS DE REDAÇÃO – MODELO UECE ...................................................................................................... 37 
Proposta 01 .................................................................................................................................................... 37 
Proposta 02 .................................................................................................................................................... 39 
Proposta 03 .................................................................................................................................................... 41 
Proposta 04 .................................................................................................................................................... 42 
 
 
 
3 
Caro(a) aluno(a), 
 
Você está recebendo o segundo volume com propostas de redação para dar continuidade ao treino da 
sua produção escrita. Mesmo em um período atípico de isolamento social – e após ele -, você deve ter 
ainda mais foco e motivação, já que continuamos com a produção e a correção de textos. 
Continue acompanhando as aulas com dedicação – lembre-se de que todas as disciplinas escolares 
contribuem para a sua formação e para o seu repertório textual. Caso ainda não tenha feito isto, 
comece a anotar frases, títulos de livros, pensamentos filosóficos que possam contribuir para seus 
textos. 
É fundamental ter curiosidade com o fito de expandir a leitura para além dos textos motivadores 
disponíveis neste material. Aprender assuntos variados nunca será um conhecimento desperdiçado. 
Discuta com seus colegas acerca de temas pertinentes, levante questionamentos interessantes, atue 
ativamente no seu processo de construção ideológica. 
Por fim, evite menosprezar algum tema por considerá-lo menos pertinente, pois não é possível saber 
com exatidão qual será a temática contemplada no vestibular. Procure também não desistir de uma 
proposta por sentir dificuldade de escrever seu texto. Saber quais suas principais dificuldades e 
enfrentá-las é necessário. Reescrever uma redação que recebeu uma nota insatisfatória no laboratório 
talvez também não seja uma atividade tão atrativa, no entanto, o exercício pode lhe ajudar a 
compreender melhor seus erros e internalizar as dicas dadas pela equipe de Redação. 
Desejamos a você foco e dedicação, com a certeza de que, com isso, você poderá alcançar a nota 
máxima. 
Abraço, 
Equipe de professoras de redação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Lembretes: 
 
✓ Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque estes foram 
apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema, não para limitar sua 
criatividade; 
✓ Não copie trechos dos textos motivadores; 
✓ Reflita sobre o tema proposto para decidir como abordá-lo, qual será seu ponto de vista 
e quais os argumentos que você utilizará para defendê-lo; 
✓ Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando organizá-las em 
uma estrutura coerente; 
✓ Desenvolva o tema de forma consistente, de modo que o leitor possa acompanhar o 
seu raciocínio facilmente - o que significa que a progressão textual deve ser fluente e 
articulada com o projeto do texto; 
✓ Lembre-se de que cada parágrafo deve desenvolver um tópico frasal; 
✓ Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que você está 
atualizado em relação ao que acontece no mundo; 
✓ Evite recorrer a reflexões previsíveis, que demonstram pouca originalidade no 
desenvolvimento do tema proposto; 
✓ Mantenha-se dentro dos limites do tema, tomando cuidado para não se afastar do seu 
foco. Esse é um dos principais problemas identificados nas redações. Nesse caso, duas 
situações podem ocorrer: fuga total ao tema ou fuga parcial ao tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Repertório sociocultural 
Sociologia e Filosofia são áreas do conhecimento repletas de temas, assuntos, abordagens que 
podem ser utilizados na Redação do Enem. Elas apresentam diversas explicações, que contemplam 
inúmeros pontos de vista diferentes, para acontecimentos e fenômenos que vemos na atualidade – e 
que têm tudo a ver com os temas que o Enem costuma escolher. Confira agora conceitos de Sociologia 
e Filosofia que podem contribuir para sua Redação: 
 
1. Heráclito de Éfeso 
“Nada é permanente, salvo a mudança.” 
Heráclito (em torno de 535 a.C – 475 a.C) foi filósofo pré-socrático na Antiguidade grega. 
Para ele, a oposição entre os contrários origina a mudança. Essa ideia é precursora da dialética. 
Tudo está em constante mudança, inclusive o ato de pensar. Por isso, não seria possível entrar 
em um mesmo rio duas vezes. Na segunda vez, o rio teria se transformado em outro, e a pessoa também. 
 
2. Sócrates 
“Só sei que nada sei” 
Sócrates (469 a.C – 399 a.C.) foi o maior filósofo grego da Antiguidade. Ele próprio não 
escreveu nenhuma obra sobre as suas ideias. O principal autor que registrou Sócrates foi Platão. 
O filósofo foi caracterizado pela busca da verdade, a qual seria estável, imutável e universal 
(diferentemente da opinião). Sócrates se reconhecia ignorante. Este reconhecimento seria o início para 
a procura da verdade, sendo que, para o autor, não se sabe aquilo o que se pensa saber. 
Por intermédio dos diálogos de Sócrates, ou seja, da conversa entre duas ou mais pessoas, a 
ideia nasce. Assim, talvez seja encontrada a sua essência, o conhecimento. 
 
3. Freud 
“A influência dos pais governa a criança, concedendo-lhe provas de amor e ameaçando com 
castigos, os quais, para a criança, são sinais da perda do amor e se farão temer por essa mesma causa. 
Essa ansiedade realística é a precursora da ansiedade moral subsequente.” (Novas Conferências 
sobre a Psicanálise, Sigmund Freud, 1933) 
A psicanálise de Freud (1856-1939) estuda os efeitos daquilo o que se viveu antes na vida. As 
experiências vividas na infância, desde o nascimento, influenciam o comportamento da pessoa em toda 
a vida. 
Os pensamentos desse psicanalistapodem ser utilizados para justificar a importância do 
cuidado com a infância. 
 
4. Agnes Heller 
“Crer em preconceitos é cômodo, porque nos protege de conflitos, porque confirma nossas 
ações anteriores.” (O cotidiano e a história, Heller, 2000) 
 
6 
Para Agnes Heller (1929-hoje), o preconceito é um fator de coesão (integração) social. Sua 
função é manter a estabilidade da integração do grupo. Geralmente ele tem origem nas classes 
dominantes. 
Quando a coesão social está ameaçada (por exemplo, em uma crise econômica), o preconceito 
pode se intensificar espontaneamente. 
 
 
5. Paulo Freire 
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, 
mediatizados pelo mundo.” (Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 1981) 
Paulo Freire (1921-1997) dizia que ninguém aprende sozinho, mas também a ninguém é 
ensinado alguma coisa. Assim, os educadores devem levar conhecimento para os outros, para que eles 
aprendam à sua maneira, com base na experiência que tiveram com o mundo. 
Freire valorizou a cultura do aluno. Os alunos que chegam a uma sala de aula pela primeira 
vez têm uma bagagem cultural própria. Assim, os professores também aprendem com processo escolar. 
O educador defendia uma educação para a interpretação do mundo. Na visão dele, a leitura do 
mundo acontece antes da leitura da palavra. Por isso, a compreensão da leitura (no sentido literal) não 
ocorre na ausência da leitura do mundo. 
 
6. Jean Piaget 
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não 
simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.” (O juízo moral na criança, Jean Piaget, 1994) 
Para o psicólogo Piaget (1896-1980), a aprendizagem é um processo ativo e personalizado. 
Por esse motivo, ela não pode ser compreendida e medida por testes de inteligência. 
O intelecto está em evolução e passa por quatro estágios de desenvolvimento. Essas fases 
acontecem em sequência, mas cada pessoa tem um tempo próprio para se desenvolver. 
Os pensamentos desse psicólogo foram importantes para transformar a educação numa época 
em que as crianças eram ensinadas a ter comportamentos e pensamentos de adultos. Assim, os 
professores passaram a considerar as capacidades individuais das crianças no aprendizado. 
 
7. George Santayana 
“Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo” (A vida da 
razão, George Santayana, 1905) 
Para o filósofo Santayana (1863-1952), reter os acontecimentos passados é importante para o 
progresso. Não se deve criar algo completamente novo, mas considerar o que aconteceu no passado. 
A citação acima é útil para ressaltar a importância de algum fato histórico mencionado na sua 
dissertação. 
 
8. Zygmunt Bauman 
“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo 
positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que 
fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou 
se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas.” (Modernidade Líquida, Bauman, 2001) 
Bauman (1925-2017) foi o grande sociólogo que abordou questões pertinentes acerca da 
Modernidade atual. O autor criou o termo “Modernidade Líquida”. 
Líquidos são extremamente fluidos, voláteis e cada gota influencia o conjunto. Assim, eles se 
transformam com rapidez. Existem líquidos mais pesados que sólidos, apesar da aparência de leveza. 
Essas são algumas justificativas para a liquidez ser uma metáfora que descreve a Pós-Modernidade. 
Antes do atual período, as mudanças ocorriam com lentidão e maior previsibilidade. 
 
