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Nossa Senhora do Monte Carmelo No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos antigos, podemos ver em (Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou mais conhecido pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). Origem O que significa “Carmelo”? O seu nome deriva do hebraico Karmel, que significa "jardim", "campo fértil" ou "vinha do Senhor" carmo - “vinha” el - “Senhor” https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraica https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinha Surgimento da Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. Perseguições, dos que eram contra o surgimento de um novo modo de vida, não aceitação da sociedade e doenças que estavam matando os carmelitas. 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento na Inglaterra, São Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos. Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: “Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno!” A Senhora do Carmo e as aparições em Fátima No dia 13 de Outubro de 1917, na última de suas aparições na Cova da Iria, em Fátima, a Virgem Maria uniu três devoções marianas: a espiritualidade do Escapulário; oração do Santo Rosário; e a Consagração ao seu Imaculado Coração. Em 1950, perguntaram a Irmã Lúcia o motivo da Virgem do Carmo aparecer com o Escapulário nas mãos. Em resposta, ela disse: “É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”. Pouco tempo depois, no dia 11 de fevereiro de 1950, o Santo Padre, Papa Pio XII, providencialmente convidou toda a Igreja Universal a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário, que está ao alcance de todos; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste”. Na terceira e última visão, “gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão” O Escapulário faz parte da Mensagem de Fátima e, certamente, este e o Rosário são devoções inseparáveis. Consequentemente, podemos dizer que usar o Escapulário é tão importante quanto a recitação diária do Terço Mariano. Segundo Lúcia, “o Terço e o Escapulário são inseparáveis!”. Dom José Alves Correia da Silva, então Bispo de Leiria, em Portugal – que bem sabia do vínculo existente entre as devoções do Escapulário e do Santo Rosário – por ocasião do VII Centenário do Escapulário, disse aos devotos de Fátima: “Os antigos guerreiros vestiam-se com uma armadura de ferro para resistirem aos ataques dos seus inimigos, e como nós todos temos de combater os inimigos da nossa alma, porque diz a Sagrada Escritura ‘a vida do homem é uma guerra’, a Santíssima Virgem entregou o emblema do Santo Escapulário para também nos defendermos. […] Nossa Senhora recomendou também às videntes que espalhassem a devoção do Escapulário. Compete-nos, pois, como cristãos, […] a obrigação de nos afervorarmos na devoção do Escapulário. O Escapulário tem privilégios especiais. O primeiro é a promessa que a Santíssima Virgem fez àqueles que o trouxessem e observassem as devidas instruções, que os preservaria do fogo eterno. É claro que deveremos trazer o Escapulário não por orgulho ou superstição, mas por esperarmos, com um sincero sentimento de confiança, que a bondade de Maria Santíssima nos trará a graça da conversão e da perseverança final.” Festa Litúrgica É celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é sinal de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João” (Jo 19, 25-27). Escapulário do Carmo A devoção ao Escapulário é das mais antigas e enraizadas no coração do povo. É uma maneira simples e delicada de manifestar o amor à Virgem Santa. Não foram apenas os carmelitas que difundiram esta devoção. Todos os missionários, falando da Mãe de Jesus, apresentavam aos fiéis o amor ao escapulário como meio privilegiado de honrá-la. Ainda hoje, apesar da dessacralização dos sinais, o “bentinho” é muito usado pelo povo. Ele possui um significado de pertença a Maria. Instaura-se entre quem usa o escapulário e a Virgem um relacionamento de amor. O escapulário é um dom da Virgem Maria, um sacramental, isto, é, um sinal visível que nos comunica, em sua simplicidade, a proteção de Deus em nosso peregrinar para a casa de Deus. Consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo, e o outro a do Sagrado Coração de Jesus. A palavra latina “scapulas” significa ombros, daí surge o nome Escapulário para este objeto de devoção que é colocado sobre os ombros. Para os Carmelitas, é símbolo de consagração religiosa à Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. Nos meios populares, é conhecido como “bentinho do Carmo”. O escapulário nos ensina algo muito importante para nossa vida: que ele é para nós não só uma proteção, mais um ensinamento! O escapulário tendo dois lados é para dizer que, revestidos dele, e sendo sinal de Nossa Senhora, nós abriremos os nossos caminhos com a presença de Deus, que Maria aponta, e com a parte de traz deixamos o rastro de Deus, para que aqueles que veem depois de nós, possam sentir o perfume e a presença de Deus através de nosso testemunho; que eles vejam nas ações que realizamos