Buscar

Teorias Econômicas Aplicadas à Contabilidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 227 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 227 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 227 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
 
Teorias Econômicas Aplicadas à 
Contabilidade 
 
 
Aula 1 
 
 
Prof. Clecio S. Steinthaler 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Bom... se você quiser: 
 Entender melhor o mundo em que se vive; 
 Tornar-se um participante mais ativo da sociedade; 
 Poder antecipar fatos; 
 E ter uma melhor compreensão dos potenciais e limites da política 
econômica. 
 
Veja algumas vantagens do estudo da economia: 
Permite, uma melhor compreensão dos problemas socioeconômicos que 
afetam a sociedade, como inflação, desemprego, escassez, grau de 
escolaridade e nível de renda, políticas governamentais, entre muitos outros. 
Ela melhora nosso entendimento e nossa percepção quanto a todos os 
elementos que estão vinculados com as condições econômicas de um país. 
 
Contextualizando 
Por que os contadores precisam conhecer economia? 
A Contabilidade como ciência, envolve as pessoas físicas, mas 
especialmente as pessoas jurídicas, e em um grau de complexidade muito 
maior. 
Esse envolvimento gera uma troca incessante de informações, quer seja 
dentro da própria estrutura da empresa, quer seja com seu ambiente externo 
(clientes fornecedores bancos, governo etc.), o que caracteriza a empresa 
como um sistema aberto. 
Economia 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
Essa característica de sistema aberto faz com que a troca de 
informações com o ambiente externo seja constante e o sucesso empresarial 
depende, em parte, do que ocorre nesse ambiente, pois as forças 
“econômicas” fazem parte desse ambiente externo, de forma que monitorar seu 
andamento, em conjunto com as informações contábeis, é fundamental para 
uma boa gestão empresarial. 
 
Tema 01: Conceito, Objeto e Métodos da Ciência Econômica 
A palavra economia deriva do grego oikonomia. 
Óikos = casa 
Nómos = lei 
Significando a administração de uma casa ou estado. 
Uma definição formal de economia nos diz que é a ciência que estuda 
como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos 
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los 
entre várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as 
necessidades humanas. 
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base “o 
objeto do estudo da ciência econômica”, como: 
• Escolha; 
• Escassez; 
• Necessidades; 
• Recursos; 
• Produção; 
• Distribuição. 
O estudo da economia tem por base uma análise criteriosa da realidade 
que nos cerca, pois trata de assuntos ligados à nossa vida em sociedade, 
como notamos a seguir: 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
• Aumento de preços; 
• Crise econômica ou de crescimento; 
• Desemprego; 
• Setores que crescem mais do que outros; 
• Diferenças salariais; 
• Valorização ou desvalorização da taxa câmbio; 
• Ociosidade em alguns setores de atividades; 
• Diferença de renda entre várias regiões do país; 
• Taxas de juros; 
• Déficit governamental; 
• Elevação de impostos e tarifas públicas. 
O objeto da Economia é o estudo dos fenômenos que envolvem a 
escassez. 
As pessoas precisam alimentar-se, vestir-se, locomover-se, ter uma 
moradia, lazer etc., ou seja, as várias necessidades humanas tendem a ser 
infinitas, mas para satisfazê-las na totalidade deve existir recursos que também 
sejam infinitos, mas infelizmente sabemos que a renda e os recursos não são 
infinitos. 
Veja só: os indivíduos se deparam quotidianamente com o fato de que 
seus desejos e necessidades extrapolam os recursos disponíveis para serem 
atendidos. 
Se um agricultor come todo o feijão colhido, o agricultor não semeará e 
não terá feijão no próximo ano. 
A sociedade também tem necessidades coletivas, tais como estradas, 
defesa, justiça, saúde, educação, mas o governo possui recursos limitados e 
escassos, e deve distribuí-los da melhor forma possível, a fim de atender ao 
maior número possível de cidadãos. 
Se todos os bens e serviços consumidos pelas pessoas “caíssem do 
céu”, ou seja, fossem infinitos, ninguém precisaria estudar economia, pois não 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
haveria escassez. 
Sabemos que a palavra escassez não se refere somente a recursos “em 
extinção”, mas a todos os recursos que sejam finitos. 
Por exemplo: seu salário, seu tempo e até mesmo o espaço físico de sua 
casa, são recursos econômicos escassos. 
 
Se de um lado, há escassez dos recursos; de outro, há o 
desenvolvimento constante das necessidades da sociedade, sendo assim 
infinitos. 
Essa situação faz com que cada vez mais se procure otimizar e 
racionalizar a utilização dos recursos econômicos. 
Vamos resumir? 
• Economia obriga a escolha de alternativas e distribuição de resultados; 
• A escolha demonstra a escassez: recursos limitados contrapõem 
necessidades humanas ilimitadas. 
Sabemos que as necessidades sendo infinitas e os recursos limitados, 
como satisfazer as necessidades humanas ao máximo? 
Podemos afirmar que a escassez dos bens materiais e imateriais está 
associada à sua própria demanda, se não houver demanda não haverá 
escassez, mas havendo a demanda, ocorrerá a escassez, e assim somos 
forçados a fazer escolhas. 
Essa questão é resolvida por três variáveis: 
I. O que produzir: Uma questão econômica 
II. Como produzir: Uma questão tecnológica 
III. Para quem produzir: Uma questão social 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
 
 
Então, em economia, tudo passa a ser um problema de escolha: 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
7 
Vamos exemplificar: 
 
 
 
 
Olha só: Um novo conceito = Custo de Oportunidade 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
O conceito de custo de oportunidade ilustra a ideia das escolhas 
conflitivas (trade-off) em toda tomada de decisão, pois ao fazermos uma 
escolha temos que renunciar a outras. 
Vamos imaginar o salário de uma pessoa: Para cada real do salário que 
gasta com roupa, existe um real a menos para gastar com qualquer outra 
coisa. Então, obrigatoriamente terá que fazer escolhas entre as necessidades a 
serem satisfeitas. 
E você? Como tem feito suas escolhas: 
 
Tema 02: A Economia e as Outras Ciências 
A economia possui um núcleo de análise e um objeto bem definidos, 
mas por sua característica de ciência social, possui intercorrências com outras 
ciências, pois estudam a mesma realidade. 
Dessa forma, a economia está vinculada com vários aspectos da vida 
social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
9 
1) Economia, Física e Biologia 
O início do estudo da economia como ciência, coincidiu com os grandes 
avanços da técnica e das ciências físicas nos séculos XVIII e XIX. 
A concepção biológica e física originou-se do princípio de que a 
economia se comporta como um órgão vivo, cabendo a cada ação uma reação. 
Essa concepção biológica originou termos utilizados até hoje, como 
órgãos dos sistemas econômicos, funções da economia, circulação e fluxos 
da teoria econômica. 
A concepção física incorporou-se na economia através das Leis 
Econômicas, atribuindo os conceitos de dinâmica, aceleração, velocidade e 
forças entre outros. 
 
2) Economia, Matemática e Estatística 
 Matemática – torna possível escrever de forma resumida importantes 
conceitos e relações de economia e permite análises econômicas na 
forma de modelos analíticos. 
 Estatística – as análises não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se 
à estatística. 
Essa correlação é muito importante quando estabelecemos a relação 
entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção a serem 
utilizados. 
Nesse ponto surge a necessidade da utilização da Matemática e da 
Estatística como ferramentas, para que seja estabelecida uma correlação entre 
o total de produção desejado (necessidades) e a limitação física (recursos). 
A decisão passa por um processo de análise de modelos analíticos, 
onde poucas variáveis resumem os aspectosessenciais da questão de estudo. 
Vamos ver um exemplo clássico: 
“(...) o consumo nacional está diretamente relacionado com a renda 
nacional.” 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
10 
Essa frase quer dizer que o consumo da população (demanda) está 
vinculado ao poder de compra da própria população; de tal forma; que se não 
houver renda (salários) não haverá consumo (venda), portanto, a economia 
estará em crise. 
Essa relação pode ser expressa matematicamente: 
C=  (r n) e ∆C / ∆ RN > 0 
Difícil? Nem tanto: 
A primeira expressão diz que o Consumo (C) é uma função da renda 
nacional, e a segunda equação informa que uma variação na renda nacional (∆ 
RN) trará uma variação diretamente proporcional ao consumo (∆C), que será 
sempre maior que zero (0). 
Veja a mesma expressão em uma situação prática: 
Vamos pensar que, se o salário mínimo sofrer um aumento de 100%, as 
pessoas que ganham um salário mínimo passarão a comprar mais, não 
necessariamente o total do aumento obtido (100%), mas uma parcela 
significativa desse aumento. 
Ficou mais fácil de entender agora? 
Mas, e a questão do “quanto” elas passarão a comprar mais? 
Essa é uma questão probabilística (olha a estatística mostrando sua 
utilidade na economia), pois se o consumo aumentar muito, poderá haver um 
desabastecimento de produtos, e com poucos produtos poderemos ter ágio 
(comprará quem pagar o preço mais alto) e isso não é bom para a economia, 
pois é um processo de inflação e crise. 
Portanto, aumentar a renda nacional exige um cálculo matemático e 
estatístico, de forma a mensurar qual o impacto desse aumento na economia. 
A área da economia que está voltada para a quantificação dos modelos 
matemáticos e estatísticos é a Econometria. 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
3) Economia e a Política 
São duas áreas extremamente interligadas, o que torna extremamente 
difícil estabelecer uma relação de causa e efeito entre elas. 
A Política, por atribuição, fixa as instituições sobre as quais se 
desenvolverão as atividades econômicas. 
Já a Economia se subordina à estrutura e ao regime político 
estabelecido. 
Pode ocorrer que em algumas situações, a política esteja subordinada 
ao poder econômico, como por exemplo: 
 Poder econômico dos oligopólios e monopólios 
 Poder econômico das corporações estatais 
 
