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NP2 - GROSSI - 338 ATÉ 359

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D I R E I T O P E N A L 
 
 
Prof.: Grossi; 
UNIP Brasília; 
9° Semestre; 
Direito Penal Np2 
 
 
 
“Irei colocar alguns pequenos conceitos da parte geral do código para que, ao verem 
as questões, de imediato identifiquem a figura do tipo e responda à questão.” 
Crime formal no Direito penal brasileiro ocorre quando a intenção do agente é 
presumida de seu próprio ato, que se considera consumado independentemente do 
resultado, como por exemplo, a falsidade de moeda, ainda que o objeto do delito (a 
moeda falsa) não venha a circular. 
Crime próprio é a ação ou omissão de determinadas pessoas especificadas legalmente, 
e em decorrência disso, é gerado um resultado danoso a algum bem jurídico, já previsto 
pela legislação penal. 
Crimes de mão própria são aqueles que só podem ser cometidos diretamente pela 
pessoa. O falso testemunho (mentir depois de ter se comprometido a dizer a verdade 
em um processo) é um exemplo: só o Huguinho pode cometer o perjúrio se foi ele quem 
jurou dizer a verdade. 
Crime comum é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo 
ou passivo do crime. O crime de homicídio é comum: pode ser praticado por qualquer 
pessoa contra qualquer pessoa. 
Crimes de mera conduta são crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por si 
só, configura o crime, independentemente de qualquer alteração do mundo exterior. Os 
crimes de mera conduta se assemelham muito aos crimes formais, sendo, inclusive, 
equivocadamente referidos como sinônimos por diversas vezes. 
Crime de perigo concreto: Neste tipo penal a consumação se dá com o resultado, exige 
uma comprovação de que realmente houve perigo de risco e de que houve uma lesão 
ao bem jurídico. 
Crime unissubsistente: admite a prática do crime por meio de um único ato. Ex.: injúria 
verbal. 
Crime plurissubsistente: exige uma ação consistente em vários atos. Ex.: homicídio. 
Crime multitudinário é aquele praticado por multidões inflamadas pelo ódio, pela 
cólera, pelo desespero. 
Crime funcional é uma definição que existe no direito brasileiro. Trata-se da "infração 
da lei penal cometida intencionalmente (com exceção do peculato culposo) por quem 
 
se acha investido de um ofício ou função pública, praticada contra a administração 
pública". 
Crime Transeunte ou Delito Transeunte é aquela modalidade de crime que não deixa 
vestígios. O contrário sensu, o não transeunte é o inverso. 
Crimes vagos (multivitimários ou de vítimas difusas) São aqueles que não possuem 
sujeito passivo determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica. São 
os casos da perturbação de cerimônia funerária (art. 209) e da violação de sepultura 
(art. 210), entre outros. 
Crime permanente. É aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por 
vontade do agente, como acontece no crime de sequestro, previsto no artigo 148 do 
Código Penal, que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito 
continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do agente. 
Crime instantâneo de efeitos permanentes. Nos crimes instantâneos de efeitos 
permanentes, a consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos 
dela decorrentes são indeléveis, como no homicídio consumado, por exemplo” 
Crime continuado é o nome jurídico dado à prática de dois ou mais crimes que estão 
ligados entre si, segundo certas condições definidas pela legislação ou pela 
jurisprudência de cada país, determinando o seu processamento e julgamento conjunto, 
bem como fórmulas especiais para a sua punição em conjunto. 
Crime de dupla subjetividade passiva é aquele que, obrigatoriamente, em razão do tipo, 
tem pluralidade de vítimas. Podemos citar como exemplos o crime de violação de 
correspondência, previsto no artigo 151 do Código Penal, pois apresenta duas vítimas, 
quais sejam, o destinatário e o remetente. 
O crime plurissubjetivo (ou de concurso necessário) é o que exige necessariamente o 
concurso de várias pessoas (associação criminosa, rixa etc.). As condutas dessas várias 
pessoas podem ser paralelas (quadrilha ou bando), convergentes (bigamia) ou 
contrapostas (rixa). 
 
