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01-Exercicio de Acompanhamento

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TÍTULO XI – DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I – DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL.
1.EXERCÍCIO DE ACOMPANHAMENTO ART. 312
a) QUAL CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CÓDIGO PENAL? 
A administração pública deve apresentar um papel responsável tanto em relação as pessoas coletivas quanto aos órgãos executores de atividades administrativas, voltados propriamente aos interesses coletivos, e assim Meireles (2001, p.64) preleciona:
Em sentido formal, será o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; já em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
b) QUAIS TIPOS DE PECULATO PODEM-SE IDENTIFICAR NO ART. 312? 
Percebe-se na primeira parte do artigo 312 do CP que prevê o peculato apropriação, onde o funcionário se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel de utilidade da qual tenha posse em razão de seu cargo, o peculato DESVIO que está presente na segunda parte do caput do artigo 312, com a seguinte redação :Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, peculato FURTO previsto no parágrafo primeiro do artigo 312 do código penal e tem como redação: § 1º– Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, peculato CULPOSO que está prevista no artigo 312, parágrafo segundo do código penal e tem como redação o seguinte: § 2º– Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
c) QUAIS OS BENS JURIDICAMENTE PROTEGIDOS NO ART. 312?
Os bens que são tutelados pelo artigo em questão, estão relacionados ao patrimônio público e a probidade administrativa.
d) TRATA-SE DE CRIME PRÓPRIO OU COMUM? EXPLIQUE
São conhecidos como crimes funcionais, pelo fato de só poderem ser cometidos, de forma direta, por funcionário público, logo, em razão desse aspecto do crime, são considerados como crime próprio, na medida em que os tipos penais exigem expressamente determinada qualidade do sujeito ativo.
e) PARTICULAR PODE PRATICAR ESTE CRIME? EXPLIQUE
É possível que particulares, pessoas que não exercem cargo, emprego ou função pública, sejam coatores ou participes, quando cientes da condição de funcionário público do comparsa, ajudem-no a cometerem o tal ato, razão da regra do art.30 do CP.
f) QUAIS AS CONDUTAS DO AGENTE PREVISTAS NO CAPUT DO ART.312? COMO O CRIME SE CONSUMA NESSAS CONDUTAS?
A análise do crime de peculato que tem previsão no art. 312 do CP, apresentando duas condutas típicas previstas no caput: a primeira delas consiste no peculato apropriação, isto é, apropriar-se, tomar como propriedade sua, dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que o funcionário público tem a posse em razão do seu cargo, ou seja, o funcionário tenha recebido o bem de forma legitima no desempenho da função pública que exerce, a consumação se dar no momento em que o funcionário público passa a se comportar como dono do objeto, ou seja, quando ele inverte o ânimo que tem sobre a coisa. A segunda conduta consiste no peculato desvio, ou seja, desviar em proveito próprio ou alheio, no sentido de alterar o destino ou desencaminhar a coisa, isto é, o bem está sob a guarda ou custódia da administração, e consumação no momento em que ocorre o desvio, não depende de outro resultado.
g) QUAIS BENS PODEM SER OBJETO DO PECULATO PREVISTO NO CAPUT (OBJETO MATERIAL)? SÓ OCORREM QUANDO POSSUEM NATUREZA PÚBLICA? EXPLIQUE
Os bens previsto o caput do art.312 do CP, podem ser dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, portanto, bens imóveis não podem fazer parte do delito em questão, além disso, a doutrina utilizada, estabelece que os bens podem ser tanto público como particular.
h) O PROVEITO PREVISTO NA PARTE FINAL DO TIPO PODE SER TAMBÉM EM FAVOR DA ADMINISTRAÇÃO? EXPLIQUE
Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o peculato desvio, previsto na segunda parte do caput do art.312 do CP, analisada no inquérito 3731/ 2016, não se caracteriza tal crime em questão, quando o proveito é em favor da administração, pois, esse proveito não se encaixa como proveito próprio ou alheio exigido pelo tipo penal.
i) NO CASO DO PECULATO PREVISTO NO CAPUT O AUTOR DO CRIME PODE SER PREFEITO? EXPLIQUE
Se a conduta do peculato for realizada pelo prefeito, o enquadramento que deve ser utilizado é o que prevê o artigo 1°, inciso I do decreto-lei 201/67 por ser lei especial e não do art.312, caput, do CP.
 j) EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRE PECULATO PRÓPRIO E IMPRÓPRIO DO ART.312.
O peculato próprio está relacionado ao caso de ser excluído a qualidade de funcionário público, torna-se a conduta atípica para esse delito comento.
Já o peculato impróprio está direcionado ao caso de excluir a qualidade de funcionário público, gerará a desclassificação do delito para outro tipo penal do código penal.
k) O QUE SERIA PECULATO FURTO? APONTE SUAS ELEMENTARES.
O peculato furto é considerado como peculato impróprio, pelo fato de pressupor a inexistência da prévia posse do bem, além disso, se assemelha ao crime de furto quanto a conduta típica, porém, se deferência pelo motivo do crime só poder ser cometido pelo funcionário que assume esta qualidade.
Já as suas elementares são estas: A primeira é SUBTRAIR em que consiste em apossar-se do bem e levá-lo embora com ânimo de assenhoramento de forma definitiva. A segunda é CONCORRER PARA QUE O BEM SEJA SUBTRAÍDO, trás a ideia de que o agente não realize de forma pessoal o ato da subtração, porém, de modo intencional, colabore para que o terceiro o faça.
l) HÁ UM CONCURSO DE PESSOAS NECESSÁRIO NO PECULATO FURTO? EXPLIQUE
Sim, pois, se o funcionário público e um amigo subtraem bens da repartição pública responderão pelo crime de peculato furto, como prevê o art.312, parágrafo, primeiro do CP, ou seja, enfatiza-se que na primeira hipótese é possível a prática do delito pelo funcionário público de forma a realizar só, porém, na segunda hipótese ocorre um concurso necessário, ou seja, concorre com sua conduta ativa ou omissiva, para a prática da subtração.
m) HÁ PREVISÃO DE PECULATO CULPOSO? APONTE AS POSSIBILIDADES
O peculato culposo está previsto no art.312, parágrafo segundo, do CP, que prevê: “se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem”. Neste caso, o funcionário deve ser desidioso, descuidado, ou melhor, que falte a cautela a que estava obrigado na guarda ou vigilância da coisa pública ou particular sob a custódia da administração.
n) QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS PARA A REPARAÇÃO DO DANO PELO FUNCIONÁRIO PÚBLICO NO PECULATO CULPOSO?
O art.312, parágrafo terceiro, do código penal, prevê a reparação do dano no peculato culposo, ou seja, tendo como efeito a extinção da punibilidade, caso aconteça antes da sentença transitada em julgado, ou a redução da metade da pena, caso ocorra depois.

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