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Dislexia: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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DISLEXIA 
 
 
Principais sintomas e diagnóstico de Dislexia 
A dislexia é de fato, um transtorno um tanto quanto difícil de ser diagnosticado, haja 
vista que depende da experiência dos profissionais envolvidos, sejam eles 
professores, neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, exigindo um maior 
aprofundamento e ambientação no tocante ao tema. 
Tal fato se corrobora ao notarmos que a dislexia requer um viés multidisciplinar para 
o seu correto tratamento e as formas mais adequadas para auxiliar no 
desenvolvimento de cada criança portadora da dislexia . 
Aspectos básicos e definição da dislexia 
De maneira consensual, a dislexia pode ser definida como uma espécie de 
distúrbio de aprendizado. Sua origem é de ordem neurológica e é caracterizada por 
alguns sintomas, como fluência de leitura dificultada, e também pobreza da 
decodificação e soletração das palavras. 
Tais características são resultantes da deficiência das habilidades fonológicas, o 
que, por sua vez, traz como consequência a problemática da aquisição do 
vocabulário e até mesmo a compreensão da leitura. Todos esses fatores acabam 
prejudicando o desempenho escolar da criança e/ou indivíduo. 
A dislexia atinge cerca de 4-5% da população mundial e é apontada como um 
transtorno do desenvolvimento , tendo a maior incidência no quesito distúrbios de 
aprendizagem. Ela promove sinais nos primeiros anos de vida e deve ser 
diagnosticada de maneira precoce para que possa ser feita a intervenção já no 
início, evitando sua evolução e demais problemas relacionados, como por exemplo, 
transtornos de ordem depressiva. 
Histórico da dislexia 
Os primeiros relatos atribuídos à dislexia apareceram no final do século XIX e 
começo do século XX. Surgem com artigos de Morgan, no ano de 1896, enquanto 
um dos primeiros termos para se definir o quadro clínico da dislexia foi “Agenesia 
Visual Gráfica”, no ano de 1907, pelo estudioso Stevenson. 
Em 1917, Hinshelwood tece os “primeiros estudos de famílias com dificuldades de 
leitura sem motivo aparente”, cujo cerne de determinadas famílias, alguns 
indivíduos, embora não mostrassem problemas de ordens visuais, não conseguiam 
aprender a ler adequadamente. 
Galaburda, em 1979, fala sobre “Evidências neuroanatômicas” que aponta a 
simetria de lobos temporais em pacientes que apresentavam problemas de leitura. 
Este estudo era feito post-mortem comparativo com pessoas com leitura fluente. 
Mais recentemente, em 2006, Salgado-Azoni & Cols abordam sobre o prisma de 
novas tecnologias de se observar o funcionamento cerebral, os “ Aspectos 
neuropsicológicos associados à neuroimagem ”, concluindo que o cérebro das 
crianças com dislexia é de fato, diferentes daquelas não disléxicas. 
Com este histórico temos subterfúgios para fecharmos um diagnóstico da dislexia, 
identificando e caracterizando a forma como ela atua. 
Como a Dislexia se caracteriza 
Notamos, portanto, que a dislexia se caracteriza essencialmente como um distúrbio 
de aprendizagem, cujas pessoas acometidas por ela possuem dificuldades de 
leitura. 
De acordo com os estudos e o histórico da dislexia, chegou-se à comprovação de 
que o indivíduo portador deste distúrbio tem o cérebro diferente, onde determinados 
campos não são ativados em comparação às pessoas que não se inserem neste 
mesmo quadro clínico. 
Observar os sintomas e ter conhecimento prévio nas diferentes esferas 
multidisciplinares é essencial para que possa ter embasamento no diagnóstico 
preciso da dislexia e desta forma, contribuir para um tratamento efetivo do distúrbio, 
proporcionando mais qualidade de vida para a pessoa. 
************************************************ 
Como lidar com a dislexia no dia a dia? 
Por acaso vocês convivem com uma criança ou adulto com dislexia? A forma de 
tratar a pessoa pede cautela e muito respeito pelo tempo que ela vai demandar para 
aprender algo novo. No artigo de hoje, falaremos sobre as maneiras mais indicadas 
para que pais, educadores, familiares, e quem se sentir interessado, possa lidar 
com a dislexia . 
Em casa 
O ambiente doméstico é o mais incentivador de todos, pois ali estão as referências 
que a criança com dislexia tem para conversar, contar com o apoio, ser amparada. 