 
 
7 
9. Hannah Arendt 
“O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe somente 
enquanto o grupo se conserva unido.” (Hannah Arendt) 
Para Arendt (1906-1975), o poder vem de baixo para cima, e não existe sem o consentimento 
do povo. Ela diz que a igualdade de direitos (isonomia) e a faculdade de agir (de manifestar as suas 
opiniões) são necessárias para o poder existir. Assim, o povo é representado pelo poder. O silêncio é 
relacionado à violência. 
A filósofa, diferentemente de autores como Max Weber, afirma que violência e o poder são 
opostos. Desta forma, sociedades muito violentas não têm poder. 
A violência é um instrumento (não é fim em si mesma) e precisa de justificativa para ser 
empregada. 
"Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra." 
(Hannah Arendt) 
 
10. Dahrendorf 
“A anomia é uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das 
pessoas perderam sua validade.” (O caminho para anomia, Dahrendorf, 1929) 
Dahrendorf (1929-2009) define a anomia, uma negação da ordem que existe quando as 
normas não funcionam. Portanto, o poder desaparece. Ela gera um medo constante e impede a 
liberdade, à medida que o Estado é incapaz de dar segurança. 
Um dos sinais de um Estado em anomia é a ausência de punições de pequenas infrações (como 
o furto de um copo no bar). Há também a tolerância para a criminalidade de jovens. Outro sinal é a 
desorientação na distribuição de sanções penais (como a prisão de manifestantes e, ao mesmo tempo, 
a liberdade daqueles que cometem crimes de alta gravidade), e a existência de zonas de exclusão 
(regiões perigosas que são evitadas nas cidades). 
Na anomia, as vítimas não comunicam os crimes pela falta de crença no poder do Estado, 
segundo o sociólogo. 
 
11. Max Weber 
“O Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no 
instrumento da violência legítima (isto é, da violência considerada como legítima). O Estado só pode 
existir, portanto, sob condição de que os homens dominados se submetam à autoridade continuamente 
reivindicada pelos dominadores.” (Ciência e Política: Duas vocações, Weber, 1967) 
Weber (1864-1920) define o Estado pelo uso da coação física. O Estado possui o monopólio 
do uso legítimo da violência, isto é, ela não pode ser utilizada pelas pessoas civis. 
O uso da força seria permitido para conter a dissolução interna e se defender de uma agressão 
externa, para Weber. 
 
12. Direitos humanos 
Formulada pela primeira vez no contexto das guerras religiosas do século XVII, a noção de 
direitos humanos tornou-se um paradigma para a atuação do Estado moderno e é, inclusive, critério de 
correção do Enem. Dito de modo simples, acreditar em direitos humanos significa acreditar que todo 
ser humano, simplesmente pelo fato de ser uma pessoa, possui certos direitos, certas 
prerrogativas básicas que não lhe podem ser negadas de modo nenhum, independentemente de cor, 
raça, cultura, posição social, religião, visão de mundo, orientação sexual ou qualquer outra condição 
específica. 
 
13. Direitos civis, políticos e sociais 
Como se vê, o conceito de direitos humanos é bastante amplo e, à primeira vista, vago. Tendo 
isso em vista, tradicionalmente dividem-se os direitos humanos em três grandes tipos. 
 
8 
Os direitos civis são aqueles que visam preservar a integridade do indivíduo diante dos 
outros, garantindo a sua autonomia e imunidade de qualquer coação externa – é o caso dos direitos à 
vida, à propriedade privada e à liberdade de expressão. 
Os direitos políticos são aqueles que visam permitir a participação política do indivíduo, seu 
poder de tomar parte na administração pública – como os direitos ao voto e à ocupação de cargos 
públicos. 
Por fim, os direitos sociais são aqueles que visam garantir a posse, por parte dos indivíduos, 
de certos bens considerados essenciais para sua qualidade de vida – por exemplo, os direitos à saúde, 
à educação e ao trabalho. 
 
14. Cidadania 
Cidadania é um dos conceitos mais fundamentais quanto se trata de política. Diferente do 
simples habitante, que é apenas o sujeito parte da população de um país, o cidadão é aquele que é parte 
de uma comunidade política, ou seja, que possuidireitos políticos, que tem capacidade de influenciar 
nos rumos do Estado. 
 
15. Democracia 
Quanto mais uma palavra é usada, mais ela corre o risco de ter seu significado esvaziado. Foi 
mais ou menos o que aconteceu com a palavra democracia. Do ponto de vista sociológico, no entanto, 
seu significado é bem preciso: democracia é aquele regime político no qual o Estado é administrado 
pelo conjunto de todos os cidadãos, diferente da monarquia (na qual a administração cabe a um só) e 
da aristocracia (na qual a administração cabe a uma elite) 
 
16. Cultura material e imaterial 
Dentre os elementos que compõem a cultura é necessário distinguir dois tipos: a cultura 
material e a cultura imaterial. A cultura material é composta por elementos culturais que são palpáveis, 
tais como objetos de decoração, móveis, templos, construções, vestes. Por sua vez, a cultura imaterial 
é composta por elementos culturais não palpáveis, tais como a língua, a fé religiosa, a dança folclórica, 
a música típica. 
 
17. Diversidade Cultural 
Se compreendemos o conceito de cultural tal como ele é visto pela Sociologia, 
automaticamente percebemos que existem inúmeras culturas. De fato, há os mais diversos modos de 
crer, de dançar, de se divertir, de organizar as relações sociais, de prestar culto, de falar, de escrever 
etc. O fato, porém, é que não há apenas diversas culturas espalhadas pelo mundo. Frequentemente 
há também uma grande variedade de culturas habitando conjuntamente o mesmo território. Essa 
coexistência de diferentes modelos culturais em uma mesma área é chamada de diversidade cultural. 
 
18. Estratificação social 
Toda sociedade humana é um organismo complexo. A vida social não se trata de uma simples 
junção de indivíduos mais ou menos idênticos, mas sim das mais diferentes pessoas ocupando 
diferentes papéis e posições sociais. Essa hierarquia social, essa divisão da sociedade em estratos – ou 
seja, em grupos com status diferenciado – é chamada de estratificação social. Naturalmente, há 
diversos modelos de estratificação. 
 
19. Minorias 
A divisão da sociedade em camadas, a estratificação social, naturalmente leva a grupos 
historicamente marginalizados, que ocupam uma posição de inferioridade social. Na Sociologia, esses 
grupos são chamados de “minorias”. Perceba-se, porém, que, nesse contexto, minoria não é 
um conceito quantitativo. Não se trata de grupos sociais com poucas pessoas, mas sim com 
menor status na sociedade. Nesse viés, por exemplo, as mulheres são consideradas uma minoria no 
 
9 
país. Isso não teria lógica em termos quantitativos, já que há mais brasileiras do que brasileiros, mas 
faz sentido em virtude da posição de inferioridade que as mulheres historicamente assumiram. 
 
20. Movimentos sociais 
Em sociedades democráticas, especialmente naquelas marcadas por grande diversidade, é 
natural a formação de grupos sociais organizados que têm como objetivo pressionar o Estado para a 
realização de certas demandas específicas. Esses grupos são chamados de “movimentos sociais”. 
Geralmente associados a minorias, movimentos sociais não devem ser confundidos com partidos. Estes 
entram na política oficial, participam de eleições etc. Os movimentos sociais, por sua vez, são tão 
somente grupos de pressão, procurando fazer uma espécie de ponte entre as agendas de certas parcelas 
da sociedade e o Poder Público. São exemplos de movimentos sociais o movimento negro, os coletivos 
feministas, os grupos LGBT, as associações pró-vida. 
 
21. O poder segundo Foucault 
Para a Redação do Enem, é importante compreender como os conceitos genéricos, tais 
como democracia, são utilizados por autores específicos. É o caso da noção de poder para Michel 
Foucault. 
Para ele, o poder não é apenas um aspecto da vida do homem, mas a base inevitável de todas 
as interações humanas. Todas as relações sociais são relações de poder, pois todas elas envolvem 
elementos de domínio e disputa. Por isso, é tolice imaginar que o poder se concentra apenas em grandes 
instituições, como o Estado e a Igreja. Além disso, é necessário lembrar que, diante de qualquer 
exercício de poder, forma-se automaticamente um poder contrário, uma resistência. 
 