4) A Economia e a História 
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a economia, 
uma vez que a compreensão do passado, através de um processo analítico, 
nos permite compreender fatos econômicos ocorridos, que podem estar se 
repetindo de alguma forma no presente, e consequentemente termos de forma 
antecipada uma visão do futuro. 
Fatos econômicos afetam o desenrolar da história. Alguns importantes 
períodos históricos são associados a fatores econômicos, como os ciclos do 
ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa 
em Nova Iorque (1929), a crise do petróleo, etc. 
Essa inter-relação permite corrigir de forma antecipada, resultados 
indesejados que podem estar previsíveis numa situação atual. 
 
5) Economia e Geografia 
A geografia vai muito além do simples registro de acidentes geográficos 
e climáticos, ela nos permite avaliar as condições geoeconômicas de 
mercados, a concentração espacial de fatores produtivos, a localização de 
pólos industriais, criando vantagens competitivas em relação a outros países. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
12 
A importância da geografia na economia é evidenciada em áreas de 
estudo econômico específicas como a Economia Regional e Urbana, as 
Teorias da Localização Industrial, e a Demografia Econômica. 
 
6) Economia, Moral, Justiça e Filosofia 
Até a Revolução Industrial, a economia era vista como parte integrante 
da Filosofia, Moral e Ética. 
Assim, a economia era orientada por princípios morais e de justiça, não 
havendo até aquele período um estudo sistêmico das leis econômicas. 
O que predominava então era apenas os princípios da Usura e o 
conceito de preço justo. 
Atualmente as encíclicas papais refletem a aplicação da filosofia moral e 
ética nas relações econômicas, para que o mundo possa suplantar suas 
desigualdades, permitindo condições dignas de vida a todos os homens. 
 
Tema 03: Síntese do Pensamento Econômico 
 
Olhar para o passado, na verdade, é vislumbrar o futuro. 
 
A relação - passado e presente; antigo e novo; constituem a base da 
história, pois esse processo transformativo nos mostra que tanto a história 
como a economia são uma ciência do presente, que se valem do passado para 
serem explicadas. 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
Em toda sociedade, um regime econômico precede a outro, ou seja, a 
insatisfação com o regime econômico adotado induz a mudanças que 
estabelecem um novo sistema. 
Primórdios 
da 
Civilização Organismos 
Fechados
Produção 
voltada para o 
consumo
Sociedade 
Ampliada
Trocas 
Internas e 
Externas
Unidade 
Universal de 
Trocas
Modernamente 
é a “Moeda” ou 
o “dinheiro”
Sistema 
Econômico
Organização da vida econômica, 
conforme um ideal filosófico,
 adaptado a realidade 
sócio econômico de um 
determinado povo
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
14 
O pensamento econômico passou por diversas fases, que se 
diferenciam amplamente, vamos ver as principais: 
A Evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes 
períodos: 
 Fase Pré-Científica; 
 Fase Científica Econômica. 
A Fase Pré-Científica é composta por três subperíodos: 
1) A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos 
estudos político-filosóficos. 
2) A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico-
filosóficas e tentativas de moralização das atividades econômicas 
3) O Mercantilismo, quando houve uma expansão dos mercados 
consumidores e, consequentemente, do comércio. 
O período mais importante dessa fase foi o Mercantilismo: 
Tratava-se de um pensamento econômico-comercial que vigorou 
principalmente na Europa, nos séculos XVI e XVII. 
A sua base de pensamento originava-se no princípio de que países 
enriquecem vendendo mais aos outros, do que comprando deles. 
Sua política era denominada Bulionismo, e pregava a acumulação da 
maior quantidade possível de ouro e prata, a proibição da sua exportação, e 
incentiva ainda a conquista de colônias com grandes reservas desses metais. 
A Fase Científica pode ser dividida em três escolas do Pensamento 
Econômico: 
1) Fisiocracia; 
2) Escola Clássica; 
3) Pensamento Marxista. 
Fisiocracia 
Movimento Francês que combatia o Mercantilismo, propondo a 
desestatização da economia. 
Sua estrutura social era dividida em três classes sociais. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
15 
 Classe produtiva (agricultura); 
 Classe estéril (indústria e comércio); 
 Classe ociosa (proprietários de terra). 
Escola Clássica 
Surgiu na Inglaterra a partir do último quarto de século XVIII e cujos 
preceitos dominaram o pensamento econômico até meados do século XIX. 
Acreditavam que o estado deveria intervir para equilibrar o mercado 
(oferta e demanda), através do ajuste de preços ("mão-invisível"). 
Teve como base o Liberalismo econômico, e defendia a: 
 Liberdade pessoal; 
 Propriedade privada; 
 Iniciativa individual; 
 Controle individual da empresa. 
Pensamento Marxista 
Criticava a "ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida 
pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na 
concentração de renda e na exploração do trabalho. 
As linhas básicas do marxismo foram traçadas entre 1840 e 1850 pelo 
filósofo social alemão Karl Marx e o revolucionário alemão Friedrich Engels, 
sendo o sistema mais tarde completado e modificado por eles e por seus 
discípulos, entre eles, Trotsky, Lenine e Stalin. 
No ano de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicam o Manifesto 
Comunista, no qual fizeram umaanálise da própria realidade em que viviam e 
chegaram a algumas conclusões acerca do trabalho, da propriedade, das 
relações produtivas e principalmente a violenta exploração do proletariado. 
Propostas: 
 A luta pelo fim do capitalismo; 
 Aplicação imediata do socialismo; 
 Os trabalhadores deveriam assumir os meios de produção, e os 
poderes político e econômico. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
16 
Foi na Rússia, que o Socialismo Marxista teve maior repercussão, serviu 
de inspiração para o Partido Operário Social Democrata Russo e fundamentou 
a criação do primeiro Estado Socialista, em 1917, dividindo o mundo em 
Capitalista de um lado e Socialista do outro. 
 
Tema 04: Formação Econômica do Brasil 
Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi 
estruturado exclusivamente ao redor do modelo primário-exportador, fazendo 
com que a configuração das atividades econômicas fosse dispersa. 
Dentre os produtos que compunham a pauta comercial brasileira 
destacaram-se a cana-de-açúcar, o algodão, o ouro, a borracha e o café. 
Como colônia, o Brasil servia unicamente para fins de “exploração” por 
parte de Portugal, de maneira que o que era produzido aqui servia basicamente 
para o sustento da coroa portuguesa. 
Foi apenas em meados do século XIX, de maneira ainda lenta, que se 
iniciou o processo de industrialização brasileira: 
A forma assumida pela industrialização brasileira, pelo menos entre 
1930 e 1960, foi a chamada industrialização substituidora de importações. 
Foi um processo de industrialização fechada, pois era voltada para 
dentro (visava apenas o atendimento ao mercado interno). 
A ruptura desse processo exigiu uma mudança de uma sociedade rural e 
agrária para uma sociedade urbana e industrial, que iniciou apenas na segunda 
metade do século XIX, e com um forte crescimento no período pós Segunda 
Guerra Mundial. 
Em virtude dessa raiz totalmente agrária, a própria industrialização 
tardia e considerando ainda suas condições geográficas, a agricultura ocupa 
importante papel na economia brasileira. 
Dessa forma, o Brasil teve formação fortemente rural e, de início, servia 
unicamente como fonte de produção de riquezas para a Coroa Portuguesa. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
17 
Com sua independência e desenvolvimento, entrou em processo de 
industrialização, passando por quatro etapas distintas: 
Primeira etapa: ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era colônia. 
Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo em 
casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal. 
Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 
1930, que ficou marcada pela chegada da Família Real Portuguesa. 
Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de 
indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, o pagamento de 
tributos à Coroa. Um fator determinante nesse período foi o declínio do café, 
momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com 
seus recursos, entraram no setor industrial, e limitavam-se à produção de 
alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. 
Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a 
indústria recebeu muitos investimentos. 
Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias, 
matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de 
transporte que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país 
(muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa, 
passaram a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia 
Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de 
extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as 
indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi 
instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS. 
Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi 
promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a 
abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de 
recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a 
instalação de empresas multinacionais. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
18 
Com o Regime Militar a partir do ano de 1964, as medidas produtivas 
tiveram novos rumos, como a intensificação da entrada de empresas e capitais 
de origem estrangeira. 
No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, 
promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além 
de maior acesso ao consumo. 
O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. 
Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e 
tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de 
industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em 
vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros. 
 