Há muitas coisas para serem feitas e que tendem ser complemento na vida do 
pequeno. 
É importante lembrar que a presença de uma psicopedagoga é imprescindível, pois 
ela é a profissional mais capacitada para apresentar intervenções necessárias para 
tratar o transtorno. Veja abaixo o que pode ser feito em casa: 
– A família é uma grande incentivadora, então por que não aprender brincando? 
Pais e irmãos podem criar meios lúdicos para o pequeno. Um exemplo disso é a 
brincadeira da forca. Como a dislexia é um distúrbio de aprendizagem, sobretudo na 
área de leitura e escrita, nada melhor que treinar essa habilidade de forma leve. 
– Atividades como caça-palavras, pescaria de letras e palavras-cruzadas também 
são muito aconselháveis, pois elas ativam a memória e contribuem com o 
aprendizado das sílabas e a formação lexical dos vocábulos. 
– Lugar de ler é em casa também. Uma dica é selecionar livros com histórias que 
interessem a criança a querer treinar mais a leitura. Tudo isso deve ser feito com 
pausas e muita paciência. Depois de cada leitura, converse com seu filho sobre o 
que ele entendeu. Peça-o para explicar, ajude-o a lembrar algumas situações 
encontradas no livro. 
– Os relógios de ponteiro são uma verdadeira barreira na vida de uma pessoa com 
dislexia. Então, a melhor maneira de ensiná-la é através de um relógio digital. A 
cada vez que precisar olhar as horas, a criança ou adulto (sim, é bastante possível) 
vai associar a marcação dos ponteiros com o digital. 
Na escola 
– A presença dos educadores é fundamental na vida de uma criança com dislexia . 
Além disso, quando a professora está por dentro da situação, ela tende a 
estabelecer uma parceria com o aluno, contribuindo para o seu desenvolvimento. 
– Tarefas que estimulem a formação de palavras são aconselháveis. Assim como 
em casa, a forca, o caça-palavras e outras atividades também podem ser realizadas 
em sala de aula. 
– Uma pessoa com dislexia também apresenta dificuldades com cálculos.Os 
professores podem, então, estimular essa parte com jogos e deveres que utilizem 
bastantes números e operações matemáticas, que estejam ao alcance pedagógico 
da criança. A utilização de objetos como varetas, bolinhas e formas geométricas são 
complementos interessantes em exercícios aritméticos. 
– Sudoku e xadrez também servem como elementos que ajudam o aluno. 
Auxílio profissional 
Como falado anteriormente, os profissionais de psicopedagogia são os mais 
indicados para o atendimento aos pacientes com dislexia. A conversa de 
especialista com a família é o segredo para a solução tão procurada. 
Já pensou aprender profundamente sobre o Autismo para melhorar seus 
atendimentos clínicos, entender melhor seu filho e saber por que seu aluno 
apresenta determinado comportamento e como trabalhar o processo de inclusão? 
Em um curso online completo o Dr. Clay Brites te ensina tudo sobre TEA com 
fundamentação científica e de forma prática e simplificada. 
************************************************ 
Você sabe o que é Dislexia? 
Dislexia, uma palavra que não é tão distante de nosso vocabulário, mas que muitas 
pessoas não saberiam explicar com assertividade a sua definição. A dislexia pode 
ser considerada um transtorno de aprendizagem cuja falta de tratamento pode 
prejudicar o percurso acadêmico de uma criança. 
Afinal, o que é dislexia? 
Essa condição ligada à funcionalidade cerebral é responsável por gerar problemas 
nos circuitos e conexões do cérebro. Importante salientar que essas áreas não se 
desenvolvem de maneira correta, o que leva a uma insuficiência de ligações entre 
as áreas responsáveis pela formação das competências de leitura e escrita. 
Em outras palavras, é como se a criança passasse a ter uma dificuldade muito 
grande para adquirir capacidades de entender, memorizar, raciocinar, interpretar 
conteúdos veiculados pelas competências citadas anteriormente (leitura e escrita). 
Quais são as causas? 
A dislexia pode ter causas bastante diversificadas, a saber: problemas didáticos, 
problemas estruturais, culturais, falta de estímulos da família, nível socioeconômico 
inadequado, alfabetização deficitária. 
Existe alguma forma de identificar as características? 
