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07- Bizantina

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Unidade II - Medievo
Histórico (Resumo)
 O imperador romano Constantino (324-337) 
transforma a antiga cidade grega de Bizâncio em 
Constantinopla (c.330), a “Nova Roma”, sede de seu 
governo (embora ele pouco a ocupasse);
 A cidade estava construída num lugar estratégico, 
(Estreito do Bósforo) ponto de encontro de todas as 
rotas marítimas e terrestres do mundo antigo.
Histórico (Resumo)
 Em 395, com a morte de 
Teodósio, o império é 
formalmente dividido em 
dois e Constantinopla é 
alçada à condição de capital 
do Império Romano do 
Oriente.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=emperor+theodosius&source=images&cd=&cad=rja&docid=ws5mKCJhMEK3xM&tbnid=jhKpr4hc1Wp7iM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.megalithic.co.uk/modules.php?op=modload&name=a312&file=index&do=showpic&pid=19153&ei=qy5WUfqcKYvA9QSp_oHwBQ&bvm=bv.44442042,d.dmg&psig=AFQjCNGQ5q52D5E1-dcdv89Zz8i2aHOpPA&ust=1364688924625789
 Embora governada por 
imperadores de muitas raças, que a 
si próprios se denominavam 
“romanos”, os elementos latinos 
foram, na verdade, em pouco 
tempo sobrepujados pela cultura 
grega que predominava há séculos 
(afinal, Bizâncio havia sido uma 
das principais colônias gregas na 
Ásia Menor, fundada em 657 a.C.).
Histórico (Resumo)
Justiniano I 
(527-565)
Histórico (Resumo)
 Após a invasão e saque de Roma (410) e da posterior 
queda do império romano no ocidente (476), o império 
do oriente, por muito tempo, passou a representar a 
grandeza do antigo império romano e a principal defesa 
da cristandade;
O imperador Rômulo Augusto rende-se perante 
Odoacro, rei dos Hérulos (476) Além disso, muitos 
romanos do ocidente 
fugiram para 
Constantinopla após a 
queda de Roma, 
levando consigo suas 
riquezas e suas 
habilidades.
Histórico (Resumo)
 Constantinopla, portanto, foi sendo rapidamente 
ampliada e embelezada por diversos imperadores nos 
séculos seguintes (Teodósio II, Justiniano, Heráclio, 
Basílio etc.).
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+empire&source=images&cd=&cad=rja&docid=hLsZL6MB0KjvPM&tbnid=uEeG5DtGlauRTM:&ved=0CAUQjRw&url=http://iaonas.blogspot.com/p/byzantine-empire-336-1453.html&ei=DzFWUav0GYaE8ATfkICwDw&bvm=bv.44442042,d.dmg&psig=AFQjCNGnLUCjbDCxkw7PXHciH0kiQzTQmA&ust=1364689429216041
Histórico (Resumo)
 Os arquitetos bizantinos, por sua vez, procuravam 
suplantar seus pares do ocidente, erguendo em 
Constantinopla estruturas cada vez mais 
impressionantes.
Maquete virtual do enorme 
(600 metros de comprimento) 
hipódromo de Constantinopla, 
construído por Constantino
(a partir do século IV), 
alcançando uma capacidade 
de até 100 mil pessoas
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=ancient+constantinople&source=images&cd=&cad=rja&docid=03Vnspi0g0WuNM&tbnid=wdp2N59CFwI-rM:&ved=0CAUQjRw&url=http://phdiva.blogspot.com/2011/08/hippodrome-in-constantinople.html&ei=mDhWUb65BJGA9gTAqYCYCQ&bvm=bv.44442042,d.dmg&psig=AFQjCNELnh_NJ6RLnZrl1qdiTXItuMlaEA&ust=1364691218860809
Histórico (Resumo)
Recriação artística da antiga Constantinopla (hipódromo à esquerda) no ano 1200 
(Disponível em: http://imperiobizantino.com.br). De fato, durante quase toda a Idade 
Média, Constantinopla deteve o título de cidade mais populosa do mundo. No final 
do século V, por exemplo, já contava quase 500 mil pessoas.
Histórico (Resumo)
Recriação artística da antiga Constantinopla no ano 1200
(Disponível em: http://imperiobizantino.com.br)
Histórico (Resumo)
Recriação artística da antiga Constantinopla (Fórum de Constantino)
(Disponível em: http://imperiobizantino.com.br)
Histórico (Resumo)
Recriação artística da antiga Constantinopla (Palácio de Boucoleon)
(Disponível em: http://imperiobizantino.com.br)
Histórico (Resumo)
Maquete virtual da antiga Igreja dos Santos Apóstolos, construída no 
século IV e demolida em 1456 pelos turcos. 
(Disponível em: http://www.byzantium1200.com)
Histórico (Resumo)
Recriação artística da antiga Constantinopla em 1200 
Aqueduto de Valente, completado em 368 de nossa era, o sistema completo tinha 
quase 700km de extensão (ou seja, igual à soma de todos os aquedutos de Roma) 
(Disponível em: http://www.byzantium1200.com)
Histórico (Resumo)
Ruínas do antigo Aqueduto de Valente, no centro de Istanbul
Histórico (Resumo)
Cisterna da Basílica (séc. VI), 
construída perto de Santa Sofia, 
armazenava até 30 milhões de 
litros de água.
 A água trazida pelo sistema do 
Aqueduto de Valente, por sua 
vez, era armazenada em mais 
de 150 tanques subterrâneos 
(cisternas), estruturas de 
grande complexidade e beleza. 
Isso garantia aos bizantinos 
uma fonte segura de água até 
mesmo nos meses mais secos, 
viabilizando assim o 
crescimento da cidade. 
Histórico (Resumo)
Cisterna da Basílica (séc. VI)
Histórico (Resumo)
Cisterna da Basílica (séc. VI)
Histórico (Resumo)
Ocupando áreas baixas, as lajes superiores das cisternas acabavam criando “novos 
terrenos” para ruas e construções na cidade.
