Buscar

71 Panorama da Aquicultura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

. ~~118~~)
u..~
$obreCUJtWosA.~ ~ VoI.12.r7tmaio I juMo ..2002
LT
---r---""--,
0\-'"
~
rfJ-
r-r-
8,
SIISTEMA DE IMF
Estud~traça Diagnóstico
RecirculaçAo de Água na &aBorda de ea8arfe8 Marln""
As Boas Perspectivas para a PI&CiCIIlturaOr"..",,1
I
111
11 I
111
[m_[ml~
P~.~
"'
11
11
Editorial
A conteceu em Goiânia o XII Simbraq - Simpósio Brasileiro de Aqüicultura, o evento bianual daAbraq - Associação Brasileira de Aqüicultura. Foi marcante e ficará na memória de todos os que
lá estiveram e, certamente, não haverá outro igual. Eu pelo menos espero que não.
Evitamos deliberadamente este assunto nesta edição para não falarmos em desconforto, desorga-
nização e, principalmente, nos acontecimentos lamentáveis que marcaram a eleição polêmica do substituto
de Adilon de Souza na presidência da Abraq e que, surpreendentemente, levaram ninguém menos que
Adilon de Souza para o mesmo cargo. Desde o término do Simbraq este tema tem sido diariamente debatido
na Lista de Discussão Panorama-l, um fórum mais adequado para tratar deste assunto, por ser aberto a
qualquer um que queira democraticamente emitir a sua opinião. Na Panorama-l, as mensagens diárias têm
sido de absoluto descontentamento com os rumos que a Abraq tomou e com a forma como os
acontecimentos foram encaminhados. A respeito desse assunto, aqui, nesta edição, nos limitamos a
publicar na seção "Notícias & Negócios", apenas a relação de nomes da nova diretoria, enviados pelo seu
presidente.
Isso posto, saúdo a todos e é com muito prazer que trazemos aqui temas que mais uma vez
remetem a necessidade de se avaliar melhor o universo aqüícolabrasileiro. Gosto da máxima que diz que
é impossível administrar aquilo que é imensurável, e o tamanho da indústria aqüícola nacional está longe
de ser medido. O aceno de que teríamos uma grande avaliação da atividade através do cadastramento
obrigatório dos aqüicultores junto ao DPA - Departamento de Pesca e Aqüicultura, o órgão responsável pelo
RGP- Registro Geral da Pesca, nunca deixou de ser apenas um breve aceno, do qual os aqüicultores fogem,
assustados com as garras do IBAMA, para onde obrigatoriamente cada registro deve ser enviado. E todos
sabemos que além das garras, o IBAMA também sorri para a aqüicultura como as bruxas dos filmes de
Disney.
O que dá para perceber é que são inúmeras e óbvias as desvantagens de não termos as estatís-
ticas da aqüicultura nacional. As indústrias de insumos seguem tocando seus negócios de ouvido e
improvisam quando precisam direcionar seus esforços, e o resultado é que todos saem perdendo. Afinal,
quanto produzimos? Quantos hectares de viveiros existem no Brasil?
Está aí mais um desafio para Alexandre Caixeta Spinola, engenheiro agrônomo recém empossado
Coordenador-geral do DPA. Até porque alguma autoridade, possivelmente o próprio Ministro da Agricultu-
ra, deverá fazer as honras da casa e apresentar a nossa aqüicultura aos estrangeiros que aqui virão para
o WAS 2003, em maio do próximo ano. A imprensa especializada internacional estará presente e, certa-
mente, vai querer saber a resposta para a tradicional pergunta: quanto vocês produzem? Bem, pelo menos
aqui nessas páginas, através das curvas ascendentes da produção de rações para organismos aquáticos,
o leitor vai constatar que a atividade está crescendo com vigor.
Nesta edição, publicamos também um artigo sobre como um SIG - Sistema de Informações
Geográficas pode mapear um estado inteiro e sugerir as melhores áreas para cada espécie. O leitor poderá
ainda se informar acerca da tecnologia de recirculação de água nos cultivos de camarões marinhos, ver como
funciona um sistema de monitoramento contínuo de viveiros totalmente feito no Brasil e, muito mais.
Com os votos solidários àqueles que nesse momento lutam por umaAbraq unida e atuante,
desejo a todos uma boa !eitura.
Jomar Carvalho Filho
Biólogo e Editor
Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002
( 3
.
~
1\
l
I
I~I
Panorama da
AQ 01 CUL TURA
A única publicação brasileira dedicada
exclusivamente aos cultivos de
organismos aquáticos
ISSN 1519-1141
Uma publicação Bimestral da:
Panorama da AQÜICULTURA Ltda.
Rua Mundo Novo, 822 # 101
22251-020 - Botafogo - RJ
Tel: (21) 2553-1107
Fax: (21) 2553-3487
www.panoramadaaquicultura.com.br
revista@panoramadaaquicultura.com.br
Endereço para correspondência:
Caixa Postal 62.555
22252-970 - Rio de Janeiro - RJ
Editor Chefe:
Biólogo Jomar Carvalho Filho
jomar@panoramadaaquicultura.com.br
Direção Comercial:
Solange Fonseca
solange@panoramadaaquicultura.com.br
Jornalista Responsável:
Alba Lírio - MT16.372
Assistente:
Fernanda Carvalho Araújo
femanda@panoramadaaquicultura.com.br
Projeto Gráfico:
Leandro Aguiar
leandro@panoramadaaquicultura.com.br
Colaboradores:
Alberto J. P. Nunes
Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva dos autores. Os
editores não respondem quanto a qualidade
dos serviços e produtos anunciados, bem
como pelos dados divulgados na seção
"Informe Publicitário", por serem espaços
comercializados.
Design & Editoração Eletrônica:
Panoramada AQÜICULTURALtda.
Impresso na Grafitto Gráfica & Editora Ltda.
Números atrasados custam R$ 7,50 cada. Para
adquiri-Ios entre em contato com a redação.
Para assinatura use o cupom encartado, visite
www.panoramadaaquicultura.com.br
ou envie e-mail:
assi natura@panoramadaaquicultura.com.br
ASSINANTE - Você pode controlar, a cadà
edição, quantos exemplares ainda fazem parte da
sua assinatura. Basta conferir o número de
créditos descrito entre parenteses na etiqueta
que endereça a sua revista.
Edições esgotadas: 01, 05, 09,10,11,12,14,
17,18,20,21,22,24,25,26,27,29,30,33,34,35,
36,37,38,39,40,41,44,45,59,61,62,63,65.
I',. INDICE
Edição 71 - maio/junho,2002
Capa: Mapa do Rio de Janeiro
elaborado pelo SIG
Editorial
Notícias & Negócios
...Pág 3
...Pág 6
...Pág 8Notícias & Negócios On Line
Camarão Brasileiro Produzido com
ISO 14001 ...Pág 11
Consumo de Rações evidencia
Desenvolvimento da Aqüicultura
Diagnóstico da Cadeia Aqüícola no
Rio de Janeiro
...Pág 12
...Pág 15
Recirculação de Água na Engorda de
Camarões Marinhos
Os Novos Produtos do Frigorífico
Cardume
...Pág 27
...Pág 40
As Boas Perspectivas para a
Piscicultura Ornamental
Sistema de Monitoramento Contínuo
de Viveiros
...Pág 41
...Pág 47
Bahia Pesca e COAB abrem caminho
para a Tilápia
Grupo de Trabalho em Camarões de
Água Doce elege nova Coordenação
...Pág 51
...Pág 52
Paraná: Contabilizada a
Safra 2000/2001
Calendário Aqüícola
...Pág 53
...Pág 58
Diagnóstico da Cadeia Aqüícola no Rio de Janeiro
Dentro das ações previstas no projeto "Desenvolvimento da Aqüicultura do Estado
do Rio de Janeiro", o SEBRAE/RJpromoveu junto ao LAQUASIG - Laboratório de
Aqüicultura e Sistemas de Infonnação Geo-
gráfica da Universidade SantaÚrsula, o estu-
do intitulado "Diagnóstico da Cadeia
Aqüícola para o Desenvolvimento da Ativi-
dade no Estado do Rio de Janeiro". .Este
estudo realizou um levantamento sobre a
aqüicultura fluminense, traçou um perfil do
aqüicultor e colheu infonnações sobre os
processos produtivos, de comercialização e
consumo nos principais mercados atacadis-
tas e varejistas no Estado. Através dos Siste-
masdeInfonnaçãoGeográfica- SIG,
os biólogos Philip C. Scott, Luiz Femando
Vianna e Marco Antônio de C. Mathias ava-
liaram as áreas potenciais para a aqüicultura
e apontaram osprincipais entraves para o seu
desenvolvimento.
N
+
( 5Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
ABRAQ- Numadecisãopolêmicamarcada
por manobras que causaram protestos que
levaram ao esvaziamento do plenário, a
Associação Brasileira de Aqüicultura ele-
geu,noúltimoSimbraq,ocorridoemGoiânia
a nova diretoria executiva. Como presiden-
te da associação foi reeleito Adilon de Sou-
za; como vice-presidentes, Itamar de Paiva
Rocha e Terezinha Carneiro; diretor de ex-
tensão aqüícola, Décio de Souza Cotrim;
diretor técnico, Max Magalhães Stein; dire-
tor financeiro, Afrânio Roberto de Souza;
diretor das relações institucionais José
Ubirajara Timm; diretor administrativo,Marcelo Guimarães Mendonça e, diretora
de ensino, pesquisa e tecnologia, Tereza
Cristina Gesteira.
~
Fone: 81 34694777/34694842
Fax: 81 34692403/34693214
email: dag.ua@elogica.com.br
Jaboatão dos Guararapes 1Recife -Pernambu
~
VERBAS - Um convênio entre o Banco do
Brasil, o BNDES - Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social e o
governo do Paraná, poderá viabilizar o
Programa Paraná Aqüicultura, que visa
contribuir para o desenvolvimento dos
Pólos de Piscicultura que já existem no
. Estado. O convênio prevê a liberação de
R$ 15 milhões para o financiamento de
produtores que pretendem diversificar as
atividades das suas propriedades. Os re-
cursos deverão ser utilizados para a engor-
da dos peixes visando aumentar a produ-
ção estadual.
~
MERCOV ALE - O Município de Paulo
Afonso, localizado a 434 quilômetros de
Salvador, sediou de 26 a 29 de maio passado
o VII Mercovale - Encontro de Negócios nos
Vales do São Francisco e Parnaíba. O obje-
tivo do evento, que chegou a receber quase
mil pessoas por dia, foi apresentar as oportu-
nidades de investimentos, estabelecer parce-
rias e atrair empresários para a região. O
segundo dia do encontro foi reservado ex-
clusivamente para as discussões referentes a
aqüicultura. O presidente da Bahia Pesca,
Max Magalhães apresentou um painel da
atividade destacando os avanços tecnológicos
que hoje fazem a diferença e pennitem que a
região tenha 2,5 safras anuais de tilápias com
peso entre 600 e 700 gramas. Mario Aurélio
Pinto, superintendente do Grupo MPE, fa-
lou dos planos do Projeto Tilápia do São
Francisco, da forma como irá integrar a
produção dos tanques-rede à da sua empresa
e abriu as portas do seu mega empreendi-
mento em raceways aos participantes do
Mercovale. Eduardo Jorge Motta da
CODEV ASF e Fernando Kubitza da Acqua
& Imagem mostraram o potencial da região,
que se estende até a foz do Rio São Francis-
co. Marcelo Barbosa Sampaio do DPA-
MAPA explicou os trâmites para obtenção
da concessão para uso das águas públicas da
região. Muito contestado pelos presentes, já
que não existe pennissão oficial para a colo-
cação dos tanques-rede ao longo das repre-
sas, Marcelo Sampaio pouco pode ajudar
para que os produtores saíssem do Mercovale
esperançosos quanto a esta importante con-
quista. O destaque do encontro ficou por
conta do Prefeito de Paulo Afonso que recla-
mou dos impactos ambientais atribuídos aos
tanques-rede, convidando o IBAMA a pri-
meiro visitar os despejos de esgotos que a
própria cidade faz diretamente no Rio São
Francisco sem que jamais tenha sido procu-
rado pelo órgão ou por qualquer ONG.
