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CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 temas 
que podem 
cair na sua 
redação do 
Enem 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
 
Nervosos com 
o Enem? 
Então, segura essa ansiedade e vem conferir um 
conteúdo especial que organizamos para você: 
os 40 temas de redação que têm super chances 
de cair no Enem! 
Nessa apostila você encontrará temas de 
redação que podem aparecer no Enem. 
A ideia é que você tenha um acesso a diversos 
assuntos presentes em nosso cotidiano e que 
possa explorá-los da melhor maneira possível, 
a partir do conhecimento sobre como as 
propostas são apresentadas na prova. Só 
assim você terá chances de desenvolver uma 
redação nota 1000 sobre o que foi pedido. 
Partiu treinar muito Redação? 
:) 
 
 
Professora Nathalie Carvalho 
Organizadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
Jun/2020 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
/vestibulares 
Índice 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 
A influência da 
ciência na sociedade 
brasileira. 
02 
Os riscos da 
representatividade para a 
democracia brasileira 
03 
Reformas do sistema 
previdenciário 
brasileiro 
04 
A igualdade de 
gêneros em discussão 
no século XXl 
05 
Os limites da liberdade de 
expressão no mundo 
contemporâneo 
06 
 
A prática do Bullying nas 
escolas do Brasil 
07 
 
A família contemporânea e 
a sua representação no 
Brasil 
08 
 
 
O preconceito linguístico na 
sociedade brasileira 
09 
10 
 
O suicídio entre os jovens 
brasileiros – Como enfrentar 
esse problema? 
11 
A saúde mental na 
sociedade contemporânea 
12 
Coronavírus: os impactos da 
pandemia na sociedade 
brasileira. 
13 
Idosos no Brasil do século 
XXI: negligenciados ou 
valorizados? 
14 
O sistema prisional 
brasileiro e seus efeitos no 
século XXI 
15 
A importância da 
reivindicação pela saúde 
pública no Brasil 
 
16 
 
Os caminhos para se 
combater a violência urbana 
no Brasil 
17 
 
As Fake News e seus 
impactos na sociedade 
brasileira 
18 
 
As manifestações de violência 
dentro dos estádios 
de futebol 
19 
 
Alimentação irregular e 
obesidade no Brasil 
20 
 
A violência na escola em 
questão no Brasil 
 
Desastres ambientais: qual o 
preço do desenvolvimento? 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Pichação, grafite e os 
limites da arte urbana 
no Brasil 
22 A inclusão dos transgêneros no meio acadêmico 
23 
O esporte como 
ferramenta de inclusão 
social no Brasil 
24 
A democratização do 
acesso à cultura em 
questão no Brasil 
25 A população em situação de rua no Brasil 
26 
Os efeitos do uso de 
substâncias estimulantes no 
século XXl 
27 
 
A inclusão social do deficiente 
físico em questão no Brasil 
28 
 
 
A exploração trabalhista na 
sociedade moderna 
 
29 
 
Habilidades e competências 
para as profissões do futuro 
 
30 
 
Os perigos da indústria 
farmacêutica 
31 
A questão do índio no 
Brasil contemporâneo 
 
32 
O agronegócio e os 
impactos ao meio ambiente 
33 
A questão das drogas como 
desafio mundial 
34 
Mobilidade urbana no século 
XXI: o ir e vir em questão na 
sociedade brasileira 
35 
O papel da polícia no Brasil 
do século XXl 
 
36 
O valor da educação nas 
transformações sociais do 
Brasil 
37 
 
Perspectivas e desafios na 
educação à distância no 
Brasil 
38 
 
O impacto dos 
influenciadores digitais na 
formação dos jovens 
 
39 
 
O patriotismo em questão 
no Brasil 
 
40 
 
Cibercondria – a doença da 
era digital 
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
 
A influência da ciência na sociedade 
brasileira
 
 
 
TEXTO I 
 
 
 
TEXTO II 
 
 A evolução do pensamento científico 
 
A evolução histórica mostra que os paradigmas 
científicos vão se modificando constantemente no 
universo. Segundo Assmann (1998), não há 
paradigma permanente, pois eles são historicamente 
mutáveis, relativos e naturalmente seletivos. A 
evolução da humanidade é continua e dinâmica, 
assim modificam-se os valores, as crenças, os 
conceitos e as ideias acerca da realidade. Essas 
mudanças paradigmáticas estão diretamente 
relacionadas ao olhar e à vivência do observador. Os 
paradigmas são necessários, pois fornecem um 
referencial que possibilita a organização da 
sociedade, em especial da comunidade científica 
quando propõe continuamente novos modelos para 
entender a realidade. Por outro lado, pode limitar 
nossa visão de mundo, quando os homens e 
mulheres resistem ao processo de mudança e 
insistem em se manter no paradigma conservador. 
Em outro momento, refere-se ao conjunto de 
crenças e valores subjacentes à prática científica. 
Segundo o autor, quando os fenômenos não se 
encaixam dentro deste padrão ou modelo, ocorrem 
as anomalias, gerando crise na ciência. Essa mesma 
ideia foi reforçada por Cardoso (1995), quando 
afirma que a crise paradigmática provoca mal-estar 
na comunidade científica, mas, por outro lado, faz 
emergir para alguns cientistas a consciência do 
momento oportuno para uma profunda renovação 
de suas concepções, pois implica na mudança e até 
na ruptura de ideias, conceitos e antigos valores. 
 
Fonte: https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/como-a-ciencia-
influencia-o-modo-de-pensar-da-sociedade (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
 
Corte de 30% da verba valerá para todas as 
universidades federais, diz MEC 
 
O MEC (Ministério da Educação) informou, na 
noite de hoje, que o corte de 30% dos repasses de 
recursos federais valerá para todas as 
universidades e institutos, e não só para UnB 
(Universidade de Brasília), UFF (Universidade 
Federal Fluminense) e UFBA (Universidade Federal 
da Bahia). A informação é do secretário de 
Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de 
Lima Junior, em entrevista à TV Globo. 
O anúncio acontece após declaração do 
ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que 
o MEC cortaria recursos de universidades que não 
apresentassem desempenho acadêmico esperado e 
estivessem promovendo "balbúrdia" em seus 
campi. Em entrevista ao jornal O Estado de S. 
Paulo, Weintraub citou UFF, UnB e UFBA como alvo 
dos cortes. 
"Universidades que, em vez de procurar 
melhorar o desempenho acadêmico, estiverem 
fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas", disse o 
ministro. Weintraub afirmou, ainda, que as 
universidades têm permitido que aconteçam em 
suas instalações eventos políticos ou festas 
inadequadas ao ambiente universitário, e disse que 
as instituições deveriam estar "com sobra de 
dinheiro" para fazer "bagunça e evento ridículo. 
 
FONTE: https://educacao.uol.com.br/noticias/2019/04/30/mec-
anuncia-corte-de-30-da-verba-para-todas-as-federais.htm? 
(adaptado). 
 
TEXTO IV 
 
Pesquisas publicadas nas últimas semanas não 
encontraram relação entre medicamento e redução 
da mortalidade por Covid-19. Na sexta-feira (15), 
Ministério da Saúde anunciou que vai passar a 
recomendar em casos leves. 
 
 
 
 
Fonte: 
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/12/estu
dos-mostram-que-cloroquina-nao-tem-eficacia-no-tratamento-do-
coronavirus-entenda-as-pesquisas.ghtml(adaptado). 
 
 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um 
texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A influência da ciência na sociedade brasileira. Selecione, 
organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu ponto de vista. Apresente também 
sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
01 
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/como-a-ciencia-influencia-o-modo-de-pensar-da-sociedade
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/como-a-ciencia-influencia-o-modo-de-pensar-da-sociedade
https://educacao.uol.com.br/noticias/2019/04/30/mec-anuncia-corte-de-30-da-verba-para-todas-as-federais.htm
https://educacao.uol.com.br/noticias/2019/04/30/mec-anuncia-corte-de-30-da-verba-para-todas-as-federais.htm
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/12/estudos-mostram-que-cloroquina-nao-tem-eficacia-no-tratamento-do-coronavirus-entenda-as-pesquisas.ghtml
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/12/estudos-mostram-que-cloroquina-nao-tem-eficacia-no-tratamento-do-coronavirus-entenda-as-pesquisas.ghtml
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/12/estudos-mostram-que-cloroquina-nao-tem-eficacia-no-tratamento-do-coronavirus-entenda-as-pesquisas.ghtml
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
 
Os riscos da representatividade para a 
democracia brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Uma das poucas certezas é a de que vivenciamos 
uma crise de legitimidade das instituições e um 
profundo mal-estar com a democracia existente no 
país. 
O problema central, portanto, me parece ser o 
da falta de legitimidade das instituições de 
representação. Há um esgotamento e uma descrença 
nelas que não é específica do Brasil, mas das 
democracias representativas de uma maneira geral e 
especialmente em relação aos partidos políticos. 
Existe assim uma crise da própria democracia 
representativa. Essencialmente, os cidadãos não se 
sentem representados nem pelos partidos e muito 
menos pelos governos. Uma crise da representação 
política, visível na descrença e desqualificação do 
parlamento, dos partidos e dos políticos, 
especialmente entre os jovens. Pesquisa do Instituto 
Data Popular publicada no dia 21/6/2013, com 1.502 
pessoas entre 18 e 30 anos, em 100 cidades do país, 
revelou que 75% não confiam nos políticos, nem nos 
partidos (e 59% também não confiam na justiça). 
Essa descrença explica, em grande parte, a 
ausência de partidos nas manifestações e quando 
presentes (pequenos partidos de esquerda, como 
PSTU e Psol), são rejeitados e hostilizados. Houve 
conflitos em diversas cidades entre militantes de 
partidos, com suas bandeiras, e os manifestantes. 
Isso ocorreu também nas manifestações na Europa e 
na chamada “primavera árabe”. O que revela que o 
problema não é específico do Brasil, é mais geral, 
como disse o sociólogo espanhol Manuel Castells, 
estudioso dessas manifestações em várias partes do 
mundo e que publicou recentemente um livro 
“Indignação e Esperança – Movimentos Sociais na 
Era da Internet” (Zahar Editora). Para ele, uma das 
características desses movimentos é a rejeição aos 
partidos, “há um desprezo geral aos partidos 
políticos”. 
 
