Buscar

MATERIAL DIOCESE DE JACAREZINHO, 2015

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MANUAL PARA A FORMAÇÃO LITÚRGICA 
 
 
 
 
 
DIOCESE DE JACAREZINHO 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 03 
1. DIRETRIZES PARA COROINHAS, ACÓLITOS E CERIMONÁRIOS ................. 04 
2. RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS .................................................... 05 
3. SÃO TARCÍSIO, MODELO DE SANTIDADE ...................................................... 06 
4. INTRODUÇÃO GERAL À LITURGIA .................................................................. 08 
5. ANO LITÚRGICO E ESPAÇO CELEBRATIVO ................................................... 10 
6. SÍMBOLOS, GESTOS, POSIÇÕES, CORES LITÚRGICAS ............................... 19 
7. OBJETOS E PARAMENTOS .............................................................................. 25 
8. SACRAMENTOS E SACRAMENTAIS ................................................................ 40 
9. A MISSA PARTE POR PARTE ........................................................................... 46 
 10. EUCARISTIA .................................................................................................... 48 
 11. ATRIBUIÇÕES DOS COROINHAS E ACÓLITOS ........................................... 52 
 12. ATRIBUIÇÕES DOS CERIMONIÁRIOS........................................................... 53 
 13. ORAÇÕES ........................................................................................................ 54 
 14. RITO DE INSTITUIÇÃO ................................................................................... 56 
 15. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 59 
 
 
3 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caríssimos coroinhas, acólitos, cerimoniários e coordenadores. 
Muito me alegro por perceber o avanço que a Pastoral Diocesana dos coroinhas, acólitos 
e cerimoniários têm dado em nossa diocese. Este material preparado para a formação 
litúrgica de nossas crianças e jovens, busca integrar a formação espiritual para o serviço 
do altar. 
Este manual é uma valiosa compilação para melhor participarmos e servirmos os Santos 
mistérios. Por isso, conto com comprometido empenho de todos para que as formações 
sejam sérias e eficazes. 
Assim, sejam assíduos aos encontros de formação. O serviço prestado por vocês é 
precioso, pois demonstra a doação e entrega, e quando feita com profunda fé, amor e 
humildade, enriquece a vida espiritual. 
Desse modo, se preparem e exerçam com responsabilidade as funções atribuídas. Pelo 
valioso patrocínio da Bem Aventurada Virgem Maria, a Imaculada Conceição, de São 
Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários, recaia sobre vós as bênçãos 
de Deus Todo-Poderoso. 
In fortitudine Spiritus, 
 
 
Dom Antonio Braz Benevente 
Bispo Diocesano 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. DIRETRIZES PARA COROINHAS, ACÓLITOS E CERIMONIÂRIOS 
 
 Para que se tenha uma boa e organizada equipe de coroinhas, acólitos e 
cerimoniários deve-se haver algumas orientações, pelas quais todos os integrantes da 
equipe se façam fiéis em cumpri-las com o objetivo de manter a união e a perfeita sintonia 
entre todos os demais membros. Por isso apresentamos as direções, a fim de que em 
nossa diocese possamos caminhar na unidade e em perfeita harmonia. 
 
 DAS RESPONSABILIDADES DOS COROINHAS, ACÓLITOS E CERIMONIÁRIOS: 
 
1. Comportamento exemplar, no lar, na Igreja, na escola, no trabalho, na rua, na vida de 
um modo geral (social). 
2. Vestir-se decentemente, em todo momento, na vida de um modo geral. (Pois somos 
morada do Espírito Santo, somos Sacrário vivo). 
3. Participar de todas as reuniões ordinárias do grupo, cursos, reciclagem e eventos 
litúrgicos (obs.: Em caso de força maior, não podendo estar presente, avisar com 
antecedência). 
4. Receber os quatro Sacramentos: Batismo, Confissão, Primeira Eucaristia, Crisma ( 
quando tiver idade). 
5. Conhecer razoavelmente os documentos da Igreja, sobre liturgia. 
6. Qualquer pessoa que desejar participar da Equipe de Coroinha, Acólito ou Cerimoniário 
deverá conversar com o coordenador para que esteja ciente realmente dos compromissos 
que irá assumir. 
7. Pontualidade nas reuniões e nos encontros chegar 15 (quinze) minutos antes do início 
do encontro (reunião). 
8. O Coroinha, Acólito ou Cerimoniário deve estar sempre em dia com seus deveres de 
estado e da vida Espiritual. 
9. O Coroinha, Acólito ou Cerimoniário deve ter o compromisso de cumprir com seus 
deveres, estar sempre presente nos encontros (Não sendo possível estar presente nos 
encontros providenciar que outro o substitua). 
 
 
5 
 
10. O Coroinha, Acólito ou Cerimoniário deve ser o espelho da Igreja vivendo a humildade 
que o próprio Cristo nos ensina. 
11. Todos os membros da Equipe devem viver em perfeita sintonia, principalmente os 
coordenadores para que haja organização nas reuniões. 
12. Participação de toda Equipe nas Missas, festas e Solenidades Litúrgicas. 
Obs.: Não é necessário estar servindo para estar presente em tais ações litúrgicas. 
13. A Equipe deverá ter no mês, um dia em que será dedicado a reunião de seus 
membros em oração durante pelo menos 1 hora; oração essa em prol do bem estar de 
toda a equipe. 
14. Deverá ter uma vez no ano um retiro Espiritual parta maior avaliação de todo trabalho 
realizado. 
15. Nomear um Orientador Espiritual, que deverá ter prioridade em assistir todo o grupo 
em suas dificuldades procurando soluções junto ao mesmo. Dirigente esse que será 
preferencialmente o Pároco da comunidade. 
16. A veste para os coroinhas: batina vermelha e sobrepeliz branca; 
 Acólitos e cerimoniários: batina preta e sobrepeliz branca. 
 
Responsabilidades do Coordenador Paroquial: 
1. Presidir as reuniões, tendo sempre em mãos a pauta da reunião os assuntos a 
serem tratados; 
2. Coordenar todo e qualquer movimento que esteja ligado a Equipe dos Coroinhas. 
3. Representar o grupo, perante a comunidade, conselho Paroquial ou quaisquer 
outros órgãos; 
4. Tem poder de decisões junto ao Padre, de exclusão, liberação e outros... 
5. Deve ser na medida de sua responsabilidade, exemplo para os demais integrantes 
da Pastoral. 
 
 
2. RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS 
 Uma das atitudes necessárias é a pontualidade. Ser pontual, não é só para 
as reuniões, mas também quando for escalado para a celebração litúrgica; 
 
 
6 
 
 O coroinha, acólito ou cerimoniário deve chegar pelo menos 30 minutos 
antes da celebração, para que ele possa estar preparado e ciente do que vai servir. Isso 
implica comparecer à sacristia com antecedência, a fim de organizar a celebração. O 
momento antes da celebração é reservado para o silêncio e concentração, não é momento 
para conversas impróprias. 
 Estar sempre com o cabelo penteado, unhas cortadas e limpas, cabelos 
presos e roupas e calçados limpos e arrumados; seja cauteloso e muito cuidadoso com as 
coisas da Igreja e do altar, evitando brincadeiras; 
Trate os paramentos e objetos litúrgicos com respeito, pois são objetos 
destinados ao culto divino; seja sempre humilde e preste atenção ao que lhe for ensinado; 
Durante os atos litúrgicos evite conversas, risos ou brincadeiras (durante as celebrações 
evitarem andar ou correr sobre a Igreja); cultive o gosto pela oração e leia um trecho da 
Bíblia cada dia; dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor. 
 Observe o silêncio na igreja e na sacristia. Mantenha a concentração, 
principalmente antes de começar qualquer ato litúrgico. Será que estou participando das 
reuniões, cumprindo a escala, chegando cedo a Igreja, ajudando o meu coordenador, 
cumprindo com minhas obrigações, sendo fiel a Deus e amigo com os meus colegas? 
 Essas responsabilidades e compromissos devem sempre ser recordados, a 
fim de que o exercício do ministériopossa acontecer com maior eficácia. 
 
3. SÃO TARCÍSIO, MODELO DE SANTIDADE 
 
 Quando lemos algo da vida de algum santo, percebemos a fidelidade que 
eles tiveram ao Evangelho, no decorrer de suas vidas. Quando vemos as grandes obras 
que os santos realizaram reconhecemos que eles foram verdadeiros imitadores dos 
exemplos de Cristo e de Maria Santíssima. 
 Ao observamos a imagem de algum santo vemos nela as pessoas que 
tiveram a coragem de assumir a sua identidade de cristãos até os últimos momentos de 
suas vidas. Sejamos também nós imitadores destes santos como eles foram de Cristo 
vivendo intensamente as virtudes cristãs. Vejamos agora um pouco da vida de um santo 
que em sua juventude soube viver a fidelidade a Cristo e à sua Igreja. 
 
 
7 
 
 Na mensagem que se segue, teremos a oportunidade de ler a mensagem 
que o Papa Bento XVI em uma audiência geral no dia 04 de agosto de 2010, escreveu aos 
acólitos. 
 
