Buscar

Larvas migrans

Prévia do material em texto

Universidade Estadual do Maranhão- UEMA
Departamento de Enfermagem
Bacharelado em Enfermagem
Disciplina: Parasitologia Humana
LARVAS MIGRANS 
 As lavas dos parasitos quando infectam um hospedeiro anormal podem não ser capazes de evoluir nesses hospedeiros realizando migrações através do tecido subcutâneo ou visceral produzindo as síndromes: 
Larva Migrans Cutânea;
Larva Migrans Visceral;
Larva Migrans Ocular.
LARVAS MIGRANS CUTÂNEA
Também denominada dermatite serpiginosa e dermatite pruriginosa.
Apresenta distribuição cosmopolita.
Principais agentes etiológicos :
Ancylostoma braziliense e A.caninum.
Ciclo da Larva migrans Cutânea
 SINTOMAS
 Com maior frequência as partes do corpo mais atingidos são Pés ,pernas ,mãos e antebraço.
Pode ocorrer eritema e prurido;
Lesão eritemopapulosa;
Comprometimento pulmonar, apresentado sintomas alérgicos ( Síndrome de LÖefler).
 Fig.-Larva migrans cutânea
 DIAGNOSTICO
Baseia-se no exame clinico: Anamnese ,sintomas e aspectos dermatológicos da lesão.
 TRATAMENTO
Em alguns casos o tratamento pode ser dispensado, todavia em outros é necessário o uso das seguintes drogas:
Tiabendazol, Albendazol e ivermectina.
LARVAS MIGRANS VISCERAL(TOXOCARÍASE) E LARVA MIGRANS OCULAR
A Larva Migrans Visceral (LMV) é a síndrome determinada por migrações prolongadas de larvas de nematoides.
Quando as larvas desses parasitos migram para o globo ocular tem-se a Larva Migrans Ocular.
A espécie mais importante envolvida na síndrome de LMV e LMO é Toxocara canis parasita do intestino delgado de cães e gatos.
 
Quando ingeridos por cães e gatos ,eclodem no intestino e através da circulação porta fazem o ciclo fígado coração pulmão.
Os ovos eliminados pelas fêmeas se desenvolvem e em torno de 28 dias a larva atinge o estado infectante (L 3) .
 INFECÇÕES EM SERES HUMANOS 
O homem se infecta ingerindo água ou alimento contaminados com ovos contendo L3 .
Quando ingere o ovo contendo L3 ocorre a eclosão e as L3 penetram na parede intestinal atinge a circulação distribuindo por todo o organismo.
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Larvas Migrans Visceral:
Podem ser assintomáticas, subagudas ou agudas.
A maioria dos casos caracterizam por um quadro subclínico e sem diagnostico.
 Infecção alto limitante com duração de 18 semanas.
O quadro clássico de LMV caracteriza-se por leucocitose, hipereosinofilia sanguínea ,hepatomegalia e linfadenite.
 LARVAS MIGRANS OCULAR
Os indivíduos com LMO geralmente não apresentam hiperesionofilia e a resposta imunológica é menos intensa que na LMV.
A maioria das infecções oculares é unilateral ,são vários os aspectos clínicos ,sendo a endoftalmina crônica é a forma mais comum envolve geralmente coroide, retina e vitro.
.
 DIAGNOSTICO
 O diagnostico de LMV fundamenta-se em dados clínicos ,hematológicos ,radiológicos e biopsia do fígado;
 Os exames patológicos são incoclusiveis;
 
Nos casos de LMO acrescenta-se o ainda o exame oftalmológico;
 
Para o exame de imunodiagnostico a técnica utilizada é a imunoenzimatica –ELISA.
 
 TRATAMENTO
LARVAS MIGRANS VISCERAL
Pode ser dispensado o na maioria dos casos porque a infecção é autolimitante;
Nas formas graves administrar Tiabendazol;
Outro medicamento utilizado é dietilcarbamazina.
16
LARVAS MIGRANS OCULAR
O clinico é mais usado e baseia-se no uso de corticoides nas fezes iniciais das lesões.
Fotocoagulação no casos de granuloma do polo posterior.
 EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE.
 
A síndrome de Larvas migrans relaciona-se com a presença de animais principalmente cães e gatos nos locais onde o homem pode se infectar.
As crianças são as mais frequentemente acometidas, por brincarem com terra e areia ,entrando em contato com larvas infectantes de nematoides causadores de LMC.
 
A maioria dos casos registrado de LMV é referente a criança em media 2 anos e de LMO em crianças mais velhas e adultas.
Os cãezinhos são considerados como a principal fonte de infecção .
 
O controle tem por base a conscientização da população .
Dentre as medidas profiláticas inclui-se: exame de fezes periódicos dos cães e gatos e tratamentos com anti-helmínticos de largo espectro. 
Evitar acesso desses animais a locais públicos.
Referências
REY, LUIS. Parasitologia: Parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais LUIS REY.-4ed.-Rio de janeiro: Guanabara KOOGAN,2008.el
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

Continue navegando