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resumo antropologia e sociologia

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Antropologia – Conceito
· Antropologia, em sentido etimológico, significa o estudo do homem. 
· Para Abbagnano (2003: 67), é a exposição sistemática dos conhecimentos que se têm a respeito do homem.
· Em 1917, Robert Lowie declarou que cultura é o único assunto da antropologia, assim como, por exemplo, a consciência é assunto da psicologia. Alguns antropólogos contestaram dizendo que o verdadeiro tema da antropologia é a evolução humana.
· A Antropologia encontra-se associada a outras ciências (direito, sociologia, política, história, geografia, linguística).
Obs: na base de diferentes concepções políticas, por exemplo, encontram-se diferentes concepções de homem (Aristóteles x Hobbes).
· Os antropólogos, em geral, entendem que a antropologia visa conhecer o homem em sua totalidade, isto é, em todas as sociedades e em todos os grupos humanos. 
↓
Três aspectos da antropologia: 
a) de ciência social: procura conhecer o homem como indivíduo integrante de sociedades, comunidades e grupos organizados; b) de ciência humana: procura conhecer o homem através de sua história, suas crenças, sua arte, seus usos e costumes, sua magia, sua linguagem etc.; 
c) de ciência natural: procura conhecer o homem por meio de sua evolução, seu patrimônio genético, seus caracteres anatômicos e fisiológicos.
· Lévi-Strauss constata que, para a maioria das pessoas, a antropologia aparece como uma ciência nova relacionada ao interesse do homem moderno pelos objetos, costumes e crenças dos povos ditos selvagens. Porém observa, que a antropologia não é nem uma ciência à parte, nem uma ciência nova; é a forma mais antiga e geral do que se costuma designar por humanismo. 
· O humanismo conheceu três etapas: 
a) a da Renascença: 
O humanismo da Renascença redescobre a
antiguidade greco-romana e faz do grego e do latim a
base da formação intelectual. Nesse sentido, esboça
uma primeira forma de antropologia, na medida em
que reconhece que nenhuma civilização pode pensar
a si mesma, se não dispuser de algumas outras que
lhe sirvam de comparação. A Renascença reencontra,
na literatura antiga, noções e métodos esquecidos;
porém, mais especialmente, encontra o meio de
colocar sua própria cultura em perspectiva,
confrontando as concepções renascentistas com as
de outras épocas e lugares.
. 
b) a dos séculos XVIII e XIX;
O progresso da exploração geográfica colocou o homem europeu em contato com o acervo cultural das civilizações mais longínquas, como China, Índia e América. Trata-se
de um humanismo ligado aos interesses industriais e
comerciais que lhe serviam de apoio, motivo pelo
qual, mesmo diante da multiplicidade cultural, carrega
valores ligados ao etnocentrismo, na medida em que
estabelece a identificação do sujeito com ele mesmo,
e da cultura com a cultura europeia. 
c) a atual:
O foco está nas sociedades primitivas. Para Lévi-Strauss, esta será, sem dúvida, a última etapa, porque, após ela, o homem nada mais terá para descobrir sobre si mesmo, ao
menos em termos de extensão.
· Ao longo do século XX, a antropologia amplia seu objeto de estudo para alcançar todas as sociedades e todos os grupos humanos em todas as épocas.
· A antropologia considera, portanto, todos os aspectos da existência humana, razão pela qual pode ser dividida em quatro áreas de estudo:
1ª) Antropologia cultural ou social: estudo de tudo que constitui as sociedades humanas: seus modos de produção econômica, suas descobertas e invenções, suas técnicas, sua organização política e jurídica, seus sistemas de parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas, sua língua, sua psicologia, suas criações artísticas.
2ª) Antropologia biológica ou física: estudo de problemas como o da evolução do homem a partir das formas animais; de sua distribuição atual em grupos étnicos, distinguidos por caracteres anatômicos ou fisiológicos. Investiga a genética das
populações.
3ª) Antropologia pré-histórica: Consiste no estudo do homem através dos vestígios materiais enterrados no solo; visa reconstituir as sociedades desaparecidas, tanto em suas técnicas e organizações sociais quanto em suas produções
culturais e artísticas.