~
PLANO - Já foi aprovado o Plano Agrícola e
Pecuário 2002/2003, onde novamente a
aqüiculturafoi contemplada entre outros nove
programas prioritários. Atendendo areivindi-
cação dos produtores de catfish, o novo pro-
grama passará a amparar todas as espécies
cultivadas. Também o limite de frnanciamen-
tofoiaumentadodeR$80milparaR$150mil
por beneficiário/ano. As demais condições de
financiamento não foram alteradas: 8,75%/
ano de juros fixos, e prazo de cinco anos,
incluídos dois de carência. O Plano contem-
pla também uma linha especial para financia-
mento de equipamentos para beneficiamento
e conservação de pescados oriundos da
Panorama da AQÜICULTURA, maioljunho, 2002
aqüicultura com uma taxa de juros fixos de
11,95%/ano. Convencerosgerentesdasagên-
cias é que são elas. O Plano não explica como
o aqüicultor pode fazer isso.
~
NOVA RAÇÃO - O Grupo Agroceres está
lançando a sua linha Onimaster de rações
para peixes nas várias fases de desenvolvi-
mento e sistemas de cultivo. A divisão de
nutrição da empresa já oferece no mercado
alimentos para criações de suínos, frangos de
corte, aves de postura, bovinos de leite, bovi-
nos de corte, eqüinos e animais domésticos.
~
BANCO DO BRASIL - Os leitores pedi-
ram e a Panorama da Aqüicultura atendeu:
estamos trabalhando agora, também com o
Banco do Brasil. Vários leitores que estão
localizados no interior tinham dificuldades
em renovar a assinatura da revista, porque
não dispunham de agências bancárias próxi-
mas à localidade onde vivem. Por isso,
abrimos uma conta no Banco do Brasil, que
espalha agências nos quatro cantos do País.
Anote: Panorama da Aqüicultura Ltda. -
agência 281O-X - c/c 9358-0.
~
PI.I"CICU LTU RA
,,0; Ti l... !ii> i~ i~ilj liii
MENORES~.
.......
PREÇO
~
-~~'
~
MELHOR
~ QUALIDADE
Enviamos para qualquur
partu do Brasil-
Várias Espécies
(OXX62) 291 . 8822
FAX.:233 . 4911
Ooiânia - 00
~
DRA WBACK - O ministro do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio
Amaral autorizou, através da Camex -Câma-
ra de Comércio Exterior, o "drawback" -
importação sem pagamentos de impostos,
para a fabricação de produtos destinados à
exportação de matérias-primas e insumos
utilizados no cultivo de produtos agrícolas e
na criação de animais a serem exportados. A
decisão trata-se do decreto número 4.257,já
publicado no Diário Oficial e faz parte das
medidas governamentais que beneficiem a
exportação de produtos agrícolas. Até en-
tão, o "drawback" beneficiava a importação
de insumos utilizados no processamento de
bens manufaturados exportáveis. A Camex
vai elaborar a relação dos produtos que
poderão ser exportados sob o amparo da
nova medida e a Receita Federal vai elaborar
as especificações dos insumos e matérias-
primas passíveis de serem importadas como
os fertilizantes não fabricados no Brasil,
utilizados na carcinicultura.
~
~
ANTECEDÊNCIA - O CTTMar - Centro
de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
da Univali -Universidade do Vale do Itajaí
está organizando o 8th International Coastal
Symposium - ICS 2004. O evento é promo-
vido a cada dois anos pela Costal Education
and Research Foundation, e tem como obje-
tivo a discussão sobre os avanços técnico-
científicos, sócio-econômicos, tecnológic6s
e ambientais relacionados aos processos
costeiros. Os últimos simpósios foram rea-
lizados na Argentina, Estados Unidos, Nova
Zelândia e Irlanda do Norte. Desta vez, o
ICS acontecerá no Brasil, no Plaza Itapema
Resort, em Itapema-SC e no campus central
da Univali, em Itajaí -SC entre os dias 14 a
19 de março de 2004. Mais informações
pelo fone: 47 341-7700 ou e-mail:
ics2004@cttmar.univali.br.
~
MALACOCUL TURA - O governo de San-
ta Catarina assinou convênios de coopera-
ção técnica e científica com o Ministério da
Ciência e Tecnologia, CNPq e Finep que
viabilizarão projetos no Estado até 2005.
Os convênios objetivam a implementação
de pesquisas de tecnologias que solucio-
nem problemas nas cadeias produtivas.
Dentre as áreas que serão beneficiadas es-
tão projetos de malacocultura na região
litorânea com investimentos previstos de
R$ 820 mil. Serão incrementadas as produ-
ções de larvas e sementes de moluscos
marinhos que permitirão impulsionar a ati-
vidade, já que a capacidade de produção de
sementes, principalmente de ostras chegou
no limite máximo.
~
GERENTE TÉCNICO - A Emater/Rio -
Empresa de Assistência Técnica e Expan-
são Rural, vinculada à Secretaria de Agri-
cultura, que visa formalizar e executar pro-
gramas e projetos de assistência técnica e
extensão rural no Estado do Rio de Janeiro,
sensibilizada com o crescente desenvolvi-
mento da aqüicultura no Estado, acaba de
criar na sua estrutura organizacional a Ge-
rência Técnico Estadual de Aqüicultura.
Foi convidado para assumir o cargo de
gerente o biólogo Augusto da Costa Perei-
ra, funcionário da FIPERJ - Fundação Ins-
tituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro,
por seus relevantes serviços já prestados a
aqüicultura fluminense.
~
PRÊMIO - O Shellfish Technology Transfer
Program - STTP, um projeto de cooperação
para transferência de tecnologia na produ-
ção de moluscos, que entre 1993 e 1998
ajudou a impulsionar a maricultura no litoral
catarinense, foi escolhido para o "Prêmio de
Excelência em Desenvolvimento" da
Canadian International Development Agency
- CIDA (Agência Canadense de Desenvol-
vimento Internacional). Carlos Rogério Poli,
na época no Departamento de Aqüicultura
da UFSC- Universidade Federal de Santa
Catarina e Jack Littlepage, na época no De-
partamento de Biologia da Universidade de
Victoria, no Canadá, foram os criadores e
coordenadores do programa e receberam o
Prêmio das mãos de Susan Whelan, ministra
canadense de cooperação internaCional. A
maricultura catarinense estruturada com o
apoio do STTP possibilitou o aumento da
renda das fan1l1ias da região. Ao final do
projeto, em 1998, cerca de 2.500 pessoas
produziam 7,5 toneladas de mexilhões e 292
mil dúzias de ostras. O projeto foi realizado
pela UFSC e pela Universidade de Victoria,
com a participação da Epagri - Empresa de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina. Agora, a experiência
catarinense será estendida a outros estados,
como Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do
Norte e Maranhão. Os resultados positivos
do STTP, geraram um novo acordo de coo-
peração denominado Programa Brasileiro
de Intercâmbio em Maricultura (Brazilian
MaricultureLinkage Program- BMLP)que
engloba três universidades canadenses e cin-
co brasileiras. O endereço na do BMLP na
Internet é http://web.uvic.ca/bmlp
~
,.
HIPOFISES
&
OVOPEL
. Importados da Hungria.
. A melhor qualidade do
mercado.
. O melhor preço.
Falecom:
Sérgio: (47)9982-9405
~
DPA - o Departamento de Pesca e
Aqüicultura do Ministério da Agricultura
tem agora, no cargo de Coordenador-Geral
de Aqüicultura, Alexandre Caixeta Spinola,
um brasiliense de 28 anos, formado como
administrador de empresas e engenheiro
agrônomo com mestrado em agronegócio
pela UNB - Universidade Nacional de
Brasília. Alexandre Caixeta Spinola veio da
ABIPTI - Associação Brasileira das Insti-
tuições de Pesquisa Tecnológica, onde par-
ticipava da equipe do Projeto Agropolos. O
DP A continua instalado na Esplanada dos
Ministérios e seu telefone é (61) 218.2901.
/' .... ~H___n _H- .
anora
www.panoramadaaquicOltura.com.1
dique em Lista de Discussão
De: Alisson Sakai Okamoto
missanga@zootecnia.zzn.com
Para: panorama-l @isn.alternex.com.br
Assunto: Marcadores
Prezados integrantes da lista, gostaria
de saber informações sobre como eu
poderia fazer a marcação individual de
60 tilápias, que serão utilizadas em um
experimento. Agradeço qualquer ajuda.
De: niloticus
niloticus@bol.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assnnto: Re: Marcadores
Prezado Alisson, venho trabalhando com
tilápias há algum tempo, e venho utili-
zando marcação com miçangas, que são
costuradas com linhas, mais ou menos
abaixo dos terceiros e quartos raios du-
ros da nadadeira dorsal. Cada miçanga
Interligandopara
umfuturomelhor
A PANORAMA-L,a lista de
discussãodoaqüicultor
naInternet,contacom
o suportedo sistema
@
AlterNeI
@
FaçadoAlterNeI
o seu provedor
www.alternex.com.br
AllerNex@
ACESSOANTECIPADOAO FUTURO
tel.:(21) 2515-05001 fax.:(21) 2515-0505
atendimento@alternex.com.br-
notícias & negócios on line...
tem uma pontuação (você escolhe), por
exemplo: a miçanga branca grande vale
10, enquanto a branca pequena vale 5, e a
amarela grande vale 2. Aí é só ir colocan-
do as peças para marcar o número que
você quiser. As melhores linhas são as de
kevlar, que são bem resistentes (temos
peixes que estão marcados há mais de I
ano!). Na minha experiência pessoal, não
me dei bem com linhas sintéticas (apodre-
cem) e linhas de nylon (o nó se desfaz)
além do fato de que as tilápias têm o
péssimo hábito de puxar a marcação do
companheiro(a). Outra alternativa é usar
marcação cortando os raios duros da
dorsal, se os peixes forem adultos. Os
raios voltam a crescer, mas dá pra perce-
ber os raios que foram regenerados, pois
eles crescem defeituosos (tortos). Nesse
caso, corte apenas a partir do terceiro
raio, para melhor visualização da marca-
ção. Se forem jovens, os raios recuperam
muito rápido (pouco mais de I mês) e não
dá para observar direito qual é o raio
regenerado. Com esse tipo de marcação
dá para marcar mais de 720 animais, con-
siderando o fato que podem ser feitas
combinações com os raios da nadadeira
~
FUNPIVI
CENTRO DE PRODUÇÃO E
TECNOLOGIA EM AQUACULTURA
Alevinos
Carpas
Tilápia Revertida
Bagre Africano
Pacu
Jundiá Branco
Piauçu
Marrecos de Pequim
(5 dias)
Fone/fax: (47) 382-0512
Timbó- se
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
anal. Outra opção é marcar com fios de
telefone (aqueles bem fininhos e colori-
dos) amarrados (torcidos) nos raios du-
ros da dorsal. Daria para marcar com
microtransponders ou tatuagem, mas eu
não tenho experiência com nenhum des-
ses marcadores. Se precisar de maiores
detalhes das marcações descritas estou
à disposição.
