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Acadêmicas¹: Gracie Damasio, Karoline Dietrich Sautner Professora Orientadora²: Márcia Filgueira de Oliveira Fogaça Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED2726) – Prática do Módulo IV – 02/10/2019 ATIVIDADES LUDICAS DE ALFABETIZAÇÃO NAS SERIES INICIAIS Acadêmicas¹: Gracie Damasio Karoline Dietrich Sautner Professora Orientadora²: Márcia Filgueira de Oliveira Fogaça RESUMO A educação no ensino fundamental nas séries iniciais é uma transição da educação infantil, onde a criança está acostumada a aprender de forma lúdica. Nas séries iniciais a criança entra com uma expectativa da nova realidade que a cerca, o novo cenário, o aluno passa a conviver num ambiente alfabetizador, começando um processo de alfabetização. O ensino e aprendizagem continua com a estratégia da ludicidade, as atividades lúdicas precisam estar dentro do contexto do conteúdo, ou seja, o objetivo é trabalhar conteúdos específicos desenvolvendo habilidades cognitivas e motoras, incentivando a criatividade, a participação do educando que aprende brincando. Palavras-chave: alfabetização, letramento, atividades lúdicas. 1. INTRODUÇÃO No método de ensino e aprendizagem nas series inicias, abordaremos atividades lúdicas para as crianças que transitaram da educação infantil para o ensino fundamental. Com o processo de alfabetização, a criança passa a viver experiências novas na formação do conhecimento. Começa a compreender o que está sendo exposto na explicação do professor, sobre o conteúdo para executar suas tarefas. O aluno aprende sem pressa, brincando, se relacionando com o professor, com as crianças entre si. Cabe ao mediador ensinar dentro da individualidade de cada educando, pois essa criança ainda está se adaptando a sua nova realidade. Segundo o dicionário on-line Dicio, lúdico significa: “Feito através de jogos, brincadeiras, atividades criativas. Que faz referência a jogos ou brinquedos: brincadeiras lúdicas. Que tem o divertimento acima de qualquer outro propósito; divertido. Que faz alguma coisa simplesmente pelo prazer de a fazer.” (RIBEIRO, 2018) Assim é relevante atividades com a junção da ludicidade de forma alegre, que não seja um fardo para a criança o aprender que ela possa refletir, participar e ser incentivada de um jeito leve com estratégia de ensino e aprendizagem de qualidade. 2. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Para o aluno ou aquele que sabe ler e escrever, é interpretar um bilhete simples com poucas palavras. Alfabetização é apropriar-se da língua escrita e leitura para que isso aconteça é necessário compreensão do que está escrito, essa prática que será desenvolvida durante os primeiros anos na escola. “Metodologicamente, a criação desse ambiente se concretizaria na busca de levar as crianças em fase de alfabetização a usar a linguagem escrita, mesmo antes de dominar as “primeiras letras”, organizando a sala de aula com base na escrita (registro rotinas, uso de etiquetas para organização do material, emprego de quadros para controlar a frequência, por exemplo)”. (SOARES Magda Becker 2005, p.53). A criança muitas vezes ainda não sabe ler e escrever, mas convive com livros, ouve muitas histórias, revista em quadrinhos, brincando passa a fazer uma leitura através dos desenhos coloridos que estão no livro, é bem estimulada no seu cotidiano. Portanto podemos considerar de alguma forma, um conhecimento em letramento, que está vinculado ao som e linguagem verbal. Por isso é importante em sala de aula, um ambiente com cartazes com a rotina, como hora da leitura, com um desenho do livro, momento de fazer a tarefa, um desenho do caderno e um lápis, o recreio desenhar um lanche e ao lado de cada desenho, a palavra escrita. Se torna uma ambiente alfabetizador, ajuda o aluno assimilar a linguagem escrita. Para desenvolver competências cognitivas e motoras é relevante um local favorável para que possa contribuir como mesas, cadeiras adequadas para as crianças. Propor atividades que as crianças ajudem a fazer os cartazes além de ajudar o cognitivo e a coordenação motora. Principalmente quando a criança utiliza de uma revista ou livro para recortes de figura, com uma tesoura de ponta arredondada tudo isso com a mediação do professor. Tarefas como trazer as embalagens vazias de casa de produtos consumidos pelas crianças, elas aprendem com cotidiano dentro e fora da escola podemos chamar de facilitadores para alfabetização. 