Tema 5: Economias Centralizadas e Economias 
Descentralizadas 
Economias Descentralizadas ou Economias Capitalistas, são 
caracterizadas por um sistema de organização econômica baseado na 
propriedade privada dos meios de produção. 
Nas Economias Descentralizadas, o problema básico do que, quanto, 
como e para quem produzir são determinados pelos sistemas de preços; ou 
seja; o lucro determina o investimento. 
Isso representa que o capitalismo se apropria de parte da renda gerada 
nas atividades econômicas, garantindo assim o estímulo aos novos 
investimentos e à concorrência. 
Nas Economias Centralizadas há problemas básicos do que, quanto, 
como e para quem produzir são determinados pelos órgãos planejadores 
centrais, e não pelo sistema de preços como nas economias de mercado. 
Distinção básica entre os dois tipos de sistemas econômicos, quanto ao 
sistema de preços: 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
19 
Propriedade Privada Propriedade Pública 
O sistema de preços leva a uma 
maior eficiência no uso de recursos 
escassos e consequentemente na 
organização da produção. 
O controle seletivo no sistema de 
preços produz maior justiça social na 
distribuição da produção. 
 
 
Funcionamento de uma economia de mercado 
As economias de mercado podem ser analisadas por dois sistemas: 
1) Sistema de concorrência pura (sem interferência do governo); 
2) Sistema de economia mista (com interferência do governo). 
Veremos os sistemas a seguir: 
1) Sistema de concorrência pura (sem interferência do governo) 
Nesse sistema predomina a autorregulação do mercado, guiado por uma “mão 
invisível”. 
 A flutuação de preços afetaria a oferta, criando um mecanismo de 
autorregulação. 
 Se houver excesso de oferta: aumenta os estoques, 
diminuindo o preço. 
 Se houver excesso de demanda: formar-se-ão filas, 
provocando o aumento dos preços até atingir o equilíbrio. 
2) Sistema de economia mista 
As grandes crises mundiais mostraram que o mercado sozinho não 
garante o pleno emprego dos fatores de produção, necessitando de uma maior 
atuação do governo na economia para evitar as distorções e promover a 
melhoria do padrão de vida. 
Formas de atuação do governo na economia mista: 
 Atuação sobre a formação de preços via impostos, subsídios, 
tabelamentos, fixação do salário mínimo, preços mínimos etc.; 
 Fornecimento de bens públicos, tais como educação, segurança, justiça 
etc.; 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
20 
 Principais diferenças entre os sistemas econômicos: 
Economia de mercado Economia centralizada 
Propriedade privada Propriedade pública 
Mais eficiente na alocação dos 
recursos e menos eficiente na 
distribuição do produto 
Mais eficiente na distribuição do 
produto e menos eficiente na 
alocação dos recursos 
Solução dos problemas 
econômicos via mercado 
Solução dos problemas 
econômicos via órgão centralde 
planejamento 
 
Síntese 
Iniciamos essa unidade analisando a importância de estudarmos 
Economia, e de que forma seu conhecimento nos proporciona uma 
compreensão mais abrangente dos problemas socioeconômicos que nos 
cercam. 
Após entendermos a origem da palavra Economia, discutimos sua 
essência como ciência, que é o estudo de como o indivíduo e a sociedade 
decidem (escolhem) empregar recursos produtivos e escassos na produção de 
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre várias pessoas e grupos da 
sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
Nesse conceito, analisamos algumas variáveis, como: 
 Escolha 
 Escassez 
 Necessidades 
 Recursos 
 Produção 
Passamos então a discutir o objeto da Economia, e sua questão 
fundamental: O que produzir? Como produzir? Para quem produzir? E concluímos 
com a questão das escolhas, que levou ao conceito de custo de oportunidade. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
21 
Em seguida fizemos uma viagem no tempo, e estudamos de forma 
sintética a evolução do pensamento econômico e suas principais escolas. 
Após, analisamos a formação econômica do Brasil, e discutimos a 
formação das economias centralizadas e descentralizadas. 
 
Na Prática 
A Ciência que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem 
(escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e 
serviços, de modo a distribuí-los entre várias pessoas e grupos da sociedade, a 
fim de satisfazer as necessidades humanas, estamos nos referindo a definição 
formal de: 
A) Economia 
B) Contabilidade 
C) Política 
D) Sociologia 
E) Psicologia 
 
Resposta: Letra A. Economia. 
 
O estudo da _________________ permite uma melhor compreensão 
dos problemas socioeconômicos que afetam a sociedade, como inflação, 
desemprego, escassez, grau de escolaridade e nível de renda, políticas 
governamentais. Consideramos que toda __________ é um sistema aberto 
(troca de informações constantes com o ambiente externo), sendo que seu 
sucesso depende, em grande parte, do que ocorre nesse ambiente. Como a 
__________, a __________ também fornece aos gestores um grande leque de 
informações, que permitem analisar a ____________, auxiliando na criação de 
cenários futuros. 
I - Economia – empresa – contabilidade – economia – atividade econômica. 
II - Empresa – Economia – contabilidade – economia – atividade econômica. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
22 
III - Economia – economia – contabilidade – empresa – atividade econômica. 
Alternativas: 
A) Somente a opção I está correta. 
B) Somente a opção II está correta. 
C) Somente a opção III está correta. 
D) Somente as opções I e III estão corretas. 
E) Somente as opções II e III estão corretas. 
 
Resposta: Letra A, opção I. 
 
Em economia devemos otimizar e racionalizar os recursos, o que nos 
obriga a escolha de alternativas, pois sabemos que as necessidades tendem a 
ser infinitas, conquanto os recursos sejam limitados. 
Essa questão refere-se ao objeto da economia que é a: 
A) Redistribuição de Renda. 
B) Escassez. 
C) Inflação. 
D) Locação de Recursos. 
E) Necessidades Humanas. 
 
Resposta: Letra B, Escassez. 
 
O conceito que ilustra a ideia das escolhas conflitivas (trade-off) em toda 
tomada de decisão, é o conceito de: 
A) Custo de oportunidade. 
B) Custo de escassez. 
C) Custo relativo. 
D) Custo médio. 
E) Custo total de fatores. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
23 
Resposta: Letra A, Custo de oportunidade. 
 
Bibliografia 
FERREIRA, Paulo Wagner. Análise de Cenários Econômicos. Curitiba: Inter-
Saberes 2015. 
MICHELS, Erico. Fundamentos de Economia. Curitiba: Inter-Saberes, 2013. 
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de Economia. SP: 
Saraiva 2ª Ed. 
______.; PINHO, Diva Benevides Pinho Org. Manual de Economia, SP: 
Saraiva 2ª ed. 
WESSELS, Walter. Economia. Trad. Sara Gedanke. SP Saraiva 1998. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
Teorias Econômicas Aplicadas à 
Contabilidade 
 
 
Aula 2 
 
 
Prof. Clecio S. Steinthaler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa inicial 
 
Qual melhor forma de organização Produtiva? 
A) A que visa o menor preço? 
B) A que visa o maior lucro? 
A resposta encontra paralelo em outra grande questão econômica: 
 
 
 
 As pessoas querem maximizar seus salários: comprando mais por 
menos. 
 As empresas querem maximizar seus lucros: vendendo por mais. 
 
De que forma a economia resolve essa questão? 
 
Contextualizando 
Procurando o equilíbrio, através das várias formas de estruturas de 
mercado, que estão fundamentalmente diferenciadas por três características: 
a) Número de empresas que compõem o mercado; 
b) Tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou 
diferenciados); 
c) Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse 
mercado. 
 