 
 
 
C O N T E Ú D O D A N P 2 - ARTIGOS 338/359 
AULA1 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
 
ART. 338: 
 
- Reingressar em território nacional; 
- Estrangeiro Expulso. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Nesse tipo penal estamos tratando de crime próprio que, como obvio, só pode ser 
praticado por um determinado tipo de pessoa que, nesse caso, é um estrangeiro que 
ingressa no território nacional após ser expulso por algum motivo. 
No caso do estrangeiro que for expulso do país, mas não saiu do território nacional e, 
depois de um tempo é pego transitando pelo país, não comete o crime do 338. 
 
 
 
 
 
ART.339: Denunciação caluniosa: 
 
- Dar causa a investigação policial; 
- Investigação administrativa; 
- Inquérito civil; 
- Improbidade ou processo judicial. 
- Contra alguém; 
- Imputando-lhe: 
- Crime ou contravenção; 
- De que sabe que ele é inocente. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Neste delito do 339, estamos tratando de um crime comum, que ocorre quando alguém 
imputa contravenção ou crime contra aquela pessoa que sabe que é inocente. 
Note que, nesse delito, o autor tem que saber que a outra parte não cometeu aquele 
delito que está sendo imputado, caso o contrário não tipifica. 
Vale ressaltar também que se. a denunciação caluniosa, gera o inquérito policial, 
administrativo etc. configura o tipo, mas se não gera, a conduta do tipo irá para calúnia. 
PARA FIXAR: O AUTOR DEVE IMPUTAR UM FATO DETERMINADO E QUE ESSE FATO 
SEJA MENTIRA. 
 
 
 
 
ART.340 – FALSA COMUNICAÇÃO DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO: 
 
- Provocar ação de autoridade; 
- Comunicando a ocorrência de: 
- Crime ou contravenção; 
- Que sabe não ter ocorrido. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Aqui estamos diante de um crime comum. Que ocorre quando uma pessoa provoca um 
serviço de autoridade pública, atrapalhando o serviço comunicando a ocorrência de 
crime ou contravenção de que sabe não ter ocorrido. 
Nesse, também, o agente tem que saber que o fato não aconteceu de verdade, para 
elucidar posso citar um exemplo bem comum que é o trote. 
Quando alguém, mesmo que não atrapalhe de fato o serviço, presta informações falsas 
para autoridade, fazendo com que a justiça desloque, como por exemplo no caso de um 
trote para a polícia. 
Nesse exemplo a maquina da justiça, devido a ação do troto, vai perder tempo 
atendendo uma chamada que não procede, quando poderia estar atendendo uma que 
realmente aconteceu. 
*O SIMPLES FATO DE ATENDER O TELEFONE NÃO CONFIGURA O TIPO DO 340* 
 
 
 
 
 
ART.341- AUTO-ACUSAÇÃO FALSA: 
 
- Acusar-se; 
- Perante a autoridade; 
- Crime que: 
- Seja inexistente ou; 
- Que mesmo existente, foi praticado por outrem. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Para o agente que se auto acusar de crime que não existiu ou que mesmo existindo não 
foi ele quem praticou, concorre para o tipo. 
Este delito é autoexplicativo, não vale delongar... 
Contudo, vale ressaltar o *Estagiário é autoridade* para o tipo penal, ou seja, quem 
fazer autoacusação perante o estagiário também comete o crime. 
Esse crime também não cabe retratação. 
 
PARA FIM DE ELUCIDAÇÃO: É O TIPO PENAL DO “LARANJA” “MULA” 
 
 
ART. 342- FALSO TESTEMUNHO: 
 
- Fazer afirmação falsa; 
- Negar a verdade; 
- Calar a verdade; 
-ROL TAXATIVO: 
- Testemunhas; 
- Contador; 
- Perito; 
- Tradutor ou interprete; 
- 
- No procedimento administrativo; 
- Judicial; 
- Arbitral; 
- Inquérito. 
- 
- Aumento de pena: 
- Suborno; 
- 
- Admite a retratação; 
 
