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14
 (
BACHAREL EM Enfermagem
)
 (
ANNA carolina rodrigues sutter
Rodrigo pinheiro
)
 (
DOENÇAS PARASITÁRIAS
Produção Textual Interdisciplinar
)
 (
Petrópolis
2020
)
 (
ANNA CAROLINA RODRIGUES SUTTER
RODRIGO Pinheiro 
)
 (
DOENÇAS PARASITÁRIAS
Produção Textual Interdisciplinar
)
 (
Trabalho de Doenças parasitárias apresentado como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Atividades interdisciplinares.
Orientador: Prof. Ana Paula 
Scaramal
 
Ricietto
 Prof. Cristiane Mota Leite
 Prof. Dayane 
Scaramal
)
 (
Petrópolis
2020
)
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DOENÇAS PARASITÁRIAS: TENÍASE E CISTICERCOSE	4
2.1	SISTEMA DIGESTÓRIO – ComplicaçÕes	4
2.1.1	SISTEMA NERVOSO – COMPLICAÇÕES	5
2.1.1.1	RESPOSTA IMUNE INFLAMATÓRIA	6
2.1.1.1.1	ARTIGOS CIENTÍFICOS	8
3	CONCLUSÃO	12
4 REFERÊNCIAS	13
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade dissertar sobre as Doenças Parasitárias, bem como favorecer a aprendizagem, desenvolver conhecimentos independentes e promover a aplicação da teoria para a solução de problemas práticos relativos à profissão de Enfermagem. 
Analisando os conceitos da situação geradora de aprendizagem com os desafios propostos, pode-se compreender melhor as estruturas morfofuncionais e fisiológicas dos sistemas envolvidos, garantindo a reflexão sobre os elementos fundamentais desse cenário nas diversas áreas de atuação. 
A primeira paciente em questão, que tem por nome Mariana, tem 13 anos de idade e foi diagnosticada com teníase e cisticercose, apresentando sintomas como perda de peso, irritação, cansaço, enjôos, diarreia, dor abdominal, dores de cabeça, confusão mental e convulsão. A outra paciente chamada Ana, é irmã de Mariana, tem 9 anos de idade e apresentou igualmente os sintomas de perda de peso, irritação, cansaço, enjôos, diarréia e dor abdominal.
Segundo Toledo et al (2018), as verminoses são doenças frequentes causadas por diferentes tipos de vermes, e podem contaminar o homem por meio de alimentos contaminados. A teníase e a cisticercose são verminoses transmitidas pela Taenia.
Ainda no contexto, o termo interdisciplinaridade pressupõe um trabalho coordenado e integrado entre diferentes saberes, o que para Fazenda (2018) só é possível com o contato, a parceria e o diálogo-atitudes que permitem o aprendizado e crescimento. 
Pensando nisso, o presente estudo fora realizado promovendo a interdisciplinaridade dos conceitos e conteúdos abordados pelas disciplinas de: Ciências morfofuncionais dos sistemas Digestório, Endócrino, Renal, Nervoso, Cardiorespiratório, Imune e Hematológico, além de Enfermagem e Ciência, bem como, para possibilitar ao aluno o enriquecimento dos conteúdos estudados. 
DOENÇAS PARASITÁRIAS: TENÍASE E CISTICERCOSE
Segundo Toledo et al (2018), o complexo teníase / cisticercose é causado pela mesma espécie de cestódeo, a Taenia, em fases diferentes do seu ciclo de vida. Em humanos a Teníase é também conhecida como solitária e é provocada pela presença da forma adulta da Taenia saginata ou Taenia Solium, que se localizam no seu intestino delgado (TOLEDO ET AL, 2018).
Da mesma forma, a revisão citada explica que o homem pode se infectar ao ingerir carne bovina e suína mal cozida contendo os cisticercos vivos, ou pela ingestão de ovos da T. solium contaminados com fezes de humanos portadores de teníase. 
