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1 Fisiologia do Sistema Endócrino Fisiologia do Sistema Endócrino Juntamente com o sistema nervoso, regula as funções corporais. Os dois sistemas estão inter-relacionados, sendo algumas glândulas controladas por reações ocorridas no SN. Glândulas Tecidos distintos que secretam uma ou mais substâncias químicas. Podem ser: Exócrinas – Secretam substâncias para o meio externo. Podem ficar na superfície da pele ou no epitélio que recobre as passagens internas Possuem ductos secretores. Exemplo: Glândulas sudoríparas, mamárias, salivares, fígado, etc. Endócrinas – Secretam substâncias, chamadas hormônios, para a corrente sanguínea. Não possuem ductos secretores. Exemplo: Glândulas hipófise, tireóide, paratireoides, suprarrenal, etc. 2 Hormônios Mensageiros químicos secretados por células endócrinas ou neurônios especializados na corrente sanguínea que, sob baixíssimas concentrações, exercem efeitos específicos sobre as atividades de outras células, tecidos ou órgãos, denominados alvos. Telécrinos: Lançados na corrente sangüínea para agir à distância. Parácrinos: Liberados localmente para agir nas células vizinhas. Autócrinos: Atuam sobre a própria célula que os produziu Hormônios As ações hormonais são mediadas pela ligação do hormônio a moléculas receptoras na membrana celular. Nas células: Controlam a velocidade de reações enzimáticas. Controlam o transporte das moléculas através da membrana celular. Controlam a expressão gênica e a síntese de proteínas. Nem todas as moléculas que compõem os hormônios chegam aos órgãos-alvo, pois são quebradas por enzimas encontradas principalmente no fígado e rins e excretados pela urina ou bile. A taxa de degradação é conhecida como meia-vida do hormônio. Tempo necessário para diminuir a concentração do hormônio pela metade. Isso indica o tempo de atividade de um hormônio no organismo Um hormônio que controla a secreção de outro hormônio é chamado de hormônio trófico ou trópico. Ex: gonadotropinas são hormônios tróficos que agem nas gônadas. Os hormônios também são chamados de ligantes. Interação Hormonal � Cada ação pode ser realizada por vários hormônios; � Cada hormônio pode realizar várias ações; � Diferentes hormônios podem agir em sequência, desencadeando uma cascata de reações. � Em alguns casos, os efeitos dos hormônios se opõem uns aos outros, processo denominado antagonismo. 3 � Quando dois ou mais hormônios produzem o mesmo tipo de resposta no corpo, os efeitos podem ser � aditivos, caso em que o efeito resultante é igual à soma dos efeitos individuais, ou � sinérgicos, caso em que o efeito resultante é maior do que a soma dos efeitos individuais. � Em alguns casos, a presença de um hormônio é necessária para que outro exerça suas ações, um processo denominado permissividade. Interação Hormonal Fonte: Stanfield, 2014 Tipos de Hormônios Peptídicos - São proteínas ou seja, compostos de aminoácidos. Armazenados em vesículas no interior da célula secretora. Ao receber um sinal, a secreção ocorre por exocitose cálcio-dependente. Solúveis em água, por isso a maioria é transportada no plasma em solução. Sua meia-vida é curta, de poucos minutos. Seus receptores estão localizados na membrana celular. Tipos de Hormônios Esteróides – Derivados do colesterol. Sintetizados por poucos órgãos, como o córtex da suprarrenal e as gônadas. Não são armazenados em vesículas, e sim sintetizados de acordo com a necessidade. Liberados da célula por difusão simples. Não são solúveis em água. Transportados na corrente sanguínea ligados à proteínas. Sua meia-vida é mais prolongada. Capazes de passar através da membrana celular, ligando-se à receptores citoplasmáticos. Tipos de Hormônios Derivados de aminoácidos (Aminas) – De um único tipo de aminoácido. 3 grupos de hormônios: Melatonina deriva do aa triptofano. Hormônios da tireóide e as catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina) derivam do aa tirosina. 