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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO II – 2ª Parte 
Prof. Me. Ivonaldo da Silva Mesquita
1 ENTES FEDERATIVOS
CF, Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
1 UNIÃO
A União → ente federado que possui a função de congregar os demais entes.
Natureza jurídica: pessoa jurídica de direito público interno e externo (dupla personalidade ?). 
1 UNIÃO
Âmbito interno → “legisla, executa e gerencia serviços públicos federais. Coopera para feitura de leis federais, realizando obras e serviços públicos no âmbito de suas atribuições. Afigura-se como sujeito de direito e deveres, integrando os polos ativo e passivo das relações jurídicas, de modo a suportar encargos decorrentes de sua conduta”.
âmbito externo → “representa a República Federativa do Brasil nas suas relações exteriores, embora não seja uma pessoa jurídica de direito internacional, coisa que só o Estado brasileiro o é”.
1 UNIÃO
Obs.: República Federativa do Brasil (ente soberano) ≠ União (ente autônomo). Nestes termos, apesar de a União atuar em questões internacionais (art. 21, I ao IV), ela o faz representando o Brasil.
1 UNIÃO
1.1 Bens da União
Sendo pessoa jurídica, como qualquer outra, a União é titular tanto de direitos pessoais como reais (art. 99, III, do CC). Os bens da União estão arrolados no art. 20 da CRFB:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
1 UNIÃO
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
[“terras devolutas” são terras devolvidas (nunca tiveram ou já tiveram dono e já não o têm). Essas terras devolutas, em regra, pertencem aos Estados-membros (art. 26, IV), e cabe a União provar que é indispensável para um dos fins do art. 20, II, da CR]
1 UNIÃO
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
[Pertencem aos Estados-membros todos os demais cursos d’agua (art. 26, I). Só poderão ser particulares as nascentes e as correntes que não se enquadrem nos conceitos de rio e lago;]
1 UNIÃO
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
[As “praias marítimas” são as porções de terras que ficam descobertas na vazante do mar. Estas são todas de propriedade da União;]
1 UNIÃO
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
1 UNIÃO
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Estas são as terras por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições (art. 231, § 1.º).
A Constituição assegura aos índios o direito ao usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes (art. 231, § 2.º).
1 UNIÃO
Obs.: Competência para analisar e pacificar conflitos entre União e Estados-membros envolvendo a propriedade de bens é do STF (CF, art. 102, I, f).
1 UNIÃO
1.2 Regiões Administrativas ou em desenvolvimento
O art. 43 da CF permite que a União articule ações em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.
Exs. de leis complementares : a LC 68/1991 (dispõe sobre a composição do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA), LC 124/2007 (institui a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM) e a LC 125/2007 (institui a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE).
1 UNIÃO
A Constituição concede um rol exemplificativo de incentivos art. 43. § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
2 ESTADOS-MEMBROS
2 ESTADOS-MEMBROS
→ Unidades autônomas com poderes próprios, evidenciando:
Auto-organização → realizada pelas Constituições Estaduais (CF, art. 25);
Autogoverno → exercido pelo Governador do Estado, que exerce o mandato de quatro anos com possibilidade de uma reeleição, sendo seus subsídios fixados pela Assembleia Legislativa (CF, art. 28);
Autolegislação → realizada na Assembleia Legislativa por intermédio dos Deputados Estaduais, também eleitos pelo sistema proporcional e pelo período de quatro anos sem limite de reeleição, sendo seus subsídios limitados a 75% (setenta e cinco por cento) dos subsídios fixados ao Deputado Federal (CF. art. 18)
Autoadministração → é o direito que o Estado possui de captar receitas e gerir despesas (CF, art. 18 e 25 a 28)
2 ESTADOS-MEMBROS
Composição das assembleias legislativas (CRFB, art. 27) (nebuloso?)
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
8 ESTADOS-MEMBROS
Explica-se: um ano antes da eleição, a justiça eleitoral realiza estudos para verificar quantas vagas (cadeiras) o Estado-membro terá direito na Câmara dos Deputados (art. 45, § 1.º). Na medida em que esta casa representa o povo, deve ter representantes em número proporcional ao número de pessoas que vivem naquele Estado.
Cada cadeira concedida para Deputado Federal na Câmara dos Deputados dará ao Estado o direito de colocar três cadeiras para Deputado Estadual na Assembleia Legislativa. Ocorre que, quando houver 12 cadeiras para Deputado Federal em Brasília (o que dará ao Estado o direito de ter 36), a regra muda e passa a ser igual, isto é, cada cadeira na Câmara dos Deputados dará direito a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
2 ESTADOS-MEMBROS
Natureza jurídica: pessoa jurídica de direito público interno.
