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. ~~118~~) u..~ $obreCUJtWosA.~ ~ VoI.12.r7tmaio I juMo ..2002 LT ---r---""--, 0\-'" ~ rfJ- r-r- 8, SIISTEMA DE IMF Estud~traça Diagnóstico RecirculaçAo de Água na &aBorda de ea8arfe8 Marln"" As Boas Perspectivas para a PI&CiCIIlturaOr"..",,1 I 111 11 I 111 [m_[ml~ P~.~ "' 11 11 Editorial A conteceu em Goiânia o XII Simbraq - Simpósio Brasileiro de Aqüicultura, o evento bianual daAbraq - Associação Brasileira de Aqüicultura. Foi marcante e ficará na memória de todos os que lá estiveram e, certamente, não haverá outro igual. Eu pelo menos espero que não. Evitamos deliberadamente este assunto nesta edição para não falarmos em desconforto, desorga- nização e, principalmente, nos acontecimentos lamentáveis que marcaram a eleição polêmica do substituto de Adilon de Souza na presidência da Abraq e que, surpreendentemente, levaram ninguém menos que Adilon de Souza para o mesmo cargo. Desde o término do Simbraq este tema tem sido diariamente debatido na Lista de Discussão Panorama-l, um fórum mais adequado para tratar deste assunto, por ser aberto a qualquer um que queira democraticamente emitir a sua opinião. Na Panorama-l, as mensagens diárias têm sido de absoluto descontentamento com os rumos que a Abraq tomou e com a forma como os acontecimentos foram encaminhados. A respeito desse assunto, aqui, nesta edição, nos limitamos a publicar na seção "Notícias & Negócios", apenas a relação de nomes da nova diretoria, enviados pelo seu presidente. Isso posto, saúdo a todos e é com muito prazer que trazemos aqui temas que mais uma vez remetem a necessidade de se avaliar melhor o universo aqüícolabrasileiro. Gosto da máxima que diz que é impossível administrar aquilo que é imensurável, e o tamanho da indústria aqüícola nacional está longe de ser medido. O aceno de que teríamos uma grande avaliação da atividade através do cadastramento obrigatório dos aqüicultores junto ao DPA - Departamento de Pesca e Aqüicultura, o órgão responsável pelo RGP- Registro Geral da Pesca, nunca deixou de ser apenas um breve aceno, do qual os aqüicultores fogem, assustados com as garras do IBAMA, para onde obrigatoriamente cada registro deve ser enviado. E todos sabemos que além das garras, o IBAMA também sorri para a aqüicultura como as bruxas dos filmes de Disney. O que dá para perceber é que são inúmeras e óbvias as desvantagens de não termos as estatís- ticas da aqüicultura nacional. As indústrias de insumos seguem tocando seus negócios de ouvido e improvisam quando precisam direcionar seus esforços, e o resultado é que todos saem perdendo. Afinal, quanto produzimos? Quantos hectares de viveiros existem no Brasil? Está aí mais um desafio para Alexandre Caixeta Spinola, engenheiro agrônomo recém empossado Coordenador-geral do DPA. Até porque alguma autoridade, possivelmente o próprio Ministro da Agricultu- ra, deverá fazer as honras da casa e apresentar a nossa aqüicultura aos estrangeiros que aqui virão para o WAS 2003, em maio do próximo ano. A imprensa especializada internacional estará presente e, certa- mente, vai querer saber a resposta para a tradicional pergunta: quanto vocês produzem? Bem, pelo menos aqui nessas páginas, através das curvas ascendentes da produção de rações para organismos aquáticos, o leitor vai constatar que a atividade está crescendo com vigor. Nesta edição, publicamos também um artigo sobre como um SIG - Sistema de Informações Geográficas pode mapear um estado inteiro e sugerir as melhores áreas para cada espécie. O leitor poderá ainda se informar acerca da tecnologia de recirculação de água nos cultivos de camarões marinhos, ver como funciona um sistema de monitoramento contínuo de viveiros totalmente feito no Brasil e, muito mais. Com os votos solidários àqueles que nesse momento lutam por umaAbraq unida e atuante, desejo a todos uma boa !eitura. Jomar Carvalho Filho Biólogo e Editor Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 ( 3 . ~ 1\ l I I~I Panorama da AQ 01 CUL TURA A única publicação brasileira dedicada exclusivamente aos cultivos de organismos aquáticos ISSN 1519-1141 Uma publicação Bimestral da: Panorama da AQÜICULTURA Ltda. Rua Mundo Novo, 822 # 101 22251-020 - Botafogo - RJ Tel: (21) 2553-1107 Fax: (21) 2553-3487 www.panoramadaaquicultura.com.br revista@panoramadaaquicultura.com.br Endereço para correspondência: Caixa Postal 62.555 22252-970 - Rio de Janeiro - RJ Editor Chefe: Biólogo Jomar Carvalho Filho jomar@panoramadaaquicultura.com.br Direção Comercial: Solange Fonseca solange@panoramadaaquicultura.com.br Jornalista Responsável: Alba Lírio - MT16.372 Assistente: Fernanda Carvalho Araújo femanda@panoramadaaquicultura.com.br Projeto Gráfico: Leandro Aguiar leandro@panoramadaaquicultura.com.br Colaboradores: Alberto J. P. Nunes Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. Os editores não respondem quanto a qualidade dos serviços e produtos anunciados, bem como pelos dados divulgados na seção "Informe Publicitário", por serem espaços comercializados. Design & Editoração Eletrônica: Panoramada AQÜICULTURALtda. Impresso na Grafitto Gráfica & Editora Ltda. Números atrasados custam R$ 7,50 cada. Para adquiri-Ios entre em contato com a redação. Para assinatura use o cupom encartado, visite www.panoramadaaquicultura.com.br ou envie e-mail: assi natura@panoramadaaquicultura.com.br ASSINANTE - Você pode controlar, a cadà edição, quantos exemplares ainda fazem parte da sua assinatura. Basta conferir o número de créditos descrito entre parenteses na etiqueta que endereça a sua revista. Edições esgotadas: 01, 05, 09,10,11,12,14, 17,18,20,21,22,24,25,26,27,29,30,33,34,35, 36,37,38,39,40,41,44,45,59,61,62,63,65. I',. INDICE Edição 71 - maio/junho,2002 Capa: Mapa do Rio de Janeiro elaborado pelo SIG Editorial Notícias & Negócios ...Pág 3 ...Pág 6 ...Pág 8Notícias & Negócios On Line Camarão Brasileiro Produzido com ISO 14001 ...Pág 11 Consumo de Rações evidencia Desenvolvimento da Aqüicultura Diagnóstico da Cadeia Aqüícola no Rio de Janeiro ...Pág 12 ...Pág 15 Recirculação de Água na Engorda de Camarões Marinhos Os Novos Produtos do Frigorífico Cardume ...Pág 27 ...Pág 40 As Boas Perspectivas para a Piscicultura Ornamental Sistema de Monitoramento Contínuo de Viveiros ...Pág 41 ...Pág 47 Bahia Pesca e COAB abrem caminho para a Tilápia Grupo de Trabalho em Camarões de Água Doce elege nova Coordenação ...Pág 51 ...Pág 52 Paraná: Contabilizada a Safra 2000/2001 Calendário Aqüícola ...Pág 53 ...Pág 58 Diagnóstico da Cadeia Aqüícola no Rio de Janeiro Dentro das ações previstas no projeto "Desenvolvimento da Aqüicultura do Estado do Rio de Janeiro", o SEBRAE/RJpromoveu junto ao LAQUASIG - Laboratório de Aqüicultura e Sistemas de Infonnação Geo- gráfica da Universidade SantaÚrsula, o estu- do intitulado "Diagnóstico da Cadeia Aqüícola para o Desenvolvimento da Ativi- dade no Estado do Rio de Janeiro". .Este estudo realizou um levantamento sobre a aqüicultura fluminense, traçou um perfil do aqüicultor e colheu infonnações sobre os processos produtivos, de comercialização e consumo nos principais mercados atacadis- tas e varejistas no Estado. Através dos Siste- masdeInfonnaçãoGeográfica- SIG, os biólogos Philip C. Scott, Luiz Femando Vianna e Marco Antônio de C. Mathias ava- liaram as áreas potenciais para a aqüicultura e apontaram osprincipais entraves para o seu desenvolvimento. N + ( 5Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 ABRAQ- Numadecisãopolêmicamarcada por manobras que causaram protestos que levaram ao esvaziamento do plenário, a Associação Brasileira de Aqüicultura ele- geu,noúltimoSimbraq,ocorridoemGoiânia a nova diretoria executiva. Como presiden- te da associação foi reeleito Adilon de Sou- za; como vice-presidentes, Itamar de Paiva Rocha e Terezinha Carneiro; diretor de ex- tensão aqüícola, Décio de Souza Cotrim; diretor técnico, Max Magalhães Stein; dire- tor financeiro, Afrânio Roberto de Souza; diretor das relações institucionais José Ubirajara Timm; diretor administrativo,Marcelo Guimarães Mendonça e, diretora de ensino, pesquisa e tecnologia, Tereza Cristina Gesteira. ~ Fone: 81 34694777/34694842 Fax: 81 34692403/34693214 email: dag.ua@elogica.com.br Jaboatão dos Guararapes 1Recife -Pernambu ~ VERBAS - Um convênio entre o Banco do Brasil, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o governo do Paraná, poderá viabilizar o Programa Paraná Aqüicultura, que visa contribuir para o desenvolvimento dos Pólos de Piscicultura que já existem no . Estado. O convênio prevê a liberação de R$ 15 milhões para o financiamento de produtores que pretendem diversificar as atividades das suas propriedades. Os re- cursos deverão ser utilizados para a engor- da dos peixes visando aumentar a produ- ção estadual. ~ MERCOV ALE - O Município de Paulo Afonso, localizado a 434 quilômetros de Salvador, sediou de 26 a 29 de maio passado o VII Mercovale - Encontro de Negócios nos Vales do São Francisco e Parnaíba. O obje- tivo do evento, que chegou a receber quase mil pessoas por dia, foi apresentar as oportu- nidades de investimentos, estabelecer parce- rias e atrair empresários para a região. O segundo dia do encontro foi reservado ex- clusivamente para as discussões referentes a aqüicultura. O presidente da Bahia Pesca, Max Magalhães apresentou um painel da atividade destacando os avanços tecnológicos que hoje fazem a diferença e pennitem que a região tenha 2,5 safras anuais de tilápias com peso entre 600 e 700 gramas. Mario Aurélio Pinto, superintendente do Grupo MPE, fa- lou dos planos do Projeto Tilápia do São Francisco, da forma