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Caderno Técnico Abordagem a Veículos

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR
CADERNO TÉCNICO
ABORDAGEM A VEÍCULOS
Porto Alegre, RS, 31 de julho de 2015.
3
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Posição da arma de fogo - “guarda média” ...............................................10
Figura 2 – Código de Cores de Cooper .....................................................................13
Figura 3 – Posição da viatura para a abordagem ......................................................15
Figura 4 – Posição inicial em abordagem de rotina a automóvel ..............................16
Figura 5 – Posição dos PM em abordagem de rotina a automóvel ...........................16
Figura 6 – Posição inicial dos PM em abordagem de rotina à motocicleta ................17
Figura 7 – Posição dos PM em abordagem de rotina à motocicleta ..........................17
Figura 8 – Posição de busca pessoal utilizando o veículo como apoio .....................19
Figura 9 – Posição de busca pessoal utilizando anteparo como apoio .....................20
Figura 10 – Posição dos PM - Abordagem a automóvel - Fundada suspeita ............21
Figura 11 – Desembarque do condutor de veículo - Fundada suspeita ....................22
Figura 12 – Posição do abordado para a busca pessoal - Fundada suspeita ...........22
Figura 13 – Posição do(s) abordado(s) para a busca pessoal - Fundada suspeita ...23
Figura 14 – Posição para a busca pessoal – Situação de fundada suspeita .............23
Figura 15 – Posição dos PM para a abertura do porta-malas ...................................24
Figura 16 – Posição dos PM - Abordagem à motocicleta - Fundada suspeita ..........25
Figura 17 – Posição para a busca pessoal – Motocicleta - Fundada suspeita ..........25
Figura 18 – Posição de abordagem – Guarnição tipo PATAMO ................................26
Figura 19 – Posição de abordagem – Guarnição tipo POE .......................................27
5
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
2.BASE LEGAL .......................................................................................................... 8
3.CONCEITOS BÁSICOS .......................................................................................... 9
 3.1 Abordagem policial ............................................................................................ 9
 3.2 Veículo automotor ............................................................................................. 9
 3.3 Automóvel ......................................................................................................... 9
 3.4 Motocicleta ........................................................................................................ 9
 3.5 Estacionamento ................................................................................................ 9
 3.6 Suspeito intuído ................................................................................................ 9
 3.7 Fundada suspeita .............................................................................................. 9
 3.8 Identificação ...................................................................................................... 10
 3.9 Busca pessoal ................................................................................................... 10
 3.10 Poder de polícia .............................................................................................. 10
 3.11 Posição “guarda média” .................................................................................. 10
4.FINALIDADES DA ABORDAGEM ........................................................................... 11
5.PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM ............................................................................. 11
 5.1 Segurança ......................................................................................................... 11
 5.2 Surpresa ............................................................................................................ 11
 5.3 Rapidez ............................................................................................................. 12
 5.4 Ação vigorosa .................................................................................................... 12
 5.5 Unidade de comando ........................................................................................ 12
6.AVALIAÇÃO DE RISCOS ........................................................................................ 12
7.NÍVEIS DE ALERTA ................................................................................................ 13
8.FASES DA ABORDAGEM A VEÍCULO ................................................................... 14
 8.1 Procedimentos comuns anteriores à abordagem ............................................ 14
 8.1.1 Verificação inicial ...................................................................................... 14
 8.1.2 Planejamento mental ............................................................................... 14
 8.1.3 Plano de ação .......................................................................................... 14
 8.1.4 Localização .............................................................................................. 14
 8.1.5 Ordem de parada e estacionamento do veículo a ser abordado ............. 15
 8.1.6 Estacionamento da viatura ....................................................................... 15
 8.2 Procedimentos durante a execução da abordagem ......................................... 16
 8.2.1 Nível de alerta AMARELO – Automóvel – Dois policiais .......................... 16
 8.2.2 Nível de alerta AMARELO – Motocicleta – Dois policiais ........................ 17
 8.2.3 Nível de alerta LARANJA – Automóvel – Dois policiais ........................... 18
 8.2.4 Nível de alerta LARANJA – Motocicleta – Dois policiais .......................... 20
 8.2.5 Nível de alerta VERMELHO – Automóvel– Dois policiais ........................ 22
 8.2.6 Nível de alerta VERMELHO – Motocicleta – Dois policiais ...................... 25
 8.2.7 Dispositivo PATAMO – Três policiais ........................................................ 27
 8.2.8 Dispositivo POE – Quatro policiais .......................................................... 28
 8.3 Encerramento da abordagem ........................................................................... 29
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 30
7
ABORDAGEM A VEÍCULO
1. INTRODUÇÃO
Dentre as competências atribuídas às Polícias Militares, previstas no art. 144 da 
Constituição Federal e replicadas na Constituição Estadual, a abordagem constitui-se em 
um dos momentos mais comuns da interface entre policiais e cidadãos, nos quais os proce-
dimentos adotados variam de acordo com as circunstâncias e a avaliação prévia do policial 
sobre a pessoa abordada.
Caracterizada como um ato administrativo, derivado do Poder de Polícia, com os 
atributos da imperatividade, coercibilidade e auto-executoriedade, a abordagem é um tipo de 
intervenção proativa, característica da polícia preventiva, que ocorre durante as atividades 
de policiamento, envolvendo a interceptação de pessoas e veículos e que objetiva a verifi-
cação acerca da identidade daquelas e da situação documental do veículo, podendo estar 
relacionada, ou não, a uma determinada infração penal.
Tal ato, típico da polícia preventiva, para ser válido, deve partir de órgão compe-
tente, observando a forma que lhe for peculiar, tudo diante de uma situação de fato e de di-
reito que diga respeito à atividade policiada, devendo, finalmente, ser lícito o seu objeto, ser 
legal a sua finalidade, a qual deve permear toda a concretização do ato deabordar, desde a 
formação da conduta suspeita, até o objetivo imutável de promover a segurança e de prote-
ger a sociedade, que é o fim deste ato de interferência. 