Histórico (Resumo)
Constantinopla também chegou a possuir o mais forte e complexo 
sistema defensivo da Antiguidade (com exceção da Muralha da 
China): a denominada Muralha de Teodósio (Teodósio II, 401-450).
Histórico (Resumo)
O segredo para criar muralhas que resistissem melhor aos 
frequentes terremotos foi substituir, nas alvenarias, o concreto por 
argamassa de cal, um material que absorve mais facilmente as 
naturais acomodações das estruturas no terreno.
Histórico (Resumo)
As muralhas, com uma tripla linha de defesa e 96 torres (que 
funcionavam como pequenos castelos), incluíam até um fosso (com 
quase 20 metros de largura).
Histórico (Resumo)
Essas muralhas, de fato, salvaram o Império Bizantino de 
inúmeras invasões por quase 1 milênio. Em 1453, porém, foram 
inteiramente arrasadas pelos canhões das tropas turcas. Ou seja, 
a “nova” tecnologia da guerra havia tornado as antigas muralhas 
totalmente obsoletas...
Histórico (Resumo)
Do lado do mar, os ferreiros bizantinos forjaram a maior corrente de 
todos os tempos, que impedia o acesso de navios inimigos ao porto 
principal de Constantinopla.
Histórico (Resumo)
 Enfim, durante muito tempo Constantinopla
ostentou também o título de cidade mais rica do
mundo. Isso atraiu a cobiça de vários povos
inimigos, que atacavam as suas províncias,
reduzindo drasticamente as fronteiras do Império
Bizantino.
Histórico (Resumo)
 No governo de Justiniano I (527–565) o império 
implementou – com sucesso - um projeto de expansão 
territorial que visava recuperar o antigo esplendor do 
Império Romano de outrora.
Histórico (Resumo)
 Porém, a ação dos exércitos “bárbaros” – e também os 
próprios conflitos internos – resultaram, como dissemos 
antes, na perda dos territórios. Em poucos séculos, o 
Império Bizantino reduziu consideravelmente a 
extensão de seus domínios.
Extensão do Império 
em 867
 Até o final do século VIII, o império bizantino 
era aceito como “herdeiro natural” (e 
incontestável) do legado romano. Porém, desde o 
início, as igrejas controladas por Roma e 
Constantinopla foram se distanciando em 
questões de natureza teológica (e também 
políticas);
 Os clérigos ocidentais, de fato, em função do 
maior poder e prosperidade do Império 
Bizantino, não tinham condições de impor 
limites e/ou regras aos cristãos orientais.
Histórico (Resumo)
 Dessa forma, no ano 800, aproveitando a ascensão 
do reino dos Francos na Europa, o papa Leão III, 
visando obter uma maior independência, nomeia 
Carlos Magno imperador do Sacro Império 
Romano, contrariando os interesses bizantinos;
Histórico (Resumo)
 “Nesse contexto de maior 
autonomia, os cristãos passaram a 
diferenciar-se em questões de fé e 
liturgia bastante significativas”. (R. 
Sousa)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=sacro+imp%C3%A9rio+romano&source=images&cd=&cad=rja&docid=QSP8qnWFuElxRM&tbnid=5rmFIgzorurAmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://naturaldovaticano.blogspot.com/2013/03/a-teoria-da-translacao.html&ei=ct5WUd_EBYiq8ASRu4CYAg&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNGWzbyiMP4U55mZVTbcNbZtW8uEOg&ust=1364733913879939 As divergências com a Igreja em Roma eram 
frequentes, até que afinal, em 1054, o Cisma do 
Oriente estabeleceu a divisão formal da Igreja em 
duas: a Católica Apostólica Romana e a Ortodoxa. 
Dessa forma, a doutrina cristã oriental começou a 
sofrer uma orientação afastada de diversos princípios
Histórico (Resumo)
do catolicismo tradicional, 
contando inclusive com 
lideranças próprias (os 
“patriarcas”).
 A partir do século XI, o Império 
Bizantino deu seus primeiros sinais de 
enfraquecimento;
 Em 1204, Constantinopla foi invadida 
pelos cruzados (que tomaram o controle 
de uma das torres que sustentava a 
enorme corrente que bloqueava o porto), 
que em seguida saquearam a cidade;
 Com o passar do tempo, a ascensão 
comercial das cidades italianas (Veneza, 
em especial) conduziu à sua completa 
desestruturação.
Histórico (Resumo)
Histórico (Resumo)
 O Império Bizantino chegou ao fim no ano de 1453, 
após a conquista de Constantinopla pelo exército 
turco, munido dos temíveis canhões (que arrasaram
as antigas muralhas).
 “A estrutura religiosa oriental esteve marcada por 
uma falta de limites entre a autoridade do governador 
imperial e os chefes da igreja. Considerado um eleito 
de Deus, o imperador tinha poder e influência 
suficientes para discutir a nomeação de seus clérigos. 
A Liturgia Bizantina
Em contrapartida, a experiência 
cristã no Ocidente tomou uma 
orientação contrária, ao estabelecer 
que a autoridade sobre os assuntos 
religiosos estivesse reservada às 
ações tomadas pelo cardeal de 
Roma”. (Rainer Sousa)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=bizantyne+emperor&source=images&cd=&cad=rja&docid=Mzjr5DNZNL_eOM&tbnid=knvqF4Q0NbHI6M:&ved=0CAUQjRw&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Byzantine_Empire&ei=eF1XUYKAA4TW8gT-y4DQAw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFMj9g-aXTogpAflSXTWy0_emXVbg&ust=1364766315007838
 “Em termos práticos, vemos que os 
ortodoxos ainda seguem vários dos 
sacramentos existentes na igreja 
ocidental. Contudo, os orientais não 
permitem a construção de imagens de 
santos esculpidos. Além disso, não 
acreditam que o papa seja um 
interlocutor infalível da verdade cristã 
ou na existência do purgatório. Dessa 
forma, observamos a consolidação de 
outra perspectiva religiosa no interior 
do cristianismo”. (R. Sousa)
A Liturgia Bizantina
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+art&source=images&cd=&cad=rja&docid=YLbdOtdT7KqHdM&tbnid=MCTPzQom1BQg2M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.studyblue.com/notes/note/n/early-christian--byzantine-art/deck/956745&ei=WuBWUaG3N4im9gTN5YHoBw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNG3egZFEK80UCr4jJzz2IYAtjSKLQ&ust=1364734381280376
 Atenção: merece destaque o movimento iconoclasta
bizantino (entre 730-787 e 814-842) que, apesar de
curto, resultou na perda de relevantes obras artísticas 
religiosas do período inicial do império.