Disponível em: 
 http://www.cartapotiguar.com.br/2013/07/02/as-manifestacoes-e-a-
crise-da-representacao-politica-no-brasil/ 
 
 
 
TEXTO II 
 
Representatividade: 
 
substantivo feminino 
 
1.qualidade de representativo. 
 
2.qualidade de alguém, de um partido, de um grupo 
ou de um sindicato, cujo embasamento na 
população faz que ele possa exprimir-se 
verdadeiramente em seu nome. 
 
Disponível em: https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-
instant&ion=1&espv=2&es\ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
 
“A crise de confiança política não é de hoje, muito 
menos é uma exclusividade do Brasil; é mesmo uma 
questão central para as sociedades democráticas”, 
como destaca a autora, que assina o livro com o 
professor José Álvaro Moisés, da Universidade de São 
Paulo (USP), diretor científico do Núcleo de Políticas 
Públicas (Nupps) da instituição. “Estamos em uma fase 
de mudança que resulta em uma grande crise de 
desengajamento cívico; estamos desengajados 
civicamente”, afirma Meneguello. 
A confiabilidade no funcionamento do sistema é 
fundamental para a credibilidade na democracia. A 
confiança é uma dimensão que regula a relação entre 
pessoas, amigos, parentes, e refere-se às expectativas 
que as pessoas têm a respeito do comportamento dos 
outros com quem convivem. É preciso confiar nas 
pessoas para que seu cotidiano tenha parâmetros 
estáveis de funcionamento e é preciso confiar nas 
instituições para que o cotidiano tenha bases 
suficientes para que o sistema seja apoiado. A 
democracia precisa desse comprometimento do cidadão 
que, por sua vez, constitui-se com a crença de que o 
papel dos intermediários, ou instituições, é 
desempenhado adequadamente. Assim, é com essa 
expectativa que as pessoas deveriam procurar a 
justiça, a polícia, deveriam votar e procurar seus 
representantes. 
Os dados mostram que cidadãos brasileiros apoiam 
a presença dos partidos, apoiam a existência do 
Congresso, mas estão completamente insatisfeitos e 
desconfiados. Apenas 19% do total de entrevistados 
avaliam positivamente os partidos, e 28% avaliam 
positivamente o Congresso, contra, por exemplo, a 
instituição da Igreja, com uma avaliação de mais de 
87%. Constituiu-se ao longo desse período uma 
importante defasagem entre a percepção da 
necessidade das instituições e a avaliação de sua 
atuação e desempenho. 
 
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/ju/573/brasil-vive-crise-de-
confianca-politica-diz-rachel-meneguello (adaptado) 
 
TEXTO IV 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto 
dissertativo-argumentativo sobre o tema: Os riscos da representatividade para a democracia brasileira. Selecione, 
organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu ponto de vista. Apresente também 
sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
02 
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
Reformas do sistema previdenciário 
brasileiro 
 
 
 
 
TEXTO I 
PRINCIPAIS MUDANÇAS DA REFORMA 
PREVIDENCIÁRIA 2017 
De acordo com o Governo Federal, as novas 
regras do INSS serão implementadas devido ao 
aumento dos gastos da Previdência Social. O 
rombo nas contas pode chegar a R$ 167 bilhões 
até o final do ano, principalmente com o 
desemprego em alta no país. Veja a seguir as 
principais mudanças propostas pela Reforma 
Previdenciária 2017: 
IDADE MÍNIMA DE 65 ANOS PARA A 
APOSENTADORIA 
O Governo de Michel Temer vai fixar uma idade 
mínima de 65 anos para a aposentadoria, que 
vale tanto para homens quanto para mulheres. 
Dessa forma, quem tem 64 anos ou menos não 
poderá se aposentar, mesmo com o tempo 
mínimo de contribuição. 
FAIXA DE TRANSIÇÃO 
A nova regra vai impactar os trabalhadores com 
menos de 50 anos de idade. Quem se encontra 
acima dessa faixa etária entrará na faixa de 
transição progressiva. O contribuinte com 50 anos 
ou mais deverá trabalhar de 40% a 50% mais 
tempo para se aposentar. Dessa forma, ele 
poderá dar entrada na aposentadoria antes de 
atingir a idade mínima. 
AUMENTO DA ALÍQUOTA 
Tudo indica que a Reforma Previdenciária de 2017 
também terá impacto na alíquota de contribuição, 
especialmente no caso de servidores públicos 
municipais, estaduais e governamentais. O valor 
do percentual mínimo, que atualmente é de 11%, 
poderá subir para 14%. 
REDUÇÃO DA APOSENTADORIA POR 
INVALIDEZ 
Atualmente, o trabalhador pode solicitar a 
aposentadoria por invalidez após pagar 12 
parcelas do INSS, recebendo o valor integral.Com a aprovação da Reforma Previdenciária, o 
tempo mínimo de contribuição para dar entrada 
no benefício será de 36 meses. Essa modalidade 
deverá contar, ainda, com um piso pré-
estabelecido de 70%, em cima de 80% dos 
maiores salários ao longo de todo o período de 
contribuição. 
 
 
 
 
RESTRIÇÃO DE PENSÃO POR MORTE E 
APOSENTADORIA 
Muitos brasileiros recebem pensão por morte e 
aposentadoria ao mesmo tempo, porém, a 
reforma previdenciária deve ter impacto nos 
pagamentos. O cidadão receberá normalmente o 
valor maior, enquanto o segundo terá uma 
redução de 30% a 60%. 
 
TEXTO II 
 
a) Se formos ao site do IBGE e olharmos a 
expectativa de vida dos brasileiros, temos, em 
Santa Catarina, algo próximo de 82 anos e, em 
Alagoas, cerca de 71 anos. Isso, considerando a 
expectativa de vida da pessoa que nascer em 
2016. Se pegarmos quem nasceu na década de 
60 ou 70, a expectativa é um pouco menor, 
podendo chegar até próximo da data da 
aposentadoria. Então qual seria minha crítica? Eu 
não posso tratar de maneira igual (ao menos, 
não deveria) uma pessoa que nasce em 
Florianópolis (SC) e outra que nasce no interior 
de Alagoas. Elas terão oportunidades e 
expectativas de vida totalmente diferentes. Aqui 
eu ainda tenho grande dificuldade de achar uma 
solução, mas tenho uma sugestão: na hora de 
fazer a conta, considerar o local onde a pessoa 
trabalhou. Se a maior parte do tempo foi no 
interior de Alagoas, ela pode se aposentar mais 
cedo do que a pessoa que mora em Florianópolis 
e que tem expectativa de vida maior. 
 
b) Vou criar um personagem: João. Ele começou a 
trabalhar aos 22 anos de idade. Em 2016, 
quando saiu a regra nova, ele tinha 50 anos. 
Continuando empregado, se aposentaria aos 71 
anos, para receber os 100% do salário médio. Só 
que, aos 58 anos de idade, ele perde o emprego 
e passará por grande dificuldade para se 
recolocar no mercado. Para boa parte dos 
brasileiros, quanto mais avançada a idade, menor 
a chance de se empregar. Sei que muitos vão 
questionar por que João não estudou ou por que 
não se preparou previamente para essa 
possibilidade. Concordo, mas, em um país como 
o nosso, temos vários motivos para justificar por 
que essa pessoa não tem tanta qualificação e, 
com isso, se torna facilmente substituível. Por 
favor, não entenda como preconceito. 
 
 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto 
dissertativo-argumentativo sobre o tema: Reformas do sistema previdenciário brasileiro. Selecione, organize e 
relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de 
proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
03 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
c) Quanto mais tempo João ficar desempregado, 
mais tempo vai demorar para se aposentar. Se 
ele conseguir viver de bicos por mais 7 anos, 
chegando aos 65 anos vai receber 87% do salário 
médio da vida de contribuinte. (Esses 87% são 
resultado da soma do percentual base de 51%, 
mais o tempo de contribuição, que foi dos 22 aos 
58 anos. 58 – 22 = 36. 36 + 51 = 87%) 
Então, temos um problema grande de 
envelhecimento e desemprego. Qual a solução? 
Vejo uma mais tranquila, que seria o incentivo 
fiscal. Se a sua empresa tem “y” empregados 
com mais de “x” idade, ela fica isenta de pagar o 
imposto “k”. Melhor do que o governo ter que 
assumir um gasto social muito grande para 
ajudar essa pessoa na velhice, com plano de 
saúde e complemento financeiro. 
 