Além disso, merece destaque o fato de que a abordagem, ao mesmo tempo em 
que se constitui em uma ação policial rotineira, dela podem advir situações inusitadas que 
requeiram o uso da força em todas as suas gradações, na medida em que tal intervenção 
policial está diretamente relacionada ao comportamento e ao grau de resistência oferecido 
pelo suspeito.
Nesse espectro, em breve análise sobre o modus operandi da criminalidade atu-
al, perceberemos que, na grande maioria dos delitos, são utilizados veículos automotores, 
seja para deslocamento até o local onde o delito será praticado, seja para facilitar a fuga 
e garantir o anonimato aos delinquentes, não sendo arriscado afirmar-se que, em mais da 
metade dos roubos a pedestre, o meio de transporte escolhido será a motocicleta, em razão 
de possuir maior fluidez no trânsito, mesmo em situações de congestionamentos das vias; 
possibilidade de transitar em becos, escadarias e vielas, além de realizar conversões rápidas 
em espaços reduzidos. Não é à toa que o Departamento Nacional de Trânsito registrou um 
vertiginoso aumento da frota destes tipos de veículos, de 3,5 milhões no ano 2000, para 23 
milhões em maio de 2015 (DENATRAN, 2015).
Neste sentido, esta normatização visa orientar o comportamento policial frente 
aos diferentes tipos de abordagem a veículo, contribuindo para o aumento da segurança 
individual do policial e dos demais atores nela envolvidos, direta ou indiretamente, apresen-
tando procedimentos padronizados, embora não estanques e impositivos, uma vez que a 
previsibilidade de tal ação não pode ser alcançada no todo, devendo ser respeitada a au-
tonomia e discricionariedade dos agentes quanto à tomada de decisões de acordo com as 
circunstâncias que lhe são postas, desde que adequadas aos parâmetros legais.
8
2. BASE LEGAL
a) Constituição Federal, de 05 Out 1988:
Art. 5º - Dos direitos e garantias individuais e coletivos;
Art. 144, inciso V, § 5.º - Competência das Polícias Militares.
b) Decreto-Lei N.º 3.688, de 03 Out 1941 (Lei das Contravenções Penais):
Artigo 68 - (Recusa de Dados Sobre a Própria Identidade ou Qualificação.
c) Decreto-Lei N.º 3.689, de 03 Out 1941 (Código de Processo Penal): 
Art. 240 ao 249 - Aspectos legais da busca pessoal;
Art 301 ao 303 – Prisão em flagrante.
d) Lei N.º 4.898, de 09 Dez 1965 (Abuso de Autoridade).
Art. 3.º e 4.º - (Caracterização do Crime).
e) Lei N.º 5.172, de 25 Out 1966 (Código Tributário Nacional):
Art. 78 - Poder de Polícia. 
f) Lei 9503/96, de 23 Set 1997 (Código de Trânsito Brasileiro)
Art. 29, inciso VII - Prerrogativas dos veículos policiais nas vias públicas;
Anexo I – Dos conceitos e definições.
g) Lei nº 13.060, de 22 Dez 2014 (Disciplina o Uso dos Instrumentos de Me-
nor Potencial Ofensivo pelos Agentes de Segurança Pública, em todo o 
território nacional)
Art. 2º - Uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo.
h) Constituição Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, de 05 Out 1989
Art. 129 – Competências da Brigada Militar.
i) Súmula Vinculante nº 11 do STF
Uso de algemas.
j) Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 Dez 2010 (Estabelece Diretrizes 
sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública)
Anexo I – As diretrizes sobre o uso da força e armas de fogo pelos agentes de 
segurança pública.
9
3. CONCEITOS BÁSICOS
3.1 Abordagem policial
É a intervenção policial que objetiva interceptar determinada pessoa, a pé 
ou em veículo, a fim de identificá-la e/ou submetê-la à busca pessoal, de cujo ato 
poderá, ou não, resultar outras ações decorrentes, como orientação, advertência, 
prisão, notificação por infração de trânsito, apreensão de coisas ou outras que a 
situação determine.
3.2 Veículo automotor
Todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios e 
que serve, normalmente, para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a 
tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
3.3 Automóvel
Veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade 
para até oito pessoas, exclusive o condutor.
3.4 Motocicleta
Veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor 
em posição montada.
3.5 Estacionamento
Imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque 
ou desembarque de passageiros.
3.6 Suspeito intuído
É aquela pessoa que, em razão das circunstâncias de conduta, tempo e/
ou lugar, desperta no policial uma presunção de ameaça à tranquilidade pública, 
embora tal desconfiança possa não ter relação direta com determinado delito.
3.7 Fundada suspeita
É a pessoa encontrada nas situações de flagrante delito ou cujo 
comportamento induza o agente policial a visualizá-la como sendo, potencial ou 
efetivamente, autora de um delito.
10
3.8 Identificação
Compreende os procedimentos necessários para obter os dados que 
individualizam determinada pessoa, com base em suas características pessoais 
(nome, idade, filiação, naturalidade), aspectos físicos particulares (sexo, cor, 
altura, peso aproximado, tatuagens) ou circunstanciais (vestimentas, adereços, 
tipo de cabelo, barba, etc.), com base em informações documentais, consultas a 
bancos de dados digitalizados ou constatadas diretamente pelo policial.
3.9 Busca pessoal
O ato desenvolvido por autoridade policial, através de exame corporal ou de 
elementos externos sob a posse do revistado, motivada por fundada suspeita de 
que este traga consigo elementos que comprovem a realização de crimes, devendo 
ser realizada com a observância da finalidade pública, dos direitos individuais e 
da razoabilidade em sua feitura, podendo caracterizar abuso ou constrangimento 
qualquer excesso a esta interpretação.
3.10 Poder de Polícia
É a faculdade discricionária de que dispõe a Administração Pública para 
condicionar e restringir o uso e gozo de bens ou direitos individuais, em benefício 
da coletividade ou do próprio Estado.
3.11 Posição “guarda média”
Posição em que o policial empunha sua arma de fogo, mantendo esta 
aproximadamente a 45º (quarenta e cinco graus) em relação ao solo, permitindo 
uma postura policial não demasiada agressiva, ao mesmo tempo em que permite 
uma reação imediata, no caso de uma agressão que justifique o emprego de força 
letal. 