A Liturgia Bizantina
 Iconoclasta: “Diz-se de quem 
destrói imagens religiosas” / “No 
Império Bizantino, partidário do 
iconoclasmo, doutrina que pregava 
a destruição dos ídolos e a 
proibição do seu culto.” 
(Dicionário Aurélio: versão on-
line)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=iconoclasme+byzantine&source=images&cd=&cad=rja&docid=jwUSX-MbuSvGaM&tbnid=jIAYz7pqwvXt0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Byzantine_Iconoclasm&ei=u-9WUYOtNYrc8wSW8oGQAg&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNHDOtBv-QgrNEQ1xX8NkvFyXsC0yA&ust=1364738355718853
Igreja de Sta. Irene (Istambul, 
Turquia): construída por 
Constantino I no séc. IV, destruída 
por um terremoto e depois 
reconstruída por Constantino V 
(741-745), um seguidor dos 
preceitos iconoclastas
A Liturgia Bizantina
file:///upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6b/Irenekirken.jpg
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=saint+irene+church+turkey&source=images&cd=&cad=rja&docid=9Rdd_GJoMOv7aM&tbnid=D3ZsZm2Dv5iwCM:&ved=0CAUQjRw&url=https://www.theimagefile.com/?Action=VF&id=3920518050&ei=N_BWUcyuK4q88wTGs4CQBA&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNEJPkSxp2X-0IhuJmTN-BFWw4cQIA&ust=1364738465661954
Barbara Kilisesi, séc. XI (Capadócia, Turquia): igreja rupestre 
A Liturgia Bizantina
O “mudra”, sinal com as mãos 
usado com diferentes significados 
no budismo e hinduísmo. 
Geralmente está associado ao bem 
estar e à eliminação do medo.
Kokar Kilise (Turquia): séc. IX 
A Liturgia Bizantina
 O imperador romano do oriente, portanto, ostentava 
seu poder em cerimônias públicas imponentes, com
A Liturgia Bizantina
a participação dos monges 
e patriarcas. Nessas 
ocasiões , a religião oficial 
- o cristianismo -
confundia-se com o poder 
imperial. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=bizantyne+emperor&source=images&cd=&cad=rja&docid=Iorz8XAL6jtKSM&tbnid=jpnvrsR0xUNhAM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.behance.net/gallery/Historical-illustrations-Crown-1/1224169&ei=_V1XUePALZCG9QSHmICACA&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFMj9g-aXTogpAflSXTWy0_emXVbg&ust=1364766315007838
 A liturgia bizantina e a planta das suas igrejas 
constituíam – tal como a estrutura e a decoração 
(como veremos adiante) – uma unidade integrada;
 Na liturgia ocidental (ou romana), o clímax é 
representado pela elevação do sacramento, que 
ocorre “no extremo da longa perspectiva da nave 
central” (ou seja, no altar-mor);
 Este clímax, contudo, não era o momento 
supremo da cerimônia bizantina!
A Liturgia Bizantina
 “O povo aglomera-se nas naves laterais e nas galerias. O 
pavimento de mármore da vasta área central fica vazio. Ouve-
se um rumor monótono por detrás das cortinas, na abside 
distante, onde os sacerdotes procedem aos ritos sacramentais 
– o Grande Mistério. O patriarca, o clero e os acólitos fazem a 
sua entrada processional. Minutos mais tarde, a Família 
Imperial e Divina ocupa também o seu lugar debaixo da 
cúpula. Na época de Justiniano, no século VI, todo o ritual 
tinha sido elevado ao estatuto de bailado divino. O pavimento 
de mármore, anteriormente vazio, enchia-se de mantos 
incrustados. O momento supremo ocorre quando o patriarca e 
o imperador trocam o beijo da paz e partilham o cálice. Para 
este efeito se construiu a cúpula – tinha uma função bastante 
específica”. (R. Jordan)
A Liturgia Bizantina
 Em muitas das pinturas e dos mosaicos da época, 
portanto, evidencia-se claramente o vínculo entre a 
Igreja e o Estado. 
A Liturgia Bizantina
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+mosaic&source=images&cd=&cad=rja&docid=-j8D4c56SR5_uM&tbnid=yuYxbNljp6yERM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.lessing-photo.com/dispimg.asp?i=15030918+&cr=9&cl=1&ei=j2FXUfqdHYSo8QSZkYDICQ&psig=AFQjCNGHQaw42R8kUXpXEs7-Z4YNp02yPA&ust=1364767470213304
 Nas imagens, Cristo frequentemente aparece como 
um rei em seu trono e Nossa Senhora como uma 
rainha, ricamente trajados e com expressões “de seres 
inatingíveis”. 
A Liturgia Bizantina
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+mosaic&source=images&cd=&cad=rja&docid=DvFUvMQnEAKPaM&tbnid=xN8NX3Hy4vJbgM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.flickr.com/photos/orianaitaly/7135367131/&ei=-WJXUZ21Foec8gT07IFA&psig=AFQjCNGHQaw42R8kUXpXEs7-Z4YNp02yPA&ust=1364767470213304
 Do mesmo modo como o Imperador portava-se nas 
cerimônias, os apóstolos e os santos apresentam-se 
como figuras solenes, representando claramente os 
patriarcas que rodeavam o soberano e lhe prestavam 
homenagem; os anjos assemelham-se claramente aos 
clérigos que costumavam seguir em procissões nas 
festas oficiais. 