Detalhe 1 
Até a reforma da Previdência tramitar no Congresso e 
o Temer sancionar, devem se passar alguns meses. 
Possivelmente em abril teremos essa assinatura. 
Portanto, homens que nasceram depois de 1967 e 
mulheres depois de 1972 deverão ser atingidos em 
cheio pelas novas regras. 
Detalhe 2 
A eterna discussão que as mulheres deveriam se 
aposentar com menos tempo de contribuição do que 
os homens, já que alegam – e eu concordo – que 
elas têm dupla jornada de trabalho, na rua e em 
casa. Por outro lado, vão dizer que elas vivem mais. 
Nesse ponto, eu acho que nós, homens, somos 
bastante culpados por isso, cuidando bem menos da 
saúde do que as mulheres. Isso é fato! Ainda assim, 
eu acho que a idade de aposentadoria deveria ser 
igual para os dois. É questão de matemática, vai 
faltar dinheiro. 
Detalhe 3 
O governo usou como base para cálculo do benefício 
51% (16 anos começa a trabalhar, para conseguir se 
aposentar com 100% aos 65 anos) do salário médio 
de toda a vida do contribuinte. Eu acho que 
poderíamos elevar esse número para cerca de 55% 
(equivale a começar a trabalhar aos 20 anos), sem 
que o governo comprometa suas contas. É só ter 
capacidade de fazer o dinheiro render. Ou aumentar 
levemente a contribuição inicial, algo próximo de 
1,00% / 2,00%. 
Detalhe 4 
Existem algumas regras para a atualização do salário 
no decorrer do tempo, mas a que mais está sendo 
utilizada é o INPC, calculado pelo IBGE. Exemplo 
utilizando esse índice de correção: se ganhei R$ 
2.000,00 em dezembro de 2015, esse montante 
valeria, em novembro de 2016, para efeito de cálculo 
do salário médio, R$ 2.142,75. E esse é o valor que o 
governo consideraria hoje, se fosse fazer a conta do 
salário médio de toda uma vida. Portanto, o INSS irá 
 
atualizar todos os seus salários até a data de sua 
aposentadoria. 
Conclusão 
Essa reforma era necessária sim, para 
ontem. Muitos vão dizer que o rombo do privado 
urbano é baixo. Sim, é baixo, por volta de R$ 17 
bilhões – acumulados entre julho de 2015 e junho 
de 2016. Mas esse déficit tende a aumentar com 
o envelhecimento rápido da população. 
Nas próximas semanas, vou falar dos outros 
3 modelos: privado rural, público civil e o 
polêmico público militar. Esse último já gerou 
muito debate em palestras e na minha página no 
Facebook. 
Para terminar, quero entrar em um vespeiro. 
Estou vendo muita gente reclamando que a 
reforma veio pesada demais. Sim, veio. Mas boa 
parte desse peso é consequência da passividade 
dos nossos presidentes anteriores, que não 
tiveram a coragem de tocar nesse assunto e 
deixaram as coisas chegarem ao ponto em que 
estão, exigindo medidas mais duras. Na verdade, 
eu acho que esse problema existe desde 1500. 
Dedico esse texto a muita gente que 
enriqueceu o debate nesses últimos dias. Fica 
impossível citar todos os nomes, mas gostaria de 
destacar 4 pessoas que me inspiraram/ajudaram 
a escrever esse texto: Adriana Fernandes, Célia 
Perrone, Marina Schmidt e Rosana Hessel. 
http://economia.estadao.com.br/blogs/economia-a-vista/reforma-
da-previdencia-e-bom-e-e-ruim/ 
 
 
TEXTO III 
 
 
 
 
http://www.tribunadainternet.com.br/e-vem-ai-os-protestos-contra-
reformas-da-previdencia-e-das-leis-trabalhistas/ 
 
http://www.tribunadainternet.com.br/e-vem-ai-os-protestos-contra-reformas-da-previdencia-e-das-leis-trabalhistas/
http://www.tribunadainternet.com.br/e-vem-ai-os-protestos-contra-reformas-da-previdencia-e-das-leis-trabalhistas/
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
A igualdade de gêneros em discussão 
no século XXI
 
 
 
 
TEXTO I 
 
 
 
TEXTO II 
 
Igualdade ou Equidade de Gênero? 
 
Enquanto o sexo biológico é determinado por 
características genéticas e anatômicas, o gênero é 
uma identidade adquirida e refere-se à variedade 
de papéis e relacionamentos construídos pela 
sociedade para os dois sexos. Por isso, o gênero 
muda ao longo do tempo e varia grandemente 
dentro das diferentes culturas em todo o mundo. 
A igualdade de gênero descreve o conceito de 
que todos os seres humanos, tanto mulheres como 
homens, são livres para desenvolver as suas 
capacidades pessoais e fazer escolhas sem as 
limitações impostas por estereótipos. Igualdade degênero não significa que as mulheres e homens 
têm de ser idênticos, mas que os seus direitos, 
responsabilidades e oportunidades não dependem 
do fato de terem nascido com o sexo feminino ou 
masculino. 
Assim, a equidade entre gêneros significa que 
homens e mulheres são tratados de forma justa, de 
acordo com as respectivas necessidades. O 
tratamento deve considerar, valorizar e favorecer 
de maneira equivalente os direitos, benefícios, 
obrigações e oportunidades entre homens e 
mulheres. 
 
Fonte: Princípios de Empoderamento das Mulheres – Igualdade 
significa negócios, publicação do Pacto Global da ONU e ONU 
Mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. 
Nenhum destino biológico, psíquico, econômico 
define a forma que a fêmea humana assume no 
seio da sociedade; é o conjunto da civilização que 
elabora esse produto intermediário entre o macho e 
o castrado que qualificam de feminino. Somente a 
mediação de outrem pode constituir um indivíduo 
como um Outro. Enquanto existe para si, a criança 
não pode apreender-se como sexualmente 
diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, 
primeiramente, a irradiação de uma subjetividade, 
o instrumento que efetua a compreensão do 
mundo: é através dos olhos, das mãos e não das 
partes sexuais que apreendem o universo. O drama 
do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da 
mesma maneira para as crianças dos dois sexos; 
têm elas os mesmos interesses, os mesmos 
prazeres; a sucção é, inicialmente, a fonte de suas 
sensações mais agradáveis; passam depois por 
uma fase anal em que tiram, das funções 
excretórias que lhe são comuns, as maiores 
satisfações; seu desenvolvimento genital é 
análogo; exploram o corpo com a mesma 
curiosidade e a mesma indiferença; do clitóris e do 
pênis tiram o mesmo prazer incerto; na medida em 
que já se objetiva sua sensibilidade, voltam–se 
para a mãe: é a carne feminina, suave, lisa, 
elástica que suscita desejos sexuais e esses desejos 
são apreensivos; é de uma maneira agressiva que 
a menina, como o menino, beija a mãe, acaricia-a, 
apalpa-a; têm o mesmo ciúme se nasce outra 
criança; manifestam-no da mesma maneira: cólera, 
emburramento, distúrbios urinários; recorrem aos 
mesmos ardis para captar o amor dos adultos. 
Até os doze anos a menina é tão robusta 
quanto os irmãos e manifesta as mesmas 
capacidades intelectuais; não há terreno em que 
lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes 
da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira 
infância, ela já se apresenta como sexualmente 
especificada, não é porque misteriosos instintos a 
destinem imediatamente à passividade, ao 
coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção 
de outrem na vida da criança é quase original e 
desde seus primeiros anos sua vocação lhe é 
imperiosamente insuflada.” 
 
Simone de Beauvoir em “O Segundo Sexo”, volume 2. São Paulo: 
Difusão Europeia do Livro, 1967, 2ª edição, pp. 9-10. 
 
 
04 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A igualdade de gêneros em discussão no 
século XXI. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu 
ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
Os limites da liberdade de expressão 
no mundo contemporâneo
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL REGULA A 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E INFORMAÇÃO, 
NOS ARTIGOS 5° E 220, E PARÁGRAFOS, QUE 
REZA: 
 
Art. 5°, IV – é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
 
Art. 5°, IX – é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
 
Art. 5°, XIV – é assegurado a todos o acesso à 
informação e resguardo do sigilo da fonte, quando 
necessário ao exercício profissional; 
 
Art. 220 – A manifestação do pensamento, a 
criação, a expressão e a. informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer 
restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
 1° – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa 
constituir embaraço à plena liberdade de 
informação jornalística em qualquer veículo de 
comunicação social, observado o disposto no art. 
5°, IV, V, X, XIII e XIV; 
 2° – É vedada toda e qualquer censura de 
natureza política, ideológica e artística. 
 