Figura 1 - Posição da arma de fogo - “guarda média”
11
4. FINALIDADES DA ABORDAGEM
Como visto anteriormente, a abordagem policial se constitui em uma das formas 
de exteriorização do Poder de Polícia do ente estatal, tendo a mesma estrutura de qualquer 
outro ato administrativo, devendo respeitar os requisitos essenciais de finalidade, competên-
cia, motivo, forma e objeto.
Dentre estes requisitos imutáveis, a finalidade de uma abordagem policial deve 
ser sempre a de promover a segurança e de proteger a sociedade, objetivo único deste ato 
de interferência do Estado na vida dos cidadãos, podendo, conforme as circunstâncias, apre-
sentar as seguintes especificidades:
4.1 Averiguar – normalmente se processa para esclarecimento de algum compor-
tamento incomum ou inadequado por parte de um cidadão ou na disposição 
de objetos e instalações.
4.2 Advertir - é todo ato de interpelar o cidadão encontrado em conduta 
inconveniente, buscando, na abordagem, a mudança de atitude, a fim de evi-
tar o cometimento de qualquer ilícito penal (contravenção ou crime).
4.3 Orientar – É o ato de prevenir a ocorrência de delitos ou de infrações de qual-
quer ordem, através do esclarecimento ao cidadão sobre os procedimentos 
adequados que deverá seguir. 
4.4 Prender – é o ato de cerceamento da liberdade individual, seja porque encon-
trado nas situações que possibilitem a sua prisão em flagrante delito, seja por 
existência de determinação judicial nesse sentido.
4.5 Assistir – é todo auxilio prestado ao público, eventual e não compulsório, que 
embora não constituamum dever legal, repercutem favoravelmente para a 
imagem da Instituição.
4.6 Autuar – É tanto o registro documental das informações pertinentes à ação 
policial, para fins estatísticos (BA), quanto os atos formais eventualmente de-
correntes da abordagem, como as lavraturas do BO-COP, BO-TC e AIT.
5. PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM
Os princípios da abordagem lhe conferem certas limitações e fornecem diretrizes 
que facilitam a sua correta compreensão e interpretação, relacionam-se entre si e devem ser 
seguidos em todas as circunstâncias. São eles:
5.1 Segurança - O Policial Militar deve cercar-se de todas as cautelas necessá-
rias visando minimizar qualquer risco a sua integridade física ou de terceiros.
5.2 Surpresa - É o ato de abordar uma pessoa, de forma a surpreendê-la, 
não possibilitando reação ou fuga. O fator surpresa, além de contribuir 
decisivamente para a segurança dos executores da abordagem, é um 
dissuasor psicológico da resistência.
12
5.3 Rapidez - A surpresa da abordagem está proporcionalmente ligada à rapidez 
com que é desencadeada e executada. Quanto mais rápida a ação, maior a 
surpresa e menor a possibilidade de reação.
5.4 Ação vigorosa - É a ação enérgica e resoluta, por parte do Policial Militar, 
caracterizada por uma postura corporal firme e uma adequada entonação da 
voz, demonstrando domínio da situação e equilíbrio emocional, sem, contudo, 
incorrer em arbitrariedades ou violências físicas desnecessárias. 
5.5 Unidade de comando - Ao se realizar uma abordagem, certos comandos 
verbais devem ser emitidos visando o perfeito entendimento, por parte do 
abordado, das ações que deva realizar. Este princípio consiste em se ter um 
comando único na ação, evitando, assim, conflitos de ordens e mantendo o 
controle das ações desenvolvidas.
6. AVALIAÇÃO DE RISCOS
Qualquer intervenção policial, seja a mais simples ou a de maior complexidade, 
deve ser precedida de uma análise criteriosa das informações, de forma que sejam organi-
zadas, trabalhadas e transformadas em dados, aplicando-se a metodologia de avaliação de 
risco.
A primeira análise a ser feita pelo policial é aquela relativa à identificação dos 
direitos e garantias violados ou na iminência disso. Para tanto, numa abordagem a veículo, 
deve observar, dentre outros aspectos, a presença de crianças, gestantes e idosos no inte-
rior daquele; se o local e as condições da via oferecem segurança para a realização desse 
tipo de intervenção, o comportamento do condutor (cooperativo ou resistente), presença de 
reféns, dentre outras circunstâncias específicas.
Ainda dentro dessa análise, o policial deve considerar as características de cada 
tipo de veículo automotor que será abordado (de transporte de passageiros ou cargas; de 
duas ou quatro rodas; número de portas), o que influenciará, sobremaneira, na definição dos 
pontos de risco e das ameaças a serem monitoradas.
Dentre outras medidas importantes para avaliar os riscos a que estará exposto, o 
policial deve analisar a quantidade e as características físicas dos ocupantes, correlacionan-
do aquela situação fática com as informações que previamente já dispunha.
Deve, também, consultar a placa para averiguar se o veículo se encontra em 
situação regular, buscar identificar se existe algum outro veículo dando cobertura ou acom-
panhando aquele que está sendo abordado, atentar para a hipótese de algum material do 
interior do veículo ter sido dispensado nas imediações e, por fim, considerar a possibilidade 
da existência de armas de fogo naquele cenário.
Assim, nos momentos que precedem a abordagem, quanto mais específicas fo-
rem as respostas às questões anteriores e as informações colhidas, mais precisa será a 
classificação de risco, contribuindo para o preparo mental e para a adoção de um nível de 
alerta adequado, além de subsidiar a elaboração de um plano de ação mais eficaz.
13
7. NÍVEIS DE ALERTA
Como vimos, a análise prévia de todos os dados levantados e dos aspectos legais 
envolvidos em cada abordagem, servirá para nortear os policiais quanto à decisão de iniciar, 
ou não, a abordagem, bem como quanto à escolha dos dispositivos táticos e os níveis de 
alerta envolvidos, coerentes com a situação apresentada.
