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2
A DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO 
Silvania Silva Machado de Souza
 
 Carmem Lucia Jorge Fraga
Resumo
O presente trabalho de natureza teórica-metodológica é fruto de um estudo bibliográfico, feito através de livros e artigos referentes ao tema gerador, A DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO tendo como base pensamentos de alguns autores citados no discorrer do artigo. Através do mesmo levantaram-se as seguintes questões: Qual seria a forma mais apropriada de se trabalhar as diversidades na escola e qual o papel do professor nesse processo? Qual a importância de se reconhecer as diversidades? Como levar o aluno a aceitar o diferente de forma natural? Uma forma de introduzi-los se daria através do diálogo que ajuda a desenvolver a inteligência e o senso crítico dos alunos, dando-lhes base para compreender os acontecimentos trazidos de sua própria vivência. Sabe-se que a capacitação dos professores, é fundamental para adequar-se profissionalmente a nova realidade vivida pela sociedade, que, por sua vez, solicita novos conhecimentos aos alunos. Para isso é necessário adaptar-se as mudanças, neste caso levando os alunos e toda a comunidade escolar a participarem efetivamente no processo de aceitação e acima de tudo de inclusão. . Dessa maneira, é preciso que na formação de professores haja mais investimentos, que este profissional seja valorizado, além de estímulos à formação continuada de todos aqueles que fazem parte da escola e que a partir disto possamos pensar em uma educação/escola inclusiva, que eduque todos com qualidade sem distinção de classe social, econômica ou política, sem distinção de raça, cor, gênero, opção sexual ou se apresenta alguma deficiência.
Palavras-chave: Diversidade. Alunos. Professor.
1 INTRODUÇÃO
No que tange o trabalho com a diversidade, muitos professores encontram em seu caminho, a resistência por parte dos alunos em aceitá-la. Isto remonta a própria história do Brasil, que, ao longo dos tempos veio demonstrando e vivenciando várias formas de racismo. Contudo a partir do momento em que a diversidade se faz cada vez mais presente em nosso dia-a-dia escolar, cabe ao professor resgatar o respeito instigando o aluno a se reconhecer como ser que vive na pluralidade. Para isso, a busca deve ser constante em alavancar os valores vividos no ambiente escolar. 
O artigo a seguir visa abranger o tema Diversidade e inclusão na área da educação, tendo como intuito a reflexão sobre a prática profissional do professor, visto que o ambiente escolar contribui para a inclusão de todos os educandos, sendo que é na sala de aula que encontramos uma imensa diversidade de alunos, vindo com conhecimentos e realidades diferentes, sendo que as vezes alguns deles apresentam algum tipo de deficiência ou déficit de aprendizagem.
Diante disso destacamos a importância do professor como mediador do conhecimento no processo de inclusão, já que é ele o responsável pela organização da sala de aula, guiando e orientando as atividades dos alunos durante o período de aprendizagem para a conquista de saberes e competências. Dessa forma, a formação inicial e continuada deste profissional é de suma importância.
Muitas vezes verificamos que essa formação é falha, ouvindo nos discursos dos docentes, que não estão preparados a trabalhar com a inclusão na diversidade nesse caso constatamos a formação debilitada, na qual não dá preparo suficiente para o profissional de ensino em sua função de educador, sendo incapaz de lidar com a diversidade existente nas salas. Portanto, é necessário que na formação de professores haja mais investimentos, que o mesmo seja valorizado, além de estímulos á formação continuada de todos aqueles que fazem parte da escola e que a partir disto possamos pensar em uma educação/escola inclusiva, que eduque todos com qualidade sem distinção de classe social, econômica ou politica, sem distinção de raça, cor gênero, opção sexual ou se apresenta alguma deficiência.
Com tudo, é fundamental levar o professor a refletir que vivemos em um mundo de diversidades, onde a individualidade humana deve ser respeitada, reconhecida e aceita, sendo que é comprovado que somos diferentes uns dos outros, o que faz com que todos nós tenhamos capacidades e limitações para aprender, por isso cabe ao professor reconhecer seu papel de mediador de aprendizagem, para todos os alunos, devendo ser esta mediação completamente desprovida de preconceito, estigma e exclusão.