22. O agir comunicativo segundo Habermas 
Nenhuma afirmação é mais comum do que a definição de que o homem é um ser racional. 
Mas o que isso significa efetivamente? Para o filósofo Jürgen Habermas, há duas formas básicas de 
racionalidade. De um lado, a racionalidade instrumental, aquela que consiste em calcular custos e 
benefícios - é baseado nisso que chamamos uma pessoa econômica ou organizada de racional. Por 
outro lado, a racionalidade comunicativa, ou o agir comunicativo, é aquele que consiste na capacidade 
de deliberar em conjunto com os outros, mediante a troca de argumentos e de razões. Segundo 
Habermas, essa segunda forma de racionalidade tem sido excessivamente desvalorizada, quando, na 
verdade, ela é essencial tanto para a vida ética quanto para a sustentação da democracia. 
 
23. O estado de natureza para Hobbes 
Ao observarmos o mundo ao nosso redor, repleto de tanta violência, é natural nos 
perguntarmos: de onde vem tanta maldade? Para o filósofo Thomas Hobbes, há violência entre os 
homens, pois o ser humano é naturalmente mau e egoísta. Segundo ele, todos nós somos movidos pela 
busca incessante por satisfação. Isso faz com que sempre coloquemos os nossos interesses acima dos 
objetivos dos outros. Daí a famosa frase: “O homem é o lobo do homem”. 
De acordo com o pensador britânico, o único modo de impedir a guerra de todos contra todos, 
consequência inevitável do estado de natureza do homem, é por intermédio da instauração do Estado, 
instituição pública encarregada pela manutenção da ordem mediante o uso da força. 
 
24. A teoria do bom selvagem de Rousseau 
Indo na direção contrária a de Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau elaborou uma 
perspectiva bastante diferente sobre o problema da violência, perspectiva que, tal como a de Hobbes, 
influencia muitos até hoje. Segundo o filósofo iluminista, o homem é naturalmente bom, a sociedade é 
que o corrompe. Para ele, se vivêssemos como selvagens, tal como éramos em nosso estado de 
natureza, guiados por nossos sentimentos naturais, viveríamos em paz e tranquilidade perpétua. Se hoje 
isso não é mais possível, a culpa não se encontra na natureza humana, mas sim na criação da 
 
10 
propriedade privada, que, instaurando conflitos de interesses entre os homens, corrompeu e dividiu os 
indivíduos. 
 
25. As virtudes segundo Aristóteles 
Em nosso cotidiano, frequentemente julgamos as pessoas por seus comportamentos e, quando 
reconhecemos nelas atitudes positivas, fazemos elogios. Esses hábitos bons, tais como a coragem, a 
justiça e a sinceridade, são chamados de virtudes. Mas como podemos identificar uma virtude? O que 
diferencia um hábito bom de um mau? Para o filósofo Aristóteles, a virtude está sempre em um 
ponto de equilíbrio. Ou seja, ela se encontra sempre na justa medida entre dois vícios opostos, um por 
falta e outro por excesso. Assim, por exemplo, a virtude da paciência, que é a capacidade de suportar 
situações adversas, está entre o vício da ira, que é a falta de paciência, e o vício da frouxidão, que é 
excesso de paciência. 
 
26. A justiça segundo Aristóteles 
Vimos que, para Aristóteles, as virtudes são, de modo geral, hábitos bons, atitudes constantes 
que estão sempre em um ponto de equilíbrio entre hábitos maus. Esse mesmo princípio vale para aquela 
que é uma das principais virtudes, a justiça. Sendo a justiça a virtude que regula nosso relacionamento 
com os outros, ela não consiste em tratar todos igualmente, mas sim em dar a cada um o que lhe é 
devido: aos iguais, tratar igualmente, aos desiguais, tratar desigualmente, na medida de sua 
desigualdade. Assim, sendo um hábito virtuoso, a justiça estaria na justa medida entre o vício de 
praticar injustiçae o vício de sofrer injustiça. 
 
27. A alienação para Karl Marx 
O filósofo Karl Marx é conhecido principalmente como um dos maiores críticos do 
capitalismo. De fato, para o pensamento marxista, o sistema capitalista é baseado na exploração, com 
alguns poucos proprietários dos meios de produção se beneficiando injustamente do suor e do trabalho 
de uma multidão de proletários. 
A condição na qual os trabalhadores são colocados pela exploração que sofrem é chamada por 
Marx de alienação. Ela consiste no fato de que o trabalhador não se identifica mais consigo mesmo, 
não se reconhece mais no fruto de seu ofício. Resumindo: o seu trabalho é percebido acima de tudo 
como um peso, como um estorvo, como algo que não tem qualquer significado para além do salário 
recebido no fim do mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Proposta 11 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
Os desafios do Brasil frente às epidemias e em um mundo cada vez mais populoso e 
globalizado 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Esse direito social, 
inerente à condição de cidadania, deve ser assegurado sem distinção de raça, religião, ideologia política 
ou condição socioeconômica; a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos. 
Em uma publicação de 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) reforça esse conceito, 
apontando quatro condições mínimas para que um Estado assegure o direito à saúde ao seu povo: 
disponibilidade financeira, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade do serviço de saúde pública do 
país. 
https://www.almg.gov.br/export/sites/default/acompanhe/eventos/hotsites/2016/encontro_internacional_saude/documentos/
textos_referencia/00_palavra_dos_organizadores.pdf 
 
Texto II 
O SUS é universal, foi criado para todos os cidadãos, sem exceção. Isso significa que todos 
os brasileiros, e até estrangeiros que passem pelo país, têm direito ao acesso aos serviços de saúde. Não 
foi sempre assim, antes da saúde se tornar um direito na Constituição de 88, os brasileiros eram 
divididos em três grupos: os que podiam pagar por planos de saúde privados; os que trabalhavam com 
carteira assinada e tinham a assistência médica garantida pela previdência social; e aqueles que 
simplesmente não tinham direito algum e dependiam dos hospitais de caridade. 
Mais do que um sistema para aqueles que antes estavam excluídos, o SUS foi concebido e 
regulamentado para atender todos os cidadãos e não para ser um sistema complementar para os mais 
pobres. Esse atendimento tem que ser integral, deve assistir ao usuário em todas as suas necessidades, 
inclusive a de ser bem cuidado, além de ser baseado na equidade, ou seja, sobretudo voltado para quem 
mais precisa. Em poucos países esse cuidado com a saúde é direito constitucional, sendo esse um dos 
motivos para o SUS ser um modelo. 
http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/voce-conhece-o-sus/ 
Texto III 
 
 
 
https://www.almg.gov.br/export/sites/default/acompanhe/eventos/hotsites/2016/encontro_internacional_saude/documentos/textos_referencia/00_palavra_dos_organizadores.pdf
https://www.almg.gov.br/export/sites/default/acompanhe/eventos/hotsites/2016/encontro_internacional_saude/documentos/textos_referencia/00_palavra_dos_organizadores.pdf
http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/voce-conhece-o-sus/
 
12 
Texto IV 
 
Quando uma doença contagiosa se espalha e passa a ter números alarmantes, as autoridades 
locais, nacionais ou internacionais costumam dar um status para a situação, podendo declarar um estado 
de surto, epidemia ou pandemia. 
De acordo com o aumento inesperado e significativo da quantidade de casos da doença, opta-
se por classificar o quadro de contágio entre essas três possibilidades. No entanto, nem todo mundo 
sabe a diferença entre cada termo e qual deles se enquadra em cada caso. Entenda: 
O quadro de disseminação de uma doença é considerado um surto quando o número de pessoas 
infectadas sobe repentinamente em uma determinada região. Ou seja, o termo surto é usado para indicar 
o crescimento na quantidade de casos da doença em locais mais específicos, geralmente bairros ou 
cidades. 
Um grande exemplo de surto de doença foi o surto de febre amarela de Minas Gerais em 2017; 
o boletim divulgado pelo estado em 2018 chegou a confirmar 61 mortes entre os 164 casos 
confirmados. 
Quando a quantidade de casos de uma doença cresce acima do esperado em vários ambientes 
distintos, como cidades e estados distintos, a situação pode ser considerada como uma epidemia. 
A dengue é um exemplo de doença que já atingiu a classificação de epidemia em mais de uma 
ocasião, se espalhando em diversas regiões do Brasil. Atualmente, o estado do Paraná sofre com uma 
epidemia de dengue, com mais de 44.000 casos confirmados desde de julho de 2019. 
O estado de pandemia, por sua vez, é considerado o mais grave. É quando uma doença se 
espalha e avança em quadro epidêmico por várias regiões do planeta, em diferentes continentes, com 
transmissão local fixada. Alguns exemplos de pandemia são AIDS, tuberculose, gripe espanhola e tifo. 
https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36043-entenda-a-diferenca-entre-surto-epidemia-e-pandemia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/febre-amarela
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/dengue
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/aids
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose
https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36043-entenda-a-diferenca-entre-surto-epidemia-e-pandemia
 