Nesse sentido, “nível de alerta” seria a gradação de risco a que está exposto o 
policial durante a abordagem a veículo, determinado pelos fatores de suspeição e que de-
mandará uma maior ou menor precaução quanto aos procedimentos de segurança, visando 
prevenir ou minimizar uma eventual situação de perigo.
Para tanto, diversos organismos policiais, no mundo todo, adotam o “Código de 
cores de Cooper” (John Dean Cooper, Coronel da Marinha Americana), que desenvolveu 
um código de quatro níveis de alerta, a fim de esclarecer qual intensidade de atenção uma 
situação específica merece.
Figura 2 – Código de cores de Cooper
Como podemos ver, o nível de alerta “BRANCO” caracterizaria o comportamento 
de uma pessoa completamente relaxada, desatenta a tudo que ocorre ao seu redor, despre-
parada mentalmente para agir frente a uma situação inusitada com a qual se deparasse.
Óbvio que tal postura não condiz com aquela exigida de um policial armado, 
estando, ou não, de serviço, motivo pelo qual o referido nível de alerta será desconsiderado 
nesta normatização, iniciando-se tal gradação da forma que segue:
7.1 Amarelo – situação caracterizada apenas como ação preventiva e fiscalizadora, 
sem qualquer tipo de suspeição prévia, geralmente com fulcro na verificação 
dos documentos pessoais e do veículo.
7.2 Laranja – neste nível de alerta há uma suspeita intuída pelo policial, ou mo-
tivada por informações de terceiros, sobre a possibilidade de existência de 
irregularidade por parte de algum ocupante do veículo, embora não haja con-
dições, ainda, de relacioná-la diretamente a qualquer infração penal.
14
7.3 Vermelho – esta avaliação exige a máxima atenção, por parte do policial, 
quanto aos procedimentos de segurança a serem adotados, haja vista uma 
fundada suspeita, ou relativa certeza, acerca da periculosidade ou cometi-
mento de infração penal por parte de algum dos ocupantes do veículo.
8. FASES DA ABORDAGEM A VEÍCULO
8.1 Procedimentos comuns anteriores à abordagem 
 8.1.1 - Verificação inicial
Sempre que possível, antes de qualquer outro procedimento de 
abordagem ao veículo, os policiais devem solicitar ao Posto Diretor de 
Rede (PDR) as informações cadastrais relativas àquele, bem como os 
dados pessoais de seu proprietário, seus antecedentes policiais e demais 
informações jugadas pertinentes.
 8.1.2 - Planejamento mental
De posse das informações acima referidas, deverá ser feita uma 
análise preliminar da intervenção, avaliando o seu nível de alerta e fatores 
circunstanciais (fato motivador, local, horário, perfil policial e quantidade 
de pessoas envolvidas, etc.), ao término da qual se decidirá qual o tipo de 
abordagem adequado à situação.
 8.1.3 - Plano de ação
Considerando-se todos os quesitos já verificados no planejamento 
mental, adotar-se-á um plano, escrito ou verbal, para a prática da abordagem, 
com uma definição prévia das funções que cada policial desempenhará no 
desencadeamento da ação.
 8.1.4 - Localização
Informação, ao seu PDR, acerca da exata localização da viatura e 
confirmação das características do veículo que será abordado (marca, tipo, 
cor e placas), uma vez que tais informações permitirão o conhecimento prévio 
desta ação policial e dos dados preliminares do veículo alvo, possibilitando o 
apoio de outras guarnições, caso necessário.
15
 8.1.5 - Ordem de parada e estacionamento do veículo a ser abordado
Caso o veículo a ser abordado esteja em movimento, a guarnição deve 
exteriorizar, de forma clara e inequívoca, por meio do acionamento das luzes 
de emergência da viatura e/ou toques curtos na sirene, a intenção de que 
aquele deve estacionar para ser fiscalizado.
 8.1.6 - Posicionamento da viatura
A viatura deverá ser estacionada à retaguarda do veículo abordado, a 
uma distância deaproximadamente cinco metros, sendo importante que tal 
distância não seja tão menor ao ponto de não proporcionar a devida segurança 
e adequada mobilidade dos policiais, tampouco maior, dificultando o domínio 
visual e verbal da situação.
Também, a viatura deverá ser estacionada de modo que o seu farol 
dianteiro direito fique alinhado com a placa traseira daquele, permitindo, com 
isso, à noite, a “cortina de faróis”, ou seja, a utilização do reflexo do sistema de 
iluminação dianteira da viatura nos espelhos retrovisores, interno e esquerdo, 
do veículo abordado, a fim de ofuscar a visão dos seus ocupantes. 
POLÍCIA
POLÍCIA
2 a 5 m
aproximadamente
Figura 3 – Posição da viatura para a abordagem
Sob os pontos de vista tático e estratégico, esse posicionamento da 
viatura, além de dar celeridade no desembarque e embarque dos policiais, 
permite que o veículo policial seja utilizado como abrigo, haja vista que o 
bloco do motor, as rodas e as demais partes dianteiras oferecerão uma certa 
proteção física aos policiais contra eventuais disparos de arma de fogo.