como irá integrar a produção dos tanques-rede à da sua empresa e abriu as portas do seu mega empreendi- mento em raceways aos participantes do Mercovale. Eduardo Jorge Motta da CODEV ASF e Fernando Kubitza da Acqua & Imagem mostraram o potencial da região, que se estende até a foz do Rio São Francis- co. Marcelo Barbosa Sampaio do DPA- MAPA explicou os trâmites para obtenção da concessão para uso das águas públicas da região. Muito contestado pelos presentes, já que não existe pennissão oficial para a colo- cação dos tanques-rede ao longo das repre- sas, Marcelo Sampaio pouco pode ajudar para que os produtores saíssem do Mercovale esperançosos quanto a esta importante con- quista. O destaque do encontro ficou por conta do Prefeito de Paulo Afonso que recla- mou dos impactos ambientais atribuídos aos tanques-rede, convidando o IBAMA a pri- meiro visitar os despejos de esgotos que a própria cidade faz diretamente no Rio São Francisco sem que jamais tenha sido procu- rado pelo órgão ou por qualquer ONG. ~ PLANO - Já foi aprovado o Plano Agrícola e Pecuário 2002/2003, onde novamente a aqüiculturafoi contemplada entre outros nove programas prioritários. Atendendo areivindi- cação dos produtores de catfish, o novo pro- grama passará a amparar todas as espécies cultivadas. Também o limite de frnanciamen- tofoiaumentadodeR$80milparaR$150mil por beneficiário/ano. As demais condições de financiamento não foram alteradas: 8,75%/ ano de juros fixos, e prazo de cinco anos, incluídos dois de carência. O Plano contem- pla também uma linha especial para financia- mento de equipamentos para beneficiamento e conservação de pescados oriundos da Panorama da AQÜICULTURA, maioljunho, 2002 aqüicultura com uma taxa de juros fixos de 11,95%/ano. Convencerosgerentesdasagên- cias é que são elas. O Plano não explica como o aqüicultor pode fazer isso. ~ NOVA RAÇÃO - O Grupo Agroceres está lançando a sua linha Onimaster de rações para peixes nas várias fases de desenvolvi- mento e sistemas de cultivo. A divisão de nutrição da empresa já oferece no mercado alimentos para criações de suínos, frangos de corte, aves de postura, bovinos de leite, bovi- nos de corte, eqüinos e animais domésticos. ~ BANCO DO BRASIL - Os leitores pedi- ram e a Panorama da Aqüicultura atendeu: estamos trabalhando agora, também com o Banco do Brasil. Vários leitores que estão localizados no interior tinham dificuldades em renovar a assinatura da revista, porque não dispunham de agências bancárias próxi- mas à localidade onde vivem. Por isso, abrimos uma conta no Banco do Brasil, que espalha agências nos quatro cantos do País. Anote: Panorama da Aqüicultura Ltda. - agência 281O-X - c/c 9358-0. ~ PI.I"CICU LTU RA ,,0; Ti l... !ii> i~ i~ilj liii MENORES~. ....... PREÇO ~ -~~' ~ MELHOR ~ QUALIDADE Enviamos para qualquur partu do Brasil- Várias Espécies (OXX62) 291 . 8822 FAX.:233 . 4911 Ooiânia - 00 ~ DRA WBACK - O ministro do Desenvolvi- mento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio Amaral autorizou, através da Camex -Câma- ra de Comércio Exterior, o "drawback" - importação sem pagamentos de impostos, para a fabricação de produtos destinados à exportação de matérias-primas e insumos utilizados no cultivo de produtos agrícolas e na criação de animais a serem exportados. A decisão trata-se do decreto número 4.257,já publicado no Diário Oficial e faz parte das medidas governamentais que beneficiem a exportação de produtos agrícolas. Até en- tão, o "drawback" beneficiava a importação de insumos utilizados no processamento de bens manufaturados exportáveis. A Camex vai elaborar a relação dos produtos que poderão ser exportados sob o amparo da nova medida e a Receita Federal vai elaborar as especificações dos insumos e matérias- primas passíveis de serem importadas como os fertilizantes não fabricados no Brasil, utilizados na carcinicultura. ~ ~ ANTECEDÊNCIA - O CTTMar - Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar da Univali -Universidade do Vale do Itajaí está organizando o 8th International Coastal Symposium - ICS 2004. O evento é promo- vido a cada dois anos pela Costal Education and Research Foundation, e tem como obje- tivo a discussão sobre os avanços técnico- científicos, sócio-econômicos, tecnológic6s e ambientais relacionados aos processos costeiros. Os últimos simpósios foram rea- lizados na Argentina, Estados Unidos, Nova Zelândia e Irlanda do Norte. Desta vez, o ICS acontecerá no Brasil, no Plaza Itapema Resort, em Itapema-SC e no campus central da Univali, em Itajaí -SC entre os dias 14 a 19 de março de 2004. Mais informações pelo fone: 47 341-7700 ou e-mail: ics2004@cttmar.univali.br. ~ MALACOCUL TURA - O governo de San- ta Catarina assinou convênios de coopera- ção técnica e científica com o Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e Finep que viabilizarão projetos no Estado até 2005. Os convênios objetivam a implementação de pesquisas de tecnologias que solucio- nem problemas nas cadeias produtivas. Dentre as áreas que serão beneficiadas es- tão projetos de malacocultura na região litorânea com investimentos previstos de R$ 820 mil. Serão incrementadas as produ- ções de larvas e sementes de moluscos marinhos que permitirão impulsionar a ati- vidade, já que a capacidade de produção de sementes, principalmente de ostras chegou no limite máximo. ~ GERENTE TÉCNICO - A Emater/Rio - Empresa de Assistência Técnica e Expan- são Rural, vinculada à Secretaria de Agri- cultura, que visa formalizar e executar pro- gramas e projetos de assistência técnica e extensão rural no Estado do Rio de Janeiro, sensibilizada com o crescente desenvolvi- mento da aqüicultura no Estado, acaba de criar na sua estrutura organizacional a Ge- rência Técnico Estadual de Aqüicultura. Foi convidado para assumir o cargo de gerente o biólogo Augusto da Costa Perei- ra, funcionário da FIPERJ - Fundação Ins- tituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro, por seus relevantes serviços já prestados a aqüicultura fluminense. ~ PRÊMIO - O Shellfish Technology Transfer Program - STTP, um projeto de cooperação para transferência de tecnologia na produ- ção de moluscos, que entre 1993 e 1998 ajudou a impulsionar a maricultura no litoral catarinense, foi escolhido para o "Prêmio de Excelência em Desenvolvimento" da Canadian International Development Agency - CIDA (Agência Canadense de Desenvol- vimento Internacional). Carlos Rogério Poli, na época no Departamento de Aqüicultura da UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina e Jack Littlepage, na época no De- partamento de Biologia da Universidade de Victoria, no Canadá, foram os criadores e coordenadores do programa e receberam o Prêmio das mãos de Susan Whelan, ministra canadense de cooperação internaCional. A maricultura catarinense estruturada com o apoio do STTP possibilitou o aumento da renda das fan1l1ias da região. Ao final do projeto, em 1998, cerca de 2.500 pessoas produziam 7,5 toneladas de mexilhões e 292 mil dúzias de ostras. O projeto foi realizado pela UFSC e pela Universidade de Victoria, com a participação da Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Agora, a experiência catarinense será estendida a outros estados, como Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte e Maranhão. Os resultados positivos do STTP, geraram um novo acordo de coo- peração denominado Programa Brasileiro de Intercâmbio em Maricultura (Brazilian MaricultureLinkage Program- BMLP)que engloba três universidades canadenses e cin- co brasileiras. O endereço na do BMLP na Internet é http://web.uvic.ca/bmlp ~ ,. HIPOFISES & OVOPEL . Importados da Hungria. . A melhor qualidade do mercado. . O melhor preço. Falecom: Sérgio: (47)9982-9405 ~ DPA - o Departamento de Pesca e Aqüicultura do Ministério da Agricultura tem agora, no cargo de Coordenador-Geral de Aqüicultura, Alexandre Caixeta Spinola, um brasiliense de 28 anos, formado como administrador de empresas e engenheiro agrônomo com mestrado em agronegócio pela UNB - Universidade Nacional de Brasília. Alexandre Caixeta Spinola veio da ABIPTI - Associação Brasileira das Insti- tuições de Pesquisa Tecnológica, onde par- ticipava da equipe do Projeto Agropolos. O DP A continua instalado na Esplanada dos Ministérios e seu telefone é (61) 218.2901. /' .... ~H___n _H- . anora www.panoramadaaquicOltura.com.1 dique em Lista de Discussão De: Alisson Sakai Okamoto missanga@zootecnia.zzn.com Para: panorama-l @isn.alternex.com.br Assunto: Marcadores Prezados integrantes da lista, gostaria de saber informações sobre como eu poderia fazer a marcação individual de 60 tilápias, que serão utilizadas em um experimento. Agradeço qualquer ajuda. De: niloticus niloticus@bol.com.br Para: panorama-l@isn.alternex.com.br Assnnto: Re: Marcadores Prezado Alisson, venho trabalhando com tilápias há algum tempo, e venho utili- zando marcação com miçangas, que são costuradas com linhas, mais ou menos abaixo dos terceiros e quartos raios du- ros da nadadeira dorsal. Cada miçanga Interligandopara umfuturomelhor A PANORAMA-L,a lista de discussãodoaqüicultor naInternet,contacom o suportedo sistema @ AlterNeI @ FaçadoAlterNeI o seu provedor www.alternex.com.br AllerNex@ ACESSOANTECIPADOAO FUTURO tel.:(21) 2515-05001 fax.:(21) 2515-0505 atendimento@alternex.com.br- notícias & negócios on line... tem uma pontuação (você escolhe), por exemplo: a miçanga branca grande vale 10, enquanto a branca pequena vale 5, e a amarela grande vale 2. Aí é só ir colocan- do as peças para marcar o número que você quiser. As melhores linhas são as de kevlar, que são bem resistentes (temos peixes