“Prezados irmãos e irmãs [...] Quem era São Tarcísio? Não dispomos de 
muitas notícias dele. Encontramo-nos nos primeiros séculos da história da 
Igreja, mais precisamente no século III; narra-se que ele era um jovem que 
frequentava as Catacumbas de São Calisto, aqui em Roma, e era muito fiel 
aos seus compromissos cristãos. Ele amava muito a Eucaristia e, de vários 
elementos, concluímos que, presumivelmente, era um acólito, ou seja, um 
ministrante. Eram anos em que o imperador Valeriano perseguia duramente 
os cristãos, que eram obrigados a reunir-se escondidos nas casas 
particulares ou, às vezes, até mesmo nas Catacumbas, para ouvir a Palavra 
de Deus, rezar e celebrar a Santa Missa. Também o hábito de levar a 
Eucaristia aos prisioneiros e aos enfermos se tornava cada vez mais 
perigosa. Certo dia, quando o sacerdote perguntou como geralmente fazia 
quem estava disposto a levar a Eucaristia aos outros irmãos e irmãs que a 
esperavam, o jovem Tarcísio ergueu-se e disse: "Envia-me a mim!". Aquele 
rapaz parecia demasiado jovem para um serviço tão exigente! "A minha 
juventude – retorquiu Tarcísio – será a melhor salvaguarda para a 
Eucaristia". Persuadido, o sacerdote confiou-lhe então aquele Pão precioso, 
dizendo-lhe: "Tarcísio, recorda-te que um tesouro celestial está a ser 
confiado aos teus frágeis cuidados. Evita os caminhos frequentados e não 
te esqueças de que as coisas santas não devem ser lançadas aos cães, 
nem as jóias aos porcos. Conservarás com fidelidade e segurança os 
Sagrados Mistérios?". "Morrerei – respondeu com determinação Tarcísio – 
antes de os ceder!". Ao longo do caminho, encontrou pela estrada alguns 
amigos que, aproximando-se dele, lhe pediram para se unir a eles. Quando 
a sua resposta foi negativa eles – que eram pagãos – começaram a 
suspeitar e a insistir, e observaram que ele apertava ao peito algo que 
parecia defender. Em vão procuraram arrancar-lhe o que ele trazia; a luta 
fez-se cada vez mais furiosa, sobretudo quando vieram, a saber, que 
 
 
8 
 
Tarcísio era cristão; começaram a dar-lhe pontapés e lançaram-lhe pedras, 
mas ele não cedeu. Em agonia, foi levado ao sacerdote por um oficial 
pretoriano chamado Quadrato que, ocultamente, também viria a tornar-se 
cristão. Chegou ali sem vida, mas apertado ao peito ainda conservava um 
pequeno pedaço de linho com a Eucaristia. Foi sepultado imediatamente 
nas Catacumbas de São Calisto. O Papa Dâmaso mandou fazer uma 
inscrição para o túmulo de São Tarcísio, segundo a qual o jovem morreu no 
ano 257. O Martirológio Romano fixa a sua data no dia 15 de Agosto, e no 
mesmo Martirológio inclui-se também uma bonita tradição oral, segundo a 
qual no corpo de São Tarcísio não foi encontrado o Santíssimo 
Sacramento, nem nas mãos, nem na sua roupa. Explicou-se que a partícula 
consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, se tinha tornado 
carne da sua carne, formando de tal modo com o seu corpo uma única 
hóstia imaculada, oferecida a Deus. [...] O testemunho de São Tarcísio e 
esta bonita tradição ensinam-nos o profundo amor e a grande veneração 
que temos de alimentar pela Eucaristia: trata-se de um bem precioso, um 
tesouro cujo valor não se pode medir, é Pão da vida, é o próprio Jesus que 
se faz alimento, sustentáculo e força para o nosso caminho de todos os 
dias e vereda aberta para a vida eterna; é o maior dom que Jesus nos 
deixou.” 
 
 
4. INTRODUÇÃO GERAL À LITURGIA 
 Liturgia 
 Vem da língua grega e significa, entre outras coisas, relação do povo com 
Deus. No Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia, a palavra "liturgia" e 
empregada para designar o culto prestado a Deus pelos sacerdotes judeus. Se for 
procurar no dicionário o significado, encontrará: complexo de cerimônias realizadas na 
igreja. Como sabemos os coroinhas, acólitos e cerimoniários participam da liturgia, então 
eles tomam parte das cerimônias realizadas na igreja. 
 
 
 
9 
 
 O culto 
 É justamente o conjunto de atos e atitudes espirituais que manifestam 
respeito, honra, veneração e adoração a Deus, como por exemplo, a Missa e a oração. A 
LITURGIA é a maneira de glorificar Deus e seu filho, Jesus Cristo, através das cerimônias 
e orações que realizamos na igreja. Não se deve, porém, ir à Santa Missa ou rezar a Deus 
apenas para obter favores, pedir soluções para nossos problemas, milagres, bênçãos, 
mas principalmente para manifestar nosso amor por Deus e agradecer-lhes todas as 
coisas que dele recebemos. 
 A liturgia é uma ação de Deus, para que os seres humanos recebam, por 
meio de seus sinais, a graça divina, alcançando a salvação pela fé. O culto cristão deve 
ser realizado com o coração, com a vontade de querer servir a Deus, com o prazer em 
"visita-lo" em sua "casa", com o desejo de ajudar os outros, de agir com honestidade e 
justiça. Deus quer que o visitemos na igreja e que lhe prestemos homenagens de modo 
sincero e verdadeiro. 
 
 O que é liturgia? 
 Liturgia é, antes de tudo, ação e qualquer ação supõe movimento. A liturgia 
se expressa mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a liturgia é feita de sinais 
sensíveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (tato, paladar, olfato, visão e 
audição). 
 Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ação do povo. A 
Igreja passou a aplicar este termo para indicar ação do povo reunido para expressar sua 
fé em Deus, nada mais e a relação do povo com Deus. 
 
 O que é celebrar? 
 O ato de celebrar implica alguns elementos importantes: 
 Celebrar é um ato público; 
 Celebrar supõe que haja momentos especiais; 
 Celebrar requer motivação; 
 Celebrar depende de ritos; 
 Celebrar supõe espaço; 
 Celebrar requer tempo; 
 
 
10 
 
 
 Celebrações Litúrgicas 
 O que são celebrações litúrgicas? São encontros de Deus com seu povo 
reunido, que se realizam mediante algumas condições que chamamos elementos 
constitutivos da celebração litúrgica. Os principais elementos que constituem uma 
celebração litúrgica são os seguintes: 
 Assembleia: são pessoas batizadas que se reúnem para celebrar. 
 Ministros: ministros ordenados (bispos, padres, diáconos) e os ministros instituídos 
(leitores e acólitos instituídos). Há também os ministros extraordinários para 
distribuição da eucaristia, ministro da palavra, ministro do batismo... E ministros 
para os vários serviços da celebração litúrgica. 
 Palavra da Igreja: explicação da palavra proclamada, homilia e orações. 
 Ações simbólicas: ritos e símbolos mediante os quais os fiéis entram em 
comunhão com Deus. 
 Canto: indispensável na celebração, o canto expressa a harmonia dos cristãos, 
unidos pela mesma fé. 
 Espaço: local da celebração, mas significa também ocasião para se reforçar os 
laços da fraternidade; momento da organização e luta por melhores condições de 
vida, e ambiente da festa humana. 
 Tempo: e a sucessão das horas do dia e da noite, mas e também o instante de 
graça de Deus; são momentosem que Deus, desde toda a eternidade, vai 
realizando seu plano de salvação na história humana. 
 
5. ANO LITÚRGICO E ESPAÇO CELEBRATIVO 
 O Ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, 
onde se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos 
Santos. 
 
 Diferença do ano civil e ano litúrgico 
 
 
 
11 
 
 Durante o ano inteiro celebramos a vida de Cristo, desde a sua em 
Encarnação no seio da Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, 
Ressurreição, até a sua Ascensão e a vinda do Espírito Santo. Mas enquanto civilmente 
se comemoram fatos passados que aconteceram uma vez e não acontecerão mais, (muito 
embora esses fatos influenciem a nossa vida até os dias de hoje), no Ano Litúrgico, além 
da celebrarmos, vivemos na atualidade, no dia a dia de nossas vidas, todos os aspectos 
da salvação operada por Cristo. 
 A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada, torna-se 
presente na vida atual dos crentes. Por exemplo: no dia 7 de Setembro comemoram-se o 
Dia da Independência do Brasil. Pois bem, esse fato, aconteceu uma única vez na História 
do mundo. Já do ponto de vista religioso, no Ano Litúrgico, a cada Natal é Cristo que 
nasce no meio das famílias humanas, é Cristo que sofre e morre na cruz na Semana 
Santa, é Cristo que ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo sobre a 
Igreja no dia de Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos fatos 
ocorridos com Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se presentes e 
atuantes, acontecem hoje, no aqui e agora da vida dos crentes. 
 
 Organização do Ano Litúrgico 
 
 Com base no que foi comentado acima, podemos perceber que existiu a 
necessidade de se organizar essas celebrações. E assim a Igreja fez, ao longo de 
séculos, estabelecendo um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo 
denominado de “Ano Litúrgico” ou “Calendário Litúrgico”. O Ano Civil começa em 1º de 
Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do 
Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. 
 Podemos perceber também que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos 
Litúrgicos”, como veremos a seguir. Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico 
é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do 
povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por 
esses dias serem santificados, eles passam a serem denominados dias litúrgicos. A 
celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da 
tarde) do dia anterior. Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no 
 
 
12 
 
Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à 
tradição dos Apóstolos. Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário próprio, 
com mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais 
conhecido. 
 A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma sequência de leituras bíblicas 
que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses 
dias são divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho de São 
Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São 
João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e 
Solenidades. 
 Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos 
pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete ano a ano. Deste modo, 
os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase 
toda a Bíblia. O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido: Ciclo da Páscoa, Ciclo do Natal, 
Tempo Comum, Ciclo santoral. 
 
 Tempos Litúrgicos 
 Advento: 
 O tempo do Advento abre o ano litúrgico. Advento significa vinda, chegada. É 
o período em que se espera o nascimento de Jesus, a vinda de Cristo. Tem início no fim 
de novembro ou começo de dezembro. Os quatro domingos que antecedem o Natal 
chamam-se domingos do Advento. 
 No Advento celebra-se, pois, o mistério da vinda do Senhor, não apenas seu 
nascimento na gruta de Belém, mas também sua vinda entre nós hoje, por meio dos 
sacramentos, e sua futura vinda, no fim dos tempos. O tempo do Advento é vivido, 
portanto pelos cristãos com alegria, com fé e com empenho. Além das orações próprias 
desse período, costuma-se fazer a coroa do Advento (quatro velas dispostas numa coroa 
de folhas natural ou artificiais, que devem ser acesas uma a uma, nos quatro domingos). 
 
