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História da Psicologia Sétimo Selo

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PROFESSORA: Andreia Souza Reis
FUNCIONAL: 079044
DISCIPLINA: História da Psicologia (572Z)
TURMA: PS1A29
NOME: Cintia Barbosa Coelho RA: 02290014248
Atividades
1) Exercícios do módulo 1 (A ciência psicológica) e do módulo 2 (Humanismo Moderno: Renascimento) que estão disponíveis no sistema online.
2) Assistir ao filme “O Sétimo Selo” e relacionar com a matéria estudada do módulo I e II.
3) Resenha dos capítulos:
- O discurso do método
- O eu e não eu
- A auto-crítica da razão
- Os moralistas do século XVII
EXERCÍCIOS
MÓDULO I
1) Segundo a tese básica de Luís Cláudio M. Figueiredo, na modernidade duas condições tornaram a Psicologia uma ciência independente. 
Assinale a alternativa que apresenta essas condições:
A A experiência individual e singular de liberdade e a descoberta de que essa liberdade é uma ilusão. 
B A experiência da subjetividade privatizada e a crise dessa subjetividade. 
C A descoberta da subjetividade e o questionamento da fé cristã. 
D A recusa aos preceitos religiosos e busca de novas crenças. 
E A descoberta da loucura e a necessidade de buscar tratamento para esse mal. 
Resposta: letra B
2) Considere o texto:
“Uma comunidade, de acordo com Plutarco, é um certo corpo dotado de vida pelo benefício do favor divino, que opera impelido pela mais elevada equidade e que é regulado pelo que pode ser chamado de poder moderador da razão. Aqueles que em nós estabelecem e implantam a prática da religião e nos transmitem devoção a Deus (...) preenchem o lugar da alma no corpo da comunidade. (...). O lugar da cabeça no corpo da comunidade é ocupado pelo príncipe, que se submete apenas a Deus e àqueles que estão a Seu serviço e O representam na terra, da mesma forma que, no corpo humano, a cabeça é animada e governada pela alma. O lugar do coração é preenchido pelo senado, do qual procede o início de boas e más obras. Os deveres de olhos, ouvidos e línguas são cumpridos pelos juízes e governadores das províncias. Oficiais e soldados correspondem às mãos. Aqueles que sempre servem ao príncipe são semelhantes aos flancos. Oficiais financeiros e comerciantes podem ser comparados com o estômago e os intestinos (...). Os camponeses correspondem aos pés, que sempre semeiam a terra, e precisam mais especificamente dos cuidados e das preocupações da cabeça, já que, enquanto caminham sobre a terra trabalhando com seus corpos, eles se deparam frequentemente com pedras de hesitação e, por isto, merecem mais ajuda e proteção que os demais com toda justiça, desde que são eles que erguem, sustentam e movem adiante o peso de todo o corpo. Então, e só então, a saúde da comunidade será sólida e florescente quando os membros mais altos protegem os mais baixos, e os mais baixos respondem fiel e plenamente às justas demandas de seus superiores (...).” John of Salisbury, O corpo social. In: SANTI, P.L.R. A construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Ed. Holos, 1998, p.9.
 
A respeito do texto é correto afirmar que se refere
A a um determinado grupo social, em que cada sujeito pode fazer o que bem entender visando o próprio benefício. 
B a organização social da Idade Média e afirma que cada sujeito é livre para realizar suas escolhas.
C a um determinado grupo social, próprio de sociedades semelhantes àquelas que os descobridores encontraram nas novas terras.
D a uma organização social em que cada sujeito é chamado a realizar uma tarefa em prol da comunidade, a partir do lugar que ocupa na trama social.
E à organização social da Idade Média e afirma que os camponeses são responsáveis pela saúde da comunidade.
Resposta: letra D 
3) Sobre as concepções de homem e de mundo na Idade Média, analise as afirmativas abaixo:
I Impôs-se ao homem a escolha do próprio caminho e a construção da própria identidade.