A partir da circunstância exposta pela temática, compreende-se que a sintomatologia apresentada envolve tanto o sistema digestório quanto o sistema nervoso, o que demanda amplo tratamento clínico em diferentes setores. 
SISTEMA DIGESTÓRIO – ComplicaçÕes
Define-se Sistema Digestório como o sistema responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão (GUYTON & HALL, 2017). 
Segundo Lourenço et al (2017), a teniase é uma infecção intestinal que leva à inflamação crônica da mucosa intestinal e, ao permanecer dentro do organismo humano, os vermes se alimentam dos nutrientes que estão em processo de digestão. 
No que diz respeito a digestão, todas as fases mecânicas e químicas, da boca ao intestino delgado, são dirigidas para transformar o alimento em moléculas que sofrem absorção, sendo que aproximadamente 90% de toda a absorção acontece no intestino delgado (TORTORA & GRABOWSKI, 2016). 
Ainda de acordo com Lourenço et al (2017), a presença do verme adulto de Taenia sp. no intestino delgado pode prejudicar a absorção dos nutrientes, provocando perda de peso e anemia, por exemplo. 
Ana e Mariana apresentaram os sintomas relacionados e tiveram o diagnóstico de Teníase confirmado através dos exames. Lourenço et al (2017) afirmam que, além da dificuldade de ganhar peso, a presença da Taenia nas crianças pode causar atraso no crescimento e no desenvolvimento, sendo necessário tratamento com remédios antiparasitários. 
SISTEMA NERVOSO – COMPLICAÇÕES
De acordo com Guyton & Hall (2017), o Sistema Nervoso é único em relação a vasta complexidade dos processos cognitivos e das ações de controle que pode executar, tendo como papel mais importante o de controlar as atividades do corpo. Para compreender como a presença da parasitose pode progredir ao estado de pressão intracraniana e hidrocefalia, é necessário resgatar os conceitos fundamentais do Sistema Nervoso Central e da cisticercose. 
Partindo do pressuposto que a cisticercose é uma infeccção causada pela forma cística da tênia do porco, a Taenia Solium, a neurocisticercose é quando ocorre o acometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) e representa a mais problemática forma dessa parasitose do ponto de vista anatomopatológico (PEIXOTO, 2017). 
Peixoto (2017) esclarece que os ovos ingeridos pelo homem originam embriões hexacantos que caem na corrente sanguínea e iniciam a invasão de diferentes órgãos: olhos, músculos, pele e SNC, e o tratamento tem como objetivo a redução da resposta inflamatória. 
Ainda nesse contexto, pode-se concluir que as formas mais graves da doença são aquelas que evoluem com aumento da pressão intracraniana: dor de cabeça forte, vômitos e alteração do nível de consciência. Esses sintomas podem aparecer pois o cisto pode se comportar como um tumor, causando uma inflamação muito grande e conseqüentemente inchaço cerebral (PEIXOTO, 2017). 
Segundo Costa et al (2018) a hidrocefalia é caracterizada pelo aumento do volume do líquido cefalorraquidiano (LCR) associado à dilatação dos ventrículos cerebrais, sendo, muitas vezes, consequência de uma obstrução da circulação liquórica.
Considerando que a cisticercose pode obstruir a circulação do LCR, é possível afirmar que essa doença parasitária também pode evoluir para um quadro de Hidrocefalia. 
Partindo do princípio que a paciente Mariana apresentou outros sintomas como dores de cabeça, confusão mental e convulsão, é correto presumir que ela também apresentava um diagnóstico de cisticercose, o que foi confirmado através de exames. Essa condição exige abordagem e cuidado imediato, com o objetivo de prevenir deformidades prejudiciais para a funcionalidade futura do Sistema Nervoso.
RESPOSTA IMUNE INFLAMATÓRIA 
De acordo com Machado et al (2004), o conhecimento dos principais mecanismos de defesa imune contra os diversos agentes infecciosos permite a compreensão da patogênese das doenças infectoparasitárias e das várias estratégias do hospedeiro e do parasita. O estudo citado explica que o sistema imunológico atua numa rede de cooperação, envolvendo a participação de muitos componentes estruturais, moleculares e celulares, tendo papel fundamental na defesa contra agentes infecciosos. 
