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Resumo do Filme Criancas Invisiveis - Os ciganos

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Filme: Crianças Invisíveis /Os Ciganos
Direção: Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spik lee, Katia Lund, Ridley Scott, Stefano Veneruso e John Woo
Duração: 124min
Levando em consideração tudo o que já foi falado em sala de aula e observando as cenas desse filme, pude entender a importância que tem o conhecimento na vida não apenas das crianças, mas como a falta dele pode fazer muitas pessoas, crianças ou adultos, reféns de situação de vulnerabilidade.
A história dos ciganos me chamou a atenção, porque a mãe permitia que seus filhos e outras crianças fizessem roubos para sustentar aos vícios do “pai”, o diretor do reformatório queria apenas que os internos representassem estar bem, ou mostrassem uma falsa alegria por que iriam sair daquele lugar e ficava preocupado porque não demonstravam empolgação, ou seja, tudo o que ele queria, do mesmo modo que o resto da sociedade era se livrar dos meninos problemas e nunca mais vê-los.
Os meninos mais velhos queriam sair e encontrar-se com mulheres ou voltar a mesma vida que viviam antes de entrar, alguns outros diziam que ficar ali dentro preso era mais seguro do que estar em “liberdade” porque na instituição havia guardas e soldados para protegê-los. Essa visão é extremamente triste, porque a infância deles foi anulada, eram apenas usados como escravos do crime, sem direito a nada, nem direito de sonhar eles tinham.
Infelizmente não é apenas uma ficção, faz parte da realidade de várias cidades no contexto contemporâneo, inclusive brasileiro, no qual crianças trabalham para parentes no tráfico de drogas, na prostituição, ou mesmo em famílias que se julgam serem “normais” e “estruturadas”, pois as crianças do filme não estavam sem a figura de um pai ou da mãe, no entanto eram esses mesmos que os subjugavam.
Existem várias crianças nessa mesma condição, vivendo com os pais que passam brigando e deixa a criança a mercê de discussão, xingamentos, maus tratos, dão responsabilidade para cuidar dos irmãos mais novos ou de fazer serviços pesados para trazer o dinheiro para casa, a fim de sustentar vícios, anulando de forma brutal seus sonhos e vivências de criança, fazendo com que um ciclo se repita e essas crianças quando adultas reproduzam a mesma situação, pois foi assim que aprenderam.
Deve ser dada às crianças a oportunidade de sonhar com um futuro melhor, no caso do filme, o menino queria ir para a casa do tio para aprender a ser barbeiro, mas ao contrário disso foi obrigado a roubar mais uma vez e na hora da fuga, preferiu voltar ao reformatório a continuar a seguir o mesmo caminho da família. Isso explica porque os rapazes que estavam se “formando” para sair da instituição não apresentavam nenhuma expectativa. Sabiam que a realidade ali dentro embora fosse dura, era melhor do que a chamada liberdade.
 Como profissionais da educação, precisamos ter o olhar atento a situações que se mostrem controvérsias, ou situações que todos julgam ser o aluno problema que não tem mais solução. Não somos capazes de mudar o mundo ou de sermos as “mulheres-maravilha”, mas temos o dever de mostrar que existe outro caminho a partir da educação e que o conhecimento pode transformar uma vida ou até mesmo mudar uma família.
Para isso deve-se ter a convicção da profissão que se está escolhendo, para não ser mais uma pessoa a jogar seus temores e frustrações ao invés de fazer a diferença, os professores não são uma fonte inesgotável de saber, estão sempre aprendendo, mas há alunos que chegam ao espaço escolar com sede, e precisamos ser um braço de rio, que mesmo que às vezes receba água suja, se renova, está sempre em movimento até encontrar o mar e depois o oceano, mostrando aos pequenos que não podemos nos conformar com certas situações, assim como as águas, podemos desviar das barreiras e fazer outros caminhos.

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