A Liturgia Bizantina
Arquitetura Bizantina
 Bizâncio herdou a arte do mundo grego – quase 
todos os artistas individuais foram gregos – “e 
associou-lhe o gênio estrutural e a aptidão para a 
engenharia de Roma”;
 E também não podia escapar “nem à cor nem ao 
misticismo” do oriente.
 Tudo isso Bizâncio explorou para a glória da 
Igreja, que desejava demonstrar, quer na liturgia 
quer na arquitetura, que os ensinamentos de Jesus 
“haviam sido transmutados numa instituição que 
eraimperial, poderosa, hierárquica, sacerdotal e 
divina.”
Arquitetura Bizantina
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=qqc-eL9UtbSfPM&tbnid=TtAjN4w8gnNiqM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.123rf.com/photo_10023374_byzantine-architecture-of-the-hagia-sophia--the-church-of-the-holy-wisdom-or-ayasofya-in-turkish--a-.html&ei=_2dXUZqQM4es8QSvioCwDQ&psig=AFQjCNHKsGB55NK-Z_Cm0K1dlwUvVj_70A&ust=1364769077665243
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=7DL7wwHpm_6M5M&tbnid=nacY0FdykatCrM:&ved=0CAUQjRw&url=http://ysvoice.tumblr.com/post/23719227679/byzantine-dome&ei=hGhXUZ_0IJT89gTp3IH4Bw&psig=AFQjCNHKsGB55NK-Z_Cm0K1dlwUvVj_70A&ust=1364769077665243
 O símbolo fundamental da arquitetura bizantina é a 
cúpula;
 Enquanto no ocidente “a arquitetura medieval 
desenvolvia-se a partir da fusão das basílicas e salas 
abobadadas romanas”, em Bizâncio foi diferente;
Arquitetura Bizantina
 O ponto de partida, 
contudo, foi o 
mesmo: a arquitetura 
romana.
1. A solução dos problemas estruturais inerentes à 
construção de uma cúpula; 
2. A descoberta de um sistema decorativo adequado 
a tais construções; 
3. A integração da planta na liturgia: ou seja, aquilo 
a que chamamos “função”. 
De forma resumida, a história da arquitetura bizantina 
envolve a solução para três questões básicas:
De fato, como em qualquer “grande arquitetura”, a 
solução final constitui uma unidade em que estrutura, 
decoração e função são um todo indissolúvel.
Arquitetura Bizantina
 Uma cúpula (como vimos) é uma estrutura em 
arco; exerce empuxo e precisa, portanto, de 
sustentação. Ao contrário da abóbada de aresta, em 
que o empuxo está concentrado nos quatro cantos 
de cada tramo, a cúpula exerce um empuxo 
contínuo – e centrífugo - em toda a base, 
demandando, pois, uma sustentação contínua.
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Um prédio como o Panteão (em 
Roma), por exemplo, “não passava 
de um igloo”, cujas paredes, com 
os seis metros de espessura, 
contrariavam o empuxo centrífugo 
da cúpula;
 Acontece que o círculo é a menos flexível de todas 
as formas geométricas – incapaz, por exemplo, de 
um desenvolvimento que o adapte aos requisitos 
funcionais de um ritual mais elaborado (como o da 
liturgia bizantina).
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Assim, o problema estrutural e de projeto do 
arquiteto bizantino era basicamente descobrir 
como construir cúpulas circulares sobre espaços 
quadrados.
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Desenhando um círculo dentro de um 
quadrado, obtém-se nos cantos quatro 
áreas aproximadamente triangulares; 
 Portanto, quando se construía uma 
cúpula sobre um quadrado, era a 
ligação dos quatro cantos que 
exigia uma solução, fosse 
executada com pedra, com tijolo 
ou com concreto (em maior ou 
menor escala).
Arquitetura Bizantina - Estrutura
Igreja Cattolica di Stilo (sul da Itália) – Século IX
Arquitetura Bizantina - Estrutura
Igreja Cattolica di Stilo, convertida ao rito latino no século XVI
Arquitetura Bizantina - Estrutura
Igreja Cattolica di Stilo (sul da Itália) – Século IX
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Porém, numa escala maior, a solução tinha de ser 
mais estrutural: acabou por ser o pendente: um 
pequeno segmento triangular de cúpula erguendo-se 
sobre cada canto.
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Os quatro pendentes encontram-
se e formam um círculo, sobre o 
qual se pode, então, construir a 
verdadeira cúpula: a 
transformação de um quadrado 
num círculo, portanto, foi assim 
alcançada.
Arquitetura Bizantina - Estrutura
Arquitetura Bizantina - Estrutura
Arquitetura Bizantina - Estrutura
 Uma vez descoberta a solução estrutural, os lados 
do tramo quadrado puderam então “ser rasgados por 
arcos, abrir-se sobre outros quadrados, outras áreas 
da planta, proporcionando aos autores dos projetos 
uma grande flexibilidade”.
Arquitetura Bizantina - Estrutura
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=PpUl1LT_5nZIyM&tbnid=sXLZ7vTaoYo8zM:&ved=0CAUQjRw&url=http://anotherheader.wordpress.com/2012/07/&ei=U2lXUfSsL5Ta8wSa0YCQCw&psig=AFQjCNHKsGB55NK-Z_Cm0K1dlwUvVj_70A&ust=1364769077665243
 Segundo René Guénon, toda construção religiosa 
possui uma “significação cósmica”. Na arquitetura 
bizantina, em especial, o significado místico está 
presente em um elemento específico: a cúpula;
 Esta, por sua vez, não é apenas um elemento 
arquitetônico decorativo, pois corresponde à 
concepções estéticas fundamentadas em um
Arquitetura Bizantina – A Cúpula
simbolismo preciso. A 
cúpula, portanto, possui o 
seu sentido naquilo que 
representa: a abóbada 
celeste.
 Os espaços cobertos pelas cúpulas, portanto, são 
“ambientes desmaterializados, onde domina o 
espírito”; efeito este realçado ainda mais pelo 
revestimento em mosaico, refletindo a luz em todas 
as direções.