 Natal: 
 
 
13 
 
 O tempo litúrgico do Natal inicia-se dia 24 de dezembro e termina com a 
festa do Batismo do Senhor. Neste período, celebram-se algumas solenidades: o Natal, 
Sagrada Família, Santa Maria Mãe de Deus e Epifania do Senhor. No Natal (25 de 
dezembro) celebramos a vinda do Filho de Deus ao mundo, Jesus Cristo, para a salvação 
dos seres humanos. Na solenidade da Epifania, lembra-se como essa salvação, foi 
manifestada a todos os seres humanos, representados pelos reis. 
 Como a celebração do Natal dura oito dias, costuma-se falar em “oitava de 
natal” a festa da Sagrada Família convida as famílias cristãs a viverem no amor e respeito, 
com Jesus, Maria e José e a festa da Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro, que 
também e o dia Mundial da Paz) relembra a maternidade de Maria. Encerrando o tempo 
litúrgico do Natal, celebra-se o Batismo de Jesus, evocando o dia em que Jesus foi 
batizado no rio Jordão por João Batista. 
 O Natal é um tempo de grande alegria para a Igreja e para todos os cristãos. 
Procure, então, celebrar o Natal pensando no verdadeiro significado dessa festa de Jesus. 
É o Menino Jesus que deve ser, portanto, o centro de toda festa e não a figura do Papai 
Noel, ou a preocupação com presentes, enfeites e outras coisas que às vezes deturpam o 
sentido do Natal. Aproveite também para fazer, antes do Natal, uma novena em casa ou 
na igreja, com sua família e seus amigos, pedindo ao Menino Jesus a graça de um novo 
ano cheio de saúde, paz e um bom trabalho para você na comunidade. 
 
 Quaresma: 
 Na Bíblia, o número quarenta é citado várias vezes, como, por exemplo, nos 
quarenta anos que os hebreus permaneceram no deserto, nos quarenta dias em que Elias 
caminhou e nos quarenta dias em que Jesus jejuou. 
 A Quaresma é um tempo muito especial para os cristãos. É um tempo de 
renovação espiritual, de arrependimento, de penitência, de perdão, de muita oração e 
principalmente da fraternidade. Aproveite, portanto, esse tempo de graça e renovação e 
prepare-se o melhor possível para a celebração da Páscoa. Procure fazer tudo o que 
puder para ajudar as pessoas, principalmente as mais necessitadas. Com o Domingo de 
Ramos inicia-se a Semana Santa. 
 
 
 
14 
 
 Tríduo Pascal: 
 As celebrações mais importantes para a vida cristã sem dúvida são as do 
Tríduo Pascal, quer dizer “três dias” e pascal significa “da Páscoa”. Inicia-se na Quinta-
feira Santa ao entardecer e termina no Domingo de Páscoa também ao entardecer. 
 
-Quinta-feira Santa: 
 Na tarde desse dia, comemora-se a último dia de Jesus, ocasião em que ele 
tomou o pão e o vinho, abençoou-os e deu-os aos seus discípulos, dizendo tratar-se de 
“meu corpo e de meu sangue”: assim ele instituiu o sacramento da Eucaristia, 
estabelecendo com o povo uma Nova Aliança, por meio do seu sacrifício. Foi também 
durante a última ceia que Jesus lavou os pés dos discípulos, demonstrando humildade, 
serviço e amor ao próximo. 
 
-Sexta-feira Santa: 
 Nesse dia a Igreja relembra a Paixão e Morte de Jesus Cristo, numa 
celebração muito especial à tarde, pois foi por volta das 15 horas que Jesus morreu. Na 
Sexta-feira Santa não há celebração da Santa Missa. 
 
-Sábado Santo: 
 Este é um diade recolhimento, reflexão e muito silêncio: é o dia em que 
Jesus permaneceu em seu sepulcro. Na noite do Sábado Santo, renova-se a memória do 
acontecimento mais importante de nossa fé cristã: a Ressurreição. Há então em todas as 
igrejas uma celebração muito significativa, a mais importante de toda a liturgia, que é a 
Vigília Pascal. Reunidos nas igrejas, os cristãos celebram a ressurreição de Jesus Cristo, 
triunfando sobre a morte. A cerimônia divide-se em quatro partes: 
a) Liturgia da Luz: acende-se uma grossa vela, chamada círio pascal, que simboliza a luz 
de Cristo que vence as trevas da morte; 
b) Liturgia da Palavra: as pessoas relembram, por meio de leituras bíblicas, os fatos 
importantes realizados por Deus ao longo da História; 
c) Liturgia Batismal: recordando que Batismo é a nossa Páscoa, ou seja, nossa 
“passagem” para a vida cristã, renovamos nessa noite as promessas feitas em nosso 
batismo confirmando nossa vida em Cristo; 
 
 
15 
 
d) Liturgia Eucarística: celebra-se finalmente o sacrifício de Cristo, mas com grande 
alegria, porque Jesus está vivo e nos salvou. É bom que todo o povo de Deus participe de 
todas as celebrações do Tríduo Pascal sempre com muito respeito. 
 
 Páscoa: 
 Você sabe o quer dizer “Páscoa”? Em hebraico que é a língua que foram 
escritas as primeiras versões da Bíblia, significa “passagem”, rememorando a passagem 
de Moisés, com todo o povo hebreu, ao retirar do Egito e libertar-se da escravidão. 
Também Jesus, ao ressuscitar, “passou” da morte para a vida, da escuridão para à luz. E 
nós, na Páscoa, somos convidados a realizar essa mesma passagem, isto é, a ressuscitar 
com Jesus para o amor e a serviço do próximo. 
 A Páscoa é um longo período litúrgico: além dos oito dias (a oitava da 
Páscoa), prolonga-se por mais de seis domingos. O tempo pascal termina com duas 
importantes solenidades a festa da Ascensão de Jesus ao céu e a festa de Pentecostes 
que relembra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos. 
 
 Tempo Comum: 
 Como já dissemos, a vida de Jesus foi cheia de acontecimentos, assim como 
é hoje a nossa vida. É claro que houve momentos muito especiais, como o seu 
nascimento, a ressurreição, a ascensão. Mas houve também muitos episódios na vida de 
Jesus que a Igreja fez questão de recordar. E isso é feito durante o Tempo Comum. 
 O Tempo Comum abrange quase todo o ano inteiro. São 34 domingos, 
divididos em duas partes: a primeira compreende de seis a nove domingos, iniciando-se 
depois do Tempo do Natal e terminando na Quaresma; e a segunda começa após o 
Tempo Pascal e vai até o fim de novembro, mais precisamente até a festa de Cristo Rei, 
que encerra também o ano litúrgico. A segunda parte do Tempo Comum abre-se com uma 
festa: a solenidade da Santíssima Trindade. E, poucos dias depois, há outra festa Corpus 
Christi, quer dizer Corpo de Cristo. Em geral nesta última data, as igrejas fazem belas 
procissões. O Tempo Comum, ao longo de todos seus domingos, mostra-nos a própria 
vida de Cristo, com seus ensinamentos, seus milagres, suas orações. Com Jesus e seus 
exemplos, aprendemos a viver na verdadeira vida cristã, uma vida a serviço, respeito e 
 
 
16 
 
amor a todas as coisas criadas por Deus. Cada um desses domingos é um novo encontro 
com Jesus, que nos leva cada vez mais para perto do Pai. 
 No último domingo do Tempo Comum, com já dissemos, celebra-se a festa 
de Cristo Rei. Jesus não foi um rei como alguns que já tivemos ao longo da História, 
dominadores e autoritários. Jesus é rei porque tem o poder divino para que todas as 
coisas do mundo se torne uma família, um único Pai: Deus. 
 
 Solenidades, festas, memória: 
 Durante o ano, a Igreja não comemora apenas festas litúrgicas. Há muitas 
outras datas celebradas para louvar o Senhor, para fazer memória da Virgem Maria, a 
mãe de Jesus, para venerar os santos (alguns destes, mártires), agradecendo a Deus por 
suas belas virtudes. Dentre essas celebrações, as mais importantes são as solenidades, 
como por exemplo, a do Sagrado Coração de Jesus, a Anunciação do Senhor, a 
Assunção de Maria, Todos os Santos, São José, São Pedro e São Paulo e outras. 
 Há também as chamadas festas, como por exemplo, de Santo Estevão, a 
dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel a natividade de Nossa Senhora a Conversão de São 
Paulo e outras. E, finalmente, a Igreja celebra também a memória, isto é, lembrança de 
alguns santos que se distinguiram por sua vida e seu exemplo. Todos os santos do 
calendário romano têm seu dia de memória. Os santos são padroeiros das pessoas, 
comunidades e cidades que têm nome. 
 Para viver bem o ano litúrgico, além de ir à igreja aos domingos e dias 
santos, é preciso também comportar-se com muito respeito e consideração em relação à 
sua família, seus amigos e seus colegas. Tenha sempre muita fé e esperança em Jesus e 
procure fazer tudo o que puder para ajudar os que precisam de você. 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
ESPAÇO LITÚRGICO 
 
 Na igreja podem-se encontrar vários espaços cada um com a sua função e 
significado próprio. Nela podemos encontrar os seguintes espaços: 
 
 
 
18 
 
 O presbitério 
 A nave da igreja 
 Sacristia 
 
 No presbitério encontramos vários elementos, alguns deles essenciais na 
Celebração Eucarística: 
 
1. O sacrário 
 Sacrário é o lugar onde ficam as hóstias consagradas para serem levadas 
aos doentes e enfermos, Jesus Eucarístico. 
 
2. O altar 
 Altar é a mesa em que o celebrante realiza todos os ritos eucarísticos da 
missa (o altar também é representado por Jesus Cristo, portanto, ao passar por ele, 
devemos fazer reverência). 
 
3. O ambão 
 Ambão é a mesa onde é proclamada a palavra de Deus. São realizadas as 
leituras e a proclamação do Evangelho, e a homilia, bem como a oração universal. 
 
4. Cadeira presidencial ou Cátedra 
 A cadeira presidencial é exclusiva somente para o presidente se assentar 
nas celebrações. Recebe também o nome de cátedra devido às cadeiras de pedra, ou 
então, as cadeiras que os bispos ocupam nas missas. 
 