 
A Maximização 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
 
Tema 01: As Estruturas de Mercado e o Mercado 
concorrencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O primeiro conceito é o de Mercado Atomizado, também conhecido como 
concorrência Perfeita. 
Caracterizado com infinitos vendedores e compradores (como átomos”), de 
forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. 
Devemos observar que nesse mercado a oferta de fatores de produção é 
abundante, o que torna o preço desses fatores uma constante. 
Fatores de Produção: 
 Mão de obra 
 Capital 
 Terra 
 Tecnologia 
 
A estrutura de um mercado (indústria) irá 
determinar a forma como irá se estabelecer o 
jogo competitivo entre as empresas. 
Concorrência 
Perfeita 
Monopólio 
Concorrência 
Monopolística 
Oligopólio 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
Suas características são: 
 Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto 
semelhante (homogêneo). Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse 
mercado. 
 Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no 
mercado. 
 Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a 
toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, 
os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. 
 No mercado em concorrência perfeita, a longo prazo, não existem lucros 
extras ou extraordinários, mas apenas os chamados lucros normais, que 
representam a remuneração média de mercado. 
Como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários 
(preços abusivamente altos) isso atrairá novas empresas, uma vez que não 
existem barreiras de acesso a esse mercado. 
 Com o aumento da oferta de mercado, dado o maior número de empresas, 
os preços de mercado tenderão a cair, e consequentemente os lucros extras, até 
chegar-se a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso 
de novas empresas, pois o atrativo (preço alto) não existe mais. 
Vamos simplificar? 
 Mercado atomizado 
 Grande número de pequenas empresas 
 Produtos são homogêneos 
 Não existe diferenciação entre eles 
 Ausência de propaganda 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
 Portanto, sem diferenciação entre as empresas 
 Não existe barreiras de entrada 
 Ausência de barreiras de entrada de novos competidores 
 Transparência de mercado 
 As informações de lucro, preço, tecnologias de produção e fontes 
de suprimentos são de conhecimento de todas as empresas 
 Lucro 
 No longo prazo os lucros extraordinários são corrigidos com a 
entrada de novos competidores que reduzem os preços pelo acirramento da 
concorrência. 
 Longo prazo = média de manutenção de lucro normal 
 Lucro normal é o lucro implícito a remuneração do capital/atividade 
empresarial. 
 Curto prazo = lucro extraordinário (pode ocorrer por desequilíbrios 
conjunturais, mas de duração curta). 
Exemplo? 
 
Fonte: Freepik.com 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
Tema 02: Concentração de Mercados: Monopólio e OligopóliosMonopólio 
Palavra de origem grega: mono significa único e pólio significa vendedor. 
Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a 
oferta e, de outro, todos os consumidores, sem capacidade de influir nas 
decisões da empresa monopolista. 
Não há, dessa forma, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. 
Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo 
vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o produto. 
Portanto: 
A ausência de concorrência e de produtos substitutos, e os consumidores 
aceitam as condições impostas pela empresa monopolista ou simplesmente não 
compram. 
Tipos de oligopólio: 
 Com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); 
 Com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). 
O preço de equilíbrio de mercado é determinado pela oferta e pela 
capacidade de produção. 
Um aumento nos preços resulta numa pequena queda da demanda, 
compensada pelo aumento da receita. 
 Observação: 
Os aumentos de preços tendem a ser medidos de forma a não tornar 
proibitivo o consumo. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
7 
Receita total no Monopólio 
Enquanto o aumento na receita total (a receita marginal) for maior que o 
aumento no custo total (o custo marginal), será consistente com seus objetivos 
aumentar o nível de produto, pois seu lucro total estará aumentando. 
Mas o lucro aumentará se o incremento na receita – a receita marginal – 
for maior que o incremento nos custos – custo marginal. 
Como a receita marginal é decrescente e o custo marginal crescente, no 
ponto em que os dois se igualam, temos o ponto de lucro máximo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabe quais os tipos de monopólio existentes? 
Veja só: 
Monopólio natural 
Ocorre quando o mercado, por suas próprias características, exige a 
instalação de grandes plantas industriais, que operam normalmente com 
economias de escala e custos unitários bastante baixos, possibilitando à 
empresa cobrar preços baixos por seu produto, o que acaba praticamente 
inviabilizando a entrada de novos concorrentes. 
a) Elevado volume de capital: a empresa monopolista necessita de um 
elevado volume de capital e uma alta capacitação tecnológica. 
Receita Total 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
b) Patentes: enquanto a patente não cai em domínio público, a empresa é a 
única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele 
determinado bem. 
c) Controle de matérias-primas básicas: por exemplo, o controle das minas 
de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio. 
d) Monopólio Institucionais ou Estatais: ocorrem em setores considerados 
estratégicos ou de segurança nacional (energia). 
Concorrência monopolista 
É uma estrutura de mercado formado por um pequeno número de 
empresas que domina o mercado. 
Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência 
perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas 
seguintes características: 
 Número relativamente grande de empresas com certo poder 
concorrencial (competitivo), porém com segmentos de mercados e produtos 
diferenciados, seja por características físicas, qualidade ou prestação de 
serviços complementares (pós-venda). 
 Pequena margem de manobra para fixação dos preços, uma vez 
que existem produtos substitutos (similares) no mercado. 
Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre 
o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome 
concorrência monopolista). 
Oligopólio 
É uma estrutura de mercado normalmente caracterizada por um pequeno 
número de empresas que dominam o mercado, ou ainda, onde pode haver um 
grande número de empresas, mas poucas dominam o mercado. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
9 
No oligopólio tanto as quantidades ofertadas quanto os preços podem ser 
fixados entre as empresas, o que caracteriza a formação de cartel. 
Cartel é uma associação de produtores, dentro de um setor que, determinam 
os preços para todas as empresas daquele setor. 
Liderança de Preços: é um modelo de formação de preços, onde uma 
empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos 
das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. 
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível 
encontrar inúmeros exemplos: montadoras de veículos, indústria de bebidas, 
indústria química, indústria farmacêutica etc. 
Vamos ver alguns exemplos: 
Indústria Automobilística Brasileira – Vendas de Automóveis – 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
10 
 Marcas e Patentes Setor Cervejeiro 
 
 
E o setor produtivo Brasileiro, você sabe como ele está estruturado? 
Graus de concentração do mercado brasileiro 
Fonte: ZANIOL, Guilherme Zim. Análise da Concentração da Indústria 
Cervejeira Brasileira no período entre 1989 e 2011. Universidade Federal 
Do Rio Grande do Sul, 2011 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
12 
Vamos simplificar? 
Oligopólio 
 Características gerais 
Preços e quantidades ofertadas são fixadas pelas empresas que formam o 
oligopólio. 
 Cartel 
É uma organização, formal ou informal, de produtores que representam um 
setor que determina a política de preços para todas as empresas. 
 Empresa Líder 
Fixa o preço respeitando a estrutura de custos das demais empresas. 
 Empresa Satélite 
Seguem as regras ditadas pela empresa líder. 
Concorrência Monopolista 
É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e 
o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, dadas as seguintes 
características: 
 Número relativamente grande de empresas 
 Com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercado e 
produtos diferenciados, características físicas, embalagem ou por prestação de 
serviços 
 Margem de manobra para fixação de preços 
 Não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no 
mercado 
 Consumidores 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
13 
 Têm as suas preferências definidas e vendedores tentam 
diferenciar os seus produtos, daqueles produzidos pelos seus concorrentes 
directos, ou seja, os bens e serviços são heterogêneos 
Exemplos 
 Lojas de roupas de um shopping 
 Restaurantes em praças de alimentação 
 Escolas privadas 
 Padarias 
 
 Monopsônio 
Quando há somente um comprador para muitos vendedores de produtos e 
serviços 
Exemplo 
 Quando uma grande empresa se instala em uma pequena cidade, 
tornando-se a exclusiva contratante de mão de obra. 
 
 Oligopsônio 
Quando há poucos compradores negociando com muitos vendedores 
Exemplo 
 Indústria de laticínios que adquire a maior parte do leite dos 
inúmeros produtores rurais 
 Mercado varejista de grandes 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
14 
 Monopólio Bilateral 
 Ocorre quando um comprador defronta com um único comprador. 
(ambos são monopolistas) 
 Preço 
A determinação dos preços dependerá não só dos fatores econômicos, 
mas do poder de negociação de ambos. 
O monopolista tentando pagar o menor preço (usando a força de ser o único 
comprador), e o monopolista tentando vender por um preço mais elevado, 
usando o poder de ser o único fornecedor. 
 
Tema 03: Mercado e Preço de Mercado 
O preço de mercado de determinado bem representa o preço que se forma 
no mercado, através do chamado mecanismo de mercado, onde a lei da oferta 
e da procura estabelecerá o ponto de equilíbrio. 
Esse equilíbrio é conseguido quando a quantidade procurada, é igual à 
quantidade oferecida, em uma situação onde não há nem excesso de oferta, 
nem excesso de demanda. 
O que estabelece esse equilíbrio é regulado por duas Teorias: 
 Teoria da Procura 
 Segundo essa teoria, quanto maior o preço de um bem, menor será a 
quantidade demandadadesse mesmo bem. 
 Teoria da Oferta 
Quanto maior o preço de um bem maior, será a quantidade oferecida. 
 
 
 
http://www.notapositiva.com/dicionario_economia/bem.htm
http://www.notapositiva.com/dicionario_economia/preco.htm
http://www.notapositiva.com/dicionario_economia/mecanmercado.htm
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
15 
Preço de equilíbrio 
Quando as quantidades procuradas e oferecidas se igualam 
 
 Como é estabelecido esse equilíbrio? 
 Quando a quantidade oferecida é superior à quantidade que os 
consumidores procuram, temos um excesso de oferta. 
Consequência: Os produtores são forçados a baixarem os preços para 
conseguirem vender os seus produtos. 
 Quando a quantidade procurada é superior à quantidade oferecida 
temos excesso de procura. 
Consequência: Nesse caso os produtores possuem incentivos para 
aumentar os preços. 
Assim, podemos afirmar que o preço de equilíbrio é encontrado quando a 
oferta se iguala a demanda. 
 