4 Catecolaminas são neuro-hormônios que possuem receptores na membrana celular. Agem como os hormônios peptídicos. Hormônios da tireóide (T3 e T4) agem como hormônios esteroides, pois agem no DNA. Especificidade Hormonal Sistema Chave-Fechadura. Quando um hormônio alcança um tecido-alvo, esse precisa reconhecê-lo e distingui-lo das outras substâncias químicas. Tais processos são mediados por receptores hormonais que se ligam aos hormônios específicos. Mecanismos de Ação Hormonal Diferentes hormônios agem por meio de mecanismos diferentes. Existem dois mecanismos básicos de ação hormonal. Transporte da membrana Os hormônios ativam moléculas transportadoras para aumentar o movimento de substratos ou de íons para o interior da célula. Estimulação do DNA no núcleo �Hormônios esteróides se difundem pela membrana, unindo-se à um receptor protéico no citoplasma. �Todo esse complexo entra no núcleo, onde interage com o material genético. �Um RNA mensageiro leva o código ao citoplasma, onde a proteína é sintetizada. �Esse tipo de ação leva mais tempo para ser ativada, mas também é mais duradoura. Os hormônios da tireóide, apesar de não serem esteróides, atuam de forma similar. 5 Os hormônios peptídicos se ligam a um receptor na membrana celular. Esse complexo desencadeia o início da resposta celular através de um sistema de transdução de sinais. Esses hormônios podem se utilizar também da ação dos segundos mensageiros do AMPc ou da tirosina cinase. Os hormônios esteroides agem no DNA da célula, pois o complexo receptor-hormônio atua como um fator de transcrição, ligando-se ao DNA e ativando um ou mais genes. Alteram a atividade do gene da célula, tendo o chamado efeito genômico. Alguns hormônios esteroides, como a aldosterona e o estrogênio apresentam receptores de membrana celular, desencadeando respostas não genômicas. Segundos Mensageiros O hormônio interage com o seu receptor localizado na membrana, que ativa a Proteína G da membrana celular. A proteína G, abre canais iônicos na membrana ou a formação de AMP cíclico a partir de ATP. O AMP cíclico pode desenvolver respostas celulares como: � Ativar enzimas; �Alterar a permeabilidade celular; �Induzir síntese protéica; �Induzir secreção A resposta celular cessa quando o AMP cíclico é destruído. Controle de Secreção Hormonal Mecanismo de Retroalimentação Negativa (Feedback) – A secreção do hormônio é bloqueada ou reduzida como resultado da resposta induzida por esse hormônio. Desativa o reflexo da secreção. 6 Biorritmo – Alteração rítmica no padrão de secreção hormonal. Ex: Ciclo menstrual. Sistema Nervoso – Através da ativação do hipotálamo, que libera os chamados hormônios liberadores e os hormônios inibidores de liberação; e também através do estímulo da parte simpática do SN Autônomo. Fonte: Stanfield, 2014 Glândulas Endócrinas Existem seis glândulas endócrinas muito importantes e várias outras de menor importância. As mais importantes são: �Glândula hipófise, que secreta oito hormônios importantes; �Glândula tireóide, que secreta 3 hormônios; �Glândulas paratireóides, com um hormônio importante; �Glândulas supra-renais, com 4 hormônios; �Ilhotas de Langerhans do pâncreas, com dois hormônios importantes; �Gônadas. 7 Hipotálamo e Hipófise (glândula pituitária) A ação do hipotálamo está intimamente ligada ao sistema endócrino. Sua relação com a glândula hipófise se dá de 02 formas: 1. É o hipotálamo quem controla a secreção dos hormônios da hipófise anterior ou adenohipófise, através de substâncias químicas chamadas neuro- hormônios ou hormônios de liberação ou inibidores de liberação. Esses neuro-hormônios ou hormônios chegam à adenohipófise através de uma rede de capilares chamada sistema porta hipotalâmico-hipofisário. Hormônios de Liberação ou de Inibição do Hipotálamo: � TRH – Hormônio liberador dos hormônios tireotropina (TSH) e prolactina (PRL) � GnRH – Hormônio liberador das Gonadotropinas (hormônios luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH)) � GHRH – Hormônio liberador do hormôniodo crescimento (GH) � GHRIH ou Somatostatina – Hormônio inibidor da secreção de GH. � PRH – Hormônio liberador de PRL � PIH – Hormônio