5. Outros assentos 
 Os outros assentos são destinados aos Coroinhas, Acólitos, Cerimoniários, 
Leitores e Ministros extraordinários da Sagrada Eucaristia, e até a assembleia; 
 
6. Credência 
 É a mesa onde ficam contidos temporariamente, os objetos litúrgicos de uso 
na celebração eucarística (cálice, âmbula, galheta de água, galhetas de vinho, etc.). 
 
 
19 
 
 
 Nave da Igreja 
 A nave é o lugar destinado aos fiéis. Deve ser disposto de forma a 
possibilitar-lhes participar devidamente nas celebrações sagradas com a vista e com o 
espírito. 
 
 Sacristia 
 A sacristia é o lugar destinado para a preparação próxima da celebração 
Eucarística. Por isso tal espaço deve ser um lugar de oração e não lugar de conversas 
paralelas. Vale lembrar, a sacristia faz parte do corpo da igreja, portanto, lugar de silêncio. 
 
6. SÍMBOLOS, GESTOS, POSIÇÕES, CORES LITÚRGICAS 
 
 Costumam dizer que a bandeira nacional é um símbolo da pátria. Isto quer 
dizer que quando você vê ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa até o país que ela 
representa, por exemplo, o Brasil. Então, através da bandeira do Brasil você passa a 
considerar tudo o que pertence ao Brasil, sua extensão, as matas, os rios, as riquezas, o 
povo, enfim tudo o que faz parte do Brasil. Esse alguém ofender a bandeira mexe com o 
sentimento patriótico. 
 Então, o símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além 
do símbolo e tem relação com símbolo. Vamos dar um exemplo, tirado do mundo cristão: 
o crucifixo. 
 Todo cristão reconhece no crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que redimiu 
do pecado e nos salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou de outro material, 
simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com respeito o crucifixo. 
 Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função do símbolo, isto é,nos transportam para outra dimensão, outra realidade, que, porém tem relação com o 
gesto simbólico. Por exemplo, no início e no fim da Missa o padre faz sobre si o sinal da 
cruz, enquanto diz as palavras “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. É um 
gesto simbólico, que nos remete à Santíssima Trindade a quem invocamos nesses 
momentos. 
 
 
20 
 
 A seguir vamos explicar brevemente alguns sinais ou símbolos cristãos 
utilizados com frequência na liturgia: 
Alfa e Ômega (α, Ω): 
 São a primeira e as últimas letras do alfabeto grego (Alfa e Ômega). São 
aplicadas a Cristo, principio e fim de todas as coisas. Em geral aparecem no círio pascal, 
mas também nos paramentos litúrgicos, no ambão e no tabernáculo. 
 XP: 
 Este sinal é formado por duas letras do alfabeto grego (X-P) e 
correspondem ao C e R da língua portuguesa. Ajustando as duas, formavam-se as inicias 
da palavra Cristos: Cristo. Com frequência este sinal aparece nos paramentos dos padres, 
no ambão, na porta do sacrário e na hóstia. 
 IHS : 
 São iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significa: 
Jesus Salvador dos Homens. Geralmente são empregadas nas portas dos tabernáculos e 
nas hóstias. 
 
 
21 
 
PEIXE: 
 Símbolos de Cristo. No início do cristianismo, em tempos de perseguição, o 
peixe era o sinal que os cristãos usavam para representar o Salvador. E que as inicias da 
palavra peixe na língua grega – IXTYS - explicavam que era Jesus: Iesus Cristos Teós 
Yós Sotér: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador. 
INRI: 
 As letras INRI são as inicias das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex 
Iudocorum, que significaram: Jesus Rei dos Judeus. O Evangelho de João nos informa 
que estas palavras estavam escritas em três línguas (hebraico, latim, grego) sobre a cruz 
de Jesus (cf. João. 19,19). 
 
 Os símbolos falam por si e têm grande poder de comunicação. Podemos 
escolher os símbolos para as celebrações, mas não devemos explicá-los, porque, à 
medida que explicamos, empobrecemos seus significados e encurtamos os seus 
alcances. Cada pessoa será atingida pelo símbolo conforme sua compreensão, sua 
história de vida, sua situação no momento atual. 
 Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para 
atingir os objetivos desejados pela equipe da liturgia. Por isso, numa mesma celebração 
litúrgica, não se devem acumular símbolos. 
 
 
22 
 
 Nas celebrações litúrgicas, as diversas posturas ou atitudes são expressões 
corporais simbólicas que expressam uma relação com Deus. O coroinha, acólito ou 
cerimoniário deve conhecer as posições em que ficará durante a celebração da Santa 
Missa: 
 
 Estar em pé 
 É a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem está pronto para 
obedecer, pronto para partir. Indica também a atitude de quem acolhe em sua casa. Estar 
em pé demonstra prontidão para pôr em prática os ensinamentos de Jesus. 
 
 Estar sentado 
 É a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta 
posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (Salmo, 1ª e 2ª Leitura), na hora da 
homilia e quando a pessoa está concentrada e meditando. 
 
 Estar ajoelhado 
 É a posição de quem se põe em oração profunda, confiante. “Jesus se 
afastou deles à distância de um tiro de pedra, ajoelhou-se e suplicava ao Pai...” (Lucas, 
22,41). Lembremo-nos dos leprosos que, de joelhos, suplicava que Jesus o livre da lepra 
(cf. Marcos 1,40). 
 
 Fazer genuflexão 
 Faz-se dobrando o joelho direito ao solo. Significa adoração, pelo que é 
reservada ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário. Não 
fazem genuflexão profunda aqueles que transportam objetos que se usam nas 
celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos evangelhos. 
 
 Prostrar-se 
 Significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de indignidade, 
humildade, e também de súplica. Este gesto está previsto na Sexta-feira santa, no início 
da celebração da Paixão. Também os que são ordenados diáconos, presbíteros e 
 
 
23 
 
epíscopos se prostram. Em algumas ordens ou congregações religiosas se prevê a 
prostração na celebração da profissão dos votos religiosos. 
 
 Inclinar o corpo 
 É uma atitude intermediária entre estar de pé e ajoelhar-se. Sinal de 
reverência e honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se inclinação diante a 
cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a benção; quando, durante o ato 
litúrgico, há necessidade de passar diante do sacrário; antes e depois da incensação, e 
todas as vezes que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos. 
 
 Erguer as mãos 
 É um gesto de súplica ou de oferta o coração a Deus. Geralmente se usa 
durante a recitação do Pai-Nosso. 
 
 Bater no peito 
 É expressão de dor de arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na 
oração Confesso a Deus todo poderoso. 
 
 Caminhar em procissão 
 É atitude de quem não tem moradia fixa neste mundo: não se acomoda, mas 
se sente peregrino e caminha na direção dos irmãos e irmãs, principalmente mais 
empobrecidos. Existem algumas procissões que se realizam fora da Igreja, por exemplo, 
na solenidade de Corpus Christi e no Domingo de Ramos, na festa do padroeiro..., e 
outras pequenas procissões que se fazem no interior da igreja: a procissão de entrada, a 
das ofertas e a da comunhão. A procissão do Evangelho é muito significativa e se usa 
geralmente nas celebrações mais solenes. 
 
 Silêncio 
 É atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito, atenção, 
meditação e desejo de ouvir e aprofundar na palavra de Deus. Na celebração eucarística, 
se prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração inicial, após 
uma leitura ou após a homilia. Depois da comunhão, todos são convidados a observar o 
 
 
24 
 
silêncio sagrado. O silêncio litúrgico, porém, previsto nas celebrações, não pode ser 
confundido com o silêncio ocasionado por alguém que deixou de realizar sua função, o 
que causa inquietação na assembleia. 
 A celebração litúrgica é feita de gestos, palavras, cantos e também de 
instante de silêncio. Tudo isso confere ritmo e dá harmonia ao conjunto da celebração. As 
cores e as vestes também ajudam a tornar a celebração litúrgica mais harmoniosa. 
 
Branco: simboliza a vitória, a paz, a alegria. É usado nos ofícios e 
missas do tempo pascal e no Natal: nas festas e memória do Senhor, exceto as da 
Paixão; nas festas e memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos 
Santos não mártires, na festa de Todos os Santos, São João Batista, Cátedra de São 
Pedro e Conversão de São Paulo. 
Vermelho: simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É 
usada no domingo da Paixão (= domingo de Ramos) e na Sexta-feira santa: domingo de 
Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e 
Evangelistas e nas celebrações dos Santos mártires. 
Verde: é a cor da esperança. É usado nos ofícios e missas do tempo 
comum. 
 
 
25 
 
Roxo: simboliza a penitência. É usado no tempo do advento e na 
quaresma. Pode também ser usado nos ofícios e missas pelos mortos. 
Preto: é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos. 
Rosa: simboliza a alegria. Pode ser usado no III domingo do Advento e 
no IV domingo da Quaresma. 
 
 
7. OBJETOS E PARAMENTOS 
 
 Objetos Litúrgicos 
 
 Não são apenas coisas concretas, são sinais, por isso transmitem 
mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados ou 
conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbula, o formato e o acabamento das 
velas, as flores naturais e sua conservação do memorial da Páscoa de Cristo. 
Vamos agora, aprender o nome dos objetos, e qual a sua finalidade: 
 
 
26 
 
Âmbula: Recipiente para a conservação e distribuição da 
Eucaristia. 
Cálice: Taça onde se coloca o vinho que vaiser consagrado. 
Patena: recipiente onde são colocadas as hóstias para a 
consagração. 
Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; 
sobre ele é colocado o cálice, a patena e a âmbula para a consagração. 
 
 
27 
 
Pala: Cobertura quadrangular para o cálice. 
Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o vinho 
para serem usados na Celebração Eucarística. 
Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra a Ceia do 
Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor. 
Lecionários: Livros que contém as leituras da Missa. 
Lecionário Semanal (leituras da semana); Lecionário Santoral (leitura dos santos), 
Lecionário Dominical (leituras do Domingo). 
 
 
28 
 
Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes, durante 
e depois do ato litúrgico. 
Missal: Livro que contém todo o ritual da missa, exceto as 
leituras. 
Sanguíneo (ou sanguinho): Pequeno pano utilizado para o 
celebrante enxugar a boca, os dedos e o interior do cálice, após a consagração. 
 
