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Perícia Contábil Judicial

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PERÍCIA CONTÁBIL
Aula 5 – Perícia Judicial
Tema da Apresentação
PERÍCIA JUDICIAL – AULA 5
PERÍCIA CONTÁBIL
Conteúdo Programático desta aula
Identificar -  Objetos de perícia judicial, Início do trabalho pericial e diligências e as Dificuldades e resistências.
Reconhecer - Laudos de consenso e laudo discordante ou em separado e o trabalho em equipe e pareceres
Entender - Esclarecimento sobre a perícia e nova perícia e os Quesitos suplementares e quesitos impertinentes
Relacionar - Perícia em livros de terceiros e perícia em locais diferentes e o Prazo de laudo e laudo fora do prazo
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PERÍCIA CONTÁBIL
A Perícia Judicial é específica e delibera-se pelo exposto na Lei. A prova pericial versa em exame, vistoria e avaliação. Ela se origina no fato de o Juiz está sujeito ao conhecimento técnico ou especializado de um profissional para poder resolver.
No caso da Perícia Contábil, a especialização é a que trata todos os feitos referentes ao Patrimônio particularizado de pessoa, pessoas, empresa, instituição e grupo de empresas.
Perícia Judicial
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PERÍCIA CONTÁBIL
O trabalho deve ser entregue pelo Juiz a um Contador Perito de sua confiança por ele nomeado, todas as vezes que as partes requisitam ou for julgado consequente o pedido.
 
A Perícia terá força de prova. Pode, entretanto, ser contrariada, debatida, explicada e até avaliada inexistente, precária ou motivadora de nova Perícia.
 
Perícia Contábil Judicial é a que propõe servir de prova, elucidando o Juiz sobre fatos em pleito que necessitam de sua ponderação, objetivando acontecimentos referentes ao Patrimônio Aziendal ou de pessoas.
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O primeiro ambiente de trabalho é o próprio local onde está acomodado certo ramo do Poder Judiciário, no caso, o Cartório ou Secretaria de determinada Vara Judicial.
 
Aí, ocorre a metodologia inicial de encargo do Perito. Notificado, por escrito ou informalmente, de sua nomeação, o Perito conduz-se àquele local e requer a entrega dos autos do processo. Esse feito é versado como “Carga ao Perito”, ou seja, o empregado do Cartório ou Secretaria preenche o livro de carga, com os dados do processo e do Perito e este assina o mencionado livro, retirando, assim, formalmente os autos do processo.
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A Perícia se torna indispensável quando o que se debate fica sujeito ao conceito especializado. O Juiz procura avaliar o assunto pela apreciação do Perito, que vai atuar como se fosse Juiz na indagação de fatos para, através de exames, vistorias, avaliações fortalecer seu julgamento.
O pedido de Perícia necessita ser justificado pela parte que a promove e o Juiz pode até ater-se a só ouvir o Perito ou aceitar parecer técnico de importância.
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Ao deferi-la, o Juiz indica seu Perito, e as partes do processo (autores e réus), dentro de cinco dias da notificação do expedido de nomeação do Perito, necessitam recomendar os “assistentes” (cada parte indica seu assistente; são, pois, três os Contadores que estarão trabalhando). Também, no mesmo prazo, as partes precisam dar seus Quesitos ou perguntas a que os Peritos devem responder.
 
Tais Perícias tem obrigação de desempenhar todo um curso de costumes fixadas em Lei de Normas Profissionais constituídas pelo Conselho Federal de Contabilidade e de metodologia quer de natureza ética, quer de natureza tecnológica contábil.
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Ciclo Normal da Perícia Judicial
Pode-se dizer que o ciclo da Perícia Judicial envolve em seu curso, em suas fases: preliminar, operacional e final.
Fase Preliminar:
A Perícia é requerida ao Juiz, pela parte interessada na mesma;
O Juiz defere a Perícia e escolhe seu Perito;
As partes formulam Quesitos e indicam seus assistentes;
Os Peritos são cientificados da indicação;
Os Peritos propõem honorários e requerem depósito;
O Juiz estabelece prazo, local e hora para o início.
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Fase Operacional:
Início da Perícia e diligências;
Curso do trabalho;
Elaboração do Laudo.
Fase Final:
Assinatura do Laudo;
Entrega do Laudo ou Laudos;
Levantamento dos honorários;
Esclarecimentos (se requeridos).
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Os Quesitos necessitam ser relacionados ao objeto que compõe a razão da ação. Devem ser estabelecidas em “sequência lógica”, de forma a reger-se à conclusão que se almeja.
 