II Era forte a concepção de uma relação orgânica entre todos os seres da natureza, de uma interdependência entre todas as criaturas.
III A possibilidade da crença na liberdade humana era muito restrita ou inexistente, já que tudo parecia fazer parte de um plano maior, perfeito e disposto por Deus.
IV Passou a vigorar a ideia de que o homem havia perdido o contato com a sua verdadeira natureza e que necessitava retornar a esse estado natural perdido.
V O ser humano era valorizado como não submetido ao poder de Deus. Além disso, foi elaborado o conceito de democracia: o governo deveria ser exercido pelos cidadãos.
Está correto o afirmado em 
A I e II.
B II e III. 
C III e IV. 
D IV e V.
E II, III e IV.
Resposta: letra B
4) Em 1879 Wilhelm Wundt montou o primeiro laboratório de Psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. 
•    Freud produziu uma vasta bibliografia, num período que se estende de 1895, ano de publicação do Estudos sobre a histeria, com Breuer, até sua morte, em 1939. 
•    O primeiro livro importante de Skinner, Behavior of Organisms, foi publicado em 1938. Rogers, por sua vez, trabalhou ativamente, orientando e escrevendo, desde o final da década de 1920. 
Com base nas datas acima, considera-se que no final do século XIX a Psicologia surgiu como ciência independente. 
Leia as afirmativas: 
I Somente depois do desenvolvimento do método científico houve condições para o surgimento da Psicologia e o estudo do psiquismo humano.
II Os projetos da Psicologia como ciência somente puderam ser formulados após o desenvolvimento de uma noção clara de subjetividade privada.
III A demanda por um “profissional psicólogo” só passou a ter sentido a partir do momento em que as concepções de sujeito vigentes entraram em crise, levando as pessoas a problematizarem a noção de si.
Está correto o afirmado em
A I.
B I e II.
C I e III.
D II e III.
E I, II e III.
Resposta: letra D
5) Leia o texto:
"Quando a anestesia foi descoberta, em 1846, a dor física ainda possuía vários sentidos. Podia exercer um papel enobrecedor: resistir bravamente à dor durante a extração de um dente, por exemplo, contribuía para a formação do caráter, especialmente quando se tratava do sexo masculino. Muitas narrativas que expunham as penas sofridas em cirurgias e as dores vividas em acidentes e doenças continham uma função pedagógica. Ensinavam a valorizar o ser humano, principalmente as virtudes da coragem e da persistência. No lugar de ser um limite para a vida, a dor mostrava os limites de um cada corpo (...) A alusão aos prazeres ainda não era uma regra geral da publicidade e diversos desenhos e fotografias de rostos crispados pela dor, pernas, úteros, ventres enfraquecidos por feridas e outros males, apareciam sem grandes pudores entre os principais jornais e revistas do país. Não que se fizesse apologia da dor. Apenas ela era acolhida com uma naturalidade que pode parecer estranha em épocas como a nossa, de extrema naturalização da saúde e do prazer infinitos. Existiam evidentemente aqueles que faziam da dor o principal sentido da vida. Mas não era inusitado encontrar quem insistisse em dizer: é a vida quem fornece sentido à dor e não o contrário” Sant’ Ana B.D. Corpos de Passagem: ensaios sobre a subjetividade contemporânea. pg.38.
O texto fala da dor não como realidade do corpo, apenas, mas como uma experiência subjetiva. 
Assinale a alternativa que corresponde à concepção de subjetividade que podemos depreender desse texto? 
A As experiências subjetivas, como a dor, são determinadas pelas diferenças individuais, de caráter basicamente inato (como, por exemplo, o grau de sensibilidade).
B As experiências subjetivas, como a dor, são iguais para todos os sujeitos, sendo independentes de seu contexto histórico e cultural.    