 
29 
 
Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o 
Santíssimo, ou para levá-lo em procissão. 
Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas 
impossibilitadas de ir à Missa. 
 
Ambão ou Mesa da Palavra: Estante onde é proclamada a 
palavra de Deus. 
 
 
30 
 
Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que 
sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações a Deus. 
Naveta: Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes de 
queimá-lo no turíbulo. Qualquer coroinha nesta paróquia pode ser naveteiro, desde que 
seja escolhido por escala, ou por determinação do Acólito ou Cerimoniário. 
Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o incenso. 
Somente o acólito, Cerimoniário, ou o coroinha com a formação específica podem usar o 
turíbulo. 
 
 
31 
 
Caldeira: Vaso litúrgico próprio para água benta. 
Hissopo: Objeto usado para aspergir a assembleia ou um objeto 
com água benta. 
Carrilhão: Conjunto de sinos, geralmente pequenos e 
unidos que tocam juntos. Geralmente é usado como campainha durante a consagração. 
 
 
32 
 
Castiçal: Usado para portar as velas, durante a liturgia 
permanece sobre o altar em número de dois, quatro, seis ou, se missa do bispo, sete. 
Também é levado nas procissões. 
 
 
Círio pascal: é a vela abençoada e marcada com símbolos 
próprios que se acende com fogo santo na vigília pascal. Entre os símbolos, encontra-se a 
cruz, as letras alfa e ômega e os cravos. 
 
 
33 
 
Evangeliário: ou Livro dos Evangelhos, é o livro litúrgico que 
reúne os evangelhos lidos na missa. É, dentro do rito romano, a representação física da 
palavra de Deus e, em particular, das sagradas escrituras. 
Lavabo: Conjunto de bacia e jarro com que o sacerdote lava as 
mãos ao fim do ofertório. O acompanha uma alfaia: o manustérgio. 
Luneta: Pequeno objeto em formato de meia lua, daí seu 
nome, usado para portar e sustentar a hóstia dentro do ostensório. 
 
 
34 
 
Pálio: Objeto constituído de um tecido decorado, sob o 
qual se transporta o Santíssimo Sacramento de forma solene. 
 Gazofilácio: Caixa onde os fiéis colocam suas ofertas 
voluntárias. 
 
 Pequeno vocabulário de alfaias e objetos e paramentos: 
 
 Alfaias: Designam todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os 
paramentos litúrgicos. 
 Andor: Suporte de madeira, enfeitado com flores. Utilizados para levar os 
santos nas procissões. 
 Bacia: Usada como jarro para as purificações litúrgicas. 
 Báculo: Bastão utilizado pelos bispos. Significa que ele está em lugar do 
Cristo Pastor. 
 Batistério: O mesmo que pia batismal. É onde acontecem os batizados. 
 Caldeirinha: Vasilha onde se coloca água-benta. 
 Campainha: Sininhos tocados pelo acólito ou coroinha no momento da 
consagração. 
 
 
35 
 
 Candelabro: Grande castiçal com ramificações, a cada uma das quais 
corresponde um foco de luz. 
 Castiçais: Suportes para as velas. 
 Cadeira do Celebrante: Cadeira no centro do presbitério que manifesta a 
função de presidir o culto. 
 Cibório: O mesmo que Âmbula. 
 Círio Pascal: Uma vela grande onde se pode ler ALFA e ÔMEGA (Cristo: 
começo e fim) e o ano em curso. Têm grãos de incenso que representam as 
cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e 
durante o ano nos batizados. Simboliza o Cristo, luz do mundo. 
 Colherinha: Usada para colocar a gota de água no vinho e para colocar o 
incenso no turíbulo. 
 Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário. 
 Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do 
culto. 
 Cruz Processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões. 
 Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos. 
 Esculturas: Existem nas Igrejas desde os primeiros séculos. Sua única 
finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo. O 
mesmo se pode dizer com relação às pinturas. 
 Genuflexório: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua única finalidade é ajudar o 
povo na hora de ajoelhar-se. 
 Hóstia: Pão Eucarístico. A palavra significa "vítima que será" sacrificada. 
 Hóstia Grande: É utilizada pelo celebrante. É maior apenas por uma questão 
de prática. Para que todos possam vê-la na hora da elevação, após a 
consagração. 
 Jarro: Usado durante a purificação. 
 Lavatório: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote 
possa lavar as mãos antes e depois da celebração. 
 Livros Litúrgicos: Todos os livros que auxiliam na liturgia: lecionário, missal, 
rituais, pontifical. 
 
 
36 
 
 Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande 
dentro do ostensório. 
 Matraca: Instrumento de madeira que produz um barulho surdo. Substitui os 
sinos durante a semana santa. 
 Píxide: O mesmo que Âmbula. 
 Purificatório: O mesmo que Sanguinho. 
 Relicário: Onde são guardadas as relíquias dos santos. 
 Sobrepeliz: é uma veste branca curta que é usada pelos clérigos, 
seminaristas, coroinhas, acólitos e cerimoniários por cima da batina. 
 Vimpa: Paramento semelhante ao véu umeral, quadrado e posto nas costas. 
São usadas para portar as insígnias episcopais (mitra e báculo). 
Túnica: veste longa, de cor branca, comum aos ministros de qualquer 
grau. 
Estola: veste litúrgica dos ministros ordenados. O Bispo e o 
presbítero (padre) a colocam sobre os ombros de modo que caia pela frente em forma de 
duas tiras, acompanhando a comprimento da alva ou túnica. Os Diáconos usam a estola a 
tiracolo sobre os ombros esquerdo, prendendo-a do lado direito. 
 
 
37 
 
Casula: veste própria do sacerdote que preside a celebração. 
Espécies de manto que se veste sobre a alva ou estola. A casula acompanha a cor 
litúrgica do dia. 
Capa Pluvial: capa longa que o sacerdote usa ao dar benção 
com o Santíssimo, ou ao conduzi-lo nas procissões, e ao aspergir a assembleia. 
Cíngulo: cordão no qual se prende a alva ao redor da 
cintura. 
 
 
38 
 
Dalmática: veste própria do Diácono. É colocada sobre a 
alva e a estola. 
 
Véu Umeral ou Véu de Ombro: manto retangular que o 
sacerdote usa sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou transportar o 
ostensório com o Santíssimo Sacramento. 
Báculo: É uma das insígnias do Bispo. Representa seu 
serviço como pastor do povo de Deus. 
 
 
39 
 
Mitra: Corresponde no Pontifical Romano ao capacete 
de defesa do soldado da verdade. O bispo a põe na cabeça todas as vezes que muda de 
lugar na celebração, quando está sentado, ao dar a benção solene. 
Solidéu: Os bispos cobrem a cabeça. Chama-se assim, por 
ser retirado somente diante do Santíssimo Sacramento. 
Cruz Peitoral: Insígnia Episcopal que consta de um 
crucifixo com um cordão ou uma corrente simples. 
 
 
40 
 
Anel Episcopal: Simboliza a união do bispo com a Igreja. 
 
8. SACRAMENTOS E SACRAMENTAIS 
 Neste encontro, vamos estudar sobre os Sacramentos e Sacramentais,e 
saber quais são suas diferenças. Na Igreja Católica, têm-se sete Sacramentos que levam 
a graça divina, são eles: 
 Batismo; 
 Confissão, Penitência ou Reconciliação; 
 Eucaristia; 
 Crisma ou Confirmação; 
 Ordem; 
 Matrimônio; 
 Unção dos Enfermos; 
 
Vamos estudar cada um deles: 
 Batismo 
 Os momentos da celebração do sacramento do Batismo são os seguintes: 
 Ritos e introdução, com o sinal da cruz; 
 Liturgia da palavra e preces da comunidade; 
 
 
41 
 
 Unção com o óleo dos catecúmenos; 
 Benção da água; 
 Profissão de fé e promessas; 
 Batismo propriamente dito; 
 Unção com o óleo da Crisma; 
 Entrega da vela e ritos finais. 
 
 Confissão, Penitência ou Reconciliação 
 Durante sua vida, Jesus, em sua bondade e misericórdia, perdoou muitos 
pecados, por ser Deus, oferecendo a quem caia no erro a possibilidade de reconciliar-se 
com o Pai e de voltar à amizade de Deus. 
 A Penitência ou Reconciliação é a cura da doença do pecado. É Deus e a 
comunidade que nos perdoam. Para alcançar o perdão dos pecados, é preciso, em 
primeiro lugar, arrepender-se das faltas cometidas: depois, confessá-las ao sacerdote que, 
em nome de Deus, pode conceder-nos o perdão, a reconciliação com Deus e com os 
irmãos, sugerindo-nos fazer algumas orações. Assim, são os principais momentos da 
reconciliação: 
 Exame de Consciência: necessário para verificar o que houve de errado depois da 
última confissão; 
 Arrependimento ou dor pelos pecados, pois ofendemos o Pai que tanto nos quer; 
 Firme propósito de não repetir os mesmos erros, com boa vontade e com a ajuda 
de Deus; 
 Confissão dos pecados ao representante de Jesus, com humildade e confiança; 
 Penitência, isto é, algumas orações que o padre nos sugere fazer para nossa 
reconciliação com Deus. 
 
 Todos os fiéis devem confessar-se com certa frequência e não apenas tais 
dias determinados do ano. Os que servem a Jesus mais de perto precisam guardar seu 
 
 
42 
 
coração sempre limpo, reconciliando-se todas as vezes que necessitarem do perdão de 
Deus. 
 
