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APS 6º - Função Social dos Contratos e Autonomia da Vontade-convertido

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
APS 6º - FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS E AUTONOMIA DA 
VONTADE 
 
 
NOME: Ana Paula Barbosa 
RA: B222EG-9 
SEMESTRE: 6º semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jundiaí / SP 
2020 
RESUMO 
 
Esta pesquisa teve por objetivo demonstrar a relação entre a função social dos 
contratos e os limites dados pela autonomia da vontade. Para elaboração dessa 
pesquisa foi utilizado como metodologia a pesquisa bibliográfica com base em 
doutrinas que se relacionavam com o tema. A pesquisa traz breve exposições de 
autores como Maria Helena Diniz, Fran Marins e Silvio Rodrigues, entre outros, 
sobre como a autonomia da vontade tornou-se limitada devido à função social da 
propriedade. A pesquisa se inicia com uma introdução ao assunto, dando 
continuidade em seu desenvolvimento que trata inicialmente do conceito de 
contrato para melhor posicionar o leitor. Na sequência, abrange-se o princípio da 
autonomia da vontade e, por fim, conclui-se a pesquisa demonstrando a relação 
dessa autonomia com a função social do contrato. 
 
Palavras-chave: Função Social; Contrato; Autonomia; Vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho foi desenvolvido com base em pesquisa bibliográfica, 
utilizando citações retiradas de obras de autores como Maria Helena Diniz; Fran 
Martins; Orlando Gomes; Rizzardo; Silvio Rodrigues entre outros. Essa pesquisa 
foi elaborada para trazer uma breve compreensão acerca do tema: Função social 
dos contratos e autonomia da vontade. 
Trata-se de uma pesquisa breve que apresenta inicialmente o conceito de 
contratos, dando continuidade com o princípio da autonomia da vontade que regem 
os contratos assim como outros não aprofundados nessa pesquisa. O desfecho da 
pesquisa mostra como a função social dos contratos traz limitações à autonomia 
da vontade, além de destacar a importância dessa limitação para a permanência 
da ordem na sociedade e suas relações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Função social dos contratos e autonomia da vontade 
 
De acordo com o autor ORLANDO GOMES (1995) toda relação é composta 
de um fato e de um vínculo, sendo que, se a esse fato a lei conferir efeitos jurídicos, 
então haverá uma relação jurídica, na qual os atores ocuparão ou a posição ativa 
ou a posição passiva. Tal como será demonstrado nesse trabalho, esse vínculo, 
nas relações contratuais, deve surgir da vontade livre. 
As relações jurídicas nascem a partir dos chamados fatos jurídicos, que 
correspondem a todo acontecimento capaz de produzir efeito jurídico. RIZZARDO 
(2002) vê o fato jurídico como “todo acontecimento emanado do homem ou das 
coisas e que produz consequências jurídicas”. 
E então ORLANDO GOMES (1995) acrescenta que a função mais 
característica do negócio jurídico é que “ele serve de meio de atuação das pessoas 
na esfera de sua autonomia”. Salientando ainda que “é através dos negócios 
jurídicos que os particulares autorregulam seus interesses, estatuindo as regras a 
que voluntariamente quiseram subordinar o próprio comportamento.” 
Entre os atos jurídicos, os contratos estão em primeiro lugar, conforme 
aponta RIZZARDO (2002) em sua obra. O autor se justifica ao dizer que isso ocorre 
porque os contratos são “aqueles por meio dos quais os homens combinam os seus 
interesses, constituindo, modificando, ou solvendo algum vínculo jurídico.” 
Seguindo essa mesma ideia, SILVIO RODRIGUES (2003), nos indica o 
contrato como sendo o negócio jurídico bilateral, isto é, que decorre do acordo de 
mais de uma vontade que visam produzir efeitos jurídicos. 
Para Maria Helena Diniz (2011, p. 39): 
 
Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem 
jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre 
as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações 
jurídicas de natureza patrimonial. 
 