1) Demanda de mercado 
Quando o preço está elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, 
os consumidores não estão dispostos a gastar mais para adquirir o produto. 
Portanto, quanto maior o preço, menor a demanda. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
2) Oferta de mercado 
Pelo critério do produtor, quando o nível de preço está elevado, tendem a 
ofertar uma quantidade maior do produto. 
Portanto, quanto maior o preço, maior a oferta. 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
17 
Tema 04: Estado como Regulador do Mercado 
 
Qual a necessidade do Estado em exercer um poder fiscalizatório junto ao 
mercado produtivo? 
Resposta: Para punir práticas abusivas e anticoncorrenciais. 
As empresas visam sempre o maior lucro, e em um mercado concorrencial 
só conseguirão seu objetivo com uma maior participação no mercado em que 
atuam. 
Mas até que ponto essa maior participação de mercado é prejudicial para 
um sistema de livre preços? 
Vamos dar uma olhada em alguns conglomerados econômicos para 
entendermos melhor essa questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pronto, agora podemos definir o que é regulação econômica: 
Processo pelo qual o governo intervém no mercado com o objetivo de 
assegurar a livre concorrência entre as empresas, e por consequência aumentar 
o bem-estar social, através da redução do preço e aumento da quantidade 
ofertada. 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
20 
A regulação econômica pode incidir sobre: 
 Preços; 
 Quantidades; 
 Entrada no mercado (ex: farmácias); 
 Qualidade dos bens; 
 Cobertura do mercado; 
 etc. 
 
 
 
 
Políticas anticoncorrências: 
 Formação de cartel: práticas conjuntas entre concorrentes para a 
fixação de preços, quantidades, divisão do mercado consumidor, adoção de 
postura pré-estabelecida em licitação pública etc. 
 Venda casada: quando o vendedor impõe a compra de um segundo 
produto como condição para fornecer o produto desejado pelo comprador. 
 Dumping: preço do importado mais baixo do que no país de origem. 
 Política de preços predatórias: preço abaixo do custo de produção 
(prejuízo temporário) para eliminar o concorrente. 
 Discriminação de preços: preços diferentes do mesmo produto em 
mercados diferentes sem justa causa. 
 Exigência de exclusividade: quando se impede que a outra parte 
comercialize produtos de outros fornecedores. 
 Fixação de preços de revenda: quando o produtor fixa o preço de 
revenda dos distribuidores. 
 
Segundo Sherman (1890): é ilegal a fixação de preços 
ou quantidades entre firmas. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
21 
Condutas analisadas por agências reguladoras 
 Concentração vertical: fusão de empresas em diferentes estágios 
da cadeia produtiva. 
 Concentração horizontal: fusão entre concorrentes (Ambev). 
 Conglomeração: associação entre empresas que atuam em 
diferentes setores da economia. 
 
Tema 5: Modelos e Políticas de Defesa da concorrência 
 
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é uma 
autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça, que tem como 
objetivo orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico, 
exercendo papel tutelador da prevenção e repressão do mesmo. 
O CADE tem o papel de julgar sobre matéria concorrencial os processos 
encaminhados pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e a 
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. 
Desempenha os papéis preventivo, repressivo e educativo, dentro do mercado 
brasileiro. 
Embasamento legal 
A lei de defesa da concorrência existe desde a década de 60, mas o avanço 
só foi consolidado a partir de 1994. 
 Trata-se da Lei 8884/1994, que concede poder de decisão ao CADE 
(Conselho de Defesa da Concorrência) nos assuntos relativos a 
aquisições/fusões, regulando as práticas concorrenciais. 
Basicamente estabelece que é infração à ordem econômica acordar 
práticas de fixação de preços, quantidades, condições e outras práticas de venda 
com as concorrentes, aumentar sem justa causa os preços de bens e serviços, 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a_(Brasil)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_de_Direito_Econ%C3%B4mico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_de_Acompanhamento_Econ%C3%B4mico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Fazenda_(Brasil)
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
22 
condutas desleais que visem dificultar a entrada de novos concorrentes (preços 
predatórios, impedimento ao acesso das concorrentes às fontes de insumo ou 
aos distribuidores através de exigência de exclusividade). 
Condutas analisadas pelas agências reguladoras 
As agências devem impor restrições para a aprovação de atos de 
concentração, sempre com base na Lei 8884/94, que considera ato de 
concentração apreciável, as fusões, incorporações, formação de sociedades 
controladoras ou outras formas de associações que resultem em participação de 
mais de 20% do mercado relevante. 
 Mercado relevante – mercado que contém a concorrência do 
produto (deve-se incluir os produtos similares de outras marcas e seus 
substitutos). 
Quanto a concentração, as agências reguladoras atem-se a três fatores: 
 Concentração vertical: fusão de empresas em diferentes estágios 
da cadeia produtiva. 
 Concentração horizontal: fusão entre concorrentes (Ambev). 
 Conglomeração: associação entre empresas que atuam em 
diferentes setores da economia. 
 
Órgãos de defesa da concorrência: 
 
 SBDC (Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência) 
 SEAE (Secretaria de Acompanhamento Econômico) – Ministério da 
Fazenda 
 SDE (Secretaria de Direito Econômico) – Ministério da Justiça 
 CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) – autarquia 
vinculada ao Ministério da Justiça. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
23 
Agências reguladoras de serviços públicos: 
 
 ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) 
 ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) 
 ANP (Agência Nacional do Petróleo) 
 ANS (Agência Nacional da Saúde) 
 SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) 
Glossário 
Formação de cartel: Práticas conjuntas entre concorrentes para a fixação 
de preços, quantidades, divisão do mercado consumidor, adoção de postura 
preestabelecida em licitação pública etc. 
Venda casada: Quando o vendedor impõe a compra de um segundo 
produto como condição para fornecer o produto desejado pelo comprador. 
Dumping: Preço do importado mais baixo do que no país de origem. 
Política de preços predatórias: Preço abaixo do custo de produção (prejuízo 
temporário) para eliminar o concorrente. 
Discriminaçãode preços: Preços diferentes do mesmo produto em 
mercados diferentes sem justa causa. 
Exigência de exclusividade: Quando se impede que a outra parte 
comercialize produtos de outros fornecedores. 
Fixação de preços de revenda: Quando o produtor fixa o preço de revenda 
dos distribuidores. 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
24 
Síntese 
Nessa aula vimos as estruturas de mercado e o modelo concorrencial, 
simplificados no quadro abaixo. 
 
Em seguida, estudamos as estruturas de mercado, que está exemplificada 
no quadro abaixo: 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
25 
Em seguida, analisamos como é formado o preço pelo mercado, e a função 
do Estado como regulador do mercado, e por último os modelos e a política de 
defesa da concorrência. 
 
Na Prática: 
Analisando a característica de um mercado representado por um grande 
número de empresas concorrentes com condições de ingresso relativamente 
fáceis com a ressalva que cada uma das empresas concorrentes possui suas 
próprias patentes, ou então, é capaz de diferenciar seu produto, de tal forma que 
passa a criar um segmento próprio de mercado, que dominará e manterá; 
podemos classificar o mercado de: 
A) Concorrência Monopolística 
B) Concorrência Oligopolística 
C) Concorrência Perfeita 
D) Concorrência Imperfeita 
E) Concorrência de Livre Mercado 
Resposta: Letra A. 
 
A respeito de um cartel, assinale a alternativa falsa: 
A) A política de preços é determinada conjuntamente. 
B) O cartel é combatido pelos órgãos de defesa da concorrência. 
C) Os cartéis são geralmente instáveis, pois uma empresa tem grande 
incentivo para não cumprir com o acordo. 
D) Sua organização pode ser formal ou informal. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
26 
E) Não há barreiras para a entrada de novas firmas. 
Resposta: Letra E. 
A Concorrência Perfeita é uma estrutura de mercado utópica, que deve 
preencher as seguintes condições: 
a) Um número elevado de empresas produtoras e de consumidores. 
b) Inexistência de quaisquer diferenças entre os produtos ofertados. 
c) Perfeita permeabilidade de tal forma que inexistem quaisquer barreiras 
para ingresso de novas empresas. 
d) Impossibilidade de alteração das normas, por atitudes isoladas face ao 
grande número de compradores/vendedores. 
 
A) Somente as respostas A, C e D estão corretas. 
B) Somente as respostas B, D e C estão corretas. 
C) Somente as respostas A, B e C estão corretas. 
D) Nenhuma das respostas está correta. 
E) Todas as respostas estão corretas. 
Resposta: Letra E. 
 