 Eucaristia – A Santa Missa 
 Considera-se a Eucaristia a celebração central de toda a liturgia, porque 
relembra a Páscoa de Cristo, tornando-a presente entre nós. É na Eucaristia que Jesus se 
dá a nós em alimento na forma de pão e vinho. 
 A Santa Missa é muito importante para todos os cristãos, mas o coroinha 
deve sentir-se privilegiado nessa celebração, porque participa de forma especial. Jesus, 
que está sempre no meio de nós, torna-se presente de modo real na missa quando: a 
comunidade de fiéis se reúne em seu nome sob a presidência do sacerdote, proclama-se 
a Palavra de Deus e o pão e o vinho se tornam o Corpo e Sangue de Cristo. 
 É importante a celebração da Missa e como é indispensável participar dela 
pelo menos nos domingos, pois nos comunicamos diretamente com Jesus. Da missa 
todos tornam parte ativamente: 
 O Sacerdote dirige a comunidade dos fiéis; 
 O coroinha, acólito e cerimoniário serve Jesus ao redor do altar; 
 O coral canta musicas apropriadas para a ocasião; 
 Os leitores proclamam a Palavra de Deus; 
 O povo presta atenção ao que dizem o sacerdote e os leitores, acompanha e 
participa das orações – fazendo sua ação de graças e seus pedidos -- e cantam. 
 
Pra que você compreenda melhor todo o ritual da missa, vamos dividi-la em quatro partes: 
 Ritos Iniciais; 
 Liturgia da Palavra; 
 Liturgia Eucarística; 
 Ritos Finais. 
 
Os ritos da missa serão explicados mais a frente, em “Esquema da Missa, 
Parte a Parte”. 
 
 
43 
 
 
 Confirmação ou Crisma 
 
 Este sacramento, ministrado aos jovens, é chamado de Confirmação porque 
“confirma” os dons recebidos no Batismo, tornando o jovem capaz de professar sua fé 
com coragem, perseverança e firmeza. 
 Com esse sacramento, que é o compromisso adulto de construir, com a 
força do Espírito Santo, o Reino de Deus, vivendo como Jesus viveu, o jovem torna-se 
consciente de sua dignidade e de sua vocação de “testemunha” de Cristo. 
 O Espírito Santo infunde no jovem crismando seus sete dons: sabedoria, 
entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. 
 Os momentos do sacramento da Confirmação são os seguintes: 
 Renovação das promessas do Batismo: o “sim” agora é consciente, dado pelo 
próprio crismando (e não pelo padrinho, como no Batismo), confirmando que deseja 
tornar-se um verdadeiro discípulo e testemunha de Cristo; 
 Imposição das mãos: ocorre por parte do bispo e dos presbíteros concelebrantes, 
invocando o Espírito Santo; 
 Unção com o óleo do Crisma: o bispo (que é quem ministra esse sacramento) unge 
a testa dos crismandos, fazendo com o santo óleo um sinal em forma de cruz. 
 
 
 Ordem 
 
 Como dito anteriormente, durante a Última Ceia de Jesus, na tarde da 
Quinta-feira Santa, véspera de sua morte, ele instituiu a Eucaristia dizendo: “Façam isto 
em memória de mim”. 
 Mas quem deveria renovar para sempre esta memória? Naquele momento, 
evidentemente os primeiros discípulos, que poderiam então ensinar, santificar e guiar os 
adeptos ao Cristianismo, ministrando os sacramentos. 
 E depois dos primeiros discípulos? Todos os homens que quisessem ser 
“ordenados” presbíteros, consagrando-se para o culto a Deus e para o serviço religioso do 
 
 
44 
 
povo. Assim, os bispos e os padres são hoje os sucessores dos apóstolos e representam 
Cristo, o Bom Pastor, para perpetuar sua obra no mundo. 
 A Ordem se divide em: 
 Diaconato: Diácono significa “servidor”. É aquele que ajuda o bispo e o sacerdote 
na celebração eucarística; proclama o Evangelho; distribui a Eucaristia; e com a 
permissão do bispo pode ministrar alguns sacramentos. 
 Presbiterado: Presbítero é o sacerdote, o padre. Este celebra a missa; perdoa os 
pecados; administra os sacramentos do Batismo e da Unção dos Enfermos; e tem 
responsabilidade de dirigir e formar o “rebanho” de fieis que lhe foi confiado. 
 Episcopado: O bispo, sucessor dos apóstolos, é um sacerdote em sentido pleno: 
ministra todos os sacramentos, em particular a Confirmação ou Crisma e a Ordem. 
O bispo é sempre o “pastor” de um rebanho maior, que se chama diocese. 
 
 Matrimônio (Casamento) 
 
 A vida dos seres humanos é a sua continuidade e preservação. É um dom 
tão precioso que Deus quis confia-lo em particular a dois seres: um homem e uma mulher. 
Assim, o matrimônio é a união do homem e da mulher que se amam. E a consagração do 
seu amor dentro de um lar, responsabilizando-se ambos, consciente e livremente, pela 
vida que devem guardar e desenvolver. Por isso, a instituição do casamento é sagrada, 
estável e indissolúvel. E o amor que une o homem e a mulher que se casam expressa o 
amor criador de Deus. 
 Desse modo, o homem e mulher casados tornam-se os maiores 
colaboradores da obra criadora de Deus, assumindo a tarefa de educar os filhos na fé, que 
são frutos de sua união e de seu amor. 
 Marido e mulher são, pois, os ministros, isto é, responsáveis diretos pelo 
casamento, aceitando-se por toda a vida. Eles realizam, por assim dizer, o “contato” que 
lhes conforme a graça do Sacramento. Quem preside o rito do sacramento não precisa ser 
um padre. Ele participa do rito como uma testemunha qualificada e oficial, que recebe o 
acordo dos noivos e abençoa a união. Assim como a Ordem, o casamento também é um 
sacramento indissolúvel, quer dizer, permanece por toda a vida até a morte. O sacramento 
 
 
45 
 
do matrimônio dá ao homem e a mulher ajuda espiritual para viverem juntos santamente, 
educando seus filhos na fé e comprometendo-se a caminhar juntos pela vida. 
 
 
 Unção dos Enfermos 
 
 A dor e a doença são experiências que todos podem compreender, mesmo 
que por elas não tenham passado. Jesus, quando veio ao mundo, ficou com muita pena 
de todas as misérias humanas e por isso, curoue confortou um número incalculável de 
enfermos. A respeito de Cristo, São Paulo escreveu: “Ele carregou sobre seus ombros as 
nossas enfermidades”. 
 Quando, pois, uma pessoa tem qualquer tipo de sofrimento, isso não 
significa que Deus a tenha abandonando. Ele está presente também na pessoa que sofre. 
O sacramento da Unção dos Enfermos com os santos óleos é a união de nossos 
sofrimentos redentores de Cristo uma comunhão profunda, dando-lhe novo conforto. 
 Quando o sacerdote unge as mãos e a testa do enfermo, ele reza para que o 
Senhor lhe conceda a cura da alma e, se for da sua vontade, também a cura do corpo, 
dando-lhe esperança, paciência e confiança na aceitação da vontade do Pai. A Unção dos 
Enfermos, tanto quanto a confissão, perdoam os pecados de quem estiver impossibilitado 
de confessar-se por motivo de doença. 
 São os seguintes momentos da Unção dos Enfermos: 
 Imposição das mãos feitas pelo sacerdote, que reza pelo enfermo; 
 Unção com o óleo dos enfermos: o sacerdote faz uma cruz na testa e na palma das 
mãos do doente. A testa e a palma das mãos representam toda a pessoa humana, 
que pensa e trabalha. 
 
 As ações sacramentais, ou simplesmente os sacramentais, são ações 
litúrgicas que têm como finalidade lembrar os sacramentos e santificar alguns momentos 
de nossa vida. 
 Os mais importantes sacramentais são os seguintes: 
 Sinal da cruz com água benta; 
 Genuflexão diante o Santíssimo Sacramento; 
 
 
46 
 
 Adoração eucarística; 
 Aspersão com água benta; 
 Benção e procissão com velas; 
 Benção de objetos: imagens, terços, casas... 
 Imposição das cinzas; 
 Lava-pés; 
 Reza comunitária do terço; 
 Procissões do círio e das festas. 
 
 
9. A MISSA PARTE POR PARTE 
 
 Ritos Iniciais 
Procissão de Entrada. 
Saudação. 
Ato Penitencial. 
Glória (Exceto no Tempo do Advento e da Quaresma). 
Oração do dia ou coleta. 
 Liturgia da palavra 
1ªleitura 
Salmo Responsorial 
2ªleitura 
Evangelho 
Homilia (Missas dominicais e solenidades) 
Credo (Missas dominicais e solenidades) 
Oração dos fiéis ou Universal (Missas dominicais e solenidades) 
 Liturgia Eucarística 
Preparação das ofertas 
Oração sobre as oferendas 
Oração Eucarística 
 
 
47 
 
Pai Nosso 
Abraço da paz 
Cordeiro 
Momento da Comunhão 
 Ritos finais 
Oração pós-Comunhão 
Benção final 
Despedida 
 
 O que é a Missa? 
 É a lembrança dos últimos fatos da vida de Jesus, muito mais que uma 
simples lembrança, mas a verdadeira renovação do sacrifício do Calvário, oferecidos 
sobre os nossos altares, debaixo das aparências do pão e do vinho. 
 O sacrifício da Missa foi instituído pelo próprio Jesus Cristo, quando instituiu 
o sacramento da Eucaristia, na noite de Sua Paixão. Jesus se torna presente nas 
aparências do pão e do vinho, quando o sacerdote pronuncia as palavras da consagração, 
na Missa. Palavras que o próprio Jesus Cristo deu tanto poder, quando as pronunciou na 
última Ceia, e mandou os apóstolos fazerem o mesmo. 
 Depois da consagração nada fica de pão nem de vinho a não ser as 
aparências. Em ambas, está Jesus Cristo todo inteiro, como verdadeiro Deus e verdadeiro 
homem. Quando se partem as hóstias, não se parte o corpo de Jesus Cristo; partem-se 
somente as aparências do pão, por isso Jesus está todo inteiro em cada uma das partes 
em que se divide a hóstia. 
 Havendo a promessa de Deus de que enviaria a este mundo Seu Filho para 
redenção, a Missa nos lembra que continua havendo ofensa a Deus, isto é, pecado, e que 
a reparação trazida por Jesus continua sendo feita. 
 Na Missa também temos: 
1. Na Missa temos ação de graças: agradecemos a Deus todas as graças que Ele não 
cessa de derramar sobre nós. 
2. A Missa também é um aprendizado da palavra de Deus, pois em cada Missa são 
lidos e comentados dois ou três trechos da Bíblia. 
 