De outra sorte, facilitará o controle visual das portas e janelas do veículo, 
ofertando uma posição segura para emprego das técnicas de verbalização 
por parte do PM Motorista, que terá a melhor posição tática em relação ao 
motorista do veículo abordado, enquanto o outro policial (PM Patrulheiro) 
executará a cobertura e a segurança do perímetro;
16
8.2 Procedimentos durante a execução da abordagem:
É o desencadeamento da ação policial propriamente dita, depois de 
cumpridos os procedimentos anteriores e que, conforme a avaliação do seu nível 
de alerta, o tipo de veículo a ser abordado, bem como a quantidade de policiais 
envolvidos, seguirá as seguintes variantes:
 8.2.1 - Nível de alerta AMARELO – Automóvel– Dois policiais
a. Os dois policiais, Motorista e Patrulheiro, desembarcarão da viatura 
com as armas no coldre, sendo que o PM Motorista deslocará à fren-
te, na direção do veículo, posicionando-se na altura da sua coluna 
central esquerda, fora do raio de abertura da porta dianteira esquer-
da, enquanto o PM Patrulheiro se colocará junto à coluna traseira 
direita, realizando a varredura visual no interior do veículo quanto à 
existência de outros ocupantes ou a existência de objetos suspeitos;
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 4 – Posição inicial em abordagem de rotina a automóvel
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 5 – Posição dos PM em abordagem de rotina a automóvel
b. O PM Motorista cumprimentará o condutor e solicitará que desligue 
o motor do veículo e baixe os vidros, caso isso já não tenha sido 
feito, bem como, se for à noite ou em ambientes de baixa luminosi-
dade, pedirá àquele que ligue as luzes internas do veículo, a fim de 
facilitar a visualização do seu interior;
17
c. Se o condutor sair do veículo quando da aproximação policial, o PM 
Motorista deve conduzi-lo, verbalmente, para um local seguro, fora 
do fluxo de trânsito, mesmo procedimento que deverá ser tomado 
pelo PM Patrulheiro em relação aos eventuais passageiros;
d. Após, de forma respeitosa e cordial, deverá requisitar a apresen-
tação dos documentos de porte obrigatório, Carteira Nacional de 
Habilitação (CNH) e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA) do 
veículo;
e. Caso a abordagem policial objetive a fiscalização de equipamentos 
obrigatórios ou isto se mostre necessário no decorrer da ação, o 
PM Motorista determinará que o condutor, caso haja permanecido 
no interior do veículo, desembarque, a fim de acompanhar tal pro-
cedimento;
f. Em caso de qualquer suspeição quanto à situação criminal de al-
gum dos ocupantes do veículo, deve ser realizada a verificação dos 
respectivos Registros Gerais (RG), a qual será procedida pelo PM 
Motorista, permanecendo o PM Patrulheiro na função de seguran-
ça da abordagem, seguindo, a partir de então, os procedimentos 
técnicos previstos para o nível de alerta LARANJA, sendo mantido 
amplo controle visual sobre as pessoas que permanecerem no in-
terior do veículo;
g. Não sendo constatada qualquer irregularidade, os documentos se-
rão restituídos ao condutor e eventuais passageiros, oportunidade 
em que deverá ser explicado o motivo daquela abordagem, bem 
como ser agradecida a atenção dispensada e a cooperação com tal 
atividade policial.
 8.2.2 - Nível de alerta AMARELO – Motocicleta – Dois policiais
a. Ambos os PM, Motorista e Patrulheiro, desembarcarão da viatura 
com as armas no coldre, sendo que o PM motorista deslocará à 
frente, na direção da motocicleta, posicionando-se à esquerda do 
condutor, enquanto o PM patrulheiro se postará na parte traseira 
direita daquela, atentando para qualquer movimento por parte de 
algum dos tripulantes;
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 6 – Posição inicial dos PM em abordagem de rotina à motocicleta
18
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 7 – Posição dos PM em abordagem de rotina à motocicleta
b. O PM Motorista cumprimentará o condutor e solicitará que a moto-
cicleta seja desligada, caso isso já não tenha sido feito, bem como 
que seu condutor, e por ventura o passageiro, desmonte(m) e reti-
re(m) os capacetes, colocando-os no guidão da motocicleta;
c. Se o condutor desmontar da motocicleta quando da aproximação 
policial, o PM Motorista deve conduzi-lo, verbalmente, para um local 
seguro, fora do fluxo de trânsito, mesmo procedimento que deverá 
ser tomado pelo PM Patrulheiro em relação a eventual passageiro;
d. Após, de forma respeitosa e cordial, deverá requisitar a apresentação 
dos documentos de porte obrigatório, Carteira Nacional de Habilita-
ção (CNH) e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA) do veículo;
e. Caso tal ação policial objetive a fiscalização de equipamentos obri-
gatórios, ou isto se mostre necessário em seu decorrer, o PM Moto-
rista determinará que o condutor acompanhe tal procedimento;
f. Em caso de qualquer suspeição quanto à situação criminal de algum 
dos ocupantes da motocicleta, deve ser realizada a verificação dos 
respectivos Registros Gerais (RG), a qual será procedida pelo PM Mo-
torista, permanecendo o PM Patrulheiro na função de segurança da 
abordagem, seguindo, a partir de então, os procedimentos técnicos 
previstos para o nível de alerta LARANJA;
g. Não sendo constatada qualquer irregularidade, os documentos se-
rão restituídos ao(s) abordado(s), oportunidade em que deverá ser 
explicado o motivo daquela abordagem, bem como ser agradecida 
a atenção dispensada e a cooperação com aquela atividade policial.
 8.2.3 - Nível de alerta LARANJA – Automóvel– Dois policiais
a. Os dois policiais, Motorista e Patrulheiro, desembarcarão da viatura 
e liberarão o dispositivo de retenção de suas armas de fogo, man-
tendo-as no coldre, mas adotando uma postura corporal que, caso 
se faça necessário, facilite o saque;
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b. Por sua vez, o PM Motorista deslocará à frente, na direção do veí-
culo, posicionando-se na altura da sua coluna esquerda, fora do raio 
de abertura da porta dianteira esquerda, enquanto o PM Patrulheiro 
se colocará junto à coluna traseira direita, objetivando a varredura 
visual no interior do veículo quanto à existência de outros ocupantes 
ou a existência de armas de fogo ou outros objetos que possam ser 
utilizados, de imediato, contra a guarnição;
c. O PM motorista cumprimentará e solicitará ao condutor que desli-
gue o motor do veículo, caso isso já não tenha sido feito, bem como, 
se for à noite ou em ambientes de baixa luminosidade, pedirá àque-
le que ligue as luzes internas, a fim de facilitar a visualização do 
interior do veículo;
d. Se o condutor sair do veículo quando da aproximação policial, o PM 
Motorista deve conduzi-lo, verbalmente, para um local seguro, fora 
do fluxo de trânsito, mesmo procedimento que deverá ser tomado 
pelo PM Patrulheiro em relação aos eventuais passageiros;
e. Após, deverá requisitar do condutor a apresentação dos documen-
tos de porte obrigatório, (Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e 
o Certificado de Licenciamento Anual (CLA) do veículo, além dos 
documentos de identidadedos demais ocupantes, se houver;
f. Neste momento da abordagem o PM Patrulheiro deve redobrar sua 
atenção em relação às pessoas no interior do veículo ou que, sain-
do do mesmo, permaneçam no seu entorno, mantendo permanente 
controle visual sobre elas, especialmente quanto aos movimentos 
das mãos, fonte primária de qualquer risco;
g. Neste sentido, recomenda-se que os PM sempre mantenham uma 
distância de segurança e a visão periférica do cenário, evitando dar 
as costas em relação a qualquer pessoa abordada, para que não 
sejam surpreendidos por qualquer possibilidade de fuga ou reação 
por parte daquelas;
h. Não sendo constatada qualquer irregularidade, os documentos se-
rão restituídos ao condutor e demais passageiros, oportunidade em 
que deverá ser explicado o motivo daquela abordagem, bem como 
ser agradecida a atenção dispensada e a cooperação com aquela 
atividade policial.
