6822813-caderno_de_laboratorio_de_redacao-no_04

Labora tório de red aç ão \u2013 2013 4 Linguagens , Códigos e suas T ecnologias OSG .: 68228/13 PROPOST A I (ENEM): T exto I MINISTRO DEFENDE QUE IDOSOS POSSAM \u201cSE APRESSAR E MORRER\u201d {...} O ministro das Finanças do Japão, T aro Aso, de 72 anos, disse que os idosos devem ser autorizados a \u201cse apressar e morrer\u201d para aliviar a pressão sobre o Estado, responsável pelo pagamento das despesas médicas: \u201cDeus o livre de ser forçado a viver quando se quer morrer . Eu acor daria me sentindo cada vez pior sabendo que (o tratamento) estaria sendo integralmente pago pelo Governo\u201d. {...} O ministr o disse também que pretende recusar os \u201ccuidados no \ufb01m da vida: Eu não preciso desse tipo de atendimento\u201d. De acor do com os meios de comunicações locais, Aso acr escentou que deixou r ecomendações à sua família para que negue prolongar sua vida por meio de tratamentos médicos. Das agências de notícias O POVO \u2013 ONLINE \u2013 23.01.2013. T exto II O QUE É A EUT ANÁSIA? A eutanásia é a prática pela qual se põe \ufb01m à vida de um doente incurável, de maneira controlada e assistida por um especialista. Esta é uma das mais importantes questões em debate, pois, além de ir de encontro aos mais elementares princípios éticos, pode fazer com que as relações entr e familiares, bem como as relações entr e médicos e pacientes, sejam pr ofundamente afetadas. Enquanto o Estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos, há pessoas que desejam dar um \ufb01m ao seu sofrimento, antecipando a morte. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EUT ANÁSIA Est e ponto de vis ta da abso luta in viola bilid ade da vid a humana pe rmane ceu into cável at é o sé culo de zesse is, quan do Thom as More publicou o seu livro designado Utopia . Neste livro, Thomas More retrata a eutanásia para os que estão desesperadamente doentes como uma das instituições importantes de uma comunidade ideal imaginária. Seguiu-se o médico e \ufb01lósofo inglês Francis Bacon, que, em 1623, na sua obra Historia vitae et mortis , defendia ser desejável que os médicos desenvolvessem a arte de ajudar os agonizantes a sair deste mundo, com mais doçura e serenidade. Nos séculos seguintes, os \ufb01lósofos britânicos (em particular David Hume, Jeremy Bentham e John Stuart Mill) puseram em questão a base religiosa da moralidade e a pr oibição absoluta do suicídio, da eutanásia e do infanticídio. Laboratório de Redação \u2013 2013 2 Linguagens , Códigos e suas T ecnologias OSG .: 68228/13 O grande \ufb01lósofo alemão do século dezoito, Immanuel Kant, por outro lado, embora acr editasse que as verdades morais se fundam na razão e não na religião, pensava, não obstante, que \u201co homem não pode ter poder para dispor da sua vida\u201d. A eutanásia vem acompanhando a humanidade ao longo de sua existência, sendo possível encontrar diversos r egistos sobre o tema, através dos tempos. Na Antiguidade, por exemplo, a sua prática era muito comum. \u2022 Em algumas comunidades pré-celtas e celtas, os \ue06clhos matavam os seus pais quando estes estivessem muito velhos e doentes. \u2022 Na Índia, os doentes incuráveis eram atirados ao rio, depois de terem boca e narinas tapadas com uma lama ritual. \u2022 Em Esp ar ta tal pr át ica er a com um, e, em al gun s cas os, ob ri gat ór ia, co mo no cas o de re cé m-n as cid os com al gu ma de\ue06c ci ênc ia . \u2022 Os birmaneses enterravam vivos, idosos e enfermos graves. \u2022 Populações rurais sul-americanas, que fossem nómadas por fatores ambientais, sacri\ue06ccavam anciãos e enfermos, para não os expor a ataques de animais. \u2022 Na Grécia antiga, por exemplo, \ue06clósofos como Platão, Sócrates e Epicuro defendiam a ideia de que o sofrimento de uma doença dolorosa seria uma boa justi\ue06ccação para o suicídio. Já Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates condenavam o suicídio. \u2022 No Egito, Cleópatra VII criou uma Academia para estudar formas menos dolorosas de morte. \u2022 Entre as décadas de 20 e 40 do século XX, surgiam inúmeros exemplos de relatos de situações caracterizadas como eutanásia pela imprensa, ainda leiga, neste período. \u2022 Em 1985, na Prússia, foi proposto que o Estado deveria prover meios para realizar a eutanásia em pessoas que não a pudessem solicitar . Ao longo da história, prosseguia-se a discussão sobre o tema, da qual participavam nomes como Lutero, Thomas More, David Hume, Karl Marx e Schopenhauer . Já nos povos mais modernos, temos o caso da Holanda e da Bélgica, que possuem diretrizes para aplicação da eutanásia em pacientes com morte cerebral ou aos que morr erão de forma iminente, apesar do tratamento. Disponível em: http://eutanasia-ap.weebly .coml Com base na leitura dos textos motivador es e nos seus conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo , em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema: EUT ANÁSIA: UMA ESCOLHA? Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as re\ufb02exões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. PROPOST A II (ENEM): T exto I PLUGADOS 24 HORAS Há quase quatro anos, a arquiteta Beatriz (*) vive um pesadelo. O \ufb01lho dela, Lucas (*), de 22, não larga o computador por nada. V ara noites inteiras jogando Tibia ou Rag Narok com os amigos, ou sozinho, jogando Angry Birds. Passa horas no Facebook e aposentou o telefone, substituído em todas as conversas pelo programa de mensagens instantâneas no próprio Face ou fotos postadas no Instagram. Quando Lucas passou 48 horas plugado e dormiu outras 36 seguidas para se recuperar da exaustão, Beatriz percebeu que o caso era grave e consider ou a possibilidade de procurar ajuda pro\ufb01ssional. O primeiro sintoma de que as coisas estavam fugindo do contr ole ela já notara quando Lucas começou a faltar e a ter notas baixas na escola, que acabou abandonando há dois anos, pois, segundo ele, \u201cos professores não tinham nada de útil para ensinar\u2019 \u2019. Depois veio a agressividade e o completo desinter esse por tudo o que não se r elacionasse com o mundo cyber . Beatriz tentou de tudo: trancou o quarto onde o PC estava instalado \u2013 o \ue06clho arrombou a porta; escondeu o teclado na casa de amigos \u2013 ele descobriu quem eram e o recuperou. Por \ue06cm, decidiu levar o acessório para o trabalho todos os dias. Nem assim ele se deu por vencido. \u201cEle contou uma história triste para o avô e conseguiu o dinheiro para comprar outro teclado sem \ufb01o, e passou a guardar a chave\u201d \u2013 lembra a mãe. Cader no de Pr odução T extual \u2013 2013 3 Linguagens , Códigos e suas T ecnologias OSG .: 68228/13 A epopeia de Beatriz estava longe do \ue06cnal. Viúva, a arquiteta licenciou-se do trabalho para cuidar do \ue06clho que sofre de lesões musculares signi\ufb01cativas, está em tratamento \ufb01sioterápico, mas ainda se r ecusa a encarar uma terapia. \u201cSinto que meu \ufb01lho está dependente, mas quando falo em procurar um psiquiatra, ele diz que a maluca sou eu\u201d \u2013 relata. Quem pensa que a história de Beatriz e seu \ue06clho é uma exceção, está desinformado. Segundo estudo do Ibope/NetRati ngs, o uso da Int ernet em re sidências brasi leiras cres ceu 10% só nos primei ros nove meses de 2005 e, de julho a sete mbro, cer ca de 13,5 milhões de brasileir os utilizaram a Inter net em casa. Hoje, 32,1 milhões de brasileiro s têm acesso à rede mundial de computadores. Como consequência, cresce a sensação de necessidade de estar plugado, especialmente entr e adolescentes ou adultos jovens. Segundo o psicanalista José Renato A vzaradel, membr o da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeir o, há várias razões para o fascínio que a Internet exerce sobre os jovens: \u201cEla sempre dá resposta, criando a sensação de que se está em todo e qualquer lugar , e que se sabe tudo. A companhia imediata e a impressão de onipr esença e onisciência são muito sedutoras\u201d \u2013 analisa Avzaradel. O psicanalista assinala que o fenômeno dos viciados nas tecnologias disponíveis pelo computador toma proporções crescentes em todo o mundo e que as suas características são as mesmas da dependência de qualquer tipo de dr oga. \u201c O dependente precis a passar cada vez mais tempo diante da tela e, se for privado de usar o computador , tem os sintomas clássicos da crise de abstinência\u201d \u2013 alerta. A secr etária Bruna de Souza, de 21 anos, assume-se viciada em computador e seus \ue06clhotes: Google, Facebook, Instagram, T witter . Depois de um dia de trabalho e estudo, Bruna chega a casa e ainda liga o computador: \u201cT em dias em que \ufb01co até com dor de cabeça. É um vício muito forte\u201d \u2013 admite Bruna, que não faz nenhum esporte e limitou as idas ao cinema. Para Fábio Barbirato, chefe do Serviço de Neuropsiquiatria da Infância e da Adolescência da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, a dependência do computador é uma forma de transtorno compulsivo. \u201cNos sa socied ade criou uma ge ração de jove ns que não se re lacion a ma is com os outr os ao vivo. O cont ato pelo com putado r não estimula os cinco sentidos. Eles se apr oximam, mas não se olham nos olhos. Podem camu\ue06dar sentimentos e se pr oteger . Só que não vão poder se proteger pela vida inteira\u201d \u2013 adverte Barbirato. Preocupadas com a questão, as Academias de Medicina e de Pediatria americanas estabelecem em quatro horas diárias o tempo limite de exposição ao computador sem sequelas físicas ou mentais. \u201cOs jovens \ufb01cam cada vez mais isolados, têm pouca ou nenhuma tolerância à frustração, \u2018deletam\u2019 as pessoas que os incomodam e não vivenciam lutos. Isso tem consequências importantes para o futuro. Só podemos ser adultos elásticos se construirmos uma boa habilidade social na juventude\u201d \u2013 sinaliza o psiquiatra. Aos pais cabe a ingrata tarefa de impor limites e procurar ajuda especializada quando a situação foge do controle. Este é o dilema da dona de casa Mariangela Medeiros, mãe de Thiago, de 14 anos. Moradora de uma movimentada avenida na Ilha do Governador , ela se queixa da falta de opções de lazer . \u201cCom esta insegurança da cidade, meu \ue06clho não pode mais