que estão marcados há mais de I ano!). Na minha experiência pessoal, não me dei bem com linhas sintéticas (apodre- cem) e linhas de nylon (o nó se desfaz) além do fato de que as tilápias têm o péssimo hábito de puxar a marcação do companheiro(a). Outra alternativa é usar marcação cortando os raios duros da dorsal, se os peixes forem adultos. Os raios voltam a crescer, mas dá pra perce- ber os raios que foram regenerados, pois eles crescem defeituosos (tortos). Nesse caso, corte apenas a partir do terceiro raio, para melhor visualização da marca- ção. Se forem jovens, os raios recuperam muito rápido (pouco mais de I mês) e não dá para observar direito qual é o raio regenerado. Com esse tipo de marcação dá para marcar mais de 720 animais, con- siderando o fato que podem ser feitas combinações com os raios da nadadeira ~ FUNPIVI CENTRO DE PRODUÇÃO E TECNOLOGIA EM AQUACULTURA Alevinos Carpas Tilápia Revertida Bagre Africano Pacu Jundiá Branco Piauçu Marrecos de Pequim (5 dias) Fone/fax: (47) 382-0512 Timbó- se Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 anal. Outra opção é marcar com fios de telefone (aqueles bem fininhos e colori- dos) amarrados (torcidos) nos raios du- ros da dorsal. Daria para marcar com microtransponders ou tatuagem, mas eu não tenho experiência com nenhum des- ses marcadores. Se precisar de maiores detalhes das marcações descritas estou à disposição. De: FranciscoLeão Cleao@hotmail.com Para: panorama-l@isn.alternex.com.br Assunto:Juvenisde Tilápiaemtanque-rede Prezados colegas, estou tentando a du- ras penas estabelecer uma piscicultura em tanque rede numa represa de 35 ha que está dentro de minha propriedade localizada no município de Igaratá - Vale do Paraíba - S.Paulo. Um dos pro- blemas que tenho enfrentado é o de conseguir juvenís saudáveis e no tama- nho adequado (60g a 70g) para a engor- da. As informações que tenho recebido quanto ao cultivo de juvenis em tanque rede são contraditórias. Uns dizem que é possível esta produção, outros afir- mam que os problemas de falta de ele- Pioneira em Goiás e Distrito Federal na produ~ão de Maior desempenho, com menor taxa de conversão alimentar VENDAS: TEL/FAX:(62) 325-1945 e-mail:dalaie@cultura.com.br Rubiataba- Goiás --- !I~ notícias & negócios on line... mentos essenciais na ração completa inviabilizam esta prática. Gostaria de pedir a ajuda dos colegas e, se possível, visitar alguma piscicultura com este tipo de atividade. De: Roberto de Araujo Menescal menescal@digi.com.br Para: panorama-l@isn.altemex.com.br Assunto:Re:Juvenis deTilápiaemtanque-rede Sr. Leão, aqui no Nordeste temos tido várias experiências com tanque rede. Alguns produtores criam à partir de 3 a 5 gramas já em gaiola. Relatam sucesso mas a maioria pratica a recria em vivei- ros de terra até peso que varia de 25 a 50 gramas para então passar para gaiolas. Para nós aqui do Rio Grande do Norte, em particular, a dificuldade é que a cria em gaiolas à partir de 3 gramas tem apresentado grande índice de mortali- dade. Reputamos à obstrução das ma- lhas (muito pequenas) necessárias à con- tenção dos alevinos com esse peso ini- cial e daí a redução da circulação de água, queda da oxigenação, etc. Nossas águas são, em sua maioria, eutróficas tendendo à hipertróficas. Temos um PISCICUL TURA A p~ IVtt"~1Mde- TiléqJiu./r Fone/Fax:(18)3608-m6 (Ara~atuba-SP) Fone/Fax: (18)3639-4025 (SantoAntoniodoAracanguá-SP) E-mail: mpla@terra.com.br Filial:(37)3221-0335(Divinópolis-MG) grande tempo de residência de águas em nossos açudes, evaporação elevada, alta concentração de sais, etc. Os melhores sucessos têm ocorrido quando o criador realiza a recria até 50 gr em viveiros de terra. Nesse caso o tempo de cultivo é reduzido em cerca de 2 meses. Também obtemos uma maior padronização no ta- manho. A diferença é que alevinos com até 5 gramas são transportados em sacos plásticos em veículos pequenos ou até em porta malas e os acima de 25 gramas necessitam de caixas de transporte em veículos maiores pois seus raios dorsais perfuram o saco. Recomendamos que a recria seja realizada nas proximidades dos tanques-rede para diminuir o custo do transporte. Estamos apresentando um Projeto de Desenvolvimento do Pólo Aqüícola de Açu, às margens do açude Armando Ribeiro Gonçalves, cuja capa- cidade é de 2.400.000 metros cúbicos e dispõe de cerca de 19.000 hectares de espelho d'água, dos quais estima-se que poderemos utilizar cerca de 190 hectares (+ ou - 1%) com cultivo de tanques- rede.A base desse Pólo é a construção de uma piscicultura para a produção de alevinos revertidos e a recria até alevinões (50 gr). Esperamos que apareçam inte- ressados da iniciativa privada. De: Jorge Cotan jcotan@uol.com.br Para: panorama-l@isn.alternex.com.br Assunto: Constantes de salinidade Prezados da lista, fui presenteado com um medidor de salinidade da marca TDSTestr 4TM que trabalha medindode O a 19.90 mS ( ? ).Alguém poderia me dizer como posso transformar esta medi- da ( mS ) para mg/l ou me informar se existe alguma tabela de salinidade para peixes de aquário ou mesmo para peixes, de água doce, criados para consumo, nesta medida(mS)? Muito obrigado. De: Ricardo Y. Tsukamoto bioconsu@uol.com.br Para: panorama-l@isn.alternex.com.br Assunto: Re: Constantes de salinidade Prezado Jorge, o aparelho portátil TDSTestr mede a condutividade da água, a partir da qual pode ser inferida ou aproximada a salinidade. A relação entre condutividade e salinidade não é uma constante, variando em função dos íons Insumos e Dietas para Larvicultura QUALIDADE quemconheceSABEa diferença Aceitamospedidose entregamos em todo o Brasil } 21&1 Fax (21) 2609-8731 e-mail: aqua@nitnet.com.br AQ Yv~ms ~ AQUA SYSTEMS LTDA. Divisão de Aquacultura Av. Ewerton da Costa Xavier, 2101 sala 201 - Niterói - RJ - Cep 24.342-100 ( 9Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 tícias & negócios on line... que compõem uma determinada água. Para água doce, a relação dos dois parâmetros varia, em geral, de 0,5 a 0,7, conforme a origem da água. Por isso, é comum que se adote o fator 0,6 ou 0,7 para a conversão. Isso significa que cada 1,0 mS/cm (mili-siemens por cm) na lei- tura do seu TDSTestr se traduz numa salinidade de 0,6 ou 0,7 g de sais/litro. Não há uma "salinidade" padrão para pei- xes de aquário ou de cultivo em água doce, porque o que importa são os vários íons que compõem esta água (cálcio, magnésio, sódio, bicarbonato,etc). Como exemplo, as águas de regiões calcáreas, como dos rios de Bonito, MS, têm alto teor de cálcio e magnésio, enquanto as águas de muitos açudes do Nordeste são mais ricas em sódio. Tal situação é dife- rente do mar, uma vez que a composição da água do mar é considerada "padrão", ou seja, não muda praticamente nada ao redor do globo (exceto em lagos e mares fechados, como Araruama, Mar Morto, etc.). Assim, a água do mar "padrão" tem 35 g de sais por litro (= 35 partes por mil), numa proporção constante entre os íons. A água do mar é diluída nos estuá- você leu? O seu cliente também.... anuncie! solicite nossa tabela de preços (21) 2552-2223 seu cliente certamente é nosso leitor ~ rios por água doce dos rios, que podem abaixar a salinidade até próximo da água doce, mas a proporção entre os íons per- manece constante. O ser humano pode sentir um gosto "salobro" na água a partir de uma salinidade de 0,3 g de sal-de- cozinha (cloreto de sódio) por litro.Porém, não terá tal sensação se o sal presente for de cálcio ou magnésio (em geral, mais comum que o sódio em águas de superfí- cie =rios e lagos). Os peixes ornamentais dos rios de águas prêtas da Amazônia (Rio Negro e outros), como o cardinal, o neon tetra, o discus, o acará bandeira e outros, habitam águas com condutividades tão baixas que são próximas da água des- tilada, além de serem bem ácidas. A salinidade nessas águas fica ao redor de 0,01 g de sais/litro. Muitos criadores da- quelas espécies usam água deionizada para mantê-Ios em cativeiro. Já os peixes de cultivo originários de outros tipos de rios, como o curimbatá, dourado, cascudos, piaus, tambaqui, tucunaré, carpa, etc., não se importam muito com salinidades mo- deradas, ao redor de até cerca de 1,0 g/L. Certas espécies de tilápia toleram salinidades muito mais elevadas, poden- do chegar a viver até na salinidade do mar. Por outro lado, certas espécies mari- nhas podem tolerar viver em água doce, como o robalo, a tainha e o linguado. A manjuba paulista permanece praticamen- te toda a vida no mar, mas migra para a água doce para desovar, tal como ocorre com os salmões. Assim, a salinidade ideal depende exclusivamente de cada espécie de peixe a ser mantida em cativeiro, e às vezes, de seu ciclo de vida.Um grande abraço. De: Newton Rodrigues newtonrodrigues@uol.com.br Para: panorama-I@isn.alternex.com.br Assunto: Vale do Itajaí Prezados Colegas, outro dia, o professor Poli nos indicou uma associação de flori- cultores como referência de organização. Achei ótima a proposta, afinal, bons exem- plos devem ser citados e recomendados. Porém, estive recentemente visitando os piscicultores de Agrolândia e Aurora, mu- nicípios de Se. Fiquei impressionado com a organização dos piscicultores desses municípios e a forma como poder público Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 (Epagri) e, produtores juntos construí- ram um modelo de criação de peixes priorizando os recursos locais e a rea- lidade dos produtores. A piscicultura, dessa forma, contribui efetivamente para o desenvolvimento rural. Para- béns ao Claudemir Schappo e Vitor Kniess, extensionistas da EPAGRI, e ao Sérgio Tamassia, pesquisador e extensionista do mesmo órgão. Fica a minha recomendação: conheçam a pis- cicultura que se pratica no Vale do Itajaí e a organização dos produtores. De:Vitor Kniess vkniess@rsl-creativenet.com.br Para: panorama-I@isn.alternex.com.br Assunto: Re: Vale do Itajaí Caro Amigo Newton, grato pelas con- siderações aos trabalhos realizados por nós no Alto Vale do Itajaí. Apenas complemento que além de nós técnicos devemos registrar a grande contribui- ção e participação dos produtores em todo este processo. Aguardamos (Téc- nicos, lideranças e produtores) seus retornos para continuarmos os traba- lhos propostos.Um abraço. AMERICANO PEIXES PARA PESQUEIROS E ALEVINOS PARA TODO O BRASIL BLUEFISH AGROPECUÁRIA LTDA. ".'