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70 Panorama da Aquicultura

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É Muito Mais Performance I
Editorial
S eguindo o rastro dos eventos da WAS - Sociedade Mundial de Aqüicultura que, aliás, anda asvoltas com a preparação da conferência do ano que vem, em Salvador -BA, fui parar na China,
onde também estavam presentes muitos brasileiros que, como eu, foram atraídos por tudo que este país
representa para a aqüicultura.
A China é,de fato, surpreendente apesarde eu ter deixado por lá toda a visão romântica que tinha
a seu respeito. A começar pela arquitetura ocidental moderna, de bom gosto, diga-se de passagem, mas
que já transformou completamente o horizonte das grandes cidades, como Xangai e Pequim, onde tudo
é sempre grande, muito grande, e nada parecido com a China cinematográfica a que estamos habituados
a ver. Muitos carros, bicicletas e muita gente por todos os lados, quase sempre falando ao celular. Logo
descobri que os chineses não são nada "zen", e que são perigosíssimos ao volante. Têm costumes
curiosos como o deselegante hábito de cuspir com freqüência em qualquer lugar e não consideram isso
umafalta de educação. Oschinesesnãosabemfalar "não",o que os impedemde dizer "nãoentendinada",
preferindosempresorriredeixaroditopelonãodito.Dizem que issofaz parteda almachinesa,que também
os impedemde esperar que você saia do elevador, ou do metrô, para que entrem a seguir. Simplesmente
vão atropelando.Ser chinêséclaroque nãoé só isso, masé issotambém. Eesse entendimentojá melhora
muito a vida de um estrangeiroquando estiver por lá. Na China, faça como os chineses.
E lá estavam muitos brasileiros, curiosos como eu, para conhecer a arte que os levou a liderar a
produção mundial de pescados. Este povo sabe melhor que ninguém como criar peixes. Dá para supor
que são movidos pelo simples fato degostarem muito dos peixes, que estão por toda parte. Arrisco a dizer
que é um dos animais mais fáceis de serem vistos vivos por lá. Basta ir a um restaurante que eles estarão
nos aquários, nadando antes de serem consumidos.
E hajapeixe paratanta gente. Apesar de todos os incentivos anticoncepcionais, o governochinês
espera que nas próximas quatro décadas o país incorpore à sua população atual de 1,25 bilhões de
pessoas, 400 mil pessoas, ou 2,5 vezes a população atual do Brasil. E a aqüicultura chinesa é peça
fundamental naestratégia paraalimentar toda essa gente. Políticaaqüícola naChina é coisa séria esobre
esse assunto, eles têm muito a nos ensinar.
Essa edição está impregnada do espírito aqüícola chinês. Nela, o leitor vai ter a oportunidade de
ver o panorama da aqüicultura chinesa através de uma entrevista com dois especialistas locais; vai saber
como foi o maior encontro da aqüicultura mundial e as expectativas dos organizadores para o evento no
Brasil e, ainda vai pegar uma carona nos apontamentos de viagem de Fernando Kubitza.
Vai ler também sobre a inauguração das primeiras instalações do Projeto São Francisco, e ainda
encontrará um artigo muito interessantesobre a prática do uso de aeradores mecânicos nacarcinicultura
brasileira, escrito por Alberto Nunes. E muito mais: o uso da silagem em Cuba, as comemorações de 15
anos da Abrat...
Aproveitem, boa leitura
Jomar Carvalho Filho
Biólogo e Editor
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril. 2002
( 3
- - - -- - -
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Lutavit'C Monophosphate
Estabilidadeem ração de trutaextrusada em comparaçãocom ácido ascórbico
,cristal
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, , ,
5 6 7
,
8 9 1'0 1'1 12
Tempo, semanas
2 3
o Lutavit' C Monophosphate I!!! Ácido Ascórbico
Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE
Condições da extrusão: Extrusora Bühler IFF dupla hélice, furo 5 mm
Temperatura: Após adição de vapor (após condicionador) 70' C, no meio
da extrusora 132' C, na ponta da extrusora 162' C
e
A Aquiculturaindustrial exige alimentas cam-
prametidas cam alta rendimento., Lutavi~ C
Monophosphate, farmulaçãa de Vitamina C
desenvalvida pelaBASF, apresenta
bilidade principalmente em
a tratamento. hidratérmica.., "
Lutavit'C Monophosphate
Estabilidade em ração de truta peletizada em comparação com ácido ascórbico
cristal
-,---,---,-'", ",'" ""
-1 O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14
Lutavit' C Monophosphate . Ácido Ascórbico
Tempo,semanas
Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE
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I~.I
Panorama da
~ÜICULTURA
A única publicação brasileira dedicada
exclusivamente aos cultivos de
organismos aquáticos
ISSN 1519-1141
Uma publicação Bimestral da:
PanoramadaAQÜICULTURALtda.
Rua Mundo Novo, 822 # 101
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Editor Chefe:
Biólogo Jomar Carvalho Filho
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Direção Comercial:
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Jornalista Responsável:
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Assistente:
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Colaboradores:
FernandoKubitza
Alberto J. P. Nunes
Os artigos assinados são de responsabilidade
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17,18,20,21,22,24,25,26,27,29,30,33,34,35,
36,37,38,39,40,41,44,45,59,61,62,63,65.
. . íNDICE
AERAÇÃO MECÂNICA
Edição 70- março / abril, 2002
Capa: Aerador de Pás
Foto: Arquivo Panorama
Editorial
Notícias & Negócios
Notícias & Negócios On Line
China mostrou porque é o lar da
Aqüicultura
Entrevista: Ye Jin Yun e Jim Zhang
Práticas de Aeração Mecânica na
Engorda de Camarões marinhos
Lançamentos Editoriais
A palavra do Presidente da WAS:
Craig Browdy
Projeto Tilápia São Francisco Inaugura
suas Primeiras Instalações
Silagem na Aqüicultura Cubana e
Brasileira
Apontamentos de Viagem
O Mercado da Tilápia Fora dos EUA
Coaq tem nova coordenadoria
Calendário Aqüícola
ABRAT faz 15 Anos
...Pág 3
...Pág 6
...Pág 9
...Pág 15
...Pág 22
...Pág 25
...Pág 38
...Pág 40
...Pág 41
...Pág 49
...Pág 51
...Pág 54
...Pág 55
...Pág 56
...Pág 58
o uso da aeração mecânica em viveiros de engorda de camarões marinhos é uma
poderosaferramenta capaz de incrementar a produtividade e de melhorar a qualidade
dos ejluentes. A prática vem sendo empregada com êxito e se tomando indispensável,
tanto nas modernas fazendas de cultivo de camarões marinhos, quanto nos antigos
viveiros de engorda com áreas extensas de até 25 ha. O fato é que o Brasil já é
considerado o país do Hemisfério
Ocidental que mais utiliza a
aeração mecânica no cultivo de
camarões. Os aeradores geram
uma movimentação vigorosa na
água de cultivo, causando sua
oxigenação, circulação e mistura,
proporcionando homogeneidade
térmica, além de inúmeras outras
vantagens. Este artigo, de Alberto
J. P. Nunes comenta sobre as
aplicações, estratégias e práticas
da aeração mecânica utilizadas
na carcinicultura marinha.
Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 ( 5
I~~o CAI.tó
o~~ C.a: ~ &o. ~ 1ft~ ~
Vendas de Alevinos
~ Piau
~ Tambaqui
~ Tucunaré
~ Pintado
~ Lambari
~ Dourado
~ Matrinchã
Projetos e etc.
(61) 502-8366
(61) 9959-7399
FazendaQuatroMarias
SantoAntôniodo Descoberto-GO
~
REDUÇÃO DE IR -Foi publicado no diário
oficial de 26 de abril de 2002, o decreto 4.213
que define os empreendimentos prioritários
para o desenvolvimento regional, nas áreas
de atuação da extinta Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE,
para fins dos benefícios de redução do impos-
to de renda. Entre outros, são considerados
prioritários para fins dos benefícios, os seto-
res da agroindústria vinculados à agricultura
irrigada, piscicultura e aqüicultura. Na prática
isso significa que os empreendimentos de
piscicultura e aqüicultura instalados no Nor-
deste terão o benefício de redução de até 75%
do imposto de renda devido. "O direito à
redução do imposto sobre a renda das pesso-
asjurídicas e adicionais não-restituí veis inci-
dentes sobre o lucro da exploração, na área de
atuação da extinta SUDENE, será reconheci-
do pela unidade da Secretaria da Receita
Federal do Ministério da Fazenda a que esti-
verjurisdicionada apessoa jurídica, instruído
com o laudo expedido pelo Ministério da
Integração Nacional. O chefe da unidade da
Secretaria da Receita Federal decidirá sobre o
pedido em cento e vinte dias contados da
respectiva apresentação do requerimento à
repartição fiscal competente. Expirado o pra-
zo indicado, sem que a requerente tenha sido
notificada da decisão contrária ao pedido e
enquanto não sobrevier decisão irrecorrí vel,
considerar-se-á a interessada automatica-
mente no pleno gozo da redução pretendi-
---
da.", diz o decreto assinado pelo Presidente
da República.