Na verdade, podemos afirmar que há sinais precoces que possibilitam ao médico 
um diagnóstico exato. Esses traços são responsáveis por levantar a suspeita do 
profissional. Vejam quais são eles: 
– História familiar de dislexia ou dificuldades de leitura; 
– Problemas ocorridos logo no nascimento; 
– Atraso de fala; 
– Dificuldade de discernir desenhos de material com sentido gráfico (letras e 
números); 
– Esquecimento frequente (aprendizagens que envolvem palavras, sons de letra); 
– Pouca compreensão e memorização para rimas, letras de canções e parlendas; 
– Pouca habilidade com sequências motoras ou pouca coordenação; 
– Dificuldades com atividades espaciais; 
– Dificuldade para lembrar nomes; 
– Pouco prazer com atividades que envolvem livros e materiais gráficos; 
O que devemos saber? 
Pais de crianças com dislexia devem estar por dentro de algumas informações 
cruciais. A primeira é que a dislexia não tem cura e nem é uma doença (lembre-se: 
dislexia é uma condição ligada à funcionalidade cerebral). A segunda é que os 
pequenos precisam ser tratados com técnicas variadas. A investigação é 
multidisciplinar. 
Que técnicas são essas? 
Elas podem abranger a questão fonológica e outras, como as técnicas de 
metacognição, por exemplo. O suporte escolar também é muito utilizado pelos 
especialistas responsáveis. Esse auxílio serve para facilitar a absorção de 
conteúdos e otimizar as avaliações acadêmicas para essas crianças. 
Além disso, existem estratégias para proporcionar meios e formas de conseguir 
bons resultados respeitando algumas de suas dificuldades mais contundentes. 
Nesse caso, os professores e educadores são os responsáveis por essas técnicas 
por dominarem os meandros da pedagogia. Psicopedagogos também são 
excelentes para acompanhar o caso de crianças com dislexia. 
 
Quais são as medidas adotadas dentro de sala? 
Os alunos que convivem com a dislexia podem realizar tarefas dentro de sala por 
meio de estratégias infalíveis organizadas pelos professores. Vejam quais são: 
– Ler as questões das provas para os alunos; 
– Dar mais tempo para a realização dos exames; 
– Priorizar o conteúdo aprendido pelo aluno e não focar na ortografia; 
– Permitir a atualização de tabuadas e fórmulas matemáticas em provas e demais 
avaliações. 
– Usar trabalhos para somar ponto junto às provas escolares escritas, avaliado 
outras habilidades de finalidade acadêmica do aluno. 
O que esse acompanhamento pode ocasionar? 
O tratamento precoce tende a reduzir consideravelmente a baixa-autoestima e os 
quadros depressivos. Além disso, o que muitos pais não sabem é que por meio do 
auxílio profissional ao longo da vida, a criança pode encontrar plena capacidade de 
chegar à universidade, desempenhar suas funções acadêmicas normalmente e se 
transformar em um profissional excelente. Tudo isso como resultado de um 
processo gradual e bem-sucedido. 
 ********************************************** 
Dislexia: o que é e como 
identificar seus sintomas? 
A dislexia não é uma simples dificuldade que o aluno enfrenta para ler e escrever, 
mas, sim, um transtorno específico de aprendizagem. Algo muito mais sério. É 
preciso salientar que existe todo um conjunto de investigações que procura 
encontrar mais respostas para essa condição. Sua identificação precoce é 
determinante para as intervenções voltadas para a criança. 
O período escolar revela muitas surpresas, sejam elas boas e outras nem tanto. O 
desempenho da criança em sala de aula é responsável por mostrar primeiramente 
aos professores e, em seguida, aos pais, alguns detalhes que sinalizam aspectos 
referentes à aprendizagem e ao desempenho de forma geral. Dentre os pontos que 
são evidenciados no trajeto dos primeiros anos de ensino, sobretudo na 
alfabetização, destacamos a dislexia como um dos principais. 
É preciso destacar que ainda há um número acentuado de educadores e pais 
necessitados de informação acerca das maneiras para lidarem com as situações 
que envolvem estudantes diagnosticados nessa condição. Tal cenário é umalerta 
para que todos estejam a par do que é a dislexia e como identificar os seus 
sintomas. 
O que é a dislexia? 