.",,' fi Escritório:RuaXVdeNovembro,550- SI.1204 Fones: (47) 322-0034 -222-3013 - 222-3671 E-mail:bluefish@terra.com.br 89010-901- Btumenau- SantaCatarina Informe Camarão brasileiro produzido com ISO 14001 O desenvolvimento da carcinicultura brasileira vem sendoconstantemente criticado por pessoas e instituições liga-das ao meio ambiente. No entanto, a compreensão e o cumprimento da legislação pertinente à atividade são bastante complexos, com determinações de órgãos federais muitas vezes contradizendo às dos órgãos estaduais.A esserespeito, diz Marcelo Luna Fernandes Vieira, diretor da Atlantis, empresa pernambucana produtora de camarões,os empresáriospouco podem fazer a não ser atender aos diversos relatórios, pesquisas e estudos, cuja importân- cia e utilidade são duvidosas. Desde a sua criação, a Atlantis tem procurado estar de acordo com todas as exigências dos órgãos normativos da atividade, é o que garante o empresário. "Ao observarmos que além de estarmos de acordo com as regulamentações, precisarí- amos conviver de maneira saudável com o meio ambiente, daí termos optado por desenvolver um complexo processo de gestão ambiental, a ISO 14001". Esta norma internacional, especifica os requisitos de um sistema de gestão ambiental, que pode ser aplicado a todos os tipos e portes de organizações nas diferentes condições geográficas, culturais e sociais. Seguindo esta linha, a Atlantis elaborou sua política ambiental, que tem por objetivo expor publicamente as intenções e princípios em relação ao desempenho ambiental da organização. Segundo Marcelo Vieira, o reconhecimento da gestão do meio ambiente como peça funda- mental para a continuidade da cadeia produtiva, modificou a filosofia de trabalho na Atlantis. "Contando com uma visão de eficácia e melhoria contínua, já conseguimos criar um ambiente onde todos estão empenhados em descobrir novas maneiras de conviver melhor com a natureza, buscando sempre condições para um futuro ambientalmente correto." o que mudou? Entre as principais atitudes tomadas pela Atlantis destaca-se a manutenção de uma planilha de aspectos e impactos ambientais, onde todos os possíveis agentes que possam de alguma forma causar tais impactos sejam avaliados pela direção e pelo comitê ambiental, para que medidas sejam tomadas de forma a atender rigorosamente à norma ISO 14001. Além dos aspectos ambientais, outros de vital importância, como a melhoria social e educacional dos funcionários dentro e fora da empresa, estão sendo considerados. Hoje todo o lixo - orgânico e inorgânico - produzido na fazenda é reciclado ou recebe destino adequado,de acordo com a legislação aplicável. As estacas de madeira utilizadas para dar suporte às bandejas dos alimentadores estão sendo substituídas por material reciclável (madeira ecológica), obtido através do processamento de garrafas do tipo pet (descartável) e muito em breve, os 600 hectares de cultivo já estarão utilizando essa novida- de. Toda a água resultante do processo de beneficiamento do camarão já é tratada e adequada à sua reutilização, atendendo aos mais rígidos requisitos legais aplicáveis. Da mesma forma, a Atlantis está mantendo um permanente plano de monitoramento e medição ambiental, seguindo as exigências dos órgãos competentes. Assim, vários aspectos são monitorados dentro da empresa, tais como: água de abastecimento, água de drenagem, água dos poços, solo, efluente do beneficiamento, reserva legal, resíduos orgânicos e inorgânicos, etc... "Os resultados são submetidos a uma análise crítica e sempre que necessário, são aplicadas ações corretivas de acordo com as exigências legais e da própria norma ISO 14001", diz o empresário. Diariamente, no laboratório da própria fazenda, são realiza- das análises físico-químicas e fitoplanctônicas da água de cultivo, com o objetivo de se manter um rígido controle das trocas de água e da fertilização de cada viveiro. Dessa forma, objetiva-se manter um cultivo segundo orientação de documentos como o manual de conduta da ABCC, com o intuito de operar dentro do que se espera ser uma carcinicultura ambientalmente responsável. Ainda segundo Marcelo Fernandes Vieira, a empresa man- tém um programa de treinamento onde 100% dos funcionários recebem orientações sobre meio ambiente e postura ambientalmente correta, dentro e fora da empresa, buscando a valorização do ser humano e do meio em que vivem. A empresa espera que a certificação ISO 14001 seja o primeiro passo para que a atividade seja encarada por todos de maneira racional, comprovando que é possível ter no Brasil um exemplo de que a produção de camarão marinho em cativeiro é plenamente sustentável. Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 C 11 D urante a década passada, segundo o Sindicato Naci~:maldaIndústria de Alimentação Animal - SINDIRAÇOES, a produção global de alimentos balanceados, medida nos 10 países de maior produção em seis continentes, cresceu pouco mais de 10%. Na América Latina, entretanto, a produção mais que duplicou. Em 1990, a produção latino-americana foi respon- sável por 5,5% do volume global, chegando a alcançar os 12%em 2001. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking latino-america- no, com 38,8 milhões de toneladas produzidas em 2001, e previsão de alcançar 41,6 milhões de toneladas em 2002. Em segundo está o México com 20 milhões de toneladas, seguido da Argentina com 5,4 milhões de toneladas. No cenário internacio- nal, a produção brasileira de alimentos balanceados é a terceira colocada, ficando atrás apenas dos EUA, que produziram 141,6 milhões de toneladas em 2000 e da China com suas 57 milhões de toneladas produzidas no mesmo ano. Brasil Na primeira metade da década de 90, as indústrias fabri- cantes de ração limitavam-se a observar o desenvolvimento do setor, na tentativa de avaliar o momento certo de virem a fazer parte efetiva da cadeia aqüícola. Nesta ocasião surgiram os primeiros alimentos balanceados especificamente para peixes e camarões, dando início a escalada de profissionalização da ativi- dade que se seguiu. O setor de alimentos para organismos aquáticos, que em 1997 representava apenas 0,2% do total de rações fabricadas no Brasil, assume hoje um importante papel neste cenário, tendo fechado o ano de 2001 como responsável por 4,26% do total de rações produzidas no País. Para este ano, as estimativas do Comitê de OrganismosAquáticosdaANFAL- Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais - COAq/ANFAL)apon- tam para um crescimento de 20,4% em relação ao ano passado (tabela). Cabe lembrar que os números apresentados anualmente pelo COAq/ANFAL são considerados como conservadores, já que muitas cooperativas, associações, pequenas indústrias e produto- res isolados formulam seus alimentos sem que esta produção seja incorporada às estatísticas. A evolução do setor de alimentos talvez seja hoje o dado mais importante para que se possa estimar a produção aqüícola nacional. Com a falta de estatísticas oficiais, as curvas de cresci- mento do setor de alimentos (gráfico) passam a ser a melhor forma para visualizar as tendências de crescimento da aqüicultura em nosso País que, entra ano sai ano, segue seu rumó ascendente sem que saibamos quantos produtores fazem parte da atividade nem quanto estão produzindo. A falta de estatísticas oficiais da aqüicultura nacional faz muita falta para que toda a indústria produtora de insumos possa se dimensionar para melhor atender ao setor produtivo. Certamente essas estatísticas também farão falta no próximo ano, quando o Brasil estará sediando o World Aquaculture 2003. É natural que os especialistas e aqüicultores de quase uma centena de países, bem como a imprensa especializada internacional que fará a cobertura, queiram saber mais a respeito da indústria aqüícola do país escolhido para sediar tão importante evento. 130.000 120.000 110.000 100.000 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 o --~------------ -- PeixesTropicais - 8 - Camarões ,8 , -.. - Peixes Carnivoros,.,-'.-.'-,8 -4 - Rãs, --I +--.- -- --. 1999 2000 2001 2002 .