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Causas da Queda dos Preços do Petróleo

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Universidade Pualista- Campus JK
Direito
João Augusto Moura Câmara
F3104C0
Petroleo: causas das variações dos preços 
no dia 09/03/2020
São Jose do Rio Preto
2020
Causas das variações dos preços do petróleo dia 09/03: 
Os preços do petróleo, que já estavam em trajetória de queda em meio ao avanço do novo coronavírus, derreteram neste ano, recuando para mínimas que não eram registradas desde 1999, chegando a cair abaixo de US$ 16.
O tombo é um resultado direto da queda da demanda global, que se acentuou com as medidas de isolamento de governos para conter a pandemia e depois que a Arábia Saudita iniciou uma guerra de preços contra a Rússia.
Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não têm sido suficientes para evitar uma sobreoferta.
Com o aumento das reservas nos Estados Unidos nas últimas semanas, os produtores foram obrigados a baixar o preço para fazer essa conta fechar, provocando o colapso dos preços – no dia 20 de abril, o contrato mais próximo do vencimento nos EUA  
Entenda abaixo as razões que explicam a queda dos preços do barril e os impactos na economia global e no Brasil:
Arábia Saudita anuncia redução de preço
A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, decidiu adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, o que detonou uma tempestade nos mercados. O país anunciou também que planeja aumentar a sua capacidade de produção pela primeira vez em mais de uma década.
Os sauditas têm produzido cerca de 9,7 milhões de bpd nos últimos meses, mas há capacidade adicional de produção que pode ser acionada. O país também tem centenas de milhões de barris em estoque.
Com a desaceleração das produções ao redor do mundo, a Arábia Saudita propôs aos produtores da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e à Rússia, que não faz parte do consórcio, que combinassem uma redução conjunta de sua produção para tentar conter a queda abrupta do preço da commodity.
O presidente russo, Vladimir Putin, não aceitou o acordo e, em retaliação, a Arábia Saudita, maior produtora global de petróleo, ordenou o aumentou de produção de 50% da estatal petroleira Saudi Aramco, o que levou a uma oferta gigantesca no mercado e à maior queda diária nos preços do barril desde a guerra do Golfo, em 1991.
Fracasso de negociações entre Opep e Rússia
A decisão da Arábia Saudita de reduzir o preço e aumentar a produção vem na esteira do fracasso das negociações entre Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia, que é o 3º maior produtor mundial e se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países do grupo para estabilizar os preços do petróleo. Como resposta ao governo da Rússia, a Opep removeu todos os seus limites de extração da commodity.
Embora não faça parte da Opep, a Rússia integra há mais de 3 anos a chamada Opep+, que reúne um grupo de 24 países, responsável por cerca de metade do petróleo mundial. A aliança foi formada no final de 2016, quando países como Rússia, México e Cazaquistão também decidiram atuar em conjunto com a Opep para limitar a produção global de petróleo e buscar estabilizar o preço do petróleo acima de US$ 60, atuando como um contraponto ao Estados Unidos, o maior produtor mundial de petróleo.
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Queda da demanda global
Em 12 de abril, Arábia Saudita, Opep e Rússia chegaram a um acordo, intermediado com a ajuda de Trump, para um corte histórico na produção global: uma redução de 10%, algo em torno de 9,7 milhões de barris por dia (duas vezes mais do que foi cortado durante a crise de 2008).
Analistas consideram, entretanto, que os cortes não são suficientes para compensar a forte redução da demanda.
Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris, enquanto a demanda recuou 30%.
Um estudo feito pela consultoria IHS Markit estimou que a produção global deve cair em até 14 milhões de barris por dia conforme países como Estados Unidos e Canadá cortem sua produção para tentar conter o prejuízo, já que apenas entre fevereiro e março de 2020 os preços do barril desabaram de US$ 53 para menos de US$ 22.
Referências:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/03/09/o-que-explica-o-tombo-do-preco-do-petroleo-e-quais-os-seus-efeitos.ghtml

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