A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem e que tem origem 
neurológica. Interessante que ela não é percebida somente em pessoas menos 
favorecidas; muito pelo contrário, a dislexia acomete indivíduos de todas as origens 
e níveis de intelectualidade. Uma de suas características mais notáveis é a 
dificuldade no reconhecimento das palavras e na pouca habilidade para decodificar 
e soletrar os vocábulos. 
Quais são os sintomas? 
Deve-se chamar a atenção que no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais), a dislexia é considerada de maneira mais ampla e, com isso, 
ela está incluída na categoria ‘Transtornos do Neurodesenvolvimento’, mas é 
referida como ‘Transtorno Específico de Aprendizagem’. Com base nesses critérios, 
o manual estabelece então que a dislexia deve conter pelo menos um desses 
sintomas abaixo: 
– Dificuldade na ortografia; 
– Escrita contendo muitos erros (seja de pontuação, gramática, falta de clareza, 
etc); 
– Leitura lenta e com muita dificuldade; inclusive, a soletração também mostra-se 
bem deficitária; 
Além deles, existem outros sintomas que podem ser observados em sala de aula, 
tais como: atraso de fala, dificuldade com atividades espaciais, esquecimentos de 
aprendizados que envolvem letras e sons, etc. 
Por que a dislexia acontece? 
A dislexia ocorre em função do déficit no processo fonológico. No entanto, ele se 
apresenta bem abaixo do que é esperado. Tudo isso em relação às demais 
habilidades de cognição. 
Importante salientar que a comunidade científica se debruça sobre outras 
possibilidades ligadas à causa da dislexia, pois ainda não há um consenso sobre a 
origem exata do transtorno que não seja a que muitas linhas de investigação 
seguem. Entretanto, já é possível trabalhar com a hipótese de que existem 
diferenças em relação ao desenvolvimento e ao funcionamento do cérebro em 
casos de crianças com dislexia. Esse resultado foi possibilitado por meio de estudos 
de neuroimagem. 
Segundo Rodrigues e Ciasca (2016), os estudos realizados também revelam que há 
forte indicativo de componente genético nesses casos, uma vez que as pesquisas 
clínicas mostram que “mais de 50% das crianças com dislexia têm pais e irmãos 
com o mesmo transtorno”. Isso significa que a presença tanto do pai quanto do 
irmão com algum quadro de dislexia eleva a probabilidade de ocorrência do 
transtorno. 
Em relação à prevalência, estudos mostram que ela é variada, considerando que os 
índices são dependentes tanto da definição quanto dos critérios diagnósticos 
adotados. No entanto, é interessante ressaltar: calcula-se que entre 3% a 10% dos 
escolares têm o transtorno (RODRIGUES e CIASCA, 2016). 
O papel da escola 
Essas instituições exercem uma função primordial no trabalho de intervenção da 
dislexia. É preciso haver um trabalho em conjunto que envolve professores, direção, 
pais e responsáveis pela criança. Mas como Baradel (2012) afirma, essa dinâmica 
não é tão simples por simbolizar um verdadeiro desafio para a escola, uma vez que 
mais especialistas também devem entrar nesse processo, como fonoaudiólogos, 
psicólogos, neurologistas e outros tão importantes para o tratamento. 
********************************************** 
Dislexia na escola: como identificar e ajudar o aluno? 
A dislexia é um transtorno de aprendizagem que engloba dificuldades na leitura e na 
escrita por um déficit no processamento fonológico. No entanto, o desenvolvimento 
cognitivo não é comprometido, a não ser que ela esteja em comorbidade com outros 
transtornos. 
Na escola, a aprendizagem torna-se um desafio para o professor e para o aluno 
com dislexia, uma vez que este precisa de métodos de ensino alternativos. Dessa 
forma, é fundamental que os professores e demais profissionais que trabalham com 
a educação de crianças disléxicas, conheçam as características do transtorno e as 
melhores intervenções pedagógicas. 
Sabemos das dificuldades do professor, muitas vezes já sobrecarregado pelas 
tarefas habituais e também do despreparo de algumas escolas para lhes oferecer 
suporte. Pensando nisso, escrevemos este artigo sobre o que é dislexia e como 
identificá-la, além de dicas valiosas para lidar com o aluno disléxico na escola. 
O que é dislexia 
Como dissemos acima, a dislexia é um transtorno de aprendizagem que envolve a 
linguagem fonológica que leva a problemas na alfabetização. É resultante de 
disfunções em áreas específicas do cérebro responsáveis por processos que 
envolvem a escrita e a leitura. 