C As experiências subjetivas, como a dor, são significadas pelos sujeitos de diferentes maneiras, dependendo de seu contexto histórico e cultural.
D As experiências subjetivas, como a dor, são vividas de maneira distinta, dependendo do valor que damos à vida.
E As experiências subjetivas, como a dor, são mais ou menos importantes, dependendo dos recursos técnicos disponíveis para atenuá-la.
Resposta: letra C
6) A Idade Média,mais conhecida como Idade das Trevas (em oposição ao Iluminismo, Idade das Luzes ou da Razão), representa um período de dez séculos da história da civilização ocidental em que toda a sua organização social, política e econômica emanava de uma ordem transcendente ao mundo. 
Analise as afirmativas abaixo:
I.A Idade Média considerava o mundo organizado em torno de um centro. Nesse mundo haveria uma ordem absoluta, representada por Deus e Seus legítimos representantes na terra: a Bíblia e a Igreja. 
II.A Igreja Católica da Idade Média, de posse de todo o poder de representar Deus na Terra, organizou um mundo em que cada ser era tido como parte da grande engrenagem da criação divina. Cada homem ocuparia um lugar específico nessa engrenagem e estaria submetido à obrigação de realizar suas funções, não podendo escapar delas. 
III.Na medida em que a onipresença e a onisciência eram apresentadas como atributos de Deus, nada poderia ser mantido em segredo e nunca se estaria sozinho. Assim, pode-se afirmar que o homem da Idade Média achava-se desprovido de privacidade. 
IV.Como expressa o texto O corpo social, de John of Salisbury, o homem medieval vivia em um mundo em que tudo fazia parte de um todo perfeito disposto por Deus, mas tinha liberdade para tomar decisões referentes à própria vida.
V.O texto O corpo social, de John of Salisbury, apresenta a concepção de uma relação orgânica e interdependente entre todos os seres. Num universo assim organizado e descrito, o homem não era, propriamente, um sujeito.  
Assinale a alternativa que apresenta as características do período: 
A I, II, III, V.
B II, III, VI, V
C I, II, V
D II, III, IV
E I, III, V
Resposta: letra A
7) Segundo Santi (2009) uma representação da Idade Média seria o canto gregoriano, que ilustra o momento e a lógica que rege a sociedade. Desta forma, a audição e a compreensão do canto gregoriano prestam-se de forma exemplar à tentativa de apresentar o espírito medieval.
(Fonte: SANTI, P.L.R. A construção do eu na modernidade. 6ª. ed. Ribeirão Preto/SP: Ed. Holos, 2009).
Leia as alternativas abaixo e observe se estão corretas ou incorretas.
I - O canto gregoriano representado por um canto em uníssomo, era um coral que cantava exatamente a mesma “coisa”, assim como acontecia na sociedade, onde não existia individualidade.
II - A letra da música, cantado pelo coral, era um texto sagrado já conhecido por todos. Santi relacionou a questão de a música ser um texto sagrado com a ideia de que a vida era regida por uma ordem, onde o homem não tinha a liberdade de optar pelos rumos de sua vida e não era propriamente um sujeito de suas ações.
III – No canto gregoriano, associando-se ao caráter da letra, não há propriamente uma melodia, mas apenas uma sinuosa linha melódica que não se repete, de forma que o ouvinte não consegue se segurar em nada, deve se deixar levar como um rebanho.
Somente está correto o que se afirma em:
A I
B II
C III
D I, II e III
E II e III
Resposta: letra D
MÓDULO II
1) Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, escreveu no século XVI os Exercícios Espirituais que conduziriam os homens devotos à iluminação. Santo Inácio reconhecia a liberdade, mas constatava a perdição do homem. 
É correto afirmar que, com os exercícios, Inácio de Loyola pretendia
A estimular os devotos à solidão e, consequentemente, à salvação, que só existe para quem se isola.
B a submissão incondicional dos homens às novas leis divinas, que agora são humanas.