Arquitetura Bizantina – A Cúpula
 O sistema bizantino requeria um material de 
“revestimento” que pudesse ser aplicado 
eficientemente sobre as paredes maciças e também 
sobre o intradorso das cúpulas;
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
 Herdaram-na dos romanos e 
transformaram-na de acordo com o 
fim desejado: para as paredes, 
geralmente um revestimento de 
mármore; para as cúpulas e 
abóbadas, o mosaico (que, como 
vimos, também já fora usado na 
arquitetura paleocristã).
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+mosaic&source=images&cd=&cad=rja&docid=upxmnnm6UM_0dM&tbnid=NzfbJ9neojOW_M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.fromoldbooks.org/Speltz-HistoryOfOrnament/pages/038-byzantine-marble-floor-mosaic/763x1039-q90.html&ei=dB1YUYSEEI_i8gSl6IHYDg&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNHbfl-sxK-9bXNYysx8lUf0kyD10w&ust=1364815378014772
 Os mosaicos eram feitos tanto de vidro como de 
mármore.
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
 Cobria-se com cimento a 
superfície a ser decorada 
durante um dia de trabalho; 
depois, enquanto o cimento 
ainda estava úmido, o 
artesão colocava os 
pequenos cubos (tesselas), 
pressionando-os com o 
dedo polegar.
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
 As tesselas douradas dos mosaicos eram 
geralmente produzidas aplicando-se diretamente 
sobre elas finíssimas folhas de ouro.
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+mosaic&source=images&cd=&cad=rja&docid=y3XQrudJKVvUyM&tbnid=mYA2_pL553zb-M:&ved=0CAUQjRw&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Mosaic&ei=BR5YUbTKKIW89gTAiIHYBQ&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNHbfl-sxK-9bXNYysx8lUf0kyD10w&ust=1364815378014772
1. Forma uma cobertura contínua, quase como se 
fosse fundido, preenchendo superfícies curvilíneas 
e cantos arredondados; 
A vantagem do mosaico, portanto, é dupla:
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+mosaic&source=images&cd=&cad=rja&docid=AQib2Amb0JZC3M&tbnid=Rluh4aZgNIV0XM:&ved=0CAUQjRw&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Byzantine_art&ei=DB9YUZe7DIfU9QSLpYFA&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNHbfl-sxK-9bXNYysx8lUf0kyD10w&ust=1364815378014772
Os ângulos ligeiramente diferentes em que era 
possível dispor os pequenos cubos permitem que toda 
a superfície capte a luz, de modo a lançar reflexos até 
sobre as áreas obscuras.
2.
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
Além disso, as irregularidades da superfície do mosaico 
exigem um desenho mais simples – “qualquer tentativa 
de naturalismo resultaria desastrosa” – e, assim, impôs-
se “a qualidade maravilhosamente estilizada de figuras 
da arte bizantina”.
Arquitetura Bizantina – O Mosaico
As Igrejas Bizantinas
1. A cúpula central única, com todos os espaços 
secundários, tais como naves laterais e absides, 
completamente subordinadas a ela – é o caso, em 
grande escala, de Santa Sofia de Constantinopla;
Aquilo que se poderia designar por “típica planta 
bizantina” inclui,portanto:
A cruz grega com braços sensivelmente 
iguais, cobertos por cúpulas – é o que 
podemos ver, por exemplo, em São 
Marcos (Veneza).
2.
 A cruz grega, portanto, é uma cruz cujos braços 
têm praticamente o mesmo comprimento; 
 A planta em cruz grega é normalmente coberta por 
uma cúpula em sua interseção, sendo os quatro 
cantos cobertos por abóbadas (ou outras cúpulas) 
menores e mais baixas. 
As Igrejas Bizantinas
Igreja dos Santos Apóstolos em Atenas (Grécia), do séc. X
As Igrejas Bizantinas
Igreja dos Santos Apóstolos em Atenas (Grécia), do séc. X
As Igrejas Bizantinas
 Os exteriores das igrejas bizantinas são pouco 
ornamentados – às vezes revestidos de mármore, e 
praticamente apenas isso; 
 Também não havia torres. Por sinal, não se sabe 
exatamente quando foi introduzido o uso das 
torres. Não há nenhum campanário “a que se possa 
atribuir com segurança uma data anterior ao século 
IX.” (N. Pevsner)
Igreja de Hagia Sophia na Grécia 
(século XII), situada na atual 
cidade de Laconia
As Igrejas Bizantinas
Arquitetura Bizantina
Basílica de Santa Sofia 
 A primeira grande igreja foi mandada construir, em 
Constantinopla, no ano de 360. Seus “arquitetos” 
foram Anthemius de Trallas e Isidoro de Mileto, 
ambos professores de física e matemática;
 Destruída por incêndios, foi reconstruída com 
incrível rapidez (entre 532 e 537) pelo imperador 
Justiniano e dedicada à Sagrada Sabedoria (“Hagia
Sophia”).
Maquete virtual da 
primeira versão de 
Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
 Após 558, a cúpula (derrubada por um terremoto) 
“foi soerguida em mais de 6 metros”, de forma a 
resultar em arcos mais altos (ou seja, em empuxos 
laterais menores). 
Segunda cúpula 
(c. 563)
Cúpula original 
(c. 537)
Basílica de Santa Sofia 
Aspecto atual de Santa 
Sofia (Istambul, Turquia)
 Deste momento em diante, Santa Sofia ostentou o 
título de maior edifício – e também da maior cúpula 
- da Cristandade até a chegada da Renascença; 
 Além disso tudo, “muita coisa foi reconstruída após 
989.” (N. Pevsner)
 Os espaços de Santa Sofia – nave central, naves 
laterais, (...) abóbadas e cúpulas – abrem todos para 
fora e para cima, proporcionando perspectivas, 
relances que vão mudando: “tudo é misterioso e 
semioculto e, todavia, tudo está revelado”.
Basílica de Santa Sofia 
 Procopius (historiador bizantino do séc.VI) descreveu-
nos as suas contradições: “luz e penumbra”, “espaço e 
massa”, “mistério e claridade”.