O Advogado, sem dúvida, muito depende de seu Perito, mas para poder realizar um bom trabalho para as partes que o nomeiam, necessita muito bem avaliar os assuntos ou razões sobre as quais o Advogado acredita defender seu constituinte.
Lógica dos Quesitos
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Os Quesitos precisam ser “administrados” a contextos, mas tecnicamente está sujeito a direção técnica do Perito. Precisam ser escritos “em forma lógica e sequenciada, de forma a levar a ideia para se abranger a determinada conclusão desejada”.
 
O Perito deve, então, esclarecer os Quesitos, quando encontrar-se trabalhando pelas partes.
 
Os Quesitos devem proceder de um empenho ligado entre o Contador e o Advogado de maneira a terem uma forma coerente proporcional para se atingir às conclusões almejadas como provas.
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Objetos de Perícia Judicial
Os diversos tipos de ações judiciais que originam as Perícias tentam vários quesitos, que solicitam dos Peritos inúmeros elementos de exames.
 
O que é solicitado pode motivar uma Perícia de âmbito Total ou Parcial.
Nas análises periciais contábeis parciais, as constatações, quase sempre, envolvem:
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Existência de bens e valores;
Saldos de contas e registros em contas;
Lançamentos (feitos ou não) em Diário;
Contas de Razão e suas análises;
Extratos de contas;
Apurações de custos;
Formação de preços;
Levantamentos de situações;
Verificação de documentos e registros;
Verificação de legitimidade e adequação de documentos;
Análises financeiras;
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12. Análises de apuração de resultados;
13. Análises de resultado;
14. Análises patrimoniais;
15. Análises de registros de pessoal;
16. Análises de folhas de pagamento;
17. Análises de declarações trabalhistas;
18. Análises de declarações de Imposto de Renda;
19. Análises de recolhimentos de tributos;
20. Análises de recolhimentos previdenciários;
21. Análise de contratos;
22. Levantamentos físicos de mercadorias e materiais.
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Nos apreciações totais ou integrais podem ser elemento de julgamento as mesmas informações que foram componentes de exames parciais, entretanto, sem eliminação de nada, buscando-se quase sempre o cômputo de:
Gestões ruinosas ou fraudulentas;
Irregularidades em prestação de contas;
Estado patrimonial para concordatas e falências;
Exame patrimonial para fusões, cisões e liquidações;
Valor patrimonial de ações ou quotas.
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Início do trabalho pericial
O juiz é quem decidi a data, hora e local, para que os peritos deem início ao seu trabalho. Quando isso ocorre os demais peritos já sabem quem foi nomeado.
 
O perito nomeado pelo juiz tem obrigação em comunicar-se com os assistentes para formarem o procedimento de seus trabalhos. Caso o perito nomeado pelo juiz não procure o assistente, este deve assumir a iniciativa de fazê-lo. 
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Os três peritos precisam estar presentes no momento de começar as investigações, porém, de acordo com o episódio, os assistentes podem ajustar com o perito nomeado somente a pesquisa de seu planejamento de trabalho.
 
Ao iniciar os trabalhos, devem os peritos estar de posse de seu programa de trabalho, para então solicitar os livros, documentos, demonstrativos, em súmula o material que irá precisar para a execução de seu trabalho.
 