C explicar que a salvação implica o exercício da liberdade, que deve ser repetido muitas vezes.
D mostrar o caminho do reencontro com Deus, dirigindo a livre vontade humana para o caminho correto que possibilita este reencontro.
E reafirmar as teses do Renascimento de que o homem precisa exercitar não só o corpo, mas também a alma.
Resposta: letra D
2) Santi (1998) estabelece um paralelo entre as ideias subjacentes aos Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola e a literatura de autoajuda. 
A esse respeito é correto afirmar que 
I enquanto os Exercícios Espirituais apoiam-se na convicção de que o homem não é livre, a literatura de autoajuda advoga a liberdade absoluta do homem, como se depreende de títulos como “Só é gordo quem quer”.
II enquanto os Exercícios Espirituais apoiam-se na convicção de que o homem é livre, a literatura de autoajuda não reconhece está liberdade, pois propõe procedimentos por meio dos quais o homem pode vir a obter “boa vida”.
III a crença na liberdade absoluta, comum aos Exercícios Espirituais e à literatura de autoajuda, gera um intenso sentimento de culpa: se somos o que fazemos de nós, nossa infelicidade é produzida por nós.
 
Está correto o afirmado em 
A I
B I e II
C II
D II e III
E III
Resposta: letra E
3) Leia abaixo o pensamento de Santo Inácio de Loyola acerca do homem e sua liberdade:
A liberdade humana é reconhecida apenas para se lhe atribuir a causa _______________. Curiosamente, a salvação implica justamente abrir mão de forma absoluta dessa liberdade, transferindo-a ____________com toda boa vontade e determinação. A ________________do sujeito deve ser absoluta -  esse é o preço a pagar pelo repouso numa certeza sem conflitos. Exige-se __________________e, sobretudo, que se abra mão da própria experiência imediata em favor da palavra _______________.
Assinale a alternativa cujos termos preenchem adequadamente as lacunas desse texto.
A do sofrimento humano; a Deus; culpa; fé; dos representantes da Igreja.
B da perdição humana; à autoridade religiosa; submissão; disciplina e dedicação; da Igreja
C dos conflitos do homem; à autoridade religiosa; fé; disciplina e dedicação; do Estado 
D da perdição humana; ao exército; submissão; ordem; do Estado 
E dos conflitos do homem; aos governantes; fé; ordem; da Igreja 
Resposta: letra B
4) Leia o texto abaixo.
“Já o sumo pai, Deus arquiteto, tinha construído, segundo leis de arcana sabedoria, este lugar do mundo como nós o vemos, augustíssimo templo da divindade. Tinha embelezado a zona super-celeste com inteligências, avivado os globos etéreos com almas eternas, povoado com uma multidão de animais de toda a espécie as partes vis e fermentares do mundo inferior. Mas, consumada a obra, o Artífice desejava que houvesse alguém capaz de compreender a razão de uma obra tão grande, que amasse a beleza e admirasse a sua grandeza. Por isso, uma vez tudo realizado, como Moisés e Timeu atestam, pensou por último em criar o homem. Dos arquétipos, contudo, não ficara nenhum sobre o qual modelar a nova criatura, nem dos tesouros tinha algum para oferecer em herança ao novo filho, nem dos lugares de todo o mundo restara algum no qual se sentasse este contemplador do universo. Tudo estava já ocupado, tudo tinha sido distribuído nos sumos, nos médios e nos ínfimos graus. (...)                                                                                                                                                        Estabeleceu, portanto, o óptimo Artífice que, àquele a quem nada de especificamente próprio podia oferecer, fosse comum tudo o que tinha sido dado parcelarmente aos outros. Assim, tomou o homem como obra de natureza indefinida e, colocando-o no meio do mundo, falou-lhe deste modo: ‘Ó Adão, não te demos nem um lugar determinado, nem um aspecto que te seja próprio, nem tarefa alguma específica, a fim de que obtenhas e possuas aquele lugar, aquele aspecto, aquela tarefa que tu seguramente desejares, tudo segundo teu parecer e tua decisão. A natureza bem definida dos outros seres é refreada por leis por nós prescritas. Tu, pelo contrário, não será constrangido por nenhuma limitação, determiná-las-á para ti, segundo o teu arbítrio, a cujo poder te entreguei. Coloquei-te no centro do mundo para que daí possas olhar melhor tudo que há no mundo. Não te fizemos celeste nem terreno, nem mortal nem imortal, a fim de que tu, árbitro e soberano artífice, te plasmasses e te informasses, na forma que tivesses seguramente escolhido. Poderás degenerar até os seres que são as bestas,poderá regenerar-te até as realidades superiores que são divinas, por decisão do teu ânimo”. 