De: FranciscoLeão
Cleao@hotmail.com
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto:Juvenisde Tilápiaemtanque-rede
Prezados colegas, estou tentando a du-
ras penas estabelecer uma piscicultura
em tanque rede numa represa de 35 ha
que está dentro de minha propriedade
localizada no município de Igaratá -
Vale do Paraíba - S.Paulo. Um dos pro-
blemas que tenho enfrentado é o de
conseguir juvenís saudáveis e no tama-
nho adequado (60g a 70g) para a engor-
da. As informações que tenho recebido
quanto ao cultivo de juvenis em tanque
rede são contraditórias. Uns dizem que
é possível esta produção, outros afir-
mam que os problemas de falta de ele-
Pioneira em Goiás e
Distrito Federal na produ~ão de
Maior desempenho, com menor
taxa de conversão alimentar
VENDAS:
TEL/FAX:(62) 325-1945
e-mail:dalaie@cultura.com.br
Rubiataba- Goiás
---
!I~
notícias & negócios on line...
mentos essenciais na ração completa
inviabilizam esta prática. Gostaria de
pedir a ajuda dos colegas e, se possível,
visitar alguma piscicultura com este tipo
de atividade.
De: Roberto de Araujo Menescal
menescal@digi.com.br
Para: panorama-l@isn.altemex.com.br
Assunto:Re:Juvenis deTilápiaemtanque-rede
Sr. Leão, aqui no Nordeste temos tido
várias experiências com tanque rede.
Alguns produtores criam à partir de 3 a
5 gramas já em gaiola. Relatam sucesso
mas a maioria pratica a recria em vivei-
ros de terra até peso que varia de 25 a 50
gramas para então passar para gaiolas.
Para nós aqui do Rio Grande do Norte,
em particular, a dificuldade é que a cria
em gaiolas à partir de 3 gramas tem
apresentado grande índice de mortali-
dade. Reputamos à obstrução das ma-
lhas (muito pequenas) necessárias à con-
tenção dos alevinos com esse peso ini-
cial e daí a redução da circulação de
água, queda da oxigenação, etc. Nossas
águas são, em sua maioria, eutróficas
tendendo à hipertróficas. Temos um
PISCICUL TURA
A
p~ IVtt"~1Mde- TiléqJiu./r
Fone/Fax:(18)3608-m6 (Ara~atuba-SP)
Fone/Fax: (18)3639-4025
(SantoAntoniodoAracanguá-SP)
E-mail: mpla@terra.com.br
Filial:(37)3221-0335(Divinópolis-MG)
grande tempo de residência de águas em
nossos açudes, evaporação elevada, alta
concentração de sais, etc. Os melhores
sucessos têm ocorrido quando o criador
realiza a recria até 50 gr em viveiros de
terra. Nesse caso o tempo de cultivo é
reduzido em cerca de 2 meses. Também
obtemos uma maior padronização no ta-
manho. A diferença é que alevinos com
até 5 gramas são transportados em sacos
plásticos em veículos pequenos ou até
em porta malas e os acima de 25 gramas
necessitam de caixas de transporte em
veículos maiores pois seus raios dorsais
perfuram o saco. Recomendamos que a
recria seja realizada nas proximidades
dos tanques-rede para diminuir o custo
do transporte. Estamos apresentando um
Projeto de Desenvolvimento do Pólo
Aqüícola de Açu, às margens do açude
Armando Ribeiro Gonçalves, cuja capa-
cidade é de 2.400.000 metros cúbicos e
dispõe de cerca de 19.000 hectares de
espelho d'água, dos quais estima-se que
poderemos utilizar cerca de 190 hectares
(+ ou - 1%) com cultivo de tanques-
rede.A base desse Pólo é a construção de
uma piscicultura para a produção de
alevinos revertidos e a recria até alevinões
(50 gr). Esperamos que apareçam inte-
ressados da iniciativa privada.
De: Jorge Cotan
jcotan@uol.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Constantes de salinidade
Prezados da lista, fui presenteado com
um medidor de salinidade da marca
TDSTestr 4TM que trabalha medindode
O a 19.90 mS ( ? ).Alguém poderia me
dizer como posso transformar esta medi-
da ( mS ) para mg/l ou me informar se
existe alguma tabela de salinidade para
peixes de aquário ou mesmo para peixes,
de água doce, criados para consumo,
nesta medida(mS)? Muito obrigado.
De: Ricardo Y. Tsukamoto
bioconsu@uol.com.br
Para: panorama-l@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Constantes de salinidade
Prezado Jorge, o aparelho portátil
TDSTestr mede a condutividade da água,
a partir da qual pode ser inferida ou
aproximada a salinidade. A relação entre
condutividade e salinidade não é uma
constante, variando em função dos íons
Insumos e Dietas
para Larvicultura
QUALIDADE
quemconheceSABEa diferença
Aceitamospedidose entregamos
em todo o Brasil
} 21&1
Fax (21) 2609-8731
e-mail: aqua@nitnet.com.br
AQ Yv~ms
~
AQUA SYSTEMS LTDA.
Divisão de Aquacultura
Av. Ewerton da Costa Xavier, 2101
sala 201 - Niterói - RJ - Cep 24.342-100
( 9Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002
tícias & negócios on line...
que compõem uma determinada água.
Para água doce, a relação dos dois
parâmetros varia, em geral, de 0,5 a 0,7,
conforme a origem da água. Por isso, é
comum que se adote o fator 0,6 ou 0,7
para a conversão. Isso significa que cada
1,0 mS/cm (mili-siemens por cm) na lei-
tura do seu TDSTestr se traduz numa
salinidade de 0,6 ou 0,7 g de sais/litro.
Não há uma "salinidade" padrão para pei-
xes de aquário ou de cultivo em água
doce, porque o que importa são os vários
íons que compõem esta água (cálcio,
magnésio, sódio, bicarbonato,etc). Como
exemplo, as águas de regiões calcáreas,
como dos rios de Bonito, MS, têm alto
teor de cálcio e magnésio, enquanto as
águas de muitos açudes do Nordeste são
mais ricas em sódio. Tal situação é dife-
rente do mar, uma vez que a composição
da água do mar é considerada "padrão",
ou seja, não muda praticamente nada ao
redor do globo (exceto em lagos e mares
fechados, como Araruama, Mar Morto,
etc.). Assim, a água do mar "padrão" tem
35 g de sais por litro (= 35 partes por
mil), numa proporção constante entre os
íons. A água do mar é diluída nos estuá-
você leu?
O seu cliente
também....
anuncie!
solicite nossa
tabela de preços
(21) 2552-2223
seu cliente
certamente
é nosso leitor
~
rios por água doce dos rios, que podem
abaixar a salinidade até próximo da água
doce, mas a proporção entre os íons per-
manece constante. O ser humano pode
sentir um gosto "salobro" na água a partir
de uma salinidade de 0,3 g de sal-de-
cozinha (cloreto de sódio) por litro.Porém,
não terá tal sensação se o sal presente for
de cálcio ou magnésio (em geral, mais
comum que o sódio em águas de superfí-
cie =rios e lagos). Os peixes ornamentais
dos rios de águas prêtas da Amazônia
(Rio Negro e outros), como o cardinal, o
neon tetra, o discus, o acará bandeira e
outros, habitam águas com condutividades
tão baixas que são próximas da água des-
tilada, além de serem bem ácidas. A
salinidade nessas águas fica ao redor de
0,01 g de sais/litro. Muitos criadores da-
quelas espécies usam água deionizada para
mantê-Ios em cativeiro. Já os peixes de
cultivo originários de outros tipos de rios,
como o curimbatá, dourado, cascudos,
piaus, tambaqui, tucunaré, carpa, etc., não
se importam muito com salinidades mo-
deradas, ao redor de até cerca de 1,0 g/L.
Certas espécies de tilápia toleram
salinidades muito mais elevadas, poden-
do chegar a viver até na salinidade do
mar. Por outro lado, certas espécies mari-
nhas podem tolerar viver em água doce,
como o robalo, a tainha e o linguado. A
manjuba paulista permanece praticamen-
te toda a vida no mar, mas migra para a
água doce para desovar, tal como ocorre
com os salmões. Assim, a salinidade ideal
depende exclusivamente de cada espécie
de peixe a ser mantida em cativeiro, e às
vezes, de seu ciclo de vida.Um grande
abraço.
De: Newton Rodrigues
newtonrodrigues@uol.com.br
Para: panorama-I@isn.alternex.com.br
Assunto: Vale do Itajaí
Prezados Colegas, outro dia, o professor
Poli nos indicou uma associação de flori-
cultores como referência de organização.
Achei ótima a proposta, afinal, bons exem-
plos devem ser citados e recomendados.
Porém, estive recentemente visitando os
piscicultores de Agrolândia e Aurora, mu-
nicípios de Se. Fiquei impressionado com
a organização dos piscicultores desses
municípios e a forma como poder público
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
(Epagri) e, produtores juntos construí-
ram um modelo de criação de peixes
priorizando os recursos locais e a rea-
lidade dos produtores. A piscicultura,
dessa forma, contribui efetivamente
para o desenvolvimento rural. Para-
béns ao Claudemir Schappo e Vitor
Kniess, extensionistas da EPAGRI, e
ao Sérgio Tamassia, pesquisador e
extensionista do mesmo órgão. Fica a
minha recomendação: conheçam a pis-
cicultura que se pratica no Vale do
Itajaí e a organização dos produtores.
De:Vitor Kniess
vkniess@rsl-creativenet.com.br
Para: panorama-I@isn.alternex.com.br
Assunto: Re: Vale do Itajaí
Caro Amigo Newton, grato pelas con-
siderações aos trabalhos realizados por
nós no Alto Vale do Itajaí. Apenas
complemento que além de nós técnicos
devemos registrar a grande contribui-
ção e participação dos produtores em
todo este processo. Aguardamos (Téc-
nicos, lideranças e produtores) seus
retornos para continuarmos os traba-
lhos propostos.Um abraço.
AMERICANO
PEIXES PARA PESQUEIROS
E ALEVINOS PARA
TODO O BRASIL
BLUEFISH
AGROPECUÁRIA LTDA.