13 
Proposta 12 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
As consequências do trabalho informal para a economia brasileira 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
O país fechou 2019 com taxa média de desemprego de 11,9%, pouco abaixo do ano anterior 
(12,3%), mas com crescimento expressivo do trabalho informal, que atinge 41,1% da mão de obra, ou 
38,4 milhões de pessoas, aponta o IBGE, que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
(Pnad). O número de desempregados é de 12,6 milhões. Se por um lado houve queda de 1,7% em 
relação a 2018, em cinco anos o contingente de pessoas desempregadas cresceu 87,7% em cinco anos 
– eram 6,8 milhões em 2014. 
A informalidade considera os trabalhadores sem carteira, empregador e trabalhador por conta 
própria sem CNPJ, além dos trabalhadores familiares auxiliares. A variação em relação a 2018 não foi 
grande (0,3%), mas houve acréscimo de 1 milhão de pessoas. 
https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2020/01/desemprego-alto-trabalho-informal/ 
 
 
 
 
Texto II 
 
 
 
https://jc.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2017/10/08/crise-e-desemprego-fazem-trabalho-informal-bater-
recorde-310515.php 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.redebrasilatual.com.br/tag/pnad-continua/
https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2020/01/desemprego-alto-trabalho-informal/
https://jc.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2017/10/08/crise-e-desemprego-fazem-trabalho-informal-bater-recorde-310515.phphttps://jc.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2017/10/08/crise-e-desemprego-fazem-trabalho-informal-bater-recorde-310515.php
 
14 
Texto III 
 
https://exame.abril.com.br/carreira/quais-sao-as-consequencia-do-trabalho-informal-no-pais/ 
https://exame.abril.com.br/carreira/quais-sao-as-consequencia-do-trabalho-informal-no-pais/
 
15 
Texto IV 
Trabalho informal é aquele exercido por trabalhadores que não possuem vínculos com uma 
empresa, não obtendo, portanto, direito aos benefícios e às proteções sociais; ou que estão em empresas 
registradas ilegalmente. 
Esse tipo de trabalho é desvantajoso tanto para o Estado quanto para o trabalhador. No Brasil, 
os tributos incidentes sobre o trabalho são muito altos, assim, um grande número de trabalhadores 
informais representa uma redução significativa da arrecadação do Governo. Para os trabalhadores, esse 
tipo de emprego é ruim, pois o ele fica desprovido de benefícios, como vale-refeição e vale-transporte. 
Por outro lado, o principal fator que alimenta o trabalho informal é, justamente, a alta 
tributação. Para o empregador, esse tipo de trabalho é bem mais vantajoso financeiramente, visto que 
fica livre de pagar uma quantia relativamente grande para o Estado. Por esse motivo, muitos 
empregadores optam pelo trabalho informal. Já os trabalhadores, na maioria das vezes, encaram essa 
forma de trabalho por não ter outra opção. 
Além disso, outro aspecto que desencadeia o trabalho informal é a fragilidade da estrutura das 
relações trabalhistas: sindicatos não atuantes, instabilidade empregatícia e dependência em relação à 
Justiça do Trabalho. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/trabalhos-informais.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/trabalhos-informais.htm
 
16 
Proposta 13 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
A automedicação e seus desdobramentos na saúde do brasileiro 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
A automedicação é uma prática bastante difundida não apenas no Brasil, mas também em 
outros países. Em algumas nações, com sistema de saúde pouco estruturado, a ida à farmácia representa 
a primeira opção procurada para resolver um problema de saúde, e a maior parte dos medicamentos 
consumidos pela população é vendida sem receita médica. Contudo, mesmo na maioria dos países 
industrializados, vários medicamentos de uso mais simples e comum estão disponíveis em farmácias, 
drogarias ou supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de receita médica (analgésicos, 
antitérmicos etc.). 
Debate-se se um certo nível de automedicação seria desejável, pois contribuiria para reduzir 
a utilização desnecessária de serviços de saúde. Afinal, dos 160 milhões de brasileiros, 120 não têm 
convênios para assistência à saúde. A decisão de levar um medicamento da palma da mão ao estômago 
é exclusiva do paciente. A responsabilidade de fazê-lo depende, no entanto, de haver ou não respaldo 
dado pela opinião do médico ou de outro profissional de saúde. 
No Brasil, embora haja regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) para a venda e propaganda de medicamentos que possam ser adquiridos sem prescrição 
médica, não há regulamentação nem orientação para aqueles que os utilizam. O fato de se poder 
adquirir um medicamento sem prescrição não permite o indivíduo fazer uso indevido do fármaco, isto 
é, usá-lo por indicação própria, na dose que lhe convém e na hora que achar conveniente. 
(Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400001 - Acesso em: 17 ago. 2017). 
 
Texto II 
A automedicação é responsável por cerca de 20 mil mortes anualmente no país. Os dados são 
da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). “O consumo indiscriminado de 
medicamentos traz graves consequências à saúde da população. A pessoa que utiliza um remédio sem 
prescrição médica desconhece os riscos farmacológicos especiais e as possíveis interações com outras 
substâncias”, afirma a clínica geral Ligia Raquel Malheiro de Brito. Segundo ela, a automedicação 
dificulta o diagnóstico médico, o que pode levar a um agravamento do quadro e induzir escolhas 
inadequadas de tratamento. 
Disponível em: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/30457/saude-publica/brasil-registra-20-mil-mortes-
causadas-por-automedicacao-anualmente Acesso em: 24 jun. 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Texto III 
 
 
(RTP/Organização Mundial da Saúde) 
 
 
Texto IV 
 
Somente alguns medicamentos, em função do baixo risco que seu uso ou exposição possa 
causar à saúde, são dispensados de registro, mas devem apresentar obrigatoriamente na sua embalagem 
e nas propagandas a seguinte frase: “MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC 
Anvisa N.º…./2006. AFE nº:………………….”. 
As propagandas de medicamentos devem apresentar informações completas, claras e 
equilibradas, evitando que se tornem tendenciosas ao destacar apenas aspectos benéficos do produto, 
quando se sabe que todo medicamento apresenta riscos inerentes ao seu uso. 
 
https://guiadafarmacia.com.br/publicidade-e-propaganda-de-medicamentos/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://guiadafarmacia.com.br/publicidade-e-propaganda-de-medicamentos/
 
18 
Proposta 14 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
 O Ensino a Distância e seus desafios no Brasil 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
 
Texto I 
A educação a distância cresce em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e já é opção 
para quase metade das pessoas que buscam uma graduação. Nesse ritmo de crescimento, o Brasil terá 
mais alunos estudando a distância que nas salas de aula tradicionais, em 2023. 
Segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior 
(ABMES), aqueles que preferem a EaD apresentam as seguintes características: 
 67% têm mais de 30 anos; 
83% trabalham; 
25% são das classes sociais A ou B; 
75% estudaram em escolas públicas e 25% em particulares. 
Os alunos matriculados nos cursos EAD têm idade média de 30 anos, são casados, trabalham 
e colaboram com o sustento da família. 
As mensalidades custam aproximadamente um terço do valor cobrado em cursos presenciais 
equivalentes. A evasão, por sua vez, também é mais alta – 35% contra 28%. 
 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-05/ensino-a-distancia-no-brasil 
 
 
Texto II 
De acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED), a história da educação 
a distância no Brasil começou em 1904, quando no Jornal do Brasil foi encontrado um anúncio nos 
classificados oferecendo curso de datilografia por correspondência. A partir desse registro, vários 
outros fatos aconteceram. 
Em 1995 foi criado o Centro Nacional de Educação a Distância. De lá pra cá, a história da 
educação a distância no Brasil só tem sido fortalecida por melhores infraestruturas e regulamentação. 
No Brasil, a educação a distância é conceituada oficialmente no Decreto nº 5.622 de 19 de 
dezembro de 2005: “Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como 
modalidade educacionalna qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e 
aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com 
estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.” 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/historia-da-educacao-a-distancia-no-brasil/49453 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-05/ensino-a-distancia-no-brasil
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/historia-da-educacao-a-distancia-no-brasil/49453
 