2.1. A IMPORTANCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS As atividades lúdicas são inseridas para criar possibilidades na construção do conhecimento de forma divertida para o aluno. Promovendo a adversidade, melhorando a comunicação as habilidades intelectual, emocional e social. O objetivo da ludicidade pode ser colaborar com aspectos educativos, para trabalhar conteúdo específicos, o aluno acaba de sair da educação infantil, e a metodologia sem a ludicidade muda a visão que a criança tem da ensino e aprendizagem, de aprender brincando, à medida que ela vai crescendo vai mudando as brincadeiras mas continua sendo importante para adquirir conhecimento. 3. JOGOS A intenção dos jogos e brincadeiras é o ensino e aprendizagem de forma lúdica. Ao passar as regras para o aprendiz, ele aprende a ouvir o que está sendo proposto, esperar a sua vez de falar ou jogar, concentração, respeito, tolerância. E as regras são para ser cumpridas e o não cumprimento a consequência será a correção. A ludicidade é usada como estratégia de ensino para ampliar o conhecimento saindo da metodologia tradicional. Os jogos são uma forma de brincar com regras eles compreendem interagem entre si criam uma forma de vencer o jogo, trabalha as emoções, afetividade, criatividade, imaginação, união, raciocino, equilíbrio, noção de espaço entre outros. Permite atividade física, psicomotora. Nesse momento o professor pode avaliar o desempenho de cada um, observar sua habilidade, dificuldade em realizar alguma tarefa podendo auxiliar quando necessário. “Ao educador cabe planejar e propor atividades de aprendizagem, tendo clareza dos fatos e intenção educacional, pois ação do educador deve ser, antes de tudo, refletida, planejada e, uma vez executada, avaliada para perceber se os objetivos foram alcançados.” (MELO, Fabiana Carbonera Malinverni 2011, p.67). Colocar as atividades lúdicas na escola manifesta o interesse no conteúdo, ainda mais no contexto atual que as crianças vivem num mundo tecnológico, tablet, celulares, jogos eletrônicos que distanciam das brincadeiras de correr, pular corda e esconde - esconde. E outro agravante é a insegurança de deixar as crianças brincar na rua por causa da violência. Muitas vezes a única oportunidade de brincar com os amigos é na escola. Não é apenas ensinar brincando, mas sim criando boas memórias. FIGURA 1 – PROFESSORA MEDIANDO ALUNOS FONTE: Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/07/o-cerebro-foi-bpara-escolab.html> 4. ATIVIDADES LÚDICAS PARA ALFABETIZAÇÃO A seguir, apresentaremos exemplos de atividades lúdicas que podem ser utilizadas na alfabetização de crianças. 4.1. DESCOBRINDO O SEU NOME Dê a criança uma folha que contenha todas as letras do alfabeto em ordem alfabética. Após ela observar as letras em seguida peça para que ela circule de vermelho as letras que compõem o seu nome. Depois das letras circuladas, peça que ela escreva seu nome e identifique a primeira e última letra do nome dela. Por fim, peça que ela identifique se alguma letra do nome se repete. https://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/07/o-cerebro-foi-bpara-escolab.html 4.2. DESCOBRINDO O ALFABETO Peça para que as crianças tragam de casa jornais e revistas para a atividade. Quando estiver em sala, as crianças deverão procurar nas revistas e jornais asletras do alfabeto e posteriormente colar essas letras, em ordem alfabética, em uma folha em branco. 