".'.",,' fi
Escritório:RuaXVdeNovembro,550- SI.1204
Fones: (47) 322-0034 -222-3013 - 222-3671
E-mail:bluefish@terra.com.br
89010-901- Btumenau- SantaCatarina
Informe
Camarão brasileiro produzido
com ISO 14001
O desenvolvimento da carcinicultura brasileira vem sendoconstantemente criticado por pessoas e instituições liga-das ao meio ambiente. No entanto, a compreensão e o
cumprimento da legislação pertinente à atividade são bastante
complexos, com determinações de órgãos federais muitas vezes
contradizendo às dos órgãos estaduais.A esserespeito, diz Marcelo
Luna Fernandes Vieira, diretor da Atlantis, empresa pernambucana
produtora de camarões,os empresáriospouco podem fazer a não ser
atender aos diversos relatórios, pesquisas e estudos, cuja importân-
cia e utilidade são duvidosas.
Desde a sua criação, a Atlantis tem procurado estar de
acordo com todas as exigências dos órgãos normativos da
atividade, é o que garante o empresário. "Ao observarmos que
além de estarmos de acordo com as regulamentações, precisarí-
amos conviver de maneira saudável com o meio ambiente, daí
termos optado por desenvolver um complexo processo de gestão
ambiental, a ISO 14001". Esta norma internacional, especifica
os requisitos de um sistema de gestão ambiental, que pode ser
aplicado a todos os tipos e portes de organizações nas diferentes
condições geográficas, culturais e sociais. Seguindo esta linha,
a Atlantis elaborou sua política ambiental, que tem por objetivo
expor publicamente as intenções e princípios em relação ao
desempenho ambiental da organização. Segundo Marcelo Vieira,
o reconhecimento da gestão do meio ambiente como peça funda-
mental para a continuidade da cadeia produtiva, modificou a
filosofia de trabalho na Atlantis. "Contando com uma visão de
eficácia e melhoria contínua, já conseguimos criar um ambiente
onde todos estão empenhados em descobrir novas maneiras de
conviver melhor com a natureza, buscando sempre condições
para um futuro ambientalmente correto."
o que mudou?
Entre as principais atitudes tomadas pela Atlantis destaca-se
a manutenção de uma planilha de aspectos e impactos ambientais,
onde todos os possíveis agentes que possam de alguma forma causar
tais impactos sejam avaliados pela direção e pelo comitê ambiental,
para que medidas sejam tomadas de forma a atender rigorosamente
à norma ISO 14001. Além dos aspectos ambientais, outros de vital
importância, como a melhoria social e educacional dos funcionários
dentro e fora da empresa, estão sendo considerados.
Hoje todo o lixo - orgânico e inorgânico - produzido na
fazenda é reciclado ou recebe destino adequado,de acordo com a
legislação aplicável. As estacas de madeira utilizadas para dar
suporte às bandejas dos alimentadores estão sendo substituídas por
material reciclável (madeira ecológica), obtido através do
processamento de garrafas do tipo pet (descartável) e muito em
breve, os 600 hectares de cultivo já estarão utilizando essa novida-
de. Toda a água resultante do processo de beneficiamento do
camarão já é tratada e adequada à sua reutilização, atendendo aos
mais rígidos requisitos legais aplicáveis. Da mesma forma, a Atlantis
está mantendo um permanente plano de monitoramento e medição
ambiental, seguindo as exigências dos órgãos competentes. Assim,
vários aspectos são monitorados dentro da empresa, tais como: água
de abastecimento, água de drenagem, água dos poços, solo, efluente
do beneficiamento, reserva legal, resíduos orgânicos e inorgânicos,
etc... "Os resultados são submetidos a uma análise crítica e sempre
que necessário, são aplicadas ações corretivas de acordo com as
exigências legais e da própria norma ISO 14001", diz o empresário.
Diariamente, no laboratório da própria fazenda, são realiza-
das análises físico-químicas e fitoplanctônicas da água de cultivo,
com o objetivo de se manter um rígido controle das trocas de água
e da fertilização de cada viveiro. Dessa forma, objetiva-se manter
um cultivo segundo orientação de documentos como o manual de
conduta da ABCC, com o intuito de operar dentro do que se espera
ser uma carcinicultura ambientalmente responsável.
Ainda segundo Marcelo Fernandes Vieira, a empresa man-
tém um programa de treinamento onde 100% dos funcionários
recebem orientações sobre meio ambiente e postura ambientalmente
correta, dentro e fora da empresa, buscando a valorização do ser
humano e do meio em que vivem. A empresa espera que a
certificação ISO 14001 seja o primeiro passo para que a atividade
seja encarada por todos de maneira racional, comprovando que é
possível ter no Brasil um exemplo de que a produção de camarão
marinho em cativeiro é plenamente sustentável.
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 C 11
D urante a década passada, segundo o Sindicato Naci~:maldaIndústria de Alimentação Animal - SINDIRAÇOES, a
produção global de alimentos balanceados, medida nos 10
países de maior produção em seis continentes, cresceu pouco
mais de 10%. Na América Latina, entretanto, a produção mais
que duplicou. Em 1990, a produção latino-americana foi respon-
sável por 5,5% do volume global, chegando a alcançar os 12%em
2001. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking latino-america-
no, com 38,8 milhões de toneladas produzidas em 2001, e
previsão de alcançar 41,6 milhões de toneladas em 2002. Em
segundo está o México com 20 milhões de toneladas, seguido da
Argentina com 5,4 milhões de toneladas. No cenário internacio-
nal, a produção brasileira de alimentos balanceados é a terceira
colocada, ficando atrás apenas dos EUA, que produziram 141,6
milhões de toneladas em 2000 e da China com suas 57 milhões de
toneladas produzidas no mesmo ano.
Brasil
Na primeira metade da década de 90, as indústrias fabri-
cantes de ração limitavam-se a observar o desenvolvimento do
setor, na tentativa de avaliar o momento certo de virem a fazer
parte efetiva da cadeia aqüícola. Nesta ocasião surgiram os
primeiros alimentos balanceados especificamente para peixes e
camarões, dando início a escalada de profissionalização da ativi-
dade que se seguiu.
O setor de alimentos para organismos aquáticos, que em
1997 representava apenas 0,2% do total de rações fabricadas no
Brasil, assume hoje um importante papel neste cenário, tendo
fechado o ano de 2001 como responsável por 4,26% do total de
rações produzidas no País. Para este ano, as estimativas do Comitê
de OrganismosAquáticosdaANFAL- Associação Nacional dos
Fabricantes de Alimentos para Animais - COAq/ANFAL)apon-
tam para um crescimento de 20,4% em relação ao ano passado
(tabela). Cabe lembrar que os números apresentados anualmente
pelo COAq/ANFAL são considerados como conservadores, já que
muitas cooperativas, associações, pequenas indústrias e produto-
res isolados formulam seus alimentos sem que esta produção seja
incorporada às estatísticas.
A evolução do setor de alimentos talvez seja hoje o dado
mais importante para que se possa estimar a produção aqüícola
nacional. Com a falta de estatísticas oficiais, as curvas de cresci-
mento do setor de alimentos (gráfico) passam a ser a melhor forma
para visualizar as tendências de crescimento da aqüicultura em
nosso País que, entra ano sai ano, segue seu rumó ascendente sem
que saibamos quantos produtores fazem parte da atividade nem
quanto estão produzindo.
A falta de estatísticas oficiais da aqüicultura nacional faz
muita falta para que toda a indústria produtora de insumos possa se
dimensionar para melhor atender ao setor produtivo. Certamente
essas estatísticas também farão falta no próximo ano, quando o
Brasil estará sediando o World Aquaculture 2003. É natural que os
especialistas e aqüicultores de quase uma centena de países, bem
como a imprensa especializada internacional que fará a cobertura,
queiram saber mais a respeito da indústria aqüícola do país
escolhido para sediar tão importante evento.
130.000
120.000
110.000
100.000
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
o
--~------------
-- PeixesTropicais
- 8 - Camarões
,8
, -.. - Peixes
Carnivoros,.,-'.-.'-,8
-4 - Rãs, --I +--.- -- --.
1999 2000 2001 2002
.-r8 Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
Peixes 85000 I 93.000 I 9,4% I 106.000 I 14% I 122.500 I 15,57%
Tropicais
74.280 17% 23%
Peixes 6.000 8.000 33% 8.000 0% I 8.500 I 6,25%
Carnívoros
Rãs 720 14% 600 -17% 800 33% 0,5 -99,9%
I I
Camarões 5.000 14% 7.500 50% 25000 233% 48.000 92% I 64.000 I 33%
I. ~
1
,
(
Com Laguna Tropical o resultado aparece.
A linha Laguna Tropical Carnívoros é desenvolvida especialmente para o equilíbrio
nutricional de peixes tropicais carnívoros, oferecendo a melhor conversão alimentar
para alevinos e adultos, com menor poluição. Use os produtos Laguna Tropical
que a Socil Guyomarc'h preparou e veja os lucros saltarem aos olhos.
Conheça também: Laguna Tilápia,
Laguna Trutil (trutas) e Laguna CMS (camarões).
e SOCILGUYOMARC'H
~U»~~
Pesque essa idéia.
Tel. (11) 3861 5080
SAC 0800 556 702 www.socil.com.br
Por:
lil
"I,
I
,t
!!
. Philip C. Scott - LAQUASIG - Universidade Santa Úrsula -RJ
philip@alternex.com.br
.luiz Fernando Vianna - UNIVALI- Universidade do Vale do Itajaí -se
luiz- vianna@ig.com.br
.Marco Antonio de C. Mathias - Consultor em Aqüicultura
macmathias@alternex.com.br
Mapa do Estado do Rio de Janeiro indicando as áreas
adequadaspara piscicultura e carciniculturade água doce
Visando orientar produtores,
investidorespotenciais,extensionistas
rurais, pesquisadorese consultores técnicos, com
relação à situação atual da aqüicultura no Estado
do Rio de Janeiro, assim como determinar de uma
forma macro as áreas potenciais para a implanta-
ção de projetosaqüícolas nos diversos municípios
do Estado,o SEBRAE/RJ,dentrodasações previs-
tas no projeto "Desenvolvimentoda Aqüicultura do
Estado do Rio de Janeiro", em parceria com o
lAQUASIG - laboratório de Aqüicultura e Siste-
mas de Informação Geográfica da Universidade
Santa Úrsula, promoveu a elaboração do estudo
intitulado "Diagnóstico da Cadeia Aqüícola para o
Desenvolvimento da Atividade no Estado do Rio
de Janeiro". Este estudo realizou um levanta-
mento para conhecer o "estado da arte" da
aqüicultura fluminense, traçando um perfil do
aqüicultor, e colhendo informações a respeito
dos processos produtivos, de comercialização e
I
I'
Legenda
; ...'aAqÜi""'"""",.,. ,""'caIeBIe
Muito 130m
Reg""'-. loaptQ
de consumo nos principais mercados atacadistas
e varejistas no estado.
Foram também levantadas as instituições
que executam atividades de apoio, regulamenta-
ção, pesquisa, extensão e ações que afetam a
cadeia, assim como as linhas de crédito disponí-
veis, voltadas para a aqüicultura.