Processo de Formação: Fusão – Cisão – Desmembramento 
CRFB, Art. 18. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
2 ESTADOS-MEMBROS
a)   Fusão – ocorre quando dois ou mais Estados se unem, formando um novoEstado. Com isso, os Estados originários deixam de existir. A fusão é o ato de “incorporar-se entre si”;
A
B
C
2 ESTADOS-MEMBROS
b)   Cisão – nesta hipótese, um Estado subdivide-se, fazendo com que o Estado originário desapareça. Assim, surgem dois ou mais novos Estados;
C
D
B
A
-
-
-
2 ESTADOS-MEMBROS
c)   Desmembramento – acontece quando um ou mais Estados cedem parte de seu território. Com a cessão do território, podem acontecer dois fenômenos distintos:
c.1) desmembramento formação;
c.2) desmembramento anexação. 
2 ESTADOS-MEMBROS
c.1) desmembramento formação – quando a parte desmembrada cria novo ente (Estado ou Território), o que mais recentemente ocorreu com Mato Grosso do Sul e Tocantins (Desmembramento realizado em relação às áreas de Mato Grosso e Goiás, respectivamente).
A
-
-
-
-
-
-
B
A
2 ESTADOS-MEMBROS
c.2) desmembramento anexação – a parte desmembrada anexa-se a outro Estado. Não se confunde com a cisão, pois na anexação o Estado primitivo continua existindo.
A
-
-
-
A
B
-
-
-
2 ESTADOS-MEMBROS
Obs.: apesar de ser vedada a secessão (ato de se desligar da federação, diminuindo o tamanho territorial do País), é possível criar novos Estados ou que um Estado já existente se divida, se una a outro e assim por diante. 
Para possibilitar a fusão, cisão e desmembramento, o art. 18, § 3.º, c/c o art. 48, VI, estabelece uma série de requisitos:
2 ESTADOS-MEMBROS
I – plebiscito com a população diretamente interessada. 
A consulta popular prévia é requisito essencial e prejudicial para a próxima fase, ou seja, a rejeição por qualquer dos entes envolvidos inviabiliza o prosseguimento.
O STF entendeu que a expressão “população diretamente interessada” constante do § 3.º do art. 18 da CF deve ser a população tanto da área desmembrada do Estado-membro como a da área remanescente. (ADI nº 2.650)
2 ESTADOS-MEMBROS
II - propositura do projeto de lei complementar. 
Este projeto de lei ocorrerá caso o plebiscito seja favorável, e será proposto por qualquer das casas do Congresso Nacional (art. 4.º, § 1.º, da Lei 9.709/1998).
2 ESTADOS-MEMBROS
III – audiência das assembleias legislativas. 
A casa (Senado ou Câmara) que receber primeiramente o projeto de lei complementar referido deverá realizar audiência das respectivas assembleias legislativas envolvidas (art. 48, VI, da CR e art. 4.º, § 2.º, da Lei 9.709/1998). 
Porém, o parecer das Assembleias Legislativas não é vinculativo, podendo prosseguir o projeto de lei complementar mesmo contra a vontade do legislativo estadual.
2 ESTADOS-MEMBROS
IV – aprovação pelo Congresso Nacional. 
Após a audiência não vinculativa das assembleias legislativas envolvidas, cabe ao Legislativo federal deliberar sobre o projeto de lei complementar.
Obs.: a consulta plebiscitária vincula a propositura do projeto de lei complementar, não sua aprovação. Dessa forma, tanto o Legislativo pode rejeitar como o Presidente da República pode vetar o projeto de lei complementar.
2 ESTADOS-MEMBROS
2.1 Bens do Estado-membro
CRFB, Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
2 ESTADOS-MEMBROS
2.2 Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões - CRFB, art. 25, §3º:
Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Objetivo → otimizar o seu território e oferecer respostas certas a questões específicas, sendo da competência exclusiva dos Estados-membros a criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.
3 DISTRITO FEDERAL
3 DISTRITO FEDERAL
Histórico: na Constituição republicana, de 1891, foi previsto no art. 3.º: “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal”.
Concretização: 21 de abril de 1960, quando, após três anos e dez meses de obras, Juscelino Kubitschek, com a famosa meta dos “cinquenta anos em cinco”, inaugurou Brasília, para onde foi transferida a Capital Federal.