- Acaba o crime; 
- Mas tem que ser: 
- Antes da sentença do processo que a testemunha mentiu. 
- No acórdão não cabe retratação; 
- Apenas em fase de sentença. 
“Considerações acerca do assunto:” 
No tipo em questão, as figuras elencadas:testemunhas/contador/perito/tradutor ou 
interprete não pode mentir; negar a verdade ou ficar calado. Mesmo a constituição 
garantindo o direito do silencio, mas isso é um grande peguinha, pois quem tem direito 
de permanecer calado é o réu e não a testemunha. 
No caso da vítima, a vítima não é obrigada a falar verdade, pois é comprovado que a 
vítima, diante do pânico da situação, tem uma percepção de tempo diferente. 
A pena será aumentada no caso de recebimento de suborno. 
Já a retratação será admitida e, se feita, acaba o crime, mas desde que seja feita antes 
da sentença do processo em que a testemunha mentiu e não no que ela está 
respondendo pelo crime de falso testemunho. Acerca desse tempo para retratar-se, vale 
frisar que o código fala em “sentença”, então em fase recursal não cabe mais retratação, 
pois a decisão proferida nesta fase é um “acórdão”. 
*NÃO LEMBRAR DOS FATOS NÃO TIPIFICA O CRIME* 
Se o juiz perguntar: 
- Você viu quem foi que matou “Rafael”? 
E a testemunha responder: 
- Não lembro doutor. 
*Desde que, não fique calado, não negue a verdade ou minta, ele não responderá pelo 
tipo em questão. * 
 
 
AULA2 
CRIMES CONTRA A ADMINSTRAÇÃO DA JUSTIÇA: 
 
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, 
contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, 
perícia, cálculos, tradução ou interpretação 
- Dar; 
- Oferecer; 
- Prometer; 
- 
- Qualquer vantagem; 
- As figuras do 342 “testemunha/contador/perito/tradutor/interprete; 
- *O estagiário para tipificar tem que ser uma dessas figuras. * 
 
ART.344. 
 
Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, 
contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a 
intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: 
 
-Usar: 
- Violência ou grave ameaça; 
- Contra qualquer pessoa que funcione; 
- Que intervenha no processo; 
- Com interesse próprio; 
- Ou por interesse alheio. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Artigo autoexplicativo, contudo, devemos elucidar com um pequeno exemplo: 
Vamos supor que, você que está lendo, foi chamada para ser testemunha no processo 
de um homicida, dias antes de você prestar o testemunho o pai do acusado vai até você 
e diz que se você depor contra o filho dele coisas ruins pode acontecer com você. Nesse 
caso o delito está consumado. 
 
Art.345. Exercício arbitrário das próprias razões: 
 
Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo 
quando a lei o permite: 
- Fazer justiça: 
- Com as próprias mãos; 
- Salvo com permissão legal. 
 
 
“Considerações acerca do assunto:” 
Mesmo que você seja legitimo, entenda legitimo como você sendo o detentor sobre a 
coisa em questão, não pode buscar satisfazer esse seu direito de forma livre, sem auxílio 
do estado. 
Vamos supor que você tenha sua bicicleta furtada e está indo para delegacia, no 
caminho você vê, no fundo de uma residência trancada, sua bicicleta furtada e com isso 
invade a residência e pega ela, você responderá pelo delito em questão, embora o bem 
o qual você pegou seja seu. 
 As permissões legais devem estar previstas em leis, por exemplo quando a lei permite 
legítima defesa, estado de necessidade, cumprimento do dever legal, restituição de 
posse incontinenti, nos casos de turbação ou de esbulho. 
 
ART.346 
 
Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por 
determinação judicial ou convenção: 
- Tirar; 
- Suprimir; 
- Destruir; 
- 
- Coisa própria; 
- Em poder de terceiros; 
- 
 
- Por convenção “acordo”; 
- Por determinação judicial. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Faz parte de exercício arbitrário das próprias razões, embora o bem seja seu e, você 
pode dispor de coisas que são suas da forma que quiser, desde que não traga dano a 
outrem. Quando um bem seu (por exemplo um carro) esteja em poder de um terceiro 
seja por acordo entre vocês ou por ordem de juiz, não pode danificar, suprimir ... 
“estragar” com a alegação de ser seu. 
Art. 347 – Fraude Processual: 
 
Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de 
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito. 
- Inovar artificiosamente; 
- Na pendencia de; 
- Processo Civil ou de Administrativo; e também penal. 
- O estado de: 
- Coisas/Pessoas/Lugar; 
- Com finalidade de induzir a erro; 
- Juiz ou perito. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Se o agente, ao decorrer do processo, inovar de forma “astucioso, ardiloso.” Para induzir 
a erro juiz ou/e perito, responde pelo tipo. 
Artigo autoexplicativo, não vale mais delongas. 
 