Peritos mais meticulosos costumam já levar por escrito o que necessitam, em papel carta para a empresa que vai ser examinada.
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Diligências, Dificuldades e Resistências
A empresa a ser investigada pode criar empecilhos ao perito, ocultando dados ou demorando a apresentar de documentos. Nesse caso, atuando com capacidade, o perito precisa tentar dissuadir tais impedimentos, fazendo ver as consequências que poderão ocorrer por essas dificuldades. Tal medida, no entanto, só devem ser adotadas, em acontecimentos derradeiros e depois consumidas todas as maneiras amigáveis de persuasão da parte. O perito tem total domínio de verificação, até mesmo, de determinar os anexos que ambicionar para explicar seu trabalho, bem como, de escutar testemunhos. Necessita, entretanto, evadir-se das provas fracas, como é o caso de testemunhas, pois o perito não é investigador, mas aquele que emprega metodologias contábeis, onde a testemunha é sempre um recurso ambíguo.
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Laudos de Consenso e Laudo Discordante ou em Separado
Laudo de Consenso é aquele em que todos os peritos se encontram em combinação com todas as respostas, firmando juntos os mesmos. Quando não existi concordância, o perito que divergir executo seu laudo independente. Porém, se o desacordo for mínimo, o perito auxiliar poderá assinar o laudo como se de conformidade fosse, praticando, apenas, a observação no próprio laudo. A observação pode ser escrita no rodapé do laudo ou anexa a ele. Ao assinar, o perito anotará adiante de sua assinatura “observada a ressalva neste laudo”.
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Laudo Discordante ou em Separado
Laudo Discordante ou em Separado é dado pelo perito da parte ou auxiliar, explicando quando muitas forem às discrepâncias ou quando a importância delas recomendar detalhamento
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Trabalho em Equipe e Pareceres
O perito pode precisar de pareceres de autoridades para solidificar seu laudo, ou ajuda de outros especialistas. Nesse caso, deve precaver-se quanto à propriedade do especialista, deve, também, citar no laudo que se motivou em tal ou qual ideia.
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Esclarecimento sobre a Perícia e Nova Perícia
O laudo é firmado pelos peritos, caso não haja concordância, o perito auxiliar poderá fazer um laudo à parte, seja qual for à circunstância, no entanto, os laudos são apresentados mediante protocolo, com petição ao Juiz. Caso haja dúvidas, o perito poderá ser chamado para prestar explicações sobre o laudo.
Para uma nova perícia ser efetuada, é necessário, então, que haja insuficiência na primeira. Esta carência se explica por deficiência de elucidação, sobretudo, de questões que não pode ater-se a explicação em audiência, mas exigindo verdadeiramente investigação em documentos.
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Quesitos Suplementares e Quesitos Impertinentes
Os quesitos suplementares não podem ser confundidos como sendo uma nova perícia, mas sim, pode aparecer a obrigação de completar, por motivo das respostas não serem altamente suficientes, a necessidade de novas avaliações relacionadas a essa questão. Para se assegurar desse complemento, o perito deverá receber do juiz um deferimento para poder desempenhar o trabalho. A tarefa é bem peculiar, pois se dispõe a concluir, a perícia anterior.
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Caso esteja fora do conhecimento específico do perito, este poderá deixar de responder ao quesito, evidentemente, o que não for do contexto contábil não é de responsabilidade do perito contador. Os quesitos fora da área contábil são conhecidos como impertinentes, isto é, não se referem ao objeto da competência profissional do contador.
Segundo LOPES SÀ, Antonio (7ª ed., 2005) “o quesito impertinente é a pergunta dirigida ao contador e que foge do âmbito do exercício de sua profissão, ou seja, não se refere à matéria contábil. O perito deve limitar suas respostas ao campo contábil, que é o de sua especialidade profissional específica”.
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Perícia em Livros de Terceiros e Perícia em Locais Diferentes
Pode acontecer, em uma ação, que a perícia em uma das partes litigantes não seja satisfatória, sendo preciso a perícia em outra empresa que não faz parte no processo, é o caso de perícia em livro de terceiros.
Uma perícia pode compreender agências, filiais, fábricas, de um mesmo litigante, em vários lugares do país ou até no exterior. Assim sendo, o perito terá que ir até o local a ser trabalhado. Tal condução estabelece cuidados, sendo imprescindível que o perito, ao chegar esteja provido de identificação e autorização adequado para sua investigação.
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Prazo de Laudo e Laudo Fora do Prazo
 
O prazo para o perito efetuar seus trabalhos é firmado pelo juiz.
Conforme artigo 427 do CPC é estabelecido de forma clara que:
“O juiz sob cuja direção e autoridade realizará a perícia e fixará, por despacho:
I - .............
II – o prazo para a entrega do laudo.”
 
Na prática, entre juiz e perito é comum o juiz atender ao perito, estabelece-se prazo estimado na base da carga horária de trabalho que vai ser requerida 
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