19 
Texto III 
 
 
https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/ 
 
Texto IV 
No ensino fundamental, o EAD não é regulamentado no Brasil. Para o ensino médio, a 
diretrizes curriculares aprovadas em novembro limitaram o que ficou em aberto na reforma feita pelo 
governo de Michel Temer (MDB) em 2017. 
Segundo as diretrizes, até 20% da carga horária dos cursos diurnos podem ser oferecidos neste 
modelo; para o noturno a porcentagem pode chegar até 30%; no caso da Educação de Jovens e Adultos 
(EJA), o limite é 80%. 
Na prática, os Estados ainda precisam aprovar com seus conselhos, decidir se irão utilizar o 
EAD e em que proporção na carga horária, de acordo com suas necessidades e possibilidades de 
implementação. Isso significa que pode haver uma variação entre os Estados - enquanto Piauí, por 
exemplo, pode optar por oferecer 5% do ensino médio a distância, no Paraná pode chegar até 20%. 
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/12/17/ensino-a-distancia-liberados-para-ensino-medio-cursos-ead-ainda-sao-
piores-que-presenciais.ghtml 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/12/17/ensino-a-distancia-liberados-para-ensino-medio-cursos-ead-ainda-sao-piores-que-presenciais.ghtml
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/12/17/ensino-a-distancia-liberados-para-ensino-medio-cursos-ead-ainda-sao-piores-que-presenciais.ghtml
 
20 
Proposta 15 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
A necessidade de debater as doenças mentais no Brasil atual 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
As doenças e os transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, 
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações 
Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento 
adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao 
menos 5 milhões em níveis de moderado a grave. 
Para a ONU, a falta de um tratamento adequado à saúde mental faz com que tais enfermidades 
ocupem posições de destaque no ranking das doenças que mais atingem a população mundial. 
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-23-
milhoes-de-brasileiros-passam-por 
 
Texto II 
A lei 10.216, de 2001 é conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, que estabeleceu novas 
diretrizes para o cuidado à saúde mental no Brasil. 
Antes da lei, era comum que pessoas com transtornos mentais fossem internadas 
indefinidamente em hospitais psiquiátricos que funcionavam como asilos, onde sofriam maus-tratos. 
Autor da reforma psiquiátrica, lei que propôs a regulamentação dos direitos da pessoa com 
transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país, o sociólogo e ex-deputado 
federal Paulo Delgado afirmou à Agência Brasil que teme por retrocessos na atual política de saúde 
voltada a essa parcela da população. 
Segundo o sociólogo, o Brasil tem um histórico de negligência com essa parcela social, o que 
também resultou no descaso quanto aos avanços no tratamento de doenças mentais. 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-05/autor-da-reforma-psiquiatrica-descarta-retrocessos-na-
saude-mental 
 
Texto III 
 
 
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-23-milhoes-de-brasileiros-passam-por
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-23-milhoes-de-brasileiros-passam-por
http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-05/autor-da-reforma-psiquiatrica-descarta-retrocessos-na-saude-mental
http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-05/autor-da-reforma-psiquiatrica-descarta-retrocessos-na-saude-mental
 
21 
 
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/conheca-doencas-mentais-mais-comuns-e-saiba-onde-
procurar-ajuda.html 
 
 
 
 
 
 
 
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/conheca-doencas-mentais-mais-comuns-e-saiba-onde-procurar-ajuda.html
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/conheca-doencas-mentais-mais-comuns-e-saiba-onde-procurar-ajuda.html
 
22 
Texto IV 
 
Informações gerais: 
• Há diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes. Eles geralmente são 
caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, 
que também podem afetar as relações com outras pessoas. 
• Entre os transtornos mentais, estão a depressão, o transtorno afetivo bipolar, a 
esquizofrenia e outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos de desenvolvimento, 
incluindo o autismo. 
• Existem estratégias eficazes para a prevenção de transtornos mentais como a depressão. Há 
tratamentos eficazes para os transtornos mentais e maneiras de aliviar o sofrimento causado por eles. 
• O acesso aos cuidados de saúde e aos serviços sociais capazes de proporcionar tratamento 
e apoio social é fundamental. 
A carga dos transtornos mentais continua crescendo, com impactos significativos sobre a 
saúde e as principais consequências sociais, de direitos humanos e econômicas em todos os países do 
mundo. 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5652:folha-informativa-transtornos-
mentais&Itemid=839 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5652:folha-informativa-transtornos-mentais&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5652:folha-informativa-transtornos-mentais&Itemid=839
 
23 
Proposta 16 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
Urbanização nas grandes cidades: combate às moradias irregulares 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatísticas (IBGE), revela que subiu 1,4% o número de invasões no país entre 2016 e 
2017. São 145 mil domicílios nessa situação, ante 143 mil em 2015. Faltam no país 6,3 milhões de 
domicílios, segundo levantamento feito em 2015 pela Fundação João Pinheiro (FJP). 
Ao todo, cerca de 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo relatório do 
Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Mesmo com iniciativas do Governo 
Federal, como o programa Minha Casa Minha Vida, o problema tem se acentuado. Especialistas em 
habitação traduzem os números: a falta de moradia aumenta o número de invasões e de população 
favelada — o índicechegou a 11,4 milhões, segundo o Censo 2010 do IBGE. 
Para o professor de arquitetura e urbanismo Luiz Alberto de Campo Gouveia, da Universidade 
de Brasília (UnB), a falta de moradia não é um problema novo. “A diferença entre a necessidade das 
pessoas em habitar e a capacidade de se fazer moradia sempre foi grande. O maior problema é a renda. 
Enquanto os salários não permitirem a compra de imóvel, isso vai continuar acontecendo”, pondera. 
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/03/interna-brasil,678056/deficit-de-moradias-no-brasil-
chega-a-6-3-milhoes-sp-tem-a-maior-defa.shtml 
 
Texto II 
Grotas, invasões, palafitas, comunidades, favelas... São muitos os nomes usados em todo o 
país para designar as ocupações desordenadas que se multiplicaram pelas cidades brasileiras. Houve 
inúmeras iniciativas governamentais para tentar solucionar esse problema social, como o Banco 
Nacional da Habitação (BNH), criado em 21 de agosto de 1964, e mais recentemente o Minha Casa 
Minha Vida, lançado em 2009, durante o governo Lula. Embora o BNH já tenha sido extinto, sua 
criação, há 53 anos, deu origem ao Dia Nacional da Habitação, data que ressalta a importância do 
direito à moradia. 
Segundo o Censo 2010 do IBGE, o Brasil tinha cerca de 11,4 milhões de pessoas morando em 
favelas e cerca de 12,2% delas (ou 1,4 milhão) estavam no Rio de Janeiro. Considerando-se apenas a 
população desta cidade, cerca de 22,2% dos cariocas, ou praticamente um em cada cinco, eram 
moradores de favelas. No entanto, ainda em 2010, Belém era a capital brasileira com a maior proporção 
de pessoas residindo em ocupações desordenadas: 54,5%, ou mais da metade da população. Salvador 
(33,1%), São Luís (23,0%) Recife (22,9%) e o Rio (22,2%) vinham a seguir. 
Segundo a PNAD 2015, cerca de 72,5% dos domicílios urbanos do país contavam com os três 
serviços básicos de saneamento: conexão à rede de esgoto, coleta de lixo e água encanada. Isso significa 
que aproximadamente 18,7 milhões de domicílios urbanos não contavam com pelos menos um dos três 
serviços. 
A distribuição regional desses serviços de saneamento é bastante desigual, segundo a PNAD. 
Na região Norte, apenas 23,6% dos domicílios urbanos contavam com os três serviços, enquanto no 
Sudeste, esse percentual chegava a 93,1%. Os três estados brasileiros com as menores proporções de 
domicílios urbanos com acesso aos três serviços básicos de saneamento eram Amapá (3,7%), Piauí 
(11,9%) e Rondônia (13,2%). No extremo oposto, estavam São Paulo (94,8%), Distrito Federal 
(90,4%) e Minas Gerais (89,7%). 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/15700-dados-do-censo-2010-
mostram-11-4-milhoes-de-pessoas-vivendo-em-favelas 
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/03/interna-brasil,678056/deficit-de-moradias-no-brasil-chega-a-6-3-milhoes-sp-tem-a-maior-defa.shtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/03/interna-brasil,678056/deficit-de-moradias-no-brasil-chega-a-6-3-milhoes-sp-tem-a-maior-defa.shtml
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2015/default.shtm
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/15700-dados-do-censo-2010-mostram-11-4-milhoes-de-pessoas-vivendo-em-favelas
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/15700-dados-do-censo-2010-mostram-11-4-milhoes-de-pessoas-vivendo-em-favelas
 
24 
Texto III 
 
 
Salvador lidera índice de cidades com maiores números de moradores em locais de risco no país 
 