-r8 Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 Peixes 85000 I 93.000 I 9,4% I 106.000 I 14% I 122.500 I 15,57% Tropicais 74.280 17% 23% Peixes 6.000 8.000 33% 8.000 0% I 8.500 I 6,25% Carnívoros Rãs 720 14% 600 -17% 800 33% 0,5 -99,9% I I Camarões 5.000 14% 7.500 50% 25000 233% 48.000 92% I 64.000 I 33% I. ~ 1 , ( Com Laguna Tropical o resultado aparece. A linha Laguna Tropical Carnívoros é desenvolvida especialmente para o equilíbrio nutricional de peixes tropicais carnívoros, oferecendo a melhor conversão alimentar para alevinos e adultos, com menor poluição. Use os produtos Laguna Tropical que a Socil Guyomarc'h preparou e veja os lucros saltarem aos olhos. Conheça também: Laguna Tilápia, Laguna Trutil (trutas) e Laguna CMS (camarões). e SOCILGUYOMARC'H ~U»~~ Pesque essa idéia. Tel. (11) 3861 5080 SAC 0800 556 702 www.socil.com.br Por: lil "I, I ,t !! . Philip C. Scott - LAQUASIG - Universidade Santa Úrsula -RJ philip@alternex.com.br .luiz Fernando Vianna - UNIVALI- Universidade do Vale do Itajaí -se luiz- vianna@ig.com.br .Marco Antonio de C. Mathias - Consultor em Aqüicultura macmathias@alternex.com.br Mapa do Estado do Rio de Janeiro indicando as áreas adequadaspara piscicultura e carciniculturade água doce Visando orientar produtores, investidorespotenciais,extensionistas rurais, pesquisadorese consultores técnicos, com relação à situação atual da aqüicultura no Estado do Rio de Janeiro, assim como determinar de uma forma macro as áreas potenciais para a implanta- ção de projetosaqüícolas nos diversos municípios do Estado,o SEBRAE/RJ,dentrodasações previs- tas no projeto "Desenvolvimentoda Aqüicultura do Estado do Rio de Janeiro", em parceria com o lAQUASIG - laboratório de Aqüicultura e Siste- mas de Informação Geográfica da Universidade Santa Úrsula, promoveu a elaboração do estudo intitulado "Diagnóstico da Cadeia Aqüícola para o Desenvolvimento da Atividade no Estado do Rio de Janeiro". Este estudo realizou um levanta- mento para conhecer o "estado da arte" da aqüicultura fluminense, traçando um perfil do aqüicultor, e colhendo informações a respeito dos processos produtivos, de comercialização e I I' Legenda ; ...'aAqÜi""'"""",.,. ,""'caIeBIe Muito 130m Reg""'-. loaptQ de consumo nos principais mercados atacadistas e varejistas no estado. Foram também levantadas as instituições que executam atividades de apoio, regulamenta- ção, pesquisa, extensão e ações que afetam a cadeia, assim como as linhas de crédito disponí- veis, voltadas para a aqüicultura. Nestediagnósticoforamavaliadasainda,atra- vésdo SIG - Sistema de InformaçãoGeográfica,as áreas potenciais para a criação de organismos aquáticos, apontadas as vocações e os principais entraves para o desenvolvimento das atividades aqüícolas. Em função da inexistência de um ca- dastro das atividades aqüícolas no estado, não foi possível determinar a área alagada total, assim como a produção aqüícola total. Este artigo apre- senta um resumodessediagnósticoe todosos inte- ressadosemobterumacópiadoCDcoma íntegrado trabalho,devemdirigir-seao SEBRAE/RJatravésdo endereço eletrônico: led@sebraerj.com.br Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 ( 15 .-------------- ~ ESTEANÚNCIONÃOÉ : PRAVENDERONOSSOPEIXE. : É PRAVENDERO SEU...----- « U) «--. I I I I I A BelgoBekaertarmoua maiorpeixadaparavocêter lucro: lançouo TanqueRedeAlambrado.Umprodutoparavocê criar comsegurançaqualquertipo de peixeemseuhabitatnatural.Alémde manterlongeos predadores,o Tanque RedeAlambradoconcentraos peixese facilita o acompanhamentodiáriodasuacriação.Feitodearamegalvanizado revestidocomPVCdeAltaAderência,eleé resistenteà corrosãoe temlongadurabilidade.Ligueagoraparaa Belgo Bekaerte encomendelogoo seu. 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Alguns especialistas descrevem que esta importância é tão signi- ficativa para a análise espacial, assim como a invenção do micros- cópio e do telescópio o foram para o desenvolvimento da ciência, representando um grande passo para o manejo das informações geográficas desde o surgimento dos mapas. O SIG é um sistema de coleta, armazenamento, checagem, manipulação, análise e disponibilização de informações espaciais indexadas, referentes a uma determinada região ou regiões, sobre as quais várias perguntas podem ser interpretadas, respondidas e visualizadas. Ao cruzar diversas informações sobre uma determi- nada região e plotá-las em uma única imagem, o SIG cria uma enorme facilidade na análise e interpretação, não somente das potencialidades de desenvolvimento de determinados setores, como possibilita o planejamento, ordenação e manejo de operação de diversas atividades comerciais e produtivas. O SIG tem a capacidade de sobrepor em apenas uma imagem, uma grande quantidade de camadas de informações não só geográficas como também referentes a aspectos da biologia dos animais cultivados, como se fossem transparências colocadas umas sobre as outras num retroprojetor (Figura 1). Modelagem de um SIG S "-~ Distância dos Rios . .'." '..'..' / .. '.. . ' . .. . - . ~ Distância das ROdO . Vias .. ,,7' Uso do Solo '. . "oO' "'UnidadesAmbientalS ~oO_'~ Temperatura ~'.l . - .:=1.."'. . ' . ' . .~:: ~:~:ad:eS de consevaçâo . . . r ~Mapa Final oO( oO"~oO-"-, '. Figura I - Sobreposição de diversas imagens para a criação da imagem final (SIG) ./ A análise da imagem final permite a identificação de áreas apropriadas para a implantação de projetos aqüícolas e suas poten- cialidades, o planejamento de ações visando o desenvolvimento da atividade paralela à preservação do meio ambiente, a ordenação do setor aqüícola, além do acompanhamento do setor no que se refere à produção, área alagada, etc.. Os SIGs, além de incorporarem bases de dados com infor- mações sobre o clima, relevo, recursos hídricos, tipos e usos de solos, atividades agropastorís e áreas com restrições ambientais, podem incluir também nomes, endereços de produtores rurais, bem como sua produção, produtividade e outras informações comple- mentares sobre a atividade, incluindo fotografias. O cruzamento e sobreposição de todas essas informações permitem verificar um ponto ou uma área do espaço e indagar que produtor mora ali, seu endereço, telefone, e-mail, produção do ano anterior, espécies que cultiva, entre outras questões. No caso específico da aqüicultura, o SIG vem se tomando uma importante ferramenta por ser capaz de manejar e integrar os diversos componentes de um banco de dados aqüícola, incluindo clima, quantidade e qualidade da água, tipos e usos do solo, mercado, infra-estrutura e outras informações gerais. Podemos usar o SIG para melhor servir ao desenvolvimento regional e ao produtor, ao oferecer-lhe novas informações acerca de sua pro- priedade. Essas informaçõespodem ser suficientespara aconselhá- 10 ou não a investir num projeto, já que é possível dizer de antemão, se a propriedade está localizada em região adequada aos seus propósitos, se possui solo propício e se está próxima a mercados consumidores. É possível ainda, avaliar o clima da região prevendo baixas temperaturas, e combinar esses e outros fatores não mencionados. Desta maneira, o SIG regional pode apontar oportunidades de negócios ainda inexistentes, levando em conta as características da região que a tomam apropriadas para a criação de uma determinada espécie. No "Diagnóstico da Cadeia Aqüícola para o Desenvolvi- mento daAtividade no Estado doRio de Janeiro" osestudos de SIG foram realizados usando-se as bases cartográficas desenvolvidas pela Fundação CIDE-RJ, nas escalas 1:100.000 e 1:50.000, que inclueminformaçõessobreclima,usodo solo,unidades ambientais, hidrografia, densidade populacional, infra estrutura viária e áreas com restrições (Unidades de Conservação Ambiental) e outras limitações naturais. Potencial para o Desenvolvimento A aqüicultura no Estado do Rio de Janeiro possui um enorme potencial de crescimento como atividade comercial, prin- cipalmente em função das inúmeras características que favorecem o seu desenvolvimento, destacando-se: a) Condições climáticas que favorecem tanto a implantação de projetos de piscicultura tropical e de carcinicultura de água doce, como de carcinicultura marinha, malacocultura, ranicultura e de truticulturas; b) Riqueza de recursoshídricos que favorecem a implantaçãotanto deprojetos de piscicultura tropical, como de carcinicultura de água doce, e de truticulturas; c) Grande quantidade de áreas com características de topografia e tipo de solo apropriado para a construção de viveiros de peixes tropicais, camarões de água doce e de camarões marinhos; d) Vasta costa litorânea com extensas áreas adequadas ao desen- volvimento deprojetos de carciniculturamarinha assim como para a malacocultura; e) Grande quantidadede áreas apropriadas às atividades aqüícolas, próximas a centros de comercialização, aeroportos e com facilida- de para aquisição de insumos, materiais e equipamentos; f) Proximidade de instituições de pesquisas e universidades; g) Grande mercado consumidor para os produtos aqüícolas, prin- cipalmente para o camarão marinho cultivado; Para identificar as áreas potenciais ao desenvolvimento da aqüiculturano Estado do Rio de Janeiro, o LAQUASIG da Universidade Santa Úrsula, realizou um macro zoneamento le- vando em consideração as informações disponíveis sobre carac- terísticas relevantes para cada atividade aqüícola, como condi- ções climáticas, relevo, tipo e usos do solo, disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos, proximidade de centros de comercialização, disponibilidade de energia elétrica, vias de acesso em condições adequadas, proximidade de centros forne- cedores de alevinos e pós-larvas, e facilidade para obtenção dos insumos necessários à produção. Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 ( 17 /~QU/~ SUL LARVICULTURA DE Qualidade, Confiança e Respeito - Nosso Cliente Merece. CAMARÕES aauasul@ig.com.br Rua Or. Tarcísio, 1959 Praia de Barreta Nísia Floresta / RN CEP: 59164-000 Fone: (84) 230-3228 Fax: (84) 230-3189 Cel: (84) 987-5309 www.carcinicultor.com. ~ Tilá pias. tailan desas com qualidade genética.MultiGeneAQ ... U ç ..U.t."TLU/...jA Multiplicando a Vida A Multi Gene, uma o melhor da til6pia em produção alevinos, oferece para o mercado e 100% de reversão r I Figura 2 - Mapado Estado do Rio deJaneiro indican- do as áreas adequadas para truticultura (interior) e carcinicultura marinha (litoral) Essas infonnações foram plotadas em mapas que resultaram em imagens indicando a potencialidade de cada região. O levantamento das áreas adequadaspara o desenvolvimento das atividades aqüícolas realizado com a utilização do SIG, mostrou o grande potencial do Estado do Rio de Janeiro para a expansão da aqüicultura,principalmente no que se refere à quantidadede áreas consideradasboas, muito boas e excelentes para a piscicultura tropical, carcinicultura de água doce (ver ilustraçãonapágina 15),truticultura(Figura2), malacocultura(Figura 3) eranicultura (Figura 4, napág.23 ), estaúltima, destacando-se como a atividade que possui a maior quantidadede áreas consideradasaptaspara a expansão daatividade,por ser a espécie de menor exigência ambienta!. Além disso, este levantamento demonstrou ainda a existência de cerca de 47.000 hectares de áreas consideradas apropriadas para a implantação de projetos de carcinicultura marinha, atividade inexistente até o presente momento no estado, indicando com isso, um importante potencial para o desenvolvimento desta atividade (Figura 5). I, l..I!JgeMa:-~ 1- WIDBan Ban Regular Figura 5 - Detalhe do litoral fluminense com indicações das áreas potenciais para a carcinicultura marinha. A tabela 1 mostra um resumo das áreas consi- deradas boas, muito boas e excelentes para cada uma das atividades aqüícolas estudadas. O levantamento realizado através do SIG, teve como principal objeti- vo um macro zoneamento do estado para detennina- ção das áreas potenciais para a implantação de proje- tos aqüícolas no Estado do Rio de Janeiro, levando em consideração, as infonnações disponíveis sobre ca- Figura 3 - Detalhe do litoral sul fluminense com indicações das áreas potenciais para a malacocultura cPanorama da AQÜICuLTURA, maio/junho, 2002 19 Lutavit.CMonophosphate Estabilidadeem ração de truta extrusada em comparação com ácido ascórbico cristal ~ 120 - Extrusão 2' Perdas .~ 1001 ::> 80.!: 1iJ ~ 60- ] 40- [! ~ 20- o .iJi .TI , , , 5 6 7 8 9 1'0 1'1 1'22 3 .4 [J LutaviCC Monophosphate li Ácido Ascórbico Tempo, semanas Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE Condições da extrusão: Extrusora Bühler IFF dupla hélice, furo 5 mm Temperatura: Após adição de vapor (após condicionador) 70' C, no meio da extrusora 132' C, na ponta da extrusora 162' C A Aquicultura industrial exige prometidos com alto rendimento, Lutavi~ C Monophosphate, formulação de Vitamina C desenvolvida pela BASF, bilidade principalmente em rações a tratamento hidrotérmico, Na forma de Ascorbato de 2 Cálcio, o Lutavi~ C Monophosphate é a melhor fonte de Vitamina C para o mento de rações extrusadas e Lutavi~ C Monophosphatecontém 42% de atividade de Vitamina C, Lutavit" C Monophosphate Estabilidade em ração de truta peletizada em comparação com ácido ascórbico cristal ~ . I I I I I I I I I . . . 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14 ~ 1'. ILutaviC C Monophosphate . Ácido Ascórbico Tempo,semanas Condições de armazenamento: 20' C em embalagens fechadas de PE Condições da peletização: Furo 4,8 x 45 mm, adição de vapor 2,9%, temperatura da farinha 65' C, temperatura do pellet76' C Adicione a força da BASF à sua ração Fone: (11) 4343 2857 - Fax: (11) 4343 3020 www.basf.com.br Nutrição Animal BASF racterísticas relevantes para cada atividade aqüícola. No entanto, para as regiões consideradas de interesse para futuras implantações de projetos aqüícolas, a realização de SIG's regionais detalhados é de grande importância para a verificação dos potenciais apontados inicialmente neste estudo. Tabela I ~ Resumo das áreas aptas para as atividades aqüícolas no Estado do Rio de Janeiro. Aspectos de comercialização e consumo Atualmente, o produto aqüícola mais importante e de maior volume comercializado no Estado do RJ é o camarão marinho Litopenaeus vannamei, proveniente principalmente das fazendas localizadas no Nordeste do Brasil, e em menor quantidade, de fazendas de Santa Catarina. Os peixes tropicais como a tilápia e os "peixes redondos" (tambaqui, pacu, pirapitinga e tambacu), ocupam o segundo lugar entre os produtos aqüícolas mais comercializados no RJ. Estes vêm de fazendas localizadas no próprio estado, assim como de outros estados brasileiros, e são principalmente comercializados nos pes- que-pagues (Gráfico I). ~JC(l) 'ti-~DAS DEPElXJEi_PlICAls IiIIPara Pesque-Pagues (33%) ~1% ilNos Pesque-Pagues (17%) O Para Supermercados (14%) 33'% 10 Para Grandes Atacadistas (11%) .Nas Fazendas (14%) O Para Restaurantes (11%) 17% Em contraste, o comércio da truta arco-íris está bem mais organizado, com o produto fresco sendo encontrado com facilidade nos hotéis, restaurantes e pousadas das regiões serranas, assim como nas bancas de peixes de alguns supermercados, apresentando tama- nho uniforme e qualidade de conservação visivelmente melhor do que outros pescados de água doce concorrentes. Isto explica o fato da truta não ter sido encontrada nos grandes mercados atacadistas e varejistas entrevistados neste trabalho (CEASA, Mercado São Pedro e Mercado do Produtor da Barra da Tijuca). O comércio de moluscos bivalves é extremamente reduzi- do, limitado principalmente às regiões praianas. Um fator prepon- derante na rej eição do consumidor potencial deste produto (ostras e mexilhões) é a falta de certificação da origem. Assim, ganha espaço e cresce a importação do produto vindo de cultivos ~CO 1..~AS DE I"RUI"AS f% 3% 3% 23% o Para Hotéis e Restaurantes da Reg. Serrana (37%) 11Nas Truticulturas (23%) o Para Restaurantes do RJ (13%) 11 Para Particulares (à domicílio) - (7%) 37% li Para Pesque-Pagues (7%) li Para Supermercados do RJ (7%) D Para restaurantes de outros Estados (3%) li Para Intermediários que' fazem o processamento , (3%) marinhos em Santa Catarina, que incluem no seu processo, o acompanhamento da qualidade das águas e a inspeção federal (SIF) dos produtos finais. A produção de moluscos no sul do Estado do Rio de Janeiro (região de Angra dos Reis e Parati), é comercializada principalmen- te para os restaurantes e pousadas da região, para os veleiros e lanchas de turistas que chegam até os cultivos, e nos bares ou restaurantes dos próprios produtores. Os elevados preços dos moluscos cultivados favorecem a maior comercialização dos moluscos provenientes da extração artesanal, apesar dos riscos à saúde dos consumidores. A comercialização da carne de rã parece estar sendo preju- dicada principalmente pelo seu elevado preço no mercado. A aceitação do consumidorpelo produto oferecido inteiro é moderada ou tímida, e a demanda verificada é relativamente baixa e estável. A maior parte das rãs produzidas são comercializadas através da cooperativa de produtores (Cooperan) ou diretamente para os restaurantes e peixarias do estado. Existe uma tendência da comer- cialização de rãs abatidas com peso médio acima de 220g, e da venda apenas das coxas. QR~ .~-~~AS ~ CARfIIE~ ,Rà 11% 6% &'Á>, Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 IJ Atral.és da Cooperan (39%) li Para restaurantes, peixarias, etc 000 (22%) O Para intermediários (17%) IJ Para particulares (11%) . Para supermercados (6%) . Para outros produtores (5%) ( 21 TEMOS REDES " .. PROJETAMOS E FABRICAMOS REDES DE 18LINHA COM ASSESSORIA TÉCNICA. REDEIDE "0 '4111A8"'.pu~ PIOIITOI.IIPICIAlI ~ 22 anos de experiência ... comredes.. LI,,"adIreta 1047] 344 &929 lRua= aru...ue 460CEP= 88303 - 000Ira/a. - Fornecemosprodutos damaisaltatecnQlogil1, totalmentenacionais. . Tanques pré-moldadO8 . Slstem. completos caecontrole de temperatura . COmpletalinha para ~o . Flltrageme tratamento da 'sua para re-ueo . Esterlllzadores . 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A Tabela 2 mostra a variação dos preços máximos e mínimos dos produtos aqüícolas, praticados pelos produtores e supermercados da região metropolitana do Estado do RJ, no período de novembro/200I a fevereiro de 2002. ..t Produtor PRODUTOS (R$) Supermercados (R$) . . . .. Peixes redondos (kg) 1.50 Tilápia (inteira) (kg) 1.50 !~.':I!~Jil1tl!ir<lE!_~~_nJ'-E!!<lcJa)(~9L_- §:~O Ostra (dúzia) 8.50 3.00 I 3.90 3.00 ~ 10.00 I 9.90 +-------------- ~;oo Tabela 2 -- Variação dos Preços MÍ]:Úmose Máximos dos Produtos Aqüícolas, desde o Produtor até os Supennereados da Região Metropoli- tana do Estado do RJ (período de nov/2001 a fev/2002). 088: Não foramencontrados mexilhõesde cultivoem supermercados do RJ e, por isso, não estão incluídos na tabela, assim como os camarões marinhosque, por não serem produzidosno estado, não se têm o preço do produtor. ~- A,... R""",....... .EJ<celenle MuiloBom Regular .""'pio As tabelas a seguir indicam as variações percentuais nos preços dos produtos aqüícolas desde o produtor até os supermer- cados da região metropolitana do estado (Tabela 3), assim como desde a CEASA (maior mercado atacadista de pescados do RJ) até os supermercados da região metropolitana (Tabela 4) Peixes redondos Tílápia (inteira) .!!:!:'.!~J int~!!:.~_.!.~~n gela d~L Ostra Tabela 3 -- Variação Percentual dos Preços Mínimos e Máximos dos Produtos Aqüícolas, desdeo Produtor até os Supennercados daRegião Metropolitana do Estado do RJ (período de nov/2001 a fev/2002). MINIMA _~amarãoJ~! a 100/k9L J_?.:~ +--------------- Mexilhão cultivado 100.0 Ostra 40.0 Rã (inteira e congelada) 11.1 Peixes redondos 95.0 Tílápia (inteira) 49.5 Carpas 145.0 Truta 21.0 16.0 380.0 120.0 Tabela 4 -- Variação Percentual dos Preços Mínimos e Máximos dos Produtos Aqüícolas, desde a CEASA até os Supennercados da Região Metropolitana do Estado do RJ (período de nov/200l a fev/2002). Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 C 23 Essas tabelas mostram que a grande parcela do lucro na comercia- lização dos produtos aqüícolas não fica nas mãos do produtor, e sim dos inúmeros atravessadores. Demanda amostrada dos produtos aqüícolas o potencial de desenvolvimen- to da aqüicultura no estado depende não apenas de fatores climáticos, re- cursos naturais disponíveis, índices zootécnicos para as espécies, legisla- ção pertinente e ambiente financeiro, mas da demanda regional. O presente estudo considerou apenas a demanda estadual, embora esta tenha sido relati- vamente limitada e concentrada princi- palmente na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Assim, foi elaborada a tabela 5 a seguir, que retra- ta os principais resultados obtidos das enquetes de campo realizadas de de- zembro 2001 a fevereiro de 2002. Os resultados foram extrapolados para 12 meses, e os valores considerados foram os preços mínimos encontrados. A ta- bela 5 mostra também a receita anual estimada obtida com a comercializa- ção dos produtos aqüícolas, além de um Índice de Demanda (ID) por produ- to, desenvolvido à partir da estimativa dos volumes anuais comercializados. Através do ID percebe-se mais claramente que o camarão marinho é o produto aqüícola com maior demanda pelo mercado consumidor no Estado do Rio de Janeiro, representando pouco mais que a metade da demanda amostrada total (ID = 0,606). Os peixes tropicais (tilápia e os peixes redondos), são o segundo maior item de demanda mexilhão I limpo, pré-cozido I , 110 l-------- I congelado com SIF f 528,000 9.50 CEASA + 5,016,000.00 Isupermercados j 0.606 -::-t:1 :,:': (CEASA+ i M.Produtor + I >_r.1,§ão f"~9-':~.L J (supermercados I + CEASA + I M.Produtor + I M.São Pedro + restaurantes) 890 ostras (*) 0.055 ( M.Pradutor + M.São Pedra + restaurantes) Supermercados + restaurantes I(supermercados j + CEASA + M.Produtor + M.São Pedra) (supermercados +r:e.s_~U!;;!-~~e.~.. (CEASA + supermercados) 0.018 0.003 0.005 0.022 vieiras (*) rãs trutas tilápias fresca, inteira 2,900 139,200 0.193 0.099 600 1,800 filé 28,800 Tabela 5 - Índices de demanda dos produtos aqüícolas comercializados no Estado do Rio de Janeiro (período de nov/200l a fev/2002). ~ Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 -.---------. 168,000 frescos, inteiros 86,400 871,872 se apenas auma única espécie, enquanto que os peixes tropicais são compostos de pelo menos três espécies e um híbrido (tambaqui, pacu, tilápia e tambacu). Cabe mencionar ainda, que as tilápiasapresentam uma demanda amostrada duas vezes maior que a dos peixes redondos. Preço por dúzia. » Baseado em 4 semanas por mês e 12 meses por ano. »> Preços de dezembro de 2001 a fevereiro de 2002. no estado (ID = 0,292), seguidos, pelos moluscos bivalves (ID = 0,076), a truta (ID = 0,022) e a carne de rã (ID = 0,005). Apesar dos índices de demanda de cama- rões e peixes tropicais serem próximos, deve ser mencionado que o item camarão marinho, refere- ~ 48,000 I i vivas, na concha I 320 15,360 I vivas, na concha I 50 I 2,400I II fresca + congelada, I 94 4,512com SIF ou SIE I fresca, inteira 400 i 19,200 301,440.00 10.00 153,60000 21.00 50,400.00 18.00 81,216.00 9.90 190,080.00 2.00 278,400.00 14.00 - 2.00 I 7,630,173.00 o diagnóstico da cadeia aqüícola do Estado do RJ revelou, conforme ilustrado na Tabela I, a grande quantidade de áreas consideradas aptas para o desenvolvimento da aqüicultura. Adici- onalmente, a Tabela 6 compara o potencial apto detectado no estudo, com a área (em hectares) necessária para cobrir a demanda amostrada de produtos aqüícolas no estado, apontando um índice de prioridade para atender somente essa demanda dos mercados ataca- distas e varejistas do Estado do Rio de Janeiro. O índice de prioridade (IP), foi desenvolvido utilizando-se da demanda estimada do produto em relação à quantidade de áreas potenciais aptas para o desenvolvimento da aqüicultura, e serve como indicador das atividades onde as ações devem ser priorizadas visando o seu desenvolvímento. No caso, o camarão de cativeiro apresenta o maior IP, demonstrando que essa atividade ainda inexistente no Estado do RJ merece especial atenção, principalmente pelo fato de que apenas 0,56% do total de áreas consideradas aptas para a implantação de projetos de carcinicultura marinha, seriam suficientes para atender a demanda atual dos mercados atacadistas e varejistas amostrados. A piscicultura tropical de água doce aparece como a segunda atividade de maior potencial de desenvolvimento no estado, seguida da malacocultura, da truticultura e da ranicultura. Os resultados do estudo realizado, indicam: . Demanda atacadista e varejista amostrada de ~ 900 ton/ano de pescados cultivados;. Movimento (apenas nestes mercados) de mais de R$7.000.000,00/ano; . Maior parte dos produtos aqüícolas consumidos no Rio de Janeiro é importada de outros estados Desdobramentos .Potencial de expansão da área aqüícola em 300 a 400 ha apenas para atender os mercados atacadistas e varejistas do Estado de do Rio de Janeiro;. Potencial para gerar cerca de 800 novos empregos diretos e 3.200 indiretos na produ- ção aqüícola, visando esses mercados ataca- distas e varejistas amostrados;. Potencial para transformar o Estado do RJ em exportador de produtos aqüícolas;. Necessidade da realização de SIGs regio- nais para avaliação detalhada do potencial apontado no macro zoneamento realizado. O diagnóstico da cadeia aqüícola do RJ, realizado através da parceria entre o Sebrae/RJ e o LAQUASIG, além de ser um trabalho pioneiro no estado, reúne uma série de informações de grande importância e uti- lidade não somente para a determinação de ações voltadas para o desenvolvimento da atividade aqüícola, mas também serve de base para a avaliação de áreas potenciais para a implantação de futuros projetos. Os resultados das análises espaciais em SIG na determinação das áreas potenciais para o desenvolvimento da aqüicultura. no Estado do RJ, levaram em consideração as informações disponíveis sobre característi- cas relevantes a cada atividade aqüícola. No entanto, para uma determinação pormenori- zada nas regiões consideradas de interesse para futuras implantações de proj etos aqüícolas, é importante que sejam realizados SIG'sregionais detalha- dos, que permitirão o dimensionamento preciso dos potenciais, usando todo o conhecimento local disponível. Isto pode incluir desde planejamentos municipais, levantamentos de solos, dados ambientais, permitindo mesmo um ajuste fino no SIG, usando o histórico da performance dos cultivos já implantados. Com a disputa pelo controle e uso cada dia mais intensivo do território, é necessário ajustar os modelos em função de modificações no território. Uma camada que pode ser incorporada num SIG regional para aqüicultura, seria referente ao custo das terras. Com a expansão da urbanização e turismo, áreas eventualmente propícias para a carcinicultura marinha, por exemplo, podem ter seu preço elevado em função do potencial turístico iminente a ser desenvolvido, inviabilizando assim, um plano de agronegócios que contemplasse aquisição de terras para implantação de projetos de carcinicultura. Mas, mesmo aí, e especialmente no âmbito municipal ou estadual, o SIG é capaz de realizar análises espaciais muito interes- santes como a MOLA do SIG Idrisi. A MOLA (multi-objective land allocation) tenta 'resolver' a alocação de terras nos casos de diversos objetivos conflitantes no mesmo território. Baseado nas informações de diversos mapas de viabilidade, um para cada objetivo final, e, baseado nos pesos ponderados relativos a cada mapa, e a quantidade de área disponível para cada atividade, a MOLA determina uma 'solução-compromisso', um 'meio-termo' para agradar a gregos e troianos tentando maximizar a viabilidade das terras para cada objetivo dentro dos pesos designados. O SIG é uma ferramenta, que inevitavelmente colocará, administradores, técnicos, interessados locais da comunidade, todos juntos na mesma mesa para definir os 'pesos' atribuídos aos mapas temáticos para o desenvolvimento do território. E como boa e nova ferramenta, o SIG deve ser usado com freqüência e esmero para produzir bons resultados. 0.0010 0.0636 ~~---~ + ~--------- 1.0000 (1) . IP = HN/HNTOOAC .. Produtividade estimada para dois ciclos de engorda por ano. 1.000 kg de mexilhão produzido por espinhei de 50m de comprimento, com espaçamento de 1 metro entre cordas e 2 metros entre espinhéis. 25% aproveitamento da carne (mexilhão cozido e descascado). Baseado em dados médios dos produtores da AMBIG entrevistados. Média de 1.150 dúzias por espinhei de 50m de comprimento com espaçamento de 2 metros entre cada espinheI. Baseado em dados médios dos produtores da AMBIG entrevistados. Média de 600 dúzias por espinhei de 50m de comprimento com espaçamento de 2 metros entre cada espinheI. Baseado em dados médios dos produtores da AMBIG entrevistados. Baseado na média das produtividades dos ranicultores entrevistados = 0.67 kg/m'/mês (80.000kg/ha/ano) e no levanta- mento da ranicultura elaborado pela EMATER Rio em 1999 = 6.2 kg/m'/ano. (média = 70.000kg/ha/ano). Considerada a menor produtividade encontrada entre os truticultores entrevistados do RJ. Média dos produtores no RJ. (2) (3) (4) (5) (6) Tabela 6 - Índice de prioridade para atender a demanda de produtos aqüícolas no EstadodoRio de Janeiro Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 c 25 9Q___t--X! 25000 16,448 115000 16,448 60000 16,448 75000 3,186768 i 72000 161,115 5700 2,060,189 4300 2,060,189 1 20.09 315,99 t~ ~~~~~~T~~ Tecnologia Própria Os melhores pretjos do mercado !!! Máquinas de7,5 HP a 300 HP Peletizarações,farelose pósfinos em geral, comesemvapor. De100kg a 30r/hora. IND.ECOM.CHAVANTES Av.João Martíns,738-Chavantes- SP Cep:18970-000 Tel.: (14) 3342-1911 / Fax: (14) 3342-1913 uabr-ó<9 Aquicultura e Tecnologia Ltda. ".. de 15 anosatuando nocultivodecamarãoa nívelinternacional,permiteofereceraosprodutores: 1. NAUPLlOS E PÓS-LARVASDE Litopenaeus vannamei COM QUALIDADE GARANTIDA E FORNERCIMENTO CONTíNUO. IOI-laboratOOoli' l-lJi"icultura PraIadeBarmIa,N[siaFloresta,RN Capacidade:30millJõesPós-laJvas!mAs Av- 00IL0N GoMes DE liMA.. 1856 CAPIM MAcIo - NorA&. 