2 DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO
A necessidade de diminuir as desigualdades existentes nas escolas está cada vez mais presente na educação, quando falamos em inclusão e diversidade. De acordo com Lima (2009, p.87)”pensar sobre a adversidade no contexto escolar é uma necessidade no momento atual ,essa temática é alvo constante de debate e reflexões pelos profissionais da educação”. Já que é a unidade escolar responsável em lidar com a diversidade entre os seres humanos.
Diante disso ,é de grande importância a compreensão e a valorização das diferenças existentes em toda a sociedade, devido essas diferenças está interligada ao âmbito educacional. Rodrigues(2013,p.14)afirma que:
...a escola é uma entidade que tem por função principal educar e ensinar, de modo organizado, uma população com características próprias de idade, de saberes e de experiências. A escola deve responder, no contexto do seu tempo, ao desenvolvimento dos seus destinatários que são os alunos, de acordo com o processo de educação ao longo da vida e tendo em conta a sua plena inserção na sociedade.
Na área da educação brasileira, as discussões acerca de temas como diversidade, diferenças, cultura intensificaram-se a partir da criação da lei n°10.639/03,que torna obrigatório o ensino de história da cultura afro-brasileira e africana nas escolas brasileiras e a lei n°11.645/08 que inclui também a questão indígena nos currículos escolares.
O assunto inclusão, principalmente o que tange a entrada de alunos com necessidades especiais, vem sendo discutido há mais tempo, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação –LDB-n°9394/96 na qual preconizam ideias de sistemas educacionais inclusivos. De acordo com a LDB 9394/96no artigo n°58 é determinado que a educação para alunos com necessidades especiais seja oferecida na rede regular de ensino.
Sobretudo é normal presenciarmos discussões sobre os assuntos referentes a inclusão e diversidade cultural no ambiente escolar , algo equivocado. Quando falamos no sistema educacional inclusivo, não se trata apenas da inclusão de alunos com necessidades especiais, mais sim num conjunto imenso de diferenças que habitam as instituições de ensino. Segundo Santos (2008,p.18)”inclusão é a ideia de que todas as crianças tem direito de se educar juntos em uma escola, sem que esta escola exija requisitos para o ingresso e não selecione os alunos, mas, sim uma escola que garanta o acesso e a permanência a todos os seus alunos”.
Diante desse pressuposto, alunos vindo dos mais diferentes ambientes, com culturas e experiências de vida diferenciadas, necessitam ser acolhidos, respeitados e educados da mesma maneira, sem nenhuma diferença. Desse modo, surge a necessidade por parte dos agentes educativos a uma reflexão sobre a diversidade cultural e inclusão no ambiente escolar, ou melhor, pensar na construção de espaços de conversas, na qual as diferenças se complementem e não sejam fatores de exclusão, sendo que o papel do professor é essencial para a construção de uma educação inclusiva. O professor é uma peça muito importante no conjunto que movimenta todo o processo educacional, por isso há necessidade do professor esteja preparado para atuar com seu aluno, pois é ele que irá organizar a sala de aula, guiará e orientará as atividades dos alunos durante o processo de aprendizagem para adquirir saberes e competências. Quando falamos em inclusão, se referimos há:
· Maturidade do profissional em busca de um trabalho efetivo, de uma vivencia paraa construção do conhecimento;
· Capacidade de desenvolver recursos próprios para lidar com a frustração de estar limitado quanto ás possibilidades;
· Conhecer o aluno para educá-lo;
· Conhecer como aprende para ensiná-lo;
· Saber quais aprendizagens estão construídas nesse sujeito;
· Saber quais marcas estão construídas nesse sujeito;
· Ter possibilidade para o vinculo afetivo;
· Ter disponibilidade para aceitação do outro em sua maneira de ser.( SANTOS,2004,p.6)
Vimos que, desenvolver práticas pedagógicas que tenham como principio a inclusão clara de todos os alunos ainda é um desafio, já que muitos profissionais se recusam a realizar essa atividade ou sentem dificuldade em lidar com essa questão. De acordo com Alves (2012,p.142) afirma que, ”por não saber o que fazer e nem como atuar, alguns docentes, em sua impotência, acabam por sugerir, através de palavras ou ações, que não conseguem lidar com a diferença e que, portanto, é mais produtiva a retirada dos estudantes daquele espaço escolar”.
