Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dra Lúcia de Miranda Moraes Andrade Graduação em 2003 pela Universidade Federal de Goiás – UFG Residência Médica (especialista) em Clínica Médica em 2007 Residência Médica (especialista )em Pneumologia em 2009 Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia O que é DPOC?? Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Inflamação persistente dos pulmões (alvéolos) e vias aéreas mais periféricas (brônquios e bronquíolos) Fatores de Risco Tabagismo: principal!! (85%) Fumaça fogão de lenha Fumaça e poluentes em geral Queimadas de biomassa Deficiência de enzima ᾳ1 anti-tripsina (1-2%) Predisposição genética Fisiopatologia Inflamação nas células epitélio brônquico (injúria celular crônica) Secretam substâncias imunomoduladoras: - destruição parede epitelial - secreção aumentada de muco - metaplasia epitelial → carcinomas Fisiopatologia ↑ Secreção muco + proliferação células parede brônquica e bronquiolar: - OBSTRUÇÃO FIXA DAS VIAS AÉREAS Fisiopatologia Destruição das paredes alveolares → ↓ elasticidade: - HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR Fisiopatologia Imunomoduladores e tabagismo: - Resposta Inflamatória Crônica Sistêmica - Síndrome Metabólica (Diabetes, Obesidade, Dislipidemia, Aterosclerose...) - Doença Cardíaca Crônica (ICC, Coronariopatia, HAS...) - SAOS Quadro Clínico Dispnéia (lentamente progressiva aos esforços) Tosse crônica (produtiva) Chiado/Sibilância Hipoxemia (pO2↓) – graves IRpC Hipercapnia (pCO2↑) – muito graves Baqueteamento digital Desnutrição, perda massa muscular Pletora facial Insuficiência Cardíaca Direita (edema MMII, ascite, turgência jugular, hepatomegalia) – graves e muito graves Baqueteamento Digital Pletora Facial Enfisema Pulmonar Bronquite Crônica Diagnóstico Quadro clínico Histórico de exposição a fumaças Radiografia de Tórax Espirometria (exame de função pulmonar) Oximetria de pulso Gasometria arterial (casos graves) Ecocardiograma (casos graves) Radiografia de Tórax RxT Insuficiência Cardíaca Espirometria Oximetria de Pulso Normal ≥ 92% Valores menores: fazer gasometria arterial Avaliação da capacidade exercício Testes úteis na avaliação de incapacidade e de resposta a tratamento e a reabilitação Avaliação de gravidade Teste de Caminhada de 6 minutos Step test Teste de Exercício Cardiopulmonar (Ergoespirometria) - grandes centros Teste de Caminhada de 6 minutos Teste submáximo de avaliação funcional Simples aplicação e boa reprodutibilidade Boa correlação com testes funcionais (avaliação de gravidade) A distância percorrida é preditor de mortalidade Step Test Tratamento Cessar tabagismo e exposições fumaças Desnutridos (enfisematosos): dieta hipercalórica e hiperprotéica Medicamentoso: broncodilatadores e mais recentemente imunomoduladores Oxigenoterapia domiciliar prolongada REABILITAÇÃO PULMONAR!!!!! Atividades da Vida Diária (AVD) Técnicas de conservação de energia Simulação da realização de AVD: higiene pessoal, alimentação, vestir-se, trabalhos domésticos, subir escadas... Avalia modo realizado, dispnéia e SatO2 Orientação das técnicas de conservação de energia Reabilitação Pulmonar Principalmente pacientes com redução na capacidade física (exercícios e atividades habituais) Preparação e recuperação de cirurgia redutora de volume pulmonar e em Tx pulmonar Treinamento de musculatura MMSS, MMII e musculatura respiratória Reabilitação Pulmonar Regularidade do exercício (ideal 3x/semana) Geralmente 3-5 meses – manter em casa Treino de endurance (longa duração e menor intensidade/carga - resistência): 30-40min Treino intervalado (aumenta carga em período curtos) – mais graves: 2-3 min Treino de força: “estação de musculação” Threshold Treino de força de musculatura inspiratória Paciente gera Pinsp maior que a do aparelho 15-30 min/dia no mínimo 5x/semana Benefícios obtidos com a Reabilitação Melhora capacidade exercícios Reduz sensação de falta de ar Melhora qualidade de vida Reduz nᵒ internações e dias internados Melhora capacidade ao exercício, coordenação e adaptação metabólica Os benefícios se estendem muito além do período imediato ao treinamento O paciente portador de DPOC precisa ser visto de uma forma global com uma abordagem multidisciplinar (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional, educador físico, nutricionista, assistente social, farmacêutico) Sejamos parceiros nessa causa!!!! Muito Obrigada!!
Compartilhar