Excerto de texto de autoria de Pico Della Mirândola, no capítulo 4 da obra SANTI, P. L. R. (org.). A construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Holos, 1998.
 
Sobre o texto acima, assinale a afirmativa correta:
A Faz referência à forma como Deus criou e organizou o mundo, permanecendo no centro, sendo onipotente, onipresente e onisciente. 
B Apresenta a teoria da criação do mundo por Deus e introduz a ideia de que o homem deve obedecer cegamente a Ele. 
C Reflete uma transformação no modo como a Igreja pensava o homem, pois o sujeito aqui aparece como possuidor de livre-arbítrio.  
D Menciona que Deus decide o destino do homem a partir de leis prescritas por Ele e pela Igreja. 
E Informa que Deus colocou o homem no centro do mundo e que o homem deve ser igual aos animais inferiores.
Resposta: letra C
5) Relacione os autores abaixo às ideias/ feitos/ obras correspondentes:
(1) Maquiavel (2) Montaigne (3) Erasmo de Rotterdam (4) Shakespeare
I Em sua opinião o governante não tem outra opção do que a de afirmar-se à força, criar alianças inspiradas mais pelo temor do que pelo amor (...). O principal valor deverá ser a obtenção e a manutenção do poder centralizado. Para tanto, o governante não deve envergonhar-se de nenhum de seus atos, desde que seja para afirmar o seu poder. Ainda que esse ato seja matar quem represente uma ameaça ao poder.
II Diante da instabilidade e insegurança de tudo, acaba por fazer renascer um dos outros fundamentos do pensamento grego: o ceticismo. Não podendo confiar ou acreditar em nada nem em ninguém, este autor retira-se da vida social e dedica sua vida à obra “Ensaios”.  
III Faz com que o personagem de seu mais importante livro utilize muitos monólogos para expressar uma característica essencial da Modernidade: a interioridade. Seu personagem também se coloca em posição de indiferença diante do coletivo, do que se espera de um príncipe; ele se recusa a ocupar o papel que lhe é reservado, preferindo ser autor de si mesmo.
IV Com muito humor, vai implacavelmente destruindo todo um sistema de valores tomados como óbvios. Seus textos também arrasam qualquer idealismo sobre bondade humana, amor pelos demais, casamento etc. Ele também produz um manual de boas maneiras, aconselhando sobre formas de lidar com a glutonice, com a necessidade de arrotar, soltar gazes etc. 
 
Assinale a alternativa que enuncia a correlação correta:
A I 1 / II 2 / III 4 / IV 3
B I 1 / II 2 / III 3 / IV 4
C I 4 / II 3 / III 1 / IV 2 
D I 3 / II 4 / III 2 / IV 1
E I 1 / II 3 / III 4 / IV 2 
Resposta: letra A
6) No Renascimento há uma mudança na concepção do lugar do homem no mundo. 
As afirmativas a seguir são sobre as mudanças ocorridas na passagem da Idade Média para o Renascimento. Apresentam características deste último e discutem concepções do lugar do homem no mundo nesse período.