Sendo assim, não se pode negar o fato de que é necessária uma formação especifica para os professores, principalmente ao atendimento das especificidades dos educandos, desse modo a formação inicial juntamente com a formação continuada deve esta presente no currículo dos profissionais de ensino. De acordo com Martins (2012,p.13):
A formação dos profissionais de ensino, porém, de maneira geral, não se esgota na fase inicial, por melhor que essa tenha se processado. Para aprimorar a qualidade de ensino ministrado pelos profissionais de ensino em geral, nas escolas regulares, atenção especial deve ser atribuída também a sua formação continuada.
A formação continuada contribui para possibilitar condições de reflexão por parte dos docentes sobre a prática educativa, de forma a melhorar a atuação com as diferenças que se encontram na sala de aula. Nessa perspectiva, a formação permanente é um dos fatores fundamentais para que os educadores possam atuar de maneira ampla, oferecendo atendimento adequado a cada educando, respeitando o grau de necessidade de cada um.
Atualmente encontramos na educação inclusiva principalmente quando se trata de alunos deficientes, uma proposta que traz um professor formado e experiente em educação especial na sala de aula. Esse profissional passa a ser conhecido, como sendo exclusivo a esses alunos o que significa uma segregação dentro da própria sala de aula, fortalecendo assim o preconceito e não combatendo, isso não quer dizer que alunos com deficiências não precisem de um profissional especializado, mas que isso não promova um isolamento desses alunos em relação aos outros colegas.
2.1 Inclusão
Inclusão é a ideia de que todas as crianças tem o direito de se educar juntos em uma mesma escola, sem que esta escola exija requisitos para ingresso e não selecione os alunos, mas, sim, uma escola que garanta o acesso e a permanência com sucesso, dando condições de aprendizagem a todos os seus alunos.
Quando pensamos em uma escola inclusiva, é necessário pensar em uma modificação da estrutura, do funcionamento e da resposta educativa, fazendo com que a escola dê lugar para todas as diferenças e não somente aos alunos com necessidades especiais.
A escola é o espaço primordial para se oportunizar a integração e melhor convivência com os alunos, os professores e possibilita o acesso aos bens culturais. Diante disso é preciso que a escola busque trabalhar de forma democrática, oferecendo oportunidades de uma vida melhor para todos, independente de condição social, econômica, raça, religião, sexo, etc. Frisando que todos os alunos têm direito de estarem na escola, aprendendo e participando, sem ser discriminado ou ter que enfrentar algum tipo de preconceito por motivo algum.
Na constituição federal (1988) a educação já era adquirida como um direito de todos e um dos seus objetivos fundamentais era, ”promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Desse mesmo modo afirma Hort (2017,p.34):
Nesse sentindo, propiciar a inclusão é participar de um processo de mudança, fazendo parte da reorganização da escola, onde estar incluído significa ter o direito de aprender junto, independente das condições físicas, linguísticas, intelectuais, sociais e emocionais. Isso significa que, além de garantir o acesso á escola, é necessário garantir o acesso aos conteúdos acadêmicos.