 
48 
 
3. A Missa é um ato que nos une a nossos irmãos. Como? Nas respostas ao padre, 
nos cânticos, na oração em comum, etc. 
4. E no respeitoso silêncio que envolve os momentos culminantes da Missa, como a 
consagração e a ação de graças que se segue à comunhão, quando o padre 
reserva no sacrário o cibório com as hóstias consagradas, nós nos recolhemos em 
profundo silêncio em íntima união com o Deus vivo e verdadeiro. 
 Terminada a Santa Missa, o coroinha deverá auxiliar o sacerdote ou 
ministros a retirar os paramentos sagrados, e só então cuidar de apagar as velas, guardar 
os livros e vasos sagrados sempre com muito respeito diante do altar. Ao deixar o Templo, 
o coroinha, acólito ou cerimoniário como qualquer fiel, devera ir à Capela do Santíssimo 
Sacramento, como fez ao chegar, para despedir do Senhor Sacramentado com um 
pequeno gesto de adoração. Deve-se evitar conversar e correr no templo, como se, por 
não haver função, o local tivesse perdido sua sacralidade. 
 
10. EUCARISTIA 
 Ação de Graças 
 A palavra Eucaristia vem da língua grega e significa: agradecimento, ação de 
graças, reconhecimento. É a resposta que brota espontânea do ser humano diante das 
manifestações de Deus na criação e na história humana. 
 Quando ganhamos um presente, é natural expressarmos nossa gratidão a 
quem nos presenteia. Para isso usamos a criatividade; um “obrigado”, um “Deus lhe 
pague”, um abraço, um sorriso, um telefonema, uma lembrancinha, etc. Viver em ação 
implica ao Pai, por Cristo, as coisas criadas e a própria pessoa. É o Jesus realiza de modo 
ritual na Última Ceia, e de modo real na cruz: entrega ao Pai sua vida em sacrifício infinito 
pela salvação de toda humanidade. 
 Para nós, o que significa tomar parte no banquete eucarístico? Significa 
render graças a Deus por tudo e com tudo. Por tudo: a vida, a religião, nossa família, a fé 
em Deus, o ar que respiramos, o sol, a chuva, os alimentos que nos sustentam, as flores, 
os animais, etc. Na celebração eucarística, o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho 
de humano, simbolizam, todos os bens da criação. Com tudo: o que somos e temo, isto é, 
 
 
49 
 
nossas habilidades pessoais, dons, saúde, disposição, etc. Deus não precisa de coisas 
materiais. Ele espera a oferta do nosso ser. 
 Jesus entregou ao Pai o que possuía de mais precioso, a sua própria vida. 
Também nós devemos fazer oferta de nossa vida ao Pai, por Cristo, com Cristo, em 
Cristo. 
 
 Memorial (fazer memória) 
 Ao celebrar a Última Ceia com seus discípulos, Jesus tomou o pão e o vinho, 
rendeu graças e disse que aqueles eram seu corpo e seu sangue, oferecidos em favor do 
povo. Em seguida acrescentou: “Fazei isto em memória de mim”. 
 Fazer memória da Páscoa de Cristo significa Tornar Presente o ato salvador 
de Cristo. Revivemos na fé o acontecimento de sua paixão, morte e ressurreição, 
atualizando-o e tornando-nos participantes dele. Ao celebrar a Eucaristia, não 
comemoramos algo perdido no passado, ou um fato que ficou apenas na lembrança, mas, 
proclamamos, aqui e agora, a salvação de Deus aplicada à história presente e futura: 
“Todas que se com desse pão e bebeis deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que 
ele venha” (1 Coríntios 11,26) 
 Portanto, para nós, assim como para os judeus, o memorial têm três 
direções: olha para o passado, mas projetando-o para o futuro, com a espera do fim dos 
tempos, e sentindo que o acontecimento histórico (passado) e o futuro se concentraram no 
hoje da celebração. 
 Aplicando, mais uma vez, esse conceito à Eucaristia, temos o seguinte: a 
Eucaristia é um fato passado (morte e ressurreição de Jesus), que se torna presente para 
nós, aqui e agora (celebração eucarística) e nos projeta para o futuro (o Reino de Deus 
não está concluído, mas vai se construindo até que todos cheguem à plena comunhão 
com Deus e com irmãos). 
 
 Eucaristia é sacrifício 
 Na Última Ceia, Jesus tomou o pão, redeu graças e o deu a seus discípulos 
como seu corpo oferecido em sacrifício, praque dele comesse. E tomando nas mãos o 
cálice com o vinho disse-lhes: “Bebei dele todos, pois Isto é o meu sangue, o sangue da 
Aliança, que será derramado por muitos pra remissão dos “pecados” (Mateus 26.28)”. 
 
 
50 
 
 Esses gestos tinham clara intenção de substituir o cordeiro da páscoa dos 
judeus. O sacrifício de Jesus não é algo que se reduz aos seus últimos momentos de vida 
terrena, ou seja, sua paixão e morte. Toda a sua vida foi imolação constante. Jesus não 
buscou seus próprios interesses, mas procurou sempre fazer a vontade do Pai. Sua vida 
foi uma continua doação em favor do povo, principalmente das pessoas necessitadas. Sua 
vida total culmina com a morte na cruz. Sua paixão e morte são o coroamento de toda a 
sua vida doada: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 
13.1). 
 
 Eucaristia é assembleia 
 É no seio da Igreja que o sacrifício de Cristo se torna presente. A etimologia 
da palavra Igreja é de origem grega, que significa assembleia, comunidade do povo, 
convocada e reunida por Deus. Desde o início da Igreja os escritos do Novo Testamento 
falam da Eucaristia como reunião da comunidade (assembleia). A assembleia cristã, 
portanto, é uma comunidade que celebra e no meio da qual desde o primeiro momento 
está presente Cristo, o Senhor. 
 Quem faz parte da assembleia? Todos os fiéis que se reúnem para celebrar 
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, o povo e os ministros, incluindo-se o 
ministro ordenado a quem cabe presidir a Eucaristia. 
 
 Eucaristia é refeição 
 A Missa é uma refeição, um banquete, uma festa. Quem faz o convite é 
Deus Pai. A convocação é dirigida a nós, filhos e filhas, com a finalidade de nos alimentar 
com sua palavra e com o corpo e sangue do seu Filho Jesus. 
 O banquete eucarístico supõe, portanto, a presença de convidados 
(assembleia) e alimento (pão e vinho, corpo e sangue do Senhor). Sendo o banquete 
eucarístico uma festa, há também a necessidade da participação externa e da participação 
interna da assembleia. 
 Constituem elementos da participação externa os movimentos, as palavras, 
as aclamações, os cantos, as orações, o toque, os sinais, o abraço da paz, etc. Ao passo 
que a participação é a predisposição de cada membro da assembleia, sua vontade de 
 
 
51 
 
estar ali com os irmãos, consciente do que vai celebrar. A participação interna começa 
antes que a pessoa entre na igreja para a celebração. 
 
 Eucaristia é comunhão 
Comunhão quer dizer comunicação. Mas significa intimidade Quando vamos 
receber a comunhão (Eucaristia) estabelecemos uma comunhão com Jesus e com os 
irmãos e irmãs. Portanto, receber a comunhão não é simplesmente receber e ingerir um 
pedaço de pão consagrado (corpo de Cristo). Esse gesto significa que o fiel está em 
comunhão com o corpo de Cristo. Ora, o corpo de Cristo é a Igreja. Em outras palavras, 
somos nós. Portanto, comungar o corpo de Cristo é estar em harmonia e paz, não só com 
Jesus, mas também com todos os filhos e filhas de Deus. 
 Eucaristia é gratuidade 
 A Eucaristia pede que sejamos gratuitos, generosos, acolhedores, sem 
preconceito. Essa gratuidade se manifesta na celebração e além da celebração. Por isso, 
quando vamos participar da Eucaristia, não convém ficarmos controlando o relógio, 
achando que tudo está pesado, cansativo, sem interesse. Se isto for verdade, alguma 
coisa esta errada e é necessário corrigir. 
 Vamos dar espaço para a Palavra de Deus e diminuir nossas palavras. Dar 
preferência por externar nossa fé através do canto e dos gestos simbólicos e manter as 
palavras indispensáveis para bem celebrarmos. É uma saída para se evitar que a 
celebração seja enjoativa. 
 Ser gratuito, durante a celebração, é deixar-se conduzir por Jesus, o litúrgico 
(celebrante) por excelência. E seguir as inspirações que nos vêm da Palavra, dos 
símbolos, dos gestos, ajudam a celebrar melhor. 
 
 Conclusão 
 A partir dessas breves noções a respeito da Eucaristia, cada um de nós é 
convidado a ser Eucaristia viva nas estradas do mundo. Que quer dizer Eucaristia viva? É 
a pessoa que tem um coração aberto, generoso, compassivo, cheio de bondade e 
misericordioso, igual ao Jesus. É a pessoa que se preocupa com os irmãos e irmãs 
 
 
52 
 
principalmente as mais necessitadas de socorro material e espiritual. Ser Eucaristia viva é 
ser o próprio Jesus presente e dinâmico, hoje, no meio da humanidade. 
 
11. ATRIBUIÇÕES DOS COROINHAS E ACÓLITOS 
 Ressaltamos aqui a Instrução Redemptionis Sacramentum do Papa João 
Paulo II, número 47, elucidando o trabalho admirável de crianças e jovens para prestar o 
serviço junto ao altar do Senhor. Neste número o Papa afirma que as meninas podem ser 
admitidas para esse serviço, a critério do bispo diocesano. 
 Os coroinhas e acólitos exercem um trabalho muito importante numa 
comunidade, principalmente durante as celebrações. Por se colocar em local de destaque, 
está sempre sujeito à atenção de toda a assembleia. Por isso, procure fazer tudo 
cuidadosamente, lembrando que você poderá servir de "espelho" para toda a assembleia 
e, principalmente, para as nossas crianças, que poderão até imitá-lo. Quando você 
participa com bastante entusiasmo, com certeza estará motivando as demais crianças a 
fazê-lo também. O acólito "ajuda as Missas", mas, se não estiver bastante preparado, 
poderá "atrapalhar". 
 O trabalho dos coroinhas e acólitos numa comunidade não poderá ser 
limitado ao "ajudar as Missas". É Muito importante que se integre com toda a comunidade; 
que desenvolve realmente um trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas 
lideranças incentivando a integração de novos elementos com o grupo. Com o empenho 
de todos, pode contribuir para promover a união, o amor e fraternidade. A ajuda mútua 
caracteriza os verdadeiros irmãos na fé. No presbitério, o acólito não é simplesmente um 
"enfeite", mas uma presença marcante, pelo seu serviço, fé e amor. 
 O bom corinha e acólito é aquele que, sempre que necessário, se coloca a 
serviço da Igreja e das coisas de Deus: nas procissões, nas solenidades e em todas as 
celebrações litúrgicas, sempre quando se faça necessária a sua presença. O coroinha ou 
acólito pode até ser despertado para a vocação sacerdotal que Deus distribui 
generosamente na sua Igreja! 
 