A criança disléxica apresenta um processamento mais lento e uma capacidade de 
fluência e memorização reduzido — podem demorar cerca de 4 vezes mais para 
entender uma frase. Isso porque, os sons, as formas e as letras se confundem ao 
serem percebidos por ela, o que acaba prejudicando o processo de formação de 
palavras. 
Como identificar a dislexia 
Não é possível identificar a dislexia em exames, mas somente pela observação da 
criança quando entra em contato com letras e números. É mais comum em meninos 
e geralmente, é uma herança genética. 
Nos primeiros anos de vida, percebe-se atrasos na fala, omissões de sílabas ou 
uma fala inteligível. A medida que as crianças crescem, podem ser mais 
desengonçadas, sem muita coordenação motora e esquecidas. Na alfabetização, 
têm dificuldade de memorizar letras e sons e acabam se desinteressando por livros 
ou atividades que envolvem a leitura. 
O diagnóstico é clínico e passa por uma avaliação interdisciplinar do 
neurodesenvolvimento da criança — neuropediatra, fonoaudiólogo, psicopedagogo, 
entre outros — e pela exclusão de outras patologias. 
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — DSM — a dislexia é 
denominada como “Transtorno Específico de Aprendizagem” e está inserida na 
categoria dos “Transtornos do Neurodesenvolvimento”. Segundo o manual, para 
chegar ao diagnóstico de dislexia é preciso identificar pelo menos um desses 
sintomas: 
1. Leitura de palavras é feita de forma imprecisa ou lenta, demandando 
muito esforço; 
2. Dificuldade para compreender o sentido do que é lido; 
3. Dificuldade naortografia, sendo identificado, por exemplo, adição, 
omissão ou substituição de vogais e/ou consoantes; 
4. Dificuldade com a expressão escrita, podendo ser identificados múltiplos 
erros de gramática ou pontuação nas frases; emprego ou organização 
inadequada de parágrafos; expressão escrita das ideias sem clareza. 
Vale ressaltar que qualquer um desses sintomas pode também ser decorrente de 
outras deficiências, síndromes, problemas emocionais e/ou sociais. Por isso é 
importante perceber se eles persistem mesmo com intervenções por mais de 6 
meses, se o desempenho acadêmico está abaixo do esperado e se as dificuldades 
não são devidas a outros transtornos. 
Quanto antes identificar a dislexia na criança, mais intervenções poderão ser feitas 
para minimizar os efeitos negativos do transtorno. 
Dicas para trabalhar a dislexia na escola 
Sabemos que é na escola que as dificuldades das crianças com dislexia são mais 
aparentes, pois é ali que a leitura e a escrita são mais utilizadas e valorizadas. 
Surge, então, a dificuldade dos professores em encontrar métodos de ensino que 
se adequam às necessidades dessas crianças. 
A escola e os professores precisam buscar formas alternativas que resgatem o 
prazer de aprender do aluno com dislexia, que pode estar comprometido diante 
tantas dificuldades pregressas. Preparamos dicas valiosas para estimular e 
trabalhar as habilidades cognitivas das crianças com dislexia na escola. Confira! 
Atividades que trabalham a percepção auditiva 
Atividades com música estimulam a criança com dislexia e trabalham ritmo, 
concentração e atenção. Usar rimas, por exemplo, é ótimo, pois o som trabalha a 
forma como ele é produzido e processado. Bater palmas para criança imitar 
enquanto soletra palavras, trabalha a percepção da sequência auditiva, além de 
todas as habilidades de consciência fonológica. 
A consciência fonológica tem a ver com a forma como manipulamos o som, a 
percepção do tamanho de palavras e a semelhança fonológica entre diferentes 
palavras. Por isso, as atividades que trabalham a percepção auditiva são super 
importantes para ajudar as crianças com dislexia a perceberem o som e as formas 
das palavras. 
Atividades que trabalham a percepção visual 
Usar jogos dos sete erros, lince, figura e fundo, caça-palavras, ou qualquer atividade 
que trabalha a percepção visual, ajuda muito a criança associar o som com a forma 
das palavras. 
As atividades que trabalham a percepção auditiva e visual auxiliam na identificação 
e sequenciação do processo de leitura e escrita. 
Gostou das nossas dicas de como identificar e ajudar o aluno com dislexia na 
escola? Compartilhe esse artigo e ajude outros profissionais!

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