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Ação de ALIMENTOS

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EXCELENTISSO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA DE BANGU COMARCA DA CAPITAL
 PIETRO MAGALHÃES BARBOSA, através de sua representante legal PRISCILA DE ALBUQUERQUE MAGALHÃES, RG, 24551817-0, inscrita sob o CPF Nº: 111809727-08, solteira, autônoma, brasileira, residente e domiciliada em Rua do Jambo, nº 170, bl 79, apt 502, Realengo, CEP: 21755-070, vem perante vossa excelência através de seu advogado infra assinado propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS
em face de Ricardo Barbosa, brasileiro, acessor parlamentar, CPF:106.322.827-11, residente e domiciliado na Rua Senhora Projetada, nº3 casa 5, Campo Grande, Rio de Janeiro-RJ, CEP: 23085-550, pelas razoes de fato e de direito a seguir expostas
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer o autor, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto da Lei 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme declaração em anexo (Doc.).
I DOS FATOS 
A representante legal do menor Pietro Magalhães Barbosa, relata que manteve por 5 anos relacionamento afetivo com genitor do representado supra mencionado, tendo o relacionamento chegado ao fim, no momento em que foi descoberta a gestação. Embora o réu tenha manifestado de forma clara a insatisfação com a gravidez, registrou o menor no momento do seu nascimento.
A partir do momento do nascimento da criança, o pai não proveu os alimentos necessários, bem como afeto pelo bebê, ficando o menor aos cuidados tão somente da genitora como toda despesa que uma criança necessita. O tempo passou e pai então passou a custear o colégio do menor que custa hoje a quantia de R$ 200,00 reais (duzentos reais).
Cabe ressaltar que os avós paternos vez em quando ajudava em alguma despesa do neto, o que teve fim com o falecimento da vó paterna. 
A genitora hoje custeia as despesas do menor fazendo bicos, tais como : vender roupas, fazer faxina, serviços de cabeleireira uma vez que não tem com quem deixar a criança para trabalhar fora, sendo a única provedora do filho.
Informa ainda que a genitora é possuidora do benefício do Bolsa Família dado pelo Governo federal com o número de inscrição 131.68927.58.8 no valor de R$ 130,00 reais (cento e trinta reais).
Ora Excelência, bem se sabe que a despesa de uma criança vai muito além do colégio, tendo a mãe que arcar sozinha com despesas de alimentos, roupas, remédios entre outras coisas. Sabe-se ainda que o réu é assessor parlamentar e percebe mensalmente o valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais), tendo desta forma como ajudar na criação de seu filho. Além disso o réu, possui outro filho que recebe todo apoio financeiro, tanto como afetivo. 
A genitora do menor só quer proporcionar uma vida mais digna a seu filho, tendo em vista que é a mãe e pai da criança. 
II DO DIREITO
De início, cabe ressaltar o entendimento da doutrina no que se refere ao conceito de pensão alimentícia, "quantia fixada pelo juiz e a ser atendida pelo responsável (pensioneiro), para manutenção dos filhos e ou do outro cônjuge" (Dicionário Jurídico da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Planejado, organizado e redigido por J. M. OTHON SIDOU. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. P. 618).
A família deve assegurar o bem estar da criança conforme disposto no Art. 227 da Constituição Federal:
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação exploração, violência, crueldade e opressão.
A Lei 5.478 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando esta.
O artigo 1.696 do diploma Civil diz que:
"Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros."
O requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz:
"Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento."
III DO PEDIDO
Por derradeiro, restando infrutíferas todas as tentativas para uma saída suasória, não restou à requerente outra alternativa se não a propositura da presente ação de alimento, para que seu genitor, ora requerido, seja compelido a contribuir com o necessário para que a requerente sobreviva com, um mínimo de dignidade , e para tanto requer:
a) a citação do requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia.
b) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família.
c) O arbitramento de alimentos provisórios, na proporção de 20% do salário do requerido.
d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito
e) a procedência da presente ação, condenando-se o requerido na prestação de alimentos definitivos, na proporção de 20% de seu salário, sendo estes depositados em conta bancária da representante legal do requerente.
f) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
IV DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, principalmente, documentais, perícias e testemunhais.
 
Termos em que
Aguarda o deferimento
Rio de janeiro, 25 de abril de 2019
Advogado
OAB/RJ

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