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ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NAS ALTERAÇÕES DO SISTEMA RENAL Profa Cristina R. Padula Coiado AVALIAÇÃO DA ELIMINAÇÃO VESICAL CARACTERÍSTICAS DA URINA Coloração – amarelo clara a âmbar, dependendo da concentração Limpidez – transparente Odor – característico, quanto maior a concentração maior é o odor. DÉBITO URINÁRIO Depende da ingestão de água O normal para o adulto é em torno de 1.500 a 1.600ml nas 24hs Em torno de 60ml/h - < 30ml/h pode indicar alterações renais SINTOMAS COMUNS DE ALTERAÇÕES URINÁRIAS SINTOMA DESCRIÇÃO CAUSAS Urgência Sensação de necessidade de urinar imediatamente Inflamação da bexiga, esfíncter uretral incompetente ou estresse Disúria Micção dolorosa ou difícil Inflamação da bexiga ou do esfíncter uretral ou trauma Polaciúria Micção com intervalos frequentes ingesta hídrica, inflamação da bexiga, pressão-gestação, estresse Hesitação dif. para iniciar a micção da próstata, ansiedade, Poliúria micção de grande volume ingesta hídrica, diabetes, diuréticos. Oligúria Debito urinário em relação a ingestão Desidratação, insuficiência renal, ITU. Nictúria Micção freqüente a noite Ingesta hídrica antes de dormir, doença renal, envelhecimento Hematúria Sangue na urina Neoplasias, doenças glomerulares, infecção de bexiga, traumas pressão no jato urinário Jato urinário fraco muitas vezes gotejante Obstrução uretral, da próstata TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA FUNCIONAL Perda involuntária de urina de forma imprevisível Causa → mudança de ambiente, déficits sensorial, cognitivo ou de mobilidade Sintomas → urgência para urinar antes de alcançar o recipiente apropriado ou esquecimento HIPERFLUXO OU REFLEXA Perda involuntária da urina de forma previsível, quando um determinado volume é atingido Causa → anestesia ou disfunção da medula espinhal Sintomas → perda da sensação de enchimento da bexiga e falta de urgência para urinar com inibição da contração vesical TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA URGÊNCIA Perda involuntária da urina que ocorre após forte sensação de urgência para urinar ESFORÇO Pressão intra-abdominal aumentada provocando extravasamento de pequena quantidade de urina Causa → tosse, vômito, gestação, incompetência do meato vesical ou musculatura pélvica enfraquecida Sintomas → perda de urina com ↑ da pressão intra- abdominal, urgência de frequência urinária RETENÇÃO URINÁRIA Acúmulo de urina na bexiga por perda do reflexo de micção, o que pode ocasionar refluxo para URETER E RINS Causa → anestesia ou disfunção da medula espinhal Sintomas → perda da sensação de enchimento da bexiga, inibição da contração vesical e do relaxamento esfincteriano INSULFICIÊNCIA RENAL AGUDA • Deterioração súbita, rápida e potencialmente reversível da função renal • De acordo com a causa é classificada: Pré-renal Pós-renal Insuficiência do parênquima renal • O tratamento inclui medicamentos, diálise e controle dos efeitos sistêmicos (vide IRC) INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA • É o resultado final de uma perda progressiva e irreversível do funcionamento do tecido renal • Pode desenvolver gradualmente (anos) ou em razão da IRA • As causas incluem a nefropatia hipertensiva, diabética, glomerulonefrite crônica, pielonefrite crônica, nefrite por lúpus, rim policístico e hidronefrose crônica Os estágios da IRC são: • Reserva renal diminuída – função renal da 40 a 50% do normal, homeostase mantida; • Insuficiência renal – função renal entre 20 a 40% do normal, TFG, depuração de creatinina, concentração urinária (poliúria na fase inicial) e homeostase alterada; • Doença renal em estágio terminal – função renal inferior a 10 a 15% do normal, todas as funções renais gravemente diminuídas e homeostase alterada. REPERCUSSÕES ORGÂNICAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Os produtos finais do metabolismo acumulam-se no organismo e: • A retenção de sódio e água leva ao edema, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar • Os desequilíbrios eletrolíticos podem levar a arritmias cardíacas; • Pericardite e disfunções plaquetárias devido às toxinas urêmicas • ↑ da fragilidade capilar com aparecimento de púrpura e equimoses • Episódios de diarréia e vômitos podem levar a uma perda de sódio e água, piorando a uremia e produzindo hipotensão e hipovolemia • Halitose urêmica, gastrite e episódios de diarréia e constipação; • Com a diminuição da excreção dos íons hidrogênio e capacidade diminuída de conservar o bicarbonato, ocorre a acidose; Respiração de Kussmaul, para eliminar mais dióxido de carbono e tentar compensar a acidose metabólica Com a TFG, ocorre aumento do fosfato sérico e diminuição do cálcio sérico, com isso aumenta a secreção do paratormônio com depleção do cálcio ósseo Prurido ocasionado por deposições de cálcio ou fosfato na pele Excreção do pigmento urocrômico através da pele ocasionando icterícia Diminuição das secreções de óleo e suor das glândulas devido a toxinas urêmicas ocasionando ressecamento da pele Produção diminuída do hormônio eritropoetina, perda de hemácias através do trato GI, membranas mucosas (por alterações das plaquetas) ou diálise ocasionando anemia; REPERCUSSÕES ORGÂNICAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Alterações neurológicas pela encefalopatia urêmica, desequilíbrios eletrolíticos e acidose metabólica, levando a alterações na função mental de personalidade e no comportamento, podendo evoluir para convulsões e coma; Susceptibilidade aumentada para infecções por diminuição na fagocitose pelos neutrófilos, inclusive dos macrófagos pulmonares; Com a diminuição da ingesta hídrica, ocorre o ressecamento das mucosas, com diminuição da capacidade de eliminar as secreções pulmonares, além da perda do reflexo da tosse REPERCUSSÕES ORGÂNICAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO PROTADOR DE INSULFICIÊNCIA RENAL RÔNICA DÉFICIT OU EXCESSO DO VOLUME DE LÍQUIDO • Controle hídrico – ingesta de 500ml e mais a quantidade equivalente ao débito urinário nas 24hs anteriores; • Controle de dirurese; • Balanço hídrico; • Controle de edemas (incluindo edema pulmonar) e peso em jejum; • Diminuição da ingestão de sódio. NUTRIÇÃO ALTERADA: INGESTÃO MAIOR OU MENOR QUE AS NECESSIDADES CORPORAIS • Diminuição da ingestão de proteínas, dando preferência para as de alto valor biológico; • Diminuição da ingesta de potássio; • Dieta rica em calorias a base de carboidratos e açúcares. CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO PROTADOR DE INSULFICIÊNCIA RENAL RÔNICA
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