3 DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal foi criado para substituir o antigo Município neutro. 
O sonho de 1891 foi concretizado sob a égide da Constituição de 1946, que, no seu art. 4.º do ADCT, determinava que a Capital da União seria transferida para o planalto central do País e que, efetuada a transferência, o atual Distrito Federal passaria a constituir o Estado da Guanabara.
3 DISTRITO FEDERAL
 A ideia de criar distritos para ser capital nacional não é nova. Em 16 de julho de 1790, a capital dos Estados Unidos da América foi transferida para o Distrito de Colúmbia (D.C), sendo esta a grande inspiração do Distrito Federal brasileiro.
Nos EUA → a capital é Washington, localizada no Distrito de Colúmbia (Washington D.C.);
No Brasil → a capital é Brasília (art. 18, § 1.º), localizada no Distrito Federal.
3 DISTRITO FEDERAL
	PECULIARIDADES 
	O Distrito Federal não pode se dividir em Municípios (art. 32, caput). Em razão disso, constituíram-se regiões administrativas, denominadas “cidades-satélite”.
	Brasília é uma região administrativa, que abriga a Capital Federal.
	O Distrito Federal, por sua vez, não “nasceu” autônomo. Somente em 1985, a EC 25/1985 à Constituição de 1967 concedeu traços autônomos ao DF, o que foi reforçado pela Constituição de 1988.
3 DISTRITO FEDERAL
	PECULIARIDADES 
	A autonomia do DF não é igual aos outros entes, pois goza de autonomia parcialmente tutelada (autonomia mitigada), haja vista sofrer interferências da União em sua liberdade política.
	Diversas instituições estratégicas e fundamentais do DF são “controladas pela União”. Nesse sentido, o Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil e Militar e Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal são organizados e mantidos pela União (arts. 21, XIII, XIV; 32, § 4.º; 61, § 1.º, II, CR e Súmula 647 do STF). Isso acarreta uma série de consequências, tais como o Ministério Público do DF ser órgão do Ministério Público da União (art. 128, I, d).
3 DISTRITO FEDERAL
Em 29.03.2012 foi publicada a EC 69/2012, que alterou os arts. 21, 22 e 48 da Constituição da República, para transferir da União para o Distrito Federal as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal. 
A EC 69/2012 dispôs, no art. 2.º, que se aplicam à Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados, ou seja, aplica-se a mesma autonomia conferida à Defensoria Pública estadual (art. 134, § 2.º, da CRFB).
3 DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal, por ser autônomo, possui as seguintes capacidades:
a)   Auto-organização por meio de sua Lei Orgânica distrital (art. 32, caput). A norma fundamental do DF será votada em dois turnos com intervalo (interstício) de 10 dias entre um turno e outro e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Legislativa. A promulgação também é realizada pelo poder legislativo, não havendo participação (sanção ou veto) do Governador;
3 DISTRITO FEDERAL
b)   Autogoverno, que será exercido pelo Governador, que cumprirá as mesmas regras impostas ao Estado (art. 32, § 2.º). Apesar do poder de autogoverno com representante eleito, o primeiro mandato do chefe do executivo distrital foi por meio de indicaçãoe nomeação pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal (art. 16, caput, do ADCT);
c)   Autolegislação, que será realizada pelos Deputados Distritais, que laboram na Câmara Legislativa, sendo a estes aplicadas as mesmas regras dispostas aos Deputados Estaduais (art. 32, § 3.º); e
d)   Autoadministração, o que possibilita que capte receitas e administre despesas.
3 DISTRITO FEDERAL
Observação: em razão de sua impossibilidade de divisão em Municípios, o Distrito Federal acumula as mesmas competência legislativa e administrativa atribuída tanto aos Estados quanto aos Municípios (art. 32, § 1.º).
4 MUNICÍPIO
Atualmente existem 5.570 municípios brasileiros, alguns com população maior que a de vários países do mundo (município de São Paulo com cerca de 11 milhões de habitantes), outros com menos de mil habitantes; alguns com área maior do que vários países no mundo (Altamira, no Pará, é quase duas vezes maior que Portugal).
O estado-membro com menos municípios é Roraima com apenas quinze. 
O estado-membro com a maior quantidade é Minas Gerais com 853 municípios.
Fonte:https://pt.wikipedia.org 
4 MUNICÍPIO
Autonomia → concedida expressamente apenas em 1988, pela atual Constituição (CF, art. 29 e seguintes c/c art. 34, VII, “c”).
