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AÇÃO POPULAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CÍVEL FEDERAL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS-SC
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade no, CPF no, título de eleitor no da Zona Eleitoral... da Comarca de Florianópolis -SC, residente e domiciliado na Rua..., bairro..., cidade..., estado..., endereço eletrônico..., por sua advogada (procuração em anexo), com endereço profissional à Rua..., bairro..., cidade..., estado..., onde receberá as intimações, vem, respeitosamente, à presença de V. Excelência, com fulcro nos artigos 5o, inciso LXXIII, da CRFB e 1o, da Lei no 4.717/65, propor
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
 Em face do SENADOR DA REPÚBLICA E DA UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, representada pela Advocacia Geral da União e do Senado Federal, nos termos do art. 6º, da Lei 4.717/65, que através de seus atos estão na iminência de causar lesão ao patrimônio público e à moralidade administrativa, conforme se comprovará a seguir.
I. DOS FATOS 
O autor, cidadão nascido e domiciliado em Florianópo lis/SC, indignou-se ao saber que em abril de 2009, por meio da imprensa o Sr.Senador, ora réu que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada mais de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), a qual seria custeada pelo Senador Federal. A reforma incluía o aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que o Autor considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O Senador, ora réu declarou nas entrevistas que os gastos seriam necessários para manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrava e que a obra não havia sido iniciada, o Autor, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, exerceu sua cidadania e ingressou com a presente ação popular, medida jurídica adequada para evitar a lesão ao patrimônio público e à moralidade administrativa.
II- DOS FUNDAMENTOS
Segundo o artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º da Lei 4.717/65 é cabível a presente ação popular quando qualquer cidadão, deparar-se com atos ou contratos administrativos ilegais e lesivos ao patrimônio público. 
Ficou claro, que a referida reforma a ser custeada com dinheiro público, poderá causar lesão ao patrimônio público e à moralidade administrativa. Não sendo nem um pouco razoável, o custo da reforma do gabinete do Réu avaliada em R$ 1.0 00.000,00 e custeada com o dinheiro público do Senado Federal, ainda mais sob o argumento que aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. 
Com base no artigo 2°, “d” e § único,“d” da Lei 4.717/65, o qual determinam que são nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: inexistência dos motivos quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.
Também resta comprovado o desvio de finalidade do objeto do contrato administrativo que a simples reforma do gabinete, ao incluir itens dispensáveis ao propósito da contratação, desvio a finalidade do objeto. 
 Por isso, não resta dúvidas que a contratação fere a moralidade administrativa do artigo 37, “caput” e a realização da obra que já passou pelo certame licitatório certamente causará lesão ao patrimônio público e ao referido princípio da moralidade.
 III- DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
 Diante disso, pretende o Autor apos, manifestação do ministerio publico a concessão do pedido liminar na presente Ação Popular, visto que é a medida de justiça, uma vez que presente os seus requisitos autorizadores: Fumus Boni Iuris: no qual refere-se ao custo da reforma do gabinete do Réu avaliada em R$ 1.000.000,00 e custeada com o dinheiro público do Senado Federal, ainda mais sob o argumento que aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce, violando a moralidade administrativa, o patrimônio público, bem como com claro desvio de finalidade da contratação, o que demonstra a plausibilidade do direito alegado. pode-se falar tambem do Periculum in Mora: que trata-se no caso de risco da demora do provimento jurisdicional apenas ao final do julgamento, uma vez que a contratação da reforma do gabinete do Réu Senador está na iminência de ocorrer, pois o processo de licitação já se encerrara. 
 IV. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer-se a este D. Juízo: 
 A) A concessão da MEDIDA LIMINAR para suspensão do contrato administrativo e do início da obra de reforma total do gabinete do Senador no intuito de evitar a lesão à moralidade e ao patrimônio público até o julgamento do mérito da ordem, conforme o artigo 5° §4° da Lei 4.717/65. 
B) A citação do Réu para contestar, no prazo de vinte dias, sob pena de revelia, conforme artigo 7°, I, “a” e IV da Lei 4.717/65. 
C) A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 7°, I, “a” da Lei 4.717/65.
D) A notificação da Autoridade Coatora para prestar informações no prazo legal de dez dias, conforme artigo 7°, I, da Lei 12.016/209. 
E) A requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos nesta ação, bem como a de outros que se lhe figurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias, conforme artigo 7°, I, “b” da Lei 4.717/65. 
F) A condenação do Réu ao pagamento de perdas e danos e, ao pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado, conforme os artigos 11 e 12 da Lei 4.717/65. 
V- DAS PROVAS 
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, prova documental, depoimento pessoal da parte, prova testemunhal e prova pericial. 
 
VI- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa R$1.000.000,00 (um milhão de reais). 
Nestes termos, Pede Deferimento. 
 Local, data e ano. 
 Advogado OAB/UF

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