Nestediagnósticoforamavaliadasainda,atra-
vésdo SIG - Sistema de InformaçãoGeográfica,as
áreas potenciais para a criação de organismos
aquáticos, apontadas as vocações e os principais
entraves para o desenvolvimento das atividades
aqüícolas. Em função da inexistência de um ca-
dastro das atividades aqüícolas no estado, não foi
possível determinar a área alagada total, assim
como a produção aqüícola total. Este artigo apre-
senta um resumodessediagnósticoe todosos inte-
ressadosemobterumacópiadoCDcoma íntegrado
trabalho,devemdirigir-seao SEBRAE/RJatravésdo
endereço eletrônico: led@sebraerj.com.br
Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 ( 15
.--------------
~ ESTEANÚNCIONÃOÉ
: PRAVENDERONOSSOPEIXE.
: É PRAVENDERO SEU...-----
«
U)
«--.
I
I
I
I
I
A BelgoBekaertarmoua maiorpeixadaparavocêter lucro: lançouo TanqueRedeAlambrado.Umprodutoparavocê
criar comsegurançaqualquertipo de peixeemseuhabitatnatural.Alémde manterlongeos predadores,o Tanque
RedeAlambradoconcentraos peixese facilita o acompanhamentodiáriodasuacriação.Feitodearamegalvanizado
revestidocomPVCdeAltaAderência,eleé resistenteà corrosãoe temlongadurabilidade.Ligueagoraparaa Belgo
Bekaerte encomendelogoo seu. Dessavez a maré está pra peixe e vocêvai lucrar até debaixod'água.
~'"
TANQUE REDE ALAMBRADO DA BELGO BEKAERT.próprio paraqualquertipo de peixe. total proteçãocontra predadores. igeal paraa concentraçãodo cardume- facilita o acompanhamentodiário. longa durabilidade. resistenteà corrosão- aramegalvanizadorevestido
com PVCde Alta Aderência
Tel.: 080031-3100
(ligação gratuita para todo o Brasil)
Avenida General Oavid Sarnoff, 909/A.
Contagem, MG. CEP 32210-110.
mm mJ]
Arames de Qualidade
Fax: (31) 3329-2616.
Internet: www.belgobekaert.com.br
E-mail: agriastec@belgobekaert.com.br
ada vez mais, a utilização do SIG como ferramenta para a
análise espacial de informações, vem se tomando de gran-
de importância e valia para diversos setores da sociedade,
desde o planejamento municipal, vendas e marketing até o plane-
jamento de infra-estrnturas em sistemas agropecuários e aqüícolas.
Alguns especialistas descrevem que esta importância é tão signi-
ficativa para a análise espacial, assim como a invenção do micros-
cópio e do telescópio o foram para o desenvolvimento da ciência,
representando um grande passo para o manejo das informações
geográficas desde o surgimento dos mapas.
O SIG é um sistema de coleta, armazenamento, checagem,
manipulação, análise e disponibilização de informações espaciais
indexadas, referentes a uma determinada região ou regiões, sobre
as quais várias perguntas podem ser interpretadas, respondidas e
visualizadas. Ao cruzar diversas informações sobre uma determi-
nada região e plotá-las em uma única imagem, o SIG cria uma
enorme facilidade na análise e interpretação, não somente das
potencialidades de desenvolvimento de determinados setores,
como possibilita o planejamento, ordenação e manejo de operação
de diversas atividades comerciais e produtivas.
O SIG tem a capacidade de sobrepor em apenas uma
imagem, uma grande quantidade de camadas de informações não
só geográficas como também referentes a aspectos da biologia dos
animais cultivados, como se fossem transparências colocadas
umas sobre as outras num retroprojetor (Figura 1).
Modelagem de um SIG
S
"-~ Distância dos Rios
.
.'." '..'..'
/
..
'..
.
'
.
..
.
-
.
~ Distância das ROdO
.
Vias
.. ,,7' Uso do Solo
'. . "oO' "'UnidadesAmbientalS
~oO_'~ Temperatura
~'.l . - .:=1.."'. .
'
.
'
.
.~:: ~:~:ad:eS de consevaçâo
. . . r ~Mapa Final
oO( oO"~oO-"-, '.
Figura I - Sobreposição de diversas imagens para a
criação da imagem final (SIG)
./
A análise da imagem final permite a identificação de áreas
apropriadas para a implantação de projetos aqüícolas e suas poten-
cialidades, o planejamento de ações visando o desenvolvimento da
atividade paralela à preservação do meio ambiente, a ordenação do
setor aqüícola, além do acompanhamento do setor no que se refere
à produção, área alagada, etc..
Os SIGs, além de incorporarem bases de dados com infor-
mações sobre o clima, relevo, recursos hídricos, tipos e usos de
solos, atividades agropastorís e áreas com restrições ambientais,
podem incluir também nomes, endereços de produtores rurais, bem
como sua produção, produtividade e outras informações comple-
mentares sobre a atividade, incluindo fotografias. O cruzamento e
sobreposição de todas essas informações permitem verificar um
ponto ou uma área do espaço e indagar que produtor mora ali, seu
endereço, telefone, e-mail, produção do ano anterior, espécies que
cultiva, entre outras questões.
No caso específico da aqüicultura, o SIG vem se tomando
uma importante ferramenta por ser capaz de manejar e integrar os
diversos componentes de um banco de dados aqüícola, incluindo
clima, quantidade e qualidade da água, tipos e usos do solo,
mercado, infra-estrutura e outras informações gerais. Podemos
usar o SIG para melhor servir ao desenvolvimento regional e ao
produtor, ao oferecer-lhe novas informações acerca de sua pro-
priedade. Essas informaçõespodem ser suficientespara aconselhá-
10 ou não a investir num projeto, já que é possível dizer de
antemão, se a propriedade está localizada em região adequada
aos seus propósitos, se possui solo propício e se está próxima a
mercados consumidores. É possível ainda, avaliar o clima da
região prevendo baixas temperaturas, e combinar esses e outros
fatores não mencionados. Desta maneira, o SIG regional pode
apontar oportunidades de negócios ainda inexistentes, levando
em conta as características da região que a tomam apropriadas
para a criação de uma determinada espécie.
No "Diagnóstico da Cadeia Aqüícola para o Desenvolvi-
mento daAtividade no Estado doRio de Janeiro" osestudos de SIG
foram realizados usando-se as bases cartográficas desenvolvidas
pela Fundação CIDE-RJ, nas escalas 1:100.000 e 1:50.000, que
inclueminformaçõessobreclima,usodo solo,unidades ambientais,
hidrografia, densidade populacional, infra estrutura viária e áreas
com restrições (Unidades de Conservação Ambiental) e outras
limitações naturais.
Potencial para o Desenvolvimento
A aqüicultura no Estado do Rio de Janeiro possui um
enorme potencial de crescimento como atividade comercial, prin-
cipalmente em função das inúmeras características que favorecem
o seu desenvolvimento, destacando-se:
a) Condições climáticas que favorecem tanto a implantação de
projetos de piscicultura tropical e de carcinicultura de água doce,
como de carcinicultura marinha, malacocultura, ranicultura e de
truticulturas;
b) Riqueza de recursoshídricos que favorecem a implantaçãotanto
deprojetos de piscicultura tropical, como de carcinicultura de água
doce, e de truticulturas;
c) Grande quantidade de áreas com características de topografia e
tipo de solo apropriado para a construção de viveiros de peixes
tropicais, camarões de água doce e de camarões marinhos;
d) Vasta costa litorânea com extensas áreas adequadas ao desen-
volvimento deprojetos de carciniculturamarinha assim como para
a malacocultura;
e) Grande quantidadede áreas apropriadas às atividades aqüícolas,
próximas a centros de comercialização, aeroportos e com facilida-
de para aquisição de insumos, materiais e equipamentos;
f) Proximidade de instituições de pesquisas e universidades;
g) Grande mercado consumidor para os produtos aqüícolas, prin-
cipalmente para o camarão marinho cultivado;
Para identificar as áreas potenciais ao desenvolvimento da
aqüiculturano Estado do Rio de Janeiro, o LAQUASIG da
Universidade Santa Úrsula, realizou um macro zoneamento le-
vando em consideração as informações disponíveis sobre carac-
terísticas relevantes para cada atividade aqüícola, como condi-
ções climáticas, relevo, tipo e usos do solo, disponibilidade e
qualidade dos recursos hídricos, proximidade de centros de
comercialização, disponibilidade de energia elétrica, vias de
acesso em condições adequadas, proximidade de centros forne-
cedores de alevinos e pós-larvas, e facilidade para obtenção dos
insumos necessários à produção.
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 ( 17
/~QU/~
SUL
LARVICULTURA DE
Qualidade, Confiança e Respeito - Nosso Cliente Merece.
CAMARÕES
aauasul@ig.com.br
Rua Or. Tarcísio, 1959
Praia de Barreta
Nísia Floresta / RN
CEP: 59164-000
Fone: (84) 230-3228
Fax: (84) 230-3189
Cel: (84) 987-5309
www.carcinicultor.com.
~
Tilá pias. tailan desas
com qualidade genética.MultiGeneAQ ... U ç ..U.t."TLU/...jA
Multiplicando a Vida
A Multi Gene, uma
o melhor da til6pia
em produção alevinos, oferece para o mercado
e 100% de reversão
r
I
Figura 2 - Mapado Estado do Rio deJaneiro indican-
do as áreas adequadas para truticultura (interior) e
carcinicultura marinha (litoral)
Essas infonnações foram plotadas em mapas que resultaram em imagens
indicando a potencialidade de cada região. O levantamento das áreas adequadaspara
o desenvolvimento das atividades aqüícolas realizado com a utilização do SIG,
mostrou o grande potencial do Estado do Rio de Janeiro para a expansão da
aqüicultura,principalmente no que se refere à quantidadede áreas consideradasboas,
muito boas e excelentes para a piscicultura tropical, carcinicultura de água doce (ver
ilustraçãonapágina 15),truticultura(Figura2), malacocultura(Figura 3) eranicultura
(Figura 4, napág.23 ), estaúltima, destacando-se como a atividade que possui a maior
quantidadede áreas consideradasaptaspara a expansão daatividade,por ser a espécie
de menor exigência ambienta!. Além disso, este levantamento demonstrou ainda a
existência de cerca de 47.000 hectares de áreas consideradas apropriadas para a
implantação de projetos de carcinicultura marinha, atividade inexistente até o
presente momento no estado, indicando com isso, um importante potencial para o
desenvolvimento desta atividade (Figura 5).
I,
l..I!JgeMa:-~
1- WIDBan
Ban
Regular
Figura 5 - Detalhe do litoral fluminense com indicações
das áreas potenciais para a carcinicultura marinha.
A tabela 1 mostra um resumo das áreas consi-
deradas boas, muito boas e excelentes para cada uma
das atividades aqüícolas estudadas. O levantamento
realizado através do SIG, teve como principal objeti-
vo um macro zoneamento do estado para detennina-
ção das áreas potenciais para a implantação de proje-
tos aqüícolas no Estado do Rio de Janeiro, levando em
consideração, as infonnações disponíveis sobre ca-
Figura 3 - Detalhe do litoral sul fluminense com indicações
das áreas potenciais para a malacocultura
cPanorama da AQÜICuLTURA, maio/junho, 2002 19
Lutavit.CMonophosphate
Estabilidadeem ração de truta extrusada em comparação com ácido ascórbico
cristal
~ 120 - Extrusão
2' Perdas
.~ 1001
::> 80.!:
1iJ
~ 60-
] 40-
[!
