Análise Filme Cobaias

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Faculdade São Francisco de Assis 
Disciplina: ÉTICA É BIOÉTICA 
Professor: Marcia Vitorello 
Aluna: Luciane Gomes 
Filme “Cobaias” e o Caso Tuskegee 
O filme “Cobaias”, 1997, Anasazi Productions, se baseia no “Estudo Tuskegee de Sífilis Não-Tratada 
em Homens Negros”, mais conhecido como Caso Tuskegee, que ocorreu no Condado de Macon, 
Alabama, Estados Unidos, de 1932 à 1972, ele foi uma das transformações que mais contribuiu para 
o avanço da Bioética, em 1978 houve a publicação do Relatório Belmont, seus princípios eram: 
respeito pelas pessoas (consentimento livre e esclarecido), ou seja, saber sobre o que se trata, estar 
ciente da pesquisa, sua finalidade e riscos; beneficência (avaliação da relação custo-benefício), ou 
seja, vale a pena fazer a pesquisa, os dados serão úteis; e justiça (igualdade de acesso à participação 
nos estudos e distribuição dos resultados), ou seja, todos têm que ter acesso aos resultados da 
pesquisa. 
O filme é baseado em um caso real de grande repercussão mundial, onde uma pesquisa com seres 
humanos feriu frontalmente os Princípios Éticos da Dignidade do Ser Humano e da Liberdade, 
visto que a saúde e a vida dos participantes foi gravemente comprometida, o seu consentimento fora 
viciado e inválido, pois, baseado em falta de informações e até mesmo em mentiras. 
O Princípio da Dignidade do Ser Humano é absoluto, no sentido do direito ao resguardo absoluto 
a integridade física e psicológica, de si e de outrem. 
No caso Cobaias, os pesquisados tiveram a promessa de realização de tratamento, quando na 
verdade o tratamento de saúde não era realizado, comprometendo ainda mais o agravamento da 
doença, a pesquisa visava apenas analisar como a doença se comportava em homens negros. 
Mesmo após a descoberta e a utilização da penicilina, remédio eficaz para o tratamento da sífilis, os 
homens participantes da pesquisa tiveram seu tratamento negado, alguns não tiveram tempo para 
sequer tentar o tratamento devido a gravidade do quadro de saúde 
O princípio da Liberdade aplica-se ao querer participar, ou não, como sujeito de uma pesquisa, entrar 
e sair a qualquer momento. Tem-se por relativo, mas apenas em situações em que a “ingenuidade” 
do participante é preponderante para o resultado da pesquisa, situação legítima em que é possível 
que não seja divulgado ao sujeito os reais objetivos da pesquisa, podendo o termo de consentimento 
ser redigido de forma lacunar ou até mesmo não haver o Termo, desde que o mérito científico da 
pesquisa seja avaliado como possível de agregar valores e ganhos aos seres humanos e o risco de 
ferimento aos Princípio da Dignidade seja improvável, caso contrário sempre deverá haver o Termo 
de Consentimento, bem como ter o sujeito todas as informações atinentes aos procedimentos e riscos 
da pesquisa.