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2.1 Logística Reversa de Pós-Consumo
Os produtos de pós-consumo relaciona-se àqueles que acabam sua vida útil e que podem fazer a transferências para algumas localidades como aterros sanitários, ou retornar ao ciclo produtivo através desmanche, reciclagem e reuso em uma extensão de sua vida útil, descarte incorreto pode causar problemas ambientais e urbanos, como a poluição hídrica e do solo, a proliferação de vetores de doenças, além da emissão de gases tóxicos. Na opinião de Leite (2003) apud Lélis; Fortes (2007, p. 3) a logística reversa de pós-consumo está voltada para a gestão de materiais, e as informações logísticas referentes aos bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição reversos específicos.
No ponto de vista de Leite (2003, p. 83) “A logística reversa de pós-consumo contrariamente a logística reversa de pós-venda, no qual os fluxos reversos se processam por meio da parte da cadeia de distribuição direta, possui uma cadeia própria de canal formada por empresas especializadas por suas diversas etapas reversas, que formar o Reverse Supply Chain”.
Conforme Leite (2003), a Logística Reversa de pós-consumo tem por objetivo fazer com que os resíduos reaproveitáveis retornem à sua origem de modo eficiente e com baixo custo, de forma a serem reciclados sob as mais diversas formas. A vida útil de qualquer bem sempre será definida pelo tempo, desde a sua produção até o momento em que a pessoa que o adquiriu se desfaça dele, podendo este ser classificado em três categorias: bens descartáveis, secundários e duráveis.
● Bens descartáveis: apresentam vida útil de média de algumas semanas, raramente superior a seis meses. Sendo estes produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritórios, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, revistas, entre outros. 
● Bens secundários: apresentam duração de vida útil de alguns meses, raramente características de bens duráveis ou descartáveis. São os bens como baterias de veículos, óleo lubrificante, baterias de celular, computadores, revistas especializadas, entre outros. 
● Bens duráveis: apresentam vida útil variando de alguns anos a algumas décadas, e constituem-se de bens produzidos para a satisfação da vida social e incluem bens de capital em geral. Podemos classificar nesta categoria: os automóveis, motos, bicicletas, eletrodomésticos, eletrônicos, edifícios, aviões, entre outros.
O ciclo reverso de pós-venda possui uma estrutura própria formada por empresas que são especializadas em suas diversas etapas. Mesmo envolvendo diferentes tipos de integração, essa estrutura se inicia pelas seguintes etapas:
● A primeira etapa deste processo da cadeia é realizada pela posse de um bem de pós-consumo através da coleta.
● A segunda etapa são as pequenas empresas encarregadas da consolidação dos materiais. 
● A terceira etapa são os processadores que possuem maiores recursos tecnológicos e logísticos, que separam, consolidam e revendem para a indústria de reciclagem, último elo da cadeia. 
Para se obter sucesso na implementação da Logística Reversa em canal reverso são necessárias algumas condições essenciais, como:
● Remuneração para todas as etapas reversas: a lucratividade obtida em cada fase deve satisfazer aos interesses econômicos dos diversos agentes.
● Qualidade dos materiais reciclados: os produtos recicláveis devem ser economicamente aceitáveis e oferecer rendimentos industriais compatíveis nos processos.
● Escala econômica de atividade: a qualidade dos recicláveis deve ser suficiente e constante, de modo que garantam atividades em escala econômica e empresarial.
● Mercado para produtos com conteúdo de reciclados: é necessário que haja mercado para matérias-primas oriundas da reciclagem.
Segundo Liva; Pontelo; Oliveira (2003), o objetivo estratégico da Logística Reversa é agregar valor logístico aos bens inservíveis para a sociedade, que se originam de bens duráveis ou descartáveis, através dos canais de desmanche, reuso ou reciclagem, até a destinação final. Igualmente operacionaliza o fluxo e as informações correspondentes aos bens de consumo descartados pela sociedade, em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e resíduos industriais, que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos específicos. (LIVA; PONTELO; OLIVEIRA, 2003).
2.2 Logística Reversa de Pós-Consumo é o Meio Ambiente
Conforme Rogers; Tibben-Lembke (1998) apud Gonçalves, (2007, p. 5) quanto à relação entre a logística de pós-consumo e o aspecto do meio ambiente, já apresentam um grande impacto nas decisões logísticas, pós-consumo coloca a responsabilidade pelo descarte adequado de produtos aos fabricantes ou importadores. Depois que o cliente fizer uso do material a própria indústria fabricante assume o planejamento e os custos de seu recolhimento. materiais nocivos ao meio ambiente não sejam encaminhados a locais sem o devido tratamento, servindo de matéria-prima para reciclagens. Em diversos países esta prática já é lei, como no Japão, onde produtos eletrônicos usados seguem para o centro de reutilização, prevenindo o descarte no lixo comum. Já no Brasil, empresas fabricantes de diversos produtos (tais como: óleo lubrificante, lapadas florescentes, baterias de celulares e pilhas e outros), as quais também estão sendo responsabilizadas pelo ciclo de vida de seus produtos, estão buscando desenvolver processos reversos que visem seus produtos a um fim mais apropriado. Diariamente são produzidos 240 mil toneladas de lixo, apesar de 45% dos resíduos sólidos serem recicláveis, apenas 2% é destinado a instalações de reutilização e reciclagem.