Disponível em: http://www.investidura.com.br/ufsc/113-direito-
constitucional/3855-os-limites-da-liberdade-de-expressao.pdf Acesso 
em 15 agosto 2017 
TEXTO II 
 
A frase “eu discordo do que dizes, mas 
defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo” 
talvez seja a melhor definição para a liberdade de 
expressão. Afinal, é muito fácil reconhecer a 
liberdade de expressão às ideias que concordamos; 
muito mais difícil é aceitar a manifestação de ideias 
que desgostamos. 
O que se tem visto no Brasil nos últimos 
tempos, no entanto, é uma crescente vontade de 
reprimir formas de expressão que sejam 
consideradas desrespeitosas e preconceituosas. A 
iniciativa, embora tenha como pano de fundo uma 
intenção nobre, tem gerado situações 
desproporcionais, limitando o direito à livre 
expressão e violando a Constituição Federal. Um 
exemplo recente é o do cantor Alexandre Pires, que 
está sendo investigado pelo Ministério Público 
Federal por uma acusação de racismo. A denúncia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
se deu pelo fato de o cantor ter gravado um 
videoclipe em que uma festa é invadida por vários 
homens fantasiados como macacos – inclusive o 
próprio cantor. Segundo reportagem do jornal O 
Globo, o videoclipe foi considerado como “de 
‘conteúdo racista e sexista, comprometendo as 
lutas do movimento negro na superação do 
racismo, e das mulheres na superação do 
sexismo’ e que ‘combinando artistas e atletas, o 
vídeo utiliza clichês e estereótipos contra a 
população negra”. 
Este não é um caso isolado, mas apenas um 
exemplo de uma tendência. Outro exemplo que 
pode ser citado é o caso do escritor Siedfrieg 
Ellwanger, condenado pela prática de racismo por 
ter escrito um livro em que questionava a 
veracidade do Holocausto. O livro levou seu autor 
à prisão mesmo que em nenhuma de suas 
páginas houvesse alguma forma de incitação à 
prática de algum crime contra judeus ou qualquer 
outra raça. 
A tendência demonstrada por esses exemplos 
é a de limitação da liberdade de expressão 
daquilo que não seja considerado politicamente 
correto. Tal tendência não se revela apenas na 
liberdade de expressão, mas em diversos 
aspectos do Direito e na atividade estatal em 
geral. 
 
Disponível em: http://investidura.com.br/biblioteca-
juridica/artigos/direito-constitucional/288900-a-liberdade-de-
expressao-versus-o-politicamente-correto Acesso em 15 agosto 
2017 
TEXTO III 
 
 
 
 
05 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: Os limites da liberdade de expressão no 
mundo contemporâneo. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para 
fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da 
problemática abordada. 
http://www.imaginie.com/wp-content/uploads/2017/10/liberdade-de-expressao.png
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
A prática do bullying nas escolas do Brasil
 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Massacre de Realengo (7 de abril de 2011) 
Um dos casos mais famosos no Brasil deu força à 
luta contra o bullying por aqui. É que os maus 
tratos por parte dos colegas são apontados como a 
principal causa dos crimes cometidos por 
Wellington Menezesde Oliveira. O jovem, que tinha 
problemas psicológicos e poucos amigos, entrou na 
Escola Municipal Tasso da Silveira, na periferia do 
Rio de Janeiro, identificando-se como um 
palestrante. Dentro de uma sala de aula, disparou 
mais de 100 tiros contra vários alunos, com a 
intenção de imobilizar os meninos e matar as 
meninas. Um policial que patrulhava a região foi 
avisado por um dos estudantes que ficou ferido e 
conseguiu alcançar Wellington, que se matou em 
seguida. Doze adolescentes morreram. Meninos e 
meninas. O crime recebeu uma vasta cobertura da 
imprensa, que divulgou fotografias e cartas 
deixadas por Wellington. 
Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/8-
mass…do/> Acesso em 12 jun.2015 Acesso em 12 jun.2015 
 
TEXTO II 
 
O Ministério Público do Rio Grande do Sul 
anunciou nesta terça (8) que o jogo de videogame 
“Bully” está proibido no estado. A empresa JPF 
Magazine está proibida de importar, distribuir e 
comercializar o produto.(…) 
Segundo o comunicado do Ministério Público, o 
jogo foi proibido por retratar “fundamentalmente, 
situações ditadas pela violência, provocação, 
corrupção, humilhação e professores 
inescrupulosos, nocivo à formação de crianças e 
adolescentes e ao público em geral”. 
Lançado para o PlayStation 2 em 2006, “Bully” 
ganhou uma nova versão para Xbox 360 e Wii em 
2008.(…) O jogo, criado pela Rockstar Games, 
mesma produtora da série “Grand theft auto”, 
narra a história de Jimmy Hopkins em uma escola 
fictícia norte-americana. Além de se virar para 
“sobreviver” entre valentões e professores 
autoritários, o jogador também enfrenta provas de 
inglês e química para passar de ano. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL24970-
7084,00- Acesso em 12 jun. 2015. 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
 
 
 
Disponível em: 
http://www.programasabrace.com.br/wp-
content/uploads/2014/04/discriminaliza%C3%A7%C3%A3o-
bullying-abrace-programas-preventivos.jpg Acesso em: 12 jun.2015 
 
TEXTO IV 
Bullying é uma palavra inglesa que significa 
intimidação. Infelizmente, ela está em moda devido 
aos inúmeros casos de perseguição e agressões 
que são encontrados nas escolas de todo o mudo e 
que estão levando muitos estudantes a viverem 
situações verdadeiramente aterradoras. 
O Bullying se refere a todas as formas de 
atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que 
ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um 
ou mais pessoas contra outro ou outros. Que 
pratica bullying o faz para impor seu poder sobre 
um indivíduo mais frágil por meio de constantes 
ameaças, insultos, agressões, humilhações e assim 
tê-lo sob seu completo domínio durante meses ou 
anos. A vítima sofre calada na maioria dos casos. O 
maltrato intimidatório o fará sentir dor, angústia, 
medo, a tal ponto que, em alguns casos, pode levá-
lo a consequências devastadoras como o suicídio. 
 
Disponível em: Guia Infantil
06 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A prática do bullying nas escolas do Brasil. 
Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu ponto de 
vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
A família contemporânea e a sua 
representação no Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Acompanhar e registrar as mudanças da 
família brasileira tem sido um grande desafio para 
o IBGE. O Censo de 2010 listou 19 laços de 
parentesco que se formaram, contra 11 em 2000. 
Os lares modernos somam 28,647 milhões, ou 
seja, 28.737 a mais que a formação clássica. O 
estudo concluiu que a família brasileira se 
multiplicou, deixando para trás o modelo 
convencional de casal com filhos. 
As combinações são as mais diversificadas 
possíveis e proporcionais ao desejo de encontrar a 
felicidade em uma relação a dois. A partir desse 
conceito, encontramos os casados que residem 
em casas separadas e as crianças que moram em 
duas casas diferentes; as famílias homoafetivas, 
que já representam 60 mil e são oficializadas do 
ponto de vista legal, e sendo a mulher 
representante de 53,8% dos lares nesse arranjo 
familiar; as mulheres que vivem sozinhas e 
representam cerca de 3,4 milhões em todo país; há 
ainda 3,5 milhões de homens na mesma situação; 
além das 10,197 milhões de famílias em que só há 
mãe ou pai; e tem ainda aquelas pessoas que 
dividem o mesmo teto, mas não têm nenhum laço 
familiar e se unem por uma conveniência 
financeira, apenas para dividir o aluguel, são os 
chamados “conviventes” e representam 400 mil 
lares. 
 
Disponível em: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/02/seculo-
21-em-acao-novas-familias- constroem-uma-sociedade-alternativa/. 
Acesso em 23 fev 2015 (trecho). 
 
TEXTO II 
 
 
AMARAL, Tarsila do. A Família. 1925. Óleo sobre tela, 79 cm X 101,5 cm. 
Coleção Torquato Saboia Pessoa, SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
O desenvolvimento de instituições modernas do 
Estado e do mercado abarca, em parte, as antigas 
funções da família, restringindo a esfera de 
atuação desta às dimensões da afetividade e da 
reprodução da vida, em seus aspectos biológico e 
culturais. Por essa razão, é importante refletir sobre 
como o Estado, por meio de seu papel regulador e 
de promotor de politicas públicas, deve assumir 
responsabilidades perante os indivíduos, as 
famílias e o bem-estar coletivo. 
 
ITABORAÍ, N. R. A proteção social da família brasileira 
contemporânea:reflexões sobre a dimensão simbólica das políticas 
públicas. Disponível em: http://www.abep.nepo. Unicamp.br. Acesso 
em: 23 fev 2015. 
 
 
TEXTO IV 
 
Lidar com as famílias, hoje, é lidar com a 
diversidade; famílias intactas, famílias em processo 
de separação, famílias monoparentais, famílias 
reconstruídas, famílias constituídas de casais 
homossexuais, famílias constituídas de filhos 
adotivos, famílias constituídas por meio das novas 
técnicas de reprodução. 
 
A família intacta, tal qual nos acostumamos a 
pensar como sendo o modelo de família, é, hoje em 
dia, uma das várias formas de se viver a família. 
 
A multiplicidade “ser família”, hoje, cria um hiato 
na geração que aprendeu o “ser família” de acordo 
com determinadas características e sua 
concretização na prática. Talvez só a geração dos 
filhos saiba desenvolver a maneira de denominar 
tal realidade. 
MOREIRA, B. F. O que há de novo nas 
novas famílias? 
 
Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br. Acesso em: 23 
fev 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A família contemporânea e a sua 
representação no Brasil. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para 
fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da 
problemática abordada. 
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/02/seculo-21-em-acao-novas-familias-
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/02/seculo-21-em-acao-novas-familias-
http://www.abep.nepo/
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
 O preconceito linguístico na sociedade 
brasileira
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO DEVERIA SER 
CRIME 
 
por Marta Scherre 
 
O preconceito linguístico -(...) atinge um dos mais 
nobres legados do homem, que é o domínio de 
uma língua. Exercer isso é retirar o direito de fala 
de milhares de pessoas que se exprimem em 
formas sem prestígio social. Não quero dizer com 
isso que não temos o direito de gostar mais, ou 
menos, do falar de uma região ou de outra, do 
falar de um grupo social ou de outro.O que afirmo 
e até enfatizo é que ninguém tem o direito de 
humilhar o outro pela forma de falar. Ninguém tem 
o direito de exercer assédio linguístico. Ninguém 
tem o direito de causar constrangimento ao seu 
semelhante pela forma de falar. 
 
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista 
(Acesso em 21 mai. 2015.) 
 
TEXTO II 
 
O preconceito linguístico está ligado, em boa 
medida, à confusão que foi criada, no curso da 
história, entre língua e gramática normativa. 
Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um 
vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o 
mundo… Também a gramática não é a língua. A 
língua é um enorme iceberg flutuando no mar do 
tempo, e a gramática normativa é a tentativa de 
descrever apenas uma parcela mais visível dele, a 
chamada norma culta. Essa descrição, é claro, tem 
seu valor e seus méritos, mas é parcial (no sentido 
literal e figurado do termo) e não pode ser 
autoritariamente aplicada a todo o resto da língua 
— afinal, a ponta do iceberg que emerge 
representa apenas um quinto do seu volume total. 
Mas é essa aplicação autoritária, intolerante e 
repressiva que impera na ideologia geradora do 
preconceito linguístico. 
 
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São 
Paulo: edições Loyola, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: 
http://thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br/files/2013/01/Ad%C3%A3
o-tipo1.jpg (Acesso em: 21 mai. 2015) 
 
 
TEXTO IV 
 
 
 
 
08 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: O preconceito linguístico na sociedade 
brasileira. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu 
ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
O suicídio entre os jovens brasileiros: 
como enfrentar esse problema?
 
 
 
 
 
TEXTO I 
De assunto mantido entre quatro paredes a tema 
de série na internet, o suicídio de jovens cresce de 
modo lento, mas constante no Brasil: dados ainda 
inéditos mostram que, em 12 anos, a taxa de suicídios 
na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil 
habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 – um aumento 
de quase 10%. 
Os números obtidos com exclusividade pela BBC 
Brasil são do Mapa da Violência 2017, estudo publicado 
anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de 
Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da 
Saúde. 
Um olhar atento diante de uma série histórica mais 
longa de dados permite ver que o fenômeno não é 
recente nem isolado em relação ao que acontece com a 
população brasileira. Em 1980, a taxa de suicídios na 
faixa etária de 15 a 29 anos era de 4,4 por 100 mil 
habitantes; chegou a 4,1 em 1990 e a 4,5 em 2000. 
Assim, entre 1980 a 2014, houve um crescimento de 
27,2%. 
Criador do Mapa da Violência, o sociólogo Julio 
Jacobo Waiselfisz destaca que o suicídio também cresce 
no conjunto da população brasileira. A taxa aumentou 
60% desde 1980. 
Em números absolutos, foram 2.898 suicídios de 
jovens de 15 a 29 anos em 2014, um dado que 
costuma desaparecer diante da estatística dos 
homicídios na mesma faixa etária, cerca de 30 mil. 
“É como se os suicídios se tornassem invisíveis, 
por serem um tabu sobre o qual mantemos silêncio. Os 
homicídios são uma epidemia. Mas os suicídios também 
merecem atenção porque alertam para um sofrimento 
imenso, que faz o jovem tirar a própria vida”, alerta 
Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da 
Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências 
Sociais (Flacso). 
 
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-
39672513 Acesso em 22 outubro 2017. 
TEXTO II 
 
Setembro é o mês da conscientização sobre o suicídio 
porque, apesar de ser uma das principais causas de 
morte no mundo todo, ele pode em boa medida ser 
prevenido. Para tanto é importante conhecer os três 
principais fatores ligados a esse comportamento. 
 
1 – A presença de um transtorno mental – estima-se 
que 90% das pessoas que colocam fim à própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vida tenham algum transtorno mental, principalmente 
transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), 
transtornos psicóticos e dependências químicas. Ter 
alguma dessas doenças apenas não basta, 
normalmente há também: 
 
2 – A sensação de estar sem saída – o gatilho 
usualmente é uma crise grave, um dilema pessoal 
muito importante, uma situação para a qual não se vê 
saída. Cientistas calculam que a crise econômica 
internacional levou a um aumento de casos, sendo 
responsável por 10.000 “suicídios econômicos” entre 
2008 e 2010, por exemplo. Mas ainda assim é difícil 
que a pessoa se mate sem ter: 
 
3 – Acesso a meios letais – diante do desespero da 
situação, com a qual não se consegue lidar por conta 
de um transtorno mental, atos extremos acontecem. 
Se for fácil ter acesso a formas eficazes de morrer, a 
chance de o suicídio é maior. Trabalhar armado ou ter 
arma em casa, não ter rede de proteção nas janelas, 
lidar com venenos ou drogas, são todos fatores que 
tornam um ato que talvez fosse impulsivo numa 
atitude fatal. É a partir desse tripé que se pode 
elaborar estratégias de prevenção. 
 
1 – Aumentar o esclarecimento da população sobre os 
transtornos mentais e disponibilizar tratamentos 
eficazes – quanto mais as pessoas conhecem 
depressão, bipolaridade, esquizofrenia etc., maior a 
probabilidade de procurar atendimento se necessário. 
Claro que é fundamental que encontrem ajuda quando 
procurarem. 
 
2 – Oferecer esperança – iniciativas como o CVV 
(telefone 141), aconselhamentos e mesmo a famosa 
experiência da ponte coreana (veja) mostram que 
mesmo pessoas em crise podem ser demovidas do 
plano de morrer se vislumbram alguma saída, coisa 
que tais iniciativas conseguem fazer. A campanha 
americana It gets better (Vai melhorar, numa versão 
livre), para prevenção de suicídio entre adolescentes 
que sofriam preconceito por serem gays, baseava-se 
em vídeos de adultos gays que atravessaram essa fase 
de bullying e sobreviveram. Às vezes basta alguém 
dizer que vai melhorar para que o instinto de 
sobrevivência retome o controle. 
 
3 – Restringir acesso a meios letais – essas iniciativas 
foram bem sucedidas de todas as formas que já foram 
implementadas. A troca do gás encanado por gás não letal, 
o banimento de pesticidas tóxicos, a construção de 
barreiras em pontes – tudo o que historicamente dificultou 
um pouco o ato de se matar reduziu as taxas de suicídio. 
As pessoas não mudam simplesmente de um meio para o 
outro, elas repensam a decisão. 
 
 Disponível em: http://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-
barros/como-prevenir-o-suicidio/ Acesso em 22 outubro 2017. 
 
09 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: O suicídio entre os jovens brasileiros: como 
enfrentar esse problema? - Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para 
fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da 
problemática abordada. 
 
 CURSO TODA PALAVRA BH Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
A saúde mental na sociedade 
contemporânea 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO I
 
 
 
TEXTO II 
 
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, 
falou, durante evento na Câmara dos Deputados, 
nesta terça-feira (10/09), sobre a necessidade de 
qualificar o atendimento às pessoas com transtornos 
de saúde mental. Durante o Simpósio Nacional de 
Prevenção do Suicídio e Automutilação, promovido 
pela Frente Parlamentar de Prevenção do Suicídioe 
Automutilação e pela Comissão de Seguridade Social 
e Família, Mandetta explicou que “a infância e a 
adolescência passou por um impacto que foi o 
surgimento da internet. Há um mundo virtual e um 
real. Hoje estamos lindando com um bullying global 
e isso gera uma pressão no nosso jovem brasileiro’”, 
citou o ministro da Saúde. “A criança brasileira é 
uma das que mais passa tempo em frente às telas e 
isso é fator de estresse mental”, completou. Neste 
sentido, o Ministério está debatendo a criação de 
Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) com foco no 
adolescente, que promoverá inclusive a busca ativa 
dos jovens nas escolas e nas comunidades, como 
forma de acolhimento deste público. 
“Os transtornos de saúde mental serão o 
principal agravo que levarão as pessoas às unidades 
de saúde durante todo o século 21 no mundo”, 
lembrou o ministro durante o evento em alusão ao 
Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09). A 
assistência às pessoas com transtornos mentais 
acontece de forma integral e gratuita em diversas 
unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo 
o Brasil, conforme a necessidade de cada caso. 
O Ministério da Saúde estima, com base 
na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, que 
14,1 milhões de brasileiros apresentem diagnóstico 
de transtornos ou sofrimentos mentais. Ainda 
segundo a PNS, foi estimado que 7,6% das 
pessoas de 18 anos ou mais de idade receberam 
diagnóstico de depressão por profissional de saúde 
mental. 
 