4ª) Antropologia linguística: Considera a linguagem parte do patrimônio cultural de uma sociedade. É estudo dos dialetos e das técnicas de comunicação.
· A antropologia cultural ou social é a que tem influenciado mais diretamente o direito.
· A antropologia cultural ou social é dividida em: 
a) etnografia: primeiro passo da pesquisa antropológica. É a pesquisa ou trabalho de campo. Ocupa-se, portanto, da descrição de culturas concretas; e 
b) etnologia: é o prolongamento da etnografia, ou seja, é o segundo passo da pesquisa. Ocupa-se do estudo da cultura e da investigação dos problemas teóricos que brotam da análise dos costumes humanos.
· Hoje, há certo acordo em usar o termo antropologia em lugar de etnografia e de etnologia, para caracterizar as diversas pesquisas sobre os assuntos humanos.
· Para Talcott Parsons, dentro das ciências sociais, a antropologia ficaria encarregada de uma tarefa específica, o estudo da cultura. 
· Parsons reconhece que não existe um consenso a respeito da definição do conceito de cultura.
· O termo cultura possui, inicialmente, dois significados básicos:
1º (e mais antigo): significa formação individual da pessoa humana, ou seja, aquilo que os gregos denominavam paideia (formação do homem) e os romanos humanitas (educação do homem). 
2º: o termo indica o conjunto de obras humanas, ou seja, o conjunto dos modos de vida criados, adquiridos e transmitidos de uma geração para a outra entre os membros de determinada comunidade ou sociedade.
· Nesse significado, cultura não é a formação do indivíduo em sua humanidade, mas é a formação coletiva e anônima de um grupo social nas instituições que o definem.
· No século XIX o termo cultura passa a indicar o conjunto dos modos de vida de um grupo humano determinado, sem referência ao sistema de valores para os quais estão aqueles. Assim, cultura passa a designar tanto a sociedade mais progressista quanto as formas de vida social mais rústicas e primitivas.
· Edward Tylor, em 1871, foi o primeiro a apresentar uma definição para o conceito de cultura. Segundo ele, cultura é todo o conjunto de obras humanas, portanto, trata-se de um todo complexo que abrange conhecimento, crença, arte, princípios morais, leis, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma comunidade ou sociedade. 
· Em síntese, pode-se dizer que cultura é o modo próprio e específico da existência dos seres humanos. É a cultura que distingue os homens dos outros animais, por isso se diz que os animais são seres naturais; os humanos, seres culturais.
· Valores, leis, práticas, crenças e instituições variam de formação social para formação social, motivo pelo qual os antropólogos, em geral, falam em culturas, no plural, e não em cultura, no singular. 
· A antropologia procura uma regra ou norma capaz de estabelecer o momento da separação homem-natureza como o instante de surgimento das culturas. Nisso também não há consenso. 
a) Alguns antropólogos entendem que essa diferença surge no momento em que os humanos inventam uma lei que, quando transgredida, implicará a pena de morte do transgressor, exigida pela comunidade: a lei da proibição do incesto, desconhecida pelos animais.
b) Para outros a diferença é estabelecida quando os humanos definem uma lei que, se transgredida, causa a ruína da comunidade e do indivíduo: a lei que separa o cru do cozido, desconhecida dos animais.
c) Há, ainda, aqueles para os quais o que distingue a sociedade humana da sociedade animal é a forma de comunicação através da troca de símbolos.
· Alguns antropólogos entendem que as características mais significativas da cultura são os seus valores. Alguns teóricos do direito também entendem que os valores são fundamentais para compreender o fenômeno jurídico. Miguel Reale, por exemplo, entende que o direito localiza-se no mundo da cultura, possuindo, portanto, uma dimensão valorativa.↓
Fato, valor e norma são, segundo ele, os elementos constitutivos do direito (Teoria Tridimensional do Direito). 
Esses elementos sempre se implicam e se estruturam numa conexão necessária.
· O Brasil e os demais países da América Latina sempre estiveram submetidos à cultura europeia e, no decorrer do século XX, também à cultura norte-americana. As instituições jurídicas e políticas brasileiras são reproduções dos modelos adotados naqueles países.
· A Constituição Federal garante o direito de ser igual e o direito de ser diferente. 