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/com-quase-metade-da-populacao-em-areas-com-risco-de-desabamento-
e-alagamento-salvador-lidera-indice-nacional-do-ibge.ghtml 
 
 
Texto IV 
As chuvas têm provocado dezenas de mortes e deixado milhares de pessoas desabrigadas no 
Brasil. Os estados mais atingidos são Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e 
Rio Grande do Sul. Os problemas se repetem a cada ano. Famílias perdem tudo, mas voltam a construir 
moradias em locais precários, por não ter para onde ir. E o círculo se mantém. 
Não há como evitar os deslizamentos. Em alguns casos, a ocupação da encosta aumenta o 
perigo da incidência e aumenta a frequência da incidência dos deslizamentos, por que as pessoas, ao 
fazerem as suas casas, escavam o morro e abrem plataformas para instalarem as casas. Isso aumenta 
localmente a declividade e a infiltração de água no terreno. E ao mesmo tempo, claro, torna um 
fenômeno que seria natural em um problema social. 
https://www.ecodebate.com.br/2009/02/02/ocupacao-irregular-do-solo-e-principal-causa-dos-desastres-
provocados-pelas-chuvas/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/com-quase-metade-da-populacao-em-areas-com-risco-de-desabamento-e-alagamento-salvador-lidera-indice-nacional-do-ibge.ghtml
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/com-quase-metade-da-populacao-em-areas-com-risco-de-desabamento-e-alagamento-salvador-lidera-indice-nacional-do-ibge.ghtml
https://www.ecodebate.com.br/2009/02/02/ocupacao-irregular-do-solo-e-principal-causa-dos-desastres-provocados-pelas-chuvas/
https://www.ecodebate.com.br/2009/02/02/ocupacao-irregular-do-solo-e-principal-causa-dos-desastres-provocados-pelas-chuvas/
 
25 
Proposta 17 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
Caminhos para o combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis no Brasil 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
 
As DSTs estão preocupando cada vez mais 
(Ilustração: Sérgio Bergocce/SAÚDE é Vital) 
 
Texto II 
Quando o poeta italiano Girolamo Fracastoro criou o personagem Syphilis, em 1530, não 
imaginava que ele emprestaria seu nome a uma moléstia infecciosa que, segundo relatos, fora trazida 
das Américas nas caravelas de Cristóvão Colombo. Nos versos de Fracastoro, Syphilis é um pastor de 
rebanho grego que desperta a ira divina e é castigado com pústulas pelo corpo. Quase 500 anos 
depois, a sífilis, um mal provocado por uma bactéria, volta a ser motivo de preocupação, agora entre 
profissionais de saúde. 
E ela não vem sozinha. Outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e conhecidas do 
homem há milhares de anos — a gonorreia é mencionada no Antigo Testamento — parecem ter 
retornado com a força de uma praga bíblica. 
Quem avisa é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano, o CDC. No Brasil, 
IST virou tabu, ninguém mais toca no assunto. E o pior é que se minimiza o real risco de contágio. 
https://saude.abril.com.br/bem-estar/numero-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-nao-para-de-crescer/ 
 
Texto III 
Na última década, as políticas públicas nacionais de combate e prevenção a Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DSTs), Aids e hepatites virais tiveram a eficácia diminuída. A ausência 
de campanhas nacionais de prevenção e informação direcionadas às populações de risco e o preconceito 
velado ao tratar publicamente desse assunto estão entre as principais críticas feitas por pesquisadores 
e movimentos sociais com atuação na área. A estagnação nas políticas públicas voltadas às DSTs e ao 
HIV coloca em xeque a imagem do Brasil como referência mundial no tratamento de 
Aids, conquistada, principalmente, com a inclusão da doença no Sistema Único de Saúde, em 1992. 
https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2014/09/brasil-politica-de-combate-as-dst-perdem-eficacia-movimentos-querem-
dialogo-7395/ 
 
 
 
 
 
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/dst
https://saude.abril.com.br/bem-estar/numero-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-nao-para-de-crescer/https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2014/09/brasil-politica-de-combate-as-dst-perdem-eficacia-movimentos-querem-dialogo-7395/
https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2014/09/brasil-politica-de-combate-as-dst-perdem-eficacia-movimentos-querem-dialogo-7395/
 
26 
Texto IV 
 
Dados do Boletim Epidemiológico da Sífilis-2018 mostram que a taxa de detecção da sífilis 
adquirida aumentou de 44,1 para cada grupo de 100 mil habitantes, em 2016, para 58,1/100 mil em 
2017. No mesmo período, a infecção em gestantes cresceu de 10,8 casos por mil nascidos vivos para 
17,2. Já a sífilis congênita passou de 21.183 casos em 2016 para 24.666 em 2017. O número de óbitos 
por sífilis congênita foi de 206 casos em 2017, enquanto em 2016, tinha ficado em 195. 
O diagnóstico precoce é essencial para uma boa recuperação do paciente. É o alerta da diretora 
do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais 
(DIAHV) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken. Mesmo em pessoas que têm acesso à informação, 
há, muitas vezes, resistência para procurar uma unidade de saúde e seguir com o tratamento. Outro 
obstáculo é, inclusive, a falta de orientação por parte dos profissionais de saúde que, muitas vezes, 
hesitam em aplicar a penicilina (principal medicamento de cura da sífilis) no paciente. 
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/correio-talks/sifilis/2018/12/14/noticias-sifilis,725300/ministerio-da-saude-registra-
aumento-nos-tres-tipos-de-sifilis-no-pais.shtml 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/correio-talks/sifilis/2018/12/14/noticias-sifilis,725300/ministerio-da-saude-registra-aumento-nos-tres-tipos-de-sifilis-no-pais.shtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/correio-talks/sifilis/2018/12/14/noticias-sifilis,725300/ministerio-da-saude-registra-aumento-nos-tres-tipos-de-sifilis-no-pais.shtml
 
27 
Proposta 18 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
O Brasil frente à necessidade de reciclar o lixo 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
Os dados coletados para um panorama realizado pela Abrelpe destacou que o Brasil produz 
em média 387 quilos de resíduos por habitante por ano, entretanto, apenas destina corretamente cerca 
de metade do que coleta (58%), sendo que só 3% de todo o lixo nacional é reciclado. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, trazia como meta que até agosto de 2014, 
após a Copa do Mundo, o país não deveria mais usar aterros. Mas, de acordo com o último panorama 
da Associação, 42% de todo lixo coletado anualmente ainda são encaminhados para lixões. 
Já o panorama mundial não difere muito da situação brasileira: o Global Waste Management 
Outlook calculou que em todo o mundo 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são produzidas 
anualmente e que 3 bilhões de pessoas (cerca de 50% da população mundial) não fazem a destinação 
final adequada do lixo. 
https://www.saneamentobasico.com.br/apenas-3-lixo-reciclado/ 
 
 
Texto II 
O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, 
China e Índia. O país também é um dos que menos recicla este tipo de lixo: apenas 1,2% é reciclado, 
ou seja, 145.043 toneladas. 
Os dados são do estudo feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês). O 
relatório “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização" será apresentado na 
Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-4), que será realizada em Nairóbi, no 
Quênia, de 11 a 15 de março de 2019. 
 
Veja os números: 
 
• Brasil produz 11.355.220 milhões de toneladas de lixo plástico por ano 
• Cada brasileiro produz 1 kg de lixo plástico por semana 
• Somente 145.043 toneladas de lixo plástico são recicladas 
• 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular 
• 7,7 milhões de toneladas ficam em aterros sanitários 
• Mais de 1 milhão de toneladas não é recolhida no país 
 
O Brasil é um dos países que menos recicla no mundo ficando atrás de Yêmen e Síria e bem 
abaixo da média mundial que é de 9%. Dentre os maiores produtos de lixo plástico, é o que menos 
recicla. 
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-lixo-plastico-do-mundo-e-
recicla-apenas-1.ghtml 
 
 
 
 
 
https://www.saneamentobasico.com.br/apenas-3-lixo-reciclado/
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-lixo-plastico-do-mundo-e-recicla-apenas-1.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-lixo-plastico-do-mundo-e-recicla-apenas-1.ghtml
 
28 
Texto III 
 
 
https://www.otempo.com.br/economia/brasil-perde-r-120-bilh%C3%B5es-por-ano-ao-n%C3%A3o-reciclar-
lixo-1.1423628 
 