4.3. CONHECENDO OS SONS Deve ser providenciado um baralho com figuras, sendo que deve haver figuras que comecem com as mesmas sílabas de outras. O objetivo do jogo é formar trincas com palavras que iniciem com as mesmas sílabas, como por exemplo: CAvalo, CAsa, CAchorro ou BOla, BOlacha, BOtão. 5. MATERIAIS E METODOS Observamos que crianças que tem contato com as atividades lúdicas, apresentam um maior desenvolvimento em diversas áreas do conhecimento. Através de pesquisa bibliográfica, estudo de caso e entrevista com uma profissional da área da educação. Este trabalho teve por objetivo apresentar os benefícios do lúdico para o desenvolvimento das crianças no ensino fundamental. 6. RESULTADO E DISCUÇÕES O uso de atividades lúdicas complementar aos conteúdos na educação fundamental pode trazer diversos benefícios para a criança. Através do lúdico o aluno tem a oportunidade de desenvolver diversas competências, sejam elas percepção, atenção, pensamento, memorização. É importante salientar que o uso da ludicidade deve ser responsável e ter um proposito, o brincar sem um planejamento pode ser uma atividade perdida. É preciso estudar quais são as necessidades da criança e quais são as capacidades que ela possuí, e dessa forma aplicar atividades que venham trazer benefícios a ela. 7. CONCLUSÕES A criança do ensino fundamental entra na sua nova realidade em sala de aula, um cenário colorido, próprio para sua faixa etária de idade, mas um pouco diferente do que ela já estava inserida. Passa a ter responsabilidade com o ensino e aprendizagem, começa a ser alfabetizado ampliando sua leitura de mundo. O cenário da criança mudou e suas necessidades também pois ela vai passar a compreender tudo com responsabilidade, uma nova rotina na grande curricular com estratégia da ludicidade. Ela precisa ter um ambiente personalizado, seguro, colorido onde continua a aprender. Cabe ao professor um acolhimento afetuoso para todos os educandos. Alguns estudantes ficam apenas um período e outros o período integral, sendo assim eles necessitam de uma escola que desejam ficar isso faz parte do ensino e aprendizagem participar e expressar o que sente. REFERENCIAS Atividades pedagógicas. Disponível <http://atividadespedagogicas.ctcin.bio/. >Acesso em: 24 abril. 2020. GUIMARÃES, Camila. O cérebro foi para a escola. Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/07/o-cerebro-foi-bpara-escolab.html>. Acesso em: 16 abril. 2020. MACEDO, L.; PETTY, A. L. S.; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. São Paulo: Artmed, 2005 MELO, F. C. M. Lúdico e Musicalização na Educação Infantil. Indaial, UNIASSELVI, 2011. RIBEIRO, D. Lúdico. Disponível em <https://www.dicio.com.br/ludico/>. Acesso em: 01 abril. 2020. SOARES, M. B; BATISTA, A. A. G. Alfabetização e Letramento. Belo Horizonte: Minas Gerais, 2005. http://atividadespedagogicas.ctcin.bio/ https://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/07/o-cerebro-foi-bpara-escolab.html https://www.dicio.com.br/ludico/ ANEXOS NOME: Fabiani dos Santos Cardoso FORMAÇÃO: Superior completo/Pós graduação Arte e Ludicidade na Ed. Infantil e Séries Iniciais ANOS DE EXP.: 8 anos ENTREVISTA Qual benefício pode haver para uma criança ao brincar sozinha? R: A criança que brinca sozinha ela está muitas vezes estimulando a sua imaginação, sua confiança e também desenvolve a independência social. Ela cria cenários, e a imaginação possibilita que ela transforme o tapete da sala uma pista de carrinho, ou a boneca vira uma paciente que está doente. É importante ressaltar que para que a criança possa inventar a sua própria brincadeira, os adultos devem mediar e mostrar pra ela as possibilidades que ela pode criar utilizando a imaginação. De certa forma, ela terá que aprender a brincar. A criança aprende muito brincando sozinha, porém a interação