i. Em contrário, havendo qualquer elemento que fundamente uma 
busca pessoal, será determinado ao(s) abordado(s) que desembar-
que(m), caso já não o tenha(m) feito, bem como se posicione(m), 
com as mãos na cabeça, um ao lado do outro, com as pernas afas-
tadas, na parte traseira do veículo ou, ainda, utilizando qualquer 
outro anteparo, nas proximidades, que ofereça condição para a re-
vista;
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j. Nessa hipótese, o PM Motorista desempenhará a função de revista-
dor, enquanto o PM Patrulheiro, com a arma em punho, na posição 45º 
graus, será o responsável pela segurança durante a execução da busca 
pessoal no(s) suspeito(s), devendo esta pautar-se pelo mínimo cons-
trangimento aos abordados;
90º
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 8 – Posição de busca pessoal utilizando o veículo como apoio
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 9 – Posição de busca pessoal utilizando anteparo como apoio
k. Ainda, sendo constatado qualquer fato que demande a prisão/apre-
ensão de qualquer das pessoas abordadas, deverão ser adotadas 
as medidas pertinentes, podendo, se as circunstâncias assim reco-
mendarem, ser solicitado o devido apoio para a consecução de tais 
medidas.
 8.2.4 - Nível de alerta LARANJA – Motocicleta – Dois policiais
a. Os dois policiais, Motorista e Patrulheiro, desembarcarão da viatura 
e liberarão o dispositivo de retenção de suas armas de fogo, man-
tendo-as no coldre, mas adotando uma postura corporal que, caso 
se faça necessário, facilite o saque e a tomada da posição de dupla 
empunhadura, em “guarda média;
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b. Por sua vez, o PM Motorista deslocará à frente, na direção da mo-
tocicleta, posicionando-se à esquerda do condutor, solicitando que 
a motocicleta seja desligada, caso isso já não tenha sido feito, bem 
como que o condutor, e por ventura o passageiro, desmonte(m) e 
retire(m) o(s) capacete(s), enquanto o PM Patrulheiro se postará 
na parte traseira direita daquela, atento a qualquer movimento dos 
abordados;
c. Se o condutor desmontar da motocicleta quando da aproximação 
policial, o PM Motorista deve conduzi-lo, verbalmente, para um local 
seguro, fora do fluxo de trânsito, mesmo procedimento que deverá 
ser tomado pelo PM Patrulheiro em relação a eventual passageiro;
d. Após, o PM Motorista deverá requisitar do condutor a apresentação 
dos documentos de porte obrigatório, Carteira Nacional de Habilita-
ção (CNH) e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA) do veículo, 
além do documento de identidade do eventual passageiro;
e. Neste momento da abordagem o PM Patrulheiro deve redobrar sua 
atenção em relação ao(s) abordado(s), mantendo controle visual 
sobre eles, especialmente quanto aos movimentos das mãos, fonte 
primária de qualquer risco;
f. Neste sentido, recomenda-se que os PM sempre mantenham uma 
distância de segurança e a visão periférica do cenário, evitando dar 
as costas em relação a qualquer pessoa abordada, para que não 
sejam surpreendidos por qualquer possibilidade de fuga ou reação 
por parte daquelas;
g. Não sendo constatada qualquer irregularidade, os documentos se-
rão restituídos ao condutor e eventual passageiro, oportunidade em 
que deverá ser explicado o motivo daquela abordagem, bem como 
ser agradecida a atenção dispensada e a cooperação com aquela 
atividade policial.
h. Em contrário, havendo qualquer elemento que fundamente uma 
busca pessoal, será determinado aos suspeitos que se posicionem 
para tal procedimento, o qual poderá ser feito utilizando qualquer 
anteparo nas proximidades como apoio, devendo a revista pautar-
se pelo mínimo de constrangimento para os abordados;
i. Sendo constatado qualquer fato que demande a prisão/apreensão 
de alguma das pessoas abordadas, deverão ser adotadas as medi-
das pertinentes, podendo, se as circunstâncias assim recomenda-
rem, ser solicitado o devido apoio para a consecução de tais medi-
das.
