Buscar

TCC 2 JESSICA E GEISA -06-06

Prévia do material em texto

8
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GEISA DA SILVA
JÉSSICA LUÍZA SANTOS SILVA PEREIRA
A IMPORTANCIA DA AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA COMERCIAL DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
JUAZEIRO-BA
2019
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
	
GEISA DA SILVA
JÉSSICA LUÍZA SANTOS SILVA PEREIRA
A IMPORTANCIA DA AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DECISÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA COMERCIAL DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Ciências Contábeis da Faculdade São Francisco de Juazeiro - FASJ, como requisito parcial para a conclusão do Curso.
Orientador: Prof. Carlos Correia
JUAZEIRO-BA
2019
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. 
Charles Claplin
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos deu força, e nos abençoou sempre. Aos familiares, pelo apoio que nos foi concedido do início ao fim, nesse longo caminho de 5 anos. Aos professores do curso de Ciências Contábeis, que nos auxiliaram a todo o momento que precisamos. Ao nosso orientador Carlos Correia, pela orientação concedida.
DEDICATORIAS 
Primeiramente a Deus, por iluminar-me em todos os momentos desta caminhada. A minha mãe, que com muito amor e incentivo não mediu esforços para que eu alcançasse mais este objetivo em minha vida. Ao meu amado esposo por todo amor e paciência que me motivaram a concluir esta jornada.
Aos amigos e familiares, agradeço pelo carinho e compreensão ao longo desses anos. 
Jéssica Luíza
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO	4
2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 	6
 2.1 AUDITORIA	6
 2.2 AUDITORIA INTERNA	6
 2.3 OBJETIVO GERAL..........................................................................................9
 2.4 OBJETIVO ESPECIFICO	11
3-JUSTIFICATIVA 	12
4-METODOLOGIA 	13
5- RESULTADOS ESPERADOS 	14
6- REFERÊNCIAS	16
1. INTRODUÇÃO		Comment by VestF: O texto da Introdução está bom. Mas não conseguir identificar O problema, os objetivos gerais e específicos , a justificativa dentro dele. 
1.1 - Contextualização e problemática do tema
As empresas, ao ampliarem sua capacidade de produzir bens e serviços, aumentam o fluxo das operações do setor financeiro. No mundo globalizado com altos níveis de concorrências no mercado, é exigido mostrar seu diferencial, analisando cada setor. É necessário utilizar um estudo de cada setor para que, o controle interno possa ser aplicado de forma correta, apresentando várias técnicas que servem como apoio às decisões gerenciais. 
 A intenção de grande parte das empresas de estar sempre atualizadas e com informações corretas, com isso fazem investimento em sistemas de gestão para que haja uma constante verificação nas suas informações internas, através da avaliação e a manutenção dos controles internos, uma vez que esses controles servem para prevenir ou detectar, na maioria das vezes, as causas das fraudes ocorridas nas organizações. 
De acordo com Martins e Morais (2007, p. 34): 
“Auditoria funciona como o processo sistemático para obter e avaliar prova acerca da correspondência entre informações, situações ou procedimentos e critérios preestabelecidos, assim como comunicar conclusões aos interessados”. (MARTINS E MORAIS, 2007, p. 34)
O controle, segundo Campiglia e Campiglia (1993, p. 11) pode ser visto, também, como uma maneira de garantir a continuidade da empresa, mantendo a entidade em um rumo pré-estabelecido, em uma perspectiva de gestão, deve ser entendido como o conjunto de informações e de ações cujo objetivo é manter o curso das operações dentro de um rumo desejado.
A auditoria surgiu devido à necessidade de controle de contas, relatórios, demonstrações, dados contábeis, ou seja, algo que revelasse os números e resultados, bem como a situação econômica e financeira apresentada aos administradores de uma empresa. 
8
Representa um exame analítico e pericial de procedimentos diversos, sendo empregada, praticamente, em todas as áreas empresariais como mecanismo de controle de qualidade, servindo como ferramenta. Um fato de suma importância, e
 que precisa ser considerado, é a expectativa que a maioria das pessoas tem em relação à detecção de fraudes e erros por parte do auditor.
Desta forma é esperado que os contadores se aperfeiçoem, que se adaptem ao novo ambiente organizacional das sociedades mercantis, buscando novos métodos de trabalho atendendo às necessidades das mesmas. A Auditoria Interna é um dos instrumentos que as empresas podem utilizar para desenvolver suas atividades, para avaliar e examinar o desempenho em um determinando período e também detectar áreas problemáticas sugerindo correções. 