a concretização dos sentimentos que haviam no Coração de Jesus. Por isso usamos o escapulário, porque, como ele envolve o peito e as costas, é como que uma armadura contra o inimigo. A Igreja assumiu este sinal e o fez seu, tornando-o uma das devoções mais difundidas entre o povo. Quem o recebe passa a fazer parte da grande família carmelitana, participando de sua riqueza espiritual. Assim como o terço, o escapulário do Carmo é uma devoção mariana. Não se exige do fiel qualidades especiais, a não ser um grande amor a Nossa Senhora e uma vontade de viver radicalmente o Evangelho. Normas práticas sobre o Escapulário Quem pode usar o escapulário? Todo cristão que queira comprometer-se com maior empenho na vivência do Evangelho, assumindo Maria como modelo e protetora; Não há restrições quanto a seu uso, a história conta de papas, bispos, padres, freiras e muitos leigos que o usavam e testemunhavam sua riqueza espiritual. Como receber o escapulário? Na primeira vez, deve-se pedir a um sacerdote que abençoe o escapulário e o imponha com uma fórmula aprovada pela Igreja; assim passa-se a ser da família carmelita e a beber da riqueza desta espiritualidade. Como usar o escapulário? O significado do escapulário é ser um “pequeno hábito”. Deve-se usar sempre! A Igreja permite que seja uma pequena medalha para facilitar o seu uso constante. O valor da Consagração É de suma importância que os cristãos se deem a Maria, ou seja, que se consagrem a Deus pelas mãos maternas da Virgem obediente. São várias as formas de viver a total consagração a Santíssima Virgem Maria, dentre elas está a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Este instrumentoque carregamos é sinal da pertença à Virgem Maria, e, ainda, é sinal para nunca nos esquecermos que tudo devemos fazer com e por Maria, para assim agradar ao Coração de Deus. O valor principal do escapulário é a consagração a Maria. Ela é, sem dúvida, uma entre nós, amada por Deus, escolhida por Ele. Nossa Senhora é para nós modelo de disponibilidade, comprometimento e abertura ao Divino. Ela, a pobre de Nazaré, é modelo que procede do Senhor, pois é escolhida por Ele, precede a humanidade, pois é a primeira entre nós que estamos a caminho da configuração a Cristo. Maria, tal como nós, é peregrina na fé, e por isso é posta como ícone da Igreja. Portar o escapulário é saber-se pertencente a alguém que zela por nós, que caminha conosco para nos proteger dos ataques dos inimigos de nossa salvação. Ser consagrado a Maria é viver com renovado e radical ardor as virtudes que ela praticou. É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se consagra a Maria por meio do escapulário: 1. O consagrado deve ser aberto à vontade de Deus: em cada acontecimento, o Espírito Santo fala ao coração do homem que busca a verdade. O mundo está mergulhado no consumismo e põe Deus à margem de seus planos. Assim, como Maria, o consagrado tem que bradar com a vida, tal como Maria em Nazaré, que Deus tem a prioridade. Que ante nossos planos a vontade de Deus prevalecer sempre. 2. O consagrado deve estar aberto ao sofrimento humano: o encontro com Deus nos torna mais humanos. Maria nos ensina que a experiência com Deus deve nos mover ao encontro do outro. Assim nos ensina o evangelho de Lucas capítulo 1 que logo depois de ter dado SIM à vontade de Deus, Maria partiu para auxiliar Isabel em suas necessidades. São João no capítulo 2 de seu evangelho nos ensina que nas bodas de Caná a Mãe de Jesus se coloca como alguém que age em favor da necessidade dos outros. Assim, o rosto que os evangelistas nos apresentam de Maria é de que ela era uma mulher que vê, age e assume sua missão para com Deus e o próximo. 3. O consagrado deve ter uma vida de oração: a comunhão com Deus é o diferencial na vida de Maria, assim deve também ser na vida dos que a ela se consagram. Maria apresenta-se como modelo de oração e de intimidade com o Senhor. Esta vida de oração que o consagrado carmelita deve assumir se traduz em três dimensões: oração pessoal – perceber Deus no meu íntimo e sempre estar em comunhão com o Divino em mim; oração comunitária – devo sempre participar dos momentos que a Fraternidade proporciona para estreitar meus laços de fé; e oração litúrgica – devo participar frutuosamente dos sacramentos que a Igreja me oferece. “Ser carmelita é um estilo de vida” Frades Carmelitas Irmãs Contemplativas Missionárias Ordens Terceiras Fraternidade do Carmo E por fim, é um sinal de serviço, pois o escapulário é com um avental, e o avental serve para o trabalhador não sujar-se, então, quem usa o escapulário está sempre a serviço do irmão, rezando por ele e auxiliando em suas necessidades, esse é dever de todo carmelita. Não se pode compreender o Carmelo sem a presença viva de Maria “Ó Virgem Santíssima do Carmo não permitais que viva nem morra em pecado mortal; em pecado mortal não hei de morrer porque a Virgem Santíssima do Carmo nos há de valer!” Rogai por nós, Virgem bendita! Ó Padroeira dos Carmelitas! Obrigado! Joarlyson Mateus Lima Lacerda Seminarista Piancó – Paraíba
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