Podemos entender que os mecanismos de resposta imune nas infecções helmínticas são múltiplos devido ao tamanho e à diversidade metabólica dos parasitas, que são antigenicamente complexos. Segundo Machado et al (2004), embora o complemento e outros fatores da resposta imune natural possam contribuir para a defesa contra a infecção por helmintos,a resposta imune específica com a produção de anticorpos e citocinas é importante. 
Como já citado por Lourenço et al (2017), a teníase é uma infecção intestinal que leva à inflamação crônica da mucosa intestinal e manifesta-se por dor abdominal, sensação de fome, astenia, perda de peso mesmo na vigência de bom apetite, náuseas e diarreia. A infecção costuma ser mais grave em crianças e os adultos apresentam sintomas gastrointestinais leves. Além disso, após o período de três meses o parasita se torna adulto e os sinais e sintomas inflamatórios desaparecem, o que dificulta o diagnóstico.
 No que diz respeito a cisticercose, esta pode se tornar muito grave pois desencadeia reações inflamatórias em diversos órgãos e apresenta tropismo pelo sistema nervoso central, provocando a forma mais grave da doença, a neurocisticercose (SOBREIRA, 2017). 
Muniz (2018) esclarece que a Neurocisticercose é uma doença pleomórfica devido às variações em relação ao número, tamanho e localização das lesões e gravidade da resposta imune do hospedeiro contra o parasito. Sua classificação é realizada de acordo com o estágio de desenvolvimento do metacestódeo, observado por exames de neuroimagem e associado à presença ou ausência de resposta inflamatória (MUNIZ, 2018). 
Ainda de acordo com esse artigo, o parasito pode ser encontrado em três fases distintas: fase ativa, na qual está vivo e há elevada reação inflamatória no tecido adjacente; a fase transicional, na qual começa a se degenerar e é combatido pelo sistema imune do hospedeiro; e na fase inativa, em que há lesões calcificadas. Entende-se que a infecção pode atingir o parênquima cerebral ou pode ser extraparenquimal, ocorrendo nas cisternas, no espaço subaracnoideo ou nas áreas intraventriculares. Muniz (2018) sugere que a localização mais frequente é nos hemisférios cerebrais, onde as lesões são inicialmente circundadas por edema e subsequentemente calcificam-se.
Segundo Sobreira (2017) há quatro fases de desenvolvimento do cisticerco até completa calcificação da larva, são elas: fase vesicular na qual gera pouca resposta inflamatória no hospedeiro e onde a cisticercose é viável; fase coloidal que corresponde à necrose do parasita associada com um processo inflamatório; fase granular onde o cisto encolhe e o seu conteúdo é mineralizado com tendência a aparecer de forma granular; e fase calcificada onde o material granulado da etapa anterior torna-se completamente mineralizados ou calcificado. 
Por conseguinte, Muniz (2018) diz que a resposta imunológica à neurocisticercose humana varia de baixa ou moderada à inflamatória grave. O artigo citado afirma que a resposta inflamatória, provocada pela destruição do cisticerco com a liberação de grandes quantidades de citocinas, é responsável pela atividade epileptogênica e pelos e feitos patológicos. Os metacestódeos viáveis, geralmente, apresentam tolerância imunológica e causam pouca ou nenhuma resposta inflamatória, resultando nos casos assintomáticos. Nos casos sintomáticos há uma intensa resposta inflamatória no tecido do hospedeiro, que é associada ao metacestódeo coloidal ou em degeneração. 
Por fim, quando o parasito involui e morre, ocorre a resposta inflamatória com a presença de células plasmáticas, linfócitos, eosinófilos e macrófagos. Os linfócitos T reguladores podem controlar a resposta imune, provavelmente por contato célula a célula com células dendríticas e liberação de interleucina-10 (IL-10), promovendo imunomodulação, o que pode favorecer o desenvolvimento e permanência do parasito no tecido hospedeiro. Nos tecidos que circundam o metacestódeo, são encontradas citocinas dos perfis Th1 e Th2 (MUNIZ, 2018).