Quando se verificam práticas conjuntas entre concorrentes para a fixação 
de preços, quantidades, divisão do mercado consumidor, adoção de postura pré-
estabelecida em licitação pública e outras formas de conluios, podemos afirmar 
que existe a: 
A) Formação De Cartel. 
B) Venda Casada. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
27 
C) Prática de Dumping. 
D) Política de Preços Predatórias. 
E) Fixação de Preços de Revenda. 
Resposta: Letra A. 
 
Quando uma empresa diminui de maneira expressiva seu custo médio por 
unidade de produto à medida que aumenta a produção, e por via de 
consequência pode satisfazer as necessidades do mercado de forma mais 
eficiente que muitas empresas, pode-se afirmar que existe o: 
A) Monopólio Puro. 
B) Monopólio Monopsônico. 
C) Monopólio Natural. 
D) Monopólio Oligopsônico. 
E) N.D. A. 
Resposta: Letra C. 
 
Cite alguns fatores que podem favorecer a manutenção ou a extinção de 
um monopólio. 
Resposta: A manutenção de monopólio é favorecida quando as barreiras 
à entrada de novas firmas são altas. Essas barreiras podem ser o tamanho do 
mercado, a existência de patentes, a proteção governamental, o controle dos 
insumos para a produção de seu produto etc. No entanto, fatores como o 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
28 
progresso tecnológico que tornam obsoletas as patentes podem extinguir o 
monopólio. 
 
Referências 
 
FERREIRA, Paulo Wagner. Análise de Cenários Econômicos. Curitiba: Inter-
Saberes, 2015. 
MICHELS, Erico. Fundamentos de Economia. Curitiba: Intersaberes, 2013. 
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de Economia. SP: Saraiva, 
2ª Ed. 
______.; PINHO, Diva Benevides Pinho Org. Manual de Economia. SP: 
Saraiva, 2ª ed. 
WESSELS, Walter. Economia. Trad. Sara Gedanke. SP: Saraiva, 1998. 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
Teorias Econômicas Aplicadas à 
Contabilidade 
 
 
Aula 3 
 
 
Prof. Clecio S. Steinthaler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa inicial 
Todos nos preocupamos com desemprego, com a estabilidade de preços, 
a distribuição da renda e o próprio crescimento econômico. 
Sabemos que um alto nível de emprego é muito importante, uma vez que 
as pessoas empregadas passam a receber salário, e, consequentemente 
passam a consumir, estimulando a economia, gerando novos empregos. 
O desemprego ao contrário, por não gerar renda, origina pouca demanda, 
as pessoas passam a comprar apenas o mínimo essencial, e assim a economia 
encolhe. 
Logo, inicia-se um ciclo: Se não há procura de produtos, a produção 
diminui, forçando um efeito cascata de redução de custos e salários, 
aumentando o desemprego. 
 
 
 
 
 
 
Percebeu como a compreensão da Macroeconomia nos permite ter uma 
visão ampla dos estudos econômicos que tratam de ações da condução do 
processo econômico em sua magnitude global, como as ações necessárias para 
criar empregos, controlar a inflação, gerar investimentos, entre outros. 
 
- Demanda
- Produção
+ Crise
+ 
Desemprego
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
Contextualizando 
 A Macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um todo, 
procurando identificar e medir as variáveis que determinam o crescimento 
econômico, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico. 
Seu objetivo é analisar os modelos de desenvolvimento que levem à 
elevação do padrão de vida e bem-estar da coletividade. 
 
Tema 01: Fundamentos da Macroeconomia 
 
A Macroeconomia ocupa-se do comportamento global do sistema 
econômico refletido em um número reduzido de variáveis, como o produto total 
de uma economia, o emprego, o investimento, o consumo, o nível geral de preço 
etc. 
Visa o equilíbrio e o crescimento econômico 
Vamos pensar: 
Se o Ministério da Fazenda, por exemplo, anunciar que a inflação caiu 2% 
em relação ao mês anterior e que o número de empregos aumentou, está 
destacando alterações macroeconômicas, destacando os aspectos mais 
significativos da evolução da economia que ela destacou. 
Portanto, a macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu 
conjunto. 
Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao 
mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica 
de um determinado país. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
Assim, a ação governamental, utilizando os instrumentos da 
macroeconomia, visa atenuar as desigualdades sociais e corrigir os 
desequilíbrios econômicos, através de dois objetivos básicos: 
- Crescimento/Desenvolvimento 
- Estabilidade Econômica 
A forma de atuação do governo, pode ser Indireta e Direta: 
A) Indireta 
Seus objetivos nesta forma de atuação, visam corrigir desvios de mercado, 
como: 
 Expansão ou Contração da economia (aumento/diminuição de juros) 
 Criação de subsídios setoriais 
 Regulador de mercados com políticas de estimulo 
B) Direta 
Seus objetivos visam resultados de curto prazo atuando em: fixação de 
preços (preços controlados), monopólio de mercados (energia, correios etc.), 
fixação de salários mínimos (aumentar poder de compra), criação de privilégios 
econômicos (proibição/incentivo às exportações). 
Essas ações governamentais visam atingir objetivos de curto e longo prazo. 
Curto prazo: 
• Equilíbrio de balanço de pagamentos (contas externas) 
• Equilíbrio dos preços e inflação• Emprego 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
Longo prazo: 
• Crescimento econômico 
• Distribuição de renda e de riqueza 
• Reduzir a desigualdade regional e de renda e riqueza 
• Desenvolvimento econômico 
 
Estrutura da análise macroeconômica 
No quadro a seguir temos uma visão da parte real da economia, que é o 
Mercado de Bens e Serviços, que envolve as variáveis de atuação do governo, 
como o Produto Nacional, Nível Geral de Preços e o Nível de Emprego. 
A parte Monetária, envolve os mercados de trabalho (salários) mercado 
financeiro e o mercado de câmbio, cujas variáveis que interferem em cada 
mercado são: Salários Nominais, Taxas de Juros e Taxa de Câmbio. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
 
 
Tema 02: Instrumentos de Política Monetária 
 
Os instrumentos de atuação da politica macroeconomica são: 
I. Instrumentos Fiscais 
II. Instrumentos Monetários 
III. Instrumentos Cambiais 
Vamos tratar de cada um individualmente: 
Instrumentos fiscais: 
São aqueles vinculados as receitas e despesas governamentais. 
Basicamente a receita governamental está alicerçada na arrecadação tributária, 
onerando de maneira direta os preços finais de bens e serviços, influindo no fluxo 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
7 
da demanda, pois se os impostos são altos, os produtos ficam mais caros, e por 
isso compramos menos. 
A forma de tributação ocorre de duas maneiras: 
Direta: incide sobre a fonte de origem (vertical). A sua cobrança e 
abrangência é extremamente simples, mas exige um complexo aparato 
arrecadador atuando de forma sincronizada. 
No Brasil essa forma de arrecadação representa aproximadamente 34,0% 
da renda. A nível mundial, o Brasil não possui uma taxação expressiva sobre a 
renda. 
Ex. Imposto de Renda Retido na fonte, INSS. 
Indireta: atinge indistintamente toda a sociedade (horizontal). 
A tributação indireta, por ser uma cobrança “dissimulada” não caracteriza 
um poder coercitivo direto, sendo bem vista na ótica política, pois gera menores 
pressões sob a autoridade governamental, sendo uma característica de países 
subdesenvolvidos 
Ex. ICMS. 
A nível mundial, o Brasil possui uma das mais altas taxas de impostos 
indiretos, representando na média 64,0% sobre o preço final dos bens e serviços. 
O quadro a seguir procura demonstrar um resultado desejado (em 
vermelho), destacando as políticas macroeconômicas necessárias para atingir o 
objetivo. 
Vamos ver um exemplo: 
Uma política antiinflacionária (medida governamental para diminuir e 
controlar a inflação). 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
Medida 1) Governo diminui seus gastos: seja através da diminuição de 
cargos públicos, não cria políticas de investimentos (ex. redução do programa 
Minha Casa, Minha Vida, redução do valor do bolsa família, novas regras de 
aposentadoria etc.). 
Medida 2) Aumento da carga tributária: com impostos mais elevados, os 
preços ficam mais caros, e a população diminui suas compras. 
Resultado: Essas políticas juntas, fazem diminuir a demanda (compras), 
forçando a uma redução dos preços, pois se a menos procura, sobra produtos, 
os preços. 
 