22
 8.2.5 - Nível de alerta VERMELHO – Automóvel– Dois policiais
a. Recomenda-se que, neste caso, havendo acompanhamento ou per-
seguição, o PM Patrulheiro já saque a sua arma de fogo, manten-
do-a em posição baixa, entre as pernas, em condição de tiro para 
responder a uma eventual reação armada por parte dos ocupantes 
do veículo suspeito;
b. Assim que o veículo suspeito parar e a viatura estiver imobilizada, 
o PM Motorista saca sua arma de fogo e, juntamente com o PM 
Patrulheiro, desembarcam da viatura, mantendo as portas abertas, 
utilizando-as como proteção, arma em “guarda média, dupla empu-
nhadura;
 Figura 10 – Posição dos PM - Abordagem a automóvel - Fundada suspeita
c. O PM Motorista determinará ao condutor que desligue o motor do 
veículo, caso isso já não tenha sido feito, bem como, se for à noite 
ou em ambientes de baixa luminosidade, pedirá àquele que ligue as 
luzes internas, a fim de facilitar a visualização do interior do veículo;
d. Neste momento, levando em consideração o nível de alerta envol-
vido, verificando que não há supremacia policial na abordagem, ou 
as informações obtidas apontem para uma alta periculosidade dos 
suspeitos ou a presença de armas naquele cenário, a guarnição 
deve solicitar apoio e aguardar a sua chegada para prosseguir em 
tal intervenção; 
e. Após, orientará que todos os ocupantes do veículo coloquem as mãos 
com os dedos entrelaçados na parte de trás da cabeça e, individual-
mente, a partir do condutor, sob comando policial e com movimentos 
lentos, abra a respectiva porta por meio da maçaneta externa e desem-
barque do veículo;
f. Após desembarcar, o suspeito deve retomar a posição de mãos an-
teriormente descrita, permanecendo ao lado do veículo, de costas 
para os PM, mantendo a respectiva porta aberta, a fim de facilitar, 
após, a verificação visual do seu interior;
23
 Figura 11 – Desembarque do condutor de veículo - Fundada suspeita
g. Quando da saída de cada suspeito do veículo, poderá ser determi-
nado àquele que, utilizando uma das mãos, erga, pela gola, as suas 
vestes superiores e faça um giro de corpo completo, possibilitando 
uma verificação visual preliminar da existência, ou não, de qualquer 
arma de fogo na altura de sua cintura;
h. Ato contínuo, mantendo a posição inicial descrita na alínea “f”, será 
determinado pelo PM Motorista que o condutor recue lentamente 
até a altura do porta-malas traseiro do veículo abordado, posicio-
nando-o entre aquele e a viatura policial, onde, então, deverá ajo-
elhar-se, cruzar as pernas e aguardar para que seja submetido à 
busca pessoal minuciosa;
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 12 – Posição do abordado para a busca pessoal - Fundada suspeita
i. Os procedimentos previstos entre as alíneas “f” e “h” serão repeti-
dos tantas vezes quantos forem os ocupantes do veículo, que fica-
rão dispostos em linha, cabendo salientar, novamente, as precau-
ções de segurança no tocante ao número de policiais que, nesta 
circunstância específica, quando possível, deve ser superior ao das 
pessoas abordadas;
j. Depois que todos os ocupantes do veículo tiverem assumido a posi-
ção para a busca pessoal, o PM Motorista, mantendo a posição da 
arma em “guarda-média” avançará à frente da viatura, assumindo 
a vigilância dos suspeitos,enquanto o PM Patrulheiro aproxima-se 
24
do veículo com o objetivo de verificar se está totalmente vazio, evi-
tando que os policiais sejam surpreendidos por algum ocupante que 
permaneceu deitado nos bancos ou no assoalho do veículo;
POLÍCIA
POLÍCIA
Figura 13 – Posição dos PM anterior à busca pessoal - Verificação do veículo
k. Feito isso, o PM Patrulheiro retoma a sua função de segurança da 
abordagem, ao mesmo tempo em que o PM Motorista, reconduzin-
do sua arma ao coldre, mas sem acionar a retenção, deslocará à 
frente e procederá a busca pessoal nos suspeitos;
POLÍCIA
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 Figura 14 – Posição para a busca pessoal – Situação de fundada suspeita
l. Depois de efetuada a busca pessoal, havendo qualquer circuns-
tância anterior que permita a prisão em flagrante delito e/ou sendo 
apreendida arma de fogo, drogas ou outro objeto ilícito de posse de 
qualquer dos abordados, lhe será dada voz de prisão, procedida a 
algemação e providenciada a sua condução para o interior da viatu-
ra ou outro lugar seguro;
25
m. Caso a situação recomende ou exija, será feita a verificação do por-
ta-malas do veículo, caso em que um dos PM, de posse da respec-
tiva chave, em um primeiro momento, somente destravará aquela 
tampa e, antes da sua abertura, deverá verbalizar (e até dar leves 
batidas na lataria), anunciando a presença policial, instante em que 
os policiais, posicionados nas laterais do veículo, farão a abertura 
da tampa;
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 15 – Posição dos PM para a abertura do porta-malas
n. Importante salientar que os PM não deverão permitir que, depois de 
procedida a busca pessoal e mesmo depois de realizada a busca 
veicular, algum dos suspeitos retorne ao veículo a pretexto de apa-
nhar qualquer objeto em seu interior, o que deverá ser feito pelos 
próprios Policiais Militares, evitando, assim, qualquer possibilidade 
de reação contra os policiais;
o. Por fim, após a checagem documental, na hipótese de não confir-
mação da fundada suspeita, os documentos serão restituídos ao 
condutor (e eventuais passageiros), oportunidade em que deverá 
ser explicado o motivo daquela abordagem, bem como ser agrade-
cida a atenção dispensada e a cooperação com aquela atividade 
policial.