com outras crianças e adultos é imprescindível para que ela se desenvolva. Qual impacto pode ocorrer em uma criança que permanece o dia inteiro na escola? Um período no ensino regular e no contraturno em atividades como inglês, balé, etc. R: Temos que compreender que a criança tem o direito de ser criança. Isso significa que acima de tudo, ela tem o direito de brincar. Muitas vezes, as famílias querem que os seus filhos sejam os melhores em tudo, e com isso acabam matriculando-os em diversas modalidades como balé, línguas estrangeiras, karatê, futebol, etc. Acontece que as crianças ficam com tantos compromissos e afazeres que acabam não tendo tempo suficiente de brincar, descansar com qualidade, ou até mesmo ficar com a família, que sem dúvidas é primordial. A criança com tudo isso pode ficar estressada, cansada, triste e desestimulada em fazer tantas atividades. E isso, sem dúvidas acaba interferindo no seu aprendizado. Qual a sua opinião, como professora, do uso de tecnologia como celulares e tablets não mãos de crianças para o divertimento? R: A tecnologia está presente em todos os cantos, e é de fácil acesso a todos nós, isso não tem como negar. As crianças muitas vezes sabem utilizar aparelhos eletrônicos melhor que os próprios pais. Acredito que tudo que é demais, não é bom. Ou seja, se a família propõe um horário estipulado para diversas atividades (inclusive celulares e tablets) isso não irá trazer malefícios. Se a criança tem o tempo de brincar, o tempo de estar realizando alguma atividade lúdica com a família, o tempo de uso da tecnologia pode ser um momento que poderá também trazer aprendizados. O importante, sem dúvidas é a família não utilizar esses meios como “escape”. Como por exemplo, estão em um restaurante e a criança começa a chorar, a família concede o uso do celular/tablet. A criança está entediada em casa, a família concede novamente o uso do celular/tablet. A criança deve perceber que ela terá o momento de mexer nesses aparelhos mas não porque ela está chorando, e sim porque ela já realizou diversas atividades então ela pode ter esse momento de distração/diversão. Sabemos que cada criança vive em um contexto familiar. Frente ao exposto, isso pode atrapalhar o ensino de forma lúdica? R: Com certeza sim. Penso que o que mais pode atrapalhar a criança ao aprendizado de forma lúdica é sem dúvidas o interesse e conhecimento dos pais. Eles devem saber que brincar é uma coisa séria, e buscar estratégias para estimular os seus filhos. Muitas vezes uma família que tem boas condições financeiras acham que se comprar vários tipos de brinquedos caros e encher a casa de brinquedos estarão ajudando no desenvolvimento dos filhos. E pode-se encontrar famílias que são humildes, possuem poucos recursos, e a mãe acaba estimulando a criança e o mais importante: Sentando junto e brincando com a criança, assim estimulando a sua imaginação e contribuindo com a interação. Ao observar esses dois casos, percebemos que não é a criança ter mais ou menos recursos/ brinquedos, e sim como ela está sendo estimulada. Portanto, o conhecimento e a dedicação das famílias são prioridade para aprendizado das crianças. A criança que não tem oportunidade de estar em um ambiente onde o brincar é incentivado, pode apresentar dificuldades de aprendizado futuramente? R: Sim, pois ao brincar a criança percebe o mundo que a cerca. Ela aprende regras e interage com o outro. A brincadeira é uma linguagem natural da criança, então ela deve ser estimulada a brincar para que possa compreender as suas emoções, na construção da autonomia e também a criatividade. Então a criança que não é estimulada a brincar, acaba pulando essa etapa do desenvolvimento,e com isso não consegue muitas vezes se socializar com o outro, falta atenção, tem dificuldade em compreender as regras, não é criativa e também não tem autonomia.
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