~ 20-
o
.iJi
.TI
, , ,
5 6 7 8 9 1'0 1'1 1'22 3 .4
[J LutaviCC Monophosphate li Ácido Ascórbico
Tempo, semanas
Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE
Condições da extrusão: Extrusora Bühler IFF dupla hélice, furo 5 mm
Temperatura: Após adição de vapor (após condicionador) 70' C, no meio
da extrusora 132' C, na ponta da extrusora 162' C
A Aquicultura industrial exige
prometidos com alto rendimento, Lutavi~ C
Monophosphate, formulação de Vitamina C
desenvolvida pela BASF,
bilidade principalmente em rações
a tratamento hidrotérmico,
Na forma de Ascorbato de 2
Cálcio, o Lutavi~ C Monophosphate é a
melhor fonte de Vitamina C para o
mento de rações extrusadas e
Lutavi~ C Monophosphatecontém 42%
de atividade de Vitamina C,
Lutavit" C Monophosphate
Estabilidade em ração de truta peletizada em comparação com ácido ascórbico
cristal
~
. I I I I I I I I I . . .
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14
~
1'.
ILutaviC C Monophosphate . Ácido Ascórbico Tempo,semanas
Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE
Condições da peletização: Furo 4,8 x 45 mm, adição de vapor 2,9%,
temperatura da farinha 65' C, temperatura do pellet76' C
Adicione a força da BASF à sua ração
Fone: (11) 4343 2857 - Fax: (11) 4343 3020
www.basf.com.br
Nutrição Animal
BASF
racterísticas relevantes para cada atividade aqüícola. No entanto,
para as regiões consideradas de interesse para futuras implantações
de projetos aqüícolas, a realização de SIG's regionais detalhados é
de grande importância para a verificação dos potenciais apontados
inicialmente neste estudo.
Tabela I ~ Resumo das áreas aptas para as atividades aqüícolas
no Estado do Rio de Janeiro.
Aspectos de comercialização e consumo
Atualmente, o produto aqüícola mais importante e de maior
volume comercializado no Estado do RJ é o camarão marinho
Litopenaeus vannamei, proveniente principalmente das fazendas
localizadas no Nordeste do Brasil, e em menor quantidade, de
fazendas de Santa Catarina.
Os peixes tropicais como a tilápia e os "peixes redondos"
(tambaqui, pacu, pirapitinga e tambacu), ocupam o segundo lugar
entre os produtos aqüícolas mais comercializados no RJ. Estes vêm
de fazendas localizadas no próprio estado, assim como de outros
estados brasileiros, e são principalmente comercializados nos pes-
que-pagues (Gráfico I).
~JC(l) 'ti-~DAS DEPElXJEi_PlICAls
IiIIPara Pesque-Pagues (33%)
~1% ilNos Pesque-Pagues (17%)
O Para Supermercados (14%)
33'% 10 Para Grandes Atacadistas
(11%)
.Nas Fazendas (14%)
O Para Restaurantes (11%)
17%
Em contraste, o comércio da truta arco-íris está bem mais
organizado, com o produto fresco sendo encontrado com facilidade
nos hotéis, restaurantes e pousadas das regiões serranas, assim como
nas bancas de peixes de alguns supermercados, apresentando tama-
nho uniforme e qualidade de conservação visivelmente melhor do
que outros pescados de água doce concorrentes. Isto explica o fato
da truta não ter sido encontrada nos grandes mercados atacadistas e
varejistas entrevistados neste trabalho (CEASA, Mercado São Pedro
e Mercado do Produtor da Barra da Tijuca).
O comércio de moluscos bivalves é extremamente reduzi-
do, limitado principalmente às regiões praianas. Um fator prepon-
derante na rej eição do consumidor potencial deste produto (ostras
e mexilhões) é a falta de certificação da origem. Assim, ganha
espaço e cresce a importação do produto vindo de cultivos
~CO 1..~AS DE I"RUI"AS
f% 3% 3%
23%
o Para Hotéis e
Restaurantes da Reg.
Serrana (37%)
11Nas Truticulturas
(23%)
o Para Restaurantes do
RJ (13%)
11 Para Particulares (à
domicílio) - (7%)
37% li Para Pesque-Pagues
(7%)
li Para Supermercados
do RJ (7%)
D Para restaurantes de
outros Estados (3%)
li Para Intermediários que'
fazem o processamento ,
(3%)
marinhos em Santa Catarina, que incluem no seu processo, o
acompanhamento da qualidade das águas e a inspeção federal
(SIF) dos produtos finais.
A produção de moluscos no sul do Estado do Rio de Janeiro
(região de Angra dos Reis e Parati), é comercializada principalmen-
te para os restaurantes e pousadas da região, para os veleiros e
lanchas de turistas que chegam até os cultivos, e nos bares ou
restaurantes dos próprios produtores.
Os elevados preços dos moluscos cultivados favorecem a
maior comercialização dos moluscos provenientes da extração
artesanal, apesar dos riscos à saúde dos consumidores.
A comercialização da carne de rã parece estar sendo preju-
dicada principalmente pelo seu elevado preço no mercado. A
aceitação do consumidorpelo produto oferecido inteiro é moderada
ou tímida, e a demanda verificada é relativamente baixa e estável.
A maior parte das rãs produzidas são comercializadas através da
cooperativa de produtores (Cooperan) ou diretamente para os
restaurantes e peixarias do estado. Existe uma tendência da comer-
cialização de rãs abatidas com peso médio acima de 220g, e da
venda apenas das coxas.
QR~ .~-~~AS ~ CARfIIE~ ,RÃ
11%
6%
&'Á>,
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
IJ Atral.és da Cooperan
(39%)
li Para restaurantes,
peixarias, etc 000 (22%)
O Para intermediários
(17%)
IJ Para particulares
(11%)
. Para supermercados
(6%)
. Para outros produtores
(5%)
( 21
TEMOS REDES
" ..
PROJETAMOS
E FABRICAMOS
REDES DE 18LINHA
COM ASSESSORIA TÉCNICA.
REDEIDE "0
'4111A8"'.pu~
PIOIITOI.IIPICIAlI
~
22 anos de experiência
... comredes..
LI,,"adIreta
1047] 344 &929
lRua= aru...ue 460CEP= 88303 - 000Ira/a. -
Fornecemosprodutos
damaisaltatecnQlogil1,
totalmentenacionais.
. Tanques pré-moldadO8
. Slstem. completos caecontrole de temperatura
. COmpletalinha para ~o
. Flltrageme tratamento da 'sua para re-ueo
. Esterlllzadores
. Estruturalmóveisparavendade pucado vivo
.Equipamentosparauso em6guadoceou .Ipda
BASSTECNOLOGIAEM PISCICULTURA
w~,~ Informações Técnicas: (043) 9107 0927/ (043) 275 2000
ffi
§
't
I
.~
I
Figura 4 - Mapa do Estado do Rio de Janeiro indicando as áreas
adequadas para ranicultura
Nos grandes mercados atacadistas e varejistasentrevistados
neste trabalho, o camarão marinho é indiscutivelmente o produto
aqüícola com maior volume comercializado. A padronização do
tamanho, a grande facilidade para a obtenção, a regularidade na
oferta, os preços atrativos e a qualidade do produto, fortalecem o
mercado para esse camarão. O preço do camarão de cativeiro vem
atualmente, servindo de âncora para o preço dos camarões prove-
nientes da pesca, uma vez que a constância nos preços do camarão
de cativeiro força a relativa estabilidade no preço dos camarões
oriundos da pesca.
A Tabela 2 mostra a variação dos preços máximos e
mínimos dos produtos aqüícolas, praticados pelos produtores e
supermercados da região metropolitana do Estado do RJ, no
período de novembro/200I a fevereiro de 2002.
..t
Produtor
PRODUTOS (R$) Supermercados (R$)
. . . ..
Peixes redondos (kg) 1.50
Tilápia (inteira) (kg) 1.50
!~.':I!~Jil1tl!ir<lE!_~~_nJ'-E!!<lcJa)(~9L_- §:~O
Ostra (dúzia) 8.50
3.00 I 3.90
3.00 ~
10.00 I 9.90
+--------------
~;oo
Tabela 2 -- Variação dos Preços MÍ]:Úmose Máximos dos Produtos
Aqüícolas, desde o Produtor até os Supennereados da Região Metropoli-
tana do Estado do RJ (período de nov/2001 a fev/2002).
088: Não foramencontrados mexilhõesde cultivoem supermercados do
RJ e, por isso, não estão incluídos na tabela, assim como os camarões
marinhosque, por não serem produzidosno estado, não se têm o preço do
produtor.
~-
A,... R""",.......
.EJ<celenle
MuiloBom
Regular
.""'pio
As tabelas a seguir indicam as variações percentuais nos
preços dos produtos aqüícolas desde o produtor até os supermer-
cados da região metropolitana do estado (Tabela 3), assim como
desde a CEASA (maior mercado atacadista de pescados do RJ) até
os supermercados da região metropolitana (Tabela 4)
Peixes redondos
Tílápia (inteira)
.!!:!:'.!~J int~!!:.~_.!.~~n gela d~L
Ostra
Tabela 3 -- Variação Percentual dos Preços Mínimos e Máximos dos
Produtos Aqüícolas, desdeo Produtor até os Supennercados daRegião
Metropolitana do Estado do RJ (período de nov/2001 a fev/2002).
MINIMA
_~amarãoJ~! a 100/k9L J_?.:~ +---------------
Mexilhão cultivado 100.0
Ostra 40.0
Rã (inteira e congelada) 11.1
Peixes redondos 95.0
Tílápia (inteira) 49.5
Carpas 145.0
Truta 21.0
16.0
380.0
120.0
Tabela 4 -- Variação Percentual dos Preços Mínimos e Máximos dos
Produtos Aqüícolas, desde a CEASA até os Supennercados da Região
Metropolitana do Estado do RJ (período de nov/200l a fev/2002).
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 C 23
Essas tabelas mostram que a
grande parcela do lucro na comercia-
lização dos produtos aqüícolas não
fica nas mãos do produtor, e sim dos
inúmeros atravessadores.
Demanda amostrada
dos produtos aqüícolas
o potencial de desenvolvimen-
to da aqüicultura no estado depende
não apenas de fatores climáticos, re-
cursos naturais disponíveis, índices
zootécnicos para as espécies, legisla-
ção pertinente e ambiente financeiro,
mas da demanda regional. O presente
estudo considerou apenas a demanda
estadual, embora esta tenha sido relati-
vamente limitada e concentrada princi-
palmente na Região Metropolitana do
Estado do Rio de Janeiro. Assim, foi
elaborada a tabela 5 a seguir, que retra-
ta os principais resultados obtidos das
enquetes de campo realizadas de de-
zembro 2001 a fevereiro de 2002. Os
resultados foram extrapolados para 12
meses, e os valores considerados foram
os preços mínimos encontrados. A ta-
bela 5 mostra também a receita anual
estimada obtida com a comercializa-
ção dos produtos aqüícolas, além de
um Índice de Demanda (ID) por produ-
to, desenvolvido à partir da estimativa
dos volumes anuais comercializados.