A educação inclusiva, precisa garantir a aprendizagem a todas as pessoas, dando condições para que desenvolvam sentimentos de respeito à diferença, que sejam solidários e cooperativos,” o certo, porém, é que os alunos jamais deverão ser desvalorizados e inferiorizados pelas suas diferenças, seja nas escolas comuns, seja nas especiais”.(MANTON,2006,p.190)
Para garantir uma escola de qualidade, tendo como principal objetivo a educação e humanização do aluno, é fundamental que o sistema educacional priorize por uma educação para todos, onde o enfoque seja dado às diferenças existentes dentro da escola. Uma tarefa nada fácil, que exige mudanças acerca do sistema como um todo e mudanças significativas no olhar da escola, pensando a adaptação do contexto escolar ao aluno.
Para a construção eficaz sobre o olhar da educação inclusiva é fundamental que a equipe escolar tenha em evidencia os princípios norteadores dessa proposta que devem estar calcados no desenvolvimento da democracia.
Esta escola baseia-se em princípios tais como:
· Aceitação das diferenças individuais como atributo e não como obstáculo.
· Educação como direito de todos, ou seja ,o direito de pertencer.
· Igualdade de oportunidades –o valor entre os dominantes e os dominados.
· Convívio social, todos crescem nessa relação.
· Cidadania-englobam os direitos públicos, civis, econômicos, culturais e sociais.(SILVEIRA,2013,p.24).
3 A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SEUS REFLEXOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
As pessoas são levadas a acreditar que o racismo não existe, porém ele está em toda parte. Às vezes de forma inconsciente, porém o racismo está presente mesmo que “ninguém queira ser racista”, desta forma há através das leis do país uma “maquiagem”, para se ter uma falsa impressão de que no Brasil não existe preconceito. De acordo com Lopes (2000, p. 187), há a necessidade de :
Um olhar atento sobre a realidade do povo brasileiro mostra uma sociedade multirracial [...] que faz de conta que o racismo, o preconceito e a discriminação não existem. No entanto, afloram a todo momento, ora de modo velado, ora escancarado, e estão presentes na vida diária. 
É fundamental lembrar que as pessoas não nascem racistas, este vem através das relações pessoais, sociais e com o tempo, e da mesma forma que se aprende a ser racista, também pode-se aprender a não ser. Através de uma educação que busque valorizar a diversidade e ampliar o conhecimento dos alunos em relação à importância de todos na sociedade. A educação escolar deve ajudar professor e alunos a compreenderem que a diferença entre pessoas, povos e nações é saudável e enriquecedora; que é preciso valorizá-las para garantir a democracia que, entre outros, significa respeito pelas pessoas e nações tais como são[...]. ( LOPES, 2000, p. 188).
A busca incansável na compreensão do processo educativo escolar, sobre a formação destes novos cidadãos é uma realidade. É neste processo que está buscando-se construir estudantes com identidades que valorizem a diversidade e superem as práticas de exclusão social. Diante dos fatos é impossível não perceber que o racismo atravessa as relações pessoais e se estende até as instituições.
De fato é essencial este tipo de trabalho na escola, possibilitando a reflexão sobre o valor de igualdades raciais, manifestando-se contra todas as formas de discriminação. Ensinar os valores étnico-raciais na escola assegura os valores humanos, contribuindo para uma sociedade mais justa e sem preconceitos no seio dos estudantes nesta etapa escolar, e de todos que compõe a educação.
Cada um deve e precisa ter orgulhode sua origem, e de quem realmente é. Apenas desta forma, é que teremos base para um melhor aprofundamento pedagógico, que nos leve a um conhecimento realmente multicultural, capaz de mostrar e resgatar uma cultura verdadeiramente brasileira. 
FIGURA 1- A Igualdade entre todos
FONTE: Disponível em < http://www.webquestfacil.com.br/webquest.php?pg=creditos&wq=16632> Acesso em 21 de agos. de 2019.
 O cotidiano das crianças em uma instituição de ensino deve ser pautado em um ambiente social e inclusivo, onde se torna importante trabalhar com o tema discriminação racial, mostrando a elas que não somos todos iguais, e que devemos respeitar e valorizar as diferenças. Para que isso aconteça é preciso ter dentro das instituições profissionais preparados para enfrentar esse desafio.