Texto IV 
Os principais grupos de separação de materiais recicláveis são: 
Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. 
Apenas não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura. 
Plásticos: 90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico, material que leva muito 
tempo para se decompor. Por isso, recicle sacos de supermercados, garrafas (pet), tampinhas e até 
brinquedos quebrados. 
Vidros: este é um dos materiais que leva mais tempo para se decompor. Por isso, não se 
esqueça de separar já que todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de 
automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana. 
Metais: o Brasil já é um dos líderes mundiais de reciclagem de latinhas, sendo 97% de todas 
as latinhas produzidas, mas além de latas, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. 
https://www.saneamentobasico.com.br/apenas-3-lixo-reciclado/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.otempo.com.br/economia/brasil-perde-r-120-bilh%C3%B5es-por-ano-ao-n%C3%A3o-reciclar-lixo-1.1423628
https://www.otempo.com.br/economia/brasil-perde-r-120-bilh%C3%B5es-por-ano-ao-n%C3%A3o-reciclar-lixo-1.1423628
https://www.saneamentobasico.com.br/apenas-3-lixo-reciclado/
 
29 
Proposta 19 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
Entraves para o combate à obsolescência programada no Brasil 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
Desde a Revolução Industrial, a relação entre consumo, indivíduo e sociedade tem sido uma 
das principais discussões dentro das Ciências Humanas, que buscam, desde então, entender e explicar 
como o novo modo de produção transforma e afeta a sociedade moderna. Com a produção em massa, 
surgia também a necessidade da indústria de conhecer melhor o perfil dos seus consumidores e, 
principalmente, de criar novas maneiras para incentivá-los a comprar cada vez mais. Foi na década de 
1920 que a indústria de lâmpadas decidiu então aplicar o conceito de “obsolescência programada” na 
linha de produção, o que reduz a vida útil dos produtos para que o consumidor tenha de trocá-lo com 
mais frequência. 
https://www.goethe.de/ins/br/pt/kul/mag/20786930.html 
 
 
Texto II 
A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, 
criada com base no citado artigo 225 da Constituição Federal, também prevê princípios e objetivosbásicos que tentam assegurar a proteção ao meio ambiente, inclusive reforçando em seus artigos 30 a 
33 a responsabilidade compartilhada entre Poder Público, fornecedores de produtos e consumidores, 
sobre o ciclo de vida dos produtos, suas embalagens e a forma correta do descarte de pilhas, pneus, 
óleos, lâmpadas, produtos eletrônicos e demais componentes, a fim de evitar não só a Obsolescência 
Programada, mas também o manejo correto de todo o lixo e sua devida reciclagem. 
 Aliado ao aspecto ambiental, também encontramos amparo no Código de Defesa do 
Consumidor, que prevê, como um direito básico dos consumidores, o direito à educação e divulgação 
sobre o consumo adequado dos produtos e serviços (art. 6º,II, CDC), bem como o direito a informação 
adequada e clara (art. 6º, III, CDC), a fim de garantir que os consumidores tenham plena ciência de 
todas as características do produto, inclusive sobre sua durabilidade e maneira correta de descarte, de 
forma a garantir a plena liberdade de escolha dos consumidores no ato da aquisição de tais produtos, 
equilibrando, ao final, a relação de consumo. 
No entanto, caso o consumidor não seja amplamente informado de todas as características do 
produto e seja, de alguma forma, prejudicado pela prática abusiva da Obsolescência Programada, 
poderá ele se valer do Poder Judiciário, a fim de ver reparada sua insatisfação. 
https://www.idec.org.br/em-acao/artigo/um-mal-a-ser-combatido-a-obsolescencia-programada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.goethe.de/ins/br/pt/kul/mag/20786930.html
https://www.idec.org.br/em-acao/artigo/um-mal-a-ser-combatido-a-obsolescencia-programada
 
30 
Texto III 
 
 
http://www.mimosoinfoco.com.br/noticiario/obsolescencia-programada-quando-produtos-sao-criados-para-
morrer/ 
 
Texto IV 
 
Meias que se esgarçam no primeiro uso, lâmpadas com vida útil de apenas 1.000 horas e 
máquinas de lavar roupa que funcionam pouco mais de cinco anos. A obsolescência programada afeta 
produtos de múltiplos setores, entre os quais estão os têxteis, os eletrodomésticos e, também, 
os smartphones, que em muitos casos ficam mais lentos e começam a falhar dois anos depois de 
comprados. 
“No momento, absolutamente todos os fabricantes de telefones celulares adotam essa prática. 
Quando o celular fica mais lento ou certos aplicativos não funcionam, o usuário já começa a pensar 
que é normal", afirma Benito Muros, presidente da Fundação Energia e Inovação Sustentável Sem 
Obsolescência Programada (Feniss). Atualmente, a vida útil de um telefone, observa ele, é de dois 
anos. Depois disso, é comum que eles comecem a dar problemas e Muros explica que o reparo pode 
custar até 40% do que se gastaria na compra de um novo. "Se a obsolescência programada não existisse, 
um telefone celular teria uma vida útil de 12 a 15 anos", diz. 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/09/tecnologia/1541771036_210342.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.mimosoinfoco.com.br/noticiario/obsolescencia-programada-quando-produtos-sao-criados-para-morrer/
http://www.mimosoinfoco.com.br/noticiario/obsolescencia-programada-quando-produtos-sao-criados-para-morrer/
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjR6bzs9dbeAhUFIJAKHdEGB2cQFjAAegQICBAB&url=https%3A%2F%2Fbrasil.elpais.com%2Ftag%2Ftelefono_inteligente&usg=AOvVaw3qaSVss83k3PmoOioirnMP
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/09/tecnologia/1515483148_221511.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/09/tecnologia/1541771036_210342.html
 
31 
Proposta 20 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
A doação de órgãos no Brasil: um ato que pode salvar vidas 
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Texto I 
O número de doadores efetivos de órgãos no Brasil subiu de 13,1 por milhão de habitantes 
para 14 por milhão no segundo trimestre de 2016, segundo a Associação Brasileira de Transplante de 
Órgãos (ABTO). “Essa taxa de doadores efetivos vinha caindo ao longo de 2015, se estabilizou no 
primeiro trimestre de 2016 e começou a subir agora, no segundo trimestre deste ano”, disse o 
coordenador da Comissão de Remoção de Órgãos da ABTO, José Lima Oliveira Júnior. 
Apesar do aumento, o número de doadores efetivos ficou abaixo do esperado para o período, 
de 16 por milhão de habitantes, e longe do considerado ideal. Além disso, os transplantes feitos caíram 
no segundo trimestre, assim como o total de potenciais doadores, principalmente nos estados mais 
populosos do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais). Os dados são levantados pela ABTO e 
pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. 
O número de brasileiros na fila aguardando um órgão aumentou em 2016 em comparação ao 
primeiro semestre de 2015, de 32 mil pessoas para 33.199. Em números absolutos, a maior fila é para 
receber córneas e rim, seguida de fígado, coração, pulmão, pâncreas e intestino. 
Nem todos os órgãos doados podem ser aproveitados. No último semestre, 71% dos órgãos 
doados no Brasil não puderam ser utilizados, porque o processo exige uma série de cuidados e 
infraestrutura para que os órgãos possam ser removidos e os transplantes feitos. “O doador precisa ser 
mantido em um ambiente adequado, precisa de ventilação mecânica, de medicamentos para ajustar a 
pressão, de infraestrutura que permita manter a temperatura do corpo, precisa de reposição hormonal, 
muitas vezes de transfusão de sangue, de dieta enteral”, listou o médico. 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/cresce-taxa-de-doadores-efetivos-de-orgaos-mas-ainda-
esta-longe-do-ideal 
 
Texto II 
Todo paciente com morte encefálica – lesão irrecuperável do encéfalo que causa interrupção 
definitiva de todas as atividades cerebrais – é um potencial doador. “A decisão final sobre o destino 
dos órgãos da pessoa, no entanto, cabe à família”, explica Edvaldo Leal, enfermeiro e vice-coordenador 
do Spot-HC. A lei, até 1997, presumia que todos os brasileiros eram doadores, mas uma reformulação 
em 2001 transferiu para os familiares do paciente morto a responsabilidade sobre seus órgãos. 
E nem sempre a decisão deles é doar. Na verdade, na maioria das vezes, eles se negam. Dados 
divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, entre janeiro 
e setembro de 2012, cerca de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral no País. Seus 
órgãos poderiam salvar a vida de quase 22 mil pessoas que aguardavam na fila de espera. Mas somente 
pouco mais de 1.800 deles se tornaram doadores. No Estado de São Paulo, no mesmo período, foram 
registrados quase 2 mil candidatos, com apenas 590 tendo seus órgãos retirados para transplante. 
A professora explica que, partindo-se do pressuposto de que a educação sobre o assunto é 
deficiente, a mudança na lei em 2001 e a consequente transferência da responsabilidade sobre os órgãos 
do morto para a família acaba sendo justificável. No entanto, ela destaca: “As pessoas deveriam ter o 
esclarecimento necessário para poder manifestar em vida o desejo de doar ou não seus órgãos após a 
morte”. Segundo ela, quanto melhor for a educação sobre o tema, mais argumentos se terá para assumir 
que a decisão cabe ao indivíduo, não à sua família. 
Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=dilemas-e-conflitos-eticos-na-doacao-de-orgaos 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/cresce-taxa-de-doadores-efetivos-de-orgaos-mas-ainda-esta-longe-do-ideal
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/cresce-taxa-de-doadores-efetivos-de-orgaos-mas-ainda-esta-longe-do-ideal
http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=dilemas-e-conflitos-eticos-na-doacao-de-orgaos32 
Texto III 
 
