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Orçamento participativo

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ORÇAMENTO PÚBLICO A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 
NA GESTÃO PÚBLICA. 
O Orçamento público é o meio pelo qual os governos usam para 
organizar os seus recursos financeiros. É um processo que evoluído no Brasil 
sempre estudado e aperfeiçoado com novos instrumentos embasados em 
diversas formalidades legais. 
O Orçamento público está previsto na Constituição Federal de 1988, 
sendo materializado a cada ano por lei específica que procura prever a sua 
receita e fixa despesas para um determinado exercício. Assim, as despesas só 
poderão ser realizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento. 
Segundo o art. 2º da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, “A Lei de Orçamento 
conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política 
econômica, financeira e programa de trabalho do governo, obedecidos os 
princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
O Orçamento Público nasce na CF/88 com o intuito de consagrar a 
democracia, dessa forma, o PPA, a LDO e a LOA são apresentados pelo 
Executivo, analisados pelo Legislativo e podem ter a colaboração direta do povo. 
A legislação orçamentária é constituída por normas de procedimento 
e de organização que demarcam os direitos fundamentais sociais preferenciais 
e as políticas sociais a serem realizadas na sociedade. São, portanto, 
instrumentos basilares para a efetivação do Estado Democrático de Direito. 
 
As funções do orçamento se dividem em três tipos: alocativa, 
distributiva e estabilizadora. As principais funções do Orçamento nos dias de 
hoje se referem ao controle político, gerencial, contábil e financeiro. 
Posteriormente foi incorporada no Brasil a função de planejamento, que está 
ligada à Orçamento e as Funções de Estado. A condução da política monetária, 
a administração das empresas estatais, a regulamentação dos mercados 
privados e, sobretudo, a sua atividade orçamentária funcionam como meios 
dessa participação e influenciam o curso da economia. Cabendo ao governo 
executar as funções econômicas que o Estado precisa exercer. 
Toda a atividade de planejamento público, por sua natureza, deverá 
resultar de decisões presentes, tomadas a partir do exame de seus impactos no 
futuro, o que proporciona a essa atividade uma dimensão temporal de alto 
significado. 
 
Existem princípios fundamentais que precisam ser acompanhados 
para elaboração e controle dos orçamentos públicos e que permanecem 
determinados na Constituição Federal de 1988, na Lei nº 4.320, de 1964, no 
Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na contemporânea LRF. 
Em resumo, podemos dizer que, nenhuma despesa pública pode ser 
executada sem estar estabelecida no orçamento público. 
 
Diante da possibilidade do desamparo e precário atendimento das 
necessidades sociais verificadas no Brasil, surgiu a obrigação da administração 
pública tornar concreta a obrigação de se instituir uma nova inclusão entre 
Estado e sociedade, 
procurando opções que consintam à aspiração da população e, ao 
mesmo tempo, aprimorem o bom emprego dos recursos. 
Assim surge o Orçamento Participativo, qual tem se disseminado 
como uma novidade na administração dos recursos públicos, proposto com a 
Constituição de 1988 que obriga os municípios a adotar como princípio na 
elaboração das leis orgânicas a “cooperação das associações representativas 
no planejamento municipal” (artigo 29, inciso XII). 
 
Como meio de controle e transparência na gestão pública, 
entendemos que o orçamento participativo é um mecanismo governamental de 
democracia participativa, pois permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre 
os orçamentos públicos, geralmente o orçamento de investimentos 
de prefeituras municipais para assuntos locais, através de processos de 
participação da comunidade. 
No orçamento participativo, busca-se transferir parte do poder de 
decisão às pessoas influentes para toda a sociedade, evitando, assim, a 
burocracia do processo, além de reforçar a vontade popular para a execução 
das políticas públicas. Outro benefício do orçamento participativo é a 
transparência na governança dos recursos públicos e a prestação de contas dos 
governos, possibilitando gerar mecanismos de confiança e melhorar a qualidade 
da gestão nas cidades, além de contribuir para reduzir a corrupção e o mau gasto 
dos recursos públicos. 
Os maiores benefícios são o desenvolvimento de uma cultura 
democrática dentro da comunidade e fortalecimento da sociedade local, inclusive 
na criação de lideranças locais que representam a vontade das suas 
comunidades. 
O orçamento participativo ocorre por meio de assembleias abertas e 
periódicas, que incluem etapas de negociação direta com o governo. Depois, as 
deliberações nessas assembleias são consideradas na elaboração da proposta 
da Lei Orçamentária Anual, que será enviada para a câmara municipal. O 
Estatuto da Cidade ainda especifica que a gestão orçamentária participativa 
deve incluir a realização de debates, audiências e consultas públicas. 
https://www.politize.com.br/orcamento-publico-como-e-definido/
https://www.politize.com.br/prefeituras-principais-problemas-enfrentados-na-gestao-municipal/
https://www.politize.com.br/politicas-publicas-o-que-sao/
https://www.politize.com.br/ppa-ldo-loa-3-siglas-que-definem-orcamento-governo/
 
Assembleias Locais e Setoriais são reuniões entre os delegados e 
as comunidades. Elas podem acontecer sem a presença das autoridades, se os 
delegados desejarem. Nessas reuniões, os participantes decidem os projetos 
prioritários que serão executados. Após as reuniões, o orçamento participativo 
chega à Câmara Municipal. Este é um evento onde o Comitê do Orçamento 
Participativo entrega oficialmente ao Prefeito a lista de projetos prioritários 
definidos através da participação dos cidadãos. É nesse evento que os membros 
do Comitê do Orçamento Participativo são oficialmente instalados. 
O município e o Comitê do Orçamento Participativo fazem o desenho 
da matriz orçamentária. O Plano de Investimento é criado, compartilhado com a 
população e, em seguida, publicado para ser usado no monitoramento e no 
cumprimento do que foi acordado. Portanto, somente com uma efetiva 
participação da sociedade na preparação, o cumprimento e no andamento do 
orçamento será possível assegurar que os recursos públicos serão aplicados em 
áreas em que se enxerga a carência da população. As fundamentais 
necessidades da população, especialmente das camadas mais baixas, 
costumam ser educação, saúde e saneamento básico. Com a participação 
popular, ficam mais perceptíveis as principais carências do cidadão, logo, são 
importantes o auxílio da população no orçamento público, pois é por meio dele 
que os administradores podem ter ciência de onde serão utilizados os recursos. 
 
Concluindo, o Orçamento Participativo é uma forma de fazer a 
sociedade participar abertamente das propostas feitas pelos governantes, e de 
torná-las benéficas para o cidadão. Seu fim é garantir participação direta na 
fixação das prioridades para os investimentos públicos. 
 
É necessário que toda a sociedade procure conhecimentos sobre o 
que é orçamento público e como ele é elaborado. Infelizmente, a comunidade 
encontra dificuldades, ou tem pouco interesse em participar inteiramente das 
discussões do orçamento, talvez, uma das principais dificuldades quanto à 
participação popular, é entender a linguagem técnica da gestão pública, seu 
funcionamento, sua abrangência e seus sentidos estratégico e político. Porém, 
essa dificuldade de lidar com a técnica do orçamento é também uma 
possibilidade de aprendizado sobre a gestão pública e sobre o funcionamento 
do Estado. O aprendizado é uma forma de educar, e principalmente de 
empoderar as pessoas, os grupos e as organizações da sociedade civil, nos 
moldes do que penso ser o lema da pátria educadora. Esse empoderamento é 
fundamento para o fortalecimento da nossa democracia.https://www.politize.com.br/camara-municipal-o-que-faz-e-qual-sua-relacao-com-prefeitura/

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