Trata-se de um negócio jurídico bilateral; resulta do consentimento, ou seja, 
da manifestação livre da vontade; produz efeito jurídico, visto que as partes ficam 
reciprocamente obrigadas ao cumprimento do pacto firmado, pois o contrato possui 
força de lei entre as partes, cujo cumprimento é garantido pelo ordenamento 
jurídico. 
Fran Martins (2002, p. 81), diz que: 
 
Uma das características gerais dos contratos é serem as suas condições 
livremente estipuladas pelas partes. Tratando-se de um acordo de 
vontades, é lógico que somente quando coincidem os pontos de vista das 
partes interessadas poderá realizar-se esse acordo. A livre estipulação 
pelas partes das condições contratuais é baseada no clássico princípio da 
autonomia da vontade [...]. 
 
Dentre os princípios relativos aos contratos, o mais relevante é o princípio 
da autonomia da vontade, visto que o contrato e as obrigações dele decorrentes 
tem como fonte primordial o exercício livre da vontade. 
Para THEODORO JÚNIOR (1993), “a ideia de contrato vê na vontade dos 
contratantes a força criadora da relação jurídica obrigacional, de sorte que nesse 
terreno prevalece como sistema geral a “liberdade de contratar”, como expressão 
daquilo que se convencionou chamar “autonomia da vontade”. 
A liberdade de contratar nunca foi absolutamente ilimitada, pois tanto a 
ordem pública quanto os bons costumes trouxeram restrições. Contudo, além 
dessas limitações, existem atualmente outras como por exemplo os direitos da 
personalidade, a questão econômica e a função social do contrato. 
Este último, objeto de estudo nessa pesquisa, é uma cláusula geral que visa 
tutelar o interesse coletivo, ante as relações individuais de cunho contratual. Da 
mesma forma que a doutrina clássica fala de interesse público e privado, hoje se 
fala, também, de interesse social e interesse individual, sendo esse o ponto de 
partida para a compreensão do que seja a função social. Atualmente, a expressão 
“função social” tem sido empregada em todas as áreas, e começa a povoar diversos 
ramos do direito, porém, cabe acrescentar que “a propriedade foi o primeiro instituto 
jurídico sobre o qual se argumentou a respeito da observância de sua função 
social”. 
No texto constitucional não há, como já mencionado, expressamente, a 
previsão da função social do contrato, porém, podemos chegar a ela por meio da 
função social da propriedade. A regra constitucional que prevê a função social da 
propriedade estabelece a seguinte regra: 
 
Art. 5°, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social. 
 
Dessa forma, considerando que o contrato é o instrumento por meio do qual 
propriedade circula, conclui-se, portanto, que se o objeto do contrato deve atender 
a sua função social, por decorrência lógica, o contrato e a liberdade de contratar 
devem, também, se alinhar ao bem comum e aos interesses coletivos, para garantir 
a harmonia e a paz entre as pessoas, que representam o escopo primeiro da função 
social. 
LISBOA (2005), ao buscar um significado para a função social conclui que 
“a coisa que possui função social é aquela que serve de instrumento para a 
satisfação dos interesses da sociedade.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Após fazer essa reflexão acerca do contrato, da autonomia da vontade e da 
função social dos contratos como limitador da liberdade de contratar, foi possível 
compreender a sua importância para a manutenção da ordem pública. 
A liberdade para decidir o conteúdo da relação contratual, que encontrava 
obstáculo apenas nas questões de ordem pública e nos bons costumes, passou a 
ser limitado também pela função social do contrato advinda da premissa no texto 
constitucional em artigo 5º. 
A função social é, ainda, um instituto novo, mas, tendo em vista o ambiente 
no qual a pós-modernidade está inserida (globalização, massificação da produção 
e do consumo, necessidade de se preservar os ecossistemas, etc.), certamentepassara a ditar com regularidade os limites da liberdade de contratar. Dessa forma, 
o jurista deve considerar a autonomia privada inserida em uma nova concepção de 
direito, na qual as estruturas jurídicas relacionam-se intimamente com a função 
social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível 
em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso 
em 26 de maio de 2020. 
GOMES, Orlando. Contrato. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995. 
LISBOA, Roberto Senise. Manual de Direito Civil. Vol. 3: Contratos e Declarações 
Unilaterais: Teoria Geral e espécies. 33ª ed. São Paulo: Editora RT, 2005. 
MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro: Forense, 
2002 
RIZZARDO, Amaldo. Contratos. 2ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2002. 
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Vol. 3: Dos Contratos e das Declarações 
Unilaterais da Vontade, São Paulo: Saraiva, 2003 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. O Contrato e seus Princípios. Rio de Janeiro: 
Aide Editora, 1993. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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