~
Fone: 81 34694777/34694842
Fax: 8134692403/34693214
email: dagua@elogica.com.br
Jaboatão dos Guararapes / Recife -Pernambu
~
DEFESO - O Ibamadecidiu que o período do
defeso, em que ocorre apiracema, vai vigorar
agora também nas águas de domínio da
União, na bacia hidrográfica do Amazonas e
no Estado de Roraima. A proibição da pesca
profissional ocorrerá entre os dias 10de abril
e 30 de junho e, neste período será permitida
somente a pesca amadora feita com linha e
anzol. O Ibama quer fiscalizar toda a merca-
doria disponível nos frigoríficos e postos de
venda da região e solicita que os estoques
de pescados, congelados ou não, sejam
declarados. Também o transporte e comerci-
alização de peixes advindos da aqüicultura
deverão ser comunicados ao órgão. Os pes-
cados procedentes de outros estados ou
países deverão requerer o "Certificado de
Origem e Guia de Trânsito de Pescado". Os
pesque- pagues estão fora da proibição.
INCREMENTO - A produção de pescados
na Bahia atingiu 71,2mil toneladas, umincre-
mento de 3,8% em relação ao ano passado.
A Bahia Pesca, apesar de ter avaliado esse
resultado como positivo, espera que ao final
deste ano, a produção no Estado seja ainda
mais significativa devido aos muitos projec
tos que já estão em andamento, especial-
mente o de cultivo de tilápias, que vem
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002
sendo desenvolvido no município de Paulo
Afonso e que terá a sua primeira etapa con-
cluída ainda este mês. A produção de 5 mil
toneladas de tilápias de Paulo Afonso já
representa um impacto de cerca de 50%
sobre a atual produção baiana na área de
aqüicultura,da ordemde 10,9mil toneladas.
Se considerados além do cultivo de peixe,
também o de camarão, este número chega a
18,4mil toneladas. Noano passado aprodu-
ção de camarões cultivados na Bahia alcan-
çou 7,5 mil toneladas e outras 7,8 mil foram
contabilizadas no segmento extrativista ao
longo do litoral do Estado. A produção de
71,2 mil toneladas de pescado porém, ainda
é inferior à demanda, estimada em 100 mil
toneladas por ano. A piscicultura responde
por 20% da produção total da Bahia, onde
são ocupados 935 hectares com viveiros de
cultivo que abrigam 2 mil tanques-rede.
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Itura
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NíVEL MÉDIO OU SUPERIOR
Com experiência comprovada em
Transporte de alevinos
Manejo de juvenis e manejo de engorda
Monitoramento de parâmetros
fisico-quimicos da água
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com referências e pretensão salarial.
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I E-mail: f.lopes@argo.com.br
Fax: (92)615-2576
~
NOVA PARCERIA - A Ferraz Máquinas e
Engenharia Ltda, empresa paulista que atua
no mercado de máquinas para produção de
rações extrusadas, está estabelecendo mais
uma parceria, desta vez com o grupo
Matsuda, líder brasileiro na produção de
sementes para pastagens eum dos principais
fabricantesdesuplementosminerais.AFerraz
tem em sua cartela de clientes, grandes in-
dústrias deração, como a Nutriara, Nutron e
Fri-Ribe, entre outras. Seus equipamentos
são resultantes de projetos próprios ou so-
licitadospor clientese caracterizam-se por
estarem afinados com os últimos avanços
tecnológicos. A unidade de produção do
Grupo Matsuda localizada em São Sebasti-
ão do Paraíso, conta com a mais moderna
tecnologia em equipamentos e automação
fabicada pela Ferraz, o que auxiliará sobre-
maneira na produção de um produto de
qualidade, como os demais fabricados pelo
GrupoMatzuda.TambémaNutriaraAlimen-
tos Ltda, iniciou sua produção de rações
balanceadas para pequenos animais numa
nova unidade, localizada em Santa Luzia-
MG. Todooprojeto efornecimento deequi-
pamentosparamoagem,mistura,armazena-
mento, remoagem e extrusão foi realizado
pela Ferraz Máquinas. Os modernos equi-
pamentos e sistemas fornecidos possibi-
litamaproduçãodeumalimentocommenor
custo emelhor qualidade.Além dos equipa-
mentos principais, a Ferraz produz
também acessórios de suporte. O site da
empresaéwww.ferrazmaquinas.com.br o
e-mail:ferraz@ferrazmaquinas.com.br
~
'..",...'.MED".D.'..O.R..'E,.'S
D..'E
S A...L""'.N.,',iDAiD,','E
"Promoção de
Medidores de
Salinidade"
Preço Unitário
R$ 470,00
(FOB Boituval SP)
15 unidades disponíveis
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<JlA.SS: .
~
~
CAMARÃO CA T ARlNENSE -o Estado d€
Santa Catarina, líder na produção de ostras
do Pacífico teve sua produção de camarão
aumentada em 229%. Segundo dados da
ABCC - Associação Brasileira dos Criado-
res de Camarões o número de carciniculturas
no Estado, passou de 25 para 45 e, a área de
cultivo saltou de 278 hectares para 600 hec-
tares. O "boom" no cultivo de camarões em
Santa Catarina está fazendo com que empre-
sários que visam lucros rápidos mudem de
ramo e façam investimentos na produção de
camarão. Até o final deste ano a projeção é
de que mais 1.000 hectares de viveiros sejam
implantados no Estado. A implantação de
uma carcinicultura no estado catarinense
porém, não está saindo barato, já que as
áreas rurais tiveram ultimamente, uma
supervalorização nos seus preços.
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DistritoFederalna produçãode
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e-mail:dalaie@c~ltura.(om.br
Rubiataba- Goiãs
~
PRAZER EM DOBRO -Segundo aABCC
- Associação Brasileira dos Criadores de
Camarões, as exportações de camarões cul-
tivados no país devem chegar ao dobro do
que foi comercializado no ano passado. Os
camarões cultivados foram responsáveis
por 82% do total de crustáceos exportados
pelo Brasil no ano passado e a ABCC avalia
que o volume só não é maior porque o setor
já opera no limite de sua capacidade de
processamento e congelamento. A região
Nordeste é atualmente responsável por 94%
do total criado em cativeiro, possuindo 91%
da área de cultivo. Junto com o camarão
cultivado, espera-se que também o setor de
pescados atinja o dobro dos volumes de
exportação do ano passado. Os dados são
do MA baseados nos recordes venda al-
cançados nos dois primeiros meses deste
ano. Emjaneiro deste ano, foram vendidas
para o exterior quase 1600 toneladas de pesca-
dos contra as apenas 25 toneladas comerciali-
zadas ano passado, neste mesmo período.
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PIICICU LTU RA
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RÃ NA EUROPA - As rãs produzidas em
fazendas localizadas ao Norte de Cuiabá-
MT e destinadas aos estados do Sudeste do
Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais) e aos Estados Unidos, vão agora,
ocupar as requintadas mesas dos restau-
rantes europeus. Os ranicultores mato-
grossenses querem exportar suas rãs direta-
mente para a Europa, prática de comerciali-
zação que não é utilizada na venda que
costumam fazer para os Estados Unidos,
quando a negociação é sempre feita através
de atravessadores. Os produtores já se orga-
nizam para seu primeiro abate no próprio
município. Ranicultores da Associação Inte-
grada dos Criadores e de Pequenos Produto-
res da Região Urbana e do Município de
Matupá, estão terminando a construção de
um frigorífico próprio, resultado de uma ação
conjunta, com capacidade de abate de 3 mil
rãs/dia. As produções dos associados serão
somadas às de outros ranicultores da região.
O prédio será equipado a princípio com duas
câmaras frias, cada uma com capacidade de
armazenamento de duas toneladas, mas a
Associação prevê no futuro a compra de
mais três câmaras e de um caminhão frigorí-
fico, para a redução dos custos com o frete.
(Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 7
De: ChristianHirsch
chhirsch@ufla.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Legislação sanitária
Fui recomendado a entrar nesta lista para
obter informações sobre a legislação sanitá-
ria para organismos aquáticos existente no
Brasil. Preciso deste material para elaborar
um trabalho de doutorado, que estou cursan-
do na Escola de Veterinária da UFMG. Ante-
cipadamente agradeço quem puder me aju-
dar. Aceito sugestões de sites, referências
bibliográficas ou nome de pessoas que domi-
nam o assunto. Cordiais saudações a todos.
De: Ricardo Y.Tsukamoto
bioconsu@uol.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
A legislação sanitáriapara aqüicultura está
sendo elaborada neste exato momento pelo
Depto.deVigilânciaSanitáriadoMinistério
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mercado.
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Falecom:
Sérgio:(47)9982-9405
da Agricultura, em Brasília, sem a participa-
ção do setor produtivo. Para que não sejam
incluídas ali, exigências excessivas e não-
realistas, os representantes da aqüicultura
deveriam participar ativamente (ABRAQ e
outras associações, técnicos das universi-
dades, órgãos de pesquisa e extensão, etc.).
Caso contrário, poderemos ter a aqüicultura
inviabilizada no futuro (próximo) por uma
burocracia criada nos distantes e climatizados
gabinetes de Brasília. Isto já ocorreu em ou-
tros países. Afinal de contas, a aqüicultura é
somente mais um ramo da agricultura, e deve-
ria ter regras compatíveis com o resto da
agricultura. Porém, quando as regras são ela-
boradas por pessoas externas ao campo, há
uma tendência a querer legislar sobre cada
detalhe, e tentar abranger o setor com o maior
número possível de exigências, muitas infun-
dadas. E isso acontece não por má vontade,
mas porque aquelas pessoas não sabem o
que é relevante ou realista.E isso gera um
grande saco de gatos...Um grande abraço.