Natureza jurídica → pessoa jurídica de direito público interno e, como os demais entes autônomos, possui poderes de:
Auto-organização;
Autogoverno;
Autolegislação;
Autoadministração
4 MUNICÍPIO
a)Auto-organização por meio das Leis Orgânicas municipais (art. 29, caput), que serão votadas em dois turnos com intervalo (interstício) de 10 dias entre um turno e outro e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal. Importante notar que não há sanção ou veto de Prefeito sobre a Lei Orgânica municipal, apesar de possuir natureza jurídica de lei ordinária;
b)Autogoverno, exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos secretários municipais. O chefe Executivo municipal deve possuir idade mínima de 21 anos na data da posse (podendo concorrer até com 20 anos) e pode ser reeleito uma vez, sendo seus subsídios fixados pela Câmara dos Vereadores.
c)Autolegislação é atribuída à Câmara dos Vereadores (ou Câmara Municipal), composta por Vereadores eleitos para um mandato de quatro anos, sem limite de reeleição. A idade mínima para exercer este cargo eletivo é de 18 anos.
4 MUNICÍPIO
d)   Autoadministração, pois, como se sabe, os Municípios possuem meios de captar receitas para gerir suas despesas.
4 MUNICÍPIO
10.1 Formação dos Municípios
Os requisitos: art. 18, § 4.º, da CRFB:
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)
4 MUNICÍPIO
a)Lei complementar federal, que determinará o período para a criação (fusão ou cisão) e a incorporação (desmembramento) de Municípios, assim como seu procedimento;
b)Estudo de viabilidade municipal, que deverá ser apresentado, publicado e divulgado na forma da lei. Esse estudo é necessário para que seja aferida a viabilidade da fusão, cisão ou desmembramento do Município;
4 MUNICÍPIO
c)Plebiscito, que será realizado após o estudo de viabilidade, com a população dos Municípios envolvidos, a ser convocado pelas assembleias legislativas, conforme legislação federal e estadual (art. 5.º da Lei 9.709/1998). É bom fixar que, como expressão do Estado Democrático de Direito, esse parecer é vinculativo;
d)Lei estadual, que, finalmente, criará ou incorporará o Município dentro do período fixado na lei complementar federal.
4 TERRITÓRIO FEDERAL
5 TERRITÓRIO FEDERAL
A incorporação do Acre ao Estado brasileiro, pelo Tratado de Petrópolis, de 1903, forçou a criação do primeiro Território brasileiro. Porém, a regulamentação de Territórios no texto constitucional só ocorreu em 1934.
Com a transformação em Estados dos Territórios de Roraima e Amapá pelo art. 14 do ADCT/1988 e a reincorporação do Território de Fernando de Noronha ao Estado de Pernambuco, não existem mais Territórios federais.
52
5 TERRITÓRIO FEDERAL
Fernando de Noronha não foi transformado em Município, e sim em Distrito Estadual.
Apesar da inexistência de Territórios federais, o art. 12 do ADCT prevê a criação de uma comissão para estudar a viabilidade de criação de novos Territórios.
Os Territórios integram a União (art. 18, § 2.º, da CR) e possuem natureza jurídica de autarquia. 
É comum denominarem Territórios como “Estados em embrião”, pois a tendência é que a criação de Território sirva de “estágio” para a criação de novos Estados.
5 TERRITÓRIO FEDERAL
Manoel Gonçalves Ferreira Filho: como a Constituição de 1988 não previu critérios claros de transformação de Territórios em Estados, poder-se-ia aplicar o critério estabelecido no art. 9.º do ADCT da Constituição de 1946. De acordo com esse artigo, o Território se tornaria um Estado quando sua arrecadação tributária se igualasse à arrecadação do menor Estado-membro da Federação.
5 TERRITÓRIO FEDERAL
Território não possui autonomia política, por isso os Governadores não serão eleitos. Serão sabatinados pelo Senado Federal (art. 52, III, c) e nomeados pelo Presidente da República (art. 84, XIV).
A Constituição permite que nos Territórios federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado, haja órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais (art. 33, § 3.º).
5 TERRITÓRIO FEDERAL
Apesar de não ser possível conceder a autonomia ao Território, os Municípios que porventura sejam criados dentro dele possuem poder autônomo. De acordo com este quadro, caso os Municípios citados pratiquem ato que enseje intervenção, esta medida caberá à União (art. 35).
Ainda em razão da ausência de autonomia, os Territórios não possuem direito de eleger Senadores, porém terão quatro representantes na Câmara dos Deputados (art. 45, § 2.º), pois essa casa representa o povo.
Até a próxima aula!!!

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