Através do ID percebe-se mais
claramente que o camarão marinho é o
produto aqüícola com maior demanda
pelo mercado consumidor no Estado do
Rio de Janeiro, representando pouco
mais que a metade da demanda
amostrada total (ID = 0,606). Os peixes
tropicais (tilápia e os peixes redondos),
são o segundo maior item de demanda
mexilhão
I
limpo, pré-cozido I
, 110
l--------
I
congelado com SIF f
528,000 9.50
CEASA +
5,016,000.00 Isupermercados
j
0.606
-::-t:1 :,:':
(CEASA+ i
M.Produtor + I
>_r.1,§ão f"~9-':~.L J
(supermercados I
+ CEASA + I
M.Produtor +
I
M.São Pedro +
restaurantes)
890
ostras (*)
0.055
( M.Pradutor +
M.São Pedra +
restaurantes)
Supermercados
+ restaurantes
I(supermercados
j + CEASA +
M.Produtor +
M.São Pedra)
(supermercados
+r:e.s_~U!;;!-~~e.~..
(CEASA +
supermercados)
0.018
0.003
0.005
0.022
vieiras (*)
rãs
trutas
tilápias fresca, inteira 2,900 139,200
0.193
0.099
600
1,800
filé 28,800
Tabela 5 - Índices de demanda dos produtos aqüícolas comercializados no Estado do Rio de Janeiro
(período de nov/200l a fev/2002).
~ Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002
-.---------.
168,000
frescos, inteiros 86,400
871,872
se apenas auma única espécie, enquanto que os
peixes tropicais são compostos de pelo menos
três espécies e um híbrido (tambaqui, pacu,
tilápia e tambacu). Cabe mencionar ainda, que
as tilápiasapresentam uma demanda amostrada
duas vezes maior que a dos peixes redondos.
Preço por dúzia.
» Baseado em 4 semanas por mês e 12 meses por ano.
»> Preços de dezembro de 2001 a fevereiro de 2002.
no estado (ID = 0,292), seguidos, pelos moluscos
bivalves (ID = 0,076), a truta (ID = 0,022) e a
carne de rã (ID = 0,005).
Apesar dos índices de demanda de cama-
rões e peixes tropicais serem próximos, deve ser
mencionado que o item camarão marinho, refere-
~
48,000
I
i
vivas, na concha
I 320 15,360
I
vivas, na concha I 50 I 2,400I II
fresca + congelada, I 94 4,512com SIF ou SIE
I
fresca, inteira 400 i 19,200
301,440.00
10.00 153,60000
21.00 50,400.00
18.00 81,216.00
9.90 190,080.00
2.00 278,400.00
14.00
-
2.00
I
7,630,173.00
o diagnóstico da cadeia aqüícola do Estado do RJ revelou,
conforme ilustrado na Tabela I, a grande quantidade de áreas
consideradas aptas para o desenvolvimento da aqüicultura. Adici-
onalmente, a Tabela 6 compara o potencial apto detectado no
estudo, com a área (em hectares) necessária para cobrir a demanda
amostrada de produtos aqüícolas no estado, apontando um índice de
prioridade para atender somente essa demanda dos mercados ataca-
distas e varejistas do Estado do Rio de Janeiro.
O índice de prioridade (IP), foi desenvolvido utilizando-se da
demanda estimada do produto em relação à quantidade de áreas
potenciais aptas para o desenvolvimento da aqüicultura, e serve como
indicador das atividades onde as ações devem ser priorizadas visando
o seu desenvolvímento.
No caso, o camarão de cativeiro apresenta o maior IP,
demonstrando que essa atividade ainda inexistente no Estado do RJ
merece especial atenção, principalmente pelo fato de que apenas
0,56% do total de áreas consideradas aptas para a implantação de
projetos de carcinicultura marinha, seriam suficientes para atender a
demanda atual dos mercados atacadistas e varejistas amostrados.
A piscicultura tropical de água doce aparece como a segunda
atividade de maior potencial de desenvolvimento no estado, seguida
da malacocultura, da truticultura e da ranicultura. Os resultados do
estudo realizado, indicam:
. Demanda atacadista e varejista amostrada de ~ 900 ton/ano de
pescados cultivados;. Movimento (apenas nestes mercados) de mais de
R$7.000.000,00/ano;
. Maior parte dos produtos aqüícolas consumidos no Rio de Janeiro
é importada de outros estados
Desdobramentos
.Potencial de expansão da área aqüícola em
300 a 400 ha apenas para atender os mercados
atacadistas e varejistas do Estado de do Rio
de Janeiro;. Potencial para gerar cerca de 800 novos
empregos diretos e 3.200 indiretos na produ-
ção aqüícola, visando esses mercados ataca-
distas e varejistas amostrados;. Potencial para transformar o Estado do RJ
em exportador de produtos aqüícolas;. Necessidade da realização de SIGs regio-
nais para avaliação detalhada do potencial
apontado no macro zoneamento realizado.
O diagnóstico da cadeia aqüícola do
RJ, realizado através da parceria entre o
Sebrae/RJ e o LAQUASIG, além de ser um
trabalho pioneiro no estado, reúne uma série
de informações de grande importância e uti-
lidade não somente para a determinação de
ações voltadas para o desenvolvimento da
atividade aqüícola, mas também serve de
base para a avaliação de áreas potenciais para
a implantação de futuros projetos.
Os resultados das análises espaciais
em SIG na determinação das áreas potenciais
para o desenvolvimento da aqüicultura. no
Estado do RJ, levaram em consideração as
informações disponíveis sobre característi-
cas relevantes a cada atividade aqüícola. No
entanto, para uma determinação pormenori-
zada nas regiões consideradas de interesse
para futuras implantações de proj etos
aqüícolas, é importante que sejam realizados SIG'sregionais detalha-
dos, que permitirão o dimensionamento preciso dos potenciais,
usando todo o conhecimento local disponível. Isto pode incluir desde
planejamentos municipais, levantamentos de solos, dados ambientais,
permitindo mesmo um ajuste fino no SIG, usando o histórico da
performance dos cultivos já implantados.
Com a disputa pelo controle e uso cada dia mais intensivo do
território, é necessário ajustar os modelos em função de modificações
no território. Uma camada que pode ser incorporada num SIG
regional para aqüicultura, seria referente ao custo das terras. Com a
expansão da urbanização e turismo, áreas eventualmente propícias
para a carcinicultura marinha, por exemplo, podem ter seu preço
elevado em função do potencial turístico iminente a ser desenvolvido,
inviabilizando assim, um plano de agronegócios que contemplasse
aquisição de terras para implantação de projetos de carcinicultura.
Mas, mesmo aí, e especialmente no âmbito municipal ou
estadual, o SIG é capaz de realizar análises espaciais muito interes-
santes como a MOLA do SIG Idrisi. A MOLA (multi-objective land
allocation) tenta 'resolver' a alocação de terras nos casos de diversos
objetivos conflitantes no mesmo território. Baseado nas informações
de diversos mapas de viabilidade, um para cada objetivo final, e,
baseado nos pesos ponderados relativos a cada mapa, e a quantidade
de área disponível para cada atividade, a MOLA determina uma
'solução-compromisso', um 'meio-termo' para agradar a gregos e
troianos tentando maximizar a viabilidade das terras para cada
objetivo dentro dos pesos designados. O SIG é uma ferramenta, que
inevitavelmente colocará, administradores, técnicos, interessados
locais da comunidade, todos juntos na mesma mesa para definir os
'pesos' atribuídos aos mapas temáticos para o desenvolvimento do
território. E como boa e nova ferramenta, o SIG deve ser usado com
freqüência e esmero para produzir bons resultados.
0.0010 0.0636
~~---~ + ~---------
1.0000
(1)
. IP = HN/HNTOOAC
.. Produtividade estimada para dois ciclos de engorda por ano.
1.000 kg de mexilhão produzido por espinhei de 50m de comprimento, com espaçamento de 1 metro entre cordas e 2
metros entre espinhéis. 25% aproveitamento da carne (mexilhão cozido e descascado). Baseado em dados médios dos
produtores da AMBIG entrevistados.
Média de 1.150 dúzias por espinhei de 50m de comprimento com espaçamento de 2 metros entre cada espinheI. Baseado
em dados médios dos produtores da AMBIG entrevistados.
Média de 600 dúzias por espinhei de 50m de comprimento com espaçamento de 2 metros entre cada espinheI. Baseado
em dados médios dos produtores da AMBIG entrevistados.
Baseado na média das produtividades dos ranicultores entrevistados = 0.67 kg/m'/mês (80.000kg/ha/ano) e no levanta-
mento da ranicultura elaborado pela EMATER Rio em 1999 = 6.2 kg/m'/ano. (média = 70.000kg/ha/ano).
Considerada a menor produtividade encontrada entre os truticultores entrevistados do RJ.
Média dos produtores no RJ.
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
Tabela 6 - Índice de prioridade para atender a demanda de produtos aqüícolas no
EstadodoRio de Janeiro
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 c 25
9Q___t--X!
25000 16,448
115000 16,448
60000 16,448
75000 3,186768 i
72000 161,115
5700 2,060,189
4300
2,060,189 1 20.09
315,99
t~ ~~~~~~T~~
Tecnologia Própria
Os melhores
pretjos do
mercado !!!
Máquinas de7,5 HP a 300 HP
Peletizarações,farelose pósfinos em
geral, comesemvapor.
De100kg a 30r/hora.
IND.ECOM.CHAVANTES
Av.João Martíns,738-Chavantes- SP
Cep:18970-000
Tel.: (14) 3342-1911 / Fax: (14) 3342-1913
uabr-ó<9
Aquicultura e Tecnologia Ltda.
"..
de 15 anosatuando nocultivodecamarãoa nívelinternacional,permiteofereceraosprodutores:
1. NAUPLlOS E PÓS-LARVASDE Litopenaeus vannamei COM QUALIDADE GARANTIDA E FORNERCIMENTO CONTíNUO.
IOI-laboratOOoli' l-lJi"icultura
PraIadeBarmIa,N[siaFloresta,RN
Capacidade:30millJõesPós-laJvas!mAs
Av- 00IL0N GoMes DE liMA.. 1856
CAPIM MAcIo - NorA&.
CEP: 59078-400 -RN
Ta (84) 230 3036. 207 6000
FAX (84) 230 3102.2076500
102.-rio 11'2-lJirvíaJlturaeMaturaçáo
Praia de Barmla,Nfsia FIorestt, RN
Capaddade:40 miil1llesPós-larvas/mAse 480
- denaualias/mAs
IQ3'Labora«irion'3-lJirvíaJltura
Uruau,Beberibe,ceará
Capacidade- 28 milhõesPós-larvas/mês.
AIooIiacão'44 milhõesPós-larvas/mês.
RuADI!.TARdSloN' 5080
IlARmA-NIsIAfLoREsTA
CEP:59J.64.oo0- RN
Ta(84) 2303036. 2130781
equa
2. CONSULTORIA NA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
DE PROJETOSPARALABORATÓRIOS
E FAZENDASDE CAMARÃO.