O princípio da igualdade está estabelecido no caput do art. 5º, nos seguintes termos: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. 
O direito de ser diferente está expresso em diversos itens do art. 5º, destacando-se dois: “é inviolável a liberdade de consciência e crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (inciso VI); “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (inciso X).
Sociologia do Direito
1- Relações sociais e relações jurídicas
a) Direito como ordem necessária
· Exigência da vida em comunidade
Vida humana = vida em sociedade		
“Ubi societas, ibi ius” (onde há sociedade, há direito)
b) Direito como regra de conduta
· Normas sociais (regras de conduta) costumes; moda (etiqueta); religião; direito } dever-ser (normativo)
c) a teoria social clássica
· Três são os seus autores fundadores:
c.1) Marx 
O elemento espiritual deriva, está condicionado, pelo elemento material.
↓
A totalidade dessas relações materiais de produção forma a estrutura econômica da sociedade.
↓
Essa estrutura econômica é a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas determinadas de consciência. 
↓
Para obter o novo homem, as pregações morais não são suficientes. É preciso transformar as relações sociais.
· Marx:
	“O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência.”
c.2) Durkheim
· A sociologia é uma ciência marcada pela compreensão dos fatos sociais (os acontecimentos da vida em sociedade, práticas e condutas que refletem os seus costumes, valores, tradições, sentimentos e cultura, cuja elaboração é lenta e espontânea da vida social). Costumes diferentes implicam fatos sociais diferentes, razão pela qual cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. 
· O Direito é formado por esses fatos sociais, já que é um fenômeno decorrente do próprio convívio do homem em sociedade.
· Direito e sociedade nascem ao mesmo tempo e se pressupõem. A causa do direito está nas relações sociais. Por outro lado, o direito age sobre a sociedade, modificando-a.
· O Direito não tem origem em Deus, nem na razão, e nem ainda no Estado - mas sim na sociedade, mais especificamente, nas inter-relações sociais.
· Assim, as normas jurídicas não são imutáveis e quase sagradas, mas sim variáveis e em constante mudança, como o são os grupos dos quais elas se originam.
· Ao analisar os contratos, Durkheim apontava para suas bases não contratuais (portanto sociais). 
“A disseminação de ordenamentos contratuais em sociedades diferenciadas pela divisão do trabalho não altera o fato de que o direito, como regra moral, é expressão da solidariedade de uma sociedade. O tipo de solidariedade necessária, e com isso também o direito, seria condicionado pela forma da diferenciação social e modificar-se-ia com o desenvolvimento da própria sociedade.” (Luhmann, Sociologia do direito, p. 26).
· O direito reflete a diferenciação social vigente.
c.3) Weber
· A evolução das sociedades ocidentais relacionava-se com uma mudança social: o desencantamento do mundo (um processo de racionalização da sociedade).
· Daí, Weber fala em três tipos de dominação. 
Se a existência de uma sociedade têm a ver com poder, com dominação, obediência. Ela tem a ver também com o porquê da obediência: legitimidade.
· 3 tipos de poder ou dominação (justificam a dominação do homem sobre o homem):
1- Poder tradicional → a autoridade do passado. Costumes santificados pela validez imemorial e pelo hábito. Patriarca ou senhor de terras.
2- Poder carismático → a autoridade que se funda em dons pessoais e extraordinários de um indivíduo (carisma). Profeta, dirigente guerreiro eleito, demagogo, dirigente de partido político.
3- Poder legal (racional) → a autoridade que se impõe em razão da legalidade, em razão da crença na validade de um ordenamento jurídico fundado em regras racionalmente estabelecidas, que impõem obrigações. “Servidor (público) do Estado”.
· Weber: centrou sua análise no pessoal especializado encarregado da aplicação das normas jurídicas, as profissões jurídicas, a burocracia estatal.
- O que caracteriza o direito das sociedades capitalistas e o distingue do direito das sociedades anteriores era o construir um monopólio estatal administrado por funcionários especializados segundo critérios dotados de racionalidade formal, assente em normas gerais e abstratas aplicadas a casos concretos por via de processos lógicos controláveis, uma administração em tudo integrável no tipo ideal de burocracia por ele elaborado.
 Na realidade, raramente se encontram esses tipos puros.

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