De:WalterBoeger
wboeger@bio.ufpr.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
Prezado Ricardo, tem algum patologista de
peixes orientandoesteprocesso? Me parece
que não só o setor produtivo deva estar
envolvido, mas profissionais da área. Se-
não sai coisa estranha mesmo!
De: Ricardo Y.Tsukamoto
bioconsu@uol.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
Caro Walter, eu considero o setor produti-
vo como incluindo ospatologistas, pesqui-
sadores e extensionistas, ou seja, abran-
gendo todos os participantes da cadeia
produtiva, independentemente de oferece-
rem produto, serviço ou desenvolvimento
de tecnologia.Oproblema emBrasíliaé que
um determinado funcionário do Ministério
é designado para elaborar as regras para o
campo doXXX. Como onúmerodefuncio-
nários é restrito, fica remota a chance do
designado ser especialista no tal campo
XXX. Por especialista, eu me refiro não ao
acadêmico do vírusH30, mas aoprofissio-
nal que vive realmente aquele setor no dia-
a-dia, e conhece as dificuldades e proble-
mas da atividade. Obviamente, um funcio-
nário de carreira em Brasília está longe do
campo, e passou os últimos anos lidando
com papéis (ou seja, ele é especialista nis-
so). Além disso, Brasília está geografica-
mente distante do resto do Brasil, e não há
verba para sairdalipara investigar ocampo,
ou para convocar uma comissão represen-
~
FUNPIVI
CENTRO DE PRODUÇÃO E
TECNOLOGIA EM AQUACULTURA
Alevinos
Carpas
Tilápia Revertida
Bagre Africano
Pacu
Jundiá Branco
Piauçu
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Fone/fax: (47) 382-0512
Timbó- se
(Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 9
Panorama da AqüicuUura -notícias & negócios on line...
notícias & negócios on
tativa do setor. Assim, só resta ao funcioná-
rio, tentar elaborar as normas por conta
própria e consultar os conhecidos que ele
eventualmente tenha no setor (se tiver). Em
resumo: o funcionário fica praticament~ por
sua conta e sem saber que pessoas poderi-
am ajudá-lo na missão. Por isso, é importante
que ele possa contar com o maior número de
pessoas para representar os diferentes elos
do setor. Somente através desta participa-
ção, os detalhes da norma serão eficazes e
exeqüíveis, e não absurdos. Pelo que fui
informado, nenhum destes representantes
participa do processo até o momento.
De: Felipe Suplicy
fishtecsul@fishtec.com.br
Para: panorama-I@isn.altemex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
Colegas,venhoalista paraconfmnar ainfor-
mação dada pelo Ricardo Tsukamoto. Em
outubro do ano passado estive em uma
reunião em Brasília onde conheci a Sra.
Normacilda do DIPOA. Na ocasião ela me
mostrou a legislação sanitária que estava
sendo preparada e pude constatar, junta-
mente com outros colegas acadêmicos da
áreade peixes e camarões, que a legislação
estavaextremamentefalha,fazendomenção
CULTURA
A
Pr~I~Ct/d&r~
ALEVINOS
TilápiasTailandesae Vermelha
JUVENIS
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FonelFax:(18)3608-m6 (Ara§atuba-SP)
Fone/Fax:(18) 3639-4025
(SantoAntoniodoAracanguá-SP)
E-mail: mpla@terra.com.br
Filial: (37) 3221-0335 (Divinópolis-MG)
a doenças que não existem no Brasil e faltan-
do diversos aspectos fundamentais. Ao ser
criticada por mim, a Sra. Normacilda deixou
claro que não estava mesmo preparada para
redigir este documento e de que precisaria da
ajuda de todo o setor. No entanto, parece que
ela não divulgou muito sobre a necessidade de
ajuda que este órgão está precisando e acho
que para evitarmos que a nova legislação
sanitária sejaineficiente, inaplicável ou falha,
deveríamos entrar em contato com esta equipe
no e-mail (guilherme@agricultura.gov.br)que
segundo ela é do responsável pelo SEPES
(setor de pescados). Alternativamente temos
o teI. (61)218-2775. Esta legislação deve ser
disponibilizada para o setor com tempo sufici-
ente para que as devidas correções e suges-
tões sejam aceitas, uma vez que o DIPOA não
está preparado para elabora-Ia sozinho.
De: Raul Mário MalvinoMadrid
raul@agricultura.gov.br
Para: panorama-I@isn.altemex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
Prezados colegas, eu gostaria de esclarecer
algunspontos: 1- O DDA - Departamento de
DefesaAnimale nãooDIPOA-Departamen-
to deInspeção deProdutodeOrigemAnimal,
é o responsável pela normatização e regula-
mentação sanitária de animais aquáticos do
MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária
e Abastecimento; 2 - A Médica Veterinária
Normacilda Colares Patriota é a técnica res-
ponsável do DDA, para oPrograma de Orga-
nismos Aquáticos e, a Dra. Denise Mariano
daCosta(61 218-2236)é aDiretoradoDepar-
tamento; 3 - No âmbito do Ministério da
Agricultura está sendo discutida uma pro-
posta para normalização do assunto e o De-
partamento de Pesca e Aqüicultura - DPA,
participa das discussões; 4 - Após sua elabo-
ração será levada à "Consulta Pública" para
discussão e implementação por parte do pú-
blico interessado.De: Felipe Suplicy
fishtecsul@fishtec.com.br
Para: panorama-I@isn.altemex.com.br
Assunto: Re: Legislação sanitária
Prezado Raul, obrigado pelos esclarecimen-
tos. Realmente havia se passado um tempo
de~dequefaleicoma Normae acabeifazendo
confusão com as informações que recebi
naquele dia. E bom saber que o DPA esta
participando destas reuniões, que agora eles
estão sendo devidamente assessorados e
que opúblico interessado seráconsultado no
devido momento.
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002
De: Marcelo Dantas
ramada@brisanetcom.br
Para: panorama-I@isn.altemex.com.br
Assunto: Duckweeds
Participo de uma lista discussão sobre
tilápias, e tenho acompanhado experiênci-
as com a complementação alimentar em
tilápias nilóticas, usando este vegetal
duckweed.Alguém poderiacomentarmais
sobre isto? Há no Brasil este vegetal?
De: Philip Scott
philip@altemex.com.br
Para: panorama-I@isn.altemex.com.br
Assunto: Re: Duckweeds
OiMarcelo,naminha experiência,atilápia
aprecia quase qualquer vegetal que possa
aparecernoviveiro,mesmo que estejabem
alimentada com ração. A duckweed nada
mais é do que a nossa Lemna minor. Uma
plantinha flutuantebem pequenaque creio
também ser chamada de 'lentilha d' água'.
Podemosvê-Iacrescendo bem naágua que
escorre de encostas sobre pequenos la-
gos, ou água límpidas em ambientes de
sombra. Não é exatamente fácil conseguir
uma colheita significativa dela. Quanto à
complementação alimentar, creio que seja
de bem pouco valor para uma operação de
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piscicultura comercial. Mas devem haver
estudos científicos feitos sobre isto. Creio
que aúnica plantaaquáticaqueresiste bem
na água semque ospeixes demaneira geral
a exterminem de vez, é a Salvinia sp. (e
mesmo a Azolla sp.), mas também, como
boa pteridófita que é, deve estar cheia de
espículas deoxalato decálcio que a tomam
no mínimo pouco palatável.
Sergio Tamassia
tamassia@rsl-creativenet.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assnnto: Re: Dnckweeds
Marcelo, no site http://www.mobotorg/
jwcross/duckweed/ você encontra informa-
ções e figuras das duckweeds. Se você
estiver pensando em uso múltiplo do recur-
so hídricos, considere que as maiores pro-
duções de duckweed são obtidas em lago-
as de estabilização (ricas em nutrientes) e
que viveiros eutrofisados não são um am-
biente apropriado para grandes produções
de peixes. Desta forma, se a intenção for a
de produzir ainvasoraduckweed no mesmo
corpo de água que os peixes, para que a
produção de duckweed seja grande as con-
dições da água podem não estar adequadas
para a tilápia; ou, se a tilápia se sentir bem
dentro de seu viveiro, em termos de quali-
dade de água, o duckweed com certeza
produzirá pouco. Assim sendo, a utilização
de duckweed deve ser baseada no forneci-
mento deste produto a partir de uma fonte
externa. Dentro desta premissa, o principal
fatora seranalisado é o econômico. Perguntas
pertinentes para este momento: 1-vale apena
utilizar uma área adicional, coletar o produto,
transportar o produto? 2 - será que não será
mais barato comprar ração? 3 - Eu procuro
redução de custos, ou redução de lucros? 4-
Eu procuro redução do impacto ambiental?
Por outro lado, se você estiver pensando em
uso integrado dorecurso hídrico, opolicultivo
é requisito básico ai talvez não sobre
duckweed para as suas tilápias.
De: Gilberto Pereira Júnior
aquagiba@amja.org.br
Para: :panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Rede deplâncton
Estoucom umadificuldade enormede con-
seguir a fórmula para planificar um tronco
de cone circular. Preciso disso para fazer
uma rede de plancton. Caso alguém tenha
outro método para a calcular isso para per-
mitir um corte certo da panagem da rede
agradeço. Os dados que eu teria seriam o
diâmetro maior, o menor e a altura da rede.