I Algumas condições histórico-sociais foram fundamentais para a passagem da Idade Média para o Renascimento; entre elas destacam-se: a diminuição do poder da Igreja e o advento da Reforma, a crise do sistema feudal e o nascimento das cidades e rotas de comércio, a expansão marítima e as consequentes descobertas de novas terras.
II O Humanismo renascentista se refere a diversos movimentos que valorizam o homem, afirmando que ele tem que buscar uma formação e que deve se constituir enquanto humano. A ideia central desse humanismo é a de que se o homem não nasce com o seu destino predestinado, ele deve se formar, educar-se.
III A fé em um Deus não foi abalada no Renascimento, mas agora ele é entendido como um criador que paira por sobre sua obra, que passa a ter vida própria e liberdade. Deus está antes do mundo como criador e depois dele como juiz, mas deixou o mundo funcionar por suas próprias leis.
IV A saída do mundo feudal e o deslocamento de Deus para as periferias do mundo fazem com que o homem se coloque no centro de uma forma peculiar: ele é livre para se tornar o que quiser, mas não é propriamente nada.
V Há uma negatividade no homem renascentista e é justamente esse vazio que ocupa o lugar do centro; o mundo já não é fechado, já não há estabilidade possível; o homem deve continuamente tornar-se, constituir-se, mover-se.
É verdadeiro o afirmado em 
A I, II, III, IV e V.
B I, III e V. 
C II e IV.
D I, II, IV e V. 
E  II, III, IV e V.
Resposta: letra A
7) Os pensamentos produzidos ao longo da Modernidade descrevem novas possibilidades de relacionamento do homem com seu mundo. Analisando a produção intelectual, artística e filosófica desse período podemos vislumbrar diversos movimentos (culturais, religiosos, políticos e filosóficos) que propõem lugares diferentes para o homem no mundo.     
Classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F):
I (  )  Inácio de Loyola, adaptando o pensamento aos tempos, professa sua crença na existência de um destino harmonioso, bastando que nos conscientizemos dele. Defende que a liberdade nos foi dada por Deus e que, portanto, devemos usufruir dela da melhor maneira possível.
I ( ) Maquiavel, preocupado com a fragmentação da sociedade, pensa ser necessária a imposição de um governante. Constrói uma obra sobre o modo de bem governar o mundo ou o povo. Afirma o valor do humano, porém em um mundo sem ideal, no qual a imposição do sujeito se faz necessária dada a concepção naturalista e egoísta do homem.
III (   ) William Shakespeare expressa em sua obra a percepção de um ‘eu’ individual e fechado, separado e em oposição a um ‘mundo externo’, aí compreendidos os objetos e as outras pessoas.
A respeito das afirmativas acima assinale a alternativa correta:
A I é verdadeira, e II é falsa.
B II é verdadeira e III é falsa.
C III é verdadeira e I é falsa.
D  I, II e III são verdadeiras.
E I, II e III são falsas.
Resposta: letra C
8) O Renascimento foi tempo de incorporação de informações relativas à diversidade do mundo, à multiplicidade de costumes, línguas e formas de viver descobertas pelo europeu graças à expansão marítima. Sobre o renascimento, analise as afirmativas seguintes:
I. Uma das melhores imagens desse período é a feira de rua, que contém um elemento de festa popular, desordem e gritaria diante de uma profusão de mercadorias trazidas das mais diversas partes recém-descobertas do mundo. 
II.No âmbito das artes, uma das expressões mais fortes do Renascimento encontra-se na obra do pintor Bosch, que parece sofrer os efeitos da fragmentação do mundo. O Juízo Final apresenta uma série de personagens com distorções físicas que expressam distorções de caráter.
III.Polifonia é o estilo musical que melhor expressa o espírito renascentista. O termo significa “muitas vozes”. Cada voz entoa uma melodia diferente e, por vezes, com letra de música também diferente.