 
Art.348 – Favorecimento Pessoal: (GENTE) 
 
Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada 
pena de reclusão. 
- Auxiliar; 
- Autor de crime; 
- Ação de autoridade. 
- 
- Exige conhecimento de estar favorecendo um criminoso. 
- 
- Imunidade: 
 
- ADCI: 
- Ascendente; 
- Descendente; 
- Cônjuge; 
- Irmão. 
“Considerações acerca do assunto:” 
O crime ocorre com a conduta Comissiva da pessoa que ajuda um criminoso a escapar 
das garras da justiça. 
 
No entanto, há ressalvas para esse delito, ou seja, imunidade para quem ajuda irmão, 
ascendentes, descendentes ou cônjuge a fugir de cena de crime, por motivos de reação 
natural do ser humano proteger seus parentes. 
Para que o individuo concorra para o tipo, exige-se que ele pratique a conduta sabendo 
que está ajudando um criminoso escapar. 
 
Art.349 – Favorecimento Real: (COISAS) 
 
Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a 
tornar seguro o proveito do crime. 
- Prestar Auxílio; 
- Tornar Seguro; 
- Proveito de crime; 
- 
- Não há imunidade ADCI. 
- Exige ter conhecimento da situação. 
- 
- Se coautor: responde por favorecimento real; 
- Se participe: responde por receptação. 
 
“Considerações acerca do assunto:” 
O delito ocorre com a conduta de terceiros em prestar auxilio ou tornar seguro o 
proveito de crime, nesse tipo, para fixar, basta lembrar do terceiro que guarda um carro, 
sabendo que é roubado, em sua garagem. 
 
Contudo, essa pessoa deve saber que está em uma pratica delituosa. Vale frisar também 
que se a pessoa tira proveito da situação ele atua como participe no crime, no caso de 
roubo, responderá por receptação, mas se a finalidade é apenas resguardar o produto 
responde por favorecimento real (coisa). 
Por fim, não fica isento do crime quem ajudar irmão cônjuge, ascendente, descendente 
a esconder o produto casuístico, essa imunidade será apenas no favorecimento real. 
 
AULA3 
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança: 
ART.351 – Fuga de pessoa presa: 
 
Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de 
segurança detentiva. 
- Promover ou facilitar; 
- Fuga de pessoa presa ou; 
- Cumprindo medida de Segurança. 
- 
- Mesmo sem violência; 
- 
- Trata-se de crime comum; 
- 
- Qualificados: 
- Mão armada: com armas próprias ou impróprias; 
 
- Mediante concurso de pessoa; “2 pessoas promovendo ou facilitando a fuga” 
- Mediante arrombamento. 
- Nesses casos vai aumentar a pena. 
“Considerações acerca do assunto:” 
O crime ocorre quando terceiros promove ou facilita a fuga de pessoa que esteja presa 
ou que esteja cumprindo medida de segurança, mesmo que não use violência. 
Esse é um crime de ação livre, que pode ser praticado de diversas maneiras. 
Caso alguém pergunte se o preso pode responder por esse delito: a resposta será sim, 
por ser crime ação livre o outro preso pode ajudar a fugir arquitetando planos e dando 
ideias para que concretize. 
No tocante as qualificadoras, vale ressaltar que pode ser usado tanto armaspróprias 
quanto as improprias, e também acerca do concurso de pessoas, somente será concurso 
de pessoas se terceiros promoverem ou facilitarem a fuga desse preso, se dois presos 
fogem juntos isso não é considerado concurso de pessoas. 
 
ART. 352- EVASÃO MEDIANTE VIOLÊNCIA: 
 
Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança 
detentiva, usando de violência contra a pessoa. 
- Evadir-se; 
- Ou tentar evadir-se; 
- Quem esteja: 
- Preso ou internado (MS); 
 
- Usando Violência contra a pessoa. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Na evasão mediante violência, o agente tentar ou foge, usando violência contra a pessoa 
que faz sua guarda, vale frisar que a violência deverá ocorrer contra pessoas e não 
contra coisas. 
Na modalidade “tentar evadir-se” a doutrina entende que, mesmo sendo crime tentado, 
não vai reduzir a pena, conforme é previsto no artigo 14. 
 