inibidor de PRL � CRH – Hormônio liberador do hormônio adrenocortitrópico (ACTH) e opióides Fonte: Stanfield, 2014 8 2. Além disso, a hipófise posterior ou neurohipófise é uma extensão do hipotálamo. Os hormônios são então produzidos no hipotálamo e armazenados na neurohipófise até serem utilizados. Hipófise Anterior ou Adenohipófise Sintetiza e secreta diversos hormônios peptídicos, sendo seis deles muito importantes, que controlam outras glândulas e afetam as funções corporais. Apresenta células específicas, que por sua vez têm secreções específicas. Fonte: Stanfield, 2014 Hormônios da Hipófise Anterior Hormônio Tireoestimulante ou Tireotropina (TSH) �Tireótrofos. �Estimula a glândula tireóide a secretar seus hormônios; �Produz aumento do número, dimensão e intensidade de secreção das células tireoidianas. �Liberado pelo hormônio TRH do hipotálamo. Hormônio Tireoestimulante ou Tireotropina (TSH) � Secreção circadiana, com valores de pico noturno, e secreção pulsátil. � Concentrações séricas variam com a temperatura ambiente (aumento no frio), idade (diminuição com a idade) e estado nutricional (jejum diminui a resposta do TSH ao TRH). � Meia-vida de cerca de 1 h. Fonte: Martini et al., 2014 Hormônio Adrenocorticotrópico (ACTH) �Corticotrófo; �Estimula o córtex da glândula supra-renal a produzir 03 hormônios esteróides, principalmente o cortisol e outros glicocorticóides que agem no metabolismo dos carboidratos. �Liberado pelo hormônio CRH do hipotálamo. 9 Hormônio Adrenocorticotrópico (ACTH) �Concentrações basais mais elevadas pela manhã e queda ao longo do dia. Hormônio Folículo Estimulante (FSH) � Gonadotrófo (afeta as gônodas) � Liberado pelo hormônio GnRH do hipotálamo. � Suas glândulas-alvo são as glândulas sexuais (ovário nas mulheres e testículos nos homens); Menino – Crescimento dos testículos; Homem – Espermatogênese; Menina – Crescimento dos ovários; Mulher – Crescimento e maturação do folículo Secreção do Estrogênio Hormônio Luteinizante (LH) �Gonadotrófo; �Provoca a secreção dos hormônios sexuais em homens (testosterona) e mulheres (estrogênio e progesterona); �É chamado de hormônio estimulante das células intersticiais (ICSH) nos homens, pois estimula essas células do testículo a sintetizar e secretar testosterona. �Determina a ovulação nas mulheres. �Liberado pelo hormônio GnRH do hipotálamo. 10 Prolactina (PRL) �Lactotrófo; �Também chamado de hormônio lactogênico; �Promove a produção do leite materno e o crescimento das mamas �Liberado pelos hormônios TRH e PRH do hipotálamo; �Inibido pelo hormônio PIF do hipotálamo. Prolactina (PRL) �Além de reguladora da lactação e reprodução, também pode atuar na manutenção da homeostase, pela regulação do balanço hidroeletrolítico. �Estímulos para a secreção: sucção mamilar, estresse e aumento, principalmente, dos estrógenos. Agem no hipotálamo. �Também age sobre o sistema imunológico, controle hidroeletrolítico e em situações de estresse. Hormônio do Crescimento (GH) ou Somatotropina �Somatotrófo; �Age sobre o crescimento dos músculos esqueléticos e ossos longos do corpo. Estimula a liberação de IGFs (fatores de crescimento), também conhecidos como somatomedinas, pelo fígado; �Estimula a síntese protéica; �Manutenção dos níveis de glicose no sangue, pela redução da utilização da glicose para fins energéticos (mobiliza ácidos graxos); �Secretado durante toda a vida, com maior papel durante a fase de crescimento. �Baixa secreção durante o dia, com pulsos de secreção durante a primeira fase do sono. �Após a adolescência diminui um pouco a sua secreção, mas ainda continua agindo sobre o crescimento de alguns ossos, como a mandíbula e o nasal. 11 �Liberado pelo hormônio GHRH do hipotálamo; �Inibido pelo hormônio GHRIH ou somatostatina, do hipotálamo. Fonte: Silverthorn, 2014 Estimulação do Crescimento da Cartilagem e do Osso �Papel da Somatomedina. �O GH faz com que o fígado, principalmente, secrete a somatomedina, que atua sobre a cartilagem e o osso. Estimulação da formação de Proteína pelo GH Provoca o crescimento da maioria dos outros tecidos, pois aumenta a produção protéica, através de diversos fatores: 1. Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares, para sintetizar proteínas. 2. Aumento da formação de RNA, que aumenta a formação de proteínas. 3. Aumento dos ribossomos da célula, para acelerar a velocidade de síntese protéica. 4. Degradação diminuída das proteínas, uma vez formadas, permitindo o maior acúmulo no interior das células. 12 Hipófise Posterior ou Neurohipófise Extensão do hipotálamo que armazena dois hormônios que são sintetizados em neurônios do hipotálamo. Ambos são liberados por impulsos nervosos do hipotálamo. Fonte: Stanfield, 2014 Hormônios da Hipófise Posterior Ocitocina �Órgãos-Alvo: útero e glândulas mamárias, na mulher e possivelmente o ducto deferente no homem. �Estimula a contração dos músculos lisos ao redor dos ductos das glândulas mamárias, liberando o leite materno; �Reflexo de Ejeção do Leite; �Estimula a contração da musculatura do útero no início do trabalho de parto. Ocitocina �Controle da ingestão e/ou excreção de eletrólitos. Atua nos túbulos renais aumentando a excreção de sódio. �Promove vasodilatação sistêmica. �Induz a liberação do Peptídeo Natriurético Atrial (PNA). �Age sobre o SNC, inibindo a ingestão de sódio. �Nos homens, age sobre o tecido muscular, aumentando a motilidade dos túbulos seminíferos, podendo influenciar o transporte do esperma. Vasopressina ou Hormônio Antidiurético (ADH) �Órgão-alvo principal: Rim (a reabsorção de água ocorre nos túbulos renais) �Reduz a perda de água, pois auxilia na retenção de fluido no corpo. �Potente vasoconstritor. �É liberado em situações como: plasma concentrado (osmolaridade plasmática elevada), estresse, baixo volume plasmático (perda de sangue, reposição de líquido inadequada); �Sua liberação é estimulada pela ativação dos osmorreceptores capazes de detectar pequenos aumentos (1 a 2%) na osmolalidade do fluido extracelular. �O mecanismo para aumentar a reabsorção de água é aumentando a dimensão dos poros epiteliais dos túbulos renais, para a água passar facilmente. �Apresenta um segundo órgão-alvo, os vasos sanguíneos. O ADH produz contração dos músculos dos vasos sanguíneos, elevando a PA. 13 TIREÓIDE � Está localizada em torno da traquéia, próximo da junção com a laringe. � Composta por unidades secretoras chamadas folículos, estruturas globulares revestidas por uma camada de células cúbicas. � Secreta os hormônios Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4 ou Tiroxina) e também a calcitonina. TIREÓIDE � Os folículos são preenchidos por colóide, cujo principal componente é uma proteina chamada tireoglobulina (TG), que apresenta resíduos do aminoácido tirosina. � Entre os folículos encontram-se células diferentes chamadas células C ou parafoliculares. Fonte: Siverthorn, 2014; Curi e Procópio, 2009. Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4) �Necessitam de iodo para sua síntese, obtido pela alimentação e absorvido pelos folículos da tireóide; �Nos folículos o iodo se liga ao aminoácido chamado tirosina e formam monoiodotirosina (MIT) ou didiodotirosina (DIT). �Algumas DITs e MITs se acoplam e formam tironinas iodadas. Duas tirosinas = uma tironina. 14 Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4) �Se houver o acoplamento de uma DIT e uma MIT, teremos uma tironina com 3 iodos. �Se forem duas DITs que se acoplam, teremos uma tironina com 4 iodos. �A ligação com quatro moléculas de iodo forma a tetraiodotironina (T4 ou tiroxina). �Se somente três moléculas ficam ligadas, forma-se o hormônio chamado triiodotironina (T3) Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4) �T3 é mais potente do que T4; �T4 é secretado em maior quantidade do que o T3; �Aumentam a velocidadedo metabolismo; pois afetam o metabolismo dos carboidratos, das proteínas e lipídios, aumentando o consumo de oxigênio e a produção de calor. �Estimulados pela secreção de TSH; Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4) �Quando se ligam aos seus receptores, ativa ou inibe a transcrição de genes específicos e