 
FONTE: http://saude.gov.br/noticias/agencia-
saude/45776-ministro-quer-atendimento-voltado-a-saude-
mental-de-adolescentes (adaptado) 
 
 
TEXTO III 
 
De acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), a saúde é conceituada como “um 
estado de completo bem-estar físico, mental e social 
e não apenas a ausência de uma doença ou 
enfermidade”. É notório que no mundo 
contemporâneo temos nos preocupado mais com a 
nossa saúde física do que com a nossa saúde 
mental. Exercitamos os músculos peitorais, 
hipertrofiamos nossos bíceps nas academias, 
desenvolvemos nossa capacidade cardiorrespiratória 
nas atividades aeróbicas, porém temos nos 
esquecido de amadurecer nossa capacidade de gerir 
as nossas próprias emoções. Queremos ser 
saudáveis no corpo, mas nos esquecemos de cuidar 
da nossa mente. Somos incapazes de administrar 
emoções, sejam elas boas ou más. Não fomos 
treinados para isso. 
É bem verdade que somos bombardeados pela 
mídia de massa quase que diariamente a sermos 
bem sucedidos em tudo na vida. Bem sucedidos no 
trabalho, na família, na vida social, no casamento, 
enfim, em tudo! Ou quase tudo. Entretanto, essa 
“pressão” de ser o notável bem sucedido em todas 
as áreas da vida não corresponde com a realidade. 
Essa é a questão que deveria ser reverberada. Não 
podemos negar que a vida como ela é não é feita só 
de vitórias. Ah, se fosse assim! Seria bem mais 
fácil, não é? Mas não. A realidade é outra. Sabemos 
disso. No contraponto desse mercado do “sucesso” 
que faz sucesso e que rende bilhões de dólares para 
alguns poucos afortunados, somos desafiados a 
gerenciar nossas emoções ao longo da vida nos 
inúmeros momentos de frustrações, derrotas, 
tristezas, lutos, desemprego, traições, dívidas e 
tantas outras condições que nos provam enquanto 
ser humano. Não somos máquina! Somos gente. 
Temos que cuidar do nosso corpo (gr. soma) com 
hábitos saudáveis, atividade física regular e uma 
alimentação balanceada. 
 
 
 
10 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A saúde mental na sociedade contemporânea. 
Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu ponto de vista. 
Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
https://www.camara.leg.br/
http://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/indicadores-de-saude/pesquisa-nacional-de-saude-pns
http://www.saude.gov.br/component/tags/tag/oms
http://www.saude.gov.br/component/tags/tag/oms
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
 
Mas tão importante quanto cuidarmos da nossa 
saúde física nesse mundo altamente competitivo, 
hedonista e individualista é aprendermos também a 
cuidar da nossa mente (gr. psique). Esse é o foco. O 
cidadão global do século XXI carece de enxergar 
esse conceito de saúde integral. Corpo e mente são 
indissociáveis. Pense nisso. 
Percebe-se que parte expressiva da 
humanidade nesse mundo chamado pós-moderno 
caminha velozmente para um adoecimento mental 
coletivo. Em que pese a evolução da tecnologia, as 
conquistas científicas das últimas décadas e a 
multiplicação exponencial do conhecimento humano 
em diversas áreas temáticas, nota-se que o cidadão 
global vem adoecendo, sobretudo no campo das 
suas emoções. Esse fenômeno de adoecimento 
mental global tem sido largamente estudado nesses 
últimos anos, pois tal realidade traz sérias 
preocupações para as autoridades e gestores no 
tocante a saúde pública, visto que as doenças 
mentais são sabidamente incapacitantes, trazendo 
inevitáveis consequências físicas, econômicas e 
sociais, tanto no indivíduo adoecido como também 
para toda a sociedade. 
Talvez, uma das grandes “tsunamis” desse 
fenômeno de adoecimento global tem sido a 
depressão, doença que mais contribui para a 
incapacidade, provocando prejuízos econômicos no 
mundo de cerca de US$ 1 trilhão, sendo ainda a 
principal causa de mortes por suicídio, com 800 mil 
casos por ano. Em relatório da OMS, divulgado em 
fevereiro de 2017, estima-se que existam cerca de 
322 milhões de pessoas, ou 4,4% da população 
global, sofrendo de depressão, uma alta de 18,4% 
entre 2005 e 2015. No Brasil, essa prevalência 
atinge 5,8%, acima da média mundial, sendo o país 
mais acometido pela depressão na América Latina. 
São 11.548.577 brasileiros que sofrem de 
depressão. Um problema de saúde pública. 
Outra “tsunami” devastadora da saúde mental 
global na atualidade é o transtorno da ansiedade. O 
mesmo relatório da OMS também revela que a 
ansiedade afeta 264 milhões de pessoas no mundo, 
alta de 14,9% entre 2005 e 2015, sobretudo em 
virtude do envelhecimento da população mundial. Já 
no Brasil, que lidera a lista de prevalência da 
doença, com taxa de 9,3%, muito acima da média 
mundial, de 3,6% há 18.657.943 indivíduos 
acometidos pela patologia. 
 
Fonte: https://anadem.org.br/site/depressao-e-ansiedade-
os-males-do-seculo-xxi/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Coronavírus: os impactos da pandemia na 
sociedade brasileira 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Recessão global 
A pandemia de coronavírus vai levar a 
economia mundial a registrar em 2020 o pior 
desempenho desde a Grande Depressão de 1929, 
segundo relatório divulgado pelo Fundo Monetário 
Internacional (FMI). O órgão passou a estimar que o 
Produto Interno Bruto (PIB) global deve recuar 3% 
neste ano. 
Já a Organização Mundial do Comércio (OMC) 
prevê que comércio global recuará em até 32% 
neste ano. 
A projeção do FMI é a de que os países mais 
ricos tenham uma retração na atividade de 6,1%, 
enquanto a atividade dos países emergentes e das 
economias em desenvolvimento deve recuar 1%. 
Para os EUA, a estimativa é de uma retração de 
5,9%. Já para a China a previsão é de uma alta de 
1,2%, após um crescimento de 6,1% em 2019. 
O FMI projeta que 80% dos países vão 
apresentar recuo da atividade econômica (154 
países em 193) em 2020. Tomando como base 
todos os países da amostra do FMI, em 2009, 47% 
dos países tiveram retração (91 países em 192), 
segundo levantamento do Ibre/FGV. 
 
 
 
 
TEXTO II 
 
Apandemia do novo coronavírus atingiu de 
forma acentuada as comunidades e periferias de 
grandes cidades brasileiras. Os efeitos são 
múltiplos, e estão relacionados tanto às 
consequências econômicas da crise como aos 
impactos sanitários da doença. 
Em cidades como São Paulo, bairros da 
periferia são os locais com mais mortes 
 
 
 
 
 
 
 
 
registradas pela covid-19. Com acesso mais 
limitado a serviços de saúde e condições mais 
precárias de moradia, comunidades e bairros 
mais pobres estão entre as áreas mais 
vulneráveis ao novo coronavírus. Foi só na 
segunda-feira (1°), quase três meses após o 
início da pandemia, que o governo federal 
anunciou as primeiras medidas concretas para 
essa população. As ações envolvem a criação de 
centros de referência para identificar casos de 
covid-19 em comunidades. 
13,6 milhões é o número de pessoas 
morando em comunidades no Brasil, segundo 
estimativa dos institutos Data Favela e 
Locomotiva. 
Nesse cenário, um estudo da Rede de 
Pesquisa Solidária, que une pesquisadores de 
várias universidades, levantou as principais 
consequências e dificuldades vividas por essas 
comunidades na pandemia. A pesquisa, 
publicada em 22 de maio, também levanta as 
expectativas da comunidade com relação à crise 
sanitária, e recomenda ações urgentes para 
evitar que quadros que já são críticos se 
agravem ainda mais. O levantamento foi feito a 
partir de questionários com lideranças de 
comunidades, bairros, territórios e localidades 
de alta vulnerabilidade social em seis regiões 
metropolitanas brasileiras: São Paulo, Rio de 
Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Brasília (Distrito 
Federal) e Manaus. Foi feito contato com 99 
lideranças comunitárias, sendo que houve 
resposta de 72 delas. As entrevistas virtuais 
foram feitas entre 5 e 10 de maio de 2020. 
A pesquisa capta, portanto, a percepção 
das lideranças sobre a pandemia em suas 
comunidades. Segundo o próprio estudo, essa 
visão é relevante para a identificação de 
problemas nessas áreas, uma vez que são 
pessoas que têm diálogo constante com a 
população e estão mobilizadas no dia a dia para 
atuar nas dificuldades enfrentadas. 
 