 8.2.6 - Nível de alerta VERMELHO – Motocicleta – Dois policiais
a. Da mesma forma anterior, havendo acompanhamento ou persegui-
ção, o PM Patrulheiro já sacará a sua arma de fogo, mantendo-a em 
posição baixa, entre as pernas, em condição de tiro para responder 
a uma eventual reação armada por parte dos tripulantes da motoci-
cleta suspeita;
b. Assim que a motocicleta parar e a viatura estiver imobilizada, o PM 
Motorista saca sua arma de fogo e, juntamente com o PM Patrulhei-
ro, desembarcam da viatura, mantendo as portas abertas, utilizando-
-as como proteção, arma em “guarda média, dupla empunhadura;
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POLÍCIA
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 Figura 16 – Posição dos PM - Abordagem à motocicleta - Fundada suspeita
c. O PM Motorista, então, verbalizará para que a motocicleta seja des-
ligada, caso isso já não tenha sido feito, bem como que o condutor, 
e por ventura o passageiro, desmonte(m), retire(m) os capacetes, 
deixando-o(s) sobre o guidão, e se coloquem de costas para os PM, 
com os dedos das mãos entrelaçados na parte traseira da cabeça;
d. Assumida esta posição, poderá ser determinado àquele(s) para que, 
utilizando uma das mãos, erga(m), pela gola, as vestes superiores 
e faça um giro de corpo completo, possibilitando uma verificação 
visual preliminar da existência, ou não, de qualquer arma de fogo 
na altura da cintura;
e. Ato contínuo, sendo retomada a posição inicial com as os dedos das 
mãos entrelaçados atrás da cabeça, será determinado pelo PM Moto-
rista que o condutor (e o eventual passageiro) recue(m) lentamente até 
uma zona de segurança, posicionada entre a motocicleta e a viatura 
policial, onde, então, deverá(ão) ajoelhar-se, cruzar os pés e aguardar 
para que seja(m) submetido(s) à busca pessoal minuciosa;
f. Só depois de assumida a posição acima descrita, o PM Motorista 
deslocará a frente, recolocando sua arma no coldre, sem acionar a 
retenção, procedendo à busca pessoal nos suspeitos, enquanto o 
PM Patrulheiro permanecerá na função de segurança, cerca de três 
metros à retaguarda, com especial atenção às mãos dos revistados;
POLÍCIA
POLÍCIA
Figura 17 – Posição para a busca pessoal – Motocicleta - Fundada suspeita
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g. Após efetuar a busca pessoal, sendo apreendida qualquer arma ou 
outro objeto ilícito de posse do(s) abordado(s), será dada voz de pri-
são, procedida a algemação e a condução para o interior da viatura, 
buscando, por fim, a identificação do(s) mesmo(s);
h. Ao contrário, na hipótese de não confirmação da fundada suspeita, 
os documentos serão restituídos aos abordados, oportunidade em 
que deverá ser explicitado o motivo da abordagem, bem como ser 
agradecida a atenção dispensada e a cooperação com tal atividade 
policial.
 8.2.7 - Dispositivo PATAMO - Três policiais
a. Quando a guarnição da viatura for composta por três policiais, o PM 
Motorista e o PM Patrulheiro adotarão os mesmos procedimentos 
e dispositivos táticos previstos para as guarnições de dois policiais, 
sendo apenas reforçadas com o terceiro policial que, quando em-
barcado, ficará posicionado atrás do motorista;
b. Quando em uma abordagem a veículo, após o desembarque, este 
terceiro PM seguirá para a extremidade traseiro-esquerda da viatu-
ra policial, assumindo a função de PM Segurança, responsável pela 
retaguarda, foco que poderá ser modificado de acordo com o nível 
de alerta e/ou comportamento dos suspeitos;
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 18 – Posição de abordagem – Guarnição tipo PATAMO
c. Cabe ressaltar, ainda, que a permanência da arma de fogo no coldre, 
ou o seu saque, dependerá do nível de alerta envolvido na aborda-
gem, seguindo os mesmos critérios expostos para as guarnições de 
dois policiais militares.
28
 8.2.8 - Dispositivo POE - Quatro policiais
a. Quando a guarnição da viatura for composta por quatro policiais, 
o PM Motorista e o PM Patrulheiro adotarão os mesmos procedi-
mentos e dispositivos táticos previstos para as guarnições de dois 
policiais, sendo apenas reforçadas pelos terceiro e quarto policiais 
que, quando embarcados, ficarão posicionados atrás do motorista 
e do patrulheiro;
b. Neste dispositivo, o terceiro policial, que estará sentado atrás do 
banco do motorista, após o desembarque, seguirá para a extremi-
dade traseira-esquerda da viatura policial, assumindo a função de 
PM Segurança, responsável pela retaguarda, enquanto o quarto 
policial reforçará a segurança durante os procedimentos de aborda-
gem, bem como durante a busca pessoal nos suspeitos.
POLÍCIA
POLÍCIA
 Figura 19 – Posição de abordagem – Guarnição tipo POE
d. Cabe salientar, também, que a permanência da arma de fogo no 
coldre, ou o seu saque, dependerá do nível de alerta envolvido na 
abordagem, seguindo os mesmos critérios expostos para as guarni-
ções de dois policiais militares.
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 8. ENCERRAMENTO DA ABORDAGEM
Esta última fase da abordagem policial é aquela em que são ultimadas as provi-
dências quanto à prisão dos abordados, no caso de um flagrante delito ou por determinação 
judicial ou, ainda, será procedida a liberação daqueles na hipótese de não-confirmação da 
suspeita.
Neste último caso, o contato final dos policiais com os cidadãos é determinante 
para o pleno êxito da intervenção, eis que se constitui na oportunidade em que serão infor-
mados os motivos daquele procedimento e quando deverá ser reforçado o papel preventivo 
da Polícia Militar, objetivando, com isso, angariar a simpatia e, ao mesmo tempo, retirar o 
caráter repressivo que emoldura qualquer ação fiscalizadora desse tipo.
Com relação as medidas de âmbito interno, o encerramento de uma abordagem 
a veículo compreende a devida comunicação dos resultados ao DCCI/Sala de Operações, 
bem como de suas medidas decorrentes, como encaminhamento das partes à polícia ju-
diciária para lavraturade flagrante, preenchimento dos documentos operacionais e outras 
específicas, de acordo com cada situação.
Salienta-se, por fim, a necessidade de que em qualquer situação, mesmo diante 
da inexistência de qualquer irregularidade, seja lavrado o respectivo Boletim de Atendimen-
to, com a descrição minuciosa da abordagem e da qualificação das partes envolvidas, ser-
vindo, tal documento, como um registro formal de tal intervenção policial.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL – Ministério das Cidades – Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). Disponí-
vel em: < http://www.denatran.gov.br/frota2015.htm> Acesso em 29 Jul 15.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – Mapa descritivo do processo 1.03 – Abordagem 
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS – Manual de Prática Policial Geral – Vo-
lume 1 – Belo Horizonte: APM, 2002.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS – Prática Policial Básica – Caderno Dou-
trinário 4 – Abordagem à veículos. Belo Horizonte: APM, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA – Manual de Técnicas de Polícia Os-
tensiva da PMSC. Florianópolis, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA – Manual de Padronização de Proce-
dimentos Operacionais da PMSC. Florianópolis, 2013.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO – Mapa descritivo do processo 1.02.02 – 
Abordagem policial de pessoas em veículo. São Paulo, 2007.

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