síntese de proteínas específicas. �Esses hormônios são os principais reguladores da taxa metabólica basal e são importantíssimo para manutenção da temperatura corporal, ao ativar a síntese e/ou hidrólise de ATP. �Quando os níveis plasmáticos de T3 e T4 são suficientes, a realimentação negativa impede a secreção de TRH e, conseqüentemente, de TSH. �Período de latência para seus efeitos, mas os efeitos são mais prolongados. Fonte: Silverthorn, 2014 Calcitonina �Hormônio da tireóide que não necessita de iodo; �Envolvida na regulação do cálcio e do fósforo plasmático através da absorção dos elevados níveis de cálcio no sangue, diminuindo os níveis sanguíneos. �Produzida pelas células chamadas parafoliculares (células C), localizadas entre os folículos. �Ativada pelo aumento de cálcio no sangue. �Mais ativa nas crianças do que em adultos. �Não exerce efeito nos padrões metabólicos. 15 PARATIREÓIDES Pequenas glândulas incluídas na superfície da tireóide. Paratormônio (PTH) �Principal controlador do metabolismo do cálcio e do fósforo. �Aumenta a concentração de cálcio e diminui de fosfato. PTH é o principal hormônio que protege o corpo contra a hipocalcemia. Seus alvos primários são os ossos e os rins. Meia-vida curta (menos de 5 minutos). Uma queda de 0,2 mEq/L na concentração sanguínea de Ca++ produz um aumento nos níveis de PTH circulante que partem dos valores basais (5% do máximo) e atingem os valores máximos Fonte: Martini et al., 2014 �Estimulado pelo nível baixo de cálcio no sangue; �Órgãos-alvo: ossos, intestinos e rins; �Aumento de liberação de cálcio dos ossos, estimulação da reabsorção de cálcio da urina pelos rins e aumento da absorção de cálcio pelo intestino junto com a vitamina D. �Aumento da excreção renal de fosfato. �Mecanismo homeostático vital do corpo, pois o cálcio está envolvido na contração muscular e geração do impulso nervoso. �A calcitonina atua como antagonista do PTH. 16 PTH e Calcitonina Fonte: Martini et al., 2014 PTH e Calcitonina GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS (ADRENAIS) �Localizadas acima dos rins; GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS (ADRENAIS) �Consiste em duas regiões, córtex (mais externo) e medula (mais interna), que produzem hormônios diferentes. Medula da Supra-renal �Porção central da supra-renal. �Origina-se embrionariamente das células da crista neural, que também originam os neurônios simpáticos pós-ganglionares. Pode ser considerada uma porção modificada do SN Simpático. �Formada por células cromafins. Hormônios da Medula Supra-Renal � As células cromafins produzem dois hormônios: Adrenalina (Epinefrina) e Noradrenalina (Norepinefrina). � Apenas a norepinefrina é liberada das terminações dos nervos simpáticos pós-ganglionares. � Os neurônios pré-ganglionares do SN Simpático se dirigem para as células cromafins. � As catecolaminas são liberadas das terminações dos nervos simpáticos e da medula suprarrenal em resposta a concentrações reduzidas de glicose, estresse e exercício. � Hormônios simpaticomiméticos. 17 � Não são essenciais, pois o SN Simpático pode suprir a necessidade do corpo. � Junto com o SN Simpático, mantém a pressão sanguínea e ajudam a regular o metabolismo dos carboidratos. � Adrenalina (Epinefrina) - Eleva a taxa de glicose no sangue e estimula a liberação do hormônio ACTH pela hipófise, que estimula a liberação dos glicocorticóides pelo córtex da supra-renal. Também aumenta os batimentos cardíacos. � Noradrenalina (Norepinefrina) – Aumenta a taxa e a força de contração da musculatura cardíaca. Córtex da Supra-renal �Parte mais externa da supra-renal. �Constitui cerca de 80% do peso total da glândula. �Derivado, embrionariamente, da mesoderme, que também dá origem às gônadas. �Suas células estão organizadas em três camadas: zona glomerulosa, zona fasciculada e a zona reticulada. �Secreta os hormônios esteróides: Glicocorticóides, mineralocorticóides e hormônios sexuais. Hormônios do Córtex Supra-renal Glicocorticóides: (cortisol e cortisona) �Produzidos na zona fasciculada do córtex. �Mantém