 Deste modo os coroinhas e acólitos devem estar atentos para os seguintes 
fatores: 
 
 
53 
 
 
1. É de fundamental importância tanto a boa preparação para o serviço do Altar e o 
conhecimento dos principais objetos a serem utilizados durante a celebração, como 
principalmente uma boa preparação espiritual, antes da celebração. A oração ajuda 
muito a nos prepararmos para o Serviço do Senhor. 
2. Os corinhas e acólitos deverão certificar-se, de que todo o material necessário para 
a celebração está providenciado, de acordo com os costumes da comunidade. 
3. Normalmente os corinhas e acólitos devem acompanhar o sacerdote em direção ao 
presbitério, para o início da celebração. Especialmente quando forem dois ou mais 
acólitos, é necessário que se faca um bom "treinamento" anterior, para que não 
ocorram "desencontros" durante a celebração. Desde a entrada, as funções e a 
disposições de cada acólito, durante a celebração, até o seu final, devem ser de 
forma ordenada. 
4. Cada coroinha e acólito devem estar preparado e bastante consciente das funções 
que lhe forem atribuídas para a celebração. 
5. Durante a celebração, evite qualquer tipo de conversa com o seu amigo. Fale 
apenas o necessário e também nunca se dirija ao sacerdote ou a outra pessoa sem 
necessidade. 
6. Nunca acene para as pessoas da assembleia. Concentre-se e fique sempre atento. 
Mantenha uma postura discreta: quando sentado, não cruzar as pernas; quando de 
pé, não cruzar os braços. Também nunca mascar chicletes ou bala no exercício das 
suas funções. Nunca fique muito próximo do seucolega e, principalmente, do 
celebrante que durante toda a celebração está sempre fazendo movimentos 
(manuseando livros, gesticulando com os braços etc.) quando muito próximo, o 
acólito pode atrapalhar. 
 
 
12. ATRIBUIÇÕES DOS CERIMONIÁRIOS 
 As características principais de um Cerimoniário são as seguintes: 
 
 
 
54 
 
 Discrição: deve ser característica de todo coroinha, ministro – e não só o 
Cerimoniário deve possuir. Sem ela nunca conseguirá desempenhar 
satisfatoriamente sua função. 
 Antecipação: característica do Cerimoniário, quando ele se adianta às situações, 
ajudando para aprimorar algo ou impedindo que aconteça algo ruim ou errado. 
 Atenção aliada a Observação: Permite ao Cerimoniário estar sempre alerta, ou 
seja, atentos e prontos para qualquer ocasião que necessite da intervenção. 
 Conhecimento: para desempenhar bem sua função, o Cerimoniário tem de 
primeiro conhecê-la bem, além de conhecer detalhadamente a Santa Missa, parte 
por parte e o manuseio dos objetos, alfaias, etc. 
 
 O que o Cerimoniário deve conhecer? 
1. A Santa Missa, parte por parte; 
2. Os lugares da Igreja; 
3. Os utensílios usados na Celebração; 
4. As Vestes e Cores Litúrgicas; 
5. A liturgia por completo; 
6. Conhecer e desempenhar bem sua função. 
 O Cerimoniário deve ser o mais discreto possível (No falar, andar, 
gesticular). Sempre mantendo a postura (mãos postas). Um Cerimoniário NUNCA se 
senta (quando desempenhando sua função de Cerimoniário). 
 Nos preparativos para a ação litúrgica os Cerimoniários devem estar 
presentes 30/20 minutos antes do início da celebração; na sacristia, deverá verificar os 
Objetos Litúrgicos, Vasos Sagrados e as Alfaias para que estejam e devida ordem; 
faltando 5 minutos para o início da missa, o Cerimoniário se encaminha para a porta 
principal para darmos o início à Santa Missa. 
 
 
13. ORAÇÕES 
 
 
55 
 
 O coroinha, acólito e cerimoniário como todo cristão, não pode perder 
nenhuma oportunidade de estar em "sintonia" com Deus. Citamos, a seguir, algumas 
orações para as mais diversas circunstâncias. Reze sempre com muita fé. Faça silêncio 
por alguns instantes e ouça o que Deus tem a lhe dizer. 
 
 Sinal da Cruz 
Pelo sinal † da santa cruz, livrai nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em 
nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo. Amém. 
 Glória ao Pai 
Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio agora e sempre. Amém. 
 Pai Nosso 
Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, 
seja feita a Vossa Vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai 
hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos têm 
ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal. Amém. 
 Ave Maria 
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e 
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, 
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 
 Vinde, Espírito Santo 
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do 
vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra 
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, 
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos 
sempre da Sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém. 
 Salve Rainha 
Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós 
bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste 
vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós 
volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó 
clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria. 
 Consagração à Nossa Senhora 
 
 
56 
 
(Reza-se todos os dias pela manhã e pela noite) 
Ó minha Senhora, ó minha mãe! Eu me ofereço todo a vós, e em prova de minha devoção 
para convosco, vos consagro neste dia e para sempre, meus olhos, meus ouvidos, minha 
boca, meu coração, e inteiramente todo o meu ser. E como assim sou vosso ó 
incomparável mãe, guardai-me, defendei-me como coisa e propriedade vossa.Amém. 
 Oração ao Anjo da Guarda 
Santo anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, 
sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém. 
 Alma de Cristo 
_ Alma de Cristo, santificai-me. 
_ Corpo de Cristo, salvai-me 
_ Sangue de Cristo, inebriai-me. 
_ Água do lado de Cristo, lavai-me 
_ Paixão de Cristo, confortai-me, 
_ Ó bom Jesus, ouvi-me. 
_ Dentro de Vossas chagas, escondei-me 
_ Não permitais, que eu me separe de Vós. 
_ Do espírito maligno, defendei-me. 
_ Na hora da morte, chamai-me, e mandai-me ir para Vós. 
Para que com os Vossos santos Vos louve, por todos os séculos dos séculos. Amém. 
 
 
14. RITO DE INSTITUIÇÃO 
 
 Não se trata aqui de um ministério instituído de acólitos, mas daqueles que, 
mesmo sem ser instituídos, atuam na Liturgia como acólitos - o que é perfeitamente lícito, 
na falta de instituídos (cânon 230,3). Dentre esses "não instituídos", estão os meninos que 
atuam nessa função, que se convencionou chamar de coroinhas. 
 Todo aquele que atua no ministério de acólito, sendo varão, em tese pode vir 
a receber o Sacramento da Ordem. Embora a Santa Sé não se oponha a que meninas 
sirvam ao altar na qualidade de coroinhas - se houver para isso justas razões pastorais , a 
 
 
57 
 
mesma Sé Apostólica afirma que "será sempre muito oportuno seguir a nobre tradição do 
serviço ao altar pelos meninos" e relaciona isso à questão vocacional: " Isto, como se sabe 
permitiu um consolador desenvolvimento das vocações sacerdotais. Por isso, sempre 
existirá a obrigação de continuar a sustentar tais grupos de coroinhas".(Congregação Para 
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a respeito das funções litúrgicas conferidas 
aos leigos, de acordo com a resposta do Pontifício Conselho para a Interpretação dos 
Textos Legislativos. Roma, 15 de março de 1994). 
 
 Rito da Investidura 
 
1- Apresentação dos candidatos 
2- Benção das vestes litúrgicas 
3- Paramentação dos candidatos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
INSTITUIÇÃO DOS COROINHAS, ACÓLITOS E COROINHAS 
Animador: Neste momento apresentaremos os candidatos que serão acolhidos pela 
nossa comunidade para o serviço do altar. 
(Os Candidatos se posicionam em frente ao altar) 
Padre: Caríssimos irmãos, roguemos ao Senhor, que cubra de bênçãos nossos irmãos 
que foram escolhidos para servir fielmente o altar. 
(Todos rezam num momento de silêncio) 
Padre: Oremos: Ó Deus bendito, que constituístes o vosso Filho unigênito, sumo e eterno 
sacerdote do novo Testamento, e escolhestes homens para serem ministros dos vossos 
mistérios, concedei que estas vestes, reservadas, pela vossa benção, para as sagradas 
celebrações sejam usadas com reverência pelos vossos ministros e, por eles, dignificadas 
com uma vida santa, Por Cristo, nosso Senhor. Amém. (Ritual de bênçãos p.394). 
(Os candidatos são revestidos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
15. BIBLIOGRAFIA 
BECKHAUSER, Alberto. Os fundamentos da Sagrada Liturgia. Petrópolis: Vozes, 2004. 
BUST, IONE. Equipe de Liturgia. Petrópolis: Vozes, 1999. 
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 2 ed. Edição Típica Vaticana. Petrópolis: Vozes, 
1993. 
CERIMONIAL DOS BISPOS. Cerimonial da Igreja. São Paulo: Paulinas, 1988. 
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLIA DOS SACRAMENTOS. 
Instrução Redemptionis Sacramentum sobre alguns aspectos que se deve observar e 
evitar acerca da Santíssima Eucaristia. (25-03-2004). 11 ed. São Paulo: Paulinas, 2012. 
CHEQUINATO, Luiz. A Missa parte por parte. Petrópolis: Vozes, 1999. 
INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL

Outros materiais