brincar na rua\u201d \u2013 lamenta. Por essas e outras, o estudante passou as férias plugado ao computador conversando com os amigos virtuais e visitando sites com modelos de carros, pelos quais é \ufb01ssurado. \u201cSó sei falar pelo computador\u201d \u2013 informa. Os especialistas são unânimes . Nos casos mais graves, além da terapia para o dependente e sua família, pode ser necessá ria uma medicação controlada para r eduzir a ansiedade que conduz à compulsão. Como em qualquer tratamento, o caminho pode ser longo e nunca livre de algumas recaídas. É certo que a Internet é uma ferramenta fantástica, mas os jovens precisam ter atividades e conhecer novas linguagens. \u201cT o dos temos de aprender a viver com a modernidade e usar os recursos tecno lógicos a nosso favor . T udo o que é re petitivo, descontrolado e sem limite vira doença\u201d \u2013 r esume Barbirato. (*) Os nomes foram trocados a pedido dos entr evistados. Disponível em: http://deniseweller .multiply .com Com base na leitura do texto motivador e nos seus conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto diss ertativo -argume ntativo , em norm a cul ta escrita da língu a portugue sa, sobr e o tema: INTER NET : NEC ESSIDAD E OU VÍC IO? Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as re\ufb02exões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. Laboratório de Redação \u2013 2013 4 Linguagens , Códigos e suas T ecnologias OSG .: 68228/13 PROPOST A III (OUTROS VESTIBULARES): \u2022 Leia, a seguir , uma crônica de um dos maiores cr onistas brasileiros: RECADO AO SENHOR 903 \u201cVizinho, Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, conster nado, a visita do zelador , que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal \u2013 devia ser meia-noite \u2013 e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem dir eito a repouso noturno e é impossível r epousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor; é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, \ue06ccamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outr os. Eu, 1003, me limito a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 \u2013 que é o senhor . T odos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Pr ometo sinceramente adotar , depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Pr ometo. Quem vier à minha casa (per dão: ao meu númer o) será convidado a se retirar às 21h45, e explicar ei: o 903 pr ecisa repousar das 22 às 7, pois as 8h15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada: e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um númer o não incomoda outr o númer o, mas o r espeita, \ue06ccando dentr o dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas \u2013 e prometo silêncio. [...] Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: \u2018Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou\u2019. E o outr o r espondesse: \u2018Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar , pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela\u2019. E o homem trou xesse sua mulher , e os dois \ufb01cassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estr elas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entr e os humanos, e o amor e a paz.\u201d Rubem Braga. Para gostar de ler . São Paulo: Ática, 1991. Há, na crônica, uma série de eventos apar entemente banais, que ganham outra \u201cdimensão\u201d graças ao olhar subjetivo do autor . O leitor acompanha o aconteciment o, como uma testemun ha guiad a pelo olhar do cronis ta que tem a pretensão de regis trar de maneira pessoal o acontecimen to. O autor dá a um fato corrique iro uma perspectiva, que o transforma em fato singular e único. No caso da crônica \u201cRecado ao Senhor 903\u201d, há uma crítica à desumanização na cidade grande, na qual somos, muitas vezes, apenas números e não pessoas. O surpreendente é a inversão pr oposta pelo narrador ao \ue06cnal da crônica: no lugar da intolerância, tão comum nas cidades grandes, ele propõe um possível acolhimento amigo. V ocê é também um morador de uma cidade grande, talvez mor e num condomínio, como a personagem de Rubem Braga e já deve ter visto alguma situação parecida com a do texto. Caso não, crie uma e transforme o provável mal-estar entre os condôminos numa possível relação amistosa em forma de crônica . André \u2013 05/02/2013 \u2013 Rev .: MHC

6822813-caderno_de_laboratorio_de_redacao-no_04

UNIP

Redação

Continue navegando

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Considerando o conceito de texto publicitário.... analise as proposições Para a comunicação, quanto maior o texto Maior ou alcance da mensagem ob...

Considerando as principais redes sociais.... analise as proposições O Facebook é considerado uma rede social em que um número limitado de pessoas...

Considerando o conceito de texto publicitário.... analise as proposições Para a comunicação, quanto maior o texto Maior ou alcance da mensagem obje...

Considerando as principais redes sociais.... analise as proposições O Facebook é considerado uma rede social em que um número limitado de pessoas ...

Outros materiais