Basílica de Santa Sofia 
Vista interna atual 
de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
 Em planta, compõe-se de um vasto retângulo, medindo 
aproximadamente 100m x 70m, com um nártex (ou 
pórtico) à frente.
Planta baixa de 
Santa Sofia
Observação: 
Embora seja dada 
uma certa ênfase ao 
eixo longitudinal, 
isso não faz de 
Santa Sofia uma 
basílica!
Basílica de Santa Sofia 
 O corpo principal da igreja tem naves circundantes, 
com pouco mais de 15m de largura, com abóbadas e 
galerias. Estas naves laterais estão separadas da área 
central por colunatas;
 “A parte dissimulada 
atrás das arcadas opõe 
o seu mistério distante 
à nitidez do espaço 
central, cheio de 
janelas.” (Pevsner)
Basílica de Santa Sofia 
Vista interna de uma das naves laterais de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
Vista interna de uma das naves laterais de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
 Cada coluna, por sua vez, apresenta um belo capitel de 
mármore. Vários deles ostentam os monogramas do 
imperador Justiniano I (527-565) ou de sua esposa 
Teodora. 
Basílica de Santa Sofia 
Entre os capitéis e os 
arcos, encontramos as 
almofadas (ou 
pulvinares), finamente 
trabalhadas em mármore.
Os capitéis já não seguem 
fielmente as antigas ordens 
usadas na Grécia e em 
Roma.
Basílica de Santa Sofia 
Basílica de Santa Sofia 
 A origem de vários mosaicos é incerta, pois alguns 
foram eliminados durante o período iconoclasta, 
outros foram saqueados em 1204 e outros perdidos 
durante fortes terremotos. Acredita-se, porém, que a 
maior parte tenha sido executada entre os séculos X e 
XI.
Basílica de Santa Sofia 
 A superfície dourada em Santa Sofia, de fato, era tão 
extensa que impressionava antigos cronistas: “...o 
interior era tão radiante que alguém poderia supor 
que o sol estivesse brilhando.”
Basílica de Santa Sofia 
 Em 1934, Santa Sofia foi transformada em um museu 
e os mosaicos restantes puderam ser finalmente 
restaurados e expostos (conforme testemunhamos 
hoje).
Sob o domínio turco, os 
mosaicos de Santa Sofia 
foram simplesmente 
cobertos por uma fina 
camada de argamassa.
 “A cúpula central predomina soberanamente; ela não 
se ergue sobre um tambor, mas flutua suavemente, 
embora majestosamente, sobre um quadrilátero 
central.” (N. Pevsner)
Basílica de Santa Sofia 
 Esta cúpula, além disso, tem 
uma série de nervuras. Isso é 
pouco comum nas obras 
bizantinas, mas possibilita que 
o empuxo da cúpula se 
transmita às 40 nervuras e que, 
entre estas, na base da cúpula, 
se abram 40 pequenas janelas. 
“Este círculo de luz faz 
reverberar ainda mais os belos 
mosaicos internos.” (R. Jordan)
Basílica de Santa Sofia 
 Com aproximadamente 32,5 metros de largura, a 
grande cúpula é “sustentada, a leste a oeste, de 
uma maneira engenhosa e bela, por semicúpulas 
mais baixas. Desse modo, abre-se um amplo 
espaço longitudinal que ressalta a orientação 
leste-oeste, conforme exigia o sentido dos ofícios 
religiosos.” (Pevsner)
Basílica de Santa Sofia 
 “Cada semicúpula, por sua vez, é sustentada por 
dois nichos, absides ou exedras, com arcadas curvas 
e abertas (...). Tudo isso é um suporte 
estruturalmente perfeito para a cúpula; e a ambição 
dos arquitetos era ocultar aos olhos o mecanismo de 
seu método.” (Pevsner)
Basílica de Santa Sofia 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=hagia+sophia&source=images&cd=&cad=rja&docid=4DXwYYiqo-U6GM&tbnid=IoRlw8mo8CF_zM:&ved=0CAUQjRw&url=http://richardmurphyphotography.blogspot.com/2011/11/hagia-sophia-istanbul.html&ei=2TZYUdPTB4ng8ATG4YDIDg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGIPXh83T-yS3MzoD5U5XrFTRYYZQ&ust=1364822076143689
 Ou seja, as semicúpulas suportam o empuxo da 
cúpula principal com o apoio das exedras e 
abóbadas auxiliares. Com isso, o empuxo 
principal atinge o solo a mais de 30m do primeiro 
ponto de impacto. É, de fato, um maravilhoso 
feito de engenharia. 
Basílica de Santa Sofia 
Basílica de Santa Sofia 
Corte 
transversal 
de Santa 
Sofia
Basílica de Santa Sofia 
Vista interna de Santa Sofia
 Este sistema poderia ter redundado num “caos 
estético”, não tivessem as semicúpulas e arcos 
principais arrancado de uma única linha horizontal que 
ocorre a toda a volta do interior: abaixo desta linha, 
Basílica de Santa Sofia 
todas as paredes 
eram revestidas de 
mármore, acima 
dela só havia 
mosaicos. Isso 
conferiu-lhe 
unidade.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=hagia+sophia&source=images&cd=&cad=rja&docid=QO4pwPY4w-Jd9M&tbnid=rQLuV81HHWmSeM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sacred-destinations.com/turkey/hagia-sophia-photos/slides/nave-general-view.htm&ei=RjpYUaKmCYLu9ATdtYGoAQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGIPXh83T-yS3MzoD5U5XrFTRYYZQ&ust=1364822076143689
Basílica de Santa Sofia 
Vista interna de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
 A cúpula principal, como vimos, assenta-se sobre um 
quadrado, suportada por quatro pendentes e quatro 
grandes arcos. Estes quatro arcos, por sua vez, 
transmitem o empuxo para o lado oriental e ocidental 
mediante as semicúpulas (já mencionadas). E nas 
fachadas norte e sul? 
Basílica de Santa Sofia 
 A solução adotada, para estas fachadas, foi o uso de 
quatro grandes contrafortes, que emergem no exterior 
acima dos telhados.
