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A Ética Protestante e o Capitalismo

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Data: 08/05/2020
Nome da aluna ou aluno: Gabriela Veras Pierroni
RA: 21030916
Ficha de leitura
Título do texto: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (capítulos 1 e 2)
Autor: Max Weber
Ano: 2004
Editora: Companhia das Letras 
Objetivo do texto:
O cerne da reflexão de Weber nesta obra como um todo é compreender como o protestantismo está relacionado diretamente com o desenvolvimento do sistema econômico capitalista na transição do século XVI para o XVII. 
Como é feita a discussão para se chegar a esse objetivo (metodologia):
No primeiro capítulo, Weber analisa as estatísticas ocupacionais da Alemanha e outras regiões no sentido de observar o poder econômico e a religiosidade das pessoas e qual a relação entre eles. Já no segundo o autor tenta achar um significado para o capitalismo, buscando a sua essência. Para dar início a essa investigação apresenta as ideias ou princípios atribuídos a Benjamin Franklin, qual seja, que tempo é dinheiro, desta forma, se uma pessoa ganha 100 reais por dia e resolve tirar uma tarde de folga e nesse momento de lazer gasta uns 20 reais, ao contabilizar sua despesa deve levar em conta não apenas o gasto, mas também o que deixou de ganhar; logo tem um gasto de 70 reais, sendo portanto, 20 reais gasto em uma atividade de lazer qualquer, somado a  50 reais que deixou de ganhar por ter deixado de trabalhar.
Principais questões:
- Discussão sobre a questão de que os homens de negócios e os trabalhadores mais especializados são predominantemente protestantes.
- Por que os lugares de maior desenvolvimento econômico foram propícios a uma revolução dentro da igreja?
- O conceito de vocação – entendido como chamado de Deus para o exercício profissional -  é apresentado como base motivacional do moderno sistema econômico capitalista.
Conclusões:
Dessa forma, é apresentada uma valorização do trabalho e da riqueza produzida por ele, como um dever moral. A principal questão a ser enfrentada no livro é se as ideias religiosas têm influência sobre o desenvolvimento econômico, isto é, até que ponto a moral protestante, como um modo de pensar, contribui para o espírito do capitalismo.
A reforma não eliminou o controle da igreja sobre a vida cotidiana, mas trouxe uma nova forma de controle, mais opressiva e severamente imposta 
Nota-se que os líderes empresariais e os profissionais mais bem qualificados, eram na em sua maioria protestantes. Isso era objeto de discussão na imprensa, na literatura e em congressos católicos. Portanto os protestantes eram os detentores do capital e ocupavam os mais altos postos de trabalho dos maiores empreendimentos industriais e comerciais. Nas escolas o percentual de graduandos católicos, em cursos preparatórios para ocupações industriais e comerciais, estava muito aquém do percentual de protestantes. Razão pela qual o número de católicos qualificados para a indústria era menor. Os católicos preferiam uma formação de caráter humanístico.
O homem é dominado pelo dinheiro, pela aquisição como propósito final da vida. Na moderna ordem econômica, o ganho do dinheiro é o resultado e expressão da virtude e da eficiência
A explicação para isso é que os protestantes, a época minoria religiosa, eram inclinadas à atividade econômica uma vez que não encontravam possibilidade de ocupar postos no funcionalismo público.
Espírito do capitalismo: não só realidade histórica, mas o conjunto genético de relações individuais. Alguns princípios: tempo é dinheiro, dinheiro pode gerar dinheiro e seu produto gerar mais dinheiro. 
Reflexões da aluna ou aluno:
Vê-se que o desenvolvimento do espírito do capitalismo é possível por ser uma parte da evolução do racionalismo – oposto do tradicionalismo, grande inimigo do espírito do capitalismo -, que se concretizou, sobretudo após a Reforma Protestante.

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