ARTIGOS CIENTÍFICOS 
 Síntese e análise do artigo científico dos autores: Rômulo Cesar Clemente Toledo, Juliana Borges Franco, Lucimar Silva Freitas, Carla Katielli e Amanda Rodrigues Franco de Freitas, sob o título de: Complexo teníase / cisticercose: uma revisão / Complex teniasis / cysticercosis: a review
 OBJETIVO: Este trabalho é uma revisão bibliográfica que teve como objetivo discorrer sobre os agentes causadores da teníase e cisticercose, bem como as características destas doenças e possíveis medidas para o seu controle. Realizou-se um levantamento bibliográfico, buscando ressaltar as principais características destas verminoses, sua epidemiologia, forma de diagnóstico e controle realizado pela indústria de alimentos para segurança dos consumidores.
 
MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo trata-se de uma pesquisa de revisão literária, descritiva e qualitativa realizada através de artigos publicados, livros e manuais, referentes ao complexo Teníase e Cisticercose e seus aspectos clínicos e epidemiológicos, pesquisados em meios eletrônicos, tais como: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO), PUB MED e MEDLINE, sendo utilizados os seguintes descritores: Teníase Cisticercose, Taenia solium e Taenia saginata. As escolhas dos artigos fundamentaram-se nas avaliações dos temas e resumos. O total de 28 artigos foram utilizados para a realização dessa pesquisa.
RESULTADO: Concluiu-se, com este trabalho, que a cisticercose é um problema de saúde pública que não pode ser desconsiderado pelos órgãos públicos fiscalizadores e nem pela comunidade. Essa enfermidade também causa prejuízos no âmbito econômico, devido ao número substancial de condenações das carcaças. Para se prevenir a doença é necessário tanto a fiscalização correta dos estabelecimentos de abate por parte de órgãos públicos competentes, como também a realização de intervenções educativas junto ao consumidor e principalmente aos produtores rurais responsáveis pela criação animal, para que realizem o manejo correto dos animais. 
Síntese e análise do artigo científico dos autores: PINTO, P. S. A; SANTOS, W. L. M; LAERTE, P. A; ACEVEDO-NIETO, E. C; SANTOS, T. O e DUARTE, C. T. D, sob o título de: Perfil epidemiológico da cisticercose bovina e suína em três regiões do estado de Minas Gerais, Brasil
 OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a situação epidemiológica da cisticercose suína e bovina na zona rural de cinco municípios, distribuídos em três distintas regiões do estado de Minas Gerais, por meio da determinação da prevalência das cisticercoses bovina e suína nas suas respectivas propriedades rurais, associada às condições sanitárias e socioeconômicas relacionadas ao padrão de alimentação e criação animal, saneamento rural e higiene pessoal, que podem favorecer a sua transmissão e manutenção nas referidas propriedades.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma ampla pesquisa epidemiológica da cisticercose animal (bovina e suína) abrangendo 388 propriedades rurais, localizadas em 91 comunidades rurais, que estão distribuídas em três diferentes regiões do estado de Minas Gerais, compreendendo os rebanhos representativos de cinco municípios e apresentam características socioeconômicas e sanitárias distintas, que podem influenciar na transmissão das cisticercoses bovina e suína. As propriedades foram selecionadas aleatoriamente, partindo do total registrado em cada município, por meio de informações extraídas dos arquivos dos órgãos públicos correlacionados, sobretudo as secretarias de agricultura. O critério de representatividade estabelecido para o cálculo do número mínimo de propriedades