FONTE; 
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/06/02/Os-
efeitos-mais-graves-da-pandemia-nas-periferias-em-4-pontos 
 
 
 
 
 
11 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: Coronavírus: os impactos da pandemia na 
sociedade brasileira. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para 
fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da 
problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
Idosos no Brasil do século XXI: 
negligenciados ou valorizados? 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Na esteira dos países em desenvolvimento, o Brasil 
caminha para se tornar um País de população 
majoritariamente idosa. Segundo dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de 
idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de 
crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a 
participação de idosos na população total será maior que 
a de crianças e jovens com até 29 anos. 
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-se-tornar-um-pais-
de-idosos-ja-em-2030-diz-ibge, 
91eb879aef2a2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html 
 
TEXTO II 
 
O Brasil caiu 27 posições e ficou em 58º lugar em um 
ranking que analisa o bem-estar de idosos em 96países. 
Divulgado nesta quarta-feira pela organização Help Age 
International, a lista é liderada pela Noruega. Com 23,3 
milhões de pessoas com mais de 60 anos, o Brasil caiu da 
31ª posição, em 2013, e segue atrás de países latino-
americanos como Chile, Uruguai e Panamá. A causa 
principal seria a piora no quesito “ambiente estimulante”, 
que avalia a segurança física, relacionamentos sociais, 
liberdades cívicas e acesso a transporte público. (…) 
O índice Help Age International’s Gloval AgeWatch 
mede o bem-estar social e econômico das pessoas acima 
de 60 anos, a partir de quatro quesitos principais: 
ambiente estimulante, segurança de renda (pobreza e 
cobertura de aposentadorias), status de saúde 
(expectativa de vida e bem-estar) e 
capacidades (emprego e educação para pessoas com 
mais de 60 anos). (…) O Brasil tem seu melhor 
desempenho em segurança de renda, no qual está em 
14° no ranking geral, devido à cobertura por 
aposentadorias de 86,3% da população acima dos 60 
anos de idade, baixa pobreza na velhice (8,8%) e à 
relativa cobertura de serviços básicos pelo Estado, o que 
possibilitaria aos idosos brasileiros serem mais 
independentes. 
No entanto, o resultado do Brasil piora por conta do 
quesito ambiente estimulante, com queda da 40ª para a 
87ª posição em relação ao estudo do ano passado. Esse 
quesito mede a percepção dos idosos de sua capacidade 
de se conectar a outras pessoas e à sociedade, de usar o 
transporte público e quanto à percepção de segurança 
física. 
Disponível 
em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141001\velhice_indice
_rp_ 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) 
 
Artigo 2º. O idoso goza de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta 
Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros 
meios, todas as oportunidades e facilidades, para 
preservação de sua saúde física e mental e seu 
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e 
social, em condições de liberdade e dignidade. 
 
Artigo 3º. É obrigação da família, da 
comunidade, da sociedade e do Poder Público 
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a 
efetivação do direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, 
ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à 
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e 
comunitária. 
Artigo 96. Discriminar pessoa idosa, 
impedindo ou dificultando seu acesso a operações 
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de 
contratar ou por qualquer outro meio ou 
instrumento necessário ao exercício da cidadania, 
por motivo de idade: Pena – reclusão de 6 (seis) 
meses a 1 (um) ano e multa. 
 
TEXTO IV 
 
 
Disponível em: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/idosos-
podem-ter-mais-direitos-no-desembarque-de-transportes-coletivos/ 
 
 
 
12 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: Idosos no Brasil do século XXI: 
negligenciados ou valorizados? Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) 
para fundamentar seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da 
problemática abordada. 
http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-se-tornar-um-pais-de-idosos-ja-em-2030-diz-ibge
http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-se-tornar-um-pais-de-idosos-ja-em-2030-diz-ibge
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141001/
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/idosos-podem-ter-mais-direitos-no-desembarque-de-transportes-coletivos/
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/idosos-podem-ter-mais-direitos-no-desembarque-de-transportes-coletivos/
 
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O sistema prisional brasileiro e seus 
efeitos no século XXI 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Em 1989, a gravação de um vídeo sobre aids me 
levou à Casa de Detenção de São Paulo, o antigo 
Carandiru. Ao entrar no presídio, fui tomado por uma 
excitação infantil tão perturbadora que voltei duas 
semanas mais tarde para falar com o diretor. Nessa 
conversa acertamos que eu iniciaria um trabalho 
voluntário de atendimento médico e palestras 
educativas, tarefaque me permitiu penetrar fundo na 
vida do maior presídio da América Latina, experiência 
descrita no livro Estação Carandiru, adaptado para o 
cinema por Hector Babenco. 
Fui médico voluntário na Detenção durante treze 
anos, até a implosão no final de 2002. No começo, 
encontrei muita dificuldade no relacionamento com os 
funcionários; não porque me tratassem mal, pelo 
contrário, eram gentis e atenciosos, mas desconfiados. 
Quando me aproximava, mudavam de assunto, 
trocavam olhares enigmáticos e frases ininteligíveis 
ou desfaziam a rodinha; nas mínimas atitudes 
demonstravam estar diante de um corpo 
estranho. Várias vezes me perguntaram se eu fazia 
parte de uma ONG, da Pastoral Carcerária, de 
alguma associação de defesa dos direitos humanos, ou 
se pretendia me candidatar a deputado. 
A desconfiança tinha razões: alienígenas criam 
problemas nas cadeias, microambientes sociais regidos 
por um código de leis de tradição oral, complexo a 
ponto de prever todos os acontecimentos imagináveis 
sem necessidade de haver uma linha sequer por escrito. 
O novato é antes de tudo um ingênuo nesse universo 
em que a interpretação acurada dos fatos exige o 
olhar cauteloso de homens calejados. 
Com o passar dos anos, fiz amigos entre eles, 
alguns dos quais se tornaram íntimos. Duas razões 
contribuíram para que me aceitassem como 
personagem do meio, ou “do Sistema”, como costumam 
referir-se aos funcionários do Sistema Penitenciário. 
A primeira foi o exercício da medicina. Homens 
como eles ganham mal e dependem da assistência dos 
hospitais públicos. 
Perdi a conta de quantas consultas, de quantos 
conselhos sobre a saúde de familiares me foram pedidos 
e do número de internações e tratamentos que tentei 
conseguir — muitas vezes em vão. 
A segunda foi por iniciativas menos nobres. A 
natureza do trabalho dos guardas de presídio pouco os 
diferencia da condição do prisioneiro, exceto o fato de 
que saem em liberdade no m do dia, ocasião em que o 
bar é lenitivo irresistível para as agruras do expediente 
diário. (…) 
Demolida a Detenção, a convite do funcionário 
Guilherme Rodrigues passei a atender na Penitenciária 
do Estado, prédio construído pelo arquiteto Ramos de 
 
 
 
 
 
 
 
Azevedo nos anos 1920, hoje tombado pelo 
Patrimônio Histórico. Escolhi a Penitenciária por ser 
acessível de metrô, por ter mais de 3 mil presos e 
por ser dirigida pelo dr. Maurício Guarnieri, com 
quem eu tinha trabalhado na Detenção. 
Situada na parte de trás do Complexo do 
Carandiru, na avenida Ataliba Leonel, a Penitenciária 
do Estado um dia foi orgulho dos paulistas. Nas 
décadas de 1920 a 1940 não havia visitante ilustre 
na cidade que não fosse levado para conhecer as 
dependências do presídio considerado modelo 
internacional, não só pelas linhas arquitetônicas, 
mas pela filosofia de “regeneração” dos 
sentenciados baseada no binômio silêncio e 
trabalho. O prédio tem três pavilhões de quatro 
andares unidos por uma galeria central que os 
divide em duas alas de celas: as pares e as ímpares, 
cada uma das quais termina numa oficina de 
trabalho; no fundo, um cinema grande, um campo 
de futebol e áreas para o cultivo de hortaliças. 
Quando cheguei, o clima era de franca 
decadência: paredes infiltradas de umidade, 
ação elétrica exteriorizada repleta de gambiarras, 
grades enferrujadas, o velho cinema em ruínas, 
nem resquício das hortas, e o campo de futebol 
desativado para evitar resgates aéreos. 
Projetadas para ocupação individual, as celas 
abrigavam dois homens cada uma, situação ainda 
assim incomparavelmente mais confortável que a 
dos xadrezes coletivos do Carandiru e dos Centros 
de Detenção Provisória. 
Os funcionários mais antigos lamentavam a 
deterioração. Como disse Guilherme Rodrigues, ex-
diretor-geral da Penitenciária, no início dos anos 
2000: 
— No passado, isso aqui era um brinco, tudo 
limpinho, organizado. Dava gosto trabalhar. Nós 
entrávamos para o trabalho diário em formação 
militar, o de trás marchava com a mão no ombro do 
companheiro da frente, como se estivéssemos no 
exército. 
Trecho de “Carcereiros”, de Drauzio Varella. 
Companhia das Letras: 2012. 
 
TEXTO II 
 
A desestruturação do sistema prisional traz à 
baila o descrédito da prevenção e da reabilitação do 
condenado. Nesse sentido, a sociedade brasileira 
encontra-se em momento de extrema perplexidade 
em face do paradoxo que é o atual sistema 
carcerário brasileiro, pois de um lado temos o 
acentuado avanço da violência, o clamor pelo 
recrudescimento de pena e, do outro lado, a 
13 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: O sistema prisional brasileiro e seus efeitos no 
século XXI. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar seu 
ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
superpopulação prisional e as nefastas mazelas 
carcerárias. 
Vários fatores culminaram para que 
chegássemos a um precário sistema 
prisional. Entretanto, o abandono, a falta de 
investimento e o descaso do poder público ao longo 
dos anos vieram por agravar ainda mais o caos 
chamado sistema prisional brasileiro. Sendo assim, 
a prisão que outrora surgiu como um instrumento 
substitutivo da pena de morte, das torturas públicas 
e cruéis, atualmente não consegue efetivar o fim 
correcional da pena, passando a ser apenas 
uma escola de aperfeiçoamento do crime, além de 
ter como característica um ambiente degradante 
e pernicioso, acometido dos mais degenerados 
vícios, sendo impossível a ressocialização 
de qualquer ser humano. 
 
