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Síndrome das larvas migrans Cutânea e Visceral/Ocular •Doença Causadas por larvas infectantes, que são parasitos de animais silvestres e domésticos •Não atingem a maturidade no homem e não conseguem completar seu ciclo evolutivo •Realizam migrações (migrans) através do tec subcutâneo ou visceral onde não sobrevivem por muito tempo •Tem duas síndromes: Larva Migrans Cutânea (SLMC) e Larva migrans visceral (SLMV) e ocular (SLMO) (são juntas) Larva Migrans Cutânea •Etiologia: Ancylostoma braziliense (principal agente etiológico), ancylostoma caninum e Uncinaria stenocephala (raros casos) •Agentes etiológicos: Larvas L3 de parasitos de cães e gatos de Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninhun •Cosmopolitas, mais frequentes em regiões tropicais e subtropicais •Nomes: sergipinosa, bicho geográfico, larva migrans cutânea ou bicho das praias •Nas praias - Areia úmida e sombreada (área de risco potencial de transmissão) - Areia seca e muito quente (letal para as larvas) - Areia banhada para as marés( letal para as larvas) O Parasito •Ancylostoma caninum: cápsula bucal com 3 pares de dentes •Habitat: Intestino delgado de cães e gatos (hospedeiros definitivos) •Transmissão: oral e cutânea Ciclo evolutivo •Homem: penetração percutânea das L3 (larvas infectantes), as quais não completam sua evolução •Fezes de cães e gatos contaminados por ovos larvados de Ancylostoma braziliense e de Ancylostoma caninum → Em solo úmido e sombreado, evoluem e originam larvas de terceiro estado → penetração “per-cutem” ou per-os” → Homem/Hospedeiro acidental OU reservatórios dos ancylostomidae nos hospedeiros definitivos Patogenia e Sintomatologia •Lesão erimatosa ou pápulas no no local de penetração (L3) com prurido e formação de túneis. crescem de 2 a 5 cm ao dia. Enquanto avança, a lesão vai ficando para trás como um cordão eritrmatoso, saliente, irregular e pruriginoso •Infecções secundárias por bactérias •Regiões do corpo mais atingidas: pés, pernas, nádegas e mãos •Sintomas alérgicos (Sindrome de Loefler), no comprometimento pulmonar •Nas reinfecções o quadro de hipersensibilidade agrava •Grupos de risco: atinge frequentemente crianças que brincam em areia contaminadas por fezes de cães ou gatos, também atingem trabalhadores de obras •Complicação: contaminação bacteriana secundária (podem causar piodermite) •Algumas larvas filarioides de alguns nematóides parasitas do homem como Necator americanus, o Strongyloides stercoralis e o Ancylostoma duodenale podem não conseguir realizar o ciclo pulmonar e assim abrem túneis na pele sem achar o seu caminho. Profilaxia •Baseia-se em interditar cães e gatos à areais de área de recreação infantil, construções e de praias •Tratamento dos animais sistematicamente •Nas praias procurar áreas cobertas pelas cheias da Maré Diagnóstico •Exclusivamente clínico •Baseado no tipo e aspecto dermatológico da lesão (erupção linear e tortuosa na pele) •Anamnese (provável contato com solo contaminado por fezes de cães ou gatos) Larva Migrans Visceral e Ocular •Agente etiológico: Toxocara canis •Filo: aschelminthes •Clase: nematoda •Família: ascarididae •Gênero: toxocara Morfologia •Verme adulto: macho- 4 a 10cm. Fêmea- 6 a 18cm •Boca trilabiada semelhante ao ascaris lumbricoides •Expansões cervicais em forma de aletas (asas cefálicas) Ovo •Ovo larvado de Toxocara canis: - Notar delicados mamelões (ao contrário dos mamelões presentes nos ovos de ascaris lumbricoides) - Maiores e mais esféricos que os ovos de Ascaris lumbricoides Ciclo evolutivo •Fezes de cães e de gatos contaminados por ovos larvados de Toxocara canis (principalmente) ou de Toxocara cati. → em solo úmido e sombreado, originam ovos infectantes albergando larvas de terceiro estágio (resultado de duas mudas; 2 a 5 semanas após a eliminação dos ovos nas fezes) → Ingestão de ovos infectantes causa no homem, principalmente em crianças; A prática de geofagia ou da onicofagia causa a SLM Visceral ou Ocular (toxocaríase humana) OU. Reservatórios de Toxocara •Ingeridos pelo homem, os ovos com L3 após eclodirem no intestino delgado, invadem a mucosa e migram para o pulmão •Nos homens, os principais órgãos-alvos são, em ordem decrescente: fígado, pulmões, cérebro, olhos e gânglios linfáticos. Nos capilares do fígado e, menos vezes nos dos outros órgãos, as larvas são retidas pela reação inflamatória, devido à sua migração. •A lesão clássica é denominada Granuloma