a serem incluídas na pesquisa foi baseado em um levantamento preliminar (não publicado), realizado numa comunidade rural do município de Tumiritinga, que indicou uma prevalência estimada de 2% de propriedades positivas para a cisticercose suína, que geralmente é inferior à bovina no estado de Minas Gerais. Esse valor foi o critério de inclusão, que foi utilizado na pesquisa como referência para a determinação do tamanho da amostragem em cada um dos cinco municípios, assumindo-se um erro aceitável de 1,99% e um intervalo de confiança de 95% (Database..., 2008). Os suínos incluídos na pesquisa tinham idade acima de três meses e compreendiam a todos os animais presentes nos pequenos criatóriosrurais artesanais, excluindo-se, portanto, os animais procedentes de suinoculturas tecnificadas. Nos municípios de São João Evangelista e Salinas, não foram coletadas amostras de suínos por dificuldades operacionais da pesquisa. Com relação aos bovinos, o número de animais amostrados em cada propriedade rural foi determinado pelo tamanho de cada propriedade. Em propriedades com até 20 cabeças, coletaram-se amostras de sangue de todos os animais; naquelas com 21 a 200 cabeças, coletaram-se 20 animais; e em propriedades com 201 a 500 cabeças, entre 10 e 20% do total de animais presentes. Na amostragem, foram considerados apenas os bovinos com idade superior a três meses. Nos cinco municípios pesquisados, foram analisadas 1.792 amostras de sangue bovino e 554 de suíno, coletadas em 388 propriedades rurais, pertencentes às 91 comunidades rurais. Além da avaliação das referidas amostras laboratoriais, também foram analisados os dados obtidos da aplicação de um questionário para cada propriedade, totalizando 388 exemplares, no qual constava as informações sobre as condições socioeconômica, higiênico-sanitárias (hábito alimentar, procedência da água, destino do esgoto e lixo) e as relacionadas ao sistema de criação animal. As amostras de sangue foram dessoradas à temperatura ambiente e estocadas a -20oC. Para o diagnóstico sorológico da cisticercose animal, foi realizada triagem pelo teste ELISA, e os resultados positivos nesse teste foram submetidos ao imunoblot para confirmação. Para ambos os testes, foram empregadas metodologias padronizadas por Pinto et al. (2000), Pinto et al. (2001) e Monteiro et al. (2006), utilizando-se como ponto de corte para o teste ELISA a média da densidade óptica determinada nos soros controle negativos, acrescida de três desvios-padrão. Os dados laboratoriais e do questionário foram inicialmente armazenados em um banco de dados criado no Programa Epi Info, versão 3.5.1 (Database..., 2008), por meio do qual as variáveis em pesquisa foram analisadas. Foram calculadas as médias das variáveis quantitativas, estimadas as frequências das variáveis qualitativas e, finalmente, a prevalência das cisticercoses bovina e suína. Numa primeira etapa, a definição da associação entre a ocorrência da cisticercose bovina ou suína com as variáveis categóricas do questionário foi determinada pelo teste do qui-quadrado (χ2) ou teste exato de Fisher, quando apropriado. Na sequência, foi realizada a análise estatística multivariada (considerando P<0,2) como base para o cálculo da razão de chances (Odds Ratio, OR). Posteriormente, as variáveis que apresentaram significância estatística (P<0,2) foram submetidas ao teste do χ2 por tendência. Assim, a força de associação entre as variáveis dependente e independente foi estimada pelo cálculo da razão de chances (OR ajustada), que foram derivadas diretamente das estimativas do teste do χ2 por tendência, considerando-se significantes as que apresentaram P<0,05. 