IV.Outra imagem do Renascimento é o deboche apresentado por Rabelais em seu livro Gargântua e Pantagruel. Essa obra contém referências à cultura clássica grega e usa, simultaneamente, o tom irreverente e visceral de um mundo menos idealizado, mais próximo da experiência imediata dos prazeres do corpo.
V. O canto gregoriano, coro de vozes que entoam a mesma melodia em uníssono, expressa muito bem a reação à fragmentação e dispersão do mundo renascentista e apresenta uma proposta de retorno a Deus.
Estão corretas:
A I, III, IV
B II, IV, V
C I, II, IV, V
D II, III, V
E I, II, III, IV
Resposta: letra E
Análise do Filme Sétimo Selo
Um filme sueco, lançado em 1956, do gênero de drama, escrito e dirigido por Ingmar Bergman baseado em uma peça de teatro do mesmo autor, Det sjunde inseglet (O Sétimo Selo em português).
Passa-se na Europa durante a Idade Média, seu título faz menção ao livro de Apocalipse da Bíblia onde é citado um livro na mão de Deus com sete selos que no momento da abertura de cada um traz um malefício para a humanidade e o sétimo é o fim dos tempos.
Bergman fez uma vasta pesquisa histórica para retratar a sociedade sueca da época como forma de demonstrar suas aflições referentesà morte e o medo apocalíptico desse período. 
Na trama o cavaleiro Antonius Block, interpretado por Max Von Sydow, retorna das Cruzadas após dez anos para sua terra natal que está tomada pela Peste Negra e se encontra com a morte, como estratégia para ganhar tempo e entender o sentido da vida convida a morte para um jogo de xadrez. 
A morte o segue sua caminhada no encalço de Antonius que se propõe a defender quatro pessoas: o casal Mia e Jof, seu filho e Squire Jons. No contexto do filme é retratado o encantamento com a morte e o seu temor durante esse período em que se acreditava que a Peste era um castigo de Deus com menção ao lado obscuro da religião que acusava e praticava a Inquisição principalmente com mulheres que eram consideradas bruxas.
Nesse período onde a religião estava ligada a tudo com uma forte crença de Deus e do Diabo o filme faz uma crítica racional sobre essa crença mostrada claramente em algumas cenas com pregações e autoflagelação como forma de alcançar a salvação. 
Um momento histórico onde a sociedade medieval era tomada pelo medo da morte eminente, recheado de crenças apocalípticas onde as pessoas tentam se redimir de seus pecados e a religião usada como forma de beneficiar charlatães.
Com uma análise desse contexto relacionando a vida, a guerra, a morte e a religião. Onde há uma grande indagação sobre o sentido da vida sem uma resposta imediata para entendimento desse contexto histórico.
Resenhas
O discurso do método
O texto de René Descartes, sábio francês, publicado em 1637 um período onde o conhecimento era de poucos vem defender a disseminação para todos. 
Visto como manual da razão onde gera o questionamento de todo conhecimento adquirido pelo filosofo na escola jesuíta com uma narrativa em primeira pessoa. Com análise de tudo para evitar crenças ilusórias como forma de se evitar enganações.
Uma busca incessante para provar a existência de Deus através da ciência baseado em idéias claras, evidências e rejeitando toda incerteza. Com uma explicação minuciosa de como chegou a essa conclusão através da narrativa de sua vida e do conhecimento adquirido.
O Discurso do Método propõe a análise antecipada de todo conhecimento sem inclusão de seu juízo para evitar influências na conclusão final de aceitar ou não como verdade. O uso da dúvida como forma de questionamento e inicia esse processo através de estruturas cientificas e eclesiásticas da sua época.
No decorrer do texto percebe se uma clareza na exposição das idéias de forma argumentativa e na individualidade de sua proposta colocando todo conhecimento como questionável e com uma busca incessante da lógica para provas a racionalidade.