 Ser professor não se constitui em uma simples tarefa de transmissão do conhecimento, pois vai mais além e também consiste em despertar no aluno valores e sentimentos como o amor do próximo e o respeito, entre outros. As atitudes, as palavras, a forma de se relacionar dos professores afastam, atraem ou conquistam os alunos.
Seguindo este pensamento a diversidade étnico-racial deve e precisa ser trabalhada desde a educação infantil. Pois é neste momento que a criança está no processo de construção de sua identidade.
3.1 Diversidade cultural nas escolas
 A escola tem o papel de quebrar barreiras para um melhor exercício da cidadania. Hoje em dia a escola tem o papel importantíssimo de defesa da diversidade, e levar o conhecimento das diversas manifestações culturais existentes a um maior número de pessoas possível.
 A possibilidade de começar a ver as culturas populares sendo levadas até o interior do ensino, nos permite começar a sonhar com um ensino mais amplo, no qual a educação seja mais humanizada.
 O Brasil possui uma formação cultural muito diversificada, que é caracterizada pela junção de diferentes etnias. Essa mistura se dá em todas as regiões do país, mas mesmo assim, gera atritos e conflitos, nos mais variados lugares.
FIGURA 2 – O Povo Brasileiro
FONTE: Disponível em < http://diversidade-na-escola.blogspot.com.br/p/diversidade-racial-e-cultural.html> Acesso em 21 de agos. de 2019.
 Diante desta realidade os currículos devem ser voltados para a formação de cidadãos mais humanos e críticos, comprometidos e esclarecidos, valorizando as diversas culturas. “O currículo na visão multicultural deve trabalhar em prol da formação das identidades abertas a pluralidade cultural [...]”( LOPES, 1987, p. 21).
 A cultura é algo simples e complexo ao mesmo tempo. Nesta perspectiva, a cultura passa a ser representada pelos comportamentos de cada indivíduo, e dos costumes que se mantém através dos tempos. Segundo Freire ( 1999, p 41):
O homem cria a cultura na medida que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra. Cultura aqui é todo resultado da atividade humana, do esforço criador e recriador do homem, de seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros homens. 
 A cultura faz parte do homem, do seu íntimo. E como somos todos iguais e tão diferentes ao mesmo tempo, é aí que nasce a diversidade. E por esse motivo, toda e qualquer forma de cultura ou costume deve ser levado em consideração e respeitado por todos.
3.2 Respeito as diferenças: Família e escola juntos para combater o preconceito
A diversidade é uma das maiores riquezas que existem na humanidade. Contudo a intolerância e o preconceito ainda estão presentes fortemente no dia-a-dia. Diante deste fato é fundamental que a família e escola se unam, formando uma parceria para educar crianças e jovens que sejam tolerantes e respeitem essa diversidade.
É durante a infância que a criança aprende os princípios que levará para a vida. São as famílias os primeiros a ensinar esses valores, por isso é imprescindível a parceria entre pais e escola. Repassar sentimentos como respeito, solidariedade, justiça, deve ser papel não só dos educadores, mas também dos pais, pois as crianças têm ali seus heróis. 
É necessário salientar que a participação da família é algo importante ao processo de ensino-aprendizagem, porém, não o único. A escola e a família são grandes parceiras no papel de educar.
 Figura 3: A Família na Escola
Fonte disponível em < https://unibhpedagogia.wordpress.com/2013/04/26/integracao-escola-x-familia/ > Acesso em 04 de junho de 2019.
Participação não é resultado de processos automáticos e espontâneos, mas de uma conquista diária e consequência do fortalecimento da responsabilidade dos indivíduos. O respeito deve ser um tema em pauta nas duas esferas, família e escola. As crianças vivem como alunos e também como filhos, desta forma aprendendo seu papel na sociedade e entendendo que a diversidade faz parte de “todos” os mundos. Mesmo tendo papeis parecidos o que é responsabilidade dos pais a escola não conseguirá transmitir, e vice-versa. 