Segundo Almeida (2007, p.62):
 “As normas de auditoria geralmente aceitas, referentes ao trabalho no campo, estabelecem que o auditor deve avaliar o sistema de controle interno da empresa auditada, a fim de determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria. Sendo assim, a eficácia do sistema gerencial dentro de uma organização é indispensável para o sucesso da mesma. Cabe então aos auditores avaliarem o sistema de Controle Interno com o intuito de verificar os mecanismos utilizados, buscando auxiliar a empresa em suas atividades. ” (ALMEIDA, 2007, p. 62)
Observando o que relata Rodrigo Lima (2012, p.10), a auditoria é caracterizada pela emissão de uma opinião técnica e independente adequada para a verificação de fatos e atos empresariais, entendendo que esta prática permite verificar, por meio de um minucioso e sistemático exame, se os objetivos e alterações patrimoniais têm ocorrido de forma eficiente, eficaz e adequada ao planejamento e objetivos da organização.
 Entretanto pode-se citar também Franco e Marra (1995, p. 175) que definem auditoria interna como o exercício de um funcionário da própria empresa, em caráter permanente. Sendo que apesar de se vínculo direto a empresa, deva exercer a atividade com absoluta independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao auditor externo, porém também tendo como foco a verificação de cumprimento das normativas internas da própria empresa.
Assim, pode-se enfocar que o papel do auditor interno é auxiliar os membros da administração a desempenharem eficazmente suas responsabilidades, fornecendo-lhes análises, avaliações, assessorias e informações relativas às atividades da organização dentro 12 das normas internas.
Observando a necessidade que uma empresa possui de ter uma boa gestão de controle, visando a sua continuidade no mercado, os sistemas de controle interno encontram-se como ferramentas auxiliares e essenciais no processo de diminuição de erros e irregularidades, porque através dos quais se promove, ao mesmo tempo, a eficiência das operações e a importância da obediência às suas políticas administrativas. Diante disso, chega-se ao seguinte problema de pesquisa: De que forma a Auditoria Interna auxilia na tomada de decisão da organização?
1.2 Justificativa 
Nas organizações são exigidas que seus vários setores façam parte de um todo, reunindo esforços coletivos para alcançar melhores resultados, deste modo torna-se indispensável a existência de um setor atento às condições de melhorias que possam, eventualmente, surgir. 
Este estudo justifica-se, através da auditoria interna, constatar se o controle interno no setor financeiro auxilia de forma adequada a empresa e prevenir e detectar irregularidades, com segurança.
Destaca-se a relevância deste estudo, pois pretende acrescentar valor a profissão contábil, aos profissionais relacionados à área de auditoria interna e aos gestores, no que diz respeito ao conhecimento da utilização da auditoria interna na empresa e a influência desta ao processo de controle interno, auxiliando a administração. Ainda para o meio acadêmico este estudo busca rever as pesquisas relacionadas ao tema e incentivar a elaboração de futuros estudos. 
Com o objetivode atrair atenção para o tema, o trabalho apontará as falhas e incoerências na atual forma de aplicação dos processos de auditoria interna na organização.
Nesse contexto, o trabalho mostrará como o estudo do tema pode ser aplicado no processo decisório das organizações, identificando o conceito de auditoria bem como a caracterização do processo decisório da empresa estudada, criando um sentimento de confiabilidade entre o profissional de auditoria e a organização.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo são apresentadas considerações sobre auditoria, dando maior enfoque a Auditoria Interna, seus objetivos, sua importância e necessidade para as empresas. Como também estão sendo evidenciados os Controles Internos, seus objetivos e categorias. 
2.1 AUDITORIA 
A auditoria é uma ferramenta de trabalho, onde o seu controle é importantíssimo às empresas, e junto com os controles internos são extremamente eficazes quanto à identificação, proteção e prevenção de erros referente ao patrimônio da empresa.