o nível de glicose na corrente sanguínea entre as refeições, pois atua sobre o metabolismo de proteínas e gorduras, estimula a gliconeogênese e diminui a utilização de glicose pelas células. �O principal glicocorticóide é o cortisol ou hidrocortisona, produzido em períodos de estresse. Sua secreção é controlada pelo ACTH. �Concentrações basais mais elevadas pela manhã e queda ao longo do dia. 18 Mineralocorticóides: �Produzidos pela zona glomerulosa do córtex da supra- renal. �Principal mineralocorticóide é a aldosterona, cujo órgão-alvo principal é o rim. �Provoca a reabsorção de sódio e água e a eliminação de potássio, nos túbulos distais do rim. �Importante papel na regulação do volume sanguíneo e da PA. �Sua secreção é controlada por uma enzima chamada renina, liberada pelo rim em resposta ao SN Simpático em resposta aos baixos níveis de sódio ou diminuição da pressão ou volume do sangue. Através do sistema renina-angiotensina �A liberação de aldosterona é diretamente controlada pela concentração plasmática de potássio. �Maior quantidade de sódio no organismo diminui a secreção de aldosterona. Hormônios Sexuais: �Androgênios (homens) e Estrogênio (mulheres). �Em pequena quantidade. GÔNADAS �Ovários (mulheres) e testículos (homens). �Produzem os hormônios responsáveis pela manutenção da função reprodutiva. 19 Ovários �Produzem 02 hormônios principais: estrogênio e progesterona. �Secreção é controlada pelos hormônios FSH e LH da adenohipófise. �Funções dos estrógenos: aumento dos órgãos sexuais externos, crescimento das mamas e do aparelho mamário produtor de leite, deposição de maior quantidade de gordura nos tecidos subcutâneos (nádegas e coxas principalmente). �Funções da progesterona: preparação do útero para a implantação do óvulo fertilizado, desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos mamários e aumento do volume das mamas. Testículos �Hormônios Androgênicos �Principal hormônio é a testosterona, que é um esteróide anabolizante �Secreção controlada pelo LH e FSH �Funções da testosterona: crescimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais, crescimento dos pêlos, calvície, alterações da voz, aumento da espessura da pele, crescimento músculo-esquelético. TIMO �Glândula situada na parte superior da cavidade torácica; �Maior na criança; �Secreta hormônios chamados timosinas, que desempenham importante papel no sistema imune (desenvolvimento dos linfócitos T). GLÂNDULA PINEAL �Situada próximo ao tálamo; �Sintetiza e secreta um hormônio chamado melatonina; �Secreção controlada por sinais nervosos produzidos pela quantidade de luz; Melatonina �Segue até a adenohipófise, inibindo a secreção dos hormônios gonadotrópicos (em animais); �No ser humano ????? PÂNCREAS �Glândula Exócrina e Endócrina; �Sua parte endócrina consiste de células chamadas ilhotas pancreáticas (de Langerhans). � Aproximadamente um milhão de ilhotas, compondo cerca de 1/6 a 2% da massa pancreática, estão espalhadas pelo pâncreas. �Essas ilhotas possuem pelo menos 3 tipos de células: células alfa, células beta e células delta. �Hormônios endócrinos: Insulina, Glucagon e Somatostatina. 20 Insulina �Secretada pelas células beta das ilhotas de Langerhans; �Secreção controlada pelo aumento da concentração plasmática de glicose e de aminoácidos; �Funções: Estimula a captação de nutrientes pelos tecidos, controla o metabolismo celular dos nutrientes e, principalmente, facilita a difusão da glicose através da membrana celular. �Falta de insulina provoca o acúmulo de glicose no sangue. Esse acúmulo é denominado Diabete Mellitus. Glucagon �Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans;�Controlado pela baixa concentração de glicose no sangue; �Funções: Estimula a gliconeogênese hepática e a glicogenólise, para aumentar o nível de glicose. Somatostatina �Secretada pelas células delta das ilhotas de Langerhans; �Aumenta durante o estado de absorção de alimentos; �Função: Controlar a taxa de entrada das moléculas de nutrientes na circulação.
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