Basílica de Santa Sofia 
 Os arquitetos poderiam ter repetido a mesma 
disposição, com semicúpulas, no lado norte e nolado 
sul da grande cúpula, mas não o fizeram “pois uma 
centralidade perfeita não teria dado a mesma 
complexidade e mistério que desejavam.” (Pevsner)
 Santa Sófia foi a conclusão lógica do sistema 
bizantino – estrutural, decorativa e funcional. Nas 
outras igrejas de Constantinopla e do império, a 
função não podia ser, evidentemente, a mesma de 
Hagia Sófia, uma vez que o imperador não poderia 
estar presente em todas elas. Porém, tornou-se 
comum o clero ocupar toda a nave central e os fiéis 
permanecerem nas naves laterais, nas galerias e no 
nártex. Deste modo, a cúpula central mantinha o 
mesmo significado litúrgico que na catedral 
imperial, uma vez que era debaixo dela que ocorria 
o clímax da eucaristia na liturgia oriental.
Basílica de Santa Sofia 
Basílica de Santa Sofia 
Fachadas sul e leste de Santa Sofia
S
L
Basílica de Santa Sofia 
Fachada norte de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia 
Fachadas oeste e sul de Santa Sofia
S
O
Basilica de San Vitale (Ravena)
 Construída entre 526 e 547 na Itália, é considerada um 
dos melhores exemplos da arquitetura bizantina 
(embora não tenha seguido o modelo da cruz grega);
 A basílica é de extrema importância para a arte 
bizantina, visto que é a única grande igreja do período 
do imperador Justiniano I que sobreviveu virtualmente 
intacta até hoje.
Basílica de San Vitale
Vista aérea de San Vitale
Basilica de San Vitale (Ravena)
 Construída antes de Santa Sofia, a cúpula ainda 
repousa sobre um octógono (ou seja, “ainda não fora 
dado o grande passo estrutural” – R. Jordan).
Basilica de San Vitale (Ravena)
deambulatório
 “O projetista acreditava manifestamente nas 
possibilidades de expressão das linhas curvas, e 
separou o octógono central do deambulatório (...) 
por sete absides (a oitava é o coro), cada uma delas se 
abrindo para o deambulatório através de três arcos.” 
(N. Pevsner) 
Basilica de San Vitale (Ravena)
 “Esta composição, com objetivo puramente 
estético e não funcional, determina o caráter 
espacial do interior. Ela substitui uma nítida 
divisão espacial por um flutuar e irromper do 
espaço, a partir do centro para as partes mais 
distantes, mergulhadas na penumbra. Essa 
sensação de indefinição é reforçada pelo 
revestimento das paredes com placas de mármore 
e mosaicos. As figuras austeras e lúgubres dos 
mosaicos parecem tão imateriais, mágicas e sem 
peso quanto as arcadas do octógono que se 
elevam e descem incessantemente.” (N. Pevsner)
Basilica de San Vitale (Ravena)
Basilica de San Vitale (Ravena)
 Os pendentes nos cantos de um octógono são 
realmente pequenos, quando comparados com os 
dos cantos de um tramo quadrado (ver, por 
exemplo, Santa Sofia). 
Basilica de San Vitale (Ravena)
 Curiosidade: a cúpula foi feita com potes de barro 
vazios, encaixados uns sobre os outros de cima 
para baixo, formando uma cúpula tão leve que 
quase eliminava o problema do empuxo!
Basilica de San Vitale (Ravena)
 A glória de San Vitale, porém, são os seus 
mosaicos, sublimes obras de arte. 
Basilica de San Vitale (Ravena)
Basilica de San Vitale (Ravena)
Mosaicos Basílica de 
San Vitale
Basilica de San Vitale (Ravena)
O coro da Basílica 
de San Vitale
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=BDmN4W5DYc6HVM&tbnid=OGh1Sb2YG2rq0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.flickr.com/photos/peer_gynt/5009110469/&ei=JERYUZCyFIW49QTu4YA4&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=ptDSJXKFxlTBJM&tbnid=Pg_t1IUNCwVc0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.flickr.com/photos/lclarkphotography/5992152545/&ei=JUVYUdmIJYXm8gSW3YCIAg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
 Nas laterais do coro estão dois famosos mosaicos 
(executados em 548), com o imperador Justiniano, 
vestido de branco e com um halo dourado, ao lado de 
sua corte. A semelhança da corte do imperador com 
Cristo e seus apóstolos marca a simbologia de que o 
Império de Roma havia se transformado no império 
teocrático bizantino. 
Basilica de San Vitale (Ravena)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=QKPn8JE4Yg9VZM&tbnid=Zkgpvj5iSzA7pM:&ved=0CAUQjRw&url=http://santatatiana.wordpress.com/2012/03/23/imperial-iconography-in-the-basilica-of-san-vitale-in-ravenna/&ei=gkNYUamBEZOA9gS37YCIDw&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
 Do outro lado do coro está a imperatriz Teodora, 
também com um halo dourado, jóias e sua corte. 
Basilica de San Vitale (Ravena)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=daT29miHwOsqPM&tbnid=AWcmX2U2BbBGvM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.studyblue.com/notes/note/n/midterm-2-buildings/deck/788970&ei=XERYUZvMJZPa9QTs34CoDg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
 Merecem destaque também os fustes de mármore 
pintado, com capitéis brancos ricamente 
entalhados. 
