Buscar

DIREITO EMPRESARIAL - DESCONSIDERACAO PERSONALIDADE JURIDICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL 
 
Aluno: Ayrton Ferreira Junior - RA: 318115252 
 
Situações de jurisprudência “Desconsideração de Personalidade 
Jurídica” 
 
Caso: Gustavo Kuerten 
 
O primeiro exemplo dos casos de “Desconsideração de Personalidade Jurídica” tem 
como personagem principal o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga. Após ganhar maior 
projeção em sua carreira através dos bons resultados nas quadras o esportista 
catarinense resolveu abrir uma empresa em 1995 que ficaria responsável em em cuidar 
dos seus contratos de imagem sendo que a mesma em 1997 já contava com cinco 
colaboradores. Por ser uma pessoa jurídica os ganhos auferidos dos contratos foram 
tributados conforme o percentual de 20%, mas após uma ação de fiscalização com 
base nas declarações fiscais encaminhadas pela empresa a Receita Federal e o 
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) apontaram irregularidades em 
relação à alíquota base dos recolhimentos. No entendimento dos órgãos fiscais a 
pessoa física do tenista era o verdadeiro prestador de serviços e seu detentor 
intransferível e neste caso o percentual recolhido deveria ter sido de 27,5% sobre a 
receita dos contratos de imagem. Foi desconsiderada a pessoa jurídica a qual era 
atribuído e ganho e mesmo tentando, através dos seus advogados, provar que não 
cometeu um crime fiscal Guga foi condenado a pagar a diferença de 7,5% sobre todos 
os faturamentos informados. Na ocasião o montante apurado para ser recolhido aos 
cofres públicos alcançou norteantes 7 Milhões de Reais. 
 
Caso: Romário 
 
Outro esportista que teve o nome envolvido em uma condenação no âmbito da 
“desconsideração da personalidade jurídica” e o ex-jogador de futebol Romário. Dentre 
os negócios do baixinho ele constituiu com outros sócios uma casa noturna na Barra da 
Tijuca (RJ) batizada Bingo Café do Gol. Ainda que gozada de enorme prestígio pelos 
momentos de ouro no futebol em relação a gestão da empresa tudo não ocorreu como 
esperado e o resultado da ausência de uma gestão eficaz ocasionou em várias dívidas 
da empresa. Após a falência da Bingo Café do Gol e o indiscutível cenário de 
impossibilidade de quitar a dívida com os credores um advogado adentrou com uma 
ação cobrando que débitos fossem vinculados à pessoa física de Romário. Este passo 
inicial resultado em 9 ações judiciais que eram compostas por dívidas do imposto de 
renda, cofins e o ECAD referente aos direitos autorais das músicas executadas no 
estabelecimento. No processo o ex-jogador poderia recorrer da sentença, mas como 
não o fez dentro do prazo estipulado foi condenado ao pagamento de 3 milhões de 
reais, ocasionando na perda de apartamentos e uma BMW. 
 
Caso: G44 Brasil 
 
Um outro caso de “desconsideração de personalidade jurídica” envolve o aporte de 
dois investimentos que efetuaram a integralização de capital na empresa G44 Brasil. 
Essa empresa, com sede em Taguatinga (Brasília), prometeu que ambos ao ingressar 
no capital da empresa os valores seriam utilizados em investimentos na compra de 
criptomoedas e haverá, mensalmente, um pagamento de 10% advindo de rentabilidade 
sobre o investimento. Após entrar na sociedade da G44 Brasil em Maio de 2019 e sem 
receber nos meses subsequente o prometido ganho financeiro buscaram resgatar o 
valor do investimento junto à empresa, mas houve a alegação que em decorrência da 
pandemia da COVID-19 não seria possível no momento fazer a devolução. Recebendo 
argumentos da queda das criptomoedas na Bovespa e bloqueio de contas bancárias 
ingressam na justiça para reaver o dinheiro e como meio deste uma processo de 
“desconsideração de personalidade jurídica” visando a garantia que o patrimônios dos 
sócios deveria passar por penhora para busca da liquidação da sentença. Entretanto, 
após análise da ação impetrada, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e territórios 
bloqueou os bens e as contas das empresas G44 Brasil S.A. e G44 Brasil SCP por 
lesar os investidores em ação de pirâmide financeira, mas por falta de elementos 
factíveis para tal.

Continue navegando