Instrumentos monetários 
O objetivo é o da “condução” dos índices econômicos, e tem como missão 
básica a rolagem da dívida interna do Tesouro Nacional, e o controle do processo 
inflacionário. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
9 
 Depósito compulsório 
 Redesconto 
 Mercado aberto de Títulos Públicos 
 Contingenciamento do crédito 
Os depósitos compulsórios são recolhimentos obrigatórios de recursos que 
as instituições financeiras fazem ao Banco Central. São considerados como 
instrumento de política monetária, mas têm sido também utilizados como 
instrumento de preservação da estabilidade financeira. 
Atualmente, estão em vigor as seguintes modalidades de depósitos 
compulsórios: 
• Recolhimento compulsório sobre Recursos à Vista; 
• Recolhimento compulsório sobre Recursos a Prazo; 
• Encaixe Obrigatório sobre Recursos de Depósitos de Poupança; 
Recolhimento compulsório sobre Recursos de Depósitos e de Garantias 
Realizadas; 
• Exigibilidade Adicional sobre Depósitos (recursos a prazo e depósitos de 
poupança); 
Redesconto Bancário, no qual o Banco Central concede “empréstimos” aos 
bancos comerciais a taxas acima das praticadas no mercado. 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
10 
Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos 
bancos comerciais somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de 
caixa), ou seja, quando as demandas de recursos depositados não cobrem suas 
necessidades. 
Operações de Mercado Aberto: Também conhecido como Open 
Market (Mercado Aberto), as operações com títulos públicos é mais um dos 
instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este instrumento, considerado 
um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de 
juros em curto prazo. 
A compra e venda dos títulos públicos se dá pelo Banco Central. De acordo 
com a necessidade de expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as 
autoridades monetárias competentes resgatam ou vendem esses títulos. 
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação 
de moedas, o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em 
circulação. 
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir 
a circulação de moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis. 
Contingenciamento do Crédito: 
 Limitar o montante das operações de crédito de cada instituição financeira 
e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
O quadro a seguir, demonstra as medidas necessárias para estimular o 
consumo e o investimento. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
 
 
Tema 03: Principais Medidores da Atividade Econômica 
 
Toda a atividade econômica pode ser mensurada, pois a sua mensuração 
e a sua quantificação é que permitem comparar e afirmar se um país está 
crescendo ou não. 
O principal índice utilizado na macroeconomia com o objetivo de mensurar 
a atividade econômica de uma região é o PIB (Produto Interno Bruto) durante 
um ano. 
O PIB é a soma dos: 
• Serviços médicos, 
• Os cortes de cabelo, 
• Os sapatos, 
• As bananas. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
12 
E tudo o mais que se produziu durante o ano expressos em reais e dividido 
por cada brasileiro. Assim, o Produto Interno Bruto per capita (ou por pessoa) 
mede quanto, do total produzido, 'cabe' a cada brasileiro se todos tivessem 
partes iguais. 
Portanto, quanto maior o PIB, mais se está consumindo, investindo e 
vendendo. 
Como funciona? 
1) Total de Bens e Serviços 2) Dividido pelas pessoas 
 
 
 
 
 
 
 Atenção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
13 
Como é calculado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo 
da conta todos os bens de consumo de intermediário (insumos). 
Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando 
valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma 
do PIB. 
Quando se procura comparar ou analisar o comportamento do PIB de um 
país ao longo do tempo, é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real. 
 O PIB nominal é expresso a preços correntes (preços do mercado; 
preços finais) 
 O PIB real é igual ao o PIB nominal extraindo o valor da inflação. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
14 
Mas, o que é o Produto Interno Líquido: 
É o produto a custo de fatores menos a parcela correspondente à 
depreciação. 
 
 
 
 
 
 
Vamos a alguns conceitos importantes: 
Renda pessoal disponível: é a renda pessoal menos os impostos diretos 
pagos pelas pessoas: Ex.: o imposto de renda. 
Desempregado = indivíduos que atualmente não têm emprego, mas estãoativamente procurando trabalho. 
 Força de trabalho = todas as pessoas em uma economia que têm emprego 
ou que estão procurando ativamente trabalho. 
Taxa de desemprego = é o número de desempregados divididos pela força 
de trabalho total. 
Índices de Preços 
Existem dois índices de preços que procuram refletir a variação de preços. 
• O IGP-M/FGV (índice geral de preços do mercado); 
• O IGP-DI /FGV (índice geral de preços - disponibilidade interna). 
Depreciação 
PIB 
Produto Interno 
Liquido 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
15 
Ambos apresentam a mesma estrutura e são compostos pelos seguintes 
sub-índices: 
• IPA (índice de preços no atacado) - onde se consideram preços praticados 
do mercado atacadista e representa 60 % do IGP (índice geral de preços); 
• IPC (índice de preços ao consumidor) - a coleta de dados ocorre em 
algumas cidades; dentre as famílias que tem uma renda de 1 (um) a 30 (trinta) 
salários mínimos; representa 30 % do IGP (índice geral de preços); 
 INCC (índice nacional de construção civil); onde são avaliados os preços 
do setor de construção civil, não só de materiais como de mão de obra, e 
representa 10 % do IGP (índice geral de preços). 
O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços 
consideradas pelo IGP-M/FGV referem ao período do dia vinte e um do mês 
anterior ao dia vinte do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se a período 
do dia um ao dia trinta do mês em referência. 
Índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), do IBGE, calculado desde 
1980, semelhante ao INPC: 
• Porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 
40 salários mínimos. 
• Pesquisa é feita em 9 regiões metropolitanas, tendo sido escolhido como 
alvo das metas de inflação ("inflation targeting") no Brasil. 
 
Tema 04: Fundamentos de Microeconomia 
 
A microeconomia ocupa-se da análise do comportamento individual das 
unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores, e as empresas. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
16 
Estuda os mercados em que operam os demandantes e ofertantes de bens 
e serviços. 
Pode ser explicada da seguinte forma: 
Quando comentamos sobre o aumento do preço do petróleo como 
consequência de aumento na sua demanda, estamos fazendo uma colocação 
tipicamente microeconômica, pois os atores envolvidos são apenas os ofertantes 
(vendedores) e os demandantes (compradores). 
Os agentes da microeconomia operam no Mercado, que nada mais é do 
que o conjunto de atividades através dos quais compradores e vendedores 
trocam bens e serviços. 
A interação entre compradores e vendedores determina: 
 A quantidade de bens e serviços produzidos. 
 O preço nos quais bens e serviços são comprados e vendidos. 
 O comportamento de compradores (consumidores) é capturado pelo 
conceito de demanda. 
 O comportamento de vendedores (produtores) é capturado pelo conceito 
de oferta. 
 Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço 
que os consumidores desejam adquirir, num dado período. 
 Consumo - parcela da renda destinada à aquisição de bens e serviços 
para a satisfação das necessidades dos indivíduos. 
 Poupança - renda não consumida, em determinado período, e 
preservada como uma reserva de valor. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
17 
O que determina e influencia a decisão de consumir: 
 Renda Disponível 
 Riqueza 
 Taxa de juros 
 Disponibilidade de Crédito 
Portanto: 
 Quanto maior for a renda maior será o consumo e a poupança. 
 Dado um igual nível de renda, tende a consumir mais quem possuir 
maior riqueza. 
Atenção! Lei Psicológica Fundamental: 
Os indivíduos aumentam o consumo conforme a renda aumenta, mas não 
na mesma magnitude, pois ocorre também um aumento da poupança. 
Consumo e Taxa de Juros: 
- Variação positiva na taxa de juros (aumento) gera dois efeitos sobre o 
consumo: 
• Diminui o consumo (o crédito fica mais caro) 
• Estimula a poupança (o rendimento financeiro fica mais atrativo) 
Atenção: Não podemos esquecer do efeito renda, quando o aumento da 
taxa de juros pode elevar a renda de alguns indivíduos (daqueles que possuem 
aplicações financeiras) e na sequencia aumentar o consumo destes agentes. 
Efeito Preço total: É a relação entre a quantidade demandada (comprada) 
e o preço do próprio bem no mercado. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
18 
Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse processo de ação e reação, estabelece um princípio: 
A alteração do preço do bem ou serviço, e altera a sua quantidade ofertada 
no mercado. 
 Aumentando a quantidade ofertada 
 Diminuindo a quantidade ofertada 
 
Tema 5: Teoria da Produção 
 
Para satisfazer as necessidades humanas, que são infinitas, são 
necessários bens e produtos que são finitos, ou ainda, limitados a sua 
quantidade por um processo de transformação. 
Efeito substituição 
Efeito renda 
O bem a ser adquirido, quando 
fica mais barato em relação aos 
concorrentes, faz com que a 
quantidade comprada aumente. 
Como a procura passa a ser 
maior, a empresa é estimulada 
a produzir mais. 
Uma produção maior significa 
custos maiores e 
consequentemente preços 
maiores. 
Resultado: O preço do bem 
aumenta. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjhiYWX1YHNAhXEf5AKHe6oBkgQjRwIBw&url=http://mensagens.culturamix.com/vida/mensagens-sobre-os-numeros&bvm=bv.123325700,d.Y2I&psig=AFQjCNHzyeQH2CSnlPDN4ufmYfrfzDPyfQ&ust=1464693110816313
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://makarats.ru/index/dva_davanord_i_aharon/0-55&bvm=bv.123325700,d.Y2I&psig=AFQjCNHzyeQH2CSnlPDN4ufmYfrfzDPyfQ&ust=1464693110816313
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
19 
Dessa forma a produção, a partir dos fatores de produção, como: 
 Terra (ou recursos naturais, os minérios, a água, a energia etc.); 
 Trabalho (mão de obra); 
 Capital (como máquinas, fabricas, estradas etc.); 
 Conhecimentos técnicos. 
São escassos, portanto, a sociedade tem de escolher entre as quantidades 
de bens e serviços a produzir. 
Para simplificar vamos admitir que uma sociedade apenas pode produzir 
dois tipos de bens, máquinas e alimentos. 
Com quantidade dos recursos disponíveis, podemos escolher entre 
máquinas e alimentos, de forma que as possibilidades de produção de cada um 
isoladamente, são enormes. 
Para podermos analisar todas as situações possíveis devemos utilizar um 
gráfico muito importante em Economia: a fronteira de possibilidade de 
produção, que representa o lugar geométrico dos pontos de produção máxima 
de máquinas e de alimentos, considerando os recursos disponíveis. 
 