3. CAMARÃO PRODUZI
FAZENDA DE ENGOI
"EQUAMAR" -
Carnaubais / RN
i
.~
I
I
Áreadeproduçãoatual:28Has.- Áreadeexpançãoem2001:150Has.Áreatotaldo
Alberto J.P. Nunes, Ph.D.
albertojpn@uol.com.br
Cada vezmaisa indústriaaqüícolasofrepressõesdeordemambientale econômica,demandandoumarápidareformulação
dos conceitos convencionais de produção. Em busca de uma sintonia entre lucro, sustentabilidade do negócio e cumpri-
mento das leis ambientais, a carcinicultura marinha tem despontado com ferramentas tecnológicas e metodologias de
cultivo mais eficientes e menos impactantes. Os sistemas de recirculação e de baixa renovação de água (em inglês "water
recirculation systems" e "Iow water exchange systems") contemplam concepções de cultivo que permitem uma maior
intensificação e proteção dos estoques cultivados, assegurando ao mesmo tempo efluentes de melhor qualidade físico-
química. O presente artigo faz um apanhado dos mais recentes trabalhos desenvolvidos em recirculação e tratamento de
efluentes, discutindo suas práticas e estratégias.
Os Efluentes
O volume e a composição dos efluentes liberados pelas
fazendas de cultivo de camarão marinho é um assunto controver-
tido e foco de debates. Por um lado as fazendas de camarão tentam
se afastar da poluição orgânica e química de mananciais geradas
por atividades industrias, domésticas e agropecuárias. Por um
outro lado, os órgãos ambientais e as organizações não governa-
mentais (ONGs) advertem sobre os riscos de enriquecimento, com
nutrientes minerais e orgânicos (eutrofização), dos ecossistemas
naturais receptores dos efluentes das fazendas de camarão. Apesar
de trabalhos indicarem que mesmo no seu estado natural, os
efluentes da carcinicultura apresentam melhor qualidade fisico-
química quando comparado às descargas domésticas tratadas
(Tab. I) e aos efluentes de outras atividades antropogênicas
produtivas, as leis brasileiras tendem a adotar cada vez mais rigor
em relação aos resíduos líquidos liberados pelas fazendas de
camarão. Diante deste quadro, a carcinicultura emerge com alter-
nativas tecnológicas para aumentar a reclusão da operação de
cultivo e minimizar sua dependência sobre os recursosnaturais,
visando a redução dos riscos financeiros associados, por exemplo,
à deflagração de enfermidades resultantes da captação de águas
contaminadas.
Caracterização dos Efluentes
Os efluentes da carciniculturapodem ser ricos em nutrien-
tes, material orgânico e sólidos em suspensão, apresentados na
forma particulada ou dissolvidos na água (Fig. I). Os materiais
particulados são em sua maioria detritos orgânicos como fezes de
camarão, restos de ração não consumida e fertilizantes. Os mate-
riaissolúveis sãogeralmentesubprodutos inorgânicosdaexcreção
~ Tabela 1-Qualidadedos efluentesnão tratados de viveiros intensivos
cultivo de camarão marinho na Tailândia, em relação às descargas
domésticas de água.
Fonte: Phillips, M.J. 1995. Shrimp eDItareand lhe environment. p. 37-62. In: Towards Sustainable
Aquaeulture in Southeast Asia and Japan. SEAFDEC Aquaeulture Dept., lIoilo, Filipinas, 254 p.
'D60 = Demanda 6ioquimiea de Oxigênio
dos animais. Os nutrientes são derivados principalmente de ração
não consumida, de fertilizantes empregados para estimular o
flores cimento do fitoplâncton e dos produtos metabólicos gerados
pelos camarões cultivados.
Figura I - Principais origens e saídas de nutrientes e matéria orgânica de
11mviveiro de engorda de camarão marillho.
lR~~J FertiIizan~
Viveiro
~~
fA9uaI~.. Salda
~-
J.~,~.;~~iR~,~_.~'~,-'. :.:,:.0:
. - --:::::~:::{::J:~:>:
DeIrib> k~i
::"";';~~-::-::-:'-
..!i!Dl~~-"
Os fertilizantes utilizados no cultivo de camarão possuem
a capacidade de aumentar as concentrações de nitrogênio e fósfo-
ro da água. Os restos de ração não consumida, degradados em
nutrientes inorgânicos pelos microorganismos, são convertidos
em amônia, fosfato e dióxido de carbono. Parte da ração consumida
pelos camarões é aproveitada para produção de biomassa, en-
quanto o restante ingerido é excretado na forma de fezes, amônia
e dióxido de carbono.
A composição dos efluentes (água que sai) das operações de
cultivo é também afetada pela qualidade dos seus afluentes (água
que entra). Em muitas fazendas, os efluentes apresentam melhor
qualidade quando comparado aos afluentes. Os camarões marinhos
são exigentesquanto a qualidade daágua de cultivo, e sob condições
inadequadas, não crescem ou sobrevivem. Em alguns casos, os
afluentes necessitam ser submetidos a um tratamento prévio e
desinfecção para permitir sua utilização no cultivo.
A qualidade dos efluentes do cultivo de camarão são avali-
ados através de parâmetros fisico-químicos de qualidade da água,
incluindo variáveis como nitrito, nitrato, pH, oxigênio dissolvido,
Demanda Bioquímica deOxigênio (DBO, quantidadenecessária de
OD para oxidar matériaorgânica disponível), dentre outros. Recen-
Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 C 27
DBO. 4,0 -10,2 300 200 30
Ni1rogAnioTotal 0,03 -5,06 75 60 40
Fósforo Total 0,05 - 2,02 20 15 12
S6rldos 119-225 500 - 15
lRmsAN
A Marcada Qualidade
OAERADOR DE PÁSTREVISAN MODELO PALHETAS(TRIANGULARES), foi desenvolvido para prover alta taxa
de transferência de oxigênio com uma efetiva mistura de toda lâmina líquida, garantindo uma equalização da
temperatura d'água eliminando gases nocivos; incorporando com maior eficiência o oxigênio em toda a superfície.
Fabricado com materiais nobres de grande durabilidade como flutuadores de polietileno, motor de 2 CV, conjunto
de 11 rotores com 4 pás cada roto r dando um total de 44 pás de naylon com travessa, eixo e parafuso em aço inox,
sua transferência de oxigênio é de 3,0 KgO/Cvh e a transferência de ar é de 11,5 Kgar/Cvh 100% nacional.
I
I
I
~
'7
Fabricado com materiais nobres de grande
durabilidade como boia de fibra de vidro, motor
de 14CV - Y2CV - 1 CV - 2 CV com eixo aço
carbono, pintura epoxi (opção eixo em aço
inox), 100% nacional.
CAIXA PARA TRANSPORTE DE PEIXES VIVOS
ADULTOS EM ESPECIAL PARA ALEVINOS E
LARVAS DE CAMARÃO.
O AERADOR SISTEMA PROPULSOR
TREVISAN.
Fabricado com materiais nobres de grande durabili-
dade como caixa de fibra de vidro, com registro,
Isolamento térmico, tampaefechadura, regulador de
pressão (fluxiometro e manometro), mangueira micro
-perfurada, capacidade de 400 - 1.000 - 2.400 litros
Trevisan - Equipamentos Agroindustriais Ltda.
Indústria de Implementos para Piscicultura e Carcinicultura: aeradores,
caixas para transporte de peixes, camarões e alevinos.
Av. Independência, 2168 - Centro - Palotina - Paraná - Brasil
CEP: 85.950 - 000 PABX: (Oxx 44) 649-1754
e.mail: trevisan@qinfonetcom.br
Fonte: Boyd, C.E. e Green, BW, 2002, Coastal Water Quality Monitoring in Shrimp Farming Areas, An Exemple from Honduras, Relatório preparado sob o Programa Consorciado "Shrimp
Farming and the Environment" entre o Banco Mundial, NACA, WWF e FAO, 29 p,
temente, Boyd e Green (2002) citaram os principais parâmetros e
níveis de qualidade de água utilizados pelo Conselho de Conserva-
ção e Meio Ambiente da Austrália e Nova Zelândia em programas
de monitoramento da qualidade de efluentes de fazendas de cama-
rão marinho e águas costeiras (Tab. 2).
No Brasil é a Resolução do Conama NQ 20 (Conselho
Nacional do Meio Ambiente) de 18 de junho de 1986 (D. O.U. de
30/07/1986) que delega sobre os níveis mínimos aceitáveis de
qualidade da água a ser alcançado e/ou mantido em criações de
espécies aquáticas destinadas à alimentação humana.
A Resolução N°20/86, no entanto, dá ênfase a parâmetros
microbiológicos e a limites de metais pesados e outras substâncias
químicas. A mesma carece de informações relativas às variáveis e
aos limites de qualidade de água para o controle e monitoramento
dos efluentes gerados pela carcinicultura marinha, Boyd e Gautier
(2000) após um intensivo levantamento feito através de 24 estudos
sobre efluentes de viveiros de engorda de camarão, propuseram
padrões como forma de melhor direcionar órgãos regulamentadores
e produtores de camarão (Tab. 3).
Dentro destas recomendações, são apresentados os limites
iniciais e as metas a serem alcançadas.
Destino dos Efluentes
No cultivo de camarão, a água é o maior receptor dos
resíduos dissolvidos, enquanto grande parte do material sólido
acomoda-se no fundo do viveiro, canais de descarga ou ainda no
entorno da fazenda. Tanto o ambiente de cultivo, como os habitats
costeiros onde a atividade é praticada, apresentam altas taxas de
atividade biológica e degradação de material orgânico. Os viveiros
deengorda decamarãomarinhonadamais sãodoquemicrocosmos,
uma amostra empequena escala dos ecossistemas naturais. Nestes
sistemas, diariamente ocorrem uma multiplicidade de reações,
interações e fluxo de nutrientes (Fig. 2).
'Niveis recomendados para águas enquadradas na Classe 7, classificadas como tendo
salinidade igualou inferior a 0,5 ppt (partes por mil) e 30 ppL
'Fonte: Boyd, C.E. e Gautier, O, 2000, Effluentcomposition and water quality standards:
implementingGAA's ResponsableAquaculture Program, Global Aquaculture Advocate, 3(5): 61-66,
. NPD= Nutrientes
DlssoMdose
Partlculados
. ND = Nutrientes
Dissolvidos. NP= Nutrientes
Partlculados. A = Autollse
. L = lIxlvlação
. C =Alimentação
. H = Heterotrofia
. U =Absorção
. P = Fotosfntese
. S = Sadlmentação
. M,E.D= Muda.
Excreção,Mortalidade
Água
As bactérias que habitam os viveiros atuam como
recicladoras de material orgânico através de processos enzimáticos.
Os nutrientes dissolvidos são assimilados pelo fitoplâncton,
protozoários, bactérias e fungos. Estes organismos possuem um
curto ciclo de vida, permitindo durante sua decomposição orgâni-
ca, a mineralização dos nutrientes nas formas dissolvida e
particulada. Este ciclo continua até que o material seja finalmen-
te: (1) liberado no ambiente natural adjacente a fazenda; (2) de-
positado na forma de compostos refratários; (3) volatilizado para
atmosfera, ou; (4) assimilado por outros organismos aquáticos.
Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002
/'
\.. 29
'Parâmetro....,.., > Razãopara.Medição>...'..'.'.>"..."'.."....,....",..'.'.. .' Níveis Recomendados
Temperatura da Água Influ!lncia sobre os processos quimicos e biológicos Alteração de menos de 2

Continue navegando