Através de suas conclusões expõe a necessidade do pensamento independente da sua localização ou de qualquer coisa material, trazendo uma distinção entre corpo e alma, que é considerada por ele imortal, sem desacreditar de Deus que é visto algo superior.
Considerado como o texto mais famoso do filósofo por ser uma sumária exposição do método de racionalização é também uma autobiografia onde relata a sua busca incessante pela verdade na ciência com clareza e precisão. Ao estudar o texto percebe se uma atualidade do conhecimento exposto de modo fascinante o texto nos leva a uma reflexão sobre nossas crenças e a forma como lidamos com as mesmas.
O eu e não eu
O texto baseado na obra de Michel Foucault, dos anos 60 de nosso século: A história da loucura. Faz uma referência a existência da loucura a partir do século XVII com definições de alguns pensadores.
É perceptível a comparação da visão que temos hoje com a loucura a sua referência que surgiu no século XVII e inevitável deduzir sua existência nos séculos anteriores. A grande diferença é que antes a loucura não ameaçava a crença de Deus. 
As pessoas em processo de delírio e alucinação em algumas culturas eram compreendidas como visionários no mundo medieval não havia medo ou isolamento social. 
A partir do século XVII a perda da razão começou a gerar medo, as pessoas se incomodam com o comportamento insano e o isolamento social se inicia com a criação dos primeiros hospícios, que eram antigos leprosários, onde os loucos eram tratados como animais por haver a crença de serem pessoas sem alma.
Nessa exposição podemos concluir claramente a representatividade que a loucura tem hoje em nossas crenças que vai de encontro com a racionalidade de Descartes que expõe sobre a dominação da natureza humana.
A padronização de comportamento exigida pela sociedade em geral, a exclusão das pessoas que se recusam a fazer parte desse molde são definidas como egoístas de acordo com Hobbes.
Ele conclui que o comportamento baseado nessas crenças pode acarretar guerra e um eterno conflito pondo em perigo a sobrevivência de todos nós. Propõe a paz através de um acordo entre os indivíduos com a preservação da proteção de seu corpo, uma proposta de sobrevivência pacífica onde a ideia essencial é o respeito pelo espaço do outro com o abandono do egoísmo. 
Sem desprezar a racionalidade de Descartes, Hobbes tentar mediar a razão com a verdadeira essência humana em um acordo comum para manter um convívio social pacífico.
A auto-crítica da razão
A chegada da racionalidade com Descartes no século XVII traz uma análise sobre a busca de conhecimentos verdadeiros através de questionamentos. 
No século XVIII inicia-se uma crise nesse processo de subjetividade com a investigação da razão e suas pretensões para se chegar na verdade.
Immanuel Kant traz o pensamento como objeto de investigação, em sua obra Crítica da Razão Pura que faz referencia a categorização do pensamento com a influência de vivências nas nossas estruturas cognitivas.
Os moralistas do século XVII
O artigo traz o estudo dos sentimentos morais a partir do século XVIII através do governo britânico e seu poder emocional que é ligado as paixões do século XVII. Nesse período inicia-se o debate através do governo sobre os escritos relacionados às paixões que poderiam trazer de forma subjetiva o controle pastoral e político.
Claramente percebe-se a inclusão da moral não só sobre o outro mais principalmente sobre si mesmo como forma de unir o poder emocional ao comportamento moral com a promoção de uma vida social onde se fazia presente uma ética social emocional.
Podemos elencar vários pensadores e suas teorias que surgiram nesse período, muitos iniciaram com o uso da estratégia moral em suas escritas. Textos com histórias que deixavam “um ensinamento moral” oculto e ao mesmo tempo perceptível a todos.
Enfim, podemos concluir que os sentimentos eram utilizados como justificativa para uma obediência da sociedade em geral a coroa britânica e ao clero como forma de reforçar os princípios morais com uma imposição de poder de uma forma gentil e dentro dos padrões de elegância para manter a submissão aos soberanos.

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