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Em busca de uma sintonia entre lucro, sustentabilidade do negócio e cumpri- mento das leis ambientais, a carcinicultura marinha tem despontado com ferramentas tecnológicas e metodologias de cultivo mais eficientes e menos impactantes. Os sistemas de recirculação e de baixa renovação de água (em inglês "water recirculation systems" e "Iow water exchange systems") contemplam concepções de cultivo que permitem uma maior intensificação e proteção dos estoques cultivados, assegurando ao mesmo tempo efluentes de melhor qualidade físico- química. O presente artigo faz um apanhado dos mais recentes trabalhos desenvolvidos em recirculação e tratamento de efluentes, discutindo suas práticas e estratégias. Os Efluentes O volume e a composição dos efluentes liberados pelas fazendas de cultivo de camarão marinho é um assunto controver- tido e foco de debates. Por um lado as fazendas de camarão tentam se afastar da poluição orgânica e química de mananciais geradas por atividades industrias, domésticas e agropecuárias. Por um outro lado, os órgãos ambientais e as organizações não governa- mentais (ONGs) advertem sobre os riscos de enriquecimento, com nutrientes minerais e orgânicos (eutrofização), dos ecossistemas naturais receptores dos efluentes das fazendas de camarão. Apesar de trabalhos indicarem que mesmo no seu estado natural, os efluentes da carcinicultura apresentam melhor qualidade fisico- química quando comparado às descargas domésticas tratadas (Tab. I) e aos efluentes de outras atividades antropogênicas produtivas, as leis brasileiras tendem a adotar cada vez mais rigor em relação aos resíduos líquidos liberados pelas fazendas de camarão. Diante deste quadro, a carcinicultura emerge com alter- nativas tecnológicas para aumentar a reclusão da operação de cultivo e minimizar sua dependência sobre os recursosnaturais, visando a redução dos riscos financeiros associados, por exemplo, à deflagração de enfermidades resultantes da captação de águas contaminadas. Caracterização dos Efluentes Os efluentes da carciniculturapodem ser ricos em nutrien- tes, material orgânico e sólidos em suspensão, apresentados na forma particulada ou dissolvidos na água (Fig. I). Os materiais particulados são em sua maioria detritos orgânicos como fezes de camarão, restos de ração não consumida e fertilizantes. Os mate- riaissolúveis sãogeralmentesubprodutos inorgânicosdaexcreção ~ Tabela 1-Qualidadedos efluentesnão tratados de viveiros intensivos cultivo de camarão marinho na Tailândia, em relação às descargas domésticas de água. Fonte: Phillips, M.J. 1995. Shrimp eDItareand lhe environment. p. 37-62. In: Towards Sustainable Aquaeulture in Southeast Asia and Japan. SEAFDEC Aquaeulture Dept., lIoilo, Filipinas, 254 p. 'D60 = Demanda 6ioquimiea de Oxigênio dos animais. Os nutrientes são derivados principalmente de ração não consumida, de fertilizantes empregados para estimular o flores cimento do fitoplâncton e dos produtos metabólicos gerados pelos camarões cultivados. Figura I - Principais origens e saídas de nutrientes e matéria orgânica de 11mviveiro de engorda de camarão marillho. lR~~J FertiIizan~ Viveiro ~~ fA9uaI~.. Salda ~- J.~,~.;~~iR~,~_.~'~,-'. :.:,:.0: . - --:::::~:::{::J:~:>: DeIrib> k~i ::"";';~~-::-::-:'- ..!i!Dl~~-" Os fertilizantes utilizados no cultivo de camarão possuem a capacidade de aumentar as concentrações de nitrogênio e fósfo- ro da água. Os restos de ração não consumida, degradados em nutrientes inorgânicos pelos microorganismos, são convertidos em amônia, fosfato e dióxido de carbono. Parte da ração consumida pelos camarões é aproveitada para produção de biomassa, en- quanto o restante ingerido é excretado na forma de fezes, amônia e dióxido de carbono. A composição dos efluentes (água que sai) das operações de cultivo é também afetada pela qualidade dos seus afluentes (água que entra). Em muitas fazendas, os efluentes apresentam melhor qualidade quando comparado aos afluentes. Os camarões marinhos são exigentesquanto a qualidade daágua de cultivo, e sob condições inadequadas, não crescem ou sobrevivem. Em alguns casos, os afluentes necessitam ser submetidos a um tratamento prévio e desinfecção para permitir sua utilização no cultivo. A qualidade dos efluentes do cultivo de camarão são avali- ados através de parâmetros fisico-químicos de qualidade da água, incluindo variáveis como nitrito, nitrato, pH, oxigênio dissolvido, Demanda Bioquímica deOxigênio (DBO, quantidadenecessária de OD para oxidar matériaorgânica disponível), dentre outros. Recen- Panorama da AQÜICUL TURA, maio/junho, 2002 C 27 DBO. 4,0 -10,2 300 200 30 Ni1rogAnioTotal 0,03 -5,06 75 60 40 Fósforo Total 0,05 - 2,02 20 15 12 S6rldos 119-225 500 - 15 lRmsAN A Marcada Qualidade OAERADOR DE PÁSTREVISAN MODELO PALHETAS(TRIANGULARES), foi desenvolvido para prover alta taxa de transferência de oxigênio com uma efetiva mistura de toda lâmina líquida, garantindo uma equalização da temperatura d'água eliminando gases nocivos; incorporando com maior eficiência o oxigênio em toda a superfície. Fabricado com materiais nobres de grande durabilidade como flutuadores de polietileno, motor de 2 CV, conjunto de 11 rotores com 4 pás cada roto r dando um total de 44 pás de naylon com travessa, eixo e parafuso em aço inox, sua transferência de oxigênio é de 3,0 KgO/Cvh e a transferência de ar é de 11,5 Kgar/Cvh 100% nacional. I I I ~ '7 Fabricado com materiais nobres de grande durabilidade como boia de fibra de vidro, motor de 14CV - Y2CV - 1 CV - 2 CV com eixo aço carbono, pintura epoxi (opção eixo em aço inox), 100% nacional. CAIXA PARA TRANSPORTE DE PEIXES VIVOS ADULTOS EM ESPECIAL PARA ALEVINOS E LARVAS DE CAMARÃO. O AERADOR SISTEMA PROPULSOR TREVISAN. Fabricado com materiais nobres de grande durabili- dade como caixa de fibra de vidro, com registro, Isolamento térmico, tampaefechadura, regulador de pressão (fluxiometro e manometro), mangueira micro -perfurada, capacidade de 400 - 1.000 - 2.400 litros Trevisan - Equipamentos Agroindustriais Ltda. Indústria de Implementos para Piscicultura e Carcinicultura: aeradores, caixas para transporte de peixes, camarões e alevinos. Av. 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A Resolução N°20/86, no entanto, dá ênfase a parâmetros microbiológicos e a limites de metais pesados e outras substâncias químicas. A mesma carece de informações relativas às variáveis e aos limites de qualidade de água para o controle e monitoramento dos efluentes gerados pela carcinicultura marinha, Boyd e Gautier (2000) após um intensivo levantamento feito através de 24 estudos sobre efluentes de viveiros de engorda de camarão, propuseram padrões como forma de melhor direcionar órgãos regulamentadores e produtores de camarão (Tab. 3). Dentro destas recomendações, são apresentados os limites iniciais e as metas a serem alcançadas. Destino dos Efluentes No cultivo de camarão, a água é o maior receptor dos resíduos dissolvidos, enquanto grande parte do material sólido acomoda-se no fundo do viveiro, canais de descarga ou ainda no entorno da fazenda. Tanto o ambiente de cultivo, como os habitats costeiros onde a atividade é praticada, apresentam altas taxas de atividade biológica e degradação de material orgânico. Os viveiros deengorda decamarãomarinhonadamais sãodoquemicrocosmos, uma amostra empequena escala dos ecossistemas naturais. Nestes sistemas, diariamente ocorrem uma multiplicidade de reações, interações e fluxo de nutrientes (Fig. 2). 'Niveis recomendados para águas enquadradas na Classe 7, classificadas como tendo salinidade igualou inferior a 0,5 ppt (partes por mil) e 30 ppL 'Fonte: Boyd, C.E. e Gautier, O, 2000, Effluentcomposition and water quality standards: implementingGAA's ResponsableAquaculture Program, Global Aquaculture Advocate, 3(5): 61-66, . NPD= Nutrientes DlssoMdose Partlculados . ND = Nutrientes Dissolvidos. NP= Nutrientes Partlculados. A = Autollse . L = lIxlvlação . C =Alimentação . H = Heterotrofia . U =Absorção . P = Fotosfntese . S = Sadlmentação . M,E.D= Muda. Excreção,Mortalidade Água As bactérias que habitam os viveiros atuam como recicladoras de material orgânico através de processos enzimáticos. Os nutrientes dissolvidos são assimilados pelo fitoplâncton, protozoários, bactérias e fungos. Estes organismos possuem um curto ciclo de vida, permitindo durante sua decomposição orgâni- ca, a mineralização dos nutrientes nas formas dissolvida e particulada. Este ciclo continua até que o material seja finalmen- te: (1) liberado no ambiente natural adjacente a fazenda; (2) de- positado na forma de compostos refratários; (3) volatilizado para atmosfera, ou; (4) assimilado por outros organismos aquáticos. Panorama da AQÜICULTURA, maio/junho, 2002 /' \.. 29 'Parâmetro....,.., > Razãopara.Medição>...'..'.'.>"..."'.."....,....",..'.'.. .' Níveis Recomendados Temperatura da Água Influ!lncia sobre os processos quimicos e biológicos Alteração de menos de 2
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