De: Luis Roberto Carrazza
lrcarrazza@uol.com.br
Para: :panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Rede de plâncton
No livro "APropagação artificial depeixes
de águas tropicais" de Woynarovich e
Horvath, publicado em 1983 pela FAO,
Codevasf e CNPq na página 161 você en-
contra as dimensões para o corte do tecido
e montagem da rede de plâncton.
De: ZecaJerônimo
zecajeronimo@hotmail.com
Para: :panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto:ABRAQ
Caros Panoramanautas, estou vendo que
vai terum simpósioorganizadopelaAbraq,
aAssociação BrasileiradeAquiculturaago-
ra emjunho. Peço aos participantesda lista
quemeinformemmaissobreaAbraq.Tentei
apurar, mas ninguém soube me dizer onde
tem que ir pra se cadastrar na Abraq. Como
nunca li nada na lista sobra a atuação da
associação, gostaria de ser infórmado no
que a Abraq faze se valea pena sefiliar?Ou
ela serve apenas para fazer o simpósio?
Agradeço qualquer informação.
De: Carlos Rogério Poli
cpoli@iaccess.com.br
Para: :panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: ABRAQ
O senhor fez uma pergunta interessantíssi-
ma e que certamente vai encorajar muita
gente a responder a pergunta: Para que
serve a Abraq. No meu ponto de vista e
comoparticipante daatualadministraçãoeu
gostaria que aAbraq fosse omaiorfórum de
discussão dos produtores da aquicultura.
Dos produtores. Infelizmente apesar dos
esforços de muitas diretorias (outras nem
tanto) a Abraq até hoje não conseguiu se
consolidar como uma associação represen-
tativa dos produtores. Ano após ano ela
promove apenasoSimbraqondemeiadúzia
de trabalhos são apresentados - na maioria
por alunos. Palestras, conversas, e os
aqüicultores de plantão, digamos assim,
para dar palestras sobre tudo o que já sabe-
mos ou que deveria ser feito e não é. Muitas
novidades e planos novos, com slogan de
AGORA VAMOS. Vem o governo e lança
novos planos plataformas e vai enrolando
ano após ano os produtores da aqüicultura.
Haverá o tempo em que a Abraq se fará
respeitar,masprecisaumtipoFelipãolápara
dizer sim e não quando é preciso. Normal-
Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 ( 11
& negócios on line...
mente a Abraq se reúne uma vez para eleger
a diretoria no final do Simbraq, depois um
novo dia para dar posse aos diretores em
uma pompa de fazer inveja e a última vez
novamente para eleger a nova diretoria no
último dia do Simbraq. Ou seja, elaétrianual.
Você verá como vou receber paulada de tudo
quanto é lado. Certamente a culpa é minha
por falar e fazer comentários deste tipo. Com
Abraq ou sem a Abraq a aqüicultura é a
mesma. Infelizmente a Abraq é um leão ador-
mecido. O dia que ele realmente acordar ele
vai dar o que falar. Mas dormindo???? Se vale
a pena se associar? Acho que vale. Culpa de
quem? Não sei.Vale um bom estudo das
ultimas direções que apontem porque pouco
se logra com esta instituição. Estou errado?
De: CarlosRogérioPoli
cpoli@iaccess.com.br
Para: panorama-!@isn.aIternex.com.br
Assunto: Re: ABRAQ
PrezadoJerônimo,jásabiaqueistoiriaacon-
tecer.Ouficariamquietosoumandariambala.
Preferiramficarquietoseadormecidoscomo
sempre a Abraq esteve. Interessante, que
ninguémdalistaparecequerersecomprome-
ALEVINOS
"Jundiá Cinza
"Jundiá Branco
"Piauçu
"Pacu
"Traíra
"Trairão
"Carpas
"Outras espécies: consulte
Informações
ter. O grande problema da Abraq é que ela
não tem capital para fazer nada e tampouco
um plano para se estruturar. O Sr Adilon,
atual presidente é uma pessoa bem articula-
da e eu acreditava que teria condições de
sensibilizar o Governo Federa1.É atuante,
versátil e cavador como se diz.Inclusive ten-
tou enviar-me para uma missão a Noruega,
mas acho que não consegui os recursos
necessários. Como você vê já estamos as
vésperas de sua substituição e...e e Não
há como organizar a Abraq com diretores em
diversos cantos do País. Apontei os erros
mas gostaria de sugerir para próxima coor-
denação: 1- Cadastrar e conhecer os produ-
tores e o que produzem; 2- Fazer-se presen-
te na Câmara de Pesca e Aqüiculturacujo
representante é o Deputado Federal Edson
Andrino; 3- Organizar um plano de trabalho
mínimo: Técnico e político. Digo mínimo
para que se comece com alguma coisa; 4-
Atuar vigorosamente junto aos órgãos le-
gisladores para evitar abusos de cobranças
e legislações infindáveis e sem muita
razão,contra os aqüicultores, que antes
mesmo de terem sua fazenda aquática já são
tachados pelo uso das águas; 5- Ter dele-
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gados Regionais que possam levar a Dire-
toria em reuniões mensais via Internet as
reivindicações dos produtores. Poderia ser
inclusive as associações estaduais (que
teriam que se organizar também); 6- Definir
para que é o Simbraq. É um encontro social?
Um encontro de técnicos, de produtores ou
de pesquisadores?; 7- Reclamar para si,
verbas que sejam alocadas no orçamento da
união através de legítimos representantes
da aqüicultura de cada estado do Brasil na
Câmara Federal; 8-Seintegrar aos laborató-
rios existentes e órgãos representativos para
auxiliá-los; 9- Ter uma administração de
pessoas de um mesmo estado e se possível
da mesma cidade. Bom, estas são apenas
sugestões: Dizia meu amigo Eduardo
Andrade Vieira, quando Ministro da Agri-
cultura: enquanto a Abraq não tiver um
número expressivo de associados que pos-
sam intimidar os políticos- NADAaconte-
cerá. Já faz algum tempo mas ele parece que
estava certo. Quanto ao Simbraq, nãodiscu-
to se estará bom ou não. O pessoal que está
organizando tem tentado. Mas sei que será
difícil com tão pouco tempo para organizar
isto. Um abraço a todos da Lista, Poli
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tura, na sigla em inglêsWAS - World Aquaculture
da WAS, 3.100pessoas participaram do evento,
ter, vindos de 90 diferentes países. Ainda se-
ento, além de 60 brasileiros.
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Fome e pobreza
A primeira sessão técnica a abrir o evento de Pequim, na
tarde do dia 23 de abril, foijustamente a que relacionou a aqüicultura
à segurança alimentar,enfatizando o seu importantepapel mitigador
dos impactos causados pela pobreza. O tema pode soar estranho a
muitos aqüicultores acostumados a temas emergentes como a
otimização de lucros, expansão de mercados e às tecnologias de
ponta disponíveis. Mas muitos especialistas, entre eles David Little
da Universidade de Stirling, mostraram neste fórum o importante
papel que tem a aqüicultura quando utilizada estrategicamente por
alguns países, princ~almente aquelescom recursoshídrico~limita-
dos, a exemplo da lndia e do Sri Lanka. A população da lndia já
ultrapassou o primeiro bilhão de pessoas e segundo o pesquisador
Bhatta Ramachandra da Universidade de Ciências Agrárias de
Mangalore, tem sido muito importante opapel da aqüicultura para o
país. Segundo ele, "a aqüicultura na Índia cresceu muito nos últi-
mos anos apesar da disponibilidade de alimento para a população
estar diminuindo ano após ano". É justamente a aqüicultura que
Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 C 15
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mbro da Academia Chinesa de Ciências
dó Pescado.
O vasto perfil de ocupação dos
diversos ambientes pela aqüicultura pode
ser .visto nos quadros divulgado por
Weirnin.
Águas Doce e Salgada
Área total (em milhões de hectares) dos diferentes ambientes utilizados na aqüicultura chine-
sa e a produção total em cada um desees ambientes (em milhões de toneladas) no ano 2000.
Fonte: Miao Weimin e colaboradores
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Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 ( 21
.
províncias
alevinos são estocados antes
Nestas províncias, o período ótimo para oc
seis meses, de abril a outubro-novembro, onde a telllp~râ
v~a.de18a..~4 graus. A partir de dezembro atemperatura cai muito.
" muitaimportância,estálocalizadanaparte
,vínciasde Hunan e Hubei,
()m a região do
eruma alta demanda e alto preço
o que chamamos de
35%. Isso
de maior valor de merca,
ver que há 10 anos a China ti~a uniá
propriedades bastava apenas que produzissem pelxessem,sepreocu-
'lIleficiência econômica já que o governo comprava todo o peixe
te, tudo está baseado na economia de mercado,
azenda tenha que estar preocupado
> . uito peixe você pode
ão.E se
principais
Panorama -Que outrasmodi-
ficações estão ocorrendo na pis-
cicultura eno comércio de pes-
cados em decorrência da
melhoria das condições econô-
micas?
stemespéci-
es que têm sido cultivadas para
darim, o "largemouth bass"
enbergii
se
imentoestás utiU7adoatnalmentena
o reparandoaprópriaração
c
muita aq uso do
esterco ainda pode ser da vez
menor. A piscicultura baseada no uso do esterco nunca se acabará
na China. Nas áreas remotas do país haverá sempre pessoas usando
ologia de cultivo. A maioria dos produtores vai abandonar
. num período muito curto de tempo. Eu diria que
dos piscicultores estará utilizando ração.
atráS,
lOOcasasépossi
um peixe processado terão ag
que adquirissem peixes bem processados, os
gtlardá-Ios. Por outro lado, cada vez mais pessoas est:ã~fu, . ,.,
onde a circulação do ar é mais complicada, e os odores
. onãosaemcomfacilidade.Osmaisvelhos....