alérgico. No centro do qual observa-se a presença de tecido necrosado e das larvas, cercados por monócitos e eosinófiloa. No centro de muitos granulomas há gigantócitos. •Em cães, muito tempo após completarem o ciclo pulmonar, as larvas podem ser encontradas no fígado, pulmões, músculos e outros órgãos caracterizando assim a tendência de produzirem formas latentes •As larvas latentes podem ser ativadas em cadelas prenhas, invadindo o feto e a placenta, e originando vermes adultos em seus filhotes. Patogenia e Sintomatologia •Assintomáticos e até de prognóstico fatal, em função da carga parasitárias •Ingestão de ovos maduros, eclosão e liberação das L3 no intestino delgado, invadem a mucosa, alcançam a circulação venosa e invadem o fígado; podem chegar aos pulmões via circulação linfática •A lesão típica é o Granuloma Alérgico (parasito no meio) •A patogenia em humanos deve-se pela presença de larvas de terceiro estágio de T.canis que migram de forma errática pelo organismo humano, causando reações do tipo imunológico. A morte delas também pode desencadear essas reações •Formação de apresentação clínica: -Larva Migrans Visceral: Febre, hepatomegalia, síndrome respiratória, eosinofilia crônica (50%) -Larva Migrans Ocular: formação de granulomas, descolamento da retina. •Manifestações clínicas: extremamente variadas, desde casos assintomáticos até de prognóstico fatal em função da carga parasitária e sítios de migração larvária e resposta imune do hospedeiro; destacando-se 3 formas de apresentação clínica: LMV, LMO e Formas Atípicas. •Larva Migrans Visceral: -Mais frequente em crianças com histórico de geofagia e contato domiciliar com filhotes de cães portadores de Toxocaríase. Os casos sintomáticos revelam: manifestações pulmonares, febre, hepatomegalia e anemia. O envolvimento pulmonar é característico da LMV, podendo ocasionar Síndrome de Loeffler, quadros asmatiformes, pneumonia de evolução prolongada ou pneumonia de repetição associada à eosinofilia. Cerca de 50% das crianças com sintomatologia pulmonar revelam na radiologia, infiltrados pulmonares transitórios •Manifestações clínicas LMV: depende da quantidade de larvas em migração, depende da resposta individual aos produtos eliminados pelas larvas e também pelos absorvidos pelo indivíduo após a morte das mesmas Diagnóstico- SLMV •Dados clínicos, hematológicos, radiológicos e imunológicos •Exame parasitológico negativo •Presença de larvas nos tecidos (biópsia) •Anamnese Larva Migrans Ocular •Larva Migrans Ocular: formação de granulomas, descolamento da retina. Grave mesmo quando causada por poucas larvas. Depende da resposta individual aos produtos eliminados pelas larvas e também pelos absorvidos pelo indivíduo após a morte das mesmas •Restrita ao olho (sem manifestações de LMV), devendo-se distingui-la de outras patogenias pediátricas como: tuberculose, toxoplasmose e retinoblatoma •Causa lesões como: granuloma retiniano, catarata, endoftalmite e ceratite, podendo causar cegueira •Não ocorre sinais nem sintomas de infecção sistêmica •O diagnóstico laboratorial fica limitado ao ELISA (teste imunoenzimático), que mesmo os títulos inferiores são encontrados na LMV são significativos •Dentre os processos patológicos que podem atingira retina, destaca-se o descolamento da retina •As lesões oculares associadas são: Granuloma Retiniano, catarata, endofalmite, ceratite e papilite óptica Diagnóstico- SLMO •Detecção de anticorpos no sangue (soro) •Exame de fundo de olho •ELISA: pesquisa de Ac anti-toxocara. A sensibilidade e a especificidade do teste variam de acordo com o antígeno empregado •Western Blott Transmissão toxocaríase (SLMVO) para homem •Principal mecanismo: ingestão de ovos de T.canis com a L3 •A ocorrência depende da concentração de ovos de T.canis no solo e da quantidade de cães na área •Os ovos de Tcanis necessitam evoluir no solo durante 2 a 5 semanas para se tornarem infectantes •A ingestão é cosmopolita muito frequente, sendo geralmente assintomática Profilaxia da Toxocaríase •Dar devido fins aos dejetos e impedir que os cães e gatos poluam ruas, jardins, etc •Tratamento anti-helmíntico periódco de cães e gatos •Reduzir a população de cães e gatos errantes (castrando, medicando com anti-helmínticos ou sacrificando-os) •Impedir o acesso de cães e gato a locais reservados à recreação infantil •Impedir o acesso de cães e gatos às áreas de plantio de hortaliças
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