Art. 353- ARREBATAMENTO DE PRESO: 
 
Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à violência. 
- Arrebatar preso; 
- A fim de maltratá-lo; 
“Considerações acerca do assunto:” 
Arrebatar é tomar sem permissão. É crime de mera conduta, pois o simples fato de 
arrebatar o preso com intuito de maltratá-lo já consuma o crime, se no caso o agente 
venha arrebatar e maltratar o preso, as penas serão somadas. 
 
 
 
 
 
 
Art. 354- MOTIM DE PRESOS: 
 
Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão: 
- Amotinarem-se preso; 
- Perturbando a ordem e disciplina. 
 
“Considerações acerca do assunto:” 
No crime de motim, o objetivo do tipo é preservar a ordem e a disciplina dos internados, 
punindo-os nos casos em que vários deles se aglomeram para bagunçar a ordem. 
O STF vem discutindo a constitucionalidade deste tipo penal, motivo pelo qual 
“perturbar ordem e disciplina” é um tipo muito subjetivo. 
Vale ressaltar que se a conduta do preso atrapalhar a disciplina, é considerado crime de 
motim, como por exemplo um interno que não queira banhar, se todos aderirem a essa 
pratica de não banhar, logo os presídios ficam cheios de doenças causadas por sujeira 
em massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13/05/2019: 
AULA 4 
Art. 355- Patrocínio Infiel: 
 
Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando 
interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado. 
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que 
defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. 
- Advogado: 
- Trair dever profissional; 
- Prejudicar interesse em juízo; 
- 
-TERGIVERSAÇÃO: 
 
-Simultânea; 
- Sucessiva. 
“Considerações acerca do assunto:” 
 
No crime de patrocínio infiel, por se tratar de crime próprio, recai contra o advogado 
que trai seu cliente, o qual deveria prestar um dever profissional, prejudicando os 
interesses dele em juízo. 
Esse crime só é punido na forma dolosa, então se no caso o advogado não consiga 
cumprir aquele dever que tinha que fazer por motivos de força maior, esse não será 
enquadrado no tipo. 
Já na Tergiversação, ocorre de duas maneiras, de forma simultânea ou sucessiva. Na 
forma simultânea ocorre quando o advogado está patrocinando uma parte na lide e 
também acaba aceitando patrocinar a outra parte da lide. Já na forma sucessiva o 
advogado revoga a procuração de uma parte da lide e começa a patrocinar a outra. 
Vale frisar que não há forma culposa de tergiversação e, também, se o advogado 
começou atuar por uma parte no processo, mesmo que a própria parte o dispense, ele 
mão poderá ser advogado da outra parte naquele processo. 
 
Art. 356 – Sonegação de Objeto de valor probatório: 
 
Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de 
valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador 
- Inutilizar, deixar de restituir; 
- Documentos, objetos e autos; 
- Que recebeu com Advogado. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Tipo penal autoexplicativo, mas vale observar que é crime próprio de advogado, então 
ele quem será punido caso não restitua qualquer documento com valor probatório que 
lhe é entregue. 
 
Art. 357 - Exploração de prestígio 
 
Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, 
jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete 
ou testemunha: 
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que 
o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo. 
- Solicitar ou receber; 
- Qualquer vantagem; 
- A pretexto de influir em: 
- Juiz; 
- Jurado; 
- MP; 
- Funcionário da Justiça; 
-Perito; 
- Tradutor; 
- Interprete ou testemunha. 
 
 
 
 
“Considerações acerca do assunto:” 
Nesse crime do 357, o agente passa a sensação de que a justiça é corrupta, dizendo que 
tem prestigio com as figuras que coloquei acima. Esse rol é taxativo, e o tipo tem a 
mesma ideia do tráfico de influência. 
Art. 359 - Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito: 
 
Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado 
por decisão judicial: 
- Exercer função; 
- Atividade; 
- De forma direta ou a oficio; 
- Que esteja suspenso ou privado; 
- Por decisão judicial. 
“Considerações acerca do assunto:” 
Tipo penal autoexplicativo, no entanto, vale abordar alguns detalhes; 
 
A desobediência que o tipo penal fala será somente por decisão judicial, a desobediência 
nos casos de decisão administrativa não configura o tipo em questão. 
 
 
Para o equilíbrio acadêmico perfeito, a metade dos 
alunos têm que reprovar... 
Thanos...

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