TEXTO III 
 
A situação dos presídios no Brasil está pior hoje 
do que na época da ditadura militar. A afirmação foi 
feita pelo cientista político Paulo Vannuchi nesta 
sexta (23), durante audiência na Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em 
Washington (EUA). 
Ex-preso político, Vanuchi foi ministro de 
Direitos Humanos do governo Lula e desde 2013 é 
um dos sete membros da comissão. “Como isso foi 
acontecer? Parece que a roda da história andou para 
trás”, disse Vannuchi, com ar de perplexidade na 
audiência da CIDH que ouviu denúncias sobre as 
revistas íntimas em presídios de países da América 
Latina. 
Segundo Vannuchi, os abusos se repetem em 
vários países da região, que apesar da onda de 
democratização vivida a partir dos anos 80, não 
conseguiu melhorar a situação de seus presídios. 
“Está muito pior do que na época em que eu fui 
preso político”, reiterou à Folha, sem apontar razões 
específicas para a deterioração. Vannuchi, 65, foi 
preso político no regime militar e depois participou 
da elaboração do livro Brasil Nunca Mais, que 
documenta crimes praticados pela ditadura. Foi 
ministro da secretaria de Direitos Humanos entre 
2005 e 2011. 
Esta foi a primeira vez que a CIDH realizou uma 
audiência específica para tratar das revistas íntimas 
nos presídios a pedido de 20 organizações de 
direitos humanos do continente, entre elas a 
brasileira Conectas. O governo de São Paulo foi alvo 
de críticas por não cumprir a lei estadual que proíbe 
as revistas íntimas, que envolvem desnudamento de 
mulheres em visitas a prisões. 
Segundo Vivian Calderoni, advogada do programa 
de Justiça da Conectas, o Brasil tem ao menos 11 
normas que estabelecem proibições absolutas do 
procedimento. Entre elas, a lei sancionada pelo 
governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014 no 
Estado de São Paulo. “Contudo, passado mais de 
um ano da sua sanção, ainda não foi colocada em 
prática, e os familiares dos mais de 200 mil presos 
do estado ainda são submetidos à bárbara 
revista vexatória”, lamentou Vivian na audiência. 
A alegação de queo procedimento é necessário 
por razões de segurança não procede, afirma a 
Conectas. De acordo com a organização, um 
levantamento mostrou que apenas 0,03% das 
revistas íntimas resulta em apreensões de objetos 
considerados proibidos. 
 
Disponível 
em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1697959-
situacao-de-presidios-brasileiros-e-pior-do-que-na-ditadura-diz-ex-
ministro.shtml 
 
TEXTO IV 
 
Disponível 
em: https://blogdoonyx.files.wordpress.com/2011/07/prisao\brasil.
jpg 
TEXTO V 
 
Pretas, pardas, jovens, mães, com baixa 
escolaridade e condenadas por tráfico de 
drogas. Este é o perfil predominante das mulheres 
encarceradas no Brasil, segundo constata 
a pesquisadora e antropóloga Débora Diniz, do Anis 
Instituto de Bioética, autora do livro 
“Cadeia: relatos sobre mulheres”. Após uma 
pesquisa, realizada durante seis meses, na 
Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), a 
Colmeia, Débora verificou que o tráfico de drogas é 
a principal porta de entrada das mulheres para o 
crime. Em geral, depois que seus 
companheiros, maridos, irmãos ou pais também 
entraram nesse mundo. 
O aumento do número de mulheres presas no 
Brasil, nos últimos 12 anos, chama a atenção: 
256%, quase o dobro em relação aos homens 
(130%), segundo dados recentes do Departamento 
Penitenciário Nacional (Depen). Elas somam, 
aproximadamente, 36 mil presas, representando 
cerca de 7% de toda a população carcerária 
brasileira. Apesar disso, ainda há dificuldade em se 
reconhecer – e lidar com – as diferentes formas de 
violência contra as mulheres nessas condições. 
“O presídio não foi uma instituição pensada 
para as mulheres (…), para isso que 
nós chamamos a atenção para a feminização dos 
presídios no Brasil e a entrada das mulheres 
no cenário dos crimes e das infrações penais; ou 
seja, tudo aquilo que nós sabemos sobre 
os homens, elas estão em pior situação do que 
eles”, afirma Débora. 
Disponível em: https://observatoriosc.wordpress.com/2015/10/14/mulheres-
estao-em-pior-situacao-do-que-os-homens-nos-presidios-afirma-pesquisadora/ 
 
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1697959-situacao-de-presidios-brasileiros-e-pior-do-que-na-ditadura-diz-ex-ministro.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1697959-situacao-de-presidios-brasileiros-e-pior-do-que-na-ditadura-diz-ex-ministro.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1697959-situacao-de-presidios-brasileiros-e-pior-do-que-na-ditadura-diz-ex-ministro.shtml
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho – Redação &Linguagens 
A importância da reivindicação pela saúde 
pública no Brasil 
 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
O sistema de saúde é dinâmico e criativo. Além de 
cuidar da saúde, “vende” esperança do viver. É 
complexo, com diferentes participantes que têm 
interesses e incentivos nem sempre alinhados; alguns 
destes são perversos e atendem a partes, e não ao todo, 
do sistema. E é dinâmico, influenciado pela constante 
geração de novos conhecimentos, alguns não 
plenamente validados cientificamente. 
A avaliação crítica de evidências em saúde lida com 
incertezas e faz com que tenhamos que conviver com 
verdades transitórias. O sistema de saúde é criativo, com 
assimetria de informação, conhecimento e poder; 
decisões são rapidamente e licitamente tomadas, porém, 
utilizando-se de oportunidades não regulamentadas. 
Temos a saúde como um direito do cidadão e um 
dever do Estado, com os seus princípios doutrinários e 
organizacionais expressos na Constituição. Os limites 
assistenciais não são bem definidos, mas temos 
certamente um limite nos recursos disponíveis. Neste 
cenário, a definição de objetivos claros e a priorização de 
ações são absolutamente críticas. Uma compreensão e 
um acordo coletivo sobre a interpretação dos princípios 
doutrinários são imprescindíveis. Propostas precisam ser 
apresentadas e debatidas. Urge discussões responsáveis 
que reconheçam a real condição da saúde e os dilemas 
existentes. Essas propostas deveriam ser minimamente 
embasadas por fundamentos que as justifiquem do 
ponto de vista sanitário e econômico. 
O Estado deve regulamentar, regular, controlar e 
fiscalizar o sistema e suas partes. Essas funções são, por 
si só, desafiadoras num sistema complexo, dinâmico e 
criativo. A assistência à saúde não necessariamente 
precisa ser prestada pelo poder público, e a eficiência 
operacional deveria ser priorizada. 
A oferta de produtos e serviços estimula a demanda, 
e a venda de ilusões amparadas apenas na “esperança” 
pode ser muito danosa para a sociedade. A escassez de 
recursos exige uma avaliação do custo de oportunidade. 
O respeito às considerações morais, éticas, 
filosóficas e religiosas precisa ser valorizado no âmbito 
individual, mas as decisões em um sistema de seguro-
saúde devem ser embasadas racionalmente. Decisões 
sobre o uso dos preciosos recursos desse seguro coletivo 
devem ser norteadas por evidências técnico-científicas e 
preferências da população; devem idealmente respeitar o 
princípio da igualdade de direitos num sistema universal. 
A decisão individual afeta o coletivo, e a decisão coletiva 
impõe restrições aos indivíduos. 
No processo de priorização é preciso discutir quais 
modelos são os mais adequados ao se considerar a 
história, a cultura, o momento, as doutrinas e a 
 
 
 
 
 
 
 
 
organização do sistema de saúde. Temos pelo menos 
quatro modelos (igualitário, comunitário, libertário e o 
utilitário) e não há um modelo certo ou errado, mas, sim, 
o que possa mais se alinhar com os princípios 
doutrinários da sociedade. Em nosso atual sistema de 
saúde, podemos observar a presença de elementos dos 
quatro modelos, o que pode significar que não temos 
nenhum seriamente a nos nortear. 
Somente com uma judiciosa interpretação dos 
princípios doutrinários e organizacionais podemos avaliar 
e debater propostas para os próximos anos. O pensar e 
olhar fracionado do sistema de saúde, o não 
reconhecimento do limite econômico e a proposição de 
ações com foco no curto prazo contribuem para 
aumentar a entropia do sistema de saúde, sua 
ineficiência e iniquidade. 
 
Disponível em http://www1.folha.uol.com_.br/opiniao/2014/08/1504723-
marcos-bosi-ferrazpropostas-para-a-saude.shtml_ 
 
TEXTO II 
 
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de 
vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem 
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e 
direito à segurança em caso de desemprego, doença, 
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos 
meios de subsistência fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a 
cuidados e assistência especiais. Todas as crianças 
nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da 
mesma proteção social. [Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, artigo 25] 
Disponível 
em http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf 
 
TEXTOS III e IV 
 
 
 
https://vasosdopurus.wordpress.com/2012/04/06/charge-da-semana-a-
via-crucis-da-saude-publica/ 
 
 
14 
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A importância da reivindicação pela saúde 
pública no Brasil. Selecione, organize e relacione argumentos (dados, fatos, opiniões) para fundamentar 
seu ponto de vista. Apresente também sugestões de proposta(s) para a solução da problemática abordada. 
 
CURSO @TODA PALAVRA BH - 2020 Professora Nathalie Carvalho - Redação & Linguagens 
Desastres ambientais: qual o preço do 
desenvolvimento? 
 
 
 
 
 
TEXTO I 
 
Vários crimes contra a natureza são dolorosamente 
memoráveis. O primeiro a chamar atenção mundial foi a 
destruição da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, 
no Japão, que matou pelo menos 150 mil japoneses

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