RESULTADO: A prevalência da cisticercose variou de 0,42 a 8,86% nos bovinos e de 0,00 a 5,26% nos suínos criados artesanalmente nos cinco municípios das três regiões do estado de Minas Gerais incluídas na pesquisa. Entre os principais fatores de risco de transmissão da cisticercose bovina, destacaram-se a fonte de água consumida, a origem da carne, a natureza do município e da região. Com relação aos suínos, foram identificados como fatores de risco: o destino do esgoto e o sistema de criação. A pesquisa mostrou que existe diferença significativa na prevalência da cisticercose entre as diferentes regiões no estado de Minas Gerais. Os municípios das regiões do Vale do Rio Doce e do Norte de Minas foram os que apresentaram as maiores prevalências para as cisticercoses bovina e suína, o que coincide com a ocorrência dos maiores problemas socioeconômicos e ambientais manifestados nas criações dessas regiões. Por outro lado, a Zona da Mata apresentou as menores prevalências, acompanhadas de menos fatores de risco. Nesta pesquisa, destacou-se a necessidade de maior atenção à população rural de baixa renda residente nas regiões com deficiências de educação sanitária e desprovidas de infraestruturas adequadas do saneamento, da higiene pessoal e da criação animal, que estão mais sujeitas à transmissão da cisticercose animal e às consequentes perdas econômicas e sanitárias. Constatou-se também a necessidade do controle sanitário da cisticercose animal diante do consumo inadequado da carne, sobretudo quanto ao emprego do recurso da inspeção de carnes na sua aquisição e ao padrão de seu tratamento térmico no seu preparo.
CONCLUSÃO
A situação problema referida se mostra como ferramenta funcional de apoio educacional e aborda temas relativos às ciências morfofuncionais do Sistema Nervoso, Digestivo e Imune, bem como, enfermagem e ciência. 
As Doenças Parasitárias mostraram ser um problema continuado, as quais merecem atenção e planejamento de todos os elementos que devem integrar as demandas da área da saúde pública.
A Teníase mostrou ser uma infecção intestinal que leva à inflamação crônica da mucosa intestinal e que pode prejudicar a absorção dos nutrientes, provocando perda de peso e anemia. 
Percebemos que a Cisticercose pode se tornar muito grave pois desencadeia reações inflamatórias em diversos órgãos, inclusive, no sistema nervoso central, provocando a forma mais grave da doença, a neurocisticercose. 
Pode-se concluir que pesquisas científicas na área das Doenças parasitárias podem ser fundamentais para a ampliação do conhecimento, bem como, na atualização visando novas descobertas e contribuindo, dessa forma, para a qualidade de vida intelectual e profissional.
Nesta conjuntura, a atuação correta da Enfermagem seria determinante para o tratamento da Teníase e Cisticercose das pacientes, favorecendo a recuperação e redução das complicações associadas ao quadro clínico. 
REFERÊNCIAS
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COSTA E. A, DUARTE L. F. O, SILVA K. C. C; Atuação da fisioterapia motora em crianças com hidrocefalia: uma revisão da literatura. Guaraí, TO, 2018.
FAZENDA, I. C. A; TAVARES, D. E.; GODOY, H. P. Interdisciplinaridade na pesquisa científica. Campinas, SP: Papirus (2018). (Coleção Práxis ) 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
LOURENÇO, A. N; ALVES, E. S; SAMPAIO, M. G. V. As complicações da teníase ocasionada pelos parasitas Taenia solium e Taenia saginata Quixadá, CE, 2017 
MACHADO, Paulo R. L. et al . Mecanismos de resposta imune às infecções. An. Bras. Dermatol.,  Rio de Janeiro ,  v. 79, n. 6, p. 647-662,  Dec.  2004 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002&lng=en&nrm=iso>. access on  06  May  2020.  https://doi.org/10.1590/S0365-05962004000600002. 
MUNIZ, Ana Paula Mendes. Análise retrospectiva dos casos de cisticercose humana do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia–MG, no período de 2000-2017. 2018. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.
PEIXOTO, M. S. R. M. Incidência de neurocisticercose diagnosticada através de neuroimagem em uma clínica de Campina Grande. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural, v. 13, n. 1 (2017). Disponível em: http://revista.uepb.edu.br/index.php/biofarm/article/view/3230. Acesso em 28 de Abril de 2020. 
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SOBREIRA, M. F. D, Estudo coproparasitológico e epidemiológico do complexo teníase – cisticercose em habitantes do município de Santa Cruz - Paraíba
 Trabalho de conclusão de curso. Farmácia. 
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TOLEDO, Rômulo César Clemente et al. complexo teníase/cisticercose: uma revisão. Higiene Alimentar, v. 32, n. 282/283, 2018.

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