 
 
 
Texto IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj79pbo06jaAhVHDJAKHfyHB8EQjRx6BAgAEAU&url=https://www.imaginie.com.br/temas/dilemas-da-doacao-de-orgaos/&psig=AOvVaw02XnFLUmoayCc_GOUvaM8L&ust=1523207375433468
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiFuqaWuanaAhUSmJAKHTvWAmQQjRx6BAgAEAU&url=http://www.clicrbs.com.br/sites/swf/transplantes/index.html&psig=AOvVaw1--kRotj_us9XcsuKKYIp3&ust=1523234581144297
 
33 
 
 
A Competência 4 do Enem avalia a capacidade de o aluno demonstrar conhecimento dos 
mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Essa etapa é responsável por 
articular as ideias por meio das palavras, dos recursos linguísticos. 
Tendo em vista que o texto solicitado pelo Enem exige, em 30 linhas, que o candidato exerça 
um forte poder argumentativo, é necessário utilizar palavras que atuem com o propósito de enfatizar 
cada etapa e cada novo raciocínio – a introdução de um argumento, a finalização de um pensamento, a 
exemplificação de um fato. 
Mas, afinal, o que é esperado em um texto que corresponda ao nível mais alto na Competência 
4? 
Primeiramente, é importante que o aluno evite a repetição de palavras próximas – isso pode 
ser feito a partir da utilização de sinônimos, hiperônimos, hipônimos, pronomes, dentre outros recursos 
que se correspondem à coesão referencial. 
Após essa etapa – imprescindível -, é esperado que o candidato mostre diversidade e correta 
aplicação de operadores argumentativos que demonstrem ao avaliador a progressão textual de seu texto 
- não apenas no plano das ideias, mas também na articulação por meio das palavras. Essa parte está 
ligada à coesão sequencial e, sobre isso, é importante enaltecer que não deve haver repetição desses 
elos coesivos, assim como é obrigatório apresentá-los dentro (intra) e fora (inter) de cada parágrafo. 
Ainda sobre os elos coesivos que compõem a coesão sequencial, é pertinente salientar que não 
pode haver uso equivocado de nenhum marcador, o que significa que, se o aluno iniciar o último 
parágrafo de seu texto com “além disso”, que dá ideia de soma, quando deveria utilizar o “portanto”, 
por exemplo, por deixar claro que o texto está chegando ao final, a redação não obterá a nota máxima 
na competência 4. 
À guisa de ilustração, a seguir, é apresentada uma lista de elementos coesivos sequenciais. É 
importante salientar que os operadores argumentativos apresentados neste material são indicados para 
facilitar a compreensão e a utilização desses elementos nas redações, mas não são os únicos marcadores 
existentes. 
 
Operadores argumentativos (lista não exaustiva) 
1. Operadores que somam argumentos/ideias 
Além disso, ademais, outrossim 
2. Operadores que contrapõem argumentos 
Todavia, no entanto, entretanto, contudo, em contrapartida 
3. Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação 
Porque, porquanto, visto que, a fim de 
4. Operadores que introduzem uma conclusão 
Portanto, por conseguinte, dessa forma, destarte 
5. Operadores que estabelecem ênfase ou certeza 
Sem dúvida, por certo, indubitavelmente 
6. Operadores que introduzem consequência 
Por consequência, por conseguinte, como resultado, em virtude de 
7. Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos 
Mais... (do) que, menos... (do) que, tão... quanto 
 
34 
Para evidenciar no texto os recursos coesivos, sobretudo os operadores argumentativos, leia as redações 
abaixo. Embora todos os textos presentes neste bloco tenham recebido nota máxima nas cinco 
competências, eles servirão principalmente como modelo a ser seguido na Competência 4. 
 
Redação 1 
Augusto Scapini, estudante de Goiânia/GO. 
 
Aristóteles, grande pensador da Antiguidade, defendia a importância do conhecimento para a 
obtenção da plenitude da essência humana. Para o filósofo, sem a cultura e a sabedoria, nada separa a 
espécie humana do restante dos animais. Nesse contexto, destaca-se a importância do cinema, desde a sua 
criação, no século XIX, até a atualidade, para a construção de uma sociedade mais culta. No entanto, há 
ainda diversos obstáculos que impedem a democratização do acesso a esse recurso no Brasil, centrados na 
elitização do espaço público e causadores da insuficiência intelectual presente na sociedade. Com isso, 
faz-se necessária uma intervenção que busque garantir o acesso pleno ao cinema para todos os cidadãos 
brasileiros. 
De início, tem-se a noção de que a Constituição Federal assegura a todos os cidadãos o acesso 
igualitário aos meios de propagação do conhecimento, da cultura e do lazer. Todavia, visto que os cinemas, 
materialização pública desses conceitos, concentram-se predominantemente nos espaços reservados à elite 
socioeconômica, como os "shopping centers", é inquestionável a existência de uma segregação das 
camadas mais pobres em relação ao acesso a esse recurso. Essa separação elitista é identificada na 
elaboração da tese de "autocidadania", escrita pelo sociólogo Jessé Souza, que denuncia a situação de 
vulnerabilidade social vivida pelos mais pobres, cujos direitos são negligenciados tanto pela falta de ação 
do Estado quanto pela indiferença da sociedade em geral. Fica claro, então, que o acesso ao cinema não 
é um recurso democraticamente pleno no Brasil. 
Como consequência dessa elitização dos espaços públicos, que promove a exclusão das camadas 
mais periféricas, é observado um bloqueio intelectual imposto a essa parte da população. Nesse sentido, 
assuntos pertinentes ao saber coletivo, que, por vezes, não são ensinados nas instituições formais de 
ensino, mas são destacados pelos filmes exibidos nos cinemas, não alcançam as mentes das minorias 
sociais, fato que impede a obtenção do conhecimento e, por conseguinte, a plenitude da essência 
aristotélica. Essa situação relaciona-se com o conceito de "alienação", descrito pelo alemão Karl Marx, 
que caracteriza o estado de insuficiência intelectual vivido pelos trabalhadores da classe operária no 
contexto da Revolução Industrial, refletido na camada pobre brasileira atual. 
Portanto, fica evidente a importância do cinema para a construção de uma sociedade mais culta 
e a necessidade de democratização desse recurso. Nesse âmbito, cabe ao Ministério da Educação e da 
Cultura promover um maior acesso ao conhecimento e ao lazer, por meio da instalação de cinemas 
públicos nas áreas urbanas mais periféricas - que deverão possuir preços acessíveis à população local -, a 
fim de evitar a situação de alienação e insuficiência intelectual presente nos membros das classes mais 
baixas. Desse modo, o cidadão brasileiro poderá atingir a condição de plenitude da essência, prevista por 
Aristóteles, destacando-se, logo, das outras espécies animais, através do conhecimento e da cultura." 
 
Redação 2 
Nayra Alves, estudante de Fortaleza/CE 
 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 215, garante acesso à cultura a todos os 
brasileiros, no entanto, nota-se que muitos cidadãos não usufruem dessa prerrogativa, tendo em vista que 
uma grande parcela social não tem acesso ao cinema. Dessa forma, esse cenário comprometedor exige 
ações mais eficazes do Poder Público e das instituições de ensino, a fim de assegurar a igualdade de acesso 
ao universo cinematográfico. 
De fato, é notório o desacordo que existe entre o que é assegurado pela Constituição e a realidade 
do país, uma vez que muitos municípios não possuem cinemas ou espaços destinados à exposição de 
filmes, séries e documentários. Esse nefasto paradigma atesta, sobretudo, uma grande desigualdade no 
 
35 
acesso à cultura do país, tendo em vista que em grandes cidades, como o Rio de Janeiro, o cinema é mais 
valorizado. Além disso, vale ressaltar que tal desigualdade fere a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos

Continue navegando