“A parceria família escola é fundamental para que ocorram os processos de aprendizagem e crescimento de todos os membros deste sistema, uma vez que a aprendizagem não está circunscrita à conteúdos escolares”(BARTHOLO, 2001, p.23). Sendo assim a família e a escola são sócios que, apesar de distintas, buscam atingir objetivos complementares.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente a palavra diversidade vem sendo utilizada em vários campos sociais, no trabalho, na escola, aliás, em todo o contexto social. Em um momento onde as transformações acontecem o tempo todo, e que todas as formas de cultura se expressam, e também os preconceitos, não abordar o tema “diversidade” no ambiente escolar é um risco. É a partir deste assunto que os alunos tomarão conhecimento de que todos somos diferentes, e que essas diferenças enriquecem nosso dia-a-dia. Abordar a diversidade na escola é essencial para desenvolver uma prática pedagógica que busca atender todos de forma justa e igual. Pode-se admitir que o grande desafio hoje seja lidar com as diferenças.
O termo multicultural está diretamente ligado à pluralidade cultural, onde várias pessoas convivem juntas, sempre respeitando suas culturas e diversidades. Para lidar com essas sociedades tão diversificadas existe o multiculturalismo, uma forma da sociedade, neste mundo globalizado lidar com as diferenças. E é nas escolas que presencia-se as mais variadas culturas. Contudo o estado muitas vezes utiliza suas instituições educacionais, para evitar alguns conflitos, pois sabe-se que as escolas muitas vezes tendem a controlar as diversidades através de suas regras. 
A educação no Brasil precisa perceber que cada um tem sua história e sua própria raiz. E que cada ser tem seus ensinamentos passados através das gerações. Diante deste fato é necessário reconhecer a multiculturalidade existente, levando em conta o valor histórico de cada cultura e cada ensinamento.
Percebe-se nas salas de aula e fora delas, a existência do racismo, voltando ao ponto de que existe uma maquiagem nas leis para não mostrar o Brasil como sendo um país racista. Diante desta realidade faz-se necessária a formação de educadores que busquem a melhor forma de lidar com estas diferenças em sala de aula.
Neste momento penso que os educadores que trabalham em todo o Brasil, devem saber que seu papel é principalmente preparar para a vida. É através deles que as crianças começam a reconhecer uma realidade fora de casa, então são responsáveis por boa parte da formação do caráter das mesmas. A tarefa de todo educador é lutar pela igualdade, superando toda e qualquer forma de racismo e discriminação. Além disso, para que o trabalho educacional seja desenvolvimento com êxito a formação inicial e continuada é extremamente necessária e esta precisa desenvolver nos docentes para além do respeito, a compreensão da diversidade. E o profissional de ensino necessita refletir a todo o momento sobre suas práticas pedagógicas. 
Desse modo, esse trabalho mostrou um assuntocomplexo e polêmico, a pluralidade cultural. Pluralidade esta que por sua vez é alvo muitas vezes de racismo, e pode-se então constatar que há varias divergências sobre o assunto.
Diante desses fatos, é oportuno que necessitamos ser otimistas e transformar em realidade o sonho de uma educação de qualidade para todos, transparecendo as potencialidades e capacidades dos seres humanos, acreditando que unindo nossas diferenças, poderemos provocar mudanças significativas na educação e na sociedade, diminuindo preconceitos, tornando nosso meio social mais humano, fraterno, justo e solidário.
ReferênciaS
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BARTHOLO, M. H. Relatos do Fazer Pedagógico. Rio de Janeiro: NOOS, 2001.
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HORT, Ana Paula Fischer. Educação Especial e Inclusão escolar. 1 ed.Indaial:Uniasselvi,2017. 
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RODRIGUES, Paula Cristina Raposo. Multiculturalismo – A diversidade cultural na escola. Escola Superior de Educação João de Deus. Lisboa, 2013. Disponível em:
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SILVEIRA, Tatiana dos Santos da. Educação Inclusiva.Indaial:Uniasselvi,2013.
� Titulação. Instituição. E-mail: 
� Titulação. Instituição. E-mail:

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