 
 
Assim, no ponto A, a produção de máquinas será maximal, mas a 
sociedade não poderá produzir alimentos, enquanto no ponto E, a produção de 
alimentos será total, mas a sociedade não poderá produzir máquinas. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
20 
Portanto, a curva de 
possibilidade de produção ilustra 
graficamente como a escassez de 
fatores de produção criam um limite 
para a capacidade produtiva de uma 
empresa, país ou sociedade. 
Ela representa todas as 
possibilidades de produção que 
podem ser atingidas com os recursos 
e tecnologias disponíveis. 
A concavidade da curva indica que, dadas as quantidades dos recursos, se 
a sociedade quiser aumentar sucessivamente a produção de um bem, maior será 
a taxa de sacrifício (o custo de oportunidade) associada a tal intenção (isso em 
termos da produção do outro bem). 
Podemos notar que na alternativa A está produzindo 25 mil máquinas, mas 
não está produzindo alimentos. Já na alternativa E está produzindo 70t de 
alimento, mas não está produzindo máquinas. As demais alternativas (B, C, D) 
são intermediárias, ou seja, produzem ambos os produtos. 
O ponto Y (ou qualquer ponto interno a curva) indica que a sociedade está 
operando com capacidadeociosa ou com desemprego, isso quer dizer que os 
fatores de produção estão sendo subutilizados. 
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção, está 
indicando que a produção seria maior do que a capacidade produtiva da 
sociedade. 
O deslocamento da curva para a direita indica que o país ou sociedade está 
crescendo, houve um aumento da quantidade física de fatores de produção ou 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
21 
melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer com um 
progresso tecnológico. 
Esse deslocamento permite a economia obter maior quantidade de ambos 
os bens. 
Síntese 
Nessa unidade estudamos os fundamentos da macroeconomia, analisando 
o funcionamento da economia como um todo, procurando identificar e medir as 
variáveis que determinam o crescimento econômico, o nível de emprego e o nível 
geral de preços do sistema econômico, repensando os modelos de 
desenvolvimento que levem ao aumento do padrão de vida e bem-estar da 
coletividade. 
Em seguida analisamos os instrumentos de atuação da política 
macroeconomica: Instrumentos Fiscais - Instrumentos Monetários - Instrumentos 
Cambiais, e a forma de como são utilizados como instrumentos para regular o 
processo econômico, contendo a inflação, gerando empregos e promovendo o 
crescimento. 
Vimos que não basta apenas gerarmos crescimento, devemos mensurá-lo, 
medi-lo de forma quantitativa para poder comparar seu desempenho com 
períodos passados, e até mesmo em relação a outros países. 
Toda essa mensuração da atividade econômica é representada por um 
índice principal: PIB. 
Que é a soma dos: 
• Serviços médicos; 
• Os cortes de cabelo; 
• Os sapatos; 
• As bananas. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
22 
E tudo o mais que se produziu durante o ano expressos em reais e dividido 
por cada brasileiro. Assim, o Produto Interno Bruto per capita (ou por pessoa) 
mede quanto, do total produzido, 'cabe' a cada brasileiro se todos tivessem 
partes iguais. 
Portanto, quanto maior o PIB, mais se está consumindo, investindo e 
vendendo. 
Logo em seguida, estudamos a microeconomia, que se ocupa da análise 
individual das unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores, e as 
empresas. 
Vimos que ela estuda os mercados em que operam os demandantes e 
ofertantes de bens e serviços. 
Analisamos que o comportamento de compradores (consumidores) é 
capturado pelo conceito de demanda enquanto o comportamento de vendedores 
(produtores) é capturado pelo conceito de oferta. 
Aprendemos que: 
 Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço 
que os consumidores desejam adquirir, num dado período. 
• Consumo - parcela da renda destinada à aquisição de bens e serviços 
para a satisfação das necessidades dos indivíduos. 
E por último vimos as Curvas de Possibilidade de Produção, Curvas de 
possibilidade de produção, explicando que as necessidades humanas, são 
infinitas, enquanto que os meios de produção são limitados, portanto a sociedade 
deve fazer escolhas entre a quantidade de bens e serviços a produzir. 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
23 
Na Prática 
Os três problemas econômicos relativos ao “o quê”, “como”, e “para quem” 
produzir existem: 
a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado. 
b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas quais o 
problema da escolha é mais agudo. 
c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento 
ou sua forma de organização política. 
d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez que 
desenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses três problemas. 
e) Todas as respostas anteriores estão corretas. 
RESPOSTA: Letra C. 
Assinale a afirmação falsa: 
a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas 
em “famílias” e “empresas”, que interagem em dois tipos de mercado: mercados 
de bens de consumo e serviços e mercado de fatores de produção. 
b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as 
empresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de 
salários; aluguéis, dividendos e juros. 
c) Os mercados desempenham cinco funções principais: I. estabelecem 
valores ou preços; II. organizam a produção; III. distribuem a produção; IV. 
racionam os bens, limitando o consumo à produção; e V. prognosticam o futuro, 
indicando como manter e expandir a capacidade produtiva. 
d) A curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra a 
quantidade mínima de X que deve ser produzida, para um dado nível de 
produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos existentes. 
e) A inclinação da curva de possibilidades de produção dos bens X e Y 
mostra quantas unidades do bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma 
redução do bem Y. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
24 
RESPOSTA: Letra D. 
No mercado de trabalho, são determinadas quais das seguintes variáveis 
macroeconômicas? 
a) Nível de emprego e salário real. 
b) Nível de emprego e salário monetário. 
c) Nível geral de preços e salário real. 
d) Salário real e salário monetário. 
e) Nível de emprego e nível geral de preços. 
RESPOSTA: Letra B. 
Responda como a política monetária e a política fiscal diferem: 
Resposta: 
A política monetária procura estimular ou desestimular as despesas de 
consumo e de investimento, por parte das empresas e das pessoas, 
influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a política 
fiscal funciona diretamente sobre as rendas mediante a tributação e os gastos 
públicos. 
 
Bibliografia 
 
FERREIRA, Paulo Wagner. Análise de Cenários Econômicos. Curitiba: 
Intersaberes, 2015. 
MICHELS, Erico. Fundamentos de Economia. Curitiba: Inter-Saberes, 2013. 
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de Economia. SP: Saraiva, 
2ª Ed. 
______; PINHO, Diva Benevides Pinho Org. Manual de Economia, SP: Saraiva 
2ª ed. 
WESSELS, Walter. Economia. Trad. Sara Gedanke. SP: Saraiva, 1998. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
 
 
Teorias Econômicas Aplicadas à 
Contabilidade 
 
Aula 04 
 
Prof. Clecio Steinthaler 
 
 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Vivemos em um mundo onde as transações econômicas extrapolaram do 
limite nacional para o internacional. Torna-se fácil comprar e vender qualquer 
coisa, basta darmos alguns cliques e pronto! Mas, o que tornou possível essa 
facilidade econômica? Qual é o item que permite avaliar economicamente um 
bem, manter um poder de compra indistinto durante o tempo? Ou seja, compro 
quando eu desejar, pois a forma de pagar será a mesma. 
Exatamente: a moeda. Já imaginou um mundo sem moeda? Voltaríamos 
ao período do escambo, onde no início não havia moeda. Praticava-se uma 
simples troca de mercadoria por mercadoria, com todas as dificuldades que 
advêm desse processo, pois cada envolvido nessa transação deve ter 
exatamente o que o outro deseja, senão não tem negócio. 
Escambo. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://portaleconomia.com.br/moedas/dinheironomundo.shtml>. 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
Contextualizando 
O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu 
sistema monetário. Esse sistema, regulado através de legislação própria, é 
organizado a partir de um valor que lhe serve de base e que é sua unidade 
monetária. Atualmente, quase todos os países utilizam o sistema monetário de 
base centesimal, no qual a moeda divisionária da unidade representa um 
centésimo de seu valor. 
Mas, até chegarmos a essa evolução, um longo caminho foi percorrido, e 
a moeda passou por diversas fases: 
Moeda-mercadoria 
Algumas mercadorias, como o gado, pela sua utilidade, passaram a ser 
mais procuradas

Outros materiais