Para Castro (2010, p. 382), a auditoria passou a ser vista como uma atividade de assessoramento, “com finalidade de garantir que os controles fossem adequados, corretamente executados e que as informações geradas fossem fidedignas, espelhando a realidade financeira e econômica da entidade”. 
Já para Attie (2011, p. 5), a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantando com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado
Ainda, segundo Araújo (2008, p. 10), a auditoria pode ser definida como o processo de confronto entre uma situação encontrada e um determinado critério, o exame das operações, atividades e demonstrativos, que têm por objetivo verificar se estes se encontram em conformidade com determinadas regras, normas e critérios apropriados ou definidos ao elemento auditado em questão.
Conforme o conceito citado pelos autores, a auditoria interna tem um papel de grande importância dentro de uma empresa, é uma atividade independente, de assessoramento aos gestores voltara para eficiência, avaliação e eficácia do sistema de gestão. 
Além de procurar detectar possíveis falhas nos processos, a Auditoria Interna ajuda a corrigi-las e desenvolve-las com o intuito de melhorar a operações realizadas pela empresa.
 2.2 AUDITORIA INTERNA 
A Auditoria Interna é a parte de auditoria que busca desenvolver e avaliar os sistemas gerenciais da empresa auditada, a fim de auxiliar a administração e sócios a cumprir eficazmente suas responsabilidades. Nos tópicos a seguir tratar-se-á dos conceitos, objetivos, importância, necessidade, normas, planejamento, procedimento, riscos, papeis de trabalho e o conceito de fraudes e erros. 
2.2.1 Conceitos 
Existem inúmeras formas de conceituar a Auditoria Interna. Trazendo para a organização uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhora da eficácia de seus processos de gerenciamento de risco, controle e governança, ajuda-a a atingir seus objetivos. 
Para Padoveze (2010), como concepção básica, a auditoria interna deve ter a menor estrutura possível, pois em essência, é uma atividade que refaz tarefas e procedimentos dentro da empresa, na busca da máxima eficiência e eficácia, portanto, a auditoria deve ser minimizada ao máximo, sob pena de serviços e tarefas sendo executada repetitivamente.
Mello (2008, p.1-2), define Auditoria Interna como:
 “A Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade de desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidas para as mesmas. ” (MELLO, Agostinho de Oliveira. Auditoria Interna, 2008, p.1-2)
Conforme os conceitos citados pelos autores, a Auditoria Interna tem um papel essencial dentro das empresas, é uma atividade independente e de assessoramento ao pessoal da administração, voltada para a avaliação, eficiência e eficácia dos sistemas gerenciais. Procura detectar falhas nos processos, corrigi-las e desenvolvê-las a fim de melhorar as operações realizadas pela empresa, busca também averiguar se as políticas, metas e objetivos estão sendo alcançadas. 
2.2.2 Objetivos da Auditoria Interna 
Quanto aos objetivos, a Auditoria Interna fornece análises, avaliações, recomendações, conselhos e informações concernentes às atividades examinadas. O objetivo da auditoria inclui promover um efetivo controle a um custo razoável. Portanto, o objetivo da Auditoria Interna não é apenas observar como os Controles Internos funcionam, mas também averiguar e examinar se as informações estão sendo utilizadas com o objetivo de desenvolver as atividades da empresa. Bem como monitorar e estabelecer planos e métodos de trabalho para tornar os mecanismos mais eficientes atendendo principalmente aos interesses dos gestores. 
2.2.3 A Importância e Necessidade da Auditoria Interna
 Com o constante desenvolvimento das empresas e a diversificação de suas atividades econômicas, a Auditoria Interna vem se tornando um recurso indispensável para avaliar a eficiência dos gestores e zelar pela confiabilidade das informações geradas. 
Desta forma, pode-se constatar que a Auditoria Interna é uma ferramenta de controle sobre as informações, registros, ações e funções existentes nas organizações, que serve de auxílio aos administradores e proprietários para a tomada de decisão, identificando áreas problemáticas e sugerindo correções. 
2.2.4 Normas da Auditoria Interna
As Normas Brasileiras de Contabilidade agem como instrumentos reguladores dos trabalhos de Auditoria Interna, os auditores devem sempre estar atualizados, atender as normas vigentes e buscar realizar seu trabalho de forma eficiente e com responsabilidade.
O CFC (1995) define no item 3.1.1 da NBC P 3 – Normas Profissionais do Auditor Interno que:
O Contador, na função de Auditor Interno, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à Entidade.
Franco e Marra (1992, p.51) enfatizam que:
As normas são entendidas as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da
profissão contábil, em todos os países, com objetivo de regulamentar o exercício da função do auditor independente, estabelecendo orientação e diretrizes a serem
seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções.
2.2.5 Riscos da Auditoria Interna
A Auditoria Interna é realizada com o objetivo de examinar as informações geradas pela empresa, verificar se os mecanismos de Controle Interno estão funcionando de forma correta e auxiliar os gestores no cumprimento de suas responsabilidades. Entretanto podem surgir alguns riscos no decorrer de uma auditoria, ou seja, os relatórios emitidos pelo auditor podem conter erros ou irregularidades que não foram detectados no processo de auditoria.
A NBC T 11, no item 11.2.3.2 registra que:
A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do Auditor Interno no uso dos trabalhos de especialistas.
Franco e Marra (1992, p.248) citam três circunstâncias em que os riscos de auditoria podem se manifestar:
1. O erro ou irregularidade ocorreu nos registros ou nas demonstrações contábeis, dando origem ao chamado risco inerente ou implícito.
2. O erro ou irregularidade não foi detectado pelo sistema de controle interno da entidadeauditada, gerando o chamado risco de controle.
3. Ao aplicar os procedimentos de auditoria, o auditor também não detecta os erros, advindo daí o chamado risco de detecção.
Diante o exposto, entende-se que os riscos da Auditoria Interna devem estar evidenciados na fase inicial, ou seja, no planejamento, de forma a buscar procedimentos mais específicos e exames mais efetivos e eficientes para detectá-los. Contudo é importante que haja cautela, pois o risco da auditoria pode se manifestar de formas diferentes durante o processo, bem como é variável de uma auditoria para outra.
2.3 Controle Interno
A economia do Brasil passa por diversas modificações que afetam principalmente empresas do setor privado, de tal forma que as mesmas necessitam adaptar-se às novas condições do mercado competitivo. Surge então a necessidade de criação de um sistema que auxilie a administração no controle de suas atividades. O Controle Interno é uma ferramenta de suma importância para este controle e tem o objetivo de proteger os bens de prejuízos decorrentes de fraudes ou erros involuntários; assegurar a validade e integridade dos dados contábeis utilizados pela gerência na tomada de decisões; promover a eficiência operacional da empresa dentro das normas estabelecidas, abrangendo aspectos, tais como práticas de emprego, treinamento, controle de qualidade, planejamento de produção, política de vendas e Auditoria Interna. (REZENDE E FAVERO, 2004).
Almeida (2012, p.57) define:
Controles Internos representam em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas om os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
Franco e Marra (1992, p.207) destacam que Controles Internos são:
(...) todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e
verificação administrativa, que permitem prever, observar, dirigir ou governar os
acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzem reflexos em seu patrimônio.
São inúmeras as definições para Controle Interno, no entanto foram selecionadas as definições mais relevantes para o presente trabalho. Conforme as definições dos autores, os Controles Internos são todas as ferramentas que os gestores utilizam para assegurar que as informações geradas sejam confiáveis e estejam de acordo com as normas e políticas pré-estabelecidas. Contudo não basta que o auditor saiba o que constitui um bom sistema de Controle Interno, sua função é estudar, avaliar e descobrir possíveis deficiências ou falhas do sistema.
O Controle Interno é a base de qualquer trabalho de auditoria, pois é através dele que os auditores podem avaliar o processo de gestão, bem como verificar se os erros e irregularidades estão sendo reduzidos. No entanto com as definições citadas anteriormente, pode-se perceber que um sistema de Controle Interno se estende além dos assuntos relacionados diretamente as funções da contabilidade e dos departamentos financeiros, engloba também os aspectos operacionais dentro da organização.
Diante das definições, a seguir apresentar-se-á o quadro 1 que demonstra a classificação dos Controles Internos.
Quadro 1 – Classificação dos Controles Internos
	Classificação dos Controles Internos
	Descrição
	
Controles Contábeis
	Esses controles são aqueles relacionados com a proteção dos ativos e a validade dos registros contábeis. Eles incluem o sistema de autorização e aprovação e a segregação das funções de registro daquelas efetuadas pelo departamento que gera as transações objeto de seu registro ou das relativas à custódia dos ativos.
	
Controles Administrativos
	Esses controles normalmente se relacionam de forma indireta aos controles internos contábeis. Eles compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos relacionados com a eficiência operacional, bem como o respeito e obediência às políticas administrativas. Incluem também controles estatísticos, programas de treinamento de pessoal e controles de qualidade, entre outros.
Adaptado de CRC-SP (1996).
Sendo assim, os Controles Internos têm como objetivo fornecer a contabilidade, dados corretos, com o intuito de objetivar a escrituração exata dos fatos ocorridos, e que sejam evitados desperdícios e erros. É importante também que estes controles tenham mecanismos suficientes para detectar qualquer irregularidade quando esta ocorrer, e que o Controle Interno aplicado seja monitorado de forma contínua dentro da organização tendo efeito preventivo sobre procedimentos adotados pela empresa.
2.3.1 Objetivos do Controle Interno
A definição e a importância do Controle Interno abrangem vários processos onde o gestor determina seu objetivo, projeta seus planos para alcançar este objetivo, busca mecanismos eficientes para controlar.
Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p.84-85), explanam os principais objetivos do
conjunto de sistema de Controle Interno:
a) verificar e assegurar os cumprimentos às políticas e normas da companhia, incluindo o código de éticas nas relações comerciais e profissionais;
b) obter informações adequadas, confiáveis, de qualidade e em tempo hábil, que sejam realmente úteis para as tomadas de decisões;
c) comprovar a veracidade de informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais;
d) proteger os ativos da entidade, o que compreende bens e direitos;
e) prevenir erros e fraudes. Em caso de ocorrência dos mesmos, possibilitar a descoberta o mais rápido possível, determinar sua extensão e atribuições de corretas responsabilidades;
f) servir como ferramenta para a localização de erros e desperdícios, promovendo ao mesmo tempo a uniformidade e a correção;
g) registrar adequadamente as diversas operações, de modo a assegurar a eficiente utilização dos recursos da empresa;
h) estimular a eficiência do pessoal, mediante a vigilância exercida por meio de relatórios;
i) assegurar a legitimidade dos passivos da empresa, com o adequado registro e controle das provisões, perdas reais e previstas;
j) assegurar o processamento correto das transações da empresa, bem como a efetiva autorização de todos os gastos incorridos no período; e
k) permitir a observância e estrito cumprimento da legislação em vigor.
De forma mais sucinta Attie (1998, p.117) evidencia quatro objetivos básicos do Controle Interno:
· a salvaguarda, dos interesses da empresa;
· a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais;
· o estímulo à eficiência operacional; e 
· a aderência às políticas existentes.
Em relação aos objetivos básicos citados por Attie, pode-se considerar que “a salvaguarda, dos interesses da empresa” refere-se à proteção do patrimônio da empresa contra quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou irregularidades. E no que diz respeito “a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais” o objetivo compreende a geração de informações adequadas e oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender eventos realizados na empresa. Já o objetivo em relação ao “estímulo à eficiência operacional” determina prover os meios necessários à condução das tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação tempestiva e uniforme. E por último, o objetivo do Controle Interno em relação “a aderência às políticas existentes” é assegurar que os desejos da administração, definidos através de suas políticas e indicados por meio de seus procedimentos, sejam adequadamente seguidos pelo pessoal. (ATTIE, 1998).
2.3.2 Categoria de Controles Internos
Os sistemas de Controle Interno são estabelecidos a partir de um objetivo que se quer alcançar, no entanto este objetivo pode ser atingido de várias formas, passando por diversas categorias de controle.
No quadro 2 é evidenciado as categorias de Controles Internos, como também algumas características de cada uma das categorias.
Quadro 2 – Categorias de Controle
	CATEGORIA DE CONTROLES INTERNOS
	
	CARACTERÍSTICAS
	
CONTROLES GERENCIAIS
	
	Sãodispositivos pelos quais as informações são produzidas e fornecidas à administração da empresa de forma que possam ser controladas, revisadas e utilizadas.
· Identificar o modo pelo qual a administração utiliza os relatórios a análises obtidas;
· certificar-se que os registros contábeis são isentos de erros;
· identificar pontos fortes e determinar se os controles do sistema de informações merece confiança do auditor;
· considerar o grau de confiança do auditor nos controles internos como indicador para confiança em outros sistemas de controles internos;
· identificar recomendações para melhorias nos sistemas.
	
CONTROLES FUNCIONAIS
	
	Esses controles estão voltados para estrutura funcional e organizacional da empresa e objetivam normatizar a distribuição das funções para cada indivíduo, suas responsabilidades etc.
· Considerar como a administração determina e comunica políticas de procedimentos;
· considerar como a administração distribui funções e estabelece limites de autoridade;
· identificar se os controles organizacionais são confiáveis para o auditor;
· identificar falhas e considerar até que ponto essas falhas podem tornar outros controles ineficazes.
	
CONTROLES INDEPENDENTES
	
	São aqueles estabelecidos pela administração, mas não relacionados ao fluxo diário da documentação.
· Reconciliação das contas bancárias com os extratos;
· conferência do saldo das contas do razão com o saldo da conta-controle;
· análise periódica e regularização de pendências;
· investigação de documentos com valores divergentes;
· verificação interna/revisão dos procedimentos por outros funcionários para assegurar a execução correta;
· auditoria interna;
· inspeção física de ativos.
	
CONTROLES DE FLUXO
	
	
São aqueles que são inseridos no próprio fluxo de documentação e que visam dar segurança aos procedimentos e às normas.
· Identificação de pontos fortes;
· Determinação se os controles de fluxo fundamentam a confiança do auditor.
Ex: cálculo de notas fiscais.
Fonte: Adaptado de CRC-SP (1996).
2.3.3 Controles Financeiros
Os controles financeiros são indispensáveis para a gestão de uma empresa, pois apesar de existir outros controles, o controle financeiro é a base do sistema de controles internos da organização e é a partir dele que todos os outros controles tornam-se viáveis. Os principais controles financeiros são: os controles de caixa, controles de contas a pagar e controles de contas a receber.
Quadro 3 – Controles Financeiros
	CONTROLES FINANCEIROS
	DEFINIÇÃO
	
Controles de Caixa
	O controle de caixa tem a finalidade de manter o
registro de todos os recebimentos e pagamentos da
empresa que ocorrem diariamente. E também é o
setor mais provável de sofrer desvios e desfalques,
como por exemplo: fazer o registro da vendas a
menor, deixar de registrar vendas, etc.
	
Controles de Contas a Pagar
	O controle de contas a pagar proporciona uma
visualização global dos compromissos assumidos
pela empresa, permitindo acompanhar de forma fácil
os pagamentos a serem efetuados em determinado
período. O responsável pelas contas a pagar tem por
objetivo verificar, controlar e processar os
pagamentos de contas (as notas fiscais, recibos,
faturas de fornecedores, etc.), através da emissão de
autorização de pagamentos e respectivos cheques.
	
Controles de Contas a Receber
	As contas a receber são representadas por faturas ou
duplicatas e são relacionadas com as receitas da
empresa. A correta administração das contas a
receber pode resultar em melhorias das operações,
no entanto, se os candidatos a crédito e os métodos
de cobrança não forem escolhidos corretamente,
poderá haver redução nos recebimentos de caixa, o
que poderá fazer com que a empresa procure capital
adicional para financiar as vendas.
Fonte: Adaptado de Reinert (2008).
Refletindo sobre as definições acerca dos controles financeiros, percebe-se que uma boa gestão financeira é essencial para o sucesso empresarial, pois o objetivo de todas as empresas é obter o lucro. Para que seja possível alcançar este objetivo é necessário que se tenham dados e informações confiáveis oriundas dos controles de caixa, contas a pagar e contas a receber.
2.3.4 Avaliação do Controle Interno
A avaliação do Controle Interno deve ser realizada de acordo com a necessidade da empresa auditada, onde o auditor através de seus conhecimentos específicos determina as possíveis consequências e implicações do processo auditorial, bem como os procedimentos a serem adotados.
No quadro a seguir são demonstrados quatro aspectos para avaliar os controles internos.
Quadro 4 – Avaliação dos Controles Internos
	ASPECTOS
	DESCRIÇÃO
	
Sistema de Controle Interno Adequado.
	Compreende todos os aspectos fundamentais, procedimentos e práticas compatíveis, possibilitando alcançar os objetivos que foram propostos
	
Sistema de Controle Interno Adequado, Podendo
ser Aprimorado
	Contém descrição semelhante ao anterior, entretanto é recomendável que o sistema seja aperfeiçoado de acordo com as circunstâncias e necessidades, podendo inclusive torna-se mais econômico e confiável.
	
Sistema de Controle Interno Adequado, Com
Fraquezas.
	Apresenta deficiências que podem vir a afetar o sistema de controle como um todo, no momento de sua descoberta deve ser acompanhado pelo auditor para a determinação de suas consequências.
	
Sistema de Controle Interno Inadequado
	Possui graves problemas nos sistemas de controle interno, ou até mesmo inexiste. Desta forma, permite que ocorram anomalias, fraudes e atos de dolo contra a empresa.
Fonte: Adaptado de Attie (1992).
Os aspectos citados no quadro 5 são de suma importância no decorrer do processo da auditoria, pois diante dos resultados obtidos o auditor pode tomar as providências necessárias, sugerindo reestruturação, correção ou manutenção dos sistemas de controles internos.
3 METODOLOGIA 
Segundo Gil (2007), pesquisas metodológicas são importantes para demarcar uma teoria do trabalho elaborado e para possibilitar uma aproximação quanto aos conceitos, podendo ser ela exploratória descritiva ou explicativa. 
As empresas estão cada vez mais dando importância à auditoria interna depois que passam por uma fiscalização, sendo uma ferramenta essencial para auxiliar os administradores ter uma visão ampla no negócio, com as informações exatas da situação patrimonial e financeira da empresa. 
Conforme Vergara (2004, p. 49) “estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo”.
O presente trabalho procura mostrar a importância da auditoria interna nas empresas, frente ao mundo globalizado que a sociedade está vivendo hoje, e com atitudes e ideias para elevar os resultados, além da sua contribuição para a prevenção de erros e fraudes, através do acompanhamento dos controles internos. 
 O caráter do trabalho configura-se como sendo um estudo de caso e pesquisa qualitativa, pois tem como objetivo pesquisar a respeito da aplicação da auditoria interna na tomada de decisão de uma organização de grande porte. 
4 ESTUDO DE CASO
A pesquisa apresenta em seu estudo de caso, os dados retirados de uma Empresa que atua no ramo de material de construção como forma de identificar a estrutura organizacional e analisar sistemas de Controles Internos.
Neste capítulo é apresentado o histórico da empresa estudada, a coleta de dados, a análise da estrutura organizacional da empresa e a análise dos Controles Internos.
4.1 A EMPRESA 
A empresa a ser estudada nesta pesquisa trata-se de uma organização de médio porte, cujo nome empresarial não poderá ser divulgado por motivo de sigilo. Ela está inserida no ramo de material de construção há 26 anos, iniciou suas atividades no dia 1° de março de 1983 quando o sócio proprietário começou a fazer um trabalho diferenciado na parte do atendimento no corpo a corpo com os seus clientes. É uma organização que acima de tudopreza pela qualidade dos produtos e serviços oferecidos, pois sabe que somente assim poderá manter ou até aumentar o grau de satisfação de seus clientes e da sociedade em geral.
A empresa matriz fica localizada em Petrolina, onde possui mais 5 filiais sendo 1 delas o seu escritório administrativo e mais 4 filiais em Juazeiro. Conta hoje com 200 funcionários, sendo eles da área comercial, compras, entrega, faturamento, administrativo\financeiro, onde os mesmo estão em constante processo de qualificação visando a excelência nos serviços prestados. Atualmente esta organização está representada por três sócios, sendo dividida em 50% para um sócio e 25% de cada para os outros dois. A empresa hoje é uma das principais do ramo na cidade onde atua.
A estrutura organizacional da empresa apresenta-se de acordo com a figura I
Figura 01 – Estrutura organizacional da empresa 
Fonte: Desenvolvido pelas autoras
3.2 PESQUISA E ANALISE DE DADOS 
3.2.1 Dados Coletados
Através de um questionário aplicado aos gestores da empresa, foram coletadas importantes informações para o andar e desenvolvimento deste trabalho que estão descritos abaixo, para que fosse possível analisar a importância da Auditoria Interna no processo de tomada e decisões. 
1-)Vocês possuem uma auditoria interna? ( ) Sim ( )Não
2-)Porque se decidiram implantar a auditoria interna? 
3-)De que forma a auditoria interna auxilia no processo decisório da empresa?
 4-)Que benefícios a auditoria trará para a organização?
5-) - Entre os benefícios abaixo citados atribua valores de 1 a 5, de forma a organizar os benefícios que considera mais relevantes ao menos relevante:
 5.1 Melhoria do Controle Interno ______ 
5.2 Maior rigorosidade no comprimento de normas ______ 
5.3 Diminuição de prática de Fraudes _______ 
5.4 Aumento de receitas ______ 
5.5 Reduzir Custos _______
6-) Como a empresa avalia o custo benefício da auditoria interna?
REFERÊNCIAS
ALBERTON, Luiz. Uma Contribuição Para a Formação de Auditores Contábeis
ALMEIDA, Marcelo C Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, Marcelo C Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ATTIE, W. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 6. ed., São Paulo: Atlas S.A.,2011.
ARAUJO, I. P. S; ARRUDA, D. G; BARRETO, P. H. T. Auditoria Contábil: Enfoque Teórico, Normativo e Prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n° 781/95 de 24 de março de 1995. Aprova a NBC P 3 – Normas Profissionais do Auditor Interno. Disponível em: < http:// www.cfc.org.br >
FRANCO, Hilário, MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil, 4 ed. atualizada, São Paulo, Atlas, 2011.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IBRACON. NPA – Normas e Procedimentos de Auditoria. Disponível em: http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/lisPublicacoes.php?codCat=2
IIA – INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Normas internacionais para a prática profissional de auditoria interna. Disponível em: <http://www.iiabrasil.org.br/new/IPPF.html>.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu Martins; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável as demais sociedades. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
MAESTA, V. P. A Importância da Auditoria Interna nas Organizações. Revista 
Contábil & Empresarial Fiscolegis. 2008. 11 par. Disponível em: 
http://www.netlegis.com.br/indexRC.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=1271.>
Manual de Auditoria Contábil: De acordo com as Leis 11.638/07 e 11.941/09: teoria e prática. 3.ed. Curitiba: Juruá, 2009. 
NBC T 11 - Informação e Documentação – Citações em Documentos.
OLIVEIRA, L. M. et al. Curso básico de auditoria. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, Erlon Rodrigo. A Importância da Auditoria Interna Na Gestão dos Recursos Financeiros: Um Estudo de Caso Em Uma Rede Concessionárias de Veículos. Florianópolis 2008, p.58, Universidade Federal de Santa Catarina, 2008.
Diretoria
Gerência geral
Contabilidade
Gerência de vendas
Compras
Vendas 
Encarregados
Serviços gerais

Continue navegando

Outros materiais