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Como organizar a Atenção Domiciliar no território? Uma vez habilitado o SAD no município ou estado, com publicação de portaria, o gestor deverá realizar algumas ações para que o Programa Melhor em Casa alcance, de maneira qualificada e efetiva, seus objetivos. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA IMPLANTAÇÃO DO SAD: Comunicação e informação/divulgação: a coordenação local do SAD deverá promover reuniões e oficinas com todos os pontos da rede de atenção à saúde para discussão sobre a atenção domiciliar e a compreensão do perfil de usuário que necessita deste cuidado; Promover o diálogo com a sociedade civil, por meio dos espaços como conselhos municipais (saúde, educação, assistência social), órgãos de proteção ao cidadão, promotoria pública entre outros, a fim de esclarecê-los em relação à Atenção Domiciliar, para que estes se tornem parceiros na defesa, organização e implementação desta modalidade de cuidado em saúde no município; Pactuar fluxos de encaminhamento: articular com todos os pontos de atenção da rede de saúde para pactuar fluxos de encaminhamento interno e externo (AB, Hospital, Serviço de Urgência/Emergência, especialidades, SAMU, Regulação) do usuário em atenção domiciliar, o que facilitará a referência e contra-referência; Pactuar os serviços de retaguarda: pactuar os serviços de apoio diagnóstico, especialidades, urgência e hospitalares, que funcionarão como retaguarda tanto para as equipes de atenção básica (modalidade AD1) como para as equipes do Serviço de Atenção Domiciliar (modalidade AD2 e AD3); Pactuar fluxo de declaração de óbito em horários de não funcionamento do SAD , com os médicos da atenção básica, com plantonistas do Hospital e/ou dos Serviços de Urgência e Emergência. É fundamental que as equipes de fazem AD (atenção básica e EMAD) tenham acesso ao formulário de D.O; Estabelecer fluxo entre EMAP, NASF e ambulatórios (núcleos/centros de reabilitação), no caso dos usuários que necessitam de cuidados em reabilitação; Acesso a equipamentos e insumos necessários ao cuidado: - Medicamentos constantes na RENAME; - Insumos necessários à terapia nutricional, desde dieta artesanal até dietas especiais quando se fizer necessário; - Equipamentos e insumos (aspiradores, inaladores, equipamentos de ventilação artificial, materiais de curativos, sondas, e outros); - Veículo para deslocamento dos profissionais; - Telefones celulares institucionais para facilitar a comunicação da equipe, e entre a equipe e usuários/familiares; Acesso à infra-estrutura mínima para sede das equipes: espaços que podem estar compartilhados com outros serviços de saúde, devendo ser garantido, para o processo de trabalho, sala, mesa de reuniões e para computador, estante, arquivos, computador, telefone, etc. Instituir a identificação visual do Programa Melhor em Casa: no veículo e jaleco, além da logomarca do SUS e do município/estado); Pactuar transporte sanitário: para o deslocamento do usuário, caso se faça necessário (exames, consulta especializada, intercorrências e urgência), em caráter eletivo ou de urgência; Fomentar educação permanente com os profissionais da EMAD e EMAP: visando a reflexão e compreensão sobre a atenção domiciliar e sobre a identificação dos usuários passíveis de necessidade destes cuidados; além da discussão sobre a abordagem diferenciada que a atenção domiciliar pressupõe (com foco nos procedimentos adaptados ao ambiente domiciliar, abordagem familiar, orientações aos cuidadores, intercorrências agudas, violência no domicílio e outros). COMO FAZER? • Realizar o diagnóstico situacional da população mais frágil com indicação de atendimento domiciliar, por meio de mapeamento do território, podendo este ser realizado pelos ACS e/ou profissionais de saúde; • Estabelecer os critérios para inclusão e alta do usuário em Atenção Domiciliar, tanto na modalidade AD1 (atenção básica) como AD2 e/ou AD3 (serviço de atenção domiciliar); • Articular com todos os pontos de atenção da rede de saúde para pactuar fluxos de encaminhamento interno e externo do usuário em atenção domiciliar, o que facilitará a referência e contra referência; • Pactuar os serviços de apoio diagnóstico, especialidades, urgência e hospitalares, que funcionarão como retaguarda tanto para as equipes de atenção básica (modalidade AD1) como para as equipes do Serviço de Atenção Domiciliar (modalidade AD2 e AD3); Saiba mais: Cadernos de Atenção Domiciliar e Programa Multicêntrico de Qualificação em Atenção Domiciliar http://dab.saude.gov.br/portaldab/ http://dab.saude.gov.br/portaldab/ • Fomentar educação permanente com todos os profissionais da rede de saúde, visando a reflexão e compreensão sobre a atenção domiciliar e sobre a identificação dos usuários passíveis de necessidade destes cuidados; • Estabelecer que a prática do atendimento domiciliar na modalidade AD1 seja sistematizada, regular e programada, com rotina para visitação e trabalho multiprofissional, garantindo que a atenção domiciliar seja prioridade no processo de trabalho das equipes de atenção básica; • Estabelecer que exista comunicação e trabalho compartilhado entre as equipes EMAD e EMAP do Serviço de Atenção Domiciliar (modalidade AD2 e AD3) e as equipes de atenção básica de referência do território, garantindo a longitudinalidade do cuidado; • Instituir o prontuário domiciliar, em 2 vias (uma via institucional e outra via domiciliar) como ferramenta que assegura a comunicação entre os profissionais que estão realizando o cuidado domiciliar e outros profissionais da rede, como por exemplo profissionais do SAMU no caso de uma intercorrência, ou do Hospital no caso de reinternação; • Instituir, no processo de trabalho das equipes que realizarão cuidado domiciliar no município, as ferramentas: projeto terapêutico individual, genograma, instrumento de avaliação e classificação do usuário por complexidade do cuidado, planilha de visitação, mapa da área de abrangência e outros; • Promover o diálogo com a sociedade civil, por meio dos espaços como conselhos municipais (saúde, educação, assistência social), órgãos de proteção ao cidadão, promotoria pública entre outros, a fim de esclarecê-los em relação a Atenção Domiciliar, para que estes tornem-se parceiros na defesa, organização e implementação deste cuidado em saúde no município. BENEFÍCIOS: Acompanhamento clinico longitudinal domiciliar dos usuários restritos ao leito ou ao lar; Permite a identificação precoce de complicações, por meio de busca ativa, facilitando e intervenções pertinentes que podem evitar hospitalizações recorrentes e reduzir a busca por serviços de urgência e emergência; Favorece a redução do período de internação hospitalar, por meio de desospitalização, viabilizando leitos hospitalares e sua melhor ocupação; Proporciona otimização dos custos, com cuidado adequado e graus elevados de satisfação do usuário; Oferta de atendimento qualificado visando à humanização da atenção, preservação dos vínculos familiares e a ampliação da autonomia do usuário e da família para o cuidado à saúde.
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