Basilica de San Vitale (Ravena)
 “Os entalhes magistrais dos capitéis 
confirmam a concepção espacial e 
espiritual do arquiteto. As viçosas 
folhagens de acanto dos romanos são 
substituídas por um desenho plano e 
intrincado, em entalhes rendados e 
vazados, (...) de forma que 
transpareça misteriosamente o 
segundo plano indefinido. É a 
contrapartida exata, na decoração 
arquitetural, do efeito espacial obtido 
pelos nichos em arcada que se abrem 
para o segundo plano do 
deambulatório.” (N. Pevsner)
Basilica de San Vitale (Ravena)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZZdDecPAK9zP8M&tbnid=dSxwCWpvDDFieM:&ved=0CAUQjRw&url=http://web.kyoto-inet.or.jp/org/orion/eng/hst/byzantz/sanvital.html&ei=u0ZYUa_MNYjo8gSl-4DADA&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
Vista da galeria inferior (deambulatório)
Basilica de San Vitale (Ravena)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+san+vitale+dome&source=images&cd=&cad=rja&docid=IbyJ9Zyolgyj7M&tbnid=dsgG39QDB9-iyM:&ved=0CAUQjRw&url=http://culturetripper.com/mosaics-san-vitale-ravenna-italy/&ei=j0dYUdCVFIO09QTa4IGYDQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNE0c5NDoNVwI0knOUgDgeSGrSv0pw&ust=1364824939548084
Basílica de São Marcos (Veneza)
 Veneza foi a cidade na Itália que manteve os 
laços mais estreitos com o oriente; 
 São Marcos (1063 a 1071) “é em todos os 
aspectos relevantes uma igreja bizantina, 
pequena em proporções, revestida de mármore, 
com mosaicos reluzindo nas cinco cúpulas”; 
 “Para além de Veneza, a inspiração bizantina 
viajou pouco e só esporadicamente para o 
ocidente. (...) É São Marcos que deve ser 
considerada o posto avançado ocidental do 
espírito bizantino.” (R. Jordan)
Planta baixa de S. Marcos
 A Basílica de S. Marcos 
seguiu o modelo da antiga
Igreja dos Santos 
Apóstolos de Constantino e 
também o da própria Santa 
Sofia;
 A planta é em cruz grega, 
com uma cúpula central e 
mais quatro cúpulas
menores nos outros quatro
braços da cruz;
 Cada braço, por sua vez, 
possui uma nave central e 
mais duas naves laterais.
Basílica de São Marcos (Veneza)
Basílica de São Marcos (Veneza)
Basílica de São Marcos (Veneza)
 O nártex (pórtico) da fachada oeste dificulta bastante
a percepção da planta em cruz grega, mas sua grande
superfície plana permitiu o desenvolvimento de uma
magnífica fachada (em diversos estilos).
Basílica de São Marcos (Veneza)
 Embora a estrutura básica tenha sofrido poucas
mudanças ao longo do tempo, sua decoração foi
constantemente alterada após a sua consagração. Nos
séculos seguintes (especialmente durante o século
XIV), as embarcações venezianas traziam um 
suprimento contínuo de colunas, capitéis e esculturas
de antigos edifícios para ornaresta basílica.
Os quatro cavalos em bronze da 
fachada, por exemplo, são do tempo 
do imperador Constantino (séc. IV) e 
foram levados para Veneza após o 
saque de Constantinopla em 1204.
Basílica de São Marcos (Veneza)
file:///upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9f/Veneza38.jpg
Coluna bizantina trazida da Síria, 
originalmente do século V ou VI
Os “Tretarcas” (século IV), 
representando Diocleciano e seus 
três co-governantes
Basílica de São Marcos (Veneza)
file:///upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/67/Venice_%25E2%2580%2593_The_Tetrarchs_03.jpg
 Uma nova fachada principal foi erguida e as cúpulas
originais, em determinado momento, foram cobertas
com domos mais altos, executados em madeira, de 
forma a combinar com o estilo gótico do Palácio Ducal 
(também em uma reforma posterior).
Corte transversal de S. Marcos
Basílica de São Marcos (Veneza)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=pal%C3%A1cio+do+doge+de+veneza&source=images&cd=&cad=rja&docid=PhlWC1x-UChlRM&tbnid=s_LfB8Miv30RqM:&ved=0CAUQjRw&url=http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Ducal_(Veneza)&ei=XExYUfK9L4_K9gSf4IGwCg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNEQuoKA8b5uz2POSvrVdBXVpO6jyg&ust=1364827571698701
Vista do interior de S. Marcos
Basílica de São Marcos (Veneza)
Vista do interior de S. Marcos
Basílica de São Marcos (Veneza)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=byzantine+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=elD6yI0ZcH18_M&tbnid=HeIx1xWMNusOUM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.wga.hu/html_m/zgothic/mosaics/6sanmarc/index.html&ei=LGZXUcimBYWa9QTD9YDgDw&psig=AFQjCNH_uk7wzDiNexg2r5IdBZaIWiyCaw&ust=1364768528860737
 A área interna da basílica possui mais de 8.000 metros 
quadrados de mosaicos, a maioria dourados (e 
executados em grande parte ao longo do século XII), 
representando passagens do Velho Testamento.
Basílica de São Marcos (Veneza)
Imagens do interior de S. Marcos
Basílica de São Marcos (Veneza)
 As fachadas possuem hoje uma coleção de ornamentos
bizantinos, românicos e góticos. Colunas e capitéis são, 
em grande parte, dos séculos XII e XIII; os delicados
pináculos e demais elementos da decoração superior são
Basílica de São Marcos (Veneza)
adições góticas
dos séculos XIV e 
XV.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=san+marcos+++venice&source=images&cd=&cad=rja&docid=hFBEcf-CYhNcsM&tbnid=Wt2GErAWPE5RlM:&ved=0CAUQjRw&url=http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Venice_-_Basilica_San_Marco.JPG&ei=-U1YUeK1KY3k8gTW-oGQDw&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNEXryco5F0ixD5n4ds3VHPD8btM4w&ust=1364827915656921
Referências:
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<http://www.sacred-destinations.com/italy/ravenna-san-vitale>. Acesso em: 
10 fev. 2013.
JORDAN, Robert Furneaux. História da Arquitetura no Ocidente. São 
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PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: 
Martins Fontes, 2002. 
SOUSA, Rainer. O Cisma do Oriente. Disponível em: 
<http://www.brasilescola.com/historiag/o-cisma-oriente.htm>. Acesso em: 
22 fev. 2013.
UNESCO/CLT/WHC. Early Christian Monuments of Ravenna. Disponível 
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______. Historic Areas of Instanbul. Disponível em: 
<http://whc.unesco.org/en/list/356>. Acesso em: 16 fev. 2013.

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