. comprar peixes vivos para
ta do odor que
ompraum
a ~portância do Macrobrachium rosenbergii na
aldeM. rosenbergiinaChína
. '.()através de países do
. '0 na região de
este
;
l'aoor:
JimZJ
custo aprox
médioda tonelad~
vamosconsiderara taxa de
as contas concluímos que o custo.
capimé ao redordeV3,3 (ou R$ 0,94).
comaração pode variar de 80 a 50%, fazendo co
deproduçãovariede R$ 1,17(80%)aR$1,88(50%). Oc ..
paga deV6 aV7 (R$ 1,75aR$ 2,05) pelo quilo da carpa capim.
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002
Máquina destinada à classlflcaçAo
de até 5 tamanhos de camar6es,
com perfelçAo e constAncla.
TeonolOlIa oom Quallclade ..8l1li-
1ND6s'IRIAe COMtacro De NINAS e EQOIPAMOO'OSPAlIAAl!ATeDOURODe AVES, PAlIA
fotossintética. À noite, devido a ausência de luz solar (energia
luminosa), o fitoplâncton passa a obter sua energia a partir de
processos respiratórios, resultando no consumo de oxigênio e na
liberação de CO2.
Qualquer excedente de matéria orgânica no viveiro,_sejana
forma de um fertilizante em excesso, mortalidade de plâncton, ali-
mento não consumido ou organismos mortos, ocasionará uma
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que vem a ser a quanti-
dade de oxigênio requerido pelos microrganismos para o proces-
so de decomposição e será proporcional a quantidade de material
orgânico excedente no viveiro.
Em viveiros que operam sem aeração mecânica, aprodução
natural de OD (fotossíntese) durante o dia geralmente excede o
consumo (respiração). No período da noite, com a ausência de luz
solar, a produção de oxigênio através da fotossíntese é interrom-
pida, mas a respiração dos camarões e dos outrQs organismos
aquáticos continua. Nesta situação, devido ao processo
acumulativo de oxigênio ao longo do dia, as concentrações de OD
alcançam seu pico ao entardecer. À noite, o OD vai se exaurindo
sucessivamente atingindo seunível mais baixo no início da manhã,
logo após o nascer do sol (Fig. 2).
F""""""","
1:,
~ 8,4
~ 7,8
Õ 8,8
~ 8,0
~ 8,2
15 4,4o
c 3,6
i 2,8
o 2,0
9:30r 1:30 5:3013:30 17:30 21:30
Sem Aerador Mecânico
Hora
Figura 2. Variações nas concentrações de oxigênio dissolvido (Illg/t)
por um período de 24 hrs em. UIn.viveiro de engorda de camarões
marinhos. O viveiro operoUseIn aeração mecânicac°In uma densidade
inicialde 15 camarões/m2. Avaliações conduzidas dofundo do viveiro
em 5 dias distintos ao longo do ciclo de produção, com medições
contínuas a cada 10 minutos.
O oxigênio dissolvido é expresso em termos percentuais (%
de saturação de OD na água), em ppm (partes por milhão) ou ainda
em mg/L (miligramas por litro), sendo esta última a unidade mais
utilizada. Naaqüicultura, a escala de OD varia de zero a lOmg/L. O
nível de OD na água é facilmente medido através de um equipamento
portátil (geralmente digital) chamado de oxímetro (Fig. 3).
Figura 3. Oxímetrodigita'
empregado paradetenninar as
coJlcentrações de oXigênio dis-
solvido na água.
Fê1ttiCSlf~s; i~t'~ttê1!1\1\(js; â~ OJdgêli1kiCS'
Os camarões são bentônicos, habitando o
sedimento dos viveiros de cultivo. Na camada mais superficial
destes sedimentos, as concentrações de oxigênio dissolvido
(OD) são baixas e podem alcançar níveis anaeróbicos (ausência
completa de oxigênio) já a alguns centímetros da superfície.
Portanto, em relação ao outros animais aquáticos cultivados,
os camarões marinhos conseguem tolerar ambientes mais
anóxicos.
As exigências dos camarões marinhos quanto ao nível
de OD variam conforme a espécie e o tamanho do indivíduo.
Proporcionalmente, uma pós-larva com seu metabolismo acele-
rado, consome mais oxigênio quando comparado a um indiví-
duo adulto (consumo de oxigênio por peso vivo). Contudo, em
termos quantitativos, o consumo de oxigênio é obviamente
mais elevado em camarões maiores.
Nas fases finais do ciclo de engorda, a demanda de
oxigênio aumenta devido a maior biomassa estocada de cama-
rões, às taxas mais elevadas de alimentação e ao acúmulo de
matéria orgânica. Se considerarmos, por exemplo, um viveiro de
5 ha, povoado com camarões de 1,0 g a uma densidade de 25
camarões/m2 (população de 1.250.000 camarões), teremos uma
biomassa estocada de 1.250 kg (5 ha x 25 camarões/m2 x 1,0 g).
Na fase final de cultivo, com camarões de 12,0 g, e considerando
uma sobrevivência estimada em 62% (população de 775.000
camarões), teremos uma biomassa de 9.300 kg de camarões
(775.000 camarões x 12 g). Na despesca, a biomassa estocada
de camarões será quase 10 vezes superior, se comparada a do
dia do povoamento. Portanto, as taxas de consumo de OD ao
longo do ciclo de engorda, deverão obedecer pelo menos algo
proporcional a biomassa de camarões estocada.
No Penaeus monodon, concentrações de 0,9 mg OD/L
são letais para 50% dos animais quando expostos por um
período contínuo de 4 dias. Contudo esta espécie consegue
suportar níveis de até 0,35 mg OD/L por um curto espaço de
tempo. Em comparação, a faixa letal para o Marsupenaeus
japonicus varia de 0,5 a 1,0mg OD/L, e de 1,0 a 1,4 mg OD/L no
Fenneropenaeus chinensis. Em viveiros de engorda do Lito-
penaeus vannamei,dependendo do tempo de exposição, con-
centrações entre 0,8 a 1,5 mg OD/L podem ser letais.
De uma forma geral, efeitos subletais ou sinais de anorexia
são detectados abaixo de 1,0mg OD/L. Em níveis intoleráveis, os
camarões sobem à superfície do viveiro, apresentam natação
irregular e/ou uma movimentação acelerada das brânquias. Reco-
menda-se que em viveiros de camarão, o oxigênio permaneça na
faixaentre2,5e 8,OmgOD/L,e sempresuperiora2,OmgOD/L.Uma
concentração de OD inferior a 2,0 mg/Ljá pode inibir os animais
de deixarem o sedimento a procura de alimento (Tabela 1).
Tabela L
Baixas concentrações deoxigênio dissolvido (ODem
mgIL) e os efeitos sobre os camarões marinhos.
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002 C 27
:
Concentração de 00 (mg/L) Efeitos
Zero - 1,0 Letal
1,0-1,5
Letal quando a exposição é
prolonaada
Eficiência de conversão alimentar
1,7-3,0 baixa, crescimento lento e resistência
a enfermidades reduzida
.
~
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f5
...
dá
As fazendas de camarão empregam aeradores por inúmeras
razões. Na maioria dos casos, o objetivo principal é permitir um
aumento nas densidades de estocagem para se alcançar produtivi-
dades mais elevadas. Em fazendas que operam com aeração mecâ-
nica, produtividades de camarão de 3 a 5 ton/halciclo são comuns.
Contudo, produtividades entre 5 e 15 ton/halciclo não são raras e
podem ser alcançadas em fazendas intensivas que usam densida-
des superiores a 50 camarões/m2. Em um levantamento conduzido
na Ásia e América Latina, foi determinado que praticamente metade
das fazendas de camarão investigadas que usam aeração, operam
com densidades de estocagementre 21 a 50 camarões/m2 (Fig. 4).
T_.~
11<2hplha
1II:J,.5 cvlha
06-10 cvlha
11111-15 cv,.
1116-20 cv,
821-30 cvlh
1131-40 cvlh
1141-50 cvlh
11> 50 cvlha
Figura 4. Taxamé-
dia de aeração (cv/
ha) em 29 fazendas
comerciais investi-
gadas na Ásia e
América Latina.
!li
~
F- ~ &.~ .,t. ~. ~ t,~1M9:~
Prevenir a falta de oxigênio dissolvido nos viveiros é a segunda
maior razão para o uso de aeradores mecânicos na carcinicultura. A
depleção do oxigênio dissolvido é freqüente em sistemas mais inten-
sivos de cultivo ou sob condições de alta temperatura da água, onde
pode ocorrer um aumento incomum de atividade fotos sintética. Isto
resulta em um rápido incremento das concentrações de OD durante o
dia, seguido de uma redução ou completa exaustão no período noturno.
A aeração mecânica também é utilizada paraminimizar orisco de
introdução deenfermidades em um determinado empreendimento. Em
áreas onde há incidência de doenças, a renovação de água é evitada e,
neste caso, as concentrações de OD só conseguem ser mantidas
através de aeração suplementar. Também jáfoi observado umarelação
entre o uso de aeração e a redução no índice de viveiros afetados com
vibriose. A aeração mecânica é comumente utilizada em sistemas super-
intensivos para resuspender material orgânico e criar comunidades
microbianas heterotróficas no viveiro, com o intuito depurificar a água
e reciclar proteína não utilizada. Outros objetivos incluem a circulação
de água, a destratificação de viveiros com renovação zero e a redução
da região de acúmulo de sedimentos no viveiro.
FiguraS. Aerador de pás ol1palhetas (A)emrelação aum injetor de ar (B).
!CY@$é.\{@V1Q$2fYQ@ @$é. !~@lfii!(iJ@r@$é
Os tipos de aeradores mais predominantes na carcinicultura
são aqueles denominados Geradores de pás ou palhetas (Fig. 5A).
Esses equipamentos apresentam uma melhor relação
benefício-custo em relação a outros tipos de aeradores (Fig. 5B),
pois requerem menos manutenção, além de apresentarem uma
maior eficiência de oxigenação da água. Em comparação a outros
tipos de equipamentos, os aeradores de pás também conseguem
gerar correntes de água de até 10m de comprimento, direcionando
os dejetos na coluna d'água e do fundo do viveiro para uma
única área, dependendo do posicionamento e alinhamento dado
aos equipamentos.
Os aeradores de pás podem apresentar variações quanto
a potência do motor, número e formato de pás (ou palhetas),
rotores e flutuadores, como também no tipo de material utilizado
em sua fabricação (Fig. 6).
Os flutuadores são leves, geralmente fabricados depolietileno
de alta densidade para resistir ao impacto e tolerar exposição à luz solar
e a acidez da água. Na parte superior dos flutuadores é fixada uma
moldura ou base com perfurações e fixadores, feita de aço inoxidável
ou náilon rígido para suportar a deformação e a corrosão da água. É
preferível os flutuadores de uma única peça, sem soldas, para impedir
a infiltração de água. Na moldura são fixados suportes plásticos de
sustentação, com borracha na sua parte interna para apoio do eixo
principal. As borrachas devem ser constituídas de material especial
com alta durabilidade para evitar uma reposição freqüente e um
desgaste ou atrito do eixo. O eixo, manufaturado com náilon rígido ou
aço inoxidável (mais comum), liga-se ao redutor por meio de uma junta
móvel, como também aos rotores de fIXação das pás.
Figura 6. Componentes de um aerador de pás: (1) proteção do motor; (2)il).otor; (3) redutor; (4) pá ou palheta; (5) flutuador; (6) e (7) eixo ou haste;
(8) e (15) suporte plástico de sustentação; (9) e (lO)jJIntamóve~; (11) e (12)il).oldura oubase; (14) base do redutor.
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002 C 29
~
w~
~ I'""<~~~~
(ib)
Os únicos aeradores com Teste de Eficiência Padrão de Transferência de Oxigênio
realizado na Universidade Federal de Santa Catarina,conforme normas Norte
Americanas e com financiamento especial de 1 anos pelo Finame Agrícola
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Figura 7. Detalhes deum aerador depás, como rnotore redutor, ligado aoeixo através dasjuntas móveis. Observe arosca de cor vermelha, para permitir
a troca de óleo e lubrificação do redutor. O rotor é a roda para fixação das pás ou palhetas.
Figura 8. Modelo de pás mais freqüentemente observado nas fazendas de carnarões marinhos da Região Nordeste.
Figura 9. Poste de eletricidade e fixação do aerador por meio de estaca.
Figura 10.Alinhamento e distanciamento dos aeradores em um viveiro de engorda de camarões marinhos.
O redutor assemelha-se a uma caixade transmissão (Fig. 7),
possuindo no seu interior uma engrenagem ou cilindro em espiral.
É produzido para possuir um coeficiente de baixa fricção de forma
a reduzir ao máximo a perda de energia gerada pelo motor.
A caixa do redutor é vedada, com apenas um orifício,
fechado com uma rosca removível para troca de óleo do sistema.
O motor fica suspenso e fixado em uma base no redutor, com um
eixo conectado às transmissões do redutor. A caixa do motor é feita
de alumínio ou aço jateado, às vezes possuindo invólucros de
alumínio nas suas partes mais expostas a água. A caixa do motor
é importante não simplesmente para a proteção dos seus compo-
nentes internos, mas também para abafar o ruído excessivo do
motor, fator estressante para os camarões. Os motores possuem
potência variável, sendo mais comum o uso de aeradores com 1 a
2 cv de potência, com voltagem de 100 a 440 volts. O redutor e o
rotor são abrigados em uma cobertura de material plástico rígido.
Todos os parafusos e roscas empregados para fixação dos com-
ponentes devem ser de aço inoxidável.
Os aeradores mais empregados em fazendas de camarão
são providos com dois conjuntos de rotores em cada um dos lados,
cada um consistindo de um total de 8 até 40 palhetas dependendo
do desenho das pás e modelo de aerador. As pás são fabricadas
de material plástico ou náilon rígido. São removíveis para permitir
sua substituição ou reparo. Alguns modelos permitem a alteração
ou ajuste do seu ângulo de atuação em relação à lâmina água.
!s.@rtt~Or'($~.: €.J
Ao contrário do que algumas pessoas sugerem, os aeradores
são equipamentos complexos, fabricados com materiais especiais,
leves e resistentes ao uso contínuo, com ângulos e medidas
determinadas após inúmeros testes de eficiência. É por este motivo
que os aeradores caseiros devem ser evitados em operações
comerciais. Todos os aspectos relacionados à qualidade, tipo de
material utilizado na fabricação, modelo do equipamento e integri-
dade da empresa fabricante devem ser levados em consideração
durante a aquisição de um aerador. Outros aspectos incluem
acesso a assistência técnica e a facilidade de reposição de peças.
O formato das pás, por exemplo, pode afetar a eficiência de
oxigenação, como também o consumo de energia (Fig. 8).
Motores ou materiais de baixa resistência podem significar
quebras mais freqüentes, maiores custos de manutenção e um eleva-
do risco, principalmente quando se trabalha sob condições intensi-
vas, com uma alta densidade de camarão. A eficiência de oxigenação,
a confiabilidade no equipamento e a facilidade de manutenção foram
citados por 29 fazendas de camarão marinho entrevistadas na Ásia e
América Latina (8 fazendas brasileiras) como sendo os três itens de
maior prioridade durante a aquisição de um aerador (Tabela 2). O custo
do equipamento e o acesso a crédito foram listados como 04° e 5° itens
de maior prioridade, respectivamente.
Tabela 2.
Áreas consideradas
demais altapriorida-
de por produtores de
camarãomarinhodu-
rante a aquisição de
equipamentos de
aeração. Os valores
referem-se ao número de respostas dadaspelos entrevistados em cada ordem
de prioridade. Lacunas sombreadas indicam a prioridade máxima (Fonte:
Nunes & Musig, 2001. GAA - Global Aquaculture Alliance).
Facilidade de
Manutenção
Disponibilidade de
Crédito o
aeradores são introduzidos no viveiro precedendo o povoa-
mento dos camarões. Neste momento, as áreas de posicionamento já
devem ter sido estudadas e defrnidas. O sistema de fiação elétrica,
submerso ou aéreo, e o quadro de comando, também já devem estar
prontos paraacionamento. Os aeradores são ancorados na área de cultivo
por meio deestacas demadeiraintroduzidas nopiso doviveiro eamarradas
ou insbridas nas argolas de fixação da base do aerador (Fig. 9).
Uma vezinstalados efixados emurna determinada área doviveiro,
os aeradores não devem ser realocados. A redistribuição dos aeradores
durante o ciclo de produção causa agitação de material repousado no piso
do viveiro, podendo ocasionar a liberação de substâncias tóxicas na água.
O posicionamento dos aeradores no viveiro é um aspecto
importante, pois afeta a circulação da água, o transporte de sólidos
em suspensão, definindo as áreas preferenciais paramaioroxigenação
no ambiente de cultivo (Fig. 10).
Os camarões tendem a evitar regiões mortas do viveiro com
baixa oxigenação ou onde exista um excesso de compostos
nitrogenados, como amônia, metano ou gás sulfídrico. Os aeradores
mecânicos podem promover uma melhor circulação da água e a
centralização de dejetos quando posicionados na periferia e ao redor
dos viveiros. Em uma pesquisa recente realizada na Austrália foram
quantificados os efeitos simulados de três diferentes alinhamentos
de aeradores: em linha, diagonalmente e paralelamente; (Fig. 11).
Figli1"ali. Posicionamento de aeradores com intuito de promover a
circulação e centralizar o acúmulo de dejetos em viveiros retangulares de
engorda (f'eterson et ai., 2001).
Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 C 31
i\ .. -- 'IIIIIIiIIIIIII'!IIIIIIIIIII'"~ -- 1.
4..;. Fabricamostodosostiposderedes ~
paraDESPESCAe TANQUES-REDE.t .R m06 .eobOrt""'" "",anqu..a"U. t.Rede.d. """.to ""roal.vi""" pá...",.. 'i"vertl.. sdu~os, .TalTa,a.. red.. ""ro""$<Oemrio..M.'h...p.rtl'd.2,5mmentr.nó., .mare.,
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.Ta"qu...reda .Panage".ammo "ofi'am."toa
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Foi concluído que os aeradores posicionados diagonalmente
e em paralelo geram menos turbulência em partículas repousadas
no sedimento e um menor percentual de áreas mortas ou sem
oxigenação no viveiro.
No Brasil, os alinhamentos apresentados na Fig. 11 não são
ainda empregados. As fazendas ainda adotam alinhamentos tradici-
onais (Figs.lOe 12), geralmente associados à geometria e a área útil
de cultivo. Em viveiros retangulares, os aeradores são instalados
paralelamente e eqüidistantes em até 10 m um do outro, todos
posicionados no mesmo sentido conforme a direção predominante
do vento. Os aeátdores são alojados dentro de um raio de 45° a 90°
em relação aos taludes, no lado de maior extensão do viveiro. Em
viveiros sem enrocamento, os aeradores devem ser posicionados
distantes em pelo menos 10m dos taludes para evitar a erosão(Fig 12).
Figura Posicionamento de
aeradores próximos aos taludes ge-
ram erosão, sólidos em suspensão e
perda de área cultivável.
Figura 13. Aeradores no canal de
adução auxiliam no aumento do
oxigênio dissolvido antecedendoa
entrada de água nos viveiros.
Em casos excepcionais, os aeradores são instalados no canal
de adução (Fig. 13).
Deve ser evitado o posicionamento de aeradores em áreas
muito rasas « 0,8 m), pois pode ocasionar raspagem do solo e gerar
um excesso de sólidos suspendidos na água.
llG'
Parâmetros
A exigência exata de aeração mecânica em um viveiro de
engorda de camarões é um fator complexo de determinar. As unidades
de engorda ou viveiros de produção apresentam ampla variação
ecológica e, portanto, uma demanda distinta de oxigênio dissolvido.
As fazendas também sofrem uma influência ambiental que oscila de
acordo com sua localização geográfica e época do ano. No Nordeste,
por exemplo, durante o período seco, há uma maior predominância de
ventos e assim uma melhoria nos processos naturais de oxigenação da
água. Pesquisas recentes também indicam que as taxas de transferência
de oxigênio dissolvido dos aeradores de pás praticamente dobram a
cada 10 ppt (partes por mil) de aumento na salinidade da água.
A magnitude das flutuações de OD na água aumenta com um
incremento na abundância de fitoplâncton. Águas muito
esverdeadas, com uma transparência reduzida « 30 cm) pode serum
indicativo de quantidades excessivas de fitoplâncton, particular-
mente de algas do tipo clorofíceas.A principal conseqüência de
águas com tais características é a redução ou depleção de OD e a
produção de grandes quantidades de dióxido de carbono (COz).
Nesta situação, os níveis de OD podem apresentar-se excepcional-
mente elevados durante o dia, alcançando concentrações críticas
no período noturno. Estas condições não são benéficas ao cresci-
mento e a sobrevivência de camarões em viveiros, podendo ocasi-
onar mortandade da população cultivada.
Menores taxas de renovação de água, acúmulo de material
orgânico no fundo do viveiro ou uma biomassa de camarões exces-
sivamente alta, particularmente na fase final do cultivo, podem
também gerar uma queda nos níveis de OD. Contudo, em pesquisas
recentes, camarões expostos a concentrações estressantes de OD (de
0,5 aO,6 mg/L ou 1,0 aI,! mg/L) por períodos de 4, 8 e 12hrs durante
21 dias de cultivo não apresentaram redução no crescimento ou no
fator de conversão alimentar. Isto sugere que em situações de crise
de OD por um curto espaço de tempo não necessariamente significa
que as taxas de alimentação devam serreduzidas ou que os camarões
sejam despescados prematuramente, considerando que outros
parâmetros de qualidade de água sejam mantidos a níveis aceitáveis.
Devido a esta complexidade, os requerimentos de aeração
mecânica têm sido estimados empiricamente, com base na experiên-
cia e resultados obtidos a nível comercial. Os produtores utilizam
parâmetros como a biomassa estocada, a quantidade diária de ração
fornecida, as condições climáticas e de qualidade da água, além de
dados de desempenho zootécnico (crescimento, sobrevivência,
produtividade, etc) para prever a quantidade necessária de aeradores.
Os aeradores devem ser utilizados a partir do momento em que
a biomassa estocada de camarões exceder 0,2 kg/m2 ou 2,0 tonlha.
Sob uma densidade de estocagem inicial de 60 camarões/m2 e
considerando uma média de mortalidade de 20% nas primeiras
semanas de cultivo, este valor deverá ser ultrapassado quando os
camarões alcançarem 4, 1g de peso. De fato, em fazendas comerciais
de cultivo, a aeração mecânica somente passa ser utilizada a partir do
2°mês de engorda. No 1°mês de cultivo, a aeração é utilizada somente
em situações de aparente estresse dos animais ou em dias nublados.
Contudo, a prática também tem demonstrado que é possível
operar viveiros com uma densidade inicial de até 40 camarões/mz
sem o uso de aeração mecânica e alcançar produtividades superi-
ores a 3,0 tonlhalciclo (Fig. 14) .
'o".,~""",.'rn",oo"'.',~", yoO,65",'.30009,'1861,1
o~";~O,8928
o 18.000
:si 16.000
~ 14.000
I; 12.000o.
o 10.000
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~ 6.000o
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o 125 15025 50 75 100
Número de Camarões por m'
Com A erador Mecânico
"'k'g,"~"mrnoo'=",~' y01""'.205,0137,'1624.7
, ~ '5; 'o 0,701'
o 5000
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;\; 4.000
:: '500
~ aooo
,g 2500
! 2000
o 1.500. 1.000
~ 500o
o 40 5010 20 30
Número de CamerÕes por m'
ISem Aerador Mecânico
Figura 14. Relação produtividade de camarões e densidade de estocagem em
viveiros de engorda operados com (CA) e sem (SA) o uso de aeração mecânica.
Os gráficos representam dados de 54 (CA) e 75 (SA) viveiros comerciais de engorda.
Os viveiros investigados possuem uma área média de 4,1 ha - CA (mínimo 1,3 ha;
máximo 8,5 ha) e 4,9 ha - SA (min. 1,0 ha; máx. 30,0 ha). As densidades iniciais
de estocagem variaram em média de 26,8 carnarães/m2 - SA (mín. 14,5 cam./m2;
máx. 46,9 cam./m2) a 38,9 camarães/m2 - CA (min. 17,0 cam./m'; máx. 128,0
cam./m2). Os viveiros CA foram operados com uma média de aeração de 4,3 cv/
ha (mín. 0,3 cv/ha; máx. 15,0 cv/ha). Resultados coletados em 2001, provenientes
de fazendas de camarão marinho da Região Nordeste do BrasiL
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002 c~
.
r-_____--------
: ESTEANÚNCIONÃOÉ
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Figura 16. Fazenda do Equador sem acesso a energia elétrica, utilizando gerador movido a diesel como fonte de energia.
Figura 17.Gerador de 140 kva (quilovoltampere) em uma fazenda de camarões. En1sistemas que operam com alta densidade de estocagem, deve
ser avaliado a locação ou compra de um gerador como uma fonte extra de energia para casos de emergência.
Figura 18. Manutenção de um aerador após um ciclo de engorda.
Apesar de existirem casos isolados, além da dificuldade de
padronizar os limites máximos sustentáveis conforme já discutido,
a faixa entre 35 a 40 camarões/m2 pode ser considerada crítica em
relação a demanda de oxigênio. Aparentemente a partir deste ponto,
o consumo de oxigênio dissolvido aumenta além da concentração
disponível no ambiente, principalmente em resposta a maior biomas-
sa de camarões e as taxas mais elevadas de alimentação.
A potência de aeração exigida por área cultivada é comumente
expressa em cavalos de força por hectare ou cv/ha. Pode também ser
utilizada a expressão cv por biomassa de camarão estocado (cv/kg) ou
ainda quilowattporkg (kW/kg; lkW = 1,34cvou1cv=0,746kW).Acima
do patamar dos 2.000 kg de camarão por ha, cada 1 kW de aeração
consegue suportar 500 kg de camarão. No Brasil, os aeradores vêm
sendo utilizados a níveis que variam entre 2 e 8 cv por ha ou para cada
200 a 400 kg de camarão estocado (densidade inicial). Níveis mais
elevados de até 1Ocv/ha sãotambém empregados em menor escala para
densidades superiores a 80 camarões/m2. Aparentemente, em situa-
ções de até 60 animais/m2 são necessários de 4 a 6 cv/ha para garantir
um fornecimento adequado de oxigênio dissolvido. Contudo, tem sido
observado a nível comercial que um aumento sucessivo da relação
número de camarões e potência de aeração por área cultivada propor-
ciona incrementos substanciais na produtividade final de camarões.
d!~ EU1:í$t'gj!1â
Ornadas maiores barreiras para um usomais difundido da aeração
mecânica são os custos relacionados a eletrificação da unidade produ-
tiva, a aquisição dos aeradores como também os gastos operacionais
derivados do uso desta tecnologia. A aeração mecânica se tomou mais
popular noBrasil em comparação aooutros países produtores de camarão
da América Latina provavelmente devido a um acesso mais fácil a
eletricidade em áreas rurais. A eletricidade gerada por hidroelétricas é
também mais barata quando comparada a outras fontes de energia.
Estima-se que em fazendas de camarão no Brasil gasta-se
quase duas vezes mais para gerar um kWh de energia através de
Q-
cnto 10m.....
111<US$ 0,051kW1
CUS$ 0,05-0.071kW1
iIIUS$ 0,Q8-0,101kW1
111>Us$ 0,10/kW1
0< US$ 0,201L diesel
IIUS$ 0,2o-0,3Q1L diesel
IIIUS$ 0,31-0,4Q1Ldlesel
IIUS$ 0,41-0,5QlL diesel
li >US$ Q,501Ldiesel
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Figura 15. Custo médio da fonte de energia (em US$ por kWh ou
US$ por litro de diesel) em fazendas da América Latina e Ásia.
geradores movidos a diesel (1 kWh =R$ 0,11) em relação aeletrici-
dade derivada de plantas hidroelétricas (1 kWh =R$ 0,07). Em um
levantamentorealizadoem29fazendasdecamarãodaÁsiae América
Latina em 2001, revelaram que em 60% dos casos os custos de
eletricidadecom a aeração alcança em média US$ 0,07/kWh (sete
centavos de dólar por quilowatt/hora) (Fig. 15).
Os custos com diesel variaram de US$ 0,31-0,40/L (8% dos
casos) a US$0,41-0,50/L. Fontes alternativas de energia como a
energia solar e a energia eólica devem ser consideradas como
importantes áreas de investigação no futuro.
Apesar da eletricidade ser a fonte predominante de energia
emfazendasque utilizam aeradoresmecânicos, geradoresoupeque-
nos motores movidos a diesel ou gasolina são também empregados
emmenor escala (Fig. 16).
Em casos de emergência, é indispensável a fazenda
dispor de um grupo gerador, pois a queda de força é apontada
como uma das principais causas da mortalidade de camarões
em viveiros aerados (Fig. 17). Durante o dimensionamento da
potência do gerador requerido, deve ser dado uma margem de
segurança de 30%.
b:;HIftt:l@ntt.[t(t@Utla. cía~ f~@f~t~cí@F@~
O horário e o tempo requerido de funcionamento dos
aeradores está associado às condições de qualidade de água e a
biomassaestocada. Em sistemas intensivos (acima de 40 camarões/
m2) os aeradores devem ser ligados principalmente em dias nubla-
dos ou chuvosos e durante os períodos noturnos, quandodiminu-
em ou cessam os processos naturais de oxigenação da água através
da fotossíntese. Em horários muito quentes, os aeradores devem
também ser ligados para reduzir possíveis condições deestratificação
térmica da água. Na prática, a partir do 2o mês de cultivo, os aeradores
são ligados durante a noite por períodos de 8 a 12 hrs. Em cultivos
mais intensivos, estes equipamentos são operados alternadamente
praticamente de forma contínua.
Não há necessidade de desligar os aeradores durante a
alimentação dos camarões. Independente da situação, aconstatação
dos níveis de oxigênio dissolvido (OD) da água é o que determina
a necessidade ou não do funcionamento dos aeradores. Em vivei-
ros, recomenda-se conduzir mensurações diárias de OD, principal-
mente cedo pela manhã, final da tarde e meia-noite, a alguns
centímetros do fundo, meia-água e superfície.
Wtt-tltttl@flç~aje Mal1\ll@ftHtí@nta
Toda fazenda deve estabelecer um cronograma de manu-
tenção dos aeradores para evitar quebras ao longo do ciclo de
produção (Tabela 3). A manutenção envolve a verificação e a
reposição de componentes do sistema elétrico e mecânico,
como a troca de óleo e a checagem dos fusíveis do quadro de
comando (Fig. 18).
Durante a noite, é aconselhável checar o funcionamento dos
equipamentos, principalmente em fases críticas do cultivo. Uma
forma simples de determinar se os aeradores estão funcionamento
Panorama da AQÜICUL TURA, março/abril, 2002 ( 35
A, 'fderau,., mUndial' em
produtividade
é nosso melhor resultado.
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Frequ,,'e"ncia ,m,,\ "'TipodeMan"u"teCnça-o ",C,,
No final de cada
ciclo
Trocar o óleo do redutor
Jatear e pintar redutor e motor
Lavar e escovar proteção de motor,
flutuadores, palhetas e estacas de fixação,
Vistoriar integridade do cabo elétrico,
deformidades nos eixos e base de fixação,
borracha dos suportes de sustentação, juntas
móveis e palhetas
Inspecionar fusíveis, contactores e reiés
Revisão completa no redutor, motor e quadro
de comando
no período noturno, é tentar ouvir o barulho gerado pela agitação
da água como também a reflexão de pequenas bolhas de ar na
superfície do viveiro. Ao longo do ciclo de produção, o Gerente de
Produção deve também inspecionar o bom funcionamento dos
equipamentos. Alguns produtores experientes avaliam a eficiên-
cia do aeradorpelo comprimento da corrente formada na superfície
da água pelo equipamento.
Custos e Investimentos comAeraçio
Os aeradores com 2 cv potência alcançam um preço entre
US$ 600-650/unidade. Resultados comerciais de engorda de 54
viveiros em fazendas Nordestinas indicam que para cada I cvlha
pode ser produzido em média 1.103 kg de camarão ou ainda 1.000
kglha para cada 1,1 cv empregado (Fig. 14). De forma objetiva,
pode-se dizer que estes resultados justificam o investimento e o
custo operacional adicional com o uso da aeração mecânica. É
possível que em sistemas semi-intensivos, que operam com den-
sidades entre 25 e 30 camarões/m2, os investimentos e os custos
operacionais com a aeração mecânica excedam seus benefícios
ambientais e econômicos. Nestas condições, a aeração suplemen-
tar é dispensável. O emprego de aeração mecânica também reduz
a dependência da renovação de água, diminuindo os custos com
bombeamento. Em condições super-intensivas, em um viveiro
experimental no Nordeste, operando com renovação próxima a
zero, cada cv utilizado foi capaz de sustentar uma produtividade
de até 3.043 kg de camarão. Os benefícios gerados pela aeração
mecânica, através de uma melhoria na qualidade dos efluentes,
também validam os custos desta tecnologia.
T;
A aeração mecânica pode serusada em inúmeras situações
e sistemas de cultivo, como uma medida emergencial, remediadora
ou ainda como um método prático para incrementar a produção no
cultivo de camarões. Melhorias no desenho das palhetas já
proporcionam uma maior eficiência na transferência de gases.
Aeradores com diferentes gradientes de velocidade para um
funcionamento variável entre o dia e a noite, deverão otimizar a
oxigenação, proporcionando maior economia nos custos com
eletricidade. Mecanismos de automação de aeradores por meio de
sensores de oxigênio dissolvido já é uma tecnologia disponível no
mercado, contudo ainda relativamente cara e exigindo manutenção
freqüente para resistir as condições adversas e aos regimes de
trabalho das fazendas comerciais de cultivo. Pesquisas para avaliar
um melhorposicionamento e alinhamento dos aeradoes em vivei-
ros comerciais, testes de performance, durabilidade e resistência
entre marcas e modelos, como também as aplicações no tratamento
de efluentes devem ser consideradas áreas prioritárias. Na medida
em que os carcinicultores tomam conhecimento dos benefícios da
aeração mecânica, estratégias de aeração e novas tecnologias
deverão surgir na indústria, fazendo com que os aeradores se
tomem uma ferramenta ainda mais acessível e popular na carcini-
cultura marinha.
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Panorama da AQÜICULTURA, março/abril, 2002 ( 37
I
Tanque-Rede - Mais Tecnologia
e Lucro na Piscicultura
Este livro pretende iniciar o aqüicultor
com relação ao uso de tanques-rede em
viveiros de cultivo de peixes, principal-
mente no que diz respeito à uniformidade
na produção, facilidade de controle e ob-
tenção de uma maior produtividade, de
forma a colaborar com que venha a obter
um bom êxito no seu cultivo. O autor, o
médico veterinário Francisco das Chagas de Medeiros, que é con-
sultor do Sebrae-MT para o Programa Qualidade Total Rural, se
utiliza de uma linguagem acessível para dar noções técnicas básicas
e abordar os preceitos legais necessários para a instalação da
atividade. O livro que transmite a experiência pessoal do autor, é
composto de cinco capítulos: Qualidade da Água; Criação de Peixes
em Tanques-rede; Nutrição e Alimentação dos peixes em Tanques-
rede; Impacto Ambiental e, Legislação Federal sobre a Utilização das
Águas Públicas, que são ilustrados com fotos, desenhos e tabelas.
Informações de preço e envio da publicação podem ser fornecidas
pelo autor através dofone/fax: (65) 661-5300.
Métodos de Estudo e Técnicas
Laboratoriais em Parasitologia de
Peixes e Doenças de Peixes:
Profilaxia,Diagnósticoe Tratamento
A